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<p>Desafio</p><p>A Ciência Política propõe uma definição, ainda que incompleta, da sociedade a partir de três características essenciais: uma finalidade comum entre os indivíduos, a existência de ordem social e a existência de poder social.</p><p>Para que haja ordem social, é necessário que as ações sejam realizadas de forma reiterada, ordenada e adequada. A reafirmação de práticas sociais confirma a existência de ordem. A ordem social, porém, não se confunde com a ordem jurídica. Considere as situações a seguir expostas e justifique a presença da ordem social e/ou da ordem jurídica em cada uma delas.</p><p>Conteúdo do livro</p><p>A complexidade da vida humana revela que a reunião em agrupamentos não é algo aleatório. Pelo contrário, é possível identificar padrões para a caracterização do que se compreende por sociedade. Com efeito, a procura por tais padrões afigura-se relevantíssima não só para uma compreensão geral do ser humano, mas especialmente para melhor entender a atuação de cada grupo social. A Ciência Política identifica três características essenciais para que se possa reconhecer uma sociedade e diferenciá-la de uma mera reunião de pessoas. São elas: (a) finalidade social; (b) ordem social; (c) poder social.</p><p>Na obra Ciência Política e teoria geral do Estado, leia o capítulo Da sociedade, que destaca as origens da sociedade, a teoria naturalista e contratualista e, ainda, aborda o poder social e as sociedades políticas.</p><p>“Ainda que seja fácil apresentar, no plano teórico, a distinção entre estado natural e estado social, não há notícia de uma reunião decorrente de um pacto para evitar a violência ou reafirmar a liberdade. Assim, ainda que apresente inegável valor filosófico e racional, a hipótese de trabalho da teoria contratualista parte de uma premissa não confirmada na prática. Talvez seja justamente por essa razão que, na atualidade, predomina a ideia de que a sociedade é resultado de uma necessidade natural, ainda que obtemperada pela participação da vontade humana em se reunir e agrupar.”</p><p>“Enquanto a moral estabelece uma regra de comportamento cujo cumprimento não pode ser exigido, o Direito estabelece uma regra de comportamento cuja violação permite reação ou correção. A norma jurídica, portanto, apresenta caráter bilateral: ela imprime direitos e deveres, autorizando o lesado a exigir a recomposição sob pena de aplicação da sanção prevista (DALLARI, 2013). A ordem social, por sua vez, traz espectro mais amplo do que a ordem jurídica — espaço dedicado apenas às normas de direito.”</p><p>“Em linhas gerais, o anarquismo propõe a desconstituição do Estado e das instituições de segmentos específicos, como a burguesia, em favor do estabelecimento de um crescimento das relações sociais de forma livre, fundado na solidariedade e no surgimento de associações voluntárias e contratos livres (DALLARI, 2013).”</p><p>“quando há a obediência pelo consentimento do outro, decorrente do reconhecimento da legitimidade de quem manda, haveria emprego de autoridade. Por outro lado, quando há obediência pela imposição da força e do temor, decorrente da ausência de reconhecimento da legitimidade de quem manda, haveria emprego de poder.”</p><p>Observando que estamos em uma sociedade, e para tal é necessário que tenhamos regras de conduta capaz de proteger o bem comum. Ou seja, regras que permitam cada um tenha a proteção da coletividade. Uma regra social pode ser cumprida por todos sem que se tenha ou se pense na necessidade de legislar sobre ela. Neste caso, as pessoas a fazem pelo bem de si (para que os outros façam com ela) e pelo bem do outro. Também, neste caso, quando algum membro da sociedade não cumpre a regra, foge de sua conduta, espera-se que a coletividade o reprima. Quando se aprova uma lei de acentos ou atendimento preferenciais para pessoas mais fragilizadas, entendo que a função do controle social modulado pela coletividade falhou, a coletividade perdeu a medida de observar e fazer por si só essa regulação. No caso apresentado na Cena 1, a ação de quem levantou-se passa pela observação de um outro em possível risco, poderia ser um jovem saudável com várias sacolas por exemplo, e não somente um idoso. Quem faz a observação de que não existe uma lei, uma legislação que obrigue a ceder o lugar, já perdeu a medida do outro e do conviver, perdeu a medida da existência e obedece apenas a legislação. Nesse caso, ainda está equivocado, pois existe tal legislação nos transportes coletivos. No caso apresentado na Cena 2, vemos a mesma questão da falta de medida existencial. O estabelecimento descumpria a norma legal não apresentando um guichê de atendimento preferencial, a escrita da lei não trata das especificidades de todo período gestacional ou da vida e saúde particular dos atendidos pela lei. Estar com um mês de gestação sem nenhuma complicação de saúde não o separa da resistência de todos que ali na fila estavam, mas a lei deve atender a todos, e não deve gerar burocracia para que seu beneficiário tenha acesso a seus direitos, tal como: exigir comprovação por exame se a gravidez é de risco; definir a partir de qual mês o direito de atendimento passa a valer. Mais uma vez, a lei se apresenta no contexto em que a conduta e controle social falharam. Se, a coletividade ainda estivesse com o dom de observar a todos, esse tipo de lei não caberia existir.</p><p>3. Para o anarquismo de Mikhail Bakunin:</p><p>4. Sobre o papel da autoridade em Max Weber, identifique a alternativa que melhor representa a noção de autoridade burocrática.</p><p>5. A sociedade compreendida como agrupamento humano ordenado para determinada finalidade em torno de um poder social revela definição ampla a ponto de ser possível a identificação de inúmeras sociedades em coexistência. É considerada uma sociedade política:</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.png</p><p>image9.png</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p><p>image3.png</p><p>image4.png</p><p>image5.png</p>