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<p>Conteúdo:</p><p>DIREITO DO</p><p>CONSUMIDOR</p><p>Gustavo</p><p>Santanna</p><p>RESPONSABILIDADE</p><p>PELO FATO DO</p><p>PRODUTO E DO</p><p>SERVIÇO</p><p>4</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>• Reconhecer os sujeitos responsabilizados pelo dever de reparação.</p><p>• Identificar as excludentes de responsabilidade.</p><p>• Aplicar os artigos sobre a responsabilidade do fato do produto ou do serviço</p><p>ao caso concreto.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O fato do produto ou do serviço se configura toda vez que o defeito, além de</p><p>atingir a esfera econômica do consumidor, atinge também a sua integridade</p><p>física ou psíquica, causando danos à saúde física ou psicológica. Logo, o fato</p><p>do produto ou do serviço desencadeia um dano que vai além da órbita do</p><p>próprio produto ou do serviço.</p><p>Nesta Unidade de Aprendizagem você vai aprender sobre defeito,</p><p>responsabilidade, excludentes de responsabilidade e aplicação da lei ao caso</p><p>concreto.</p><p>RESPONSABILIDADE PELO FATO DO PRODUTO</p><p>E DO SERVIÇO</p><p>O Código de Defesa do Consumidor prevê, em seu artigo 12, a responsabilização</p><p>pelo fato do produto de todos os integrantes do ciclo produtivo e distributivo</p><p>– fabricante, produtor, construtor (nacional ou estrangeiro), importador –,</p><p>independente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados</p><p>aos consumidores por defeitos apresentados pelos produtos, excluindo,</p><p>num primeiro momento, o comerciante e o fornecedor de serviço, que são</p><p>responsabilizados nos moldes dos artigos 13 e 14.</p><p>O termo “responsabilidade pelo fato do produto e do serviço” adotado pelo</p><p>legislador não é aceito por parte majoritária da doutrina consumerista, como</p><p>bem aponta Bruno Miragem (2014, p. 528), pois utiliza como fundamento</p><p>para responsabilização a origem do fato causador do dano, sem considerar o</p><p>dever de segurança atribuído pelo Código de Defesa do Consumidor à cadeia</p><p>de produção (fabricante/produtor/construtor/importador), assim como ao</p><p>5</p><p>comerciante e ao prestador de serviço. Exemplifica-se:</p><p>Um pai de família compra um botijão de gás e contrata um instalador</p><p>para colocá-lo na sua casa da forma devida. O botijão, em virtude de</p><p>um vazamento causado por defeito na válvula de entrada da mangueira,</p><p>acaba por explodir, causando a destruição da casa e a morte de membros</p><p>da família e de vizinhos. A responsabilidade, no presente caso, não deverá</p><p>ser somente do fabricante do botijão, em virtude do defeito apresentado,</p><p>mas também do instalador (prestador de serviço) que detinha o dever de</p><p>informar sobre o defeito existente (CAVALIERI FILHO, 2014, p. 312).</p><p>Desse modo, os doutrinadores utilizam a nomenclatura responsabilidade pelo</p><p>“acidente de consumo”, tendo em vista que esta caracteriza de forma clara o</p><p>fato gerador da responsabilização, qual seja, a exteriorização de defeito do</p><p>produto que cause danos ao consumidor (MIRAGEM, 2014, p. 528).</p><p>Compreende-se, portanto, que o fato do produto – acidente de consumo</p><p>– é um acontecimento externo que causa dano material e/ou moral ao</p><p>consumidor, mas que decorre de um defeito do produto. Isto é, seu fato</p><p>gerador será sempre um defeito do produto.</p><p>Esse defeito pode ser de concepção (criação, projeto, fórmula), de</p><p>produção (fabricação, construção, montagem) e ainda de comercialização</p><p>(informações insuficientes ou inadequadas, etc.). São os chamados</p><p>acidentes de consumo, que se materializam através da repercussão</p><p>externa do defeito do produto, atingindo a incolumidade físico-psíquica do</p><p>consumidor e o seu patrimônio. (CAVALIERI FILHO, 2014, p. 311)</p><p>OS RESPONSÁVEIS PELO DEVER DE INDENIZAR</p><p>O dever de indenizar é resultado do dano causado ao consumidor por defeito</p><p>presente no produto. O parágrafo 1º, do artigo 12, do Código de Defesa do</p><p>Consumidor conceitua como defeituoso aquele produto que não oferece a</p><p>segurança esperada, levando em consideração circunstâncias relevantes,</p><p>dentre as quais, sua apresentação, o uso e os riscos que razoavelmente</p><p>dele se esperam e a época em que foi colocado em circulação. Por sua vez,</p><p>o dever de segurança é aplicado a todos, conforme o artigo 10 do Código</p><p>Consumerista, determinando, em tese, que todos os agentes econômicos</p><p>envolvidos com a produção e comercialização de certo produto devem ser</p><p>6</p><p>responsáveis por sua garantia de segurança. Entretanto, confere-se que a</p><p>legislação reconhece a possibilidade de maior responsabilização de alguns</p><p>desses agentes. (BENJAMIN; MARQUES; BESSA, 2014, p. 170)</p><p>O artigo 12, caput, fixa quais são os responsáveis pelo dever de indenizar</p><p>os danos causados por produtos defeituosos, quais sejam, o fabricante,</p><p>o produtor, o construtor (nacional ou estrangeiro) e o importador. Segundo</p><p>a doutrina, existem três modalidades de responsáveis: o real (o fabricante,</p><p>o construtor e o produtor); o presumido (o importador); e o aparente (o</p><p>comerciante, nos casos previstos no artigo 13) (GARCIA, 2015, p. 157).</p><p>Conceitua-se fabricante como aquele que, direta ou indiretamente, insere</p><p>produtos no mercado. Não se trata somente daquele que fabrica o produto de</p><p>modo completo, como também o que produz somente peças ou componentes.</p><p>Nos casos em que há mais de um fabricante para o mesmo produto (matéria-</p><p>prima, componente, produto final), a responsabilidade será solidária.</p><p>Na hipótese de um determinado produto ter mais de um fabricante (um</p><p>de matéria-prima, outro de componente e outro de produto final), todos</p><p>são solidariamente responsáveis pelo defeito e por suas consequências,</p><p>cabendo, evidentemente, ação regressiva contra aquele que, efetivamente,</p><p>deu causa ao defeito. Na medida em que cada um desses agentes</p><p>econômicos é responsável pelo dever de segurança, não lhes sendo</p><p>permitido alegar ignorância do vício ou mesmo carência de culpa, todos</p><p>são chamados a responder solidariamente pela colocação do produto</p><p>defeituoso no mercado. (BENJAMIN; MARQUES; BESSA. 2014, p. 171)</p><p>Já o produtor é aquele que coloca no mercado produtos não industrializados</p><p>(produtos de origem vegetal ou animal). Caso este sofra qualquer tipo</p><p>de processamento, como, por exemplo, limpeza e embalagem, serão</p><p>solidariamente responsáveis o produtor e o responsável pelo processamento,</p><p>cabendo ação regressiva do que pagou contra quem deu causa ao defeito</p><p>(BENJAMIN; MARQUES; BESSA, 2014, p. 171).</p><p>O construtor é aquele que lança no mercado produtos imobiliários,</p><p>diferentemente do fabricante e do produtor. O defeito na qualidade em uma</p><p>construção pode decorrer de uma má técnica empreendida, assim como da</p><p>utilização de produto defeituoso fabricado por terceiro. O construtor possui</p><p>responsabilidade por aquilo que agrega em sua construção, inclusive produtos</p><p>e serviços prestados por terceiros. Entretanto, esta responsabilidade não</p><p>7</p><p>isenta o real causador do defeito, respondendo de forma solidária o construtor</p><p>e o fabricante do produto, podendo aquele que pagou mover ação de regresso</p><p>contra o verdadeiro causador do defeito (GARCIA, 2015, p. 158).</p><p>Por fim, o importador é aquele que traz produto fabricado ou produzido em</p><p>outro país ao Brasil. Este só é responsabilizado em decorrência da dificuldade</p><p>que o consumidor tem em alcançar os fabricantes ou os produtores destes</p><p>produtos, sendo, portanto, equiparado ao fabricante e ao produtor. Sua</p><p>responsabilidade independe da natureza jurídica do negócio que originou a</p><p>transação (BENJAMIN; MARQUES; BESSA, 2014, p. 172).</p><p>O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de</p><p>melhor qualidade ter sido colocado no mercado.</p><p>FIQUE</p><p>ATENTO</p><p>EXCLUDENTES DE RESPONSABILIDADE</p><p>A responsabilidade desses sujeitos nas relações consumeristas será</p><p>objetiva, ou seja, ocorrerá independentemente da existência de culpa, sendo</p><p>desnecessária a averiguação de negligência, imprudência ou imperícia,</p><p>caracterizando-se através da demonstração do dano ocorrido (acidente de</p><p>consumo), da conduta/ato causador do dano e da relação de causalidade</p><p>entre o dano e o produto adquirido (nexo causal).</p><p>Todavia, ainda que a responsabilidade civil seja objetiva, existem excludentes</p><p>previstas no parágrafo</p><p>3º, do artigo 12, do Código de Defesa do Consumidor.</p><p>Conforme a presente norma, o fornecedor – sentido lato sensu – não será</p><p>responsabilizado quando provar que não colocou o produto no mercado; que,</p><p>embora seja responsável pela colocação no mercado, não existe defeito ou</p><p>que o dano foi causado por culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.</p><p>8</p><p>Conforme o texto legal, o ônus de provar a existência de alguma</p><p>das excludentes de responsabilidade é do fornecedor.</p><p>FIQUE</p><p>ATENTO</p><p>RECURSO ESPECIAL. RESPONSABILIDADE CIVIL. CONTRACEPTIVO.</p><p>DEFEITO DO PRODUTO. ÔNUS DA PROVA. FORNECEDOR. INDENIZAÇÃO.</p><p>DANOS MORAIS E MATERIAIS. CÁLCULO DAS PRESTAÇÕES VENCIDAS.</p><p>SALÁRIO MÍNIMO NA DATA DOS VENCIMENTOS. BASE DE CÁLCULO DOS</p><p>HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. DANO MATERIAL. PRESTAÇÕES VENCIDAS</p><p>MAIS DOZE PRESTAÇÕES VINCENDAS. CPC, ART. 20, § 4º. RECURSO</p><p>PARCIALMENTE PROVIDO. 1. Conquanto não se possa afirmar que o</p><p>implante usado pela autora apresentasse defeito, também não é possível</p><p>afastar essa conclusão. Como o ônus da prova recai sobre a recorrente, e</p><p>ela não conseguiu demonstrar a inexistência de defeito no produto nem a</p><p>culpa exclusiva da vítima, não há como afastar as conclusões do Tribunal de</p><p>origem, devendo ser mantido o dever de indenizar. [...]. 4. Recurso especial</p><p>parcialmente provido. (STJ, REsp nº 1.452.306/SP, Relator Ministro Raul</p><p>Araújo, julgado em 15/03/2016).</p><p>Por razões óbvias, o fornecedor não será responsabilizado quando provar</p><p>que o produto causador do dano ao consumidor não foi inserido no mercado.</p><p>Se não houve a inserção do produto no mercado, não haveria como imputar</p><p>responsabilidade ao fornecedor. Estaríamos diante de possível (ou provável)</p><p>caso de furto ou roubo de produto defeituoso estocado no estabelecimento,</p><p>que consequentemente excluiria a responsabilidade do fornecedor.</p><p>A segunda excludente prevista no referido diploma legal é a demonstração,</p><p>por parte do fornecedor, de que o produto, embora inserido no mercado,</p><p>não apresenta nenhum defeito, pois se não há defeito, o produto não teria a</p><p>capacidade de causar o acidente de consumo. Verifica-se aqui que o legislador</p><p>atribui o ônus de provar que não existe defeito no produto ao fornecedor,</p><p>como forma de excluir sua responsabilidade.</p><p>9</p><p>Compreende-se, portanto, que mesmo havendo dano, o fornecedor não será</p><p>responsável, caso comprove a inexistência de defeito no produto. Neste caso,</p><p>o dano poderá ter ocorrido por culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.</p><p>Sobre essa situação, já decidiu o Superior Tribunal de Justiça.</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL E DO CONSUMIDOR. AÇÃO FUNDADA EM</p><p>ALEGAÇÃO DE FATO DO PRODUTO. ACIDENTE AUTOMOBILÍSTICO. NÃO</p><p>ACIONAMENTO DE AIRBAGS. INEXISTÊNCIA DE DEFEITO COMPROVADA</p><p>POR PROVA PERICIAL. ALEGAÇÃO DE INAPTIDÃO DO PERITO. PRECLUSÃO.</p><p>REGRAS DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA. IRRELEVÂNCIA. JULGADO</p><p>APOIADO EM PROVA PERICIAL ROBUSTA. INCIDÊNCIA DA SÚMULA 7/STJ.</p><p>2. Diferentemente do comando contido no art. 6º, inciso VIII, que prevê</p><p>a inversão do ônus da prova “a critério do juiz”, quando for verossímil a</p><p>alegação ou hipossuficiente a parte, o § 3º, do art. 12, preestabelece – de</p><p>forma objetiva e independentemente da manifestação do magistrado –, a</p><p>distribuição da carga probatória em desfavor do fornecedor, que “só não</p><p>será responsabilizado se provar: I – que não colocou o produto no mercado;</p><p>II – que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;</p><p>III – a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro”. É a diferenciação já</p><p>clássica na doutrina e na jurisprudência entre a inversão ope judicis (art. 6º,</p><p>inciso VIII, do CDC) e inversão ope legis (art. 12, § 3º e art. 14, § 3º, do CDC).</p><p>Precedente da Segunda Seção. 3. No caso concreto, todavia, mostra-se</p><p>irrelevante a alegação acerca do ônus da prova, uma vez que a solução a</p><p>que chegou o Tribunal a quo não se apoiou na mencionada técnica, mas,</p><p>sim, efetivamente nas provas carreadas aos autos. A improcedência do</p><p>pedido indenizatório decorreu essencialmente da prova pericial produzida</p><p>em Juízo, sob a vigilância de assistentes nomeados por autor e réu, prova</p><p>essa que chegou à conclusão de que a colisão do veículo dirigido pelo</p><p>consumidor não fora frontal e que, para aquela situação, não era mesmo</p><p>caso de abertura do sistema de airbags. 4. De fato, a despeito de a causa</p><p>de pedir apontar para hipótese em que a responsabilidade do fornecedor</p><p>é objetiva, este se desincumbiu do ônus que lhe cabia, tendo sido provado</p><p>que, “embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste[iu]”,</p><p>nos termos do art. 12, § 3º, inciso II, do CDC. 5. Recurso especial não</p><p>provido. (REsp nº 1.095.271/RS, Relator Ministro Luis Felipe Salomão,</p><p>julgado em 07/02/2013).</p><p>A terceira excludente apresentada pela legislação determina que caso o</p><p>acidente de consumo tenha sido causado única e exclusivamente em virtude</p><p>do comportamento do consumidor ou de terceiro, o fornecedor não será</p><p>10</p><p>responsabilizado, em virtude da inexistência do nexo causal entre o dano e</p><p>sua atividade, ou seja, não haveria o elo entre a conduta/ato supostamente</p><p>danoso e o dano ocorrido.</p><p>Se o comportamento do consumidor é o único causador do acidente de</p><p>consumo, não há como falar em nexo de causalidade entre a atividade do</p><p>fabricante, do produtor, do construtor ou do importador e o fato danoso.</p><p>A responsabilidade também é eliminada pela ação exclusiva de terceiro.</p><p>A excludente do fato de terceiro ataca o próprio nexo de causalidade, já</p><p>que deixa de haver qualquer relação entre o prejuízo do consumidor e a</p><p>atividade do sujeito responsável primariamente. (BENJAMIN; MARQUES;</p><p>BESSA, 2014, p. 179)</p><p>O Superior Tribunal de Justiça possui entendimento de que a culpa de terceiro</p><p>só será considerada como excludente quando for imprevisível e inevitável, ou</p><p>seja, quando o fornecedor tiver como prever a ocorrência do fato, não poderá</p><p>excluir sua responsabilidade.</p><p>Direito processual civil e do consumidor. Recurso especial. Roubo de</p><p>talonário de cheques durante transporte. Empresa terceirizada. Uso</p><p>indevido dos cheques por terceiros posteriormente. Inscrição do correntista</p><p>nos registros de proteção ao crédito. Responsabilidade do banco. Teoria</p><p>do risco profissional. Excludentes da responsabilidade do fornecedor</p><p>de serviços. Art. 14, § 3º, do CDC. Ônus da prova. - Segundo a doutrina</p><p>e a jurisprudência do STJ, o fato de terceiro só atua como excludente da</p><p>responsabilidade quando tal fato for inevitável e imprevisível. - O roubo</p><p>do talonário de cheques durante transporte por empresa contratada</p><p>pelo banco não constitui causa excludente da sua responsabilidade, pois</p><p>trata-se de caso fortuito interno. - Se o banco envia talões de cheques</p><p>para seus clientes, por intermédio de empresa terceirizada, deve assumir</p><p>todos os riscos com tal atividade. - O ônus da prova das excludentes da</p><p>responsabilidade do fornecedor de serviços, previstas no art. 14, § 3º, do</p><p>CDC, é do fornecedor, por força do art. 12, § 3º, também do CDC.</p><p>Recurso especial provido. (REsp nº 685.662/RJ, Ministra Relatora Nancy</p><p>Andrighi, julgado em 10/11/2005).</p><p>11</p><p>Ainda que a responsabilidade civil pelo fato do produto ou serviço</p><p>seja objetiva (independentemente de culpa) admite excludentes</p><p>de responsabilidade.</p><p>FIQUE</p><p>ATENTO</p><p>Ainda que não previsto expressamente entre os incisos do artigo 12, § 3º do</p><p>Código de Defesa do Consumidor, o Código Civil, em seu artigo 393 coloca</p><p>como excludente de responsabilidade o caso fortuito ou de força maior. Porém,</p><p>tanto a doutrina quanto a jurisprudência têm admitido essas excludentes,</p><p>ainda que não elencadas no rol do artigo 12, § 3º do CDC (MIRAGEM, 2014, p.</p><p>564). Este mesmo autor, contudo, observa que há uma diferenciação entre o</p><p>caso fortuito interno e o caso fortuito externo: o primeiro consistindo em fato</p><p>inevitável e normalmente imprevisível, ligado à própria atividade do agente;</p><p>o segundo, é um fato estranho à organização ou à atividade da empresa</p><p>(MIRAGEM, 2014, p. 564). A responsabilidade do fornecedor somente seria</p><p>excluída</p><p>no chamado caso fortuito externo, porque “o evento que dá causa ao</p><p>dano é estranho à atividade típica, profissional, do fornecedor”, rompendo-se,</p><p>assim, o nexo de causalidade (MIRAGEM, 2014, p. 565).</p><p>A RESPONSABILIDADE DO COMERCIANTE</p><p>No que tange à figura do comerciante na relação de consumo, o legislador</p><p>atribuiu uma responsabilidade solidária aos demais obrigados, conforme</p><p>disposto no artigo 13 do Código de Defesa do Consumidor, que determina</p><p>a responsabilização do comerciante quando o fabricante, o construtor, o</p><p>produtor ou importador não puderem ser identificados ou o produto for</p><p>fornecido sem a identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor,</p><p>importador; ou, ainda, quando o comerciante não conservar de maneira</p><p>adequada os produtos perecíveis.</p><p>O verdadeiro introdutor da coisa perigosa no mercado é o fabricante, e</p><p>não o distribuidor. Sem dúvida, este deve, em tese, verificar a qualidade</p><p>das mercadorias que expõe à venda, mas a extrema complexidade, sob</p><p>12</p><p>o aspecto técnico, de alguns produtos da indústria contemporânea torna</p><p>essa verificação impossível a quem não seja especialista; qualidade que, em</p><p>toda justiça, não pode ser exigida do distribuidor, sobretudo do distribuidor</p><p>dos mais variados produtos em grandes estabelecimentos, como lojas de</p><p>departamentos, supermercados e drogarias. Ademais, a indústria moderna</p><p>dos artigos de marca somente prospera quando apoiada numa publicidade</p><p>maciça, lançada pelo próprio produtor, limitando-se o distribuidor, na</p><p>melhor das hipóteses, a ser mero veículo de sua divulgação. (BENJAMIN;</p><p>MARQUES; BESSA, 2014, p. 184)</p><p>Confere-se que o comerciante é responsabilizado nos casos em que sua</p><p>conduta concorre para a ocorrência do acidente de consumo, pois colocou no</p><p>mercado produto sem identificação clara do responsável por sua fabricação,</p><p>não possui informações acerca do fabricante do produto que comercializa ou</p><p>conserva de maneira inadequada os produtos perecíveis.</p><p>Necessário ressaltar que a convocação do comerciante não exclui a</p><p>reponsabilidade dos demais coobrigados. Seu chamamento não deve diminuir</p><p>a cadeia de responsáveis, mas, sim, aumentá-la. A inclusão do comerciante</p><p>como responsável tem como objetivo favorecer e reforçar a posição do</p><p>consumidor que, na maioria das vezes, não possui o discernimento para</p><p>buscar o verdadeiro responsável pelo acidente de consumo, e não como</p><p>forma de retirar o dever de reparar dos demais responsáveis.</p><p>Direito do consumidor. Recurso especial. Ação de indenização por danos</p><p>morais e materiais. Consumo de produto colocado em circulação quando</p><p>seu prazo de validade já havia transcorrido. “Arrozina Tradicional” vencida</p><p>que foi consumida por bebês que tinham apenas três meses de vida,</p><p>causando-lhes gastroenterite aguda. Vício de segurança. Responsabilidade</p><p>do fabricante. Possibilidade. Comerciante que não pode ser tido como</p><p>terceiro estrado à relação de consumo. Não configuração de culpa exclusiva</p><p>de terceiro. – Produto alimentício destinado especificamente para bebês</p><p>exposto em gôndola de supermercado, com o prazo de validade vencido,</p><p>que coloca em risco a saúde de bebês com apenas três meses de vida,</p><p>causando-lhe gastroenterite aguda, enseja a responsabilização por fato</p><p>do produto, ante a existência de vício de segurança previsto no art. 12 do</p><p>CDC. – O comerciante e o fabricante estão inseridos no âmbito da cadeia</p><p>de produção e distribuição, razão pela qual não podem ser tidos como</p><p>terceiros estranhos à relação de consumo. – A eventual configuração da</p><p>culpa do comerciante que coloca à venda produto com prazo de validade</p><p>13</p><p>vencido não tem condão de afastar o direito de o consumidor propor ação</p><p>de reparação pelos danos resultantes da ingestão da mercadoria estragada</p><p>em face do fabricante. Recurso especial não provido. (REsp nº 980.860/SP,</p><p>Ministra Relatora Nancy Andrighi, julgado em 16/04/2009).</p><p>Outrossim, conforme disposto no parágrafo único do artigo 13 do Código</p><p>de Defesa do Consumidor, o comerciante que realizar o pagamento ao</p><p>consumidor prejudicado poderá exercer o direito de regresso em face dos</p><p>demais responsáveis, respeitando a participação de cada um destes no</p><p>acidente de consumo. Isto é, em que pese, o comerciante seja responsabilizado</p><p>e condenado a pagar pelo evento danoso, este também possui o direito de</p><p>regresso em face do verdadeiro responsável pelo dano.</p><p>RESPONSABILIDADE PELO FATO DO SERVIÇO</p><p>A responsabilidade pelo fato do serviço vem disciplinada no artigo 14 do</p><p>Código de Defesa do Consumidor nos mesmos moldes da responsabilidade</p><p>pelo fato do produto. O fornecedor de serviços responde, independentemente</p><p>da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores</p><p>por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações</p><p>insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. Nesse caso, o</p><p>acidente de consumo ocorre em decorrência de defeitos do serviço. Contudo,</p><p>um cuidado se faz necessário: a única exceção no Código de Defesa do</p><p>Consumidor quanto à responsabilidade objetiva está prevista no artigo 14,</p><p>§ 4º, onde aponta que a responsabilidade pessoal dos profissionais liberais</p><p>será apurada mediante a verificação de culpa, ou seja, é subjetiva, como o</p><p>caso dos médicos, por exemplo.</p><p>Em se tratando de hotéis, a jurisprudência brasileira utiliza o artigo 14 para</p><p>os casos de acidentes sofridos dentro das suas dependências (BENJAMIN,</p><p>MARQUES, MIRAGEM, 2013, p. 480). Já com relação aos furtos em</p><p>estacionamentos de shoppings centers, a Súmula 130 do STJ coloca que:</p><p>“a empresa responde, perante o cliente, pela reparação de dano ou furto de</p><p>veículo ocorridos em seu estacionamento”. Da mesma forma, os assaltos em</p><p>bancos e a descoberta de senhas em caixas eletrônicos são considerados</p><p>acidentes de consumo, enquadrados no artigo 14 do CDC (BENJAMIN,</p><p>MARQUES, MIRAGEM, 2013, p. 482). A Súmula 479 do STJ expõe: “as</p><p>instituições financeiras respondem objetivamente pelos danos gerados por</p><p>14</p><p>fortuito interno relativo a fraudes e delitos praticados por terceiros no âmbito</p><p>de operações bancárias”.</p><p>O serviço é caracterizado como defeituoso quando não é capaz de fornecer</p><p>a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em conta</p><p>circunstâncias relevantes, dentre as quais o modo de seu fornecimento, o</p><p>resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam e a época em que</p><p>foi fornecido, conforme exposto no parágrafo 1º do artigo 14. Confere-se que</p><p>a responsabilidade do fornecedor de serviços, nos mesmos moldes daqueles</p><p>listados no artigo 12, têm por fundamento o dever de segurança.</p><p>PROCESSUAL CIVIL E RESPONSABILIDADE CIVIL. RECURSO ESPECIAL.</p><p>ROMPIMENTO DE CABO DE ENERGIA POR DISPARO DE FUZIL. MORTE</p><p>DE VÍTIMA QUE, VÁRIAS HORAS APÓS O ACIDENTE E COMUNICAÇÃO</p><p>À CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA ACERCA DO OCORRIDO, TENTAVA</p><p>PREVENIR QUE CRIANÇAS SE ACIDENTASSEM. RESPONSABILIDADE CIVIL</p><p>OBJETIVA DA CONCESSIONÁRIA DE SERVIÇO PÚBLICO. CULPA EXCLUSIVA</p><p>DA VÍTIMA OU DE TERCEIRO NÃO CARACTERIZADA, VISTO QUE HOUVE</p><p>SUPERVENIENTE E INCONCEBÍVEL NEGLIGÊNCIA QUANTO AO REPARO</p><p>DA LINHA DE ENERGIA. [...]. 1. O artigo 14, § 3º do Código de Defesa do</p><p>Consumidor somente afasta a responsabilidade do fornecedor por fato do</p><p>serviço quando a culpa da vítima do evento ou de terceiro for exclusiva.</p><p>Embora o rompimento do cabo de energia por disparo de fuzil seja inusual,</p><p>é comum esse tipo de dano em linhas de energia decorrente dos mais</p><p>variados fatos (v.g., colisão de automóvel com poste que sustenta linha de</p><p>energia, vandalismo, queda de árvore), devendo, pois, as concessionárias</p><p>de energia manter, ininterruptamente, serviço eficiente de reparo, de</p><p>modo a mitigar os riscos inerentes aos serviços que presta. 2. No caso,</p><p>foi apurado pelas instâncias ordinárias que o rompimento do cabo de</p><p>eletricidade ocorreu às 16h e apenas às 21h30 foi providenciado o reparo,</p><p>tendo a vítima vindo a falecer por volta de 19h, quando tentava proteger</p><p>crianças que circulavam pelo local de riscos de acidentes; isto é,</p><p>buscava</p><p>afastar o risco criado pela negligência da própria ré, que não efetuou o</p><p>reparo de imediato, em tempo hábil a prevenir o acidente. [...]. 4. Recurso</p><p>especial não provido. (REsp nº 1.308.438/RJ, Ministro Relator Luis Felipe</p><p>Salomão, julgado em 27/08/2013).</p><p>A principal diferença entre o artigo 12 e o artigo 14 do Código de Defesa</p><p>do Consumidor está na designação dos agentes responsáveis. Enquanto</p><p>o primeiro, ao tratar da responsabilidade pelo fato do produto, especificou</p><p>15</p><p>os responsáveis (fabricante, produtor, construtor, importador, excluindo o</p><p>comerciante na via principal), o artigo 14, ao disciplinar a responsabilidade do</p><p>serviço, trata apenas do fornecedor (gênero que inclui todos os partícipes da</p><p>cadeia produtiva). Assim, no caso em que o dano for causado por defeito do</p><p>serviço, todos os participantes da sua produção respondem solidariamente</p><p>(CAVALIERI FILHO, 2014, p. 324).</p><p>No que tange às excludentes de responsabilidade, o parágrafo 3º do artigo 14</p><p>determina que o fornecedor de serviços não será responsabilizado quando</p><p>provar que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste ou a culpa é exclusiva</p><p>do consumidor ou de terceiro. Tais excludentes também estão presentes no</p><p>parágrafo 3º do artigo 12.</p><p>O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas</p><p>técnicas.</p><p>ATENÇÃO</p><p>O Superior Tribunal de Justiça tem o seguinte entendimento quanto à</p><p>excludente de responsabilidade decorrente de ato de terceiro:</p><p>RECURSOS ESPECIAIS (ART. 105, INC. III. ALÍNEAS “A” E “C”, DA</p><p>CONSTITUIÇÃO FEDERAL) – AÇÃO CONDENATÓRIA – DISPAROS DE ARMA</p><p>DE FOGO, DE USO RESTRITO DAS FORÇAS ARMADAS, EFETUADOS POR</p><p>ESTUDANTE NO INTERIOR DE SALA DE PROJEÇÃO DE FILMES, SITUADA</p><p>NO SHOPPING CENTER MORUMBI – ALEGAÇÃO DE ABALO PSICOLÓGICO</p><p>EM VIRTUDE DA CONDUTA CRIMINOSA PERPETRADA, A ENSEJAR A</p><p>COMPENSAÇÃO DOS DANOS EXTRAPATRIMONIAIS DAÍ DECORRENTES –</p><p>RESPONSABILIDADE CIVIL DO CINEMA E DO CONDOMÍNIO (SHOPPING)</p><p>RECONHECIDA PELAS INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS, COM FULCRO NA TEORIA</p><p>DO RISCO (APLICAÇÃO DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR), BEM</p><p>COMO NO DESCUMPRIMENTO DO DEVER DE VIGILÂNCIA. INSURGÊNCIA</p><p>RECURSAL DAS RÉS. Hipótese em que o autor pleiteia a compensação dos</p><p>danos extrapatrimoniais decorrente do abalo psicológico experimentado</p><p>em virtude de conduta criminosa praticada por estudante que, portando</p><p>16</p><p>arma de fogo de uso restrito das Forças Armadas, desfere tiros a</p><p>esmo em sala de cinema localizada no interior do Shopping Morumbi,</p><p>atingindo alguns dos espectadores lá presentes. Responsabilidade civil</p><p>do cinema e do condomínio (shopping) reconhecida pelas instâncias</p><p>ordinárias, com fulcro na teoria do risco do empreendimento (atividade)</p><p>e no descumprimento do dever de vigilância. [...]. 2.1. Nos termos do</p><p>artigo 14, § 3º, inciso II, do Código de Defesa do Consumidor, o fato de</p><p>terceiro afasta a causalidade e, em conseguinte, a responsabilidade</p><p>do fornecedor de serviços. Na hipótese, o fato de terceiro, que efetua</p><p>disparos de arma de fogo de uso restrito, no interior de uma sala de</p><p>projeção, atingindo os espectadores que ali estavam, é circunstância apta</p><p>a romper o nexo de causalidade entre os alegados danos e a conduta do</p><p>condomínio (shopping) e cinema, consubstanciado evento imprevisível,</p><p>inevitável e autônomo. 2.2. “Não se revela razoável exigir das equipes de</p><p>segurança de um cinema ou de uma administradora de shopping center</p><p>que previssem, evitassem ou estivessem antecipadamente preparadas</p><p>para conter os danos resultantes de uma investida homicida promovida por</p><p>terceiro usuário, mesmo porque tais medidas não estão compreendidas</p><p>entre os deveres e cuidados ordinariamente exigidos de estabelecimentos</p><p>comerciais de tais espécies”. (REsp 1384630/SP, Rel. Ministro PAULO</p><p>DE TARSO SANSEVERINO, Rel. p/ Acórdão Ministro RICARDO VILLAS</p><p>BÔAS CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 20/02/2014). 2.3. Assim,</p><p>se o shopping e o cinema não concorreram para a eclosão do evento</p><p>que ocasionou os alegados danos morais, não há que se lhes imputar</p><p>qualquer responsabilidade, sendo certo que esta deve ser atribuída, com</p><p>exclusividade, em hipóteses tais, a quem praticou a conduta danosa,</p><p>ensejando, assim, o reconhecimento do fato de terceiro, excludente</p><p>do nexo de causalidade e, em consequência, do dever de indenizar (art.</p><p>14, §3º, inc. II, CDC). 3. RECURSOS ESPECIAIS PROVIDOS, a fim de julgar</p><p>improcedente o pedido veiculado na ação condenatório, invertendo-se</p><p>os ônus sucumbenciais, observado o benefício da assistência judiciária</p><p>gratuita. (REsp nº 1.133.731/SP, Ministro Relator Marco Buzzi, julgado em</p><p>12/08/2014). (Grifos meus).</p><p>Confere-se que a responsabilidade é objetiva, ou seja, necessária somente</p><p>a comprovação do dano e do nexo causal para que haja a responsabilidade.</p><p>Igualmente, verifica-se a inversão do ônus da prova em favor do consumidor,</p><p>atribuindo o dever de provar a inexistência do defeito ou a responsabilidade</p><p>do consumidor e/ou terceiro ao fornecedor.</p><p>17</p><p>Na seção referente à responsabilidade pelo fato do produto e</p><p>do serviço, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do</p><p>evento.</p><p>FIQUE</p><p>ATENTO</p><p>Cabe, por fim, ressaltar que, de acordo com o artigo 27 do Código Consumerista,</p><p>prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por</p><p>fato do produto ou do serviço, iniciando-se a contagem do prazo a partir do</p><p>conhecimento do dano e de sua autoria</p><p>18</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BENJAMIN, Antonio Herman; MARQUES, Claudia Lima; BESSA, Leonardo</p><p>Roscoe. Manual de direito do consumidor. 6.ed. São Paulo: Editora Revista</p><p>dos Tribunais, 2014.</p><p>CAVALIERI FILHO, Sergio. Programa de direito do consumidor. 4.ed. São</p><p>Paulo: Atlas, 2014.</p><p>GARCIA, Leonardo de Medeiros. Direito do consumidor: código comentado e</p><p>jurisprudência. 11.ed. Bahia: JusPodivum, 2015.</p><p>MARQUES, Claudia Lima; BENJAMIN, Antonio Herman; MIRAGEM, Bruno.</p><p>Comentários ao código de defesa do consumidor. 4.ed. São Paulo: Editora</p><p>Revista dos Tribunais, 2013.</p><p>MIRAGEM, Bruno. Curso de direito do consumidor. 5.ed. São Paulo: Editora</p><p>Revista dos Tribunais, 2014.</p><p>Conteúdo:</p>

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