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<p>PROTOCOLO DE</p><p>CAPTAÇÃO DE</p><p>ORGÃOS</p><p>Prof Amanda Lima</p><p>Transplante</p><p>de Orgãos</p><p>O transplante é uma modalidade terapêutica de grande valia</p><p>para a população. Atualmente, o Brasil tem um dos maiores</p><p>programas públicos de transplante de orgãos e tecidos do</p><p>mundo. Possibilitado pelo aperfeiçoamento de técnicas</p><p>cirúrgicas, pelo desenvolvimento de imunossupressores e pela</p><p>compreensão imunológica da compatibilidade e da rejeição, o</p><p>transplante de orgãos e de tecidos deixou de ser um</p><p>tratamento experimental e passou a figurar como um</p><p>procedimento extremamente eficaz no controle das</p><p>insuficiências terminais de alguns orgãos e da falência de</p><p>alguns tecidos.</p><p>Transplante de Orgãos</p><p>Com destaque no panorama internacional, o Brasil é o segundo país em número</p><p>absoluto de transplantes renais e hepáticos.</p><p>Contudo o número de doadores ainda é insatisfatório, quando comparado com a</p><p>quantidade de pessoas em fila de espera.</p><p>No ano de 2017, 10.565 pessoas ingressaram na lista, e 1.180 pacientes (quatro</p><p>pediátricos), morreram enquanto aguardavam um orgão.</p><p>Visivelmente, quanto mais tempo aguardando um orgão, mais o paciente se torna</p><p>suscetível aos riscos de um transplante.</p><p>A escassez de orgãos é um processo desafiador. Nesse contexto, a recusa familiar é o</p><p>principal entrave que os programas brasileiros de doação de órgãos enfrentam</p><p>atualmente</p><p>Identificação do potencial doador</p><p>Notificação para as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO)</p><p>Avaliação e informação do doador efetivo</p><p>Seleção dos receptores</p><p>Identificação das equipes transplantadoras</p><p>Retirada dos órgãos e liberação do corpo</p><p>O profissional de Enfermagem é parte integrante do processo de doação de orgãos até a</p><p>efetivação do transplante. Durante todo o processo, a participação da equipe de Enfermagem</p><p>é imprescindível, porque é necessária uma assistência adequada para manter a integridade</p><p>os orgãos e dos sinais vitais do potencial doador, por ser um dos fatores que poderá viabilizar</p><p>a doação. Então, essa equipe participa de várias etapas do processo, a saber:</p><p>Atribuições da equipe</p><p>de enfermagem</p><p>A Lei nº 10.211/2001 altera os dispositivos da Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997,</p><p>que dispõe sobre a remoção de orgãos, tecidos e partes do corpo humano para</p><p>fins de transplante e tratamento (BRASIL, 2001).</p><p>No art. 4º da Lei nº 10.211/2001, passou a vigoras que a retirada de tecidos, órgãos</p><p>e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade</p><p>terapêutica depende da autorização do cônjuge ou parente, que seja maior de</p><p>idade, obedecida a linha sucessória, reta ou colateral, até o segundo graus,</p><p>inclusive, firmada em documento subscrito por duas testemunhas presentes na</p><p>verificação da morte.</p><p>A partir de 2001, a doação de órgãos deixou de ser "presumida" e passou a ser</p><p>"consentida", conforme o artigo 4º, anteriormente exposto.</p><p>aspectos legais da</p><p>doação de orgãos</p><p>aspectos legais da</p><p>doação de orgãos</p><p>Doação Presumida</p><p>Não Vigente</p><p>(Lei nº 9.434/1997)</p><p>Doação Consentida</p><p>Vigente</p><p>(Lei nº 10.211/2001)</p><p>Decreto nº 9.175/2017</p><p>A expressão "não doador de órgãos e tecidos"</p><p>deverá ser gravada, de forme indelével e inviolável,</p><p>na Carteira de Identidade Civil e na CNH da pessoa</p><p>que optar por essa condição.</p><p>Dependerá da autorização do cônjuge ou parente,</p><p>maior de idade, obedecida a linha sucessória, reta</p><p>ou colateral, até o 2º grau, inclusive firmada em</p><p>documento subscrito por 2 testemunhas presentes</p><p>na verificação da morte.</p><p>Regulamenta a Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de</p><p>1997, para tratar da disposição de órgãos, tecidos,</p><p>células e partes do corpo humano para fins de</p><p>transplante e tratamento.</p><p>De acordo com o Decreto nº 9.175/2017, em seu capítulo IV, seção I, que dispõe sobre a</p><p>Doação em Vida, art. 27, qualquer pessoa capaz, nos termos da lei civil, poderá dispor</p><p>de órgãos, tecidos, células e partes de seu corpo para serem retirados, em vida, para</p><p>fins de transplantes ou enxerto em receptores cônjuges, companheiros ou parentes até</p><p>4º grau.</p><p>Consta no art. 28 que as doações entre indivíduos vivos não relacionados dependem</p><p>de autorização judicial, que será dispensada no caso de medula óssea. Ressalta-se</p><p>que, segundo o art. 29, essa doação em vida só será permitida quando se tratar de</p><p>órgãos duplos, cuja retirada não impeça o organismo do doador de continuar vivendo</p><p>sem risco para a sua integridade, não represente grave comprometimento de suas</p><p>aptidões vitais e de sua saúde mental nem cause mutilação ou deformação</p><p>inaceitável.</p><p>aspectos legais da</p><p>doação de orgãos</p><p>Um dos Rins</p><p>EM VIDA</p><p>Córnea</p><p>Tecido muscoesquelético</p><p>e cardiovascular</p><p>Parte do FígadoMedula Óssea Parte do Pulmão</p><p>EscleraCórnea RinsPele</p><p>Fígado</p><p>PulmãoEsclera</p><p>Pâncreas</p><p>Pele Coração RinsOssos</p><p>Intestino</p><p>Tecido muscoesquelético</p><p>e cardiovascular</p><p>órgãos e tecidos que podem</p><p>ser doados</p><p>APÓS MORTE ENCEFÁLICA (ME)</p><p>MORTE POR PARADA CARDÍACA</p><p>Nos casos de ME, o indivíduo tem perda total e irreversível das funções</p><p>encefálicas, mas mantem os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea de</p><p>forma artificial e temporária, por isso todos os órgãos e tecidos do seu corpo</p><p>podem ser retirados para doação, desde que sigam os critérios estabelecidos</p><p>em conformidade com os princípios éticos da legislação vigente.</p><p>órgãos e tecidos que podem</p><p>ser doados</p><p>Na morte por parada cardíaca, que ocorre quando o indivíduo tem uma PCR</p><p>irreversível (ausência de atividade elétrica cardíaca efetiva há pelo menos 30</p><p>minutos de manobras efetivas de RCP) associada a irreversível da atividade</p><p>cerebral.</p><p>Para a Assossiação Brasileira de Transplantes de Órgãos, existem 2 tipos de</p><p>doadores de coração parado: doador com coração parado recente ou doador</p><p>sem batimentos cardíacos e doador em coração parado tardio</p><p>Afastar qualquer doença do potencial doador, como neoplasia e infecção,</p><p>que possa ser transmitida aos receptores</p><p>Analisar cada órgão para determinar sua viabilidade e classificá-lo como</p><p>"ideal" ou "limítrofe"</p><p>A avaliação clínica e laboratorial do potencial doador de orgãos e tecidos tem</p><p>dois objetivos principais:</p><p>Essa avaliação deve compreender uma revisão detalhada da história clínica, um</p><p>exame físico completo e testes laboratoriais e de imagem do potencial doador.</p><p>avaliação de potenciais</p><p>Doadores</p><p>Morte de causa desconhecida</p><p>Sepse ativa e não controlada</p><p>Tumores malignos e metastásicos</p><p>Sorologia positiva para HIV</p><p>Leucemias e linfomas</p><p>Tuberculose</p><p>Doenças do SNC de etiologia desconhecida</p><p>Infecções virais fúngicas graves, exceto Hepatites B e C</p><p>contraindicações</p><p>absolutas para doação de</p><p>órgãos</p><p>Depois do diagnóstico de ME, a preocupação passa a ser com a viabilidade dos</p><p>órgãos passíveis de serem transplantados. Portanto, o potencial doador deve ter</p><p>manutenção adequada, pois a ME provoca uma série de alterações fisiopatológicas</p><p>que levam à parada cardíaca em questão de horas, ou de alguns dias, como</p><p>alterações de hemodinâmica, função respiratória, equilíbrio hidroelétrolítico,</p><p>hormonal e controle de termperatura.</p><p>manutenção do potencial doador</p><p>O principal objetivo da manutenção é otimizar a perfusão tecidual e a oferta de</p><p>oxigênio aos tecidos e tentar evitar a parada cardíaca, que pode inviabilizar a</p><p>doação de órgãos.</p><p>Manutenção do estado circulatório</p><p>Avaliação e melhoria da função de cada órgão</p><p>Manutenção da temperatura corporal</p><p>Prevenção e tratamento de complicações infecciosas</p><p>Manutenção adequada dos controles metabólico e hormonal</p><p>Maximização do número de órgãos para transplantes</p><p>Melhoria da qualidade do enxerto</p><p>manutenção do potencial doador</p><p>Córnea: até 7 dias</p><p>Coração: até 4 horas</p><p>Fígado: até 12 horas</p><p>Pâncreas: até 20 horas</p><p>Rins: de 24 à 36 horas (conforme solução)</p><p>Pulmão: de 4 à 6 horas</p><p>Tempo de durabilidade</p><p>de cada órgão</p>

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