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<p>Urbanização Brasileira</p><p>Características da Urbanização Brasileira</p><p>A urbanização brasileira teve destaque e grande crescimento a partir da segunda</p><p>metade do século XX. É preciso ressaltar que este processo de urbanização esteve desde</p><p>o início relacionado às diversas atividades econômicas desenvolvidas no país que</p><p>contribuíram significativamente para que esse processo ocorresse.</p><p> A concentração fundiária, característica brasileira desde a colonização,</p><p>desdobrou-se em baixa qualidade de vida nas áreas rurais, baixos salários e falta</p><p>de apoio ao pequeno trabalhador rural, motivando a migração campo-cidade.</p><p> O processo de industrialização, especialmente em alguns estados da região</p><p>geoeconômica Centro-Sul, motivou a migração para as grandes cidades desses</p><p>estados, que passaram a polarizar a economia do país.</p><p> O processo produtivo no espaço rural, a partir da sua modernização, começa a</p><p>absorver menor quantidade de mão de obra.</p><p> A construção de novas vias, a partir do modelo rodoviário de transporte,</p><p>facilitou o processo migratório e o acesso aos centros urbanos.</p><p> Os valores da vida urbana vão ser amplamente disseminados pelos meios de</p><p>comunicação, principalmente rádio e televisão, como forma de seduzir a</p><p>população rural a migrar para a cidade. Os excluídos do campo criam</p><p>perspectiva em relação ao espaço urbano e acabam se inserindo no espaço</p><p>urbano no circuito Inferior da Economia (mercado informal).</p><p> Apesar do contínuo processo de metropolização, é possível perceber na</p><p>atualidade que a região Sudeste brasileira enfrenta o processo de</p><p>desmetropolização, ou seja, a redução do ritmo de crescimento de algumas</p><p>metrópoles, a exemplo de São Paulo, que passa a apresentar um ritmo de</p><p>crescimento mais lento em relação a algumas cidades médias do interior.</p><p> Crescimento de cidades médias em função da desconcentração dos</p><p>investimentos produtivos (desconcentração industrial), buscando maiores</p><p>vantagens para a indústria, como isenção fiscal, terrenos e mão de obra mais</p><p>baratos para a indústria, fuga dos congestionamentos das metrópoles, entre</p><p>outros, além da migração da população das grandes metrópoles que buscam</p><p>qualidade de vida em cidades médias.</p><p> Crescimento do setor terciário, devido à diminuição das indústrias nos grandes</p><p>centros urbanos, fazendo com que essa camada de mão de obra seja absorvida</p><p>pelo setor de serviços e comércio. Essa nova realidade vai transformar a</p><p>paisagem urbana, com a diminuição das indústrias e o crescimento de shoppings</p><p>e centros empresariais.</p><p>Causas e consequências da Urbanização Brasileira</p><p>CAUSAS:A urbanização brasileira foi motivada, principalmente, pelas péssimas</p><p>condições de vida na zona rural brasileira. A miséria da vida no campo e o início do</p><p>processo de industrialização do país, motivaram massas de trabalhadores rurais a</p><p>migrarem para a cidade em busca de melhores condições de vida.</p><p>Outro fator importante para a expulsão dos trabalhadores rurais do campo, foi o</p><p>investimento do Estado no desenvolvimento do agronegócio em detrimento do</p><p>incentivo à pequena propriedade rural. A mecanização do campo promoveu a</p><p>concentração de renda e de terras no país, resultando na transferência de grandes</p><p>contingentes populacionais para os centros urbanos.</p><p>Como:</p><p>Êxodo rural: As indústrias, sobretudo a têxtil e a alimentícia, difundiam-se,</p><p>principalmente nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. Esse desenvolvimento</p><p>industrial acelerado necessitava de grande quantidade de mão-de-obra para trabalhar nas</p><p>unidades fabris, na construção civil, no comércio ou nos serviços, o que atraiu milhares</p><p>de migrantes do campo para as cidades (êxodo rural). O processo de urbanização</p><p>brasileiro apoiou-se essencialmente no êxodo rural. A migração rural-urbana tem</p><p>múltiplas causas, sendo as principais a perda de trabalho no setor agropecuário.</p><p>População urbana: Atualmente, a participação da população urbana no total da</p><p>população brasileira atinge níveis próximos aos dos países de antiga urbanização da</p><p>Europa e da América do Norte. Em 1940, os moradores das cidades somavam 12,9</p><p>milhões de habitantes, cerca de 30% do total da população do país, esse percentual</p><p>cresceu aceleradamente: em 1970, mais da metade dos brasileiros já viviam nas cidades</p><p>(55,9%). De acordo com o Censo de 2000, a população brasileira é agora</p><p>majoritariamente urbana (81,2%), sendo que de cada dez habitantes do Brasil, oito</p><p>moram em cidades.</p><p>Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2005 o Brasil</p><p>tinha uma taxa de urbanização de 84,2% e, de acordo com algumas projeções, até 2050,</p><p>a porcentagem da população brasileira que vive em centros urbanos deve pular para</p><p>93,6%. Em termos absolutos, serão 237,751 milhões de pessoas morando nas cidades do</p><p>país na metade deste século. Por outro lado, a população rural terá caído de 29,462</p><p>milhões para 16,335 milhões entre 2005 e 2050.</p><p>CONSEQUÊNCIAS:O processo de urbanização, além de ocorrer de forma</p><p>desigual, não só no Brasil mas em diversas partes do mundo, dá-se de forma</p><p>desordenada, apontando então a falta de planejamento. Isso acarreta diversos problemas</p><p>urbanos de ordem social e ambiental. São alguns deles:</p><p> Favelização: A falta de planejamento e de políticas públicas faz com que muitas</p><p>pessoas (ao dirigirem-se às cidades e não encontrar locais para abrigarem-se)</p><p>ocupem áreas terrenas, muitas vezes em áreas de risco. A favelização é uma</p><p>consequência do inchaço urbano e da ocupação desordenada das cidades.</p><p> Excesso de lixo: Visivelmente, onde há maior concentração de pessoas, há</p><p>também maior produção de lixo. O aumento do número de habitantes nas</p><p>grandes cidades fez com que houvesse maior produção de lixo, que, por vezes, é</p><p>descartado de maneira incorreta, provocando outros problemas urbanos e</p><p>também problemas ambientais. Segundo o IBGE, no Brasil, cerca de 50% do</p><p>lixo gerado é depositado em locais incorretos, a céu aberto.</p><p> Poluição: A questão da poluição pode ter diversas naturezas. As grandes cidades</p><p>concentram, além de um elevado número de habitantes, também um grande</p><p>número de indústrias e automóveis, que, diariamente, emitem diversos gases</p><p>poluentes à atmosfera, causando poluição do ar. A poluição sonora e visual</p><p>também é um grande problema vivido nos centros urbanos, comprometendo o</p><p>bem-estar da população.</p><p> Violência: Processos como a marginalização da população por meio da</p><p>favelização ou da ocupação desordenada contribuem para o aumento da</p><p>violência. O inchaço das cidades associado à incapacidade de abrigar toda a</p><p>população, às condições insalubres de moradia e à falta de políticas públicas que</p><p>atendam essa parcela da população tem como consequência direta o aumento da</p><p>criminalidade.</p><p> Inundações: O processo de urbanização está atrelado a diversas questões, como</p><p>o aumento da produção de lixo associado à impermeabilização do solo. O</p><p>asfaltamento das cidades e o mau planejamento prejudicam o escoamento das</p><p>águas, provocando inundações.</p><p>Conceito de Conurbação</p><p>A conurbação é um fenômeno típico de áreas urbanizadas em que há cidades</p><p>com alto índice de crescimento urbano. Em suma, trata-se da junção de um município</p><p>com outro, o que ocorre quando essas áreas crescem horizontalmente e expandem seus</p><p>espaços de influência além dos limites municipais.</p><p>Em razão da expansão das cidades, esses limites praticamente desaparecem,</p><p>formando, em muitos casos, áreas em que é quase impossível saber onde termina uma</p><p>cidade e onde começa outra, sendo bastante comum em áreas populosas, grandes</p><p>capitais e também nas médias cidades interioranas que são próximas geograficamente.</p><p>Metrópoles, Regiões Metropolitanas no Brasil e</p><p>megalópole em formação</p><p>Metrópole é o titulo máximo para uma cidade, levando em consideração sua</p><p>importância. Tem metrópole regional, mundial. Por exemplo, o Brasil tem 7 metrópoles</p><p>regionais, dentre as quais, Porto Alegre e Curitiba são umas...</p><p>Metrópoles Mundiais no</p><p>Brasil são: São Paulo (metrópole beta) e Rio de Janeiro (metrópole gama). Metrópole</p><p>Alfa é Nova Iorque.</p><p>As regiões metropolitanas são onde a mais desenvolvimento de certa forma uma</p><p>melhor infraestrutura nestas cidades ha um grande interesse politico e econômicos,</p><p>principais metrópoles brasileiras são: Em primeiro lugar logicamente fica São Paulo,</p><p>seguido por Rio e depois Belo Horizonte.</p><p>Essa megalópole em formação envolve diferentes centros metropolitanos</p><p>brasileiros (Rio de Janeiro, São Paulo, Campinas, Vale do Paraíba, Sorocaba e Baixada</p><p>Santista) localizados na região sudeste do Brasil; as regiões metropolitanas de Campinas</p><p>e São Paulo, no entanto, estão em um processo de unificação mais avançado e já</p><p>formam a primeira macrometrópole do hemisfério sul - o Complexo Metropolitano</p><p>Expandido - que ultrapassa os 32 milhões de habitantes (aproximadamente 75% da</p><p>população do estado de São Paulo ou 12% da população brasileira).</p><p>RIDES (regiões integradas de desenvolvimento. Conceito</p><p>e citar as que existem no Brasil)</p><p>A Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno (RIDE),</p><p>foi criada pela Lei Complementar n° 94, de 19 de fevereiro de 1998, e regulamentada</p><p>pelo Decreto n° 2.710, de 04 de agosto de 1998, alterado pelo Decreto n° 3.445, de 04</p><p>de maio de 2000.</p><p>A RIDE é constituída pelo Distrito Federal, pelos municípios de Abadiânia,</p><p>Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Cabeceiras, Cidade Ocidental,</p><p>Cocalzinho de Goiás, Corumbá de Goiás, Cristalina, Formosa, Luziânia, Mimoso de</p><p>Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, Pirenópolis, Planaltina, Santo Antônio do</p><p>Descoberto, Valparaíso de Goiás e Vila Boa, no Estado de Goiás, e de Unaí, Buritis,</p><p>Arinos e Cabeceira Grande, no Estado de Minas Gerais.</p><p>Essa região foi criada com o intuito de proporcionar o desenvolvimento</p><p>econômico e social. Abordando aspectos como saneamento ambiental, educação,</p><p>turismo, segurança pública, saúde, habitação, geração de empregos, proteção ao meio</p><p>ambiente, serviços de telecomunicação, infraestrutura, entre outros fatores.</p><p>A construção de Brasília exerceu forte atração para migrantes em busca de</p><p>trabalho, em razão da necessidade de mão de obra para a sua construção. Esse processo</p><p>resultou num aumento populacional rápido, consequentemente, as cidades próximas a</p><p>Brasília também tiveram um populacional significativo e de forma desordenada</p><p>Hierarquia Urbana Brasileira</p><p>Hierarquia urbana consiste numa forma de organização entre as cidades, onde os</p><p>grandes centros urbanos apresentam influência sobre as médias e pequenas cidades.</p><p>Esta hierarquização é formada principalmente com base na diversificação</p><p>econômica dos centros urbanos, fazendo com que aqueles com menor desenvolvimento</p><p>estejam dependentes e subordinados às metrópoles mais desenvolvidas.</p><p>Também é através da hierarquia urbana que é organizado o espaço nacional, em</p><p>termos de influência de certos centros urbanos sobre outros. Funciona como um</p><p>indicador da importância de uma cidade, sendo esta nem sempre dependente do seu</p><p>tamanho, mas de outros fatores influenciadores, como a dinâmica de mercadorias,</p><p>pessoas, serviços e informações que possui, por exemplo. A hierarquia urbana pode</p><p>apresentar uma escala regional, nacional ou mundial.</p><p>Rede urbana Brasileira</p><p>A rede urbana brasileira é constituída por centros que polarizam a economia, o</p><p>fluxo de pessoas e a oferta de bens e serviços. Segundo dados do IBGE (Instituto</p><p>Brasileiro de Geografia e Estatística), o Brasil tem 5.570 municípios, mas a rede urbana</p><p>é comandada por 11 centros. Desses, 49 são aglomerações urbanas.</p><p>Os chamados centros urbanos são constituídos por 440 cidades, além do Distrito</p><p>Federal. Esse conjunto de centros urbanos reúne 60% da população do País. Somente</p><p>Rio de Janeiro e São Paulo, que são consideradas metrópoles globais, concentram 18%</p><p>da população brasileira.</p><p>Já as aglomerações urbanas – que podem ou não serem metropolitanas –</p><p>concentram quase 50% da população e estão distribuídas em 379 cidades.</p><p>1. Metrópoles globais: suas áreas de influencia ultrapassam as fronteiras de</p><p>seus estados, região ou mesmo do país. São metrópoles globais Rio de</p><p>Janeiro e São Paulo.</p><p>2. Metrópoles nacionais: encontram-se no primeiro nível da gestão</p><p>territorial, constituindo foco para centros localizados em todos os pontos</p><p>do país. São metrópoles nacionais Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.</p><p>3. Metrópoles regionais: constituem o segundo nível da gestão territorial, e</p><p>exercem influência na macrorregião onde se encontram. São metrópoles</p><p>regionais Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus,</p><p>Porto Alegre, Recife e Salvador.</p><p>4. Capitais regionais: constituem o terceiro nível da gestão territorial, e</p><p>exercem influência no estado e em estados próximos. Dividem-se em três</p><p>níveis:</p><p> Capitais regionais A</p><p> Capitais regionais B</p><p> Capitais regionais C</p><p>5. Centros sub-regionais: exercem influência apenas em cidades próximas,</p><p>povoados e zona rural.</p>