Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

A Psicologia ou as Psicologias – Capítulo 1 (Ana Bock)
 Introdução: O que estamos estudando?
Logo no início do capítulo, Ana Bock propõe uma reflexão: o que é Psicologia, afinal? A palavra é usada frequentemente no cotidiano — "aquela pessoa tem psicologia para lidar com os outros", "ele usou psicologia para vender" — mas esses usos não correspondem ao conhecimento científico da Psicologia.
O que as pessoas usam no dia a dia é o que chamamos de Psicologia do senso comum.
 Psicologia do senso comum
A Psicologia do senso comum é o conhecimento espontâneo, prático, superficial e não científico sobre o comportamento humano. Esse tipo de psicologia:
· É baseado em experiências do cotidiano.
· É passado entre gerações (sabedoria popular).
· Funciona bem para resolver questões práticas imediatas.
 Exemplos:
· Tomar chá de camomila para acalmar.
· Dizer que “criança mimada fica mal-educada”.
· Acreditar que “menino de rua vai virar bandido”.
 Mas atenção: mesmo sendo superficial, esse saber tem valor social, porque é com ele que lidamos com a vida prática.
 As outras formas de conhecimento humano
Ana Bock mostra que o ser humano, ao longo da história, criou várias formas de interpretar e explicar a realidade:
· Arte: expressa o sensível e o emocional.
· Religião: baseada na fé e dogmas.
· Filosofia: busca reflexões racionais sobre a existência.
· Ciência: produz conhecimento sistemático, objetivo e verificável.
 A Psicologia científica pertence a esse campo da ciência, mesmo dialogando com os outros saberes.
 O que é ciência?
A autora define ciência como:
· Uma forma de conhecimento sistematizado e metódico.
· Que busca explicar a realidade de forma racional e objetiva.
· Utiliza linguagem precisa, métodos rigorosos e comprovação.
 Ou seja, a ciência é uma atitude crítica e reflexiva diante do mundo. Não aceita as coisas como “são”, mas pergunta: “por que são assim?”
 E o objeto da Psicologia?
A grande questão: o que a Psicologia estuda?
Resposta simples: o ser humano.
Mas a resposta correta: o ser humano em sua subjetividade.
Subjetividade =
É a forma como cada indivíduo vive, sente, pensa e interpreta o mundo.
· É única e individual.
· É construída social e historicamente.
· É influenciada pela cultura, pelo meio, pela linguagem e pelas relações.
 A Psicologia estuda o ser humano como um todo complexo:
homem-corpo, homem-pensamento, homem-afeto, homem-ação.
A diversidade dentro da Psicologia
A Psicologia não é uma ciência homogênea. Ela tem várias abordagens teóricas (escolas), cada uma com sua forma de compreender o ser humano:
· Behaviorismo: estuda o comportamento observável.
· Psicanálise: investiga o inconsciente.
· Psicologia Humanista: foca na experiência subjetiva.
· Psicologia Sócio-histórica: vê o homem como ser histórico e social.
Conclusão:
A Psicologia é feita de muitas psicologias, pois o ser humano é múltiplo, histórico e diverso.
. Psicologia vs. Misticismo
Como a Psicologia é uma ciência recente, muitas vezes ela é confundida com práticas místicas ou adivinhatórias, como:
· Tarô
· Astrologia
· Numerologia
· Regressão a vidas passadas
Importante: essas práticas não fazem parte da Psicologia científica. Elas não são baseadas em métodos científicos nem em comprovação empírica.
O que a Psicologia defende:
· O ser humano é autônomo, capaz de se transformar.
· Não está preso a um destino pronto.
· Constrói sua subjetividade por meio de suas relações com o mundo.
Por isso, o Código de Ética do Psicólogo proíbe práticas místicas ou adivinhatórias no exercício profissional. Usar essas práticas pode levar à suspensão ou punição.
O cientista e o objeto de estudo
Na Psicologia, o pesquisador (psicólogo) é também ser humano — ou seja, é parte do que estuda. Isso gera um dilema:
Como ser objetivo estudando algo do qual você faz parte?
Por isso, a Psicologia lida constantemente com a tensão entre a ciência exata e o envolvimento humano. Ela precisa de crítica constante e abertura ao novo.
 Conclusão: Por que estudar o Capítulo 1?
Este capítulo nos ajuda a:
· Entender o que é Psicologia e o que ela não é.
· Distinguir entre senso comum e ciência psicológica.
· Compreender que a Psicologia estuda a subjetividade humana.
· Reconhecer que a Psicologia é plural e está em constante construção.
· Saber que há limites éticos e científicos que diferenciam Psicologia de outras práticas.
A Evolução da Psicologia – Capítulo 2 (Ana Bock)
Psicologia também tem história
A autora inicia destacando que toda produção humana tem uma história — uma construção ao longo do tempo com influências culturais, sociais, filosóficas e científicas. A Psicologia, como ciência, não surgiu do nada em 1879 com o laboratório de Wundt, mas é fruto de uma longa trajetória iniciada na filosofia e na religião.
Entender o presente da Psicologia exige olhar para o passado. Assim como uma pessoa tem história, a Psicologia também tem.
A psyché dos gregos
A palavra "Psicologia" vem de psyché (alma) e logos (razão/estudo). Os filósofos gregos, como Sócrates, Platão e Aristóteles, já refletiam sobre a alma, a razão, o comportamento humano.
· Sócrates: dizia que o “conhece-te a ti mesmo” era fundamental.
· Platão: via a alma como eterna e tripartida (racional, colérica e concupiscente).
· Aristóteles: associava a alma às funções do corpo – planta tem alma vegetativa, animal tem sensitiva e humanos têm alma racional.
A Psicologia ainda era parte da Filosofia, refletindo sobre o “mundo interior”, mas sem métodos científicos.
 Idade Média e Império Romano
Com a ascensão do Cristianismo, a explicação do mundo e da alma passou a ser teológica: tudo era explicado pela vontade divina.
· A alma passou a ser compreendida como entidade espiritual, ligada à salvação.
· A razão foi subordinada à fé.
 Aqui, a subjetividade foi pouco explorada de forma autônoma. A ciência ainda não tinha espaço.
Renascimento: início da virada
Com o Renascimento, há uma valorização do ser humano e da razão. O homem passa a ser visto como centro do mundo (antropocentrismo). A arte, a ciência e a filosofia retomam os ideais clássicos e questionam a autoridade religiosa.
O sujeito começa a ser visto como alguém capaz de conhecer o mundo e a si mesmo, sem depender da fé.
 A origem da Psicologia científica
A Psicologia moderna nasce com o Iluminismo e a Revolução Científica, quando a razão e a observação empírica passam a ser valorizadas. A grande virada:
· Surge a crença de que é possível conhecer o mundo objetivamente.
· A mente humana torna-se um objeto legítimo de estudo científico.
 Wilhelm Wundt (1832–1920)
· Em 1879, cria o primeiro laboratório de Psicologia Experimental em Leipzig, Alemanha.
· Objetivo: estudar os processos mentais de forma objetiva, controlada e mensurável.
· Método: introspecção controlada (autoanálise rigorosa).
Esse marco faz com que a Psicologia seja considerada, oficialmente, uma ciência autônoma.
Correntes do início da Psicologia científica
O capítulo apresenta algumas escolas psicológicas pioneiras:
Estruturalismo (Titchener)
· Queria descobrir os elementos básicos da consciência (como átomos da mente).
· Usava introspecção para entender estruturas da mente.
Funcionalismo (William James)
· Focado na função da mente: para que serve o pensamento?
· Influenciado pela Teoria da Evolução de Darwin.
Associacionismo
· Entende que os processos mentais ocorrem por associação de ideias.
· Raízes no empirismo britânico (Locke, Hume).
7. Método objetivo e científico
A Psicologia buscava se afirmar como ciência "dura", imitando o modelo das ciências naturais. Isso exigia:
· Observação rigorosa.
· Experimentação controlada.
· Quantificação dos dados.
Porém, a busca excessiva por objetividade também causou problemas, como a negação de aspectos subjetivos e emocionais da experiência humana.
 8. A experiência da subjetividade
Com o tempo, muitos psicólogos começaram a questionar essa abordagem mecanicista. A subjetividade – sentimentos, emoções, pensamentos – passou a ser valorizada novamente, mas com base científica.
Isso abriu portas para outras escolas (como aPsicanálise, a Fenomenologia, o Humanismo e, mais tarde, a Psicologia Sócio-Histórica).
Conclusão – A Psicologia é histórica e plural
A história da Psicologia mostra que:
· Ela nasce filosófica, passa pela teologia, é influenciada pelo Renascimento e se firma como ciência no século XIX.
· A Psicologia não tem um ponto de partida único, mas é fruto de diversas influências culturais, científicas e sociais.
· Sua pluralidade de abordagens reflete as múltiplas formas de entender o ser humano e seu mundo psíquico.
 Para entender o que é a Psicologia hoje, é essencial conhecer a história das ideias que a constituíram. Isso nos dá ferramentas para analisar criticamente suas teorias, métodos e práticas no presente.

Mais conteúdos dessa disciplina