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Propriedade Industrial - Aula de comercial

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Propriedade Industrial
- São criações da atividade humana que são passíveis de exploração dentro da atividade empresarial. 
* A expressão industrial, se encontra no sentido de criação, no sentido de fazer e não no sentido de fábrica, atividade do 2º setor.
- Grande parte dessas criações passíveis de exploração empresarial são tuteladas pelo Direito. Parte dessa proteção se dá dentro do sistema voltado a proteção especificamente da propriedade industrial, uma outra parte dessas criações não são tuteladas ou são tuteladas por outro sistema.
- Uma questão a ser observada de início a propriedade industrial é definir os limites básicos daquilo que é considerado propriedade industrial, ou melhor, daquilo que é protegido via esse sistema. 
Por exemplo, no sistema adotado em nosso país, que por sua vez adotou o sistema criado na Convenção de París�. Esta convenção dá uma amplitude muito grande àquilo que submete à propriedade industrial, ao tratar das patentes (aqui falando da invenção do modelo utilidade), ao tratar da questão das Marcas e ao tratar também da proteção do Nome Empresarial. 
Alguns países dividem esse sistema, tendo de um lado a regulação e proteção das patentes e de outro a regulação e proteção das marcas. Mas na maioria dos países pode se observar um alargamento dessa matéria para pelo menos, como é o caso do sistema brasileiro, submeter ao sistema de propriedade industrial tanto as patentes, quanto as questões de proteção dos sinais distintivos (marcas). 
Como se pode observar no CPI (Código de Propriedade de Industrial), de acordo com o sistema de alargamento criado na Convenção de Paris, tem-se a regulação e proteção as patentes, as Marcas, a repressão aos concorrentes desleal, mas falta a proteção ao nome empresarial, que está protegido no Código Civil e na Lei de Registro do comércio como atividade empresarial.
- Contexto histórico: Este instituto teve origem quando se percebeu a necessidade de se identificar a origem dos produtos, no final do sistema feudal. No final da idade média as atividades econômicas eram objetos de privilégios, determinadas regiões só poderiam comercializar determinados produtos ou determinadas pessoas tinham privilégios de fazer determinados produtos em função de títulos de nobreza ou favor de Estado. No momento em que isso é desarticulado e você passa a ter uma liberdade de iniciativa nesse quadrante, e que as pessoas, fruto dessa liberdade de iniciativa começam a participar desse mercado, começa a existir então a necessidade de identificar o produto, não o produto em si, mas o produtor responsável pela sua criação ou a região responsável por aquele produto, quando essa identificação gera um ponto de referencia para a comercialização dos produtos. 
- Um pouco ligado também a evolução histórica, é a natureza da tutela desse direito. Estamos falando da propriedade industrial, de um lado a criação do intelecto humano passível de exploração empresarial e do outro lado fica atento ao regime de propriedade (antes de ser propriedade industrial é apenas propriedade). E o que quer dizer isso? Quer dizer que o núcleo da tutela jurídica nesse instituto é o fenômeno da exclusividade, o uso, monopolístico da coisa, então o conteúdo do direito de propriedade é um conteúdo monopolístico.
Como a tutela do direito, seja pela tutela de patente ou regime de concessão de marca, passa pela questão da exclusividade, então o contexto relativo a propriedade, da forma que a propriedade é regular do direito, se encaixa muito bem como instrumento a essas criações humanas objeto de propriedade industrial. Por outro lado, o direito industrial é espécie do gênero de direito intelectual (direito que têm o criador sobre a sua criatura). 
* Direito industrial X Direito autoral (criações artísticas e cientificas): Apesar de pertencerem ao gênero do direito intelectual, possuem algumas diferenças:
Primeira questão: o direito industrial regula aquela criação passível de exploração empresarial pela atividade econômica, já para o direito Autoral a criação pode ser ou não explorada economicamente, isso é irrelevante para seu conteúdo ou sua caracterização.
Segunda questão: referente ao conteúdo objeto de proteção. Para o Direito Autoral, o que tem relevância para definir a sua proteção é a forma com que foi desenvolvida a invenção; já na propriedade industrial o que tem relevância para definir o objeto de sua proteção é a idéia inventiva. Por exemplo, se você através de uma forma diferente reproduzir um mesmo invento�, você não estará fraudando um objeto de proteção do direito autoral, pode alguém escrever uma história com a mesma idéia e enredo de Gabriela, mas de uma forma diferente com palavras diferentes, não constituindo assim plagio a obra de Jorge Amado. Já na propriedade industrial através de uma forma diferente, reproduzir o mesmo invento há um desrespeito à propriedade industrial de outrem, pois o que tem relevância no direito industrial é a idéia e não a forma. 
- Quem é o inventor? Quem é o proprietário da marca? É aquele que faz o respectivo registro, ou obtém a carta de patente ou obtém o registro de marca ou desenho industrial. Não necessariamente quem criou, e sim quem registrou. Outra diferença em relação ao Direito Autoral, pois o proprietário da invenção no Direito autoral é quem criou.
O registro na atividade industrial é um ato administrativo, mas de efeito constitutivo, o registro constitui o direito. 
* Há alguns registros relativos à propriedade autoral. Por exemplo, a biblioteca nacional em que você pode depositar seu livro no arquivo nacional, os registros em computadores podem ser registrados em INPI, mas esse registro no âmbito da propriedade autoral, tem efeito declaratório, não possui efeito constitutivo, servindo apenas como meio de prova. Ex.: Se aparecem dois livros iguais, com autores diferentes, se um dos dois registrou esse livro na Biblioteca Nacional, a data desse registro vai servir para provar a criação do autor.
* O professor é da opinião que os softwares deveriam ser regulados e tutelados pelo direito industrial, pois está intimamente ligado a exploração empresarial, existem alguns paises em que os softwares são de propriedade industrial.
- Em relação à propriedade industrial grande parte das normas relativas ao assunto que outrora se encontrava na Convenção de Paris hoje, e grande parte reproduzidas no Código de Propriedade Industrial, que é a lei 9.279/96. 
Na época existiam vários conflitos e contrapontos de questões principiológica, por exemplo: a questão da patente de medicamentos (só aquela pessoa pode explorar) - logo para fabricar e comercializar um outro fármaco tem que ter a licença do titular da patente - a questão gira em torno da justiça de se patentiar tais medicamentos, por se tratarem de questão de saúde, dificultando o acesso e tornando-os mais caros, do outro lado, se não fosse dado a patente a medicamentos, grandes empresas não iriam financiar pesquisas nessa área para criar novos produtos, foi a idéia que prevaleceu na convenção. O Brasil inclusive lançou para o mundo uma grande questão que foi a quebra da patente, em determinadas situações onde o titular se recusa a marginalizar o acesso de medicamentos a população, ou seja, tem determinadas situações que você pode relativizar o direito do inventor sob sua criação, mesmo relativizando esse direito a exploração desses medicamentos, quem explora deve pagar ao titular da invenção royalties para explorar a determinada invenção. Vale ressaltar que essa briga por essa relativização se fez por José Serra, com relação aos medicamentos da AIDS, que tomou a iniciativa e brigou quebrando um paradigma.
Registro de Comércio = Junta Comercial.
Registro de Propriedade Industrial = INPI (uma Autarquia Federal com sede no Rio de Janeiro, sendo o órgão responsável pelos registros dos atos relativos à propriedade industrial). 
Como é que o Direito protege a criação industrial? Através da Concessão de Patentes para proteger o direito exclusivo de exploração das pessoas quedesenvolveram invenções, ou um modelo de utilidade (pequena invenção); e outra forma é a Concessão de Registro dos Sinais Distintivos, são eles: A marca, o desenho industrial (ligado ao produto ligado ao produto, a forma do produto, ao layout do produto). Essas são as duas formas direta de proteger a criação intelectual passível de exploração comercial (propriedade industrial).
* O título do estabelecimento e o nome empresarial são também sinais distintivos, mas como não são propriedades industriais, não são protegidos pelo Código de Propriedade Industrial, mas são protegidos pelo Direito Comercial o primeiro para evitar concorrência desleal e o segundo é protegido pelo Código Civil e pela Lei de Registro do Comercio.
 
- No nosso sistema existem duas formas de proteção indireta não a criação, mas sim ao contexto criado por essa situação, que é o caso das indicações geográficas, é o caso de produtos que só pode ser chamado assim em função de características do processo de elaboração dele e/ou em função de características climatológicas e de solo daquele ambiente existente somente na região daquele produto. Ex.: Champagne, devido a esse produto ser produzido na região de Champagne na França e esse referencial geográfico atrair clientela ao produto.
	A indicação geográfica é protegida pela propriedade industrial, por ser uma criação de um produto diferenciado por produtores da região, devendo ser tutelado pelo direito, para se evitar a concorrência desleal, de um produto produzido em região diferente, utilizar-se da mesma marca dos produtos produzidos em determinada região, utilizando-se desse referencial criado por essa região, para atrair clientela, desviando a clientela dos verdadeiros produtos da região da indicação geográfica. 
* A concorrência desleal é considerada crime pelo código de propriedade industrial se configurando como a imitação de título de estabelecimento alheio, quando você tem a possibilidade de desviar clientela, mas há concorrência desleal também, mas são tuteladas especificamente, em relação à imitação de produtos ou serviços patenteados, em relação à imitação de marca, em relação à imitação ou utilização indevida da indicação geográfica.
� Convenção de París, uma convenção internacional na qual o Brasil aderiu, e que portanto faz parte do direito positivo dela por força de Lei Ordinária.
� Inventar é alterar algo no estado atual da técnica

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