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<p>Aula 09</p><p>Curso: Direito Aula: 09</p><p>Disciplina: Direito Previdenciário Turma: DIR-N09</p><p>Corpo Docente: FRANCISCO ANTONIO NUNES</p><p>Coordenador: ROGÉRIO LEAL</p><p>Tema: BENEFÍCIO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL AO IDOSO E AO DEFICIENTE –</p><p>BPC/LOAS</p><p>O benefício de assistência social será prestado, a quem dela necessitar,</p><p>independentemente de contribuição à seguridade social, conforme</p><p>regulamentação legal.</p><p>Data: 17/04/2024</p><p>Objetivos</p><p>Esta aula tem como objeto o estudo do benefício de prestação</p><p>continuada, BPC, chamado de LOAS, como instrumento de</p><p>proteção social, segundo os ditames constitucionais e legais</p><p>do ordenamento jurídico brasileiro.</p><p>Conteúdos</p><p>A regulamentação deste benefício se deu pela Lei 8.742/93,</p><p>conhecida como Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS),</p><p>e do Decreto 1.744/95, os quais estabelecem os seguintes</p><p>requisitos para concessão:</p><p>a) Ser portador de deficiência ou ter idade mínima de 65</p><p>(sessenta e cinco) anos para o idoso não-deficiente;</p><p>b) Renda familiar mensal (per capita) inferior a ¼ do</p><p>salário mínimo;</p><p>c) Não estar vinculado a nenhum regime de previdência</p><p>social;</p><p>d) Não receber benefício de espécie alguma, salvo o de</p><p>assistência médica;</p><p>e) Comprovar não possuir meios de prover a própria</p><p>manutenção e nem de tê-la provida por sua família; a</p><p>existência de impedimentos de longo prazo de</p><p>natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os</p><p>quais, em interação com uma ou mais barreiras,</p><p>obstruam sua participação plena e efetiva na</p><p>sociedade em igualdade de condições com as demais</p><p>pessoas.</p><p>Para análise do direito ao Benefício de Prestação Continuada</p><p>da Assistência Social (BPC-LOAS), instituída pela Lei nº</p><p>8.742/93, serão consideradas como:</p><p>a) idoso: aquele com idade de 65 (sessenta e cinco) anos ou</p><p>mais;</p><p>b) pessoa portadora de deficiência (PPD): é aquela</p><p>incapacitada para a vida independente e para o trabalho, ou</p><p>seja, aquela que apresenta perdas ou reduções da sua estrutura,</p><p>ou função anatômica, fisiológica, psicológica ou mental, de</p><p>caráter permanente, em razão de anomalias ou lesões</p><p>irreversíveis de natureza hereditária, congênita ou adquirida,</p><p>que geram incapacidade para viver independentemente ou para</p><p>exercer atividades, dentro do padrão considerado normal ao</p><p>ser humano, consoante estabelece a súmula 29 da Turma</p><p>Nacional de Uniformização dos JEFs;</p><p>c) incapacidade: fenômeno multidimensional que abrange</p><p>limitação do desempenho de atividade e restrição da</p><p>participação, com redução efetiva e acentuada da capacidade</p><p>de inclusão social, em correspondência à interação entre a</p><p>pessoa com deficiência e seu ambiente físico e social;</p><p>d) família: o conjunto de pessoas que vivam sob o mesmo teto,</p><p>assim entendido o cônjuge, o companheiro ou a companheira,</p><p>os pais, os filhos e irmãos não emancipados de qualquer</p><p>condição, menores de 21 (vinte e um) anos ou inválidos, e os</p><p>equiparados a filhos, caso do enteado e do menor tutelado (na</p><p>forma do art. 16 da Lei nº 8.213/1991);</p><p>e) família incapacitada de prover a manutenção da pessoa</p><p>portadora de deficiência ou idosa: aquela cujo cálculo da renda</p><p>per capita, que corresponde à soma da renda mensal bruta de</p><p>todos os seus integrantes, dividida pelo número total de</p><p>membros que compõem o grupo familiar, seja inferior a 1/4</p><p>(um quarto) do salário mínimo.</p><p>f) família para cálculo da renda per capita, conforme disposto</p><p>no § 1º do art. 20 da Lei nº 8.742/1993: conjunto de pessoas</p><p>que vivem sob o mesmo teto, assim entendido, o requerente, o</p><p>cônjuge, a companheira, o companheiro, o filho não</p><p>emancipado, de qualquer condição, menor de 21 anos ou</p><p>inválido, os pais, e o irmão não emancipado, de qualquer</p><p>condição, menor de 21 anos ou inválido;</p><p>Nota¹: O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho</p><p>mediante comprovação de dependência econômica e desde</p><p>que não possuam bens suficientes para o próprio sustento e</p><p>educação;</p><p>Nota²: O filho ou o irmão inválido do requerente que não</p><p>esteja em gozo de benefício previdenciário ou do Benefício</p><p>de Prestação Continuada, em razão de invalidez ou</p><p>deficiência, deve passar por avaliação médico pericial para</p><p>comprovação da invalidez.</p><p>g) renda mensal bruta familiar: é a soma dos rendimentos</p><p>brutos auferidos mensalmente pelos membros da família</p><p>composta por salários, proventos, pensões, pensões</p><p>alimentícias, benefícios de previdência pública ou privada,</p><p>comissões, pró-labore, outros rendimentos do trabalho não</p><p>assalariado, rendimentos do mercado informal ou autônomo,</p><p>rendimentos auferidos do patrimônio, Renda Mensal Vitalícia</p><p>e Benefício de Prestação Continuada, ressalvado o disposto no</p><p>parágrafo único do art. 19 do Decreto 6.214/2007, o qual</p><p>transcrevemos na íntegra:</p><p>"O valor do Benefício de Prestação Continuada concedido a</p><p>idoso não será computado no cálculo da renda mensal bruta</p><p>familiar a que se refere o inciso VI do art. 4º, para fins de</p><p>concessão do Benefício de Prestação Continuada a outro</p><p>idoso da mesma família."</p><p>Anteriormente a idade mínima para ter direito ao benefício</p><p>era de 70 anos, mas com a edição de novas leis, a idade teve</p><p>redução conforme quadro abaixo:</p><p>Período Lei Idade Mínima 1º de janeiro de 1996 a 31 de</p><p>dezembro de 1997 Art. 38 da Lei nº 8.742/1993 70 anos 1º de</p><p>janeiro de 1998 a 31 de dezembro de 2003 Lei nº 9.720/1998</p><p>67 anos A partir de 1º de janeiro de 2004 Artigo 34 da Lei nº</p><p>10.741/2003 65 anos</p><p>Perícia Médica</p><p>A avaliação da deficiência e do grau de incapacidade será</p><p>composta de avaliação médica e social. As avaliações serão</p><p>realizadas, respectivamente, pelo serviço social do INSS e</p><p>pela perícia médica, por meio de instrumentos desenvolvidos</p><p>especificamente para este fim.</p><p>A avaliação médica da deficiência e do grau de incapacidade</p><p>considerará as deficiências nas funções e nas estruturas do</p><p>corpo, e a avaliação social considerará os fatores ambientais,</p><p>sociais e pessoais, e ambas considerarão a limitação do</p><p>desempenho de atividades e a restrição da participação social,</p><p>segundo suas especificidades.</p><p>Menores de 16 Anos de Idade</p><p>Para fins de reconhecimento do direito ao Benefício de</p><p>Prestação Continuada às crianças e adolescentes menores de</p><p>16 (dezesseis anos) de idade, deve ser avaliada a existência</p><p>da deficiência e o seu impacto na limitação do desempenho</p><p>de atividade e restrição da participação social, compatível</p><p>com a idade, sendo dispensável proceder à avaliação da</p><p>incapacidade para o trabalho.</p><p>CARÊNCIA</p><p>Não há carência para a concessão do benefício de assistência social uma</p><p>vez que a própria legislação prevê que não há necessidade de</p><p>contribuição, dentro dos requisitos pré-estabelecidos.</p><p>RENDA MENSAL</p><p>O valor mensal do benefício de assistência social, também denominado</p><p>LOAS, é de 1 (um) salário mínimo federal por mês, na forma de</p><p>benefício de prestação continuada.</p><p>Revisão do Benefício</p><p>O benefício de prestação continuada deve ser revisto a cada 2 (dois) anos</p><p>para avaliação da continuidade das condições que lhe deram origem.</p><p>Poderá haver a transformação do benefício entre espécies, sendo</p><p>desnecessária a cessação de uma espécie para concessão da outra quando</p><p>for verificado, por exemplo, que o beneficiário da espécie 87 (deficiente)</p><p>preenche os requisitos exigidos para a espécie 88 (idoso).</p><p>Se durante o processo de revisão for apurada a concessão irregular de um</p><p>Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC-LOAS)</p><p>em virtude de omissão do requerente ao declarar o grupo e a renda</p><p>familiar, e se verificar que atualmente o requerente preenche todas as</p><p>condições estabelecidas pelo LOAS para concessão de outro benefício,</p><p>deve-se cessar o benefício mais recente e conceder novo benefício.</p><p>Se for constatado que por erro administrativo foi concedido benefício</p><p>assistencial a casal de idosos, antes do Estatuto do Idoso, sem observar</p><p>os critérios estabelecidos no parágrafo único do art. 34 do Estatuto do</p><p>Idoso (Lei nº</p><p>10.741/2003), o INSS deve cessar o benefício mais recente</p><p>e, em seguida, conceder novo benefício. O BPC não pode se</p><p>acumulado com qualquer outro benefício (assim entendidas as</p><p>prestações de caráter pecuniário) no âmbito da Seguridade Social</p><p>ou de outro regime, inclusive o seguro-desemprego, ressalvados o</p><p>de assistência médica e a pensão especial de natureza</p><p>indenizatória.</p><p>A acumulação do benefício com a remuneração advinda do</p><p>contrato de aprendizagem pela pessoa com deficiência está</p><p>limitada ao prazo máximo de dois anos, de acordo com a regra</p><p>estipulada pela Lei n. 12.470/2011.</p><p>Metodologia de ensino</p><p>Aos alunos do curso de direito, conhecer as diversas facetas da matéria para</p><p>entender os direitos dos segurados da Assistência Social</p><p>Atividades</p><p>Um caso peculiar é do morador em situação de rua para a composição do</p><p>seu núcleo familiar e consequente aferição de sua miserabilidade.</p><p>Considera-se população em situação de rua um grupo populacional</p><p>heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos</p><p>familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia</p><p>convencional regular, e que utiliza os logradouros públicos e as áreas</p><p>degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou</p><p>permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite</p><p>temporário ou como moradia provisória, conforme definido no Decreto nº</p><p>7.053, de 23 de dezembro de 2009.</p><p>Neste caso, será considerada família do requerente do benefício em situação</p><p>de rua as pessoas acima elencadas, desde que convivam com o requerente</p><p>na mesma situação, devendo, neste caso, ser relacionadas na Declaração da</p><p>Composição e Renda Familiar.</p><p>Nos termos do artigo 4º, inciso VI, do Decreto 6.214/2007, com redação</p><p>dada pelo Decreto 7.617, de 17.11.2011, considera-se como renda mensal</p><p>bruta familiar a soma dos rendimentos brutos auferidos mensalmente pelos</p><p>membros da família composta por salários, proventos, pensões, pensões</p><p>alimentícias, benefícios de previdência pública ou privada, seguro-</p><p>desemprego, comissões, pro-labore, outros rendimentos do trabalho não</p><p>assalariado, rendimentos do mercado informal ou autônomo, rendimentos</p><p>auferidos do patrimônio, renda mensal vitalícia e benefício de prestação</p><p>continuada (salvo se percebido por outro idoso).Consoante previsto pelo</p><p>Decreto 7.617/2011, no cálculo da renda familiar não serão considerados os</p><p>seguintes rendimentos:</p><p>A) benefícios e auxílios assistenciais de natureza eventual e temporária;</p><p>B) valores oriundos de programas sociais de transferência de renda;</p><p>C) bolsas de estágio curricular;</p><p>D) pensão especial de natureza indenizatória e benefícios de assistência</p><p>médica;</p><p>E) rendas de natureza eventual ou sazonal, a serem regulamentadas em ato</p><p>conjunto do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e</p><p>do INSS;</p><p>F) remuneração da pessoa com deficiência na condição de aprendiz.</p><p>Leitura obrigatória</p><p>Lei 8.742/93, conhecida como Lei Orgânica da Assistência Social</p><p>(LOAS), e do Decreto 1.744/95</p><p>Leitura recomendada</p><p>Amado, Frederico Curso de direito e processo previdenciário/Frederico</p><p>Amado - 15.ed.,ampl. e atual. - Salvador. Ed.JuspPodivm, 2022.</p><p>Kertzman, Ivan Guia Prático da Previdência Social/Ivan Kertzman, Luciano</p><p>Marinez - 7.ed.rev.atual e ampl.-Salvador: Editora Juspodivm,2020</p>

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