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<p>Fitoterapia: sistemas nervoso,</p><p>circulatório e tegumentar</p><p>O uso de plantas medicinais e fitoterápicos para tratamento das principais patologias dos sistemas</p><p>nervoso e cardiovascular e das doenças inflamatórias, reumáticas e dermatológicas.</p><p>Prof. Magno Maciel Magalhães</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>O conhecimento sobre o uso medicinal de plantas e fitoterápicos é de fundamental importância para uma</p><p>formação abrangente dos profissionais de saúde, em especial os farmacêuticos e médicos.</p><p>Objetivos</p><p>Reconhecer as plantas medicinais e os fitoterápicos que podem ser utilizados no tratamento de</p><p>patologias do sistema nervoso central.</p><p>Identificar as plantas medicinais e fitoterápicos úteis na terapêutica de doenças do sistema</p><p>cardiovascular.</p><p>Relacionar os fitoterápicos e as plantas medicinais que são úteis para manejo clínico das doenças</p><p>inflamatórias e reumáticas.</p><p>Reconhecer quais plantas medicinais e fitoterápicos podem ser utilizados para o tratamento de</p><p>doenças dermatológicas.</p><p>Introdução</p><p>Sabe-se que, desde a Antiguidade, as plantas já eram utilizadas medicinalmente. Relatos antigos e textos</p><p>médicos trazem informações sobre esse uso desde muitos séculos antes do “ano zero”, inclusive trazendo</p><p>informações sobre doses e modos de preparo desses fitoterápicos.</p><p>Até os dias de hoje, mesmo com toda tecnologia e conhecimento que possuímos sobre as diversas áreas que</p><p>permeiam a área da saúde, ainda se realizam muitos estudos científicos para tentar desvendar os usos</p><p>medicinais das plantas, seus mecanismos de ação e efeitos adversos.</p><p>Neste conteúdo, serão apresentadas algumas das patologias mais comuns dos sistemas nervoso,</p><p>cardiovascular e tegumentar (pele), além de doenças reumáticas e inflamatórias, assim como algumas das</p><p>plantas medicinais utilizadas no Brasil para seus respectivos tratamentos. Ao fim de cada módulo, as espécies</p><p>citadas serão aprofundadas, de modo que falaremos um pouco sobre seus componentes fitoquímicos, os</p><p>mecanismos de ação já descobertos e as atividades farmacológicas.</p><p>Orientação sobre unidade de medida</p><p>Em nosso material, unidades de medida e números são escritos juntos (ex.: 25km) por questões de tecnologia</p><p>e didáticas. No entanto, o Inmetro estabelece que deve existir um espaço entre o número e a unidade (ex.: 25</p><p>km). Logo, os relatórios técnicos e demais materiais escritos por você devem seguir o padrão internacional de</p><p>separação dos números e das unidades.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>1. Plantas medicinais e fitoterápicos com ação no sistema nervoso</p><p>Sistema nervoso central e suas patologias</p><p>Na sociedade atual, queixas relacionadas a sintomas de depressão, ansiedade e insônia são cada vez mais</p><p>frequentes. São doenças pouco compreendidas, que podem ser causadas por uma diversidade de fatores e</p><p>podem chegar a extremos em que o paciente se sente completamente incapacitado de exercer suas funções</p><p>diárias.</p><p>As plantas medicinais parecem atuar por mecanismos de</p><p>ação semelhantes aos medicamentos sintéticos, e a</p><p>utilização de fitoterápicos mostra resultados positivos em</p><p>casos de ansiedade, depressão e insônia, com a vantagem</p><p>de produzirem efeitos adversos menores. Vale a pena</p><p>salientar, no entanto, que existe a possibilidade de</p><p>aparecimento de efeito paradoxal (o mesmo que efeito</p><p>contraditório) no consumo de plantas como a valeriana e a</p><p>passiflora, que podem desencadear sintomas de ansiedade</p><p>e insônia em vez de proporcionar tranquilidade e sono.</p><p>Além disso, ao prescrevermos fitoterápicos, devemos levar</p><p>em conta o uso junto de outros medicamentos que possam</p><p>apresentar interação medicamentosa, e também perguntar</p><p>sobre os hábitos diários do paciente, por exemplo, se ele costuma ingerir café, mate, chá e refrigerantes à</p><p>base de cola, cafeína ou guaraná, já que em algumas situações, simplesmente diminuir o consumo dessas</p><p>substâncias ou evitá-las no período noturno já seria capaz de reduzir as queixas de insônia.</p><p>Depressão</p><p>Os sintomas da depressão mais citados são</p><p>alterações repentinas de humor, decaimento da</p><p>libido com perda de interesse e prazer, e</p><p>distúrbios do sono. Também são comuns</p><p>sintomas como diminuição da concentração,</p><p>geração de sentimento de culpa por não estar</p><p>dando conta da rotina, sensação constante de</p><p>cansaço e perda tanto de apetite quanto de</p><p>peso.</p><p>Os tratamentos que utilizam medicamentos</p><p>sintéticos, como os inibidores seletivos da</p><p>recaptação de serotonina e os inibidores da monoaminoxidase, agem na tentativa de aumentar a ação dos</p><p>neurotransmissores nas fendas sinápticas.</p><p>O fitoterápico mais indicado para casos de depressão é a flor de hipérico (Hypericum perforatum).</p><p>Nos casos em que o paciente se queixa de insônia juntamente à depressão, pode-se associar também folhas</p><p>de Passiflora spp. (maracujá) ou a erva de Lippia alba (erva-cidreira). Nos casos opostos, nos quais o paciente</p><p>sente mais sono que o normal, lentidão de raciocínio e anorexia, é comum associarmos rizomas de Zingiber</p><p>officinale (gengibre), ou sementes de guaraná.</p><p>Ansiedade e insônia</p><p>Para começar, precisamos saber: O que é ansiedade?</p><p>Podemos definir ansiedade como uma sensação de expectativa e apreensão, medo ou</p><p>pressentimento que pode resultar em preocupações persistentes e excessivas, diminuição da</p><p>capacidade de concentração, hiperatividade, dificuldade para dormir, palpitações, taquicardia,</p><p>sensação de impaciência e tensão muscular.</p><p>A desregulação dos receptores benzodiazepínicos parece ser a principal causadora da ansiedade, sendo os</p><p>medicamentos sintéticos desta classe os mais utilizados para tratamento, apesar de gerarem dependência</p><p>facilmente. No transtorno do pânico, que é uma crise de ansiedade mais potente, também parecem estar</p><p>envolvidos mecanismos como hiperatividade adrenérgica, disfunção serotoninérgica, hipersensibilidade dos</p><p>receptores de CO2 no tronco cerebral e fatores genéticos.</p><p>E a insônia, como é caracterizada?</p><p>A insônia inclui tanto a dificuldade para adormecer quanto um despertar precoce ou sono</p><p>interrompido durante a noite. A qualidade do sono afeta a disposição ao longo do dia. Temos que</p><p>levar em conta que, embora uma média de 8 horas de sono seja um hábito mais comum na</p><p>população, algumas pessoas necessitam de menos que isso para acordarem plenas e, com o</p><p>envelhecimento, é comum que se durma menos.</p><p>O tratamento fitoterápico da ansiedade e o da insônia são semelhantes, uma vez que tais patologias</p><p>costumam se manifestar juntas nos pacientes. São utilizados:</p><p>fitoterápicos à base de folhas de Passiflora spp. (maracujá);</p><p>ervas de Lippia alba (erva cidreira);</p><p>flores de Matricaria chamomilla (camomila);</p><p>raízes de Piper methysticum (kava-kava);</p><p>raízes de Angelica sinensis (angélica chinesa);</p><p>e raízes de Valeriana officinalis (valeriana).</p><p>Em casos de ansiedade e insônia que afetem também o</p><p>trato gastrointestinal, as mais recomendadas são a erva-cidreira e a camomila.</p><p>Plantas medicinais relevantes</p><p>Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as plantas medicinais vistas neste módulo, serão</p><p>apresentadas a seguir algumas de suas características, os principais componentes fitoquímicos, para o que</p><p>servem e suas contraindicações ou possíveis efeitos adversos.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Angelica sinensis (angélica chinesa)</p><p>Na fitoterapia, utilizam-se as raízes de angélica. São compostas por</p><p>muitos ácidos orgânicos (ácidos ferúlico, protocatéquico, cafeico, ftálico,</p><p>vanílico, fólico, dentre outros), alguns ftalídeos (ligustulídeo,</p><p>butilidenoftalídeo, levistolídeo, dentre outros) e polissacarídeos (fucose,</p><p>galactose, glicose, arabinose, dentre outros). Possui ainda óleo essencial</p><p>composto principalmente por betacadineno e carvacrol.</p><p>A angélica demonstra atividade na redução da pressão arterial e, em</p><p>estudos recente, na fibrilação atrial, porém sem mecanismo de ação</p><p>proposto. Também apresenta ação calmante e sonífera, possivelmente</p><p>ligada à redução da pressão arterial.</p><p>As raízes são utilizadas em cápsulas preparadas com o extrato seco da</p><p>planta ou na forma de decocto.</p><p>Atenção: Não deve ser utilizada por pacientes com sangramentos ou</p><p>diarreia, pois parece aumentar o fluxo</p><p>debatem sobre as principais plantas medicinais empregadas na cicatrização de</p><p>feridas. Leia e aprofunde seus conhecimentos!</p><p>Referências</p><p>BINNS, S. E. et al. Antiviral activity of characterized extracts from Echinacea spp. (Helintheae: Asteraceae)</p><p>against Herpes simples virus (HSV-I). Planta Medica. 2002; 68:780-783.</p><p>BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira. 2. ed.</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2021.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na</p><p>Atenção Básica/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica.</p><p>Brasília: Ministério da Saúde, 2012.</p><p>BUENO, M. J. A.; MARTÍNEZ, B. B.; BUENO, J. C. Manual de plantas medicinais e fitoterápicos utilizados na</p><p>cicatrização de feridas. Pouso Alegre: Univás, 2016.</p><p>MAUAD, T. et al. Guia informativo sobre plantas medicinais da horta comunitária da faculdade de medicina da</p><p>Universidade de São Paulo. São Paulo: USP, 2016.</p><p>SAAD, G. et al. Fitoterapia contemporânea: tradição e ciência na prática clínica. 2. ed. Rio de Janeiro:</p><p>Guanabara Koogan, 2018.</p><p>VIEIRA, A. C. M. et al. Esta planta é para ver ou pra comer? Jogo educativo – “Pavê ou Pacumê?”. Rio de</p><p>Janeiro: Cerceau, 2021.</p><p>VIEIRA, A. C. M. et al. Manual sobre uso racional de plantas medicinais. Rio de Janeiro: Cerceau, 2016.</p><p>VIEIRA, A. C. M. et al. Manual sobre uso racional de plantas medicinais: volume 2. Rio de Janeiro: Cerceau,</p><p>2020.</p><p>Fitoterapia: sistemas nervoso, circulatório e tegumentar</p><p>1. Itens iniciais</p><p>Propósito</p><p>Objetivos</p><p>Introdução</p><p>Orientação sobre unidade de medida</p><p>1. Plantas medicinais e fitoterápicos com ação no sistema nervoso</p><p>Sistema nervoso central e suas patologias</p><p>Depressão</p><p>Ansiedade e insônia</p><p>Plantas medicinais relevantes</p><p>Angelica sinensis (angélica chinesa)</p><p>Hypericum perforatum (hipérico)</p><p>Lippia alba (erva-cidreira)</p><p>Matricaria chamomilla (camomila)</p><p>Passiflora spp. (maracujá)</p><p>Piper methysticum (kava-kava)</p><p>Valeriana officinalis (valeriana)</p><p>Zingiber officinale (gengibre)</p><p>Fitoterápicos que atuam no sistema nervoso</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Depressão</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Ansiedade e insônia</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>2. Plantas medicinais e fitoterápicos úteis na terapêutica de doenças do sistema cardiovascular</p><p>Sistema cardiovascular e suas patologias</p><p>Hipertensão arterial sistêmica (HAS)</p><p>Atenção</p><p>Palpitações e arritmias</p><p>Varizes e hemorroidas</p><p>Hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia</p><p>Plantas medicinais importantes</p><p>Aesculus hippocastanum (castanha-da-índia)</p><p>Allium sativum (alho)</p><p>Aloe sp. (babosa)</p><p>Alpinia speciosa (colônia)</p><p>Cecropia pachystachya (embaúba)</p><p>Centella asiatica (centela)</p><p>Crataegus oxyacantha (crataego)</p><p>Curcuma longa (cúrcuma ou açafrão da terra)</p><p>Equisetum arvense (cavalinha)</p><p>Fitoterápicos que atuam no sistema cardiovascular</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Hipertensão arterial sistêmica (HAS)</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Hipercolesterolemia e Hipertrigliceridemia</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>3. Plantas medicinais e fitoterápicos usados no tratamento de patologias inflamatórias e reumáticas</p><p>Inflamação e doenças reumáticas</p><p>Dores agudas e crônicas</p><p>Caso de rigidez</p><p>Vermelhidão e calor acentuados no local da dor</p><p>Local da dor edemaciado (com acúmulo de água)</p><p>Osteoartrite</p><p>Saiba mais</p><p>Contratura muscular</p><p>Plantas medicinais relevantes</p><p>Ageratum conyzoides (mentrasto ou erva de São João)</p><p>Carapa guianensis (andiroba)</p><p>Copaifera langsdorffii (copaíba)</p><p>Cordia verbenacea (erva-baleeira)</p><p>Saiba mais</p><p>Echinodorus grandiflorus (chapéu-de-couro)</p><p>Harpagophytum procumbens (garra-do-diabo)</p><p>Solidago chilensis (arnica-do-campo)</p><p>Urtica dioica (urtiga)</p><p>Fitoterápicos que atuam nas doenças inflamatórias e reumáticas</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Inflamação e doenças reumáticas</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Osteoartrite</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Contratura muscular</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>4. Plantas medicinais e fitoterápicos usados no tratamento de patologias dermatológicas</p><p>Patologias dermatológicas</p><p>Epiderme (primeira camada)</p><p>Derme (segunda camada)</p><p>Hipoderme (terceira camada)</p><p>Exemplo</p><p>Herpes simples</p><p>Eczemas</p><p>Saiba mais</p><p>Psoríase</p><p>Saiba mais</p><p>Acne</p><p>Queimaduras</p><p>Primeiro grau</p><p>Segundo grau</p><p>Terceiro grau</p><p>Atenção</p><p>Cicatrização de feridas</p><p>Fase inflamatória</p><p>Fase proliferativa</p><p>Fase de remodelamento</p><p>Resumindo</p><p>Plantas medicinais relevantes</p><p>Anacardium occidentale (cajueiro)</p><p>Calendula officinallis (calêndula)</p><p>Casaelpinia ferrea (pau-ferro)</p><p>Casearia sylvestris (guaçatonga)</p><p>Echinacea purpurea (equinácea)</p><p>Melaleuca alternifolia (melaleuca)</p><p>Mentha spp. (alevante, poejo ou hortelã)</p><p>Fitoterápicos que atuam no sistema tegumentar</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Queimaduras</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Cicatrização de feridas</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>5. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Podcast</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Explore +</p><p>Referências</p><p>sanguíneo e as contrações</p><p>intestinais.</p><p>Hypericum perforatum (hipérico)</p><p>As flores amarelas dessa planta são as partes utilizadas na fitoterapia.</p><p>Seus constituintes principais são naftodiantronas hipericina, pseudo-</p><p>hipericina, iso-hipericina e proto-hipericina. Também possui flavonoides,</p><p>como o hiperosídeo, a hiperina, a rutina e a quercetina, ácidos cafeico e</p><p>nicotínico, xantonas, taninos e óleo essencial.</p><p>Sua atividade antidepressiva é gerada principalmente pelas</p><p>naftodiantronas, que inibem a monoaminoxidase e reduzem a receptação</p><p>de serotonina, dopamina e norepinefrina na fenda sináptica, tornando</p><p>esses neurotransmissores disponíveis por mais tempo, agindo de forma</p><p>similar a medicamentos sintéticos como a fluoxetina.</p><p>A forma mais comum de uso do hipérico é a infusão (chá) das flores, mas</p><p>também podem ser utilizados extratos secos encapsulados, desde que</p><p>padronizados na concentração de 0,4% de hipericina.</p><p>Atenção: Deve-se tomar cuidado ao recomendar o hipérico a pacientes</p><p>que utilizem outros medicamentos sintéticos para o tratamento de</p><p>depressão, para evitar exacerbação de efeito, gerando síndrome</p><p>serotoninérgica, por exemplo.</p><p>Lippia alba (erva-cidreira)</p><p>Suas folhas são utilizadas na fitoterapia, e seu principal componente</p><p>fitoquímico é o óleo essencial rico em geranial, neral, cariofileno,</p><p>citronelal, geraniol, limoneno, mirceno e carvona. Possui também</p><p>iridoides, como o geniposídeo, e flavonoides.</p><p>Seu óleo essencial tem ação analgésica, anti-inflamatória,</p><p>anticonvulsivante, ansiolítica e promove o relaxamento muscular.</p><p>Também tem atividade mucolítica e atua no alívio de cólicas menstruais e</p><p>intestinais, em variedades de erva-cidreira com teores mais elevados de</p><p>carvona, indicando que este fitofármaco pode ser responsável por tais</p><p>atividades.</p><p>É importante lembrar que o teor de fitocompostos de uma planta pode</p><p>mudar dentro da mesma espécie, de acordo com diversas variáveis,</p><p>como qualidade do solo, quantidade de água, tempo de exposição ao sol</p><p>etc.</p><p>Matricaria chamomilla (camomila)</p><p>A camomila é uma planta medicinal bastante utilizada na forma de</p><p>infusão de seus capítulos florais, especialmente para tratamento de</p><p>sintomas da ansiedade. Seu uso etnofarmacológico ocorre desde os</p><p>tempos antigos como “chá calmante”.</p><p>Seus principais fitocomponentes são os flavonoides apigenina,</p><p>quercetina e derivados glicosídeos; cumarinas como umbeliferona;</p><p>taninos; ácidos graxos; o óleo essencial composto de bisabolol e seus</p><p>derivados bisabolóxidos A, B, C e bisabolonoído A; lactonas como a</p><p>matricina e a matricarina; e alguns terpenoides.</p><p>A apigenina possui a capacidade de ligar-se aos receptores do</p><p>neurotransmissor GABAA, agindo de forma similar aos sintéticos</p><p>benzodiazepínicos. Com isso, gera-se o efeito ansiolítico da camomila. Já</p><p>sua capacidade anti-inflamatória decorre da inibição de prostaglandinas</p><p>e leucotrienos, também pela apigenina, auxiliada pelo bisabolol do óleo</p><p>essencial. Estudos científicos também demonstraram que cremes</p><p>contendo extrato de camomila são úteis para tratamento tópico de</p><p>feridas e de hemorroidas, agindo como anti-inflamatório e cicatrizante.</p><p>Passiflora spp. (maracujá)</p><p>As plantas do gênero Passiflora, em especial P. edulis e P. incarnata, são</p><p>utilizadas desde a antiguidade para tratar efeitos de ansiedade e</p><p>depressão. Ao contrário do que muitos acreditam, a melhor forma de</p><p>consumir medicinalmente o maracujá é através do chá das folhas da</p><p>árvore, e não na forma de suco da fruta, uma vez que os componentes</p><p>responsáveis pela sua atividade farmacológica estão presentes em</p><p>maiores quantidades nas folhas. Também pode-se utilizar cápsulas</p><p>contendo pó ou extrato seco das folhas.</p><p>Os principais constituintes fitoquímicos da planta são os flavonoides</p><p>crisina, vitexina, isovitexina, derivados de apigenina e saponarina; os</p><p>alcaloides harman, harmano, harmina, harmanol e harmalina; esteróis;</p><p>lignanas; heterosídeos cianogênicos; taninos (catecol, ácido gálico,</p><p>leucoantocianidinas); e óleo essencial composto de limoneno, cumeno e</p><p>alfapineno. No caso específico dos flavonoides e dos alcaloides</p><p>harmânicos, eles estão mais presentes nas folhas da planta do que em</p><p>qualquer outra parte dela.</p><p>Apesar de ainda não existir uma definição completa e definitiva sobre o</p><p>mecanismo de ação do maracujá no tratamento da ansiedade, já existem</p><p>estudos científicos demonstrando que o flavonoide crisina é capaz de</p><p>realizar atividade no receptor GABAA, enquanto os alcaloides do harmano</p><p>agem sobre a monoaminoxidase, inibindo-a. Com isso, acredita-se que</p><p>essas duas classes de fitofármaco são as responsáveis pelo efeito</p><p>ansiolítico do maracujá.</p><p>Piper methysticum (kava-kava)</p><p>A parte utilizada farmacologicamente da kava-kava é a sua raiz, que</p><p>normalmente é consumida na forma de cápsulas contendo o extrato seco</p><p>ou a planta seca rasurada. Os principais fitoquímicos da kava-kava são:</p><p>kavalactonas metisticina; dihidrometisticina; kavaína; di-hidro-kavaína;</p><p>iangonina; e 11-metoxi-iangonina. Possui ainda os flavonoides</p><p>flavokavinas A, B e C, saponinas, mucilagem, alcaloides e glicosídeos.</p><p>As kavalactonas da kava-kava são capazes de interagirem com os</p><p>receptores gabaérgicos e benzodiazepínicos a nível central, estimulando-</p><p>os e realizando assim sua atividade ansiolítica, sedativa e</p><p>anticonvulsivante. Elas também bloqueiam os canais de cálcio</p><p>dependentes de voltagem, reduzindo a excitabilidade neuronal, com</p><p>consequente redução da liberação de neurotransmissores excitatórios.</p><p>Os outros componentes fitoquímicos da kava-kava parecem contribuir</p><p>com o processo de absorção das kavalactonas, gerando um efeito</p><p>sinérgico que culmina no aumento da biodisponibilidade dos princípios</p><p>ativos.</p><p>Atenção: A kava-kava é contraindicada para pacientes com problemas</p><p>hepáticos e alcoólatras.</p><p>Valeriana officinalis (valeriana)</p><p>O uso medicinal da valeriana também é descrito desde a antiguidade,</p><p>sendo as raízes a parte utilizada da planta como fitoterápico. As raízes</p><p>podem ser consumidas na forma de infusão, planta seca ou extrato seco</p><p>(cápsulas). Sua composição fitoquímica é muito rica, sendo os</p><p>componentes principais os iridoides valepotriatos (valtrato, isovaltrato,</p><p>homovaltrato, acevaltrato, valeclorina, di-hidrovaltratos), os</p><p>sesquiterpenoides (valeranona, vaterianol), ésteres terpênicos, ácidos</p><p>sesquiterpênicos, alcaloides (valerina e valerianina), flavonoides e óleo</p><p>essencial composto de monoterpenóis.</p><p>O efeito farmacológico da valeriana depende de uma ação sinérgica de</p><p>diversos de seus fitocompostos. Estudos indicam que as ações de</p><p>sedação e relaxante muscular seriam provocadas, principalmente, pelos</p><p>valepotriatos, que também apresentam atividade vasodilatadora e</p><p>antiarrítmica. Já o ácido valerênico parece inibir a degradação de GABA,</p><p>e agir como agonista parcial do receptor de serotonina, gerando efeito</p><p>ansiolítico similar ao de benzodiazepínicos.</p><p>Em casos de ansiedade e transtorno bipolar, a associação de V. officinalis</p><p>e H. perforatum (hipérico) parece ser mais eficiente do que o</p><p>medicamento sintético diazepam, um benzodiazepínico comumente</p><p>utilizado nesses casos.</p><p>Zingiber officinale (gengibre)</p><p>A parte do gengibre a ser utilizada na fitoterapia é seu rizoma (ou caule</p><p>subterrâneo), podendo ser consumido na forma de alimento, decocto ou</p><p>em xaropes. Seu principal constituinte é o óleo essencial, composto por</p><p>bisaboleno, zingibereno, canfeno, citral, mirceno, limoneno, entre outros.</p><p>Também possui compostos fenólicos como gingeróis e shogaóis, amido,</p><p>proteínas, triglicerídeos, lecitina, vitaminas e sais minerais.</p><p>Sua ação principal é anti-inflamatória, realizada pelos gingeróis, que</p><p>possuem a capacidade de inibir as prostaglandinas e os leucotrienos.</p><p>Contudo também atua como antiemético, inotrópico positivo, colagogo e</p><p>promotor das secreções gástricas, sem os mecanismos ainda</p><p>identificados.</p><p>Atenção: Deve ser utilizado com cautela em pacientes hipertensos,</p><p>devido à chance de elevar a pressão sanguínea e os batimentos</p><p>cardíacos.</p><p>Fitoterápicos que atuam no sistema nervoso</p><p>Assista ao vídeo sobre a fitoterapia aplicada às patologias</p><p>do sistema nervoso. Confira!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Depressão</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Ansiedade e insônia</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a planta medicinal mais utilizada no tratamento da depressão:</p><p>A</p><p>Hypericum perforatum</p><p>B</p><p>Passiflora spp.</p><p>C</p><p>Matricaria chamomilla</p><p>D</p><p>Valeriana officinalis</p><p>E</p><p>Lippia alba</p><p>A alternativa A está correta.</p><p>Apesar de também utilizarmos Passiflora spp. e Lippia alba no tratamento da depressão, estas plantas</p><p>tratam apenas sintomas específicos, que podem ou não estar presentes. A planta medicinal que se utiliza</p><p>na depressão é o hipérico – Hypericum perforatum.</p><p>Questão 2</p><p>Qual parte da Passiflora spp. possui maior concentração de seus princípios ativos no combate à ansiedade?</p><p>A</p><p>Flores</p><p>B</p><p>Frutos</p><p>C</p><p>Folhas</p><p>D</p><p>Caule</p><p>E</p><p>Raiz</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>Apesar de seus componentes farmacológicos estarem presentes em todas as partes da planta, eles se</p><p>encontram em maior concentração nas folhas. Por isso, é recomendada utilização de chá das folhas de</p><p>maracujá, e não o suco do fruto, por exemplo.</p><p>2. Plantas medicinais e fitoterápicos úteis na terapêutica de doenças do sistema cardiovascular</p><p>Sistema cardiovascular e suas patologias</p><p>O sistema cardiovascular engloba diversos órgãos do corpo humano, mas é principalmente constituído pelo</p><p>coração, cuja função básica é bombear o sangue por meio dos vasos sanguíneos, que atuam como uma</p><p>complexa rede de encanamento:</p><p>Diversas doenças estão relacionadas ao sistema cardiovascular, e as principais delas, cujo tratamento pode</p><p>ser realizado fitoterapicamente, estão relacionadas a seguir.</p><p>Hipertensão arterial sistêmica (HAS)</p><p>A pressão arterial (PA) é um parâmetro cardiovascular influenciado pelo volume sanguíneo, pelo débito</p><p>cardíaco e pela resistência vascular periférica, e cuja função é manter a perfusão de sangue (e de oxigênio,</p><p>consequentemente) do organismo.</p><p>Quando são atingidos valores muito baixos de pressão, como no caso da hipotensão ortostática, a perfusão</p><p>correta não é garantida e, por isso, o corpo em conjunto com os sistemas simpático e renina-angiotensina-</p><p>aldosterona e o hormônio antidiurético desencadeia reações como sensação de sede e apetite por sal,</p><p>visando impedir a queda da PA.</p><p>A hipertensão arterial, quando ocorre de forma aguda, frequentemente não se apresenta com sintomatologia,</p><p>mas algumas pessoas podem experimentar dores de cabeça e pontadas na nuca. Contudo, quando ocorre de</p><p>maneira crônica, a elevação da PA produz sobrecarga circulatória, podendo levar a alterações degenerativas</p><p>vasculares e do miocárdio.</p><p>Levando sangue</p><p>Com nutrientes e oxigênio para o restante</p><p>do corpo (pelas artérias).</p><p>Trazendo o sangue</p><p>“Sujo” de volta (pelas veias) para que</p><p>seja purificado (nos rins, em geral),</p><p>renutrido e novamente distribuído.</p><p>Atenção</p><p>O indivíduo hipertenso tem maior risco de apresentar acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência</p><p>renal, lesões na retina, insuficiência cardíaca e cardiopatia isquêmica. Atualmente, define-se hipertensão</p><p>arterial pela medida da PA com valores iguais ou maiores que 140 × 90mmHg obtidos em duas</p><p>verificações em diferentes dias ou diversas vezes no mesmo dia, por meio do exame chamado</p><p>Monitoramento Ambulatorial da Pressão Arterial (MAPA).</p><p>A hipertensão arterial pode ser classifica em primária ou secundária. Veja a seguir um pouco mais sobre elas.</p><p>Algumas plantas medicinais podem ser utilizadas para o tratamento da hipertensão arterial de maneira isolada</p><p>nas hipertensões leves ou em conjunto com anti-hipertensivos sintéticos em casos moderados e graves. Em</p><p>geral, possuem atividades farmacológicas similares aos fármacos sintéticos, como diuréticos, sedativos e</p><p>inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECAs), porém causam menos efeitos colaterais. As</p><p>seguintes plantas são indicadas para o tratamento da hipertensão arterial:</p><p>Alpinia speciosa (colônia);</p><p>Angelica sinensis (angélica chinesa);</p><p>Cecropia pachystachya (embaúba);</p><p>Equisetum arvense (cavalinha);</p><p>Valeriana officinalis (valeriana).</p><p>Palpitações e arritmias</p><p>Palpitações e arritmias podem ocorrer sem gravidade e sem outras patologias associadas, especialmente em</p><p>situações de ingestão exagerada de álcool ou de bebidas ricas em cafeína, tabagismo e estresse. Contudo,</p><p>caso ocorram taquicardia ou bradicardia intensas acompanhadas de vertigem e dispneia, é necessária a</p><p>investigação cardiológica imediata.</p><p>Hipertensão arterial primária</p><p>Esta responde por cerca de 95% dos casos de</p><p>HAS, que são aquelas em que não é possível</p><p>determinar um motivo específico para</p><p>elevação frequente da pressão. Existem</p><p>alguns fatores que contribuem para essa</p><p>elevação: predisposição genética (casos na</p><p>família), consumo excessivo de cloreto de</p><p>sódio, baixa ingestão de potássio e abuso de</p><p>bebida alcoólica.</p><p>Hipertensão arterial secundária</p><p>Esta corresponde aos outros 5%, a HAS</p><p>pode decorrer de nefropatias,</p><p>hiperaldosteronismo primário, síndrome</p><p>de Cushing, feocromocitoma, consumo</p><p>de estrogênios, gravidez, entre outras</p><p>causas ainda menos frequentes.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Veias normais e veias varicozas.</p><p>As situações leves respondem bem ao</p><p>tratamento com plantas medicinais, em</p><p>especial à Crataegus oxyacantha (crataego),</p><p>que possui ação antiarrítmica e ansiolítica.</p><p>Também podem ser utilizadas outras plantas</p><p>com atividade ansiolítica, com a expectativa de</p><p>reduzir esses sintomas cardiovasculares e o</p><p>desconforto no paciente.</p><p>Varizes e hemorroidas</p><p>Varizes são dilatações anormais dos vasos</p><p>sanguíneos, muito comuns nas pernas. O surgimento delas está relacionado à genética do paciente, ao uso de</p><p>anticoncepcionais orais e à menstruação. Pessoas que passam longos períodos de tempo em pé ou sentadas</p><p>sem se movimentar têm maior tendência de desenvolvê-las. Os sintomas gerados pelas varizes são cansaço</p><p>nas pernas, edema e dores.</p><p>Uma forma de auxiliar o tratamento das varizes é praticar</p><p>exercício físico, com a finalidade de promover impulso</p><p>muscular sobre as veias. As meias de compressão também</p><p>são ótimas aliadas no tratamento. Apesar de não serem</p><p>capazes de curar as varizes, medicações de uso oral</p><p>auxiliam na diminuição da sensação de desconforto e do</p><p>edema, reduzindo a dor nas pernas. As plantas medicinais</p><p>utilizadas atuam sobre os vasos sanguíneos e realizam</p><p>atividade anti-inflamatória, venotônica, antiexsudativa e</p><p>antiedematosa.</p><p>As hemorroidas correspondem a uma inflamação das veias</p><p>localizadas ao redor do canal anal, gerando uma dilatação.</p><p>Podem ser classificadas quanto à gravidade, podendo ter</p><p>indicação cirúrgica em casos mais graves. Nos casos leves,</p><p>que podem ser tratados clinicamente, podemos utilizar as</p><p>mesmas plantas medicinais aplicadas em casos de varizes, na forma de cremes, pomadas ou supositórios.</p><p>Também é importante alterar a alimentação, de forma a inserir mais fibras para evitar constipação intestinal.</p><p>As principais plantas utilizadas nesses casos são:</p><p>Aesculus hippocastanum (castanha-da-índia);</p><p>Aloe sp. (babosa);</p><p>Centella asiatica (centela).</p><p>Hipercolesterolemia e hipertrigliceridemia</p><p>A elevação dos níveis de colesterol e/ou dos triglicerídeos é fator de risco para desenvolvimento de doenças</p><p>cardiovasculares por influenciar na formação de placas ateromatosas.</p><p>Placas ateromatosas</p><p>Placas de gordura que entopem os vasos sanguíneos.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Diferentes estágios de entupimento causados pela formação de placas</p><p>ateromatosas.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento:</p><p>Allium sativum (alho);</p><p>Crataegus oxyacantha (crataego);</p><p>Curcuma longa (cúrcuma ou açafrão).</p><p>Plantas medicinais importantes</p><p>Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as plantas medicinais vistas neste módulo, serão</p><p>apresentadas a seguir algumas de suas características, os principais</p><p>componentes fitoquímicos, para o que</p><p>servem e suas contraindicações ou possíveis efeitos adversos.</p><p>Aesculus hippocastanum (castanha-da-índia)</p><p>As sementes de castanha-da-índia são utilizadas há muitos séculos</p><p>como fitoterápicos, especialmente no tratamento de doenças vasculares.</p><p>Elas contêm um teor elevado de saponinas, especialmente as aescinas</p><p>alfa e beta, afrodescina, argirescina e criptoescina. Possuem também</p><p>alguns flavonoides, triterpenoides, fitosteróis, epicatequinas,</p><p>antocianidinas e glicosídeos cumarínicos.</p><p>Suas aescinas são as responsáveis pelos efeitos venotônicos (aumento</p><p>do tônus venoso), antiexsudativa (redução ou inibição da formação de</p><p>exsudato) e antiedematoso (inibição ou redução da formação de edema).</p><p>Os mecanismos de ação pelos quais executam estas funções envolvem o</p><p>aumento da sensibilidade dos canais de cálcio ao íon Ca2+.</p><p>As castanhas podem ser utilizadas na forma de cápsulas contendo o</p><p>extrato seco ou como decocto. Seus possíveis efeitos adversos incluem o</p><p>risco aumentado de sangramentos, especialmente se utilizada em</p><p>conjunto com anticoagulantes, e pode causar náuseas, vômito e gastrite.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Allium sativum (alho)</p><p>Muito utilizada na culinária, a parte do alho que serve também como</p><p>fitoterápico são os bulbilhos (ou “dentes de alho”, como conhecidos</p><p>popularmente). A utilização pode ocorrer como suco, na mastigação do</p><p>alho cru ou em cápsulas com o pó seco do bulbilho.</p><p>Seu principal componente é a aliina, que é convertida em alicina pela</p><p>enzima alinase. Também contém saponinas, ácidos fosfórico e sulfúrico,</p><p>proteínas e sais minerais. No bulbo fresco, tende-se a encontrar maior</p><p>teor de alicina, enquanto no pó seco encontramos mais aliina, pois a</p><p>enzima foi desativada no preparo do pó.</p><p>O alho possui diversas atividades farmacológicas, como antitrombótico,</p><p>antiagregante plaquetário, anti-hipertensivo, hipoglicemiante,</p><p>antimicrobiano e antifúngico. O chá de alho é considerado extremamente</p><p>seguro, não apresentando efeitos tóxicos nem colaterais. Contudo, seu</p><p>uso deve ser realizado com cautela em pacientes que já utilizem outros</p><p>antiagregantes como o clopidogrel ou anticoagulantes como a warfarina.</p><p>Aloe sp. (babosa)</p><p>As partes da babosa utilizadas para a fitoterapia são a mucilagem (gel)</p><p>das folhas e a resina extraída da parte externa destas. São compostas de</p><p>polissacarídeos (pectinas, hemiceluloses, glucomanana, acemanana e</p><p>derivados de manose), aminoácidos, lipídeos, fitosteróis como o lupeol e</p><p>o campesterol, taninos, vitaminas e sais minerais. Na resina, em especial,</p><p>encontramos antraquinona específica da babosa, chamada de aloé-</p><p>emodina, antronas e seus glicosídeos.</p><p>Os polissacarídeos da mucilagem da babosa são extremamente úteis em</p><p>processos de cicatrização, pois estimulam a atividade de macrófagos e</p><p>de fibroblastos. Preparos para uso interno do gel se mostraram úteis até</p><p>mesmo na recuperação de úlceras estomacais. Também existem estudos</p><p>científicos que demonstraram a atividade anti-inflamatória da babosa,</p><p>com sucesso especial em casos de artrite reumatoide. Já a resina, rica</p><p>em antraquinona, tem ação laxativa, sendo útil em casos de constipação.</p><p>O uso interno da planta, quando feito em excesso, pode causar desmaio,</p><p>tonteira, fraqueza, diarreia forte e precipitar o aparecimento de</p><p>hemorroidas.</p><p>Alpinia speciosa (colônia)</p><p>Suas folhas, flores e raízes são utilizadas na fitoterapia. Seu principal</p><p>constituinte é o óleo essencial, composto de mono e sesquiterpenos</p><p>(cineol e terpineol), flavonoides e substâncias fenólicas.</p><p>Nas flores, destacam-se o 1,8-cineol, a cânfora, o metil cinamato e o</p><p>borneol. Já as folhas contêm monoterpenos e sesquiterpenos (4-</p><p>terpinenol, 1,8-cineol e γ-terpineno).</p><p>Os óleos essenciais de colônia possuem atividade hipotensora, diurética</p><p>e sedativa. O terpineol é tido como principal responsável pelas ações</p><p>farmacológicas, pois possui a capacidade de bloquear o influxo de cálcio</p><p>nas células, relaxando o músculo liso vascular e consequentemente</p><p>gerando o efeito hipotensor.</p><p>A planta colônia é utilizada em cápsulas contendo o pó ou as folhas e os</p><p>frutos triturados, e não apresenta toxicidade ou efeitos adversos</p><p>conhecidos até o momento.</p><p>Cecropia pachystachya (embaúba)</p><p>Suas folhas eram utilizadas como fitoterápicos pelos povos indígenas da</p><p>América do Sul desde antes das Grandes Navegações. São compostas</p><p>de saponinas (sendo a principal a ambaína), alcaloides, ácidos orgânicos,</p><p>flavonas, flavonoides, ácidos fenólicos, glicosídeos cardiotônicos,</p><p>sesquiterpenoides e óleo essencial composto por limoneno, calameno e</p><p>alfacopaeno.</p><p>Sabe-se que sua atividade hipotensora é realizada pelo bloqueio dos</p><p>canais de cálcio do tipo L na musculatura lisa, mas ainda não foram</p><p>identificadas quais moléculas são as responsáveis por esse efeito.</p><p>Acredita-se que a ambaína possa desempenhar um papel importante</p><p>nessa ação farmacológica. Além dessa atividade, a embaúba também</p><p>apresenta ação anti-inflamatória, broncodilatadora e antidiabética, sendo</p><p>esta última realizada pelo ácido clorogênico, que reduz a produção</p><p>hepática de glicose ao inibir a enzima glicose-6-fosfato translocase.</p><p>Pode ser utilizada na forma de decocto, cápsulas contendo a planta seca</p><p>ou xarope para tosse asmática. Não se conhece nenhum registro de</p><p>toxicidade da embaúba até o momento.</p><p>Centella asiatica (centela)</p><p>A planta inteira pode ser utilizada como fitoterápico, sendo os</p><p>triterpenoides seus principais constituintes, em especial o asiaticosídeo e</p><p>o madecassídeo. Possui ainda agliconas (ácido asiático e ácido</p><p>madecassíco), flavonoides (quercetina, kaempferol e outros), ácidos</p><p>graxos, vitaminas, carotenoides e óleo essencial rico em terpenos.</p><p>Sabe-se que o asiaticosídeo e seus derivados têm atividade cicatrizante</p><p>por estimular a síntese de colágeno e a angiogênese, tornando o extrato</p><p>de centelha útil no tratamento de feridas e condições vasculares como as</p><p>varizes, quando utilizado de forma tópica. No uso interno, a centela</p><p>demonstra atividades cardioprotetora, ansiolítica e redutora de edemas,</p><p>mas sem mecanismos de ação bem esclarecidos até o momento.</p><p>Pode gerar dor de cabeça, vertigem, hipotensão e sedação leve.</p><p>Crataegus oxyacantha (crataego)</p><p>Tanto as folhas, as flores quanto seus frutos são utilizados como</p><p>fitoterápicos. São ricos em catequina, epicatequina e procianidina B2,</p><p>flavonoides derivados do quercetol e do apigenol, compostos fenólicos,</p><p>fitosteróis, triterpenoides e taninos.</p><p>O crataego possui diversas atividades farmacológicas cardiovasculares.</p><p>Realiza ação cronotrópica (acelera os batimentos cardíacos), porém de</p><p>maneira distinta dos fármacos betabloqueadores tradicionais. Possui</p><p>atividade ionotrópica positiva mediada por aumento da concentração</p><p>intracelular de íons de cálcio e pela inibição da fosfodiasterase, levando</p><p>ao aumento da concentração intracelular de AMP cíclico. Suas</p><p>procianidinas geram aumento na liberação de óxido nítrico, causando</p><p>vasodilatação e bloqueio da enzima conversora de angiotensina, o que</p><p>reduz a pressão arterial. Alguns estudos já demonstraram que a crataego</p><p>é útil na proteção de vasos e do coração, mas sem mecanismos de ação</p><p>completamente descritos.</p><p>Pode ser utilizada como cápsulas contendo a planta seca ou seu pó ou</p><p>extrato seco. Pode potencializar o efeito de algumas classes de fármacos</p><p>sintéticos, como benzodiazepínicos, hipertensivos e antiarrítmicos.</p><p>Curcuma longa (cúrcuma ou açafrão da terra)</p><p>Muito utilizadas na culinária, as raízes da cúrcuma são úteis também na</p><p>fitoterapia. Possui polifenóis chamados de curcuminoides, sendo a</p><p>curcumina o principal. Seu óleo essencial é rico em álcoois</p><p>sesquiterpênicos e cetonas como a bisabolona, a germacrona e o</p><p>curcumeno, monoterpenoides, diterpenoides e esteroides.</p><p>O açafrão da terra possui diversas atividades farmacológicas</p><p>documentadas, dentre elas anti-inflamatória, gastroprotetora,</p><p>hepatoprotetora e carminativa (antiflatulência). Atribui-se à curcumina</p><p>todas estas atividades, pois esta apresenta afinidade por aminoácidos</p><p>presentes em proteínas que agem como receptoras e, ao interagir com</p><p>essas</p><p>moléculas, a curcumina as torna mais disponíveis para ligação aos</p><p>seus mediadores bioquímicos correspondentes.</p><p>Estudos indicam que a curcumina tem atividade na redução do colesterol</p><p>e de triglicerídeos, agindo como cardioprotetora e antitrombótica, uma</p><p>vez que reduz a formação de ateromas. Também se mostrou eficaz na</p><p>cicatrização de úlcera péptica e outras feridas.</p><p>Devido a ampla ação observada, doenças inflamatórias crônicas, como a</p><p>osteoartrite, vem sendo cada vez mais tratadas com o açafrão da terra,</p><p>com resultados muito positivos. A curcumina atua em diversos alvos na</p><p>inflamação. Ela interage com interleucinas, fatores de crescimento, TNF-</p><p>α, COX, enzima óxido nítrico sintase, entre outros. Em todos os alvos, a</p><p>ação da curcumina acarreta a redução do processo inflamatório. Além</p><p>dessa ação, a cúrcuma também demonstra ser analgésica para as dores</p><p>fortes da osteoartrite, porém sem mecanismo de ação descrito até o</p><p>momento.</p><p>A cúrcuma pode ser consumida diariamente nos alimentos, na forma de</p><p>tempero. Porém, para ação terapêutica, é interessante seu uso como</p><p>cápsulas contendo o pó ou decocto do rizoma. Deve ser prescrita com</p><p>cuidado para pacientes com predisposição ao cálculo biliar, pois a</p><p>ingestão deste fitoterápico pode desencadear obstrução das vias</p><p>biliares.</p><p>Equisetum arvense (cavalinha)</p><p>Ao contrário da maioria das plantas, a cavalinha é rica em compostos</p><p>inorgânicos, como o ácido silícico e diversos silicatos distintos solúveis</p><p>em água, sais de potássio e de cálcio, fosfatos e outros elementos</p><p>inorgânicos. Outros componentes fitoquímicos que podemos citar são</p><p>alcaloides como a nicotina e a espermidina, saponina equisetonina,</p><p>glicosídeos como os equisetumosídeos, flavonoides (quercetina,</p><p>isoquercitrina, luteolina, apigenina), fitosteróis como campestrol e</p><p>taraxerol, ácidos ursólico, oleanólico e betulínico, taninos e vitaminas C,</p><p>E, K, e complexo B. Possui ainda óleo essencial rico em cisgeranil</p><p>acetona, timol, transfitol e hexa-hidrofarnesil acetona.</p><p>A cavalinha apresenta atividades hepatoprotetora, antioxidante,</p><p>analgésica, anti-inflamatória e diurética, sendo útil em casos de doenças</p><p>renais e hipertensão arterial, além de agir como antimicrobiana contra</p><p>diversos microrganismos.</p><p>As formas de consumo utilizadas são infusão das partes aéreas, pó para</p><p>diluição em água, cápsula e supositório (indicado no tratamento de</p><p>hemorroidas, devido à ação anti-inflamatória). É contraindicada na</p><p>gravidez devido aos seus alcaloides que são capazes de acelerar o parto.</p><p>Fitoterápicos que atuam no sistema cardiovascular</p><p>Veja agora alguns casos que abordam a fitoterapia aplicada às patologias do sistema cardiovascular. Vamos lá!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Hipertensão arterial sistêmica (HAS)</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Hipercolesterolemia e Hipertrigliceridemia</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Assinale a alternativa que apresenta uma planta medicinal utilizada no tratamento de varizes e hemorroidas:</p><p>A</p><p>Alpinia speciosa (colônia).</p><p>B</p><p>Aesculus hippocastanum (castanha-da-índia).</p><p>C</p><p>Cecropia pachystachya (embaúba).</p><p>D</p><p>Equisetum arvense (cavalinha).</p><p>E</p><p>Valeriana officinalis (valeriana).</p><p>A alternativa B está correta.</p><p>A castanha-da-índia é utilizada em patologias como varizes e hemorroidas, não sendo prescrita para casos</p><p>de hipertensão arterial.</p><p>Questão 2</p><p>A Centella asiatica (centela) é utilizada de maneira tópica no tratamento das varizes. Qual fitofármaco</p><p>presente nesta planta exerce atividade nesta patologia?</p><p>A</p><p>Ácido asiático</p><p>B</p><p>Quercetina</p><p>C</p><p>Asiaticosídeo</p><p>D</p><p>Kaempferol</p><p>E</p><p>Caratenoides</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>O asiaticosídeo e seus derivados estimulam a síntese de colágeno e auxiliam na angiogênese. Com isso,</p><p>são ativos utilizados no tratamento das varizes.</p><p>3. Plantas medicinais e fitoterápicos usados no tratamento de patologias inflamatórias e reumáticas</p><p>Inflamação e doenças reumáticas</p><p>Dores musculoesqueléticas e processos inflamatórios correspondem a muitas patologias distintas, com</p><p>diferentes processos fisiológicos, e podem ocorrer em todo o corpo humano. Em outros módulos deste</p><p>conteúdo, são abordadas algumas doenças desencadeadas ou culminando em inflamação, e que são tratáveis</p><p>com plantas medicinais, visando à cura ou à redução dos sintomas.</p><p>A inflamação é um mecanismo de defesa do</p><p>corpo, seja contra um patógeno ou contra uma</p><p>lesão tecidual. Nesse processo, ocorre um</p><p>aumento do fluxo sanguíneo na região afetada,</p><p>causando o rubor (vermelhidão) no local, que</p><p>também fica mais quente em relação ao</p><p>restante do corpo. Células do sistema imune</p><p>também são recrutadas para o local afetado e</p><p>secretam mediadores inflamatórios que causam</p><p>a sensação de dor. Em alguns casos, o</p><p>processo inflamatório pode ser mais destrutivo</p><p>para o corpo do que a própria lesão, como no</p><p>desenvolvimento da artrite reumatoide e da</p><p>asma, por exemplo.</p><p>As doenças reumáticas são aquelas que acometem o</p><p>aparelho locomotor, ou seja, ossos, articulações, músculos,</p><p>tendões, cartilagens e ligamentos. Em alguns casos,</p><p>dependendo da doença instaurada, pode também afetar</p><p>órgãos internos, como rins, coração e pulmões. Já existem</p><p>mais de cem doenças reumáticas conhecidas e descritas na</p><p>literatura médica, sendo as mais comuns osteoartrite,</p><p>fibromialgia, osteoporose, tendinites, febre reumatoide e</p><p>lombalgia.</p><p>Ao contrário do que se pensa, as doenças reumáticas não</p><p>afetam apenas os idosos, podendo afetar pacientes de</p><p>todas as idades, e são agravadas dependendo de</p><p>condições genéticas, falta ou excesso de exercício físico,</p><p>estresse e acometimentos psiquiátricos como ansiedade e depressão. Se caracterizam como patologias muito</p><p>dolorosas, de cunho inflamatório, geralmente com vermelhidão, inchaço e/ou calor no local afetado, e</p><p>requerem atenção o mais rápido possível, a fim de evitar a piora do quadro geral.</p><p>A fitoterapia é capaz de reduzir dores agudas e crônicas, assim como auxiliar na resolução de</p><p>processos inflamatórios, seja utilizando de forma isolada ou em combinação com medicamentos</p><p>sintéticos.</p><p>Principais plantas utilizadas, de maneira geral, no tratamento de patologias reumáticas:</p><p>Ageratum conyzoides (mentrasto);</p><p>Carapa guianensis (andiroba);</p><p>Copaifera langsdorffii (copaíba);</p><p>Cordia verbenacea (erva-baleeira);</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Curcuma longa (cúrcuma ou açafrão da terra);</p><p>Echinodorus grandiflorus (chapéu-de-couro);</p><p>Harpagophytum procumbens (garra-do-diabo);</p><p>Solidago chilensis (arnica-do-campo);</p><p>Urtica dioica (urtiga).</p><p>Dores agudas e crônicas</p><p>As contusões são lesões inflamatórias que normalmente decorrem de um trauma, gerando dor local e</p><p>dificuldade de movimentação da parte do corpo afetada. Dependendo da lesão, pode ocorrer a formação de</p><p>hematoma no local.</p><p>Para redução do processo inflamatório local, além do uso das plantas já descritas, pode-se aplicar</p><p>gelo na lesão, desde que esta lesão não apresente sangramento externo.</p><p>Uma vez que a dor seja crônica, o tratamento fitoterápico depende também de outros sintomas:</p><p>Caso de rigidez</p><p>Por exemplo, pode-se utilizar plantas como a</p><p>canela e o gengibre, que também possuem</p><p>ação anti-inflamatória e auxiliam nesse sintoma.</p><p>Vermelhidão e calor acentuados no local</p><p>da dor</p><p>Neste caso, a cúrcuma pode ser associada, por</p><p>possuir propriedade refrescante.</p><p>Local da dor edemaciado (com acúmulo</p><p>de água)</p><p>Podemos lançar mão de plantas que contribuam</p><p>na eliminação de água (diuréticas) como a</p><p>cavalinha e/ou o chapéu-de-couro.</p><p>Plantas como Cordia verbenacea (erva-baleeira) e Solidago chilensis (arnica-do-campo) têm ação analgésica</p><p>e anti-inflamatória em uso tópico, sendo muito utilizadas em compressas, cremes e pomadas para tratamento</p><p>de dores agudas e crônicas.</p><p>Osteoartrite</p><p>É uma inflamação articular que se inicia com um processo degenerativo na cartilagem. Existem</p><p>alguns fatores</p><p>que influenciam o início dessa patologia:</p><p>má postura corporal;</p><p>impacto excessivo nas articulações provocado por esportes ou obesidade;</p><p>entre outros.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Osteoartrite.</p><p>As articulações acumulam líquidos, e sua movimentação gera dor, que pode ser extrema e incapacitante. Em</p><p>casos mais avançados de osteoartrite, a progressão da doença pode levar ao comprometimento dos ossos</p><p>conectados pela articulação afetada. O tratamento envolve substâncias naturais de origem animal, como os</p><p>sulfatos de glicosamina (1,5g/dia) e de condroitina (1,2g/dia), que contribuem ao lentificar a progressão do</p><p>processo patológico. O condicionamento físico com alongamento e fortalecimento muscular contribui na</p><p>manutenção da qualidade de vida.</p><p>Saiba mais</p><p>Por fim, doenças articulares são frequentemente relacionadas com depósitos de substâncias tóxicas e</p><p>indesejáveis. Por isso, recomenda-se dietas com determinadas restrições e uso de plantas medicinais</p><p>depurativas como o chapéu-de-couro e a urtiga.</p><p>Contratura muscular</p><p>A contratura muscular é uma ativação dos elementos contráteis das fibras musculares, podendo ocorrer de</p><p>maneira prolongada e gerar muita dor no processo. Podem ser tratadas topicamente com substâncias que</p><p>estimulem as fibras que conduzem o impulso nervoso rapidamente e que são sensíveis à temperatura.</p><p>Inicialmente pode ocorrer eritema, dor e aumento da temperatura no local da aplicação, mas estes sintomas</p><p>passam rapidamente, gerando o alívio desejado, que pode durar até mesmo por horas.</p><p>As principais plantas usadas no tratamento das contraturas musculares são:</p><p>Cordia verbenacea (erva-baleeira);</p><p>Piper methysticum (kava-kava);</p><p>Valeriana oficcinalis (valeriana).</p><p>Plantas medicinais relevantes</p><p>Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as plantas medicinais vistas neste módulo, serão</p><p>apresentadas a seguir algumas de suas características, os principais componentes fitoquímicos, para o que</p><p>servem e suas contraindicações ou possíveis efeitos adversos.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Ageratum conyzoides (mentrasto ou erva de São João)</p><p>Mentrasto ou erva de São João.</p><p>O óleo essencial das folhas da erva de São João é rico em monoterpenos e sesquiterpenos, especialmente</p><p>linalool, limoneno e eugenol. Contém também cumarina e seus derivados, flavonoides como ageconiflavona e</p><p>kaempferol, fitosteróis (estigmasterol, fridelina e brassicasterol), alcaloides pirrolizidínicos, taninos, e</p><p>compostos fenólicos.</p><p>Ensaios já demonstraram a capacidade anti-inflamatória do óleo essencial do mentrasto,</p><p>especialmente no tratamento de artrose, reduzindo tanto a dor quanto a restrição de movimento</p><p>causada pela doença. Também já são conhecidas as ações analgésica e antipirética da erva. Ainda</p><p>não foram identificadas, no entanto, as moléculas responsáveis por esses efeitos, ou seus</p><p>mecanismos de ação.</p><p>Pode ser utilizada na forma de infusão das folhas, em pó diluído em água, ou em cápsulas contendo o pó ou a</p><p>planta seca. Nas flores, estão presentes alcaloides pirrolizidínicos em alta concentração, que podem causar</p><p>anemia normocrômica. Portanto, deve-se utilizar somente as folhas da erva de São João como fitoterápico.</p><p>Carapa guianensis (andiroba)</p><p>Sementes de andiroba.</p><p>A partir das sementes da andiroba, é produzido um óleo que pode ser utilizado de forma medicinal. Esse óleo</p><p>é rico em ácidos graxos, principalmente os ácidos mirístico, palmítico, oleico e linoleico, e em diversos</p><p>tetranortriterpenos chamados de meliacinas e fitosteróis, como o campesterol e o estigmasterol.</p><p>O óleo da andiroba é utilizado tradicionalmente por diversas culturas indígenas das américas, principalmente</p><p>como repelente de insetos e antimalárico. Sabe-se que essas duas atividades são efetuadas pelas meliacinas,</p><p>mas os mecanismos de ação ainda não foram elucidados.</p><p>O óleo de andiroba também demonstrou atividade anti-inflamatória e analgésica, sendo capaz de</p><p>inibir a formação de granulomas e a migração de neutrófilos. Estudos também já demonstraram que</p><p>uma mistura das meliacinas presentes no óleo de andiroba foi capaz de reduzir as dores e a</p><p>inflamação na artrite, demonstrando que este pode ser um aliado útil no combate às dores</p><p>reumáticas e musculares.</p><p>Ele deve ser utilizado de forma tópica, podendo ser associado à massagem no local da inflamação ou dor. Não</p><p>existem dados concretos sobre sua toxicidade.</p><p>Copaifera langsdorffii (copaíba)</p><p>O óleo resinoso extraído do interior do caule da copaíba é utilizado como fitoterápico, especialmente para</p><p>tratamento de feridas, por populações tradicionais e indígenas do cerrado brasileiro há vários séculos. Ele é</p><p>composto de sesquiterpenoides, diterpenoides, polissacarídeos e ácidos copaiférrico, copaiferrólico e</p><p>copálico.</p><p>Copaíba.</p><p>Na tentativa de identificar quais fitomoléculas são as responsáveis pela ação farmacológica anti-inflamatória</p><p>do óleo de copaíba, chegou-se ao consenso que os diterpenoides são os mais importantes para a atividade,</p><p>mas o óleo age de maneira sinérgica, sendo ele inteiro necessário para o efeito completo desejado. De</p><p>maneira tópica, o óleo da copaíba é útil no tratamento de doenças da pele como psoríase por exemplo, e</p><p>também em casos de dores reumáticas e articulares. Também apresenta atividade cicatrizante,</p><p>tripanossomicida e leishmanicida, porém não foram desenvolvidos estudos específicos.</p><p>Cordia verbenacea (erva-baleeira)</p><p>Erva-baleeira.</p><p>Suas folhas (parte da planta utilizada como medicinal) possui flavonoides, sitosterol, terpenoides (cordialinas</p><p>A e B), saponinas, alcaloides, xantonas, fenóis, esteroides, taninos, quinonas, cumarina e óleo essencial</p><p>composto de betacariofileno, alfapineno, acetato de citronelol, betaelemeno, transcariofileno, alfahumuleno e</p><p>outras moléculas.</p><p>O óleo essencial da erva-baleeira exerce atividade anti-inflamatória pela inibição da migração de células</p><p>inflamatórias e pela inibição da fosfolipase A2. O transcariofileno e o alfahumuleno, quando isolados, também</p><p>exercem atividade anti-inflamatória leve, realizada por meio da inibição de alguns mediadores inflamatórios</p><p>como a histamina, o TNF- α e a prostaglandina E2.</p><p>Saiba mais</p><p>Existe um fitomedicamento de uso tópico, comercializado no Brasil sob o nome de Acheflan, que é</p><p>composto pelo óleo essencial da erva-baleeira. Seu uso é indicado para o tratamento de dores causadas</p><p>pelas doenças reumáticas como artralgia, artrose e artrite, e para lesões de pele, por aumentar a</p><p>produção do fator de crescimento endotelial vascular e da matriz metaloprotease-9.</p><p>Echinodorus grandiflorus (chapéu-de-couro)</p><p>Chapéu-de-couro.</p><p>As partes dessa planta utilizadas como fitoterápico são as folhas, cujo sabor é amargo e refrescante. Seus</p><p>principais componentes fitoquímicos são ácidos fenólicos (ferúlico, cafeico e isoferúlico), ácidos graxos como</p><p>o linolênico e o dodecanoico, alcaloides echinofilinas, diterpenoides como echinodol, fitol, echinodolídeos e</p><p>solidagolactona, esteróis, flavonoides como a vitexina e a isovitexina, terpenoides como o transcariofileno, e</p><p>óleo essencial composto de óxido de cariofileno, dilapiol e 2-tridecanona.</p><p>Apesar de ainda não ser definido se existe uma molécula específica que seja a responsável pelos efeitos do</p><p>chapéu-de-couro, os pesquisadores acreditam que se trate de um efeito sinérgico, especialmente entre os</p><p>alcaloides e os ácidos.</p><p>Sabe-se que a planta possui efeito hipotensivo, diurético, redutor de edemas, vasodilatador, anti-</p><p>inflamatório e levemente analgésico. Adicionalmente, um estudo científico já demonstrou ação</p><p>nefroprotetora do extrato bruto da planta.</p><p>Pode ser utilizado como decocto ou infuso, por via oral. É contraindicada para pacientes hipotensos, em casos</p><p>de diarreia e para portadores de insuficiência renal.</p><p>Arnica montana.</p><p>Harpagophytum procumbens (garra-do-diabo)</p><p>Garra-do-diabo.</p><p>O tubérculo da garra-do-diabo possui glicosídeos iridoides como o harpagosídeo, o harpagídeo e a</p><p>procumbina; glicosídeos fenólicos como o verbascosídeo e o acetosídeo; flavonoides; fitosteróis;</p><p>triterpenoides pentacíclicos; ácidos orgânicos e harpagoquinona.</p><p>Seus efeitos anti-inflamatório e analgésico são realizados pela inibição das enzimas COX-2 e óxido</p><p>nítrico sintase, do TNF-α e do fator NF-κB, sendo útil no tratamento de doenças reumáticas como a</p><p>osteoartrite e disfunções dolorosas musculoesqueléticas sem origem determinada.</p><p>A garra-do-diabo pode ser utilizada internamente na forma de infusão ou cápsulas contendo o pó ou extrato</p><p>seco do tubérculo. É contraindicada para pacientes com úlceras gástricas e obstrução das vias biliares.</p><p>Solidago chilensis (arnica-do-campo)</p><p>As partes utilizadas da planta na fitoterapia são suas folhas e inflorescências. Essas partes possuem</p><p>flavonoides, saponinas, diterpenoides clerodânicos e labdânicos (solidagenona — principal marcador da</p><p>espécie —, solidagolactona e derivados de solidagolactol), ácidos orgânicos e óleo essencial composto</p><p>principalmente por diterpenoides e sesquiterpenoides.</p><p>Essa espécie é muito utilizada no Brasil de maneira etnomedicinal, especialmente de maneira tópica para o</p><p>tratamento de contusões e dor. Ela pode ser confundida com a Arnica montana, mas são plantas diferentes,</p><p>sobretudo fitoquimicamente.</p><p>A Arnica montana, além de não possuir a solidagenona</p><p>como marcador, tem como principais constituintes</p><p>fitoquímicos as aminas como a betaína e a colina e uma</p><p>mistura de flavonoides muito específica (betuletol,</p><p>eupafolina e flavonol).</p><p>Repare como as plantas são visualmente distintas.</p><p>Arnica-do-Campo.</p><p>Extratos aquosos de arnica-do-campo, a S.</p><p>chilensis, ricos em solidagenona, apresentam</p><p>efeito anti-inflamatório mediado por inibição da</p><p>migração de leucócitos e de mediadores</p><p>inflamatórios como bradicinina, histamina e</p><p>óxido nítrico (NO). Géis preparados com</p><p>extratos de arnica-do-campo são úteis no</p><p>tratamento de dor lombar e tendinites. Um</p><p>estudo também demonstrou a aceleração do</p><p>processo de cicatrização de feridas cutâneas</p><p>tratadas com arnica-do-campo.</p><p>Pode ser utilizada como anti-inflamatório</p><p>tópico, seja na forma de compressas do infuso</p><p>ou da tintura de folhas de arnica-do-campo ou</p><p>de cremes e géis produzidos em farmácias com</p><p>manipulação. O uso interno, apesar de existirem</p><p>relatos, não deve ser encorajado por não existirem estudos suficientes acerca das possíveis toxicidades</p><p>causadas pelos extratos de S. chilensis.</p><p>Urtica dioica (urtiga)</p><p>Urtiga.</p><p>No caso da urtiga, a planta inteira pode ser utilizada medicinalmente, na forma de decocto por via oral, e</p><p>também podem ser preparadas em cápsulas contendo o pó ou o extrato seco da planta.</p><p>As folhas da urtiga, em especial, são utilizadas como diurético leve e anti-inflamatório, porém ainda</p><p>sem o mecanismo de ação totalmente esclarecido. Já suas raízes, ricas em lignanas, são úteis no</p><p>tratamento da hiperplasia benigna de próstata.</p><p>Os principais constituintes fitoquímicos encontrados na urtiga são os flavonoides como a quercetina e o</p><p>kaempferol, alguns carotenoides, vitaminas C, B e K, triterpenoides, esteróis como o betasitosterol, ácidos</p><p>cítrico, acético e fórmico, polissacarídeos e sais minerais.</p><p>Fitoterápicos que atuam nas doenças inflamatórias e reumáticas</p><p>Acompanhe agora as aplicações terapêuticas de plantas medicinais e fitoterápicos que atuam nas doenças</p><p>inflamatórias e reumáticas. Vamos lá!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Inflamação e doenças reumáticas</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Osteoartrite</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Contratura muscular</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Assinale a alternativa que apresenta uma planta medicinal utilizada no tratamento da inflamação e das</p><p>doenças reumáticas:</p><p>A</p><p>Hypericum perforatum (hipérico)</p><p>B</p><p>Allium sativum (alho)</p><p>C</p><p>Copaifera langsdorffii (copaíba)</p><p>D</p><p>Aesculus hippocastanum (castanha da índia)</p><p>E</p><p>Cecropia pachystachya (embaúba)</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>A Copaifera langsdorffii (copaíba) é utilizada para o tratamento de inflamações e dores reumáticas devido</p><p>às suas ações anti-inflamatória e analgésica conhecidas. As demais plantas são utilizadas para outros fins</p><p>terapêuticos.</p><p>Questão 2</p><p>Sobre as formas de uso da Solidago chilensis (arnica-do-campo), quais opções abaixo podem ser utilizadas na</p><p>prática clínica?</p><p>I. Cápsulas contendo o pó das folhas.</p><p>II. Gel para uso tópico.</p><p>III. Emplastros com a infusão das folhas.</p><p>IV. Chá das folhas para ingerir.</p><p>A</p><p>I e II.</p><p>B</p><p>I e III.</p><p>C</p><p>I e IV.</p><p>D</p><p>II e III.</p><p>E</p><p>II e IV.</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>Não existem dados suficientes sobre a toxicidade da arnica-do-campo para que se possa utilizá-la pela via</p><p>oral. Portanto, apenas aplicações tópicas da planta devem ser utilizadas.</p><p>4. Plantas medicinais e fitoterápicos usados no tratamento de patologias dermatológicas</p><p>Patologias dermatológicas</p><p>A pele é o maior órgão do corpo humano, sendo composta por três camadas: epiderme, derme e hipoderme.</p><p>Epiderme (primeira camada)</p><p>É a camada mais externa e serve de barreira</p><p>física para a entrada de coisas estranhas ao</p><p>corpo.</p><p>Derme (segunda camada)</p><p>É a camada intermediária onde se localizam as</p><p>glândulas sudoríparas, os vasos sanguíneos que</p><p>nutrem a pele e as terminações nervosas como</p><p>as responsáveis pelo tato.</p><p>Hipoderme (terceira camada)</p><p>É a camada mais interna de todas, é composta</p><p>por tecido adiposo e feixes nervosos, além de</p><p>vasos sanguíneos calibrosos de onde se</p><p>originam os que ficam localizados na derme.</p><p>A pele apresenta algumas funções importantíssimas para o corpo humano e, para executá-las, precisa estar</p><p>sempre o mais íntegra possível.</p><p>Exemplo</p><p>Ela é responsável por limitar a entrada de microrganismos no corpo, regular a temperatura corporal, agir</p><p>como barreira aos raios solares, entre outras funções.</p><p>Diversos tipos de lesão cutânea são conhecidos, e todos eles comprometem as funções básicas da pele,</p><p>sendo necessário saná-las o mais rápido possível. A seguir, falaremos brevemente sobre as lesões mais</p><p>comuns na prática dermatológica e elencaremos as plantas medicinais úteis no tratamento dessas lesões.</p><p>Herpes simples</p><p>A herpes é causada pelos vírus da família Herpesvirus hominis, e sua forma de contágio se dá através da</p><p>mucosa ou da pele não íntegra. Após penetrar, o vírus se multiplica nas células da pele e acaba atingindo as</p><p>terminações nervosas sensoriais. Eles são então transportados pelo axônio até o corpo da célula nervosa,</p><p>onde pode inclusive ficar aquiescente até que haja um momento propício para o retorno da infecção.</p><p>Lábio com herpes simples.</p><p>Os sintomas mais comuns são dor ou incômodo local</p><p>seguido do surgimento de pequenas bolhas (vesículas), que</p><p>podem surgir em qualquer área da pele e podem ou não</p><p>desencadear prurido (coceira). A herpes, no entanto, é mais</p><p>comumente localizada nos lábios e nas regiões urogenitais.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento da</p><p>herpes simples:</p><p>Echinacea sp. (equinácea);</p><p>Lippia alba (erva-cidreira);</p><p>Melaleuca alternifolia (Melaleuca).</p><p>Eczemas</p><p>O surgimento de eczemas se dá por meio de um processo inflamatório inespecífico, que pode surgir na pele</p><p>ao longo da vida sem que os motivos sejam descobertos pelo paciente. Existem duas formas de eczema:</p><p>Saiba mais</p><p>O líquido purulento é composto de células, proteínas e outros materiais.</p><p>Em geral, a área afetada fica avermelhada, indicando a presença da inflamação. Podem surgir bolhas, erosões,</p><p>exsudato, sensação de calor no local, descamação da pele e prurido.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento de eczemas:</p><p>Aloe vera (babosa);</p><p>Calendula officinallis (calêndula);</p><p>Chamomilla recutita (camomila);</p><p>Copaifera langsdorffii (copaíba).</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Exsudativa</p><p>Nessa forma, ocorre a produção de líquido</p><p>purulento, que passa através das paredes de</p><p>um vaso para os tecidos adjacentes.</p><p>Descamativa</p><p>Nessa forma a pele descama, soltando</p><p>pequenos pedaços ao ser tocada.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Psoríase</p><p>Cotovelo com psoríase.</p><p>A psoríase é uma doença inflamatória crônica. Acredita-se que sua origem está em questões emocionais</p><p>aliadas a propensões genéticas. Normalmente se apresenta como placas eritematoescamosas espalhadas</p><p>pelo corpo, podendo ou não causar prurido no local. Pode surgir em qualquer local do corpo, sendo os mais</p><p>comuns as articulações como joelhos e cotovelos, as palmas das mãos, a sola dos pés e o couro cabeludo.</p><p>Saiba mais</p><p>Estudos demonstram que existe uma correlação entre a psoríase e o desenvolvimento de artrite, com</p><p>dados demonstrando que cerca de 10% dos pacientes desenvolvem artrite após algum tempo</p><p>convivendo com a psoríase.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento da psoríase:</p><p>Aloe vera (babosa);</p><p>Calendula officinallis (calêndula);</p><p>Copaifera langsdorffii (copaíba);</p><p>Mentha spp. (alevante, poejo ou hortelã).</p><p>Acne</p><p>O surgimento de acnes é uma reação inflamatória, mais comumente desenvolvida na época da puberdade,</p><p>mas que, em algumas pessoas, pode surgir ou permanecer até a fase adulta. Apresenta-se como lesões do</p><p>tipo cistos, pápulas e pústulas, normalmente localizadas na face e na região superior do tronco.</p><p>O sinal característico da acne é a presença dos comedões, que são cistos formados nos folículos</p><p>pilosos. Estes acabam retendo o sebo, determinando o início do processo inflamatório.</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento de acnes vulgares:</p><p>Aloe vera (babosa);</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Calendula officinallis (calêndula);</p><p>Echinacea spp. (equinácea);</p><p>Melaleuca alternifolia (melaleuca).</p><p>Queimaduras</p><p>As queimaduras são classificadas em três níveis de gravidade, de acordo com a profundidade:</p><p>Primeiro grau</p><p>Aquelas que não passam da epiderme e</p><p>provocam apenas vermelhidão local.</p><p>Segundo grau</p><p>Aquelas que atingem a derme e resultam em</p><p>bolhas.</p><p>Terceiro grau</p><p>Aquelas que atingem tecidos mais profundos.</p><p>O uso de fitoterápicos de ação tópica é indicado apenas para as de primeiro e segundo graus, quando não</p><p>estão muito graves.</p><p>Atenção</p><p>Lesões mais sérias necessitam de tratamento hospitalar, devido à possibilidade de complicações e</p><p>contaminação por microrganismos patogênicos como Staphylococcus aureus e Pseudomonas</p><p>aeruginosa.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>As seguintes plantas são indicadas para o tratamento de queimaduras leves:</p><p>Aloe vera (babosa);</p><p>Calendula officinallis (calêndula);</p><p>Chamomilla recutita (camomila);</p><p>Echinacea spp. (equinácea);</p><p>Hypericum perforatum (hipérico);</p><p>Mentha spp. (alevante, poejo ou hortelã).</p><p>Cicatrização de feridas</p><p>Feridas são rupturas das estruturas anatômicas e funcionais da pele, acarretando na perda da continuidade do</p><p>tecido, ocorrendo em maior ou menor gravidade. Podem ser classificadas em agudas ou crônicas,</p><p>dependendo do tempo necessário para o processo de cicatrização. Veja a seguir.</p><p>Também podemos classificar as feridas de acordo com a extensão e profundidade, sendo chamadas de:</p><p>A cicatrização de uma ferida é iniciada logo após sua ocorrência, por meio de diversos mecanismos. Pode-se</p><p>separar este processo em três fases:</p><p>1</p><p>Fase inflamatória</p><p>É a responsável pela formação do coágulo e pelo recrutamento de células de defesa do organismo,</p><p>como os neutrófilos (que produzirão radicais livres com ação bactericida no local) e os macrófagos</p><p>(que promovem a secreção de citocinas e de fatores de crescimento e favorecem a angiogênese, a</p><p>fibroplasia e a síntese de matriz extracelular).</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Agudas</p><p>Exigem um tempo menor de retorno à</p><p>normalidade (até 6 semanas), como cortes,</p><p>incisões cirúrgicas e perfurações.</p><p>Crônicas</p><p>São lesões de longa duração, de</p><p>cicatrização difícil e sujeita a</p><p>complicações, como as úlceras por</p><p>pressão e lesões causadas por</p><p>complicações decorrentes da diabetes,</p><p>como o pé diabético.</p><p>Superficiais</p><p>São aquelas que estão limitadas à</p><p>epiderme, derme e hipoderme.</p><p>Profundas</p><p>Quando atingem fáscias, músculos,</p><p>aponeuroses, articulações, cartilagens,</p><p>tendões, ligamentos, ossos, vasos</p><p>calibrosos e órgãos internos.</p><p>2Fase proliferativa</p><p>Ocorre a formação do novo epitélio no local, quando as células das camadas mais internas da pele</p><p>migram em direção à epiderme, ou as células das bordas da ferida migram até se juntarem, ocluindo</p><p>o local.</p><p>3</p><p>Fase de remodelamento</p><p>Ocorre a deposição de colágeno, que preferencialmente deve acontecer de maneira organizada,</p><p>formando uma rede densa e dinâmica resultante da sua constante deposição e reabsorção.</p><p>A principal complicação no processo de cicatrização ocorre na fase inflamatória, devido à formação contínua</p><p>de espécies reativas do oxigênio. Por isso, é importante a utilização de fitoterápicos com ação antioxidante na</p><p>cicatrização de feridas. Um exemplo de antioxidante natural é a quercetina, presente em diversas espécies</p><p>vegetais.</p><p>Resumindo</p><p>Os principais efeitos das plantas medicinais no processo de cicatrização de feridas são as ações</p><p>antioxidante, anti-inflamatória e antimicrobiana (que visam evitar a ocorrência de uma infecção</p><p>oportunista, aquela que utiliza a ferida aberta como porta de entrada para o organismo).</p><p>Principais plantas utilizadas na cicatrização de feridas:</p><p>Aesculus hippocastanum (castanha-da-</p><p>índia);</p><p>Anacardium occidentale (cajueiro);</p><p>Calendula officinalis (calêndula);</p><p>Casaelpinia ferrea (pau-ferro);</p><p>Casearia sylvestris (guaçatonga);</p><p>Melaleuca alternifolia (melaleuca).</p><p>Plantas medicinais relevantes</p><p>Com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre as plantas medicinais vistas neste módulo, serão</p><p>apresentadas a seguir algumas de suas características, os principais componentes fitoquímicos, para o que</p><p>servem e suas contraindicações ou possíveis efeitos adversos.</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>•</p><p>Anacardium occidentale (cajueiro)</p><p>Árvore originalmente brasileira, de cerca de 5 a 10 metros de altura, com</p><p>flores pequenas e perfumadas com cores que vão do vermelho à</p><p>púrpura. Seus frutos são as castanhas-de-caju, muito utilizadas na</p><p>culinária, que se apresentam presas à árvore por meio do pedúnculo</p><p>carnoso, popularmente conhecido como caju.</p><p>As partes utilizadas na fitoterapia são suas folhas, as cascas do caule e</p><p>as castanhas, na forma de infusão ou decocção para uso interno e de</p><p>emplastros tópicos utilizando o infuso. Além disso, o suco do pedúnculo</p><p>apresenta atividade em diabetes e serve como alimento nutritivo.</p><p>Seus principais constituintes fitoquímicos são ácidos orgânicos, açúcares</p><p>redutores, taninos, fenóis e compostos fenólicos. Estes últimos possuem</p><p>alta capacidade antioxidante, sendo muito úteis no processo de</p><p>cicatrização, tanto de feridas externas quanto de úlceras estomacais.</p><p>O cajueiro exerce diversas atividades fitoterápicas, tanto interna quanto</p><p>externamente. Internamente pode ser utilizado como antidiarreico,</p><p>antiasmático, anti-inflamatório e digestivo. Externamente, como</p><p>antisséptico, anti-inflamatório e cicatrizante.</p><p>Calendula officinallis (calêndula)</p><p>As partes utilizadas como fitoterápico são os capítulos florais da</p><p>calêndula, geralmente na forma de cremes, compressas com tinturas e</p><p>óvulos vaginais, todos em concentrações de 10%. Pode também ser</p><p>utilizada como infusão.</p><p>As flores são ricas em flavonoides (quercitina, isoquercitrina, narcissina e</p><p>rutina), e também possui terpenoides (amirinas, lupeol e</p><p>longispinogemina), fitosteróis, polissacarídeos, taninos e carotenoides.</p><p>É muito utilizada no tratamento de contusões, queimaduras, lesões</p><p>cutâneas e mucosas, dermatites e furúnculos. Possui atividade anti-</p><p>inflamatória e cicatrizante. Por via oral, possui atividade espasmolítica.</p><p>Casaelpinia ferrea (pau-ferro)</p><p>O pau-ferro é uma árvore nativa da Mata Atlântica e, devido à sua</p><p>madeira resistente, é muito utilizada na construção civil e na carpintaria.</p><p>Fitoterapicamente, são utilizadas as cascas tanto de seu caule como de</p><p>seus frutos, pois são ricas em polissacarídeos, saponinas, taninos,</p><p>flavonoides, cumarinas e derivados antracênicos.</p><p>Um estudo científico demonstrou a utilidade do extrato das cascas em</p><p>feridas, com ação sendo realizada principalmente</p><p>pelos polissacarídeos e</p><p>pelos flavonoides do pau-ferro. O uso é indicado na forma de pomadas</p><p>ou cremes preparados farmacotecnicamente a partir do extrato glicólico</p><p>das cascas.</p><p>Casearia sylvestris (guaçatonga)</p><p>São árvores de cerca de 5 metros de altura, nativa de quase todo o</p><p>território brasileiro. Seu uso data de antes da chegada dos europeus ao</p><p>continente, e existem relatos de tribos indígenas que utilizavam um</p><p>esmagado de raízes de guaçatonga para tratamento de feridas e</p><p>tratamento contra veneno de picada de cobras.</p><p>As partes utilizadas na fitoterapia são suas folhas, cascas do tronco e</p><p>raízes, na forma de banho, utilizando a infusão das folhas ou emplastro</p><p>com extrato das cascas, raízes e/ou folhas. Seus principais constituintes</p><p>fitoquímicos são terpenos (tri e sesquiterpenos), cumarinas, taninos e</p><p>flavonoides. Estes últimos possuem grande ação antioxidante pela</p><p>inibição da produção de espécies reativas de oxigênio, útil no tratamento</p><p>de feridas. Possuem também capacidade de inibir a síntese de óxido</p><p>nítrico, gerando efeito anti-inflamatório.</p><p>A guaçatonga também possui atividade antimicrobiana contra fungos</p><p>(Aspergillus niger, Candida albicans, Candida tropicalis) e bactérias</p><p>(Bacillus subtilis, Bacillus cereus, Staphylococcus aureus, Enterococcus</p><p>faecalis, Salmonella enteritidis).</p><p>Echinacea purpurea (equinácea)</p><p>Na fitoterapia, utilizamos todas as suas partes aéreas, na forma de</p><p>infusão ou cápsulas contendo seu extrato seco. Como principal</p><p>fitoquímico da equinácea, temos o ácido cafeico, assim como seus</p><p>derivados cicórico, caftárico e clorogênico. Podemos citar também a</p><p>alquilamida equinaceína, polissacarídeos como a arabinogalactana,</p><p>flavonoides como quercetina e kaempferol, terpenoides, ácidos graxos,</p><p>vitaminas e óleo essencial composto por borneol, acetato de bornila,</p><p>pentadeceno e cariofileno.</p><p>A equinácea age por meio de imunoestimulação, realizada pelos</p><p>derivados do ácido cafeico, em conjunto com os polissacarídeos e as</p><p>alquilamidas. Contudo pesquisas ainda são realizadas para tentar definir</p><p>o mecanismo de ação exato de cada constituinte da planta. O que</p><p>sabemos até o momento é que, ao utilizar a equinácea, ocorre um</p><p>recrutamento de interleucina-2 com aumento da circulação de linfócitos.</p><p>Baseado no uso empírico em casos de herpes simples, cientistas também</p><p>desenvolveram um estudo para verificar atividade antiviral da equinácea</p><p>e chegaram à conclusão que o extrato da planta possui ação contra o</p><p>herpes-vírus, promovendo a melhora das lesões causadas por essa</p><p>infecção em tempo similar ao medicamento sintético Aciclovir,</p><p>comumente utilizado para tratamento de lesões de herpes simples.</p><p>Melaleuca alternifolia (melaleuca)</p><p>A atividade antisséptica do óleo essencial da melaleuca depende do</p><p>sinergismo entre seus mais de cem fitofármacos conhecidos, sendo o</p><p>principal deles o terpinen-4-ol. Dentre os demais, podemos destacar o</p><p>alfapineno, o terpineno, o limoneno, o paracimeno e o alfaterpinoleno.</p><p>O óleo de melaleuca já possui atividade comprovada contra diversos</p><p>microrganismos, sendo muito útil no tratamento de infecções da pele e</p><p>podendo ser utilizada na forma de óleo puro, diluído ou em cremes e géis</p><p>preparados farmacotecnicamente.</p><p>Sua forma de utilização é tópica, não devendo ser ingerida. Como efeitos</p><p>adversos, podem ocorrer dermatites de contato, especialmente por</p><p>substâncias como o limoneno, e caso seja ingerido por via oral, pode</p><p>causar confusão mental.</p><p>Mentha spp. (alevante, poejo ou hortelã)</p><p>São ervas do gênero Mentha, utilizadas tanto na culinária quanto na</p><p>fitoterapia. Em geral, possuem os mesmos componentes, variando suas</p><p>concentrações, sem alterar os efeitos farmacológicos.</p><p>O óleo essencial é o principal componente e possui mentol, mentona,</p><p>isomentona, eucaliptol, limoneno e outras substâncias minoritárias. São</p><p>encontrados ainda alguns polifenóis e flavonoides como a eriocitrina. O</p><p>sinergismo entre as moléculas do óleo essencial e os polifenois é o</p><p>responsável pelas atividades farmacológicas do gênero, especialmente</p><p>na redução de coceiras e na ação anti-inflamatória e analgésica. Como</p><p>efeito adicional, podemos acrescentar o auxílio na redução da sensação</p><p>de calor em casos de queimadura, quando aplicada infusão de menta</p><p>(depois de esfriar) topicamente (para queimaduras de primeiro grau).</p><p>Não se deve utilizar o óleo essencial em altas concentrações devido ao</p><p>risco de ocorrer uma superestimulação do sistema nervoso central. A</p><p>dose de 1g/kg do óleo essencial pode ser fatal, de acordo com estudo</p><p>científico realizado acerca da dose letal 50. A forma mais recomenda de</p><p>consumo é a infusão, para evitar efeitos adversos.</p><p>Fitoterápicos que atuam no sistema tegumentar</p><p>Veja agora a fitoterapia aplicada às patologias que afetam a pele. Vamos lá!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Vem que eu te explico!</p><p>Os vídeos a seguir abordam os assuntos mais relevantes do conteúdo que você acabou de estudar.</p><p>Queimaduras</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Cicatrização de feridas</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.</p><p>Verificando o aprendizado</p><p>Questão 1</p><p>Em relação à calêndula (Calendula officinallis), quais são as partes da planta que são utilizadas na</p><p>terapêutica?</p><p>A</p><p>Raízes</p><p>B</p><p>Caule</p><p>C</p><p>Folhas</p><p>D</p><p>Capítulos florais</p><p>E</p><p>Sementes</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>A parte da planta utilizada na fitoterapia são seus capítulos florais, ricos em flavonoides e terpenoides.</p><p>Geralmente são utilizados em forma de cremes de uso tópico, mas também podem ser realizadas infusões.</p><p>Questão 2</p><p>Dos fitoterápicos listados abaixo, quais são utilizados no tratamento da acne vulgar?</p><p>I. Calendula officinallis (calêndula).</p><p>II. Lippia alba (erva-cidreira).</p><p>III. Mentha spp. (alevante, poejo ou hortelã).</p><p>IV. Melaleuca alternifolia (melaleuca).</p><p>A</p><p>I e II.</p><p>B</p><p>I e III.</p><p>C</p><p>I e IV.</p><p>D</p><p>II e III.</p><p>E</p><p>II e IV.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>As plantas utilizadas no tratamento da acne são a calêndula e a melaleuca, de forma tópica. A Lippia alba</p><p>(erva-cidreira) é utilizada no tratamento da herpes e as do gênero Mentha em casos de psoríase e</p><p>queimaduras.</p><p>5. Conclusão</p><p>Considerações finais</p><p>Como vimos, existem diversas plantas medicinais que são utilizadas no tratamento de patologias dos sistemas</p><p>nervoso e cardiovascular e também no tratamento de doenças da pele, reumáticas e inflamatórias.</p><p>Muitas pesquisas científicas ainda ocorrem no campo das plantas medicinais para tentarmos compreender</p><p>melhor os efeitos farmacológicos dos fitoterápicos, assim como identificar qual fitofármaco é o responsável</p><p>pela ação observada, ou se ela depende de uma sinergia entre diversos compostos fitoquímicos presentes no</p><p>vegetal.</p><p>Podcast</p><p>Para encerrar, ouça um resumo sobre os principais fitoterápicos utilizados para doenças que acometem</p><p>os sistemas nervoso, circulatório e tegumentar. Confira!</p><p>Conteúdo interativo</p><p>Acesse a versão digital para ouvir o áudio.</p><p>Explore +</p><p>Busque pelo artigo Plantas medicinais no tratamento do transtorno de ansiedade generalizada: uma revisão</p><p>dos estudos clínicos controlados, de Thalita Faustino e colaboradores, e descubra um pouco mais sobre</p><p>plantas medicinais que podem auxiliar no tratamento da ansiedade.</p><p>Pesquise o artigo Plantas medicinais da RENISUS com potencial anti-inflamatório: revisão sistemática em três</p><p>bases de dados científicas, de Diorge Marmitt e colaboradores, e aprofunde seus conhecimentos acerca dos</p><p>fitoterápicos anti-inflamatórios que são recomendados pela Relação Nacional de Plantas Medicinais de</p><p>Interesse ao Sistema Único de Saúde (RENISUS).</p><p>No artigo intitulado Uso de plantas medicinais por indivíduos com hipertensão arterial sistêmica, diabetes</p><p>mellitus ou dislipidemias, as autoras Bruna Quevedo e Siomara Hahn debatem sobre as plantas medicinais</p><p>utilizadas no tratamento das patologias do sistema cardiovascular. Vale a pena a leitura!</p><p>Na revisão Plantas medicinais no processo de cicatrização de feridas: uma revisão de literatura, os autores</p><p>Manuelle Piriz e colaboradores</p>

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