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Aula 01
CNU (Bloco Temático 8 - Nível
Intermediário) Realidade Brasileira (Itens
2 a 15) - 2024 (Pós-Edital)
Autor:
Leandro Signori
20 de Janeiro de 2024
14964078655 - Matheus C C Riani
Leandro Signori
Aula 01
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Processo de Urbanização Brasileiro 3
..............................................................................................................................................................................................2) Conurbação e Regiões Metropolitanas 11
..............................................................................................................................................................................................3) Rede Urbana Brasileira 16
..............................................................................................................................................................................................4) Problemas Urbanos 23
..............................................................................................................................................................................................5) Resumo - Desenvolvimento Urbano Brasileiro 28
..............................................................................................................................................................................................6) Questões Comentadas - Desenvolvimento Urbano Brasileiro - Cesgranrio 32
..............................................................................................................................................................................................7) Questões Comentadas - Desenvolvimento Urbano Brasileiro - Cebraspe 38
..............................................................................................................................................................................................8) Questões Comentadas - Desenvolvimento Urbano Brasileiro - FGV 63
..............................................................................................................................................................................................9) Questões Comentadas - Desenvolvimento Urbano Brasileiro - IBFC 68
..............................................................................................................................................................................................10) Questões Comentadas - Desenvolvimento Urbano Brasileiro - Multibancas 77
..............................................................................................................................................................................................11) Lista de Questões - Desenvolvimento Urbano Brasileiro - Cesgranrio 88
..............................................................................................................................................................................................12) Lista de Questões - Desenvolvimento Urbano Brasileiro - Cebraspe 92
..............................................................................................................................................................................................13) Lista de Questões - Desenvolvimento Urbano Brasileiro - FGV 103
..............................................................................................................................................................................................14) Lista de Questões - Desenvolvimento Urbano Brasileiro - IBFC 107
..............................................................................................................................................................................................15) Lista de Questões - Desenvolvimento Urbano Brasileiro - Multibancas 111
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O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO BRASILEIRO 
Antes de iniciarmos o nosso estudo, é importante que você entenda e diferencie os seguintes conceitos, que 
serão bastante utilizados nessa aula: 
Entendendo os conceitos 
 Município 
Unidade política da República Federativa do Brasil (assim como os estados e 
o Distrito Federal). Divisão legalmente realizada de um território. São as 
várias partes que compõem um mesmo estado. Um município tem uma sede 
e distritos. Uma zona urbana (cidade) e rural (campo) ou somente zona 
urbana. 
Cidade 
Área urbana de um município, delimitada por um perímetro urbano 
legalmente estabelecido, que separa a cidade do campo. 
Espaço urbano Porção do espaço geográfico ocupada por área urbana. 
Aglomeração urbana 
Área urbana que perpassa mais de um município, em que o urbano se 
processa em um conjunto mais complexo e extenso. 
Muito cuidado para não confundir cidade com município! Quando estamos falando em cidade, estamos 
falando de uma área urbana qualquer, trata-se de um termo genérico. Já quando falamos de município, 
estamos falando de uma unidade da divisão político-administrativa do Brasil. Um município pode ser tanto 
urbano quanto rural. Feita essa introdução, vamos ao estudo! 
De modo geral, o termo "urbanização" se refere ao processo pelo qual a população urbana de uma 
determinada localidade cresce em um ritmo mais acelerado que o da população rural. 
Portanto, a urbanização consiste no processo de transformação de uma determinada localidade de rural para 
urbano. No caso de um país, de rural para urbano. Dessa maneira, uma sociedade é considerada urbana 
quando a população das cidades supera a população rural. 
A urbanização é um dos traços fundamentais da sociedade moderna. É um fenômeno recente, iniciado com 
a Revolução Industrial, há pouco mais de 200 anos – um período muito pequeno da história da humanidade. 
O processo de urbanização se iniciou há mais de dois séculos na Europa e adquiriu contornos mundiais ao 
longo do século XX. Em termos globais, apenas 3% da população era urbana em 1800, passando para 6%, em 
1850, 14%, em 1900, 28%, em 1950, 38%, em 1970 e 50% em 2008. Observamos, com base nos índices, que, 
há pouco mais de 15 anos, a maioria da população mundial ainda vivia no campo. 
O processo de urbanização decorre da intensificação da divisão social do trabalho. Nas sociedades 
essencialmente rurais, a economia se baseia na agricultura familiar ou coletiva voltada para o autoconsumo, 
e a circulação de mercadorias é um elemento periférico, de importância menor. O desenvolvimento do 
comércio e da indústria – ou seja, o intercâmbio de bens e serviços – rompe o isolamento das populações 
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rurais e configura mercados consumidores cada vez mais amplos. A multiplicação de cidades e o crescimento 
dos centros urbanos são frutos dessa transformação geral da economia e da sociedade. 
No Brasil, a urbanização é um processo recente. A integração econômica do território brasileiro, a partir 
da década de 1930, acelerou o processo de urbanização. Na moldura de um vertiginoso crescimento 
demográfico, a população urbana aumentou em um ritmo muito mais rápido do que a população rural. 
Em 1950, quase dois terços dos brasileiros habitavam o meio rural, mas, 20 anos depois, a população urbana 
já era maioria. Foi em 1965 que a população urbana superou a população rural no Brasil. Em 2010, 
84% habitavam o meio urbano. O gráfico a seguir mostra a evolução percentual das populações urbana e 
rural no Brasil, de 1940 a 2010. 
 
Fonte: IBGE 
 
O IBGE ainda não divulgou os dados sobre a população urbana e rural do Censo 
Demográficode 2022. Por isso que utilizamos dados de 2010 no gráfico anterior. 
A urbanização brasileira ocorreu de forma acelerada e correspondeu ao período de intensa industrialização, 
ocorrido após a Segunda Guerra Mundial, com a formação de um mercado interno integrado, principalmente 
na região Sudeste. 
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Esse processo de urbanização apoiou-se, essencialmente, no êxodo rural, associado a dois condicionantes 
que se interligam: 
• a repulsão da força de trabalho do campo, e 
• a atração dessa força de trabalho para as cidades. 
 
Êxodo rural é o processo de migração de pessoas da zona rural para a urbana, ou seja, a 
saída de moradores do campo com destino às grandes cidades. 
Guarde bem esse conceito, ele será muito utilizado daqui para frente. É um conceito básico 
no estudo da urbanização. 
O êxodo rural se constitui no deslocamento massivo de pessoas do campo para a cidade. De um lado, ocorria 
a modernização técnica do trabalho rural, substituindo o trabalho braçal e manual do homem pela 
mecanização agrícola. Dispensado das fazendas, esse trabalhador rural não tinha acesso a uma terra própria 
para produzir, pois a estrutura fundiária brasileira sempre foi muito concentradora de terras. O 
monopólio por uma elite resulta na carência de terras para a maioria dos trabalhadores rurais. 
Ao mesmo tempo, ocorria a industrialização brasileira, com as fábricas necessitando de mão de obra, e as 
cidades cresciam pela própria dinâmica da industrialização que leva a uma expansão do setor de serviços, 
também necessitando de força de trabalho. Esse fator atraia fortemente a população rural para o espaço 
urbano. 
 
(CESGRANRIO/IBGE/2016) No gráfico a seguir, é apresentada a evolução das populações urbana e rural no 
Brasil. 
 
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A partir da década de 1970, verifica-se a ultrapassagem do contingente de população urbana em relação à 
rural, que decorre do seguinte fator estrutural: 
(A) Expansão da agroecologia 
(B) Redução do analfabetismo 
(C) Regressão do rodoviarismo 
(D) Avanço da industrialização 
(E) Realização de megaeventos 
COMENTÁRIOS: 
Na década de 1970, o Brasil passou a ser um país predominantemente urbano. Nessa década, a população 
urbana ultrapassou a população rural. Isso ocorreu sobretudo devido ao êxodo rural, isto é, a migração do 
campo para as cidades, e ao crescimento vegetativo natural nas grandes cidades. 
O êxodo rural está associado a dois condicionantes que se interligam: a repulsão da força de trabalho do 
campo e a atração dessa força de trabalho para as cidades. 
Dentre as alternativas apresentadas, a que apresenta corretamente um fator que efetivamente contribuiu 
no crescimento da população urbana de forma mais acelerada em relação à população rural foi o avanço da 
industrialização. 
O crescimento da produção industrial nos grandes centros urbanos representou uma força de atração para 
as cidades, pois necessitavam de trabalhadores para as fábricas. Ao mesmo tempo, a mecanização do campo 
foi uma força de repulsão do campo, ao substituir o trabalho braçal pelo trabalho da máquina. Esses dois 
fatores foram as principais causas do movimento de êxodo rural no Brasil, que influenciou decisivamente no 
seu rápido processo de urbanização. 
Gabarito: D 
A urbanização brasileira aconteceu sem a implementação de políticas indispensáveis para a 
inserção urbana digna da massa que abandonou o meio rural brasileiro. As cidades não tiveram 
tempo de se preparar e não desenvolveram um planejamento urbano adequado e quando havia esse 
planejamento, não conseguiram implantá-lo adequadamente. O resultado foi a formação das periferias, das 
favelas, os grandes bolsões de sub-habitação, com carência de infraestrutura e de serviços públicos básicos. 
Foi também uma urbanização essencialmente concentradora. A população que migrou do campo, 
concentrou-se em um número pequeno de cidades, como as capitais e as suas regiões metropolitanas, como 
São Paulo e Rio de Janeiro. 
 
Tendências e características atuais da urbanização brasileira 
A concentração urbana espelha as condições em que ocorreu a modernização da economia do país. Desde a 
década de 1930, a industrialização baseou-se em investimentos volumosos de capital, realizados pelo Estado, 
pelas multinacionais e por conglomerados privados nacionais. Esses investimentos concentraram-se em 
cidades e regiões mais desenvolvidas economicamente, o que levou à concentração dos recursos produtivos 
e à oferta de empregos em determinados pontos do território. Um número reduzido de cidades que 
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apresentavam vantagens prévias tornou-se alvo dos investimentos. Essas aglomerações evoluíram como 
polos de atração demográfica e de grandes mercados consumidores. A concentração espacial determinou a 
aglomeração espacial: o resultado foi a metropolização, ou seja, a formação das metrópoles, grandes 
cidades, geralmente com mais de 1 milhão de habitantes, que concentram boa parte dos serviços, empregos 
e infraestruturas. 
Contudo, a partir da década de 1990, intensificou-se o fenômeno conhecido como desmetropolização, que 
é a diminuição do ritmo de crescimento das metrópoles em benefício das cidades menores, sobretudo as 
cidades médias. Esse fenômeno está acompanhado da desconcentração industrial, em que as grandes 
empresas e fábricas – antes concentradas nos grandes centros urbanos – passam a se deslocar para cidades 
menores em busca, principalmente, de menores impostos (ou até a isenção de boa parte deles). 
Contudo, os processos urbanos recentes são complexos. Ao mesmo tempo em que se detecta a diminuição 
do crescimento populacional das metrópoles, observa-se um crescimento da periferia metropolitana. 
Ou seja, a população das cidades que compõe as regiões metropolitanas está crescendo mais que a das 
metrópoles. Nessa periferia estão muitas das cidades médias de grande crescimento no Brasil. 
 
Cidades pequenas: até 100 mil habitantes. 
Cidades médias: de 100 mil a 500 mil habitantes. 
Cidades grandes: mais de 500 mil habitantes. 
As cidades médias corresponderam a 67,5% (8,3 milhões) do crescimento populacional do Brasil entre 2010 
e 2022, que foi de 12,3 milhões de habitantes. Em 2010, essas cidades tinham 25,4% da população. Já em 
2022, concentravam 27,96% do total. 
O percentual da população brasileira que mora nesses municípios foi o único que cresceu no período entre 
os dois últimos censos demográficos. As cidades pequenas e grandes perderam relevância proporcional. Em 
comparação com o Censo de 2010, a concentração populacional em cidades grandes registrou uma leve 
queda. 
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A rede urbana está mais consolidada e menos concentrada. A concentração populacional ainda é muito 
grande na faixa litorânea e em porções interioranas do Sul e Sudeste. Todavia, importantes centros regionais 
se consolidaram ou estão em fase de consolidação no Centro-Oeste, no Norte e no interior do Nordeste. 
Certamente, quando fazemos essa afirmação, não estamos nos referindo às metrópoles consolidadas há 
décadas nessas regiões, como Belém, Manaus, Brasília e Goiânia. 
Outro processo que já acontece há algumas décadas no país é a redução da população em pequenas 
cidades.Em algumas regiões do Brasil, essa redução é mais evidente, como a metade oeste do Rio Grande 
do Sul e o semiárido nordestino. Os dados do Censo Demográfico de 2022 confirmam essa análise: a faixa de 
cidades que mais perdeu espaço entre 2010 a 2022 foi a das cidades com entre 10 mil e 20 mil habitantes. 
Esses municípios representavam 10,31% da população, em 2010. Agora, concentram 9,47% do total. 
O território brasileiro continua sendo ocupado por meio da expansão da fronteira agrícola, ou seja, do 
avanço da produção agropecuária sobre o meio natural. A Amazônia e o Cerrado são os biomas nos quais a 
fronteira agrícola segue avançado sobre áreas de vegetação natural. Novos núcleos de povoamento 
continuam surgindo nas zonas de expansão, embriões de futuras cidades. A chegada da agricultura moderna 
faz pequenos núcleos crescerem, com a atração de imigrantes. 
 
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Urbanização e desigualdades regionais 
Do ponto de vista regional, verificam-se diferenças marcantes na urbanização brasileira, que refletem as 
disparidades econômicas regionais e a diferenciada inserção de cada região na economia nacional. 
No Sudeste, a população urbana ultrapassou a rural na década de 1950, sendo que a fase de urbanização 
acelerada se encerrou na década de 1990. A população urbana predomina amplamente sobre a rural, o que 
revela um elevado desenvolvimento econômico e a subordinação da agropecuária à indústria, além de 
refletir o peso que a economia urbana tem na produção da riqueza. 
A região Sul teve uma urbanização lenta e limitada até 1970. A estrutura agrária, baseada na propriedade 
familiar, restringia o êxodo rural. Contudo, nas décadas subsequentes do século XX, a mecanização acelerada 
da agricultura e a concentração da propriedade fundiária impulsionaram o êxodo rural. 
No Nordeste, a trajetória da urbanização permaneceu relativamente lenta. A estrutura agrária assentada 
sobre minifúndios familiares, na faixa do Agreste, contribuiu para evitar forte êxodo rural. Além disso, o 
insuficiente desenvolvimento do mercado regional reduziu a atração exercida pelas cidades. Ainda assim, 
durante décadas, houve intensa migração do Nordeste para o Sudeste. Hoje, no entanto, no Nordeste, não 
há perdas populacionais significativas para outras regiões. Atualmente, a região Nordeste é a que apresenta 
menor taxa de urbanização no Brasil: 73,4% (IBGE, 2010). 
A urbanização do Centro-Oeste foi impulsionada pela fundação de Brasília, em 1960, e pelas rodovias de 
integração nacional que interligaram a nova capital ao Sudeste, de um lado, e à Amazônia, de outro. A 
ocupação do interior do Brasil por grandes propriedades voltadas para a pecuária e por culturas mecanizadas 
de soja e cereais acentuou a tendência à urbanização. Desde o final da década de 1960, o Centro-Oeste 
tornou-se a segunda região mais urbanizada do país. 
A região Norte, por sua vez, conheceu um processo vigoroso de urbanização nas últimas décadas, 
impulsionado pela proliferação de cidades ao longo das rodovias. Entretanto, a urbanização dessa região é 
bastante concentrada em dois grandes centros urbanos: Manaus e Belém. 
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Apesar das disparidades regionais, Norte e Centro-Oeste foram as regiões brasileiras que 
mais se urbanizaram no período entre 2000 e 2010. 
 
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A DINÂMICA METROPOLITANA NO BRASIL 
Denomina-se de conurbação o crescimento de cidades próximas nas quais as suas malhas urbanas se 
encontram e há o estabelecimento de uma inter-relação funcional entre elas. Além de estarem fisicamente 
ligadas, as cidades estabelecem uma ligação funcional por meio de fluxos de pessoas, de mercadorias, de 
informações e de serviços. 
A conurbação de duas ou mais cidades pode formar uma área metropolitana, com uma cidade central que 
recebe o nome de metrópole (junção de duas palavras gregas: mater, mãe, e polis, cidade). A sua influência 
se estende de forma acentuada às cidades vizinhas, funcionando como polos de prestação de serviços 
sofisticados. Dessa forma, as metrópoles influenciam no crescimento urbano de cidades vizinhas ou próximas 
à metrópole. 
Para a gestão desses grandes e complexos espaços urbanos são criadas pelos Estados as regiões 
metropolitanas. A instituição de uma região metropolitana se dá por meio de lei estadual, trata-se de uma 
região administrativa, com a finalidade de integrar a organização, o planejamento e a execução de funções 
públicas de interesse comum. Assim, a região metropolitana tem uma cidade-central, que polariza as demais 
cidades da área metropolitana. 
Vejamos na imagem a seguir, a grande conurbação da área metropolitana de São Paulo e/ou região 
metropolitana de São Paulo. A mancha urbana contínua é identificada na cor acinzentada-amarronzada. 
Observem que não é possível visualizar separadamente a área urbana de cada um dos diversos municípios. 
 
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Já nesta outra imagem podemos ver os municípios que formam a Região Metropolitana de São Paulo 
(RMSP) com os respectivos limites políticos entre eles. 
 
 
O termo metrópole possui diferentes utilizações. 
Metrópole pode ser utilizado para se referir a cidade central de uma área metropolitana e 
região metropolitana. Ou como sendo toda a mancha urbana contínua e conurbada de 
cidades de vários municípios. Não há uma regra científica para discernir isso. Vai ser por 
meio da leitura e análise do texto da questão que vai se poder interpretar a que o 
examinador se refere. 
No estudo Regão de Influência das Cidades (REGIC), do IBGE, o termo é utilizado para se 
referir as cidades que estão no primeiro nível de hierarquia da rede urbana brasileira. 
Por fim, a metrópole era o país que colonizava outros territórios. Exemplo: O Brasil era 
colônia de Portugal, a metrópole. 
As primeiras regiões metropolitanas do Brasil foram criadas pelo Governo Federal por meio da Lei 
Complementar nº 14, de 1973. São elas: São Paulo, Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, 
Recife, Rio de Janeiro e Salvador. Essas nove regiões foram definidas pelo porte populacional e pela presença 
de funções urbanas diversificadas e especializadas e, ainda, pela existência de uma área de influência, 
configurada pelo conjunto de municípios a elas integrados econômica e socialmente, com os quais elas 
dividiam uma estrutura ocupacional e uma forma de organização do espaço características. 
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A Constituição de 1988 atribuiu aos estados a competência para criação de regiões metropolitanas, que 
devem ser constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para integrar a organização, o 
planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum. Cada estado define seus critérios para 
a criação de regiões metropolitanas, o que fez com que esse instituto fosse bastante desvirtuado por alguns 
estados, como Santa Catarina, Paraíba e Alagoas, que contam com 14, 12 e 9 regiões metropolitanas, 
respectivamente. Atualmente, há no Brasil 83 regiões metropolitanas criadas por leis estaduais. 
Além das regiões metropolitanas,existem também as Regiões Integradas de Desenvolvimento (RIDEs) 
constituídas por aglomerações urbanas que perpassam o território de dois ou mais estados. Por serem 
constituídas por municípios pertencentes a estados distintos, são criadas por lei complementar federal e 
administradas pelo Governo Federal. 
Atualmente há três RIDEs no Brasil: Distrito Federal e Entorno, formada pelo Distrito Federal e municípios 
de Goiás e Minas Gerais; Petrolina-Juazeiro, formada por municípios de Pernambuco e da Bahia, e Grande 
Teresina, formada por municípios do Piauí e do Maranhão. 
No mapa a seguir, pode ser visualizada a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno, 
formada pelo Distrito Federal e por 33 municípios, sendo 29 de Goiás e quatro de Minas Gerais. 
 
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As 10 maiores regiões metropolitanas abrigavam, em 2022, nada menos que 32% da população total do país. 
Na região metropolitana de São Paulo, a maior de todas, residem 10% dos brasileiros. Observa-se que, na 
última década, as maiores aglomerações urbanas cresceram menos do que a média do país. 
 
Nem toda conurbação conforma uma região metropolitana, e nem toda metrópole é 
conurbada, por isso, são conceitos que, embora sejam complementares, são distintos entre 
si. Na Região Metropolitana de Manaus (AM) e na Região Metropolitana de Ribeirão Preto 
(SP), por exemplo, não há conurbação entre os municípios. Nesses casos, a caracterização 
da metrópole ocorre não por causa da extensão da mancha urbana física, mas sim pela 
interdependência de fluxos e serviços. 
POPULAÇÃO DAS 10 REGIÕES METROPOLITANAS E REGIÕES INTEGRADAS DE DESENVOLVIMENTO MAIS 
POPULOSAS DO BRASIL - IBGE 
ORDEM REGIÕES METROPOLITANAS e RIDE POPULAÇÃO 2022 
1º RM de São Paulo 20.744.087 
2º RM do Rio de Janeiro 12.022.110 
3º RM de Belo Horizonte 5.733.075 
4º RIDE do Distrito Federal e Entorno 4.465.006 
5º RM de Porto Alegre 4.318.013 
6º RM de Fortaleza 3.903.924 
7º RM de Recife 3.726.442 
8º RM de Salvador 3.559.366 
9º RM de Curitiba 3.413.481 
10º RM de Campinas 3.178.864 
 
A megalópole brasileira 
Se as cidades de uma metrópole interagem entre si, é correto dizer que as metrópoles também têm graus 
de conexão externa, seja essa econômica, política ou cultural, formando áreas ainda maiores. Sendo assim, 
o conjunto de duas ou mais metrópoles interligadas física e funcionalmente é denominado megalópole. 
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Alguns estudiosos de geografia urbana defendem a existência de uma megalópole brasileira, devido aos 
intensos fluxos de mercadorias, capitais, serviços e pessoas em uma região que tem como principais áreas 
urbanas as regiões metropolitanas de São Paulo (SP) e Rio de Janeiro (RJ), além das regiões metropolitanas 
de Campinas (SP), Baixada Santista (SP), Vale do Paraíba e Litoral Norte (SP) e a aglomeração urbana de 
Jundiaí (SP). Outros estudiosos afirmam que há certo vazio urbano entre as duas grandes metrópoles, e, 
devido a isso, não há uma conurbação, nem mesmo infraestrutura de transporte e de comunicação suficiente 
para caracterizar a megalópole. 
A megalópole seria formada por 232 municípios dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, 
tendo como principais eixos de ligação a rodovia Presidente Dutra (BR-116) e as vias Bandeirantes e 
Anhanguera. Em termos de extensão geográfica, é uma área de 82.616 km², equivalentes a 0,97% do 
território brasileiro. Nessa parcela relativamente pequena do território brasileiro vivem em torno de 45 
milhões de pessoa. É também um território marcado por uma forte urbanização: 96% da população reside 
em áreas urbanas, enquanto no Brasil a taxa de urbanização é de 81%. Além disso, esse pequeno pedaço de 
terra é responsável por 35% do PIB nacional, haja vista que há um grande cinturão de indústrias, de 
universidades e de objetos de reprodução do capital. 
Megalópole Brasileira 
 
 
 
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REDE URBANA BRASILEIRA 
O conjunto de cidades de um determinado território forma uma rede urbana. Uma rede é um sistema 
constituído por arcos de transmissão e nós de bifurcação pelos quais circulam fluxos materiais ou imateriais. 
Na rede urbana, as cidades funcionam como nós de bifurcação. As cidades são centros de distribuição de 
bens e serviços. Elas mantêm, entre si, fluxos materiais, constituídos por mercadorias e pessoas, e fluxos 
imateriais, ou seja, intercâmbios de informação. Os primeiros circulam por infraestruturas como rodovias, 
ferrovias, hidrovias, aerovias e dutos. Os segundos, por sistemas de telecomunicações que possibilitam 
transferências de capital e intercâmbios políticos e culturais. 
A influência de cada cidade no conjunto da rede depende de sua capacidade de oferecer bens e 
serviços. As cidades que exercem influência sobre todo o território ocupam os postos mais altos na 
hierarquia urbana. Os postos mais baixos cabem aos pequenos centros urbanos, cuja influência resume-se 
aos arredores. 
Os centros urbanos de nível mais elevado influenciam os de níveis inferiores. As cidades também 
mantêm relações de interdependência, que se manifestam pelo intercâmbio de bens e serviços. Mantêm, 
ainda, relações de complementaridade, pois diversos centros urbanos se especializam na produção de 
determinados bens ou serviços para todo o mercado nacional e, em certos casos, para mercados externos. 
A imagem a seguir mostra duas tipologias de rede urbana. Na hierarquia clássica, os fluxos estabelecidos por 
uma vila eram quase que exclusivamente com a cidade local, que estava em um patamar superior da 
hierarquia. A cidade local com o centro regional, esse com a metrópole regional, a qual, por fim, estabelecia 
fluxos com a metrópole nacional, isso em um período no qual as comunicações e a infraestrutura de 
transportes não conheciam todo o desenvolvimento da atualidade. 
 
Na hierarquia urbana atual, continua havendo níveis de importância, de polarização e de comando. 
Entretanto, todos os níveis estabelecem fluxos entre si. É possível morar em uma vila e, por meio da internet, 
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comprar uma roupa sofisticada e cara de uma empresa sediada em uma metrópole nacional, que será 
entregue no endereço de origem da compra. Antes da internet, as opções eram bem mais limitadas. Para 
comprar algo que não tinha na vila, era necessário deslocar-se para uma cidade local, no nível superior da 
hierarquia urbana. E as opções para aquisição de algo seriam bem mais limitadas do que pode encontrar 
hoje na internet ou em um centro regional e níveis superiores da hierarquia urbana. O avanço tecnológico 
dos transportes e da infraestrutura facilitam os deslocamentos. 
O estudo Regiões de Influência das Cidades (REGIC), do IBGE, é uma publicação de referência sobre a 
rede urbana brasileira. A última atualização foi divulgada no ano de 2020, com base na realidade do ano de 
2018. 
Nesse estudo, a noção de cidade ou de centro urbano utilizada para análise dos dados foi operacionalizada 
por meio de duas unidades territoriais: os municípios e os arranjos populacionais. Os últimos são 
constituídos por agrupamentos de municípios muito integrados e por terem deslocamentos 
frequentes de populações para trabalho e estudo. 
Os dois componentesfundamentais para o estabelecimento da hierarquia e da região de influência das 
cidades são a atração exercida entre as cidades próximas e as ligações de longa distância realizadas pela 
atuação de instituições públicas e privadas presentes nos centros urbanos. 
As relações de longa distância entre os centros urbanos são geradas por relações de comando e gestão, como 
as relações entre sedes e filiais de empresas localizadas em cidades diferentes. 
A REGIC classifica as cidades em cinco grandes níveis: 
Metrópoles – são os 15 principais centros urbanos dos quais todas as cidades existentes no país recebem 
influência direta, seja de uma ou mais metrópoles simultaneamente. A região de influência dessas 
centralidades é ampla e cobre toda a extensão territorial do país, com áreas de sobreposição em 
determinados contatos. As metrópoles se subdividem em três níveis: 
a. Grande metrópole nacional – o arranjo populacional de São Paulo (SP) ocupa, isoladamente, a posição de 
maior hierarquia urbana do país; 
b. Metrópole nacional – os arranjos populacionais de Brasília (DF) e do Rio de Janeiro (RJ) ocupam a segunda 
colocação hierárquica, também com forte presença nacional; 
c. Metrópole – os arranjos populacionais de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Curitiba (PR), 
Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), Vitória (ES) e o 
município de Manaus (AM) são as 12 cidades identificadas como metrópoles. 
Campinas, Florianópolis e Vitória não constavam como metrópoles no estudo anterior da REGIC, de 2007. 
Foram elevadas a esse nível no estudo atual. Campinas é a única cidade que não é capital estadual a ser 
classificada como metrópole. 
Capital regional – são os centros urbanos com alta concentração de atividades de gestão, mas com alcance 
menor em termos de região de influência em comparação com as metrópoles. Integram esse nível 97 
cidades, subdivididas em capitais regionais A, B e C. 
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Centro sub-regional – neste terceiro nível hierárquico estão 352 cidades que têm atividades de gestão menos 
complexas, com áreas de influência de menor extensão que as das capitais regionais. São também cidades 
de menor porte populacional, com média nacional de 85 mil habitantes, maiores na região Sudeste (100 mil) 
e menores nas regiões Sul e Centro-Oeste (75 mil). Esse nível divide-se em dois grupos: centros sub-regionais 
A e B. 
Centro de zona – as cidades classificadas no quarto nível da hierarquia urbana caracterizam-se por menores 
níveis de atividades de gestão, polarizando um número inferior de cidades vizinhas em virtude da atração 
direta da população por comércio e serviços baseada nas relações de proximidade. São 398 cidades com 
média populacional de 30 mil habitantes. Subdividem-se em centros de zona A e B. 
Centro local – o último nível hierárquico define-se pelas cidades que exercem influência restrita aos seus 
próprios limites territoriais, podendo atrair alguma população moradora de outras cidades para temas 
específicos, mas não sendo destino principal de nenhuma outra cidade. São 4.037 centros urbanos que 
apresentam fraca centralidade em suas atividades empresariais e de gestão pública, geralmente tendo 
outros centros urbanos de maior hierarquia como referência para atividades cotidianas de compras e 
serviços de sua população, bem como acesso a atividades do poder público e dinâmica empresarial. A média 
populacional dos centros locais é de apenas 12,5 mil habitantes, com maiores médias na região Norte (quase 
20 mil habitantes) e menores na região Sul (7,5 mil pessoas em 2018). 
O mapa a seguir ilustra a rede urbana da REGIC 2018. 
 
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Fonte: REGIC – IBGE. 
A tabela a seguir traz dados da dimensão das redes de primeiro nível de grandeza, das metrópoles, relativos 
à extensão territorial, população e economia da rede urbana abrangida por cada metrópole. 
 
 
 
 
 
 
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Dimensão das redes de primeiro nível - 2018 
 
Fonte: REGIC – IBGE. 
Esse estudo do IBGE é uma referência e um subsídio para o planejamento de políticas públicas. Não é 
nenhuma classificação oficial da rede urbana brasileira. Aliás, não há classificação oficial, tampouco uma 
política pública coordenada voltada para o desenvolvimento, para a consolidação e para a desconcentração 
da rede brasileira. 
No Brasil, a rede de cidades reflete as profundas desigualdades de seu processo de industrialização. Esse 
processo, com forte concentração na região Sudeste, deu origem a uma hierarquia urbano-industrial 
extremamente desigual, com profunda desarticulação intra e inter-regional, configurando um território com 
grandes vazios demográficos e acentuadas polarizações de riqueza. 
Nas regiões Sul e Sudeste, emerge uma rede de cidades relativamente integrada, com peso crescente de 
cidades médias. Nas demais regiões, observa-se uma dinâmica populacional e econômica bastante 
concentrada nas capitais. Contudo, verificam-se, também, importantes diferenças inter e intrarregional 
nesses espaços mais periféricos. 
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No Nordeste, mais densamente povoado, evidencia-se uma concentração populacional nas capitais e em sua 
faixa litorânea, com uma população rural relativamente mais importante, sobretudo, em sua área semiárida. 
Bahia, Pernambuco e Ceará revelam maior interiorização de sua economia e população, com a presença de 
algumas cidades importantes. Nos demais estados, é muito maior a concentração nas capitais, com 
baixíssima atividade no interior. 
Nas regiões de expansão da fronteira agrícola e mineral, no Centro-Oeste e no Norte, verifica-se a 
emergência de alguns centros urbanos médios no interior acompanhando as áreas mais dinâmicas. Na região 
Amazônica, as enormes distâncias, a baixíssima ocupação e o isolamento imposto pelo bioma dão origem a 
uma rede de cidades muito específica, com alguns bolsões urbano-industriais, nos quais o principal elemento 
de organização do espaço é a oferta urbano-regional de serviços, especialmente de transporte. 
São Paulo também é considerada uma cidade global. O conceito de cidades globais está diretamente 
ligado à noção de poder. Essas cidades funcionam como centros de gestão de redes mundiais que 
desempenham funções políticas e econômicas de primeira grandeza. 
As cidades globais são centro de tomadas de decisões que afetam profundamente a vida das nações do 
mundo inteiro. Nessas cidades situam-se os principais mercados financeiros, as grandes instituições 
multilaterais e as sedes das mais poderosas empresas transnacionais. 
As atividades das cidades globais abrangem amplos setores de suporte aos negócios mundiais. Nelas se 
aglomeram escritórios de advocacia que cuidam de fusões e de aquisições, firmas de auditorias que 
fiscalizam os balanços das empresas transnacionais, agências de publicidade que elaboram campanhas de 
impacto internacional. Em torno dessas atividades circulam altos executivos e profissionais especializados 
oriundos de diferentes países. Para atendê-los, as economias urbanas desenvolvem serviços de classe 
mundial, nos campos aeroportuário, de telecomunicações, de hotelaria e de lazer. 
 
O crescimento das cidades médias 
Cidades médiassão aquelas que contam uma população correspondente a esse porte e desempenham, na 
rede urbana, claros papéis intermediários entre as cidades pequenas e as metrópoles. A população das 
cidades pequenas, polarizadas por uma cidade média, realiza parte do consumo de bens e serviços 
necessários à produção e à vida nessas cidades. 
São cidades que apresentam boas condições para abrigarem novas unidades de produção. Cumprem, assim, 
não somente o papel de atendimento ao mercado regional, mas desempenham importantes funções como 
elos de um sistema produtivo global. 
As cidades médias ganham importância qualitativa e quantitativa na rede urbana brasileira. Todavia, tal 
ganho não significaria o enfraquecimento das metrópoles, mas sim a consolidação da rede urbana brasileira, 
com o fortalecimento tanto das metrópoles quanto das cidades médias. 
As cidades médias, com o avanço das redes técnicas, passam, crescentemente, a integrar os circuitos mais 
avançados da economia. Com isso, a sua integração com as metrópoles se torna mais forte. São as conexões 
com redes produtivas superiores aliadas à oferta de bens e de serviços para a sua área de influência que 
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promovem a dinâmica das cidades médias. Esse processo ocorre, sobretudo, em detrimento das pequenas 
cidades e de maneira complementar às metrópoles. 
Em 1950, existiam no Brasil 35 cidades de porte médio, no intervalo de 100 mil a 500 mil habitantes. 
Cinquenta anos depois, em 2000, já eram 193; em 2010, 245; chegando a 278 cidades nessa faixa 
populacional em 2022. 
Atualmente, as cidades médias são os grandes polos de desconcentração populacional no Brasil. Elas têm 
recebido um número crescente de serviços e indústrias oriundas das grandes regiões metropolitanas, onde 
é notória a saturação da infraestrutura. 
Entre as vantagens competitivas que essas cidades oferecem às novas empresas destacam-se as isenções 
fiscais e a mão de obra mais barata. Além disso, têm vias de circulação mais transitáveis, que podem escoar 
a produção com maior eficiência. Também são particularmente atrativas para a classe média de centros 
urbanos caóticos, nos quais a perspectiva de progresso pessoal e de melhor qualidade de vida torna-se mais 
difícil, dado o elevado custo de vida. 
 
 
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PROBLEMAS URBANOS 
Nesta parte do nosso curso, vamos estudar os problemas das cidades brasileiras, que não são recentes e 
decorrem da urbanização acelerada pela qual o Brasil passou, pelas profundas desigualdades 
socioeconômicas do nosso país, pela insuficiência do planejamento urbano e pela carência de recursos. 
Moradia urbana 
O Brasil carece de mais de 6,3 milhões de moradias, o equivalente a cerca de 7% de todos os domicílios 
existentes no país. A maior parte do déficit - 5,6 milhões de moradias - está nas zonas urbanas e 30% nas 
regiões metropolitanas. 
O déficit habitacional é a falta de moradias dignas para a população. Existem diferentes métodos e critérios 
para estimar esse déficit. A Fundação João Pinheiro (FJP), cujos números foram adotados pelo extinto 
Ministério das Cidades, considera para o cálculo famílias que ocupam imóveis em pelo menos uma das 
seguintes condições: 
• Habitação precária: construções rústicas (com paredes sem alvenaria ou de madeira sem tratamento, 
que favorecem a proliferação de vetores de doenças, como a de Chagas) e as improvisadas (locais sem fins 
residenciais usados como moradia, como imóveis comerciais e os debaixo de pontes e viadutos); 
• Coabitação: imóveis e cômodos compartilhados por famílias diferentes; 
• Adensamento excessivo: número médio de moradores superior a três pessoas por dormitório em 
casas e apartamentos alugados; e 
• Ônus excessivo com aluguel urbano: comprometimento de mais de 30% da renda familiar com o 
aluguel, em famílias que ganham até três salários mínimos. 
Contraditoriamente, em paralelo à carência de moradias, o Brasil apresenta imóveis vagos em número 
suficiente para zerar o déficit habitacional. Segundo o IBGE, em 2022, havia 11,4 milhões de domicílios 
permanentemente vagos, ou seja, são imóveis ociosos que não estão sendo utilizados para a moradia de 
famílias. Parte expressiva desses imóveis está vaga em função da especulação imobiliária, que consiste na 
aquisição de imóveis, por pessoas ou empresas, sem nenhuma intenção de utilizá-los para fins produtivos 
ou habitacionais, mas para vendê-los ou alugá-los mais tarde por um preço mais alto. 
O ônus excessivo com aluguel é o principal fator a contribuir para o déficit habitacional – sozinho responde 
por 50% da carência de moradias. Sem condições de pagar o aluguel, muitas famílias são forçadas a deixar 
suas casas ou apartamentos e se mudar para bairros periféricos. 
A periferização também abre margem para o debate de direito à cidade, isto é, a possibilidade de todos os 
cidadãos de uma determinada área urbana terem acesso a bens e serviços de qualidade e ao espaço público. 
Quando isso não ocorre, a desigualdade social urbana se manifesta de diferentes formas. Uma das mais 
visíveis é a segregação socioespacial (espacial ou residencial), ou seja, a separação das áreas habitáveis de 
acordo com faixa de renda. Os que têm maior poder aquisitivo ocupam as regiões mais centrais e com maior 
disponibilidade de serviços públicos, enquanto os mais pobres são empurrados para os bairros periféricos, 
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muitas vezes em moradias precárias. As desigualdades, por sua vez, acarretam no aumento da violência. 
Sendo assim, é necessário planejar uma cidade onde não exista segregação e todos os grupos e classes sociais 
tenham acesso aos espaços públicos. 
A nossa urbanização também produziu um outro tipo de segmentação e separação conhecida como 
autossegregação urbana, em que pessoas de classes sociais de alto poder aquisitivo agrupam-se em 
condomínios fechados apartados da vida urbana e com uma utilização seletiva dos equipamentos urbanos. 
Normalmente distantes dos centros urbanos, esses condomínios são dotados de infraestrutura urbana, 
como escolas, mercados, farmácias etc. Por não ser imposta, mas uma escolha pessoal, utiliza-se o termo 
“auto” segregação. 
A expansão desenfreada das cidades muitas vezes ocorre em áreas de risco ou de proteção ambiental, 
como é o caso de áreas próximas ou às margens de mananciais e de encostas de morros, que geralmente 
são ocupadas por pessoas da classe mais pobre, devido a toda questão da segregação socioespacial e da 
especulação imobiliária. 
O deslizamento de encostas, isto é, o escorregamento de grandes massas de terra pela força da gravidade 
em áreas de maior declividade, é um fenômeno natural. Entretanto, quando as encostas são ocupadas, a 
vegetação é retirada, deixando o solo exposto, o que faz com que as águas das chuvas atinjam o solo com 
mais força, retirando e transportando a terra. Nessa situação, quando as chuvas são muito fortes, há grandes 
movimentos de massa, podendo ocasionar tragédias com perda de casas e, muitas vezes, de vidas. 
Pelo fato do Brasil ser um país tropical, com altos níveis de pluviosidade na maior parte de seu território, os 
deslizamentos são frequentes. No entanto, a ocupação de áreas irregulares muitas vezes se apresenta como 
a única opção viável para famílias que não têm alternativa de moradia. A remoção e a transferência para 
áreas mais estáveis devem ser incentivadas pelos governos, além da efetiva fiscalizaçãoquanto às condições 
geológicas das áreas ocupadas para o controle de seus riscos. 
A problemática habitacional das grandes cidades brasileiras levou à formação de “movimentos sociais” 
urbanos, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que reivindicam uma ampla reforma 
urbana, de forma a possibilitar o acesso mais igualitário à habitação de qualidade, principalmente para os 
que residem em áreas de risco ou em condição de rua. Pautada principalmente na invasão de imóveis, a 
atuação do MTST costuma ser bastante polêmica, o que faz com que se acirrem as discussões sobre os 
conflitantes direitos à propriedade privada e ao usufruto da cidade. 
Vale ressaltar, no entanto, que a “reforma urbana”, dependendo do modo que é realizada, acentua ainda 
mais as desigualdades socioespaciais. Quando uma determinada área, de baixo valor imobiliário, recebe 
equipamentos como estações de metrô, shoppings centers, ou unidades culturais, o seu valor aumenta, o 
que acaba expulsando as populações que nela residem, as quais, impossibilitadas de arcarem com custos 
(aluguéis, impostos etc.), vão para regiões mais baratas e/ou periféricas. Esse fenômeno é conhecido como 
gentrificação, ou seja, a expulsão da população local pelo aumento do valor dos imóveis. 
Mobilidade urbana 
O trânsito caótico, as muitas horas perdidas nos deslocamentos e os transportes coletivos lotados, 
principalmente nos horários de pico, fazem parte da rotina dos moradores das grandes cidades brasileiras. 
O movimento diário de pessoas que se deslocam de casa para o trabalho e vice-versa, ou da residência para 
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o local de estudo e vice-versa, de uma cidade para outra é chamado de movimento pendular, migração 
diária ou migração pendular. 
Essa situação gera sérios prejuízos ambientais, sociais e econômicos às cidades e a seus habitantes, pois 
provoca intensa poluição do ar e sonora, eleva o gasto com combustíveis e o custo do frete do transporte de 
carga, resultando no aumento do preço das mercadorias comercializadas. Além disso, provoca uma retração 
de investimentos na cadeia produtiva, em virtude do alto custo arcado pelas empresas com o transporte de 
mercadorias. 
O tempo perdido nos deslocamentos e nos congestionamentos aumenta o cansaço dos habitantes das áreas 
urbanas e pode ocasionar uma redução do tempo destinado à convivência familiar e social, ao estudo e ao 
lazer. Por isso, muitas pessoas procuram morar em bairros próximos a estações de trem ou metrô, ônibus e 
terminais de grandes vias de circulação para reduzir o tempo de deslocamento. Isso faz com que os terrenos 
e as construções existentes nessas áreas tenham uma valorização econômica expressiva. 
Diferentes medidas vêm sendo adotadas para solucionar o problema do trânsito nas grandes cidades. Entre 
elas está o sistema de rodízio de veículos, introduzido, por exemplo, na cidade de São Paulo. Nesse sistema, 
os carros são proibidos, sob pena de multa, de circular no centro expandido da cidade uma vez por semana 
nos horários de pico. Outra medida é a ampliação das vias de circulação. Essas ações, no entanto, surtem 
pouco efeito no trânsito das cidades, em virtude do crescimento constante da frota de veículos particulares. 
Para solucionar esse grave problema de mobilidade urbana de modo efetivo, é necessária a ampliação de 
investimentos no transporte coletivo. Aumentar a oferta desse tipo de transporte, sobretudo da malha 
metroviária, e investir na integração dos diferentes modais faz com que parte da população opte por esses 
meios de locomoção, em detrimento dos automóveis particulares. 
Saneamento básico 
Em seu sentido mais amplo, saneamento diz respeito às medidas adotadas sobre o meio ambiente, que 
têm como objetivo promover a saúde dos cidadãos, garantir a sua qualidade de vida e preservar os recursos 
naturais. 
O saneamento básico inclui o abastecimento de água, a coleta, o tratamento e o destino final dos esgotos 
domésticos, a coleta, o tratamento e o destino final adequado dos resíduos sólidos, a drenagem das águas 
da chuva e o controle de vetores. 
Os serviços de saneamento básico são ferramentas poderosas contra a disseminação de doenças por meio 
de águas contaminadas ou pelo contato direto com fezes e detritos, além de impedir a proliferação de 
animais transmissores de zoonoses. 
No Brasil, como na maioria dos países, o desenvolvimento das práticas e das estruturas de saneamento se 
confunde com crescimento das cidades. 
Infelizmente, as obras de saneamento não acompanharam o crescimento da população e das cidades ao 
longo das décadas. Segundo o Instituto Trata Brasil, durante as décadas de 1980 e 1990, não houve 
investimentos significativos nessas áreas, gerando um enorme déficit que ainda não foi recuperado. 
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Os prejuízos para o saneamento datados dessa época se refletem nos dias atuais, em que poucas cidades 
brasileiras têm excelentes índices na prestação desses serviços básicos. A falta ou a ineficiência de medidas 
de saneamento sobrecarrega o sistema de saúde com casos que poderiam ser evitados e que custariam 
menos se a prevenção fosse a política adotada. 
Os serviços de água tratada, de coleta e de tratamento dos esgotos levam à melhoria da qualidade de vida 
das pessoas, sobretudo, na saúde infantil, com a redução da mortalidade, melhorias na educação, na 
expansão do turismo, na valorização dos imóveis, na renda do trabalhador, na despoluição dos rios, na 
preservação dos recursos hídricos etc. 
Conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS/2018), mais de 16% da 
população não têm acesso à água tratada, 47% da população do Brasil continua sem acesso a sistemas de 
esgotamento sanitário e apenas 46% dos esgotos gerados nos país são tratados. As disparidades entre as 
regiões também chamam atenção, com os piores índices no Norte e Nordeste. 
A maior parte do esgoto não tratado é lançado in natura nos corpos d’água, poluindo os mananciais e 
tornando ainda mais caro o tratamento da água dos rios para o consumo humano. Como consequência, as 
companhias de abastecimento têm que buscar água cada vez mais longe dos centros urbanos, o que 
encarece o serviço. 
Apesar disso, as coberturas de água e de esgoto têm melhorado no Brasil nos últimos anos, ainda que em 
ritmo muito lento. 
Um estudo do BNDES estima que 65% das internações em hospitais de crianças com menos de 10 anos sejam 
provocadas por males oriundos da deficiência ou da inexistência de esgoto e água limpa, o que impacta 
também o desempenho escolar, pois crianças que vivem em áreas sem saneamento básico apresentam 18% 
a menos no rendimento escolar. 
É válido salientar que os índices de cobertura nacional dos serviços de saneamento básico são muito 
importantes na determinação do nível de desenvolvimento de um país, pois refletem a qualidade de vida e 
de saúde de seus habitantes. 
Já a falta de coleta de lixo provoca não apenas a contaminação das águas, mas também do solo, além de 
causar a proliferação de insetos e ratos e a transmissão da leptospirose pela urina do rato. No Brasil, há 
coleta de lixo, com alguma regularidade, em 90% dos municípios. Dados da Abrelpe (Associação Brasileira de 
Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) revelam que 40,5% dos resíduos coletados em 2019 
foram despejados em lixões ou aterros controlados. Nesse tipo de aterro, há alguns procedimentos 
mínimos de cuidado, como o controle dos volumes e a deposição regular de cal ou terra para evitar a 
proliferação de insetos e diminuir o mau cheiro. 
Em 2010, o Governo Federal instituiu a Política Nacional deResíduos Sólidos (PNRS). Entre outras medidas, 
a lei estabeleceu que o ano de 2014 seria o prazo final para as prefeituras erradicarem os lixões e passarem 
a depositar o lixo em aterros sanitários, considerados o destino mais adequado para o lixo urbano. No 
entanto, a legislação foi alterada e o prazo final passou para o período entre o final de 2020 a 2 de agosto de 
2024, conforme o porte populacional do município e outros critérios específicos. 
Os aterros sanitários são áreas nas quais os resíduos são compactados e cobertos por terra. Terrenos assim 
têm sistemas de drenagem que captam líquidos e gases resultantes da decomposição dos resíduos orgânicos. 
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Dessa forma, o solo e o lençol freático ficam protegidos da contaminação do chorume, e o metano é coletado 
para armazenamento, podendo ser utilizado para gerar energia em termelétricas. 
O principal fator que impede a criação de aterros sanitários é o seu alto custo. O compartilhamento de 
aterros sanitários entre municípios de uma mesma região é uma estratégia defendida por alguns 
pesquisadores. 
Violência urbana 
Até a metade da década de 1960, o Brasil era um país majoritariamente rural. A partir dessa data, passou 
por um processo de urbanização acelerada, que teve como causas um rápido processo de industrialização e 
o êxodo rural. 
A mecanização do campo liberou grandes contingentes de trabalhadores das suas atividades rurais. Esse 
fator, somado à histórica concentração de terras, às péssimas condições de vida no meio rural e à maior 
oferta de emprego nas cidades, levou milhões de trabalhadores a se deslocarem do campo para a cidade em 
um período de poucas décadas. 
As cidades não tiveram tempo nem condições de se adaptarem, ocasionando o surgimento de grandes 
problemas urbanos. Os migrantes do campo foram residir na periferia da periferia das cidades. Nesses 
lugares faltava quase tudo, infraestrutura, saneamento, áreas verdes e de lazer, saúde, educação, transporte 
de qualidade e moradia. Soma-se a isso tudo a carência de emprego, o que gera um ambiente propício para 
a explosão da violência e da criminalidade. E foi o que aconteceu. 
O Brasil é o país com o maior número de homicídios do mundo. A violência urbana tem como causas: 
- Ausência ou omissão do Estado (poder público), principalmente nas periferias: lembre-se sempre de que 
educação, saúde, trabalho, moradia, lazer e segurança são direitos sociais garantidos constitucionalmente 
aos cidadãos. Cabe ao Poder Público provê-los à coletividade; 
- Exclusão social, desigualdade social ou má distribuição de renda: observa-se que a pobreza é a principal 
causa da criminalidade, mas não a única. A relação não é direta, como causa e efeito, pois não se pode dizer 
que os ladrões surgem todos da pobreza. Aliás, sabemos disso muito bem no Brasil, considerando o grande 
número de larápios provenientes das classes mais abastadas; 
- Ação dos traficantes de drogas ilícitas: o narcotráfico contribui significativamente para o aumento da 
violência e da sensação de insegurança nas cidades brasileiras. 
 
 
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RESUMO 
Processo de urbanização brasileiro 
Urbanização é o processo de transformação de uma determinada localidade de rural para urbano. Uma 
sociedade é considerada urbana quando a população das cidades supera a população rural. 
A urbanização é um dos traços fundamentais da sociedade moderna. É um fenômeno recente, iniciado 
com a Revolução Industrial, há pouco mais de 200 anos 
No Brasil, a urbanização é um processo recente. Em 1950, quase dois terços dos brasileiros habitavam 
o meio rural, mas, 20 anos depois, a população urbana já era maioria. Foi em 1965 que a população 
urbana superou a população rural no Brasil. Em 2010, 84% habitavam o meio urbano. 
A urbanização brasileira ocorreu de forma acelerada e correspondeu ao período de intensa 
industrialização, ocorrido após a Segunda Guerra Mundial, com a formação de um mercado interno 
integrado, principalmente na região Sudeste. O processo de urbanização brasileira apoiou-se, 
essencialmente, no êxodo rural, associado a dois condicionantes que se interligam: a repulsão da força 
de trabalho do campo e a atração dessa força de trabalho para as cidades. 
Foi uma urbanização concentradora, a população que migrou do campo, concentrou-se em um número 
pequeno de cidades, como as capitais e as suas regiões metropolitanas, como São Paulo e Rio de 
Janeiro. Também não foi objeto de planejamento por parte do poder público. As cidades cresceram de 
forma rápida e desigual, ocasionando a formação de bolsões de miséria e pobreza, com moradias 
precárias e carência de serviços públicos, tais como saneamento, energia, saúde e transporte coletivo. 
Tendências e características atuais da urbanização brasileira: 
No processo de urbanização, um número reduzido de cidades que apresentavam vantagens prévias 
tornou-se alvo dos investimentos. Essas aglomerações evoluíram como polos de atração demográfica 
e de grandes mercados consumidores. A concentração espacial determinou a aglomeração espacial: o 
resultado foi a metropolização, ou seja, a formação das metrópoles. 
A partir da década de 1990, intensificou-se o fenômeno conhecido como desmetropolização, que é a 
diminuição do ritmo de crescimento das metrópoles em benefício das cidades menores, sobretudo as 
cidades médias, fenômeno que ocorre devido a desconcentração industrial e da formação de novos 
polos dinâmicos da economia brasileira. 
Há também um crescimento da periferia metropolitana. A população das cidades que compõe as 
regiões metropolitanas está crescendo mais que a das metrópoles. Nessa periferia estão muitas das 
cidades médias de grande crescimento no Brasil. 
Entre 2010 e 2022, as cidades médias foram as que mais cresceram populacionalmente, as metrópoles 
cresceram mais lentamente e acentuou-se a perda de população em parte das pequenas cidades. 
Uma das principais características urbanas do Brasil atualmente é o crescimento das cidades médias 
— municípios que possuem entre 100 mil e 500 mil habitantes. Os dados do Censo de 2022 mostraram 
que, dos mais de 12 milhões de habitantes que o Brasil ganhou entre 2010 e 2022, 8,3 milhões (67,5%) 
foram nessas cidades. 
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Essa tendência de reversão no crescimento das grandes metrópoles ocorre, dentro outros fatores, 
devido ao fato de as indústrias e empresas do setor de serviços buscarem localizações geográficas 
alternativas às saturadas metrópoles, provocando redução nos índices de crescimento das grandes 
cidades e aumento dos índices de crescimento das cidades médias, e é denominada de 
desmetropolização. 
A dinâmica metropolitana no Brasil 
A conurbação se caracteriza pela ligação física das malhas urbanas de duas ou mais cidades e com o 
estabelecimento de uma inter-relação funcional por meio de fluxos de pessoas, de mercadorias, de 
informações e de serviços. 
A conurbação de duas ou mais cidades pode formar uma área metropolitana, com uma cidade central 
que recebe o nome de metrópole. A influência da metrópole se estende de forma acentuada às cidades 
vizinhas, funcionando como polo de prestação de serviços sofisticados. Dessa forma, as metrópoles 
influenciam no crescimento urbano de cidades vizinhas ou próximas à metrópole. 
Para a gestão desses grandes e complexos espaços urbanos são criadas pelos Estados as regiões 
metropolitanas. 
Além dasregiões metropolitanas, existem também as Regiões Integradas de Desenvolvimento (RIDEs) 
constituídas por aglomerações urbanas que perpassam o território de dois ou mais estados. Por serem 
constituídas por municípios pertencentes a estados distintos, são criadas por lei complementar federal 
e administradas pelo Governo Federal. Atualmente há três RIDEs no Brasil: Distrito Federal e Entorno, 
Petrolina-Juazeiro e Grande Teresina. 
O conjunto de duas ou mais metrópoles interligadas física e funcionalmente é denominado megalópole. 
No Brasil há uma megalópole em formação, interligando as metrópoles de São Paulo e Rio de Janeiro, 
ao longo das rodovias Presidente Dutra (BR-116), Bandeirantes e Anhanguera. 
Rede Urbana Brasileira 
O conjunto de cidades de um determinado território forma uma rede urbana. A influência de cada 
cidade no conjunto da rede depende de sua capacidade de oferecer bens e serviços. As cidades também 
mantêm relações de interdependência, que se manifestam pelo intercâmbio de bens e serviços e de 
complementaridade, pois diversos centros urbanos se especializam na produção de determinados bens 
ou serviços para todo o mercado nacional e, em certos casos, para mercados externos. 
O estudo Regiões de Influência das Cidades (REGIC), do IBGE classifica a rede urbana brasileira em 
cinco grandes níveis: 
Metrópoles – são os 15 principais centros urbanos dos quais todas as cidades existentes no país 
recebem influência direta, seja de uma ou mais metrópoles simultaneamente. A região de influência 
dessas centralidades é ampla e cobre toda a extensão territorial do país, com áreas de sobreposição em 
determinados contatos. As metrópoles se subdividem em três níveis: 
a. Grande metrópole nacional: o arranjo populacional de São Paulo (SP) ocupa, isoladamente, a 
posição de maior hierarquia urbana do país; 
b. Metrópole nacional – os arranjos populacionais de Brasília (DF) e do Rio de Janeiro (RJ) ocupam a 
segunda colocação hierárquica, também com forte presença nacional; 
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c. Metrópole – os arranjos populacionais de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campinas (SP), Curitiba 
(PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), Goiânia (GO), Porto Alegre (RS), Recife (PE), Salvador (BA), Vitória 
(ES) e o município de Manaus (AM) são as 12 cidades identificadas como metrópoles. 
Campinas, Florianópolis e Vitória não constavam como metrópoles no estudo anterior da REGIC, de 
2007. Foram elevadas a esse nível no estudo atual. Campinas é a única cidade que não é capital estadual 
a ser classificada como metrópole. 
Capital regional – 97 centros urbanos com alta concentração de atividades de gestão, mas com alcance 
menor em termos de região de influência em comparação com as metrópoles. Subdividem-se em 
capitais regionais A, B e C. 
Centro sub-regional – 352 cidades que têm atividades de gestão menos complexas, com áreas de 
influência de menor extensão que as das capitais regionais. Subdivide-se em centros sub-regionais A e 
B. Média populacional de 85 mil habitantes. 
Centro de zona – cidades com menor nível de atividades de gestão, polarizando um número inferior de 
cidades vizinhas em virtude da atração direta da população por comércio e serviços baseada nas 
relações de proximidade. São 398 cidades com média populacional de 30 mil habitantes. Subdividem-
se em centros de zona A e B. 
Centro local – 4.037 cidades que exercem influência restrita aos seus próprios limites territoriais, com 
média populacional de 12,5 mil habitantes. 
São Paulo também é considerada uma cidade global, conceito que está diretamente ligado à noção de 
poder. As cidades globais funcionam como centros de gestão de redes mundiais que desempenham 
funções políticas e econômicas de primeira grandeza. 
Problemas Urbanos 
Os problemas das cidades brasileiras não são recentes e decorrem da urbanização acelerada pela qual 
o Brasil passou, pelas profundas desigualdades socioeconômicas do nosso país, pela insuficiência do 
planejamento urbano e pela carência de recursos. 
❑ Moradia urbana: O déficit habitacional é a falta de moradias dignas para a população. O Brasil 
carece de mais de 6,3 milhões de moradias, o equivalente a cerca de 7% de todos os domicílios 
existentes no país. Para calcular o seu quantitativo consideram-se a habitação precária, coabitação, 
adensamento excessivo e ônus excessivo com aluguel urbano. 
Segundo o IBGE, em 2022, havia 11,4 milhões de domicílios ociosos que não estão sendo utilizados para 
a moradia de famílias. Parte expressiva desses imóveis está vaga em função da especulação imobiliária, 
que consiste na aquisição de imóveis, por pessoas ou empresas, sem nenhuma intenção de utilizá-los 
para fins produtivos ou habitacionais, mas para vendê-los ou alugá-los mais tarde por um preço mais 
alto. 
O direito à cidade consiste na possibilidade de todos os cidadãos de uma determinada área urbana 
terem acesso a bens e serviços de qualidade e ao espaço público. 
A segregação socioespacial (espacial ou residencial) é caracterizada pela separação das áreas habitáveis 
de acordo com faixa de renda. Os que têm maior poder aquisitivo ocupam as regiões mais centrais e 
com maior disponibilidade de serviços públicos, enquanto os mais pobres são empurrados para os 
bairros periféricos, muitas vezes em moradias precárias. 
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Na autossegregação urbana pessoas de classes sociais de alto poder aquisitivo agrupam-se em 
condomínios fechados apartados da vida urbana e com uma utilização seletiva dos equipamentos 
urbanos. Por não ser imposta, mas uma escolha pessoal, utiliza-se o termo “auto” segregação. 
A expansão desenfreada das cidades muitas vezes ocorre em áreas de risco ou de proteção ambiental, 
como é o caso de áreas próximas ou às margens de mananciais e de encostas de morros, que 
geralmente são ocupadas por pessoas da classe mais pobre, devido a toda questão da segregação 
socioespacial e da especulação imobiliária. 
A problemática habitacional das grandes cidades brasileiras levou à formação de “movimentos sociais” 
urbanos, como o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que reivindicam uma ampla reforma 
urbana, de forma a possibilitar o acesso mais igualitário à habitação de qualidade, principalmente para 
os que residem em áreas de risco ou em condição de rua. 
A gentrificação é um fenômeno urbano caracterizado pela valorização e pela renovação de áreas 
antigas das cidades, acompanhado pelo deslocamento da população de baixa renda e a chegada de 
moradores de maior poder aquisitivo. Esse processo está associado a melhorias físicas, econômicas e 
culturais nas áreas afetadas. 
❑ Mobilidade urbana: As deficiências do transporte coletivo, o trânsito caótico, os 
congestionamentos, a poluição do ar e sonora causada pelos veículos automotores fazem parte da 
rotina dos moradores das grandes cidades brasileiras. 
Para solucionar esse grave problema de mobilidade urbana de modo efetivo, é necessária a ampliação 
de investimentos no transporte coletivo. Aumentar a oferta desse tipo de transporte, sobretudo da 
malha metroviária, e investir na integração dos diferentes modais faz com que parte da população opte 
por esses meios de locomoção, em detrimento dos automóveis particulares. 
Movimento pendular (migração diária ou pendular) é o movimento diário de pessoas que se deslocam 
de casa para o trabalho e vice-versa, ou da residência para o local de estudo e vice-versa, de uma cidade 
para outra. 
❑ Saneamento básico: Em seu sentido mais amplo, saneamento diz respeito às medidas adotadas 
sobre o meio ambiente, que têm como objetivo promovera saúde dos cidadãos, garantir a sua 
qualidade de vida e preservar os recursos naturais. O saneamento básico inclui o abastecimento de 
água, a coleta, o tratamento e o destino final dos esgotos domésticos, a coleta, o tratamento e o destino 
final adequado dos resíduos sólidos, a drenagem das águas da chuva e o controle de vetores. 
Conforme dados do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (SNIS/2018), mais de 16% 
da população não têm acesso à água tratada, 47% da população do Brasil continua sem acesso a 
sistemas de esgotamento sanitário e apenas 46% dos esgotos gerados nos país são tratados. Quase 
metade dos resíduos, porém, ainda é depositado em lixões, ou nos chamados aterros controlados. As 
disparidades entre as regiões também chamam atenção, com os piores índices no Norte e Nordeste. 
Apesar disso, as coberturas de água, de esgoto e de resíduos sólidos têm melhorado no Brasil nos 
últimos anos, ainda que em ritmo muito lento. 
❑ Violência urbana: O Brasil é o país com o maior número de homicídios do mundo. A violência 
urbana tem como causas a ausência ou omissão do Estado (poder público), principalmente nas 
periferias; a exclusão social, desigualdade social ou má distribuição de renda e a ação dos traficantes 
de drogas ilícitas. 
 
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QUESTÕES COMENTADAS - DESENVOLVIMENTO URBANO 
BRASILEIRO – CESGRANRIO 
1. (CESGRANRIO/IBGE/2016) No gráfico a seguir, é apresentada a evolução das populações urbana e 
rural no Brasil. 
 
A partir da década de 1970, verifica-se a ultrapassagem do contingente de população urbana em relação à 
rural, que decorre do seguinte fator estrutural: 
(A) Expansão da agroecologia 
(B) Redução do analfabetismo 
(C) Regressão do rodoviarismo 
(D) Avanço da industrialização 
(E) Realização de megaeventos 
COMENTÁRIOS: 
Na década de 1970, o Brasil passou a ser um país predominantemente urbano. Nessa década, a população 
urbana ultrapassou a população rural. Isso ocorreu sobretudo devido ao êxodo rural, isto é, a migração do 
campo para as cidades, e ao crescimento vegetativo natural nas grandes cidades. 
O êxodo rural está associado a dois condicionantes que se interligam: a repulsão da força de trabalho do 
campo e a atração dessa força de trabalho para as cidades. 
Dentre as alternativas apresentadas, a que apresenta corretamente um fator que efetivamente contribuiu 
no crescimento da população urbana de forma mais acelerada em relação à população rural foi o avanço da 
industrialização. 
O crescimento da produção industrial nos grandes centros urbanos representou uma força de atração para 
as cidades, pois necessitavam de trabalhadores para as fábricas. Ao mesmo tempo, a mecanização do campo 
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foi uma força de repulsão do campo, ao substituir o trabalho braçal pelo trabalho da máquina. Esses dois 
fatores foram as principais causas do movimento de êxodo rural no Brasil, que influenciou decisivamente no 
seu rápido processo de urbanização. 
Gabarito: D 
2. (CESGRANRIO/IBGE/2016) Se você vive em uma cidade, é provável que o ar que respira não esteja 
dentro dos padrões considerados saudáveis. Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde 
aponta que 80% da população urbana mundial estão expostos a poluentes em quantidade superior aos 
limites recomendados. No Brasil, das 45 cidades estudadas, 40 têm poluentes no ar em níveis maiores que 
os recomendados. A cidade brasileira com maiores níveis de poluição atmosférica é Santa Gertrudes, a 
cerca de 170 quilômetros da capital paulista. Segundo a prefeitura de Santa Gertrudes, a principal fonte 
de poluição no município vem da indústria de cerâmica, precisamente no transporte de material. 
MATSUURA, S.; BAIMA, C. Poluição fatal. O Globo. Sociedade, 13 maio 2016. Adaptado. 
Esse problema ambiental provoca um dano direto à vida cotidiana dos cidadãos, que é a(o) 
(A) ampliação da violência intraurbana 
(B) diminuição dos incentivos fiscais municipais 
(C) implantação do setor informal da economia 
(D) incremento de doenças cardiovasculares 
(E) decréscimo do número de leitos hospitalares 
COMENTÁRIOS: 
O texto da questão está falando sobre poluição atmosférica (do ar) nos centros urbanos. Esse é um dos 
principais problemas ambientais nas cidades, e representa grandes riscos à saúde humana. Automóveis e 
fábricas são os principais responsáveis pela poluição atmosférica nas cidades. Soma-se a isso a ausência ou 
baixa quantidade de árvores e vegetação, que atuam como “filtros” para purificar o ar. 
A poluição atmosférica é responsável por muitos problemas respiratórios e cardiovasculares. 
Não há nenhuma relação da poluição do ar com as demais alternativas da questão. 
Gabarito: D 
3. (CESGRANRIO/IBGE/2016) No Censo do IBGE de 2010, o país possuía uma população de 
aproximadamente 191 milhões de habitantes. Desses, cerca de 161 milhões viviam nas zonas urbanas, 
enquanto apenas 29 milhões viviam na zona rural. Mas nem sempre foi assim. Até a década de 1960, a 
maioria da população morava no campo e a quantidade de cidades era bem menor do que a atual. [...] Na 
década de 1970, o número de habitantes morando nas cidades foi, pela primeira vez, maior do que a 
população que vivia na zona rural. Esse crescimento do meio urbano proporcionalmente maior do que o 
do meio rural recebe o nome de Urbanização [...] 
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A partir de 1990, especialmente, há novas tendências no processo de urbanização brasileiro. Uma dessas 
tendências é a(o) 
(A) redução do custo de vida nas metrópoles 
(B) retração das áreas de ocupação irregular 
(C) alteração do ritmo de crescimento das grandes cidades 
(D) aumento na velocidade das migrações inter-regionais 
(E) colapso das políticas de planejamento urbano a favor das classes média e alta 
COMENTÁRIOS: 
A partir da década de 1990, uma nova tendência verificada no processo de urbanização brasileiro é a 
alteração no ritmo de crescimento das grandes cidades. Após algumas décadas de acelerada expansão, o 
crescimento nas grandes cidades se tornou mais lento do que era verificado no passado. 
Isso não significa que as grandes cidades pararam de crescer, ou que seu crescimento está negativo, mas que 
as taxas de crescimento estão menores. 
Ao mesmo tempo, as cidades médias (cidades que possuem entre 100 mil a 500 mil habitantes) passaram a 
se expandir no país, o que tem relação com a alteração no ritmo de crescimento das cidades grandes. 
Gabarito: C 
4. (CESGRANRIO/IBGE/2016) 
 
Disponível em: <http://i216.photobucket.com/albums/cc225/faelsim/RMNordeste.jpg>. Acesso em: 30 maio 2016. 
Na Figura, as áreas urbanas destacadas nos estados do Nordeste correspondem, exclusivamente, a 
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A) regiões administrativas 
B) centros regionais 
C) regiões metropolitanas 
D) capitais estaduais 
E) regiões de integração 
COMENTÁRIOS: 
As áreas destacadas no mapa correspondem as regiões metropolitanas da região Nordeste. Fica fácil de 
distinguir quando vemos que das 10 áreas destacadas, oito estão em capitais estaduais. As capitais 
brasileiras, em sua grande maioria, formaram, ao longo do tempo, grandes centros urbanos, que, devido ao 
seu crescimento, acabaram consolidando regiões metropolitanas. Exceçãofeita ao estado do Piauí, que não 
possui região metropolitana, mas possui a Região Integrada de Desenvolvimento da Grande Teresina, e, por 
isso, não consta na figura. Seu objetivo é semelhante ao de uma região metropolitana, mas abrange 
municípios de estados diferentes. 
Além disso, no mapa há duas regiões metropolitanas que não se situam em capitais: a Região Metropolitana 
do Sudoeste Maranhense e a Região Metropolitana do Cariri. 
Gabarito: C 
5. (CESGRANRIO/IBGE/2014) As capitais estaduais brasileiras podem ser analisadas de acordo com o 
seu crescimento populacional, desde o primeiro censo brasileiro em 1872 até o censo de 2000. Entre as 
capitais mais antigas, opõem-se aquelas que tinham certo avanço à época do primeiro recenseamento e 
que, gradualmente, o perderam, como Salvador, e aquelas que conheceram um crescimento mais rápido. 
Finalmente, outras capitais conheceram um crescimento regular, ou seja, as capitais regionais que crescem 
com a região sobre a qual exercem atração, como Manaus. 
THÉRY, H. e MELLO, N. Atlas do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2008, p. 174. Adaptado. 
Com base no texto, qual a capital regional que conheceu, nesse período, um crescimento regular? 
a) Rio de Janeiro 
b) Recife 
c) Porto Alegre 
d) Fortaleza 
e) São Paulo 
COMENTÁRIOS: 
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Pessoal, cuidado para não fazerem confusão. Nesta questão, o examinador não está utilizando como 
referência a classificação das cidades da REGIC do IBGE. Observem que, no início do fragmento textual, está 
escrito “capitais estaduais brasileiras”. Depois, na pergunta, o examinador vai escrever “capitais regionais”. 
Ele chamou as capitais estaduais brasileiras de capitais regionais. Segundo o Atlas do Brasil, no período de 
1872 a 2010, Manaus, Belém e Porto Alegre conheceram um crescimento regular, ou seja, são capitais 
estaduais que cresceram com a região sobre a qual exercem atração. 
Gabarito: C 
6. (CESGRANRIO/IBGE/2014) Com o avanço da urbanização do território brasileiro, nas áreas 
metropolitanas, surgiu um processo demográfico caracterizado pela migração diária de população 
trabalhadora entre municípios próximos, dependente, em grande medida, dos transportes coletivos e de 
massa. 
Esse movimento de população é denominado 
a) imigração 
b) migração de retorno 
c) transmigração 
d) migração pendular 
e) transumância 
COMENTÁRIOS: 
Migração pendular é um movimento populacional regular em que as pessoas viajam da cidade em que 
residem para outra cidade onde trabalham ou estudam em tempo integral. A rigor, não se trata de uma 
migração, já que o tempo de permanência não é longo e os movimentos definidos como migração são 
entendidos como movimentos definitivos ou de longa duração. 
Gabarito: D 
7. (CESGRANRIO/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO RN/2011) A metropolização corresponde ao processo de 
formação de metrópoles, que é acompanhado do crescimento acelerado de certas cidades, como reflexo 
da modernização e da concentração econômica em alguns pontos do território. Há, contudo, uma 
tendência atual de reversão no crescimento das grandes metrópoles porque indústrias e empresas do 
setor de serviços passam a escolher localizações geográficas alternativas às saturadas metrópoles, 
provocando redução nos índices de crescimento das grandes cidades e aumento dos índices de 
crescimento das cidades médias. 
Qual o nome desse fenômeno? 
(A) Megalópole 
(B) Desmetropolização 
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(C) Metrópole expandida 
(D) Macrocefalia urbana 
(E) Região metropolitana 
COMENTÁRIOS: 
A desmetropolização é um fenômeno recente que consiste na “fuga” de pessoas e empresas dos grandes 
centros inchados e saturados para cidades de pequeno e médio porte. 
Gabarito: B 
 
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QUESTÕES COMENTADAS – DESENVOLVIMENTO URBANO 
BRASILEIRO – CEBRASPE 
1. (CEBRASPE/IBGE/2021) Quando pessoas de classes sociais de alto poder aquisitivo agrupam-se em 
condomínios fechados, normalmente distantes dos centros urbanos, nota-se que assim se configuram os 
enclaves urbanos, ou seja, quando dentro ou no entorno de seu território de atuação há a consolidação 
de territorialidades que se colocam à parte da vida urbana ao mesmo tempo em que utilizam serviços e 
equipamentos urbanos, de modo seletivo no tempo e no espaço, temos um usufruto sem o compromisso 
com a vida citadina. 
Internet: <e-revista.unioeste.br> (com adaptações). 
Ao afirmar que o agrupamento urbano e seu usufruto ocorrem sem o compromisso com a devida vivência 
cotidiana, o texto remete ao conceito de 
A) autossegregação urbana. 
B) equidade social citadina. 
C) disparidade urbano-rural. 
D) hierarquia urbana. 
E) sítios urbanos. 
COMENTÁRIOS: 
O enunciado se refere ao conceito de autossegregação urbana, quando pessoas de alto poder aquisitivo vão 
residir em condomínios fechados, dotados de infraestrutura urbana, como escolas, mercados, farmácias etc. 
Constituem-se, assim, como um pequeno núcleo urbano dentro de uma área urbana. Por não ser imposta, 
mas uma escolha pessoal, utiliza-se o termo “auto” segregação. 
Já a segregação urbana, ou segregação espacial, é entendido como um movimento que não ocorre de forma 
voluntária, mas por necessidade. Refere-se à periferização ou marginalização de determinadas pessoas ou 
grupos sociais de menor poder aquisitivo no espaço das cidades. No Brasil, o exemplo de segregação urbana 
mais comum são as favelas. 
Equidade social citadina não é um conceito que se encontra nas bibliografias de geografia, mas pode ser 
entendido como a justiça e o tratamento isonômico entre habitantes de uma cidade. 
Disparidade urbano-rural se refere às disparidades, às desigualdades, entre as áreas urbanas e as áreas 
rurais. 
Hierarquia urbana é a organização das cidades pelos seus níveis de influência no território. No Brasil, São 
Paulo ocupa isoladamente o topo da hierarquia urbana. 
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Sítio urbano é o local de origem de uma cidade, geralmente associado à localização topográfica da 
construção da cidade. 
Gabarito: A 
2. (CEBRASPE/IBGE/2021) 
 
Camelódromo de Uruguaiana no Rio de Janeiro. Internet: <vejario.abril.com.br>. 
No Brasil, as atividades que mais concentraram pessoas em ocupações sem carteira assinada, no ano de 
2020, foram serviços domésticos (72,5%), agropecuária (67,2%) e construção (64,5%). Segundo o IBGE, desde 
2014, em decorrência do desaquecimento do mercado de trabalho, houve ampliação relativa das ocupações 
sem carteira assinada, com destaque para transporte, armazenagem e correio, alojamento e alimentação e 
construção. 
Internet: <agenciabrasil.ebc.com.br> (com adaptações). 
A figura e o texto apresentados remetem 
A) ao papel do Estado e das classes sociais no trabalho formal. 
B) à situação da população diante da informalidade na economia brasileira. 
C) ao poder de consumo da população mais abastada de capital. 
D) às modernizações capitalistas urbano-industriais e informacionais. 
E) ao modelo de flexibilização das relações de trabalho e da mão de obra. 
COMENTÁRIOS: 
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A figura mostra o Camelódromo de Uruguaiana, no Rio de Janeiro. Os camelódromos são locais onde se 
concentram vendedores ambulantes. Fazem parte da chamada economia informal. A economia informal 
envolve as atividades que estão à margem da formalidade, sem firma registrada, sem emitir notas fiscais, 
sem empregados registrados e sem contribuir com impostos ao governo. Nos camelódromos, parte 
expressiva dos ambulantes pode ser de trabalhadores informais. 
O texto fala sobre as ocupações que mais concentram pessoas em ocupações sem carteira assinada, e, 
também, que no período recente houve ampliação relativa das ocupações sem carteira assinada. 
Assim, a imagem e o texto trazem um panorama da informalidade na economia brasileira. Não é uma crítica 
propriamente, pois não há nenhum juízo de valor, mas uma descrição dessa situação. Portanto, a figura e o 
texto apresentados remetem à situação da população diante da informalidade na economia brasileira. 
Gabarito: B 
(CEBRASPE/PRF/2021 - POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Com relação à estrutura urbana brasileira e às 
grandes metrópoles, julgue os itens subsecutivos. 
3. Os arranjos populacionais de Campinas e Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, e de Uberlândia, 
em Minas Gerais, configuram-se como metrópoles em ascensão na rede urbana brasileira e encontram-se 
no primeiro nível da hierarquia urbana. 
COMENTÁRIOS: 
O estudo Regiões de Influência das Cidades (REGIC), do IBGE, classifica as cidades em cinco grandes níveis: 
metrópoles (primeiro nível de grandeza), capitais regionais, centros sub-regionais, centros de zona e centros 
locais. 
Campinas é uma metrópole, portanto, encontra-se no primeiro nível da hierarquia urbana. 
Não existe o nível metrópoles em ascensão. Na REGIC, Uberlândia é uma capital regional B e Ribeirão Preto 
uma capital regional A. 
Gabarito: Errado 
4. As metrópoles brasileiras são arranjos populacionais acima de um milhão de habitantes, que 
exercem influência direta sobre os demais níveis de cidades na rede urbana. 
COMENTÁRIOS: 
A questão cobrou conhecimentos sobre a rede urbana brasileira, expressos no estudo Regiões de Influência 
das Cidades (REGIC), do IBGE. A última atualização foi divulgada no ano de 2020, com base na realidade do 
ano de 2018. 
A REGIC utiliza o conceito de Arranjos Populacionais (AP), definidos como agrupamentos de municípios muito 
integrados com deslocamentos frequentes de populações para trabalho e estudo. A metrópole é o centro 
urbano principal do AP e exerce influência sobre os demais níveis de cidades na rede urbana. 
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A REGIC classificou 15 centros urbanos como metrópoles no país. Os arranjos populacionais desses centros 
urbanos têm mais de um milhão de habitantes. As cidades de Vitória e Florianópolis não têm essa população, 
mas o arranjo populacional de ambas, da metrópole, conta com mais de um milhão de habitantes. 
Gabarito: Certo 
5. (CESPE/SLU-DF/2019 – ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS) No Brasil do século XX, o 
êxodo rural foi a principal causa migratória do processo de metropolização, cuja consequência foi a 
fragmentação social mediante uma urbanização desordenada. 
COMENTÁRIOS: 
No Brasil do século XX, o êxodo rural foi o principal condicionante do processo de metropolização, isto é, da 
formação das grandes metrópoles e áreas metropolitanas. 
A urbanização brasileira, uma das mais aceleradas urbanizações do mundo, aconteceu sem a implementação 
de políticas indispensáveis para a inserção urbana digna da massa que abandonou e continua a abandonar 
o meio rural brasileiro. Em escala variável, as cidades brasileiras apresentam problemas comuns que foram 
agravados, ao longo dos anos, pela falta de planejamento adequado, pela reforma fundiária, pelo controle 
sobre o uso e pela ocupação do solo. 
Gabarito: Certo 
(CESPE/SLU-DF/2019 – ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS) Com relação ao planejamento 
territorial em ambientes urbanos, julgue o item subsecutivo: 
6. As cidades no Brasil, em suas diferentes escalas (metrópole, cidade média ou pequena), 
apresentam elementos de desigualdade que se expressam no território: a precarização da habitação e do 
saneamento básico contribui para a formação de periferias pobres, parcialmente integradas à dinâmica 
urbana. 
COMENTÁRIOS: 
As cidades no Brasil apresentam elementos de desigualdade que se expressam no território. 
Sem condições de habitar as regiões centrais das cidades, geralmente com melhor disponibilidade de 
infraestruturas, as populações mais pobres ocupam as áreas periféricas, em habitações precárias e com 
piores condições de infraestrutura, como saneamento básico. Por terem menor poder aquisitivo e se 
situarem longe dos centros, essas populações são pouco integradas à dinâmica urbana. Para esse fenômeno, 
utiliza-se o termo desigualdade socioespacial. 
Gabarito: Certo 
(CESPE/ABIN/2018 - AGENTE DE INTELIGÊNCIA) Com referência à divisão inter-regional do trabalho e da 
produção no Brasil, julgue o item a seguir. 
7. A partir da reestruturação produtiva do território brasileiro, imposta pela globalização, três das 
principais metrópoles nacionais, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, passaram a ter relações de 
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complementariedade e de cooperação: enquanto São Paulo emergiu como potência industrial e o Rio de 
Janeiro expandiu a sua relevância econômica, Brasília se consolidou como o centro político do território. 
COMENTÁRIOS: 
São Paulo é a principal metrópole brasileira. É a capital do estado mais industrializado do país e o principal 
centro de comando econômico do território brasileiro. 
O Rio de Janeiro tem grande relevância econômica para o Brasil. É o principal destino turístico e sede de 
grandes organizações públicas e privadas, como a Petrobras. 
Brasília é a capital federal nacional e consolidou-se como o centro político do território. 
Devido a esses fatores, são considerados como metrópoles nacionais pelo IBGE. 
O erro da questão está em afirmar que essas três cidades têm relações de complementariedade e de 
cooperação. Brasília é o centro do poder político do país, mas não é possível afirmar que, pelas suas 
características, tem uma relação de complementariedade e de cooperação com metrópoles com 
características bem diferentes, como São Paulo e Rio de Janeiro. 
Gabarito: Errado 
(CESPE/IPHAN/2018 - ANALISTA) Nas últimas décadas, as cidades têm representado uma grande conquista 
do homem moderno. Hoje em dia são elas que dirigem e organizam o mundo, pois concentram os grandes 
centros de decisões político-econômicas e científico-tecnológicas. Acerca do processo de urbanização 
brasileiro, julgue o item que se segue. 
8. Da década de 80 do século XX aos dias atuais, o maior crescimento é observado nas metrópoles 
nacionais, com predomínio da migração inter-regional. 
COMENTÁRIOS: 
Nos dias atuais, o maior crescimento é observado nas cidades médias. Esses centros urbanos têm sido 
firmados como polos atrativos, tanto para fluxos migratórios, quanto para novos investimentos empresariais, 
seja dos setores industrial, comercial e de serviços, seja do setor imobiliário. Na geografia, esse processo é 
chamado de desmetropolização. 
Não predominam atualmente os fluxos migratórios inter-regionais. Atualmente, predominam as migrações 
intrarregionais, isto é, migrações dentro de uma mesma região, e o processo de desmetropolização é um dos 
responsáveis por esse novo perfil de migração, com pessoas deixando as grandes metrópoles de sua região 
ou estado e se estabelecendo em cidades médias dentro da mesma região. 
Gabarito: Errado9. A urbanização brasileira ocorreu, inicialmente, em áreas isoladas, como verdadeiras ilhas, 
generalizando-se somente a partir do século XX. 
COMENTÁRIOS: 
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Do período colonial até o século XX, o território brasileiro era formado por “ilhas” de povoamento, como o 
enunciado propõe. Quer dizer que o povoamento e a formação dos núcleos urbanos eram dispersos em 
várias frações territoriais do Brasil, muitas delas pouco ou quase não conectadas em uma rede urbana. Com 
a industrialização brasileira, no século XX, o Brasil se urbanizou rapidamente. O território foi se integrando 
mais e a mancha urbana se espalhou largamente. Mesmo assim, ainda hoje, a maioria da população brasileira 
está concentrada em cidades próxima ao litoral e porções interiores das regiões Sul e Sudeste. O interior do 
país é pouco habitado. 
Gabarito: Certo 
10. O processo de urbanização no Brasil constitui uma urbanização terciária, com crescimento de 
atividades terciárias qualitativamente pouco especializadas e de baixo valor agregado, inclusive as que 
fazem parte da economia formal. 
COMENTÁRIOS: 
O processo de urbanização em qualquer lugar do mundo traz consigo o aumento das atividades do setor 
terciário (setor de comércio e serviços). Com o crescimento das cidades, aumentam a demanda por serviços 
e a prática do comércio. 
Comparado com a indústria, o setor terciário é menos desenvolvido tecnologicamente, em geral, com 
atividades pouco especializadas e de baixo valor agregado, inclusive as da economia formal. 
Gabarito: Certo 
11. A condição de acesso proporcionada pelos diferentes níveis de renda da população pouco interfere 
na dinâmica espacial da rede urbana brasileira. 
COMENTÁRIOS: 
A condição de acesso proporcionada pelos diferentes níveis de renda da população interfere completamente 
na dinâmica espacial da rede urbana brasileira. 
Tanto nas redes urbanas quanto dentro das grandes metrópoles, os diferentes níveis de renda determinam 
a dinâmica espacial e a organização do espaço. Na rede urbana brasileira, a condição de acesso às melhores 
áreas, onde se concentram as melhores infraestruturas, é determinada pelos diferentes níveis de renda. 
Assim se desenvolve a relação centro-periferia. A população mais pobre se encontra na periferia, enquanto 
a população com maior renda se localiza mais próxima dos centros, em bairros com melhor infraestrutura, 
onde quer que eles se localizem. 
Gabarito: Errado 
12. (CESPE/IPHAN/2018 - ANALISTA) No espaço geográfico do complexo regional da Amazônia, a 
concentração da população ocorre em cidades de médio e grande porte. 
COMENTÁRIOS: 
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A Amazônia situa-se na sua maior parte na região Norte do País, a de menor população e a de mais baixa 
densidade demográfica. A rede urbana também é a menos estruturada do Brasil. A região conta com grandes 
vazios demográficos. No complexo regional da Amazônia, a concentração de população ocorre em cidades 
de pequeno e médio porte e não em cidades de médio e grande porte. 
Manaus, com 2.182.763 habitantes, e Belém, com 1.485.732 habitantes, de acordo com o IBGE (2019), são 
os municípios mais populosos. Outros municípios com mais de 500.000 habitantes são Cuiabá (MT), 
Ananindeua (PA), Porto Velho (RO) e Macapá (AP), que estão na faixa de 500 mil a 620 mil habitantes. 
Gabarito: Errado 
(CESPE/IRB/2018 - DIPLOMATA) No último meio século, houve uma mudança revolucionária em escala 
planetária: cada vez mais, as lojas locais dão lugar ao domínio dos gigantes da distribuição, como o 
Walmart e o Carrefour. Na Espanha, mais de 80% das compras das famílias são feitas em hipermercados 
e, dessas compras, 75% estão concentradas nas cinco maiores redes: Mercadona, Eroski, Carrefour, 
Auchan e Dia. Tal mudança está longe de ser uma realidade particular de um país ou de um setor: trata-se 
de uma tendência mundial. 
N. Castro. A ditadura dos supermercados: como grandes distribuidores decidem o que consumimos. Madrid: Akal, 2017 (com 
adaptações). 
Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item que se segue, acerca das 
redes de produção e consumo globais. 
13. As cidades médias brasileiras são polos atrativos, tanto para fluxos migratórios internos, como para 
investimentos empresariais globalizados. Hipermercados, centros comerciais, lojas de franquia, 
concessionárias de veículos, hotéis e diversos serviços são instalados nessas cidades em diferentes regiões 
do país, caracterizando o processo de globalização do território brasileiro. 
COMENTÁRIOS: 
Uma das principais características do Brasil atual é o crescimento das cidades médias. As cidades médias 
brasileiras são polos atrativos tanto para investimentos quanto para fluxos migratórios, devido à saturação 
nas grandes metrópoles. Nesse cenário, as cidades médias acabam por receber investimentos empresariais 
globalizados, de grandes empresas multinacionais, como as que o enunciado cita. Com isso, aprofunda-se 
ainda mais o processo de globalização do território brasileiro. 
Gabarito: Certo 
(CESPE/ABIN/2018 - AGENTE DE INTELIGÊNCIA) Julgue o item subsequente, acerca da estrutura urbana 
brasileira e das grandes metrópoles nacionais. 
14. A organização do espaço urbano em áreas industriais, áreas de lazer, espaços públicos e locais de 
consumo, e a distribuição dos meios de transporte e dos serviços públicos de saúde e educação são 
determinadas pelo plano diretor de uso e ocupação do solo, o qual promove uma cidade mais igualitária 
e menos segregadora. 
COMENTÁRIOS: 
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O plano diretor regula o uso e a ocupação do espaço urbano de um município. Sua principal finalidade é 
orientar a atuação do poder público e da iniciativa privada na construção do espaço urbano e na oferta dos 
serviços públicos essenciais, visando a assegurar melhores condições de vida para a população. Um dos 
princípios que norteiam as ações do plano diretor é promover a igualdade de acesso ao espaço urbano para 
todos os cidadãos. 
A instituição de áreas ou zonas específicas dentro do espaço urbano, como uma área industrial ou uma área 
de lazer, deverá estar prevista, organizada e orientada pelo plano diretor. 
O Plano Diretor estabelece diretrizes, objetivos, traz orientações para a distribuição dos meios de transporte 
e dos serviços públicos de saúde e educação. No entanto, ele não determina onde deverão ser instaladas as 
linhas de transporte coletivo, os postos de saúde, as escolas etc. 
O plano diretor visa a uma cidade mais igualitária e menos segregadora. Na prática, contudo, o que tem 
grande peso é o poder econômico que segrega e produz desigualdades. Isso depende de outros fatores, 
como as políticas governamentais de inclusão e a diminuição da desigualdade social e econômica. 
Gabarito: Errado 
(CESPE/ABIN/2018 - AGENTE DE INTELIGÊNCIA) Acerca da integração da indústria à estrutura urbana no 
Brasil, julgue os próximos itens. 
15. A especialização das cidades acentua a divisão interurbana do trabalho; por isso, no estado de São 
Paulo, encontram-se cidades em que prevalecem empresas globais ligadas à produção de matérias-primas 
regionais, cidades especializadas em novas tecnologias, bem como cidades universitárias, locais onde as 
instituições de ensino superior direcionam o desenvolvimento local. 
COMENTÁRIOS: 
Se as cidades se especializam em seus serviços, a divisão interurbana do trabalho se acentua. Issosignifica 
dizer que as funções de cada cidade ficam mais divididas e delimitadas. Com isso, a rede urbana também se 
torna mais complexa. O estado de São Paulo é um bom exemplo da especialização produtiva, e a questão 
utiliza exemplos para demonstrar isso. 
No estado de São Paulo, encontram-se cidades em que existem empresas globais ligadas à produção de 
matérias-primas regionais, como empresas que utilizam a laranja e a cana-de-açúcar como matéria-prima, 
para produzir o suco de laranja, o açúcar, o álcool e o etanol, que são exportados para diversos países do 
mundo. Por conta disso, essas empresas são denominadas globais. Campinas e a sua região metropolitana 
são exemplos de cidades produtivamente especializadas no segmento industrial de novas tecnologias e de 
tecnologia de ponta, tanto que a região é denominada Vale do Silício brasileiro. Um exemplo de cidade 
universitária, onde as instituições de ensino superior direcionam o desenvolvimento local, é São Carlos, que 
conta com 250 mil habitantes e vários campi universitários. 
Gabarito: Certo 
16. A grande cidade capitalista costuma dispor de áreas consolidadas, envelhecidas ou em processo de 
renovação, criadas em diferentes momentos do tempo, somadas a paisagens construídas recentemente. 
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COMENTÁRIOS: 
Podemos entender a "grande cidade capitalista" como as metrópoles. O capitalismo molda a paisagem de 
uma cidade. Como é um sistema econômico baseado no dinheiro e no lucro, eles são determinantes nas 
relações estabelecidas em uma cidade, principalmente as econômicas. O preço da terra, de um apartamento 
ou de um aluguel é influenciado por diferentes fatores, como a oferta de serviços públicos e privados, a 
infraestrutura urbana disponível, a vizinhança, a distância do local de trabalho e de estudo, a violência e a 
segurança e a qualidade ambiental. Tudo isso forma e conforma o custo de vida em uma cidade, em porções 
da cidade. É um custo econômico capitalista. 
A cidade não é estática, ela está em permanente transformação. Uma nova rua, um novo loteamento, um 
novo bairro que surge e compõe a paisagem construída recentemente. 
Nas grandes metrópoles existem áreas consolidadas, áreas envelhecidas ou em processo de renovação, 
criadas em diferentes momentos do tempo, somadas a paisagens construídas recentemente. 
Um bom exemplo disso são os centros históricos das grandes metrópoles. Nos Centros Históricos coexistem 
construções antigas com construções novas. Isso, muitas vezes, faz com que a paisagem se torne destoante: 
de um lado, arquiteturas modernas, de outro, arquiteturas antigas. 
Gabarito: Certo 
17. A desconcentração espacial das atividades econômicas, a partir de 1990, promoveu o crescimento 
das cidades médias. 
COMENTÁRIOS: 
As cidades das regiões mais desenvolvidas economicamente já não são tão atraentes para a atividade 
industrial, em razão dos elevados impostos, da intensa valorização dos terrenos e dos imóveis, das 
regulamentações mais severas em termos sociais e ambientais e do custo da mão de obra, geralmente 
organizada em sindicatos e mais disposta a exigir benefícios, direitos e garantias. Com isso, a indústria vem 
sofrendo uma desconcentração ou dispersão geográfica, instalando-se principalmente nas cidades médias. 
O crescimento das cidades médias é um reflexo da desconcentração espacial das atividades econômicas, que 
foi verificado de forma mais abrangente a partir da década de 1990. 
Como importante fator da dispersão industrial não podemos deixar de falar também dos benefícios fiscais. 
Para atrair novas fábricas e ampliar as oportunidades de empregos, governos concedem isenção de impostos 
a empresas interessadas em instalar filiais em seu território. Além dessa vantagem, são também cedidos 
terrenos para a implantação de unidades fabris e de infraestrutura básica, como acessos rodoviários ou 
expansão das redes elétrica e de telefonia. As empresas industriais, muitas vezes, negociam sua localização 
fazendo um verdadeiro “leilão” entre governos locais, o que se convencionou chamar de guerra fiscal. 
No Brasil, isso ocorreu de forma mais clara na região Nordeste, que atraiu muitas empresas, contribuindo 
para a dispersão industrial e a urbanização dessa região. 
Gabarito: Certo 
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(CESPE/PM-MA/2018 - CIRURGIÃO DENTISTA) O crescimento industrial do Brasil ocorreu, até 1930, por 
meio da concentração espacial, que, por sua vez, influenciou a organização do espaço geográfico brasileiro. 
Acerca desse assunto, julgue o item a seguir. 
18. O espaço geográfico urbano, nos centros industriais, caracterizou-se por uma nítida segregação 
socioespacial. 
COMENTÁRIOS: 
O espaço urbano brasileiro caracteriza-se por uma nítida segregação socioespacial. Por ser um país muito 
desigual, as diferenças se materializam no espaço urbano. A população com menos poder econômico tende 
a residir em áreas mais afastadas e menos acessíveis aos grandes centros econômicos, apresentando uma 
baixa disponibilidade de infraestruturas. Já a população com maior poder econômico habita em áreas 
melhores localizadas, mais centrais e com boa infraestrutura. 
Gabarito: Certo 
(CESPE/PM-MA/2018 - CIRURGIÃO DENTISTA) O vertiginoso processo de urbanização no Brasil deu origem, 
em poucas décadas, a centros urbanos de todo porte, que, espalhados pelo país, passaram a ordenar os 
fluxos de pessoas, mercadorias, informações e capitais no território brasileiro, configurando uma 
complexa rede geográfica de cidades. 
Com relação ao texto apresentado e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o seguinte item. 
19. As cidades que apresentam maior grau de complexidade socioeconômica e polarizam todo o 
território brasileiro e parte da América do Sul são as metrópoles nacionais. 
COMENTÁRIOS: 
No Brasil, as metrópoles nacionais são Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo, essa última classificada como 
grande metrópole nacional. Segundo a REGIC, do IBGE, as metrópoles nacionais polarizam todo o território 
brasileiro, situando-se no primeiro nível de gestão territorial. Entretanto, esse estudo não trata sobre a 
influência das metrópoles nacionais fora do território brasileiro. Não há base, portanto, para afirmar que as 
metrópoles nacionais polarizam parte da América do Sul. 
Estudos sobre as cidades globais incluem São Paulo e Rio de Janeiro nessa conceituação. Por esse estudo, 
podemos afirmar que essas duas cidades polarizam (exercem influência) parte da América do Sul. 
Gabarito: Errado 
20. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/2017 - PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR) A respeito do processo 
de urbanização do espaço brasileiro, assinale a opção correta. 
a) A desmetropolização, diminuição do crescimento das metrópoles em benefício das cidades médias, vem 
reduzindo o número de cidades com mais de dez milhões de habitantes. 
b) As regiões Sul e Nordeste, embora sejam as menos povoadas, apresentam os maiores índices de 
urbanização. 
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c) O Centro-Oeste, com exceção das cidades de Brasília, Goiânia e Cuiabá, apresenta uma espacialidade 
urbana quase nula. 
d) A concentração de habitantes no Sudeste reproduz a concentração econômica do país, resultando na 
formação de grandes cidades nessa região. 
e) A população está distribuída igualitariamente no espaço urbano ao longo do território brasileiro. 
COMENTÁRIOS: 
a) Incorreta. Só há uma cidade com mais de 10 milhões de habitantes no Brasil: São Paulo.Portanto, não há 
uma redução do número de cidades com mais de 10 milhões de habitantes. Havia somente uma e continua 
existindo somente uma. A desmetropolização está aumentando o número de cidades médias, aquelas que 
têm entre 100 mil até 500 mil habitantes. 
b) Incorreta. A região mais povoada é a Sudeste, seguida da Sul, Nordeste, da Norte e da Centro-Oeste. A 
região mais urbanizada é a Sudeste, seguida da Centro-Oeste, da Sul, da Norte e da Nordeste. 
c) Incorreta. O termo espacialidade é derivado de espaço, e significa a composição de um determinado 
espaço, a estrutura desse espaço, sua ocupação e suas qualidades. O Centro-Oeste apresenta uma 
significativa espacialidade urbana. Ou seja, apresenta, em seu espaço, importante composição urbana. É a 
segunda região com a maior taxa de urbanização do país, atrás do Sudeste. Possui grandes centros urbanos, 
como Brasília, a terceira cidade mais populosa do país e capital federal, além das capitais estaduais: Goiânia 
(GO) e Cuiabá (MT), que formam suas respectivas regiões metropolitanas, e Campo Grande (MS). Há também 
outras importantes cidades, como Aparecida de Goiânia (GO), que possui 590 mil habitantes, e Anápolis 
(GO), importante centro industrial, com população de 390 mil habitantes. 
Mas a espacialidade urbana do Centro-Oeste também é formada por muitas cidades médias (cidades que 
apresentam entre 100 e 500 mil habitantes) e cidades médias-pequenas (cidades que apresentam entre 50 
a 100 mil habitantes. Muitas dessas cidades cresceram em função da expansão e do desenvolvimento do 
agronegócio. Alguns exemplos são as cidades de Sorriso (MT), com população de 92 mil habitantes, 
município de maior produção de soja do mundo, e Sinop (MT), importante centro agroindustrial, com 
população de 146 mil habitantes. 
d) Correta. A industrialização impulsionou a urbanização. O Sudeste é a região mais industrializada do Brasil, 
portanto, a mais populosa e a economicamente mais desenvolvida. 
e) Incorreta. A população não está distribuída igualitariamente no espaço urbano ao longo do território 
brasileiro. A população brasileira se distribui de forma desigual, muito concentrada nas grandes metrópoles, 
nas regiões metropolitanas e na faixa litorânea. 
Gabarito: D 
(CESPE/IRB/2017 - DIPLOMATA) Julgue o item subsequente, a respeito da economia espacial brasileira ao 
longo dos séculos XX e XXI. 
21. As cidades médias têm apresentado, na atualidade, retração dos índices econômico e tecnológico 
em decorrência do poder de atração e concentração exercido pelas metrópoles nacionais e regionais. 
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COMENTÁRIOS: 
As cidades médias ganham importância qualitativa e quantitativa na rede urbana brasileira. Tal ganho, 
porém, não significaria o enfraquecimento das metrópoles, mas sim a consolidação da rede urbana 
brasileira, com o fortalecimento tanto das metrópoles quanto das cidades médias. 
As cidades médias, com o avanço das redes técnicas, passam, crescentemente, a integrar os circuitos mais 
avançados da economia. Com isso, a sua integração com as metrópoles se torna mais forte. São as conexões 
com redes produtivas superiores aliadas à oferta de bens e serviços para a sua área de influência que 
promovem a dinâmica das cidades médias. Esse processo ocorre, sobretudo, em detrimento das pequenas 
cidades e de maneira complementar às metrópoles. 
As cidades médias são os grandes polos de desconcentração populacional no Brasil. Elas têm recebido um 
número crescente de serviços e indústrias oriundas das grandes regiões metropolitanas, onde é notória a 
saturação da infraestrutura. 
Como se observa, essas cidades médias têm apresentado expansão nos índices econômico e tecnológico. 
Gabarito: Errado 
(CESPE/MPOG/2015 - GEÓGRAFO) Acerca das recentes transformações da rede urbana e da urbanização 
brasileira, julgue o item que se segue. 
22. Nas duas últimas décadas do século XX, a urbanização brasileira passou por processo de 
desaceleração a partir dos efeitos da crise econômica vivida pelo país, cujas metrópoles se mantiveram 
em contingente demográfico, tamanho e importância, em contraposição às cidades médias, as quais 
passaram a receber os fluxos migratórios antes destinados às metrópoles. 
COMENTÁRIOS: 
Nas últimas duas décadas do século XX, o ritmo de crescimento da população urbana diminuiu. Entretanto, 
não pode ser atribuído à crise econômica vivida pelo país. Foram anos em que a economia não andou bem, 
mas é forçoso dizer que foi uma crise. Não há consenso sobre isso. A diminuição no ritmo de crescimento da 
população foi um reflexo da redução geral do crescimento demográfico. 
As cidades médias passaram a receber fluxos migratórios antes destinados às metrópoles, mas as metrópoles 
não mantiveram seu contingente demográfico. O contingente demográfico das metrópoles continuou e 
continua a se expandir, porém, em ritmo mais lento. 
Gabarito: Errado 
(CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014 - ANALISTA LEGISLATIVO) Acerca do processo de macrocefalia 
urbana correlacionado à ocupação e ao uso do solo nas cidades, julgue o próximo item. 
23. As áreas urbanas brasileiras que passam pelo processo de macrocefalia são aquelas que 
apresentam os melhores índices de qualidade de vida citadina, dado a racionalidade no ordenamento e 
na ocupação e uso do solo urbano. 
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COMENTÁRIOS: 
Para ocorrer um processo de macrocefalia, o crescimento populacional de um centro urbano deve ser muito 
maior do que o crescimento verificado no restante do país ou em uma região ou estado. Acaba sendo um 
crescimento desordenado e caótico do espaço urbano, associado ao crescimento exagerado de sua 
população, que é marcado por um ritmo mais acelerado do que o da criação e expansão de sua infraestrutura 
urbana. É o oposto do que diz a questão, um crescimento com a racionalidade no ordenamento e na 
ocupação e uso do solo urbano e com os melhores índices de qualidade de vida. 
Gabarito: Errado 
(CESPE/IBAMA/2013 – ANALISTA AMBIENTAL) Quais são os problemas urbanos? (...) Dois grandes 
conjuntos de problemas, ou duas grandes problemáticas, associam-se às grandes cidades: a pobreza e a 
segregação residencial. A pobreza, obviamente, nada parece ter de típica ou especificamente urbana, à 
primeira vista. Sabe-se, inclusive, que a pobreza, nos países do Terceiro Mundo, é quase sempre maior no 
campo que na cidade, pois é nas áreas rurais que os percentuais de pobreza absoluta costumam ser 
maiores. 
Marcelo Lopes de Souza. ABC do desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010, p. 82-3 (com adaptações). 
Considerando o fragmento de texto apresentado, os múltiplos aspectos que ele engloba e os processos 
recentes de transformação nas cidades e no campo, julgue os itens a seguir. 
24. A alocação de investimentos públicos no cenário urbano para áreas tradicionalmente 
negligenciadas, espaços residenciais normalmente da população mais pobre, bem como a regularização 
fundiária de favelas e loteamentos irregulares são fatores que tendem a acelerar, eficazmente, a 
concentração de renda nas cidades. 
COMENTÁRIOS: 
Vamos entender a concentração de renda nas cidades sob o enfoque espacial, do espaço geográfico. Em uma 
cidade, há áreas nas quais reside a população de maior renda, onde a infraestrutura urbana e a oferta de 
serviços privados são melhores do que nas áreas de população de renda média e de menor renda. Por 
infraestrutura urbana entende-se as vias, o transporte coletivo, o saneamento básico, as áreas de lazer, os 
estabelecimentos de saúde, de educação etc. 
A renda da cidade está concentrada na melhor oferta de serviçospúblicos e privados e nos próprios 
rendimentos da população abastada e rica. 
Investir recursos públicos em áreas urbanas tradicionalmente negligenciadas contribui para desconcentrar a 
renda nas cidades. Os investimentos públicos em urbanização, infraestrutura, moradia e serviços sociais têm 
o potencial de fomentar a atividade econômica privada nas zonas periféricas, contribuindo para a 
desconcentração da renda nas cidades. 
Gabarito: Errado 
25. No contexto do desenvolvimento econômico brasileiro, as grandes cidades da região Sudeste 
adaptaram-se, gradativamente, às necessidades do mercado globalizado com a implantação de 
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equipamentos de engenharia de monta e de saneamento básico para atender tanto às empresas que 
passaram a sediar quanto à integralidade dos residentes. 
COMENTÁRIOS: 
Essa é uma questão bem fácil. Ainda hoje, em pleno século XXI, não há integralidade, cobertura de serviços 
de saneamento básico para a totalidade dos residentes das grandes cidades do Sudeste (São Paulo, Rio de 
Janeiro e Belo Horizonte). E não é só saneamento básico e ambiental, mas há várias outras carências, como 
o transporte coletivo deficiente. 
Mesmo assim, do ponto de vista econômico, as grandes cidades da região Sudeste se adaptaram e se 
adaptam para atender às necessidades do mercado globalizado. O Rio de Janeiro é um exemplo; uma cidade 
turística de âmbito internacional, com toda uma gama de oferta de serviços para atender ao turismo global, 
tais como hotéis, bares, restaurantes, aeroportos, transportes, lazer etc. 
Gabarito: Errado 
26. A pobreza urbana, no Brasil, reveste-se de peculiaridades que dizem respeito a expressões espaciais 
e ambientais, bem como a mudanças demográficas oriundas do desenvolvimento da indústria, que 
induziram a transferência de populações do campo para as cidades. 
COMENTÁRIOS: 
Em regra, há uma segregação espacial nas cidades. Geralmente, quanto maior a cidade, mais ela se manifesta 
internamente. Há os bairros de população rica, de população de média renda e de população pobre. Os 
bairros populares, além de serem os mais carentes em infraestrutura e oferta de serviços públicos, são os 
que mais sofrem com os problemas ambientais urbanos. Isso é a expressão espacial e ambiental citada na 
questão. 
A rápida industrialização brasileira acelerou a urbanização do país e o êxodo rural. A população rural que 
migrou para as cidades em busca de emprego e melhores condições de vida foi residir nos bairros populares 
e engrossar o cordão de favelas e a pobreza urbana. 
Gabarito: Certo 
(CESPE/MPU/2013 – Geógrafo) O termo urbanização refere-se tanto à constituição de formas espaciais 
específicas das sociedades humanas, caracterizadas pela concentração significativa das atividades e das 
populações em um espaço restrito, quanto à existência e à difusão de um sistema cultural específico, a 
cultura urbana. 
Manuel Castells. A questão urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983, 506, p. 24 (com adaptações). 
Tendo o texto em destaque como referência, julgue os itens a seguir, no que diz respeito à urbanização, à 
metropolização e aos problemas ambientais urbanos no Brasil. 
27. A metropolização significa uma intervenção humana extensa e profunda sobre a superfície da 
Terra. Essa expansão da mancha urbana implica processo de degradação ambiental, fato bem ilustrado 
pela grande São Paulo. 
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COMENTÁRIOS: 
A metropolização intensifica em grande amplitude os problemas ambientais urbanos, tais como a gigantesca 
produção e o destino final dos resíduos sólidos, o desaparecimento das áreas verdes e a poluição de rios, 
lagos, córregos etc. Um exemplo disso é o caso da Região Metropolitana de São Paulo, que sofre com a 
pesada poluição do ar. Estatísticas oficiais indicam que, diariamente, morrem 10 pessoas devido a essa 
poluição, ou com o seríssimo problema de suprimento de água para o abastecimento humano e a proteção 
dos mananciais (rios, lagos, etc.). 
Gabarito: Certo 
28. Apesar de existirem cidades com diferentes categorias dimensionais, as funções urbanas são muito 
parecidas, uma vez que as cidades, via de regra, oferecem serviços comuns. 
COMENTÁRIOS: 
Claro que não! As cidades se diferenciam pelos serviços que oferecem. Não oferecem todos os mesmos tipos 
de serviços. Como exemplo, há serviços de saúde extremante especializados e complexos que são oferecidos 
por poucas cidades brasileiras. 
Gabarito: Errado 
(CESPE/MPU/2013 – Geógrafo) Tendo por base as funções urbanas, as áreas metropolitanas e os serviços 
urbanos, julgue os itens que se seguem. 
29. Caracteriza-se por metrópole a cidade cujo crescimento urbano é acentuado, o que conduz à 
absorção de aglomerados rurais e de outras cidades vizinhas e forma área de conurbação. 
COMENTÁRIOS: 
A formação da metrópole pressupõe crescimento urbano acentuado, que conduz à absorção de aglomerados 
rurais e de outras áreas vizinhas, formando área de conurbação. São as cidades centrais de áreas urbanas 
formadas por cidades ligadas entre si fisicamente ou por meio de fluxos de pessoas e serviços. 
Gabarito: Certo 
30. O crescimento demográfico das grandes cidades, dos núcleos urbanos e seus arredores gerou 
processos de conurbação, uma integração física das manchas urbanas que não se conectam por fluxos 
oscilantes diários de trabalhadores. 
COMENTÁRIOS: 
Se as manchas urbanas se conectam fisicamente, é impossível não haver fluxos oscilantes diários de 
trabalhadores, concordam? É fácil concluir que a assertiva está errada. No fenômeno da conurbação, ocorre 
uma interação física e funcional entre as cidades conurbadas. 
Gabarito: Errado 
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(CESPE/MPOG/2012 – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA) Sabe-se que, atualmente, mais da metade da 
população mundial vive nas cidades, o que é fator decisivo para a ampliação dos desafios sociais e 
ambientais, como a pobreza, a fome e as mudanças climáticas. No Brasil, o processo de urbanização da 
sociedade, impulsionado pela Segunda Guerra e pela industrialização que avança celeremente desde a Era 
Vargas, fez-se de forma rápida e não planejada. A despeito dos enormes problemas daí decorrentes, o 
certo é que o país chegou ao século XXI profundamente alterado, sobretudo quando confrontado com a 
realidade histórica que o caracterizou desde o período colonial. A respeito dessa situação, julgue os itens 
que se seguem. 
31. A urbanização do Brasil liga-se, em larga medida, ao forte movimento migratório que, 
especialmente a partir dos anos 50 do século passado, transferiu para as cidades milhões de pessoas que 
se viram impelidas a abandonar o campo. 
COMENTÁRIOS: 
A urbanização brasileira liga-se em larga medida ao êxodo rural, movimento que, a partir da década de 1950, 
transferiu milhões de pessoas do campo para as cidades. 
Gabarito: Certo 
32. Atualmente, está em marcha um processo de desconcentração econômica que se dissemina pelo 
país afora, o que acarreta mudanças significativas na participação das diversas regiões na composição do 
produto interno bruto brasileiro e no próprio fluxo migratório. 
COMENTÁRIOS: 
O Brasil passa por um processo de desconcentração econômica, inclusive da atividade industrial. A 
participação de São Paulo e do Sudeste na composição do PIB nacional diminui, ao mesmo tempo em que 
cresce a participação de todas as demais regiões. Essa desconcentração também faz diminuir a quantidade 
de migrantesque se dirige para o Sudeste. Proporcionalmente, o Centro-Oeste é a região brasileira que mais 
tem recebido migrantes. 
Gabarito: Certo 
33. Com mais de 80% de sua população vivendo em cidades, o Brasil contemporâneo demanda políticas 
públicas para enfrentar problemas que cada vez mais se identificam com a realidade urbana, a exemplo 
da deficiência em habitação, saneamento, saúde e educação. 
COMENTÁRIOS: 
A urbanização traz problemas específicos que se tornam muito graves com o crescimento acelerado das 
cidades. O inchaço das cidades fragiliza a infraestrutura urbana, que não está preparada para atender aos 
novos contingentes de habitantes. Os resultados são problemas como a falta de moradia, os 
congestionamentos de trânsito, a poluição do ar e da água, o excesso de lixo, entre outros. 
Mais de 84% da população brasileira vive nas cidades, o que demanda cada vez mais políticas públicas para 
o adequado atendimento das suas necessidades de uma vida saudável nas zonas urbanas. 
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Gabarito: Certo 
(CESPE/MPOG/2012 – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA) A Constituição Federal de 1988 (CF) foi elaborada 
em um contexto histórico marcado, de um lado, pela ânsia de consagrar o moderno conceito de 
democracia, menos formal e mais identificado com as práticas de cidadania; de outro, pela acelerada 
urbanização, que leva à mobilização de crescente número de setores da sociedade em busca de soluções 
para os problemas que a nova realidade urbana fez emergir. Não por acaso, a CF dedica um capítulo às 
políticas urbanas. Da criação de secretaria, em 1995, passando pelo Estatuto das Cidades, em 2001, e 
chegando ao Ministério das Cidades, em 2003, um importante caminho foi percorrido, culminando com a 
aprovação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano. 
Considerando o texto acima, relativamente à caracterização da sociedade brasileira contemporânea e a 
aspectos ligados ao planejamento e à gestão de serviços públicos no Brasil, julgue os itens seguintes. 
34. O aumento da violência urbana, cuja dimensão ampliou-se consideravelmente a partir dos anos 80 
do século passado, pode ser atribuído a fatores diversos, entre os quais a falta de infraestrutura na 
periferia dos grandes centros, e se expressa no aumento vigoroso do número de mortes decorrentes de 
homicídio e acidentes, a começar pelos de trânsito. 
COMENTÁRIOS: 
Até a metade da década de 1950, o Brasil era um país majoritariamente rural. A partir dessa data, passou 
por um processo de urbanização acelerada, que teve como causas um rápido processo de industrialização e 
o êxodo rural. 
A mecanização do campo liberou grandes contingentes de trabalhadores das suas atividades rurais. Esse 
fator, somado à histórica concentração de terras, às péssimas condições de vida no meio rural e à maior 
oferta de emprego nas cidades, levou milhões de trabalhadores a se deslocarem do campo para a cidade em 
um período de poucas décadas. 
As cidades não tiveram tempo nem condições de se adaptarem, ocasionando o surgimento de grandes 
problemas urbanos. Os migrantes do campo foram residir na periferia da periferia das cidades. Nesses 
lugares faltava quase tudo, infraestrutura, saneamento, áreas verdes e de lazer, saúde, educação, transporte 
de qualidade e moradia. Soma-se a isso tudo a carência de emprego e temos um ambiente propício para a 
explosão da violência e da criminalidade. Foi o que de fato aconteceu. 
O Brasil é o país com o maior número de homicídios do mundo. O trânsito também mata ou mutila milhares 
de pessoas a cada ano, vítimas dos acidentes que nele ocorrem. 
A criminalidade tem como causas: 
- Ausência ou omissão do Estado (poder público), principalmente nas periferias: lembre-se sempre de que 
educação, saúde, trabalho, moradia, lazer e segurança são direitos sociais garantidos constitucionalmente 
aos cidadãos. Cabe ao Poder Público provê-los à coletividade; 
- Exclusão social ou desigualdade social ou má distribuição de renda: observa-se que a pobreza é a principal 
causa da criminalidade, mas não a única. A relação não é direta, não é de causa e efeito, pois não se pode 
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dizer que os ladrões surgem todos da pobreza. Aliás, sabemos disso muito bem no Brasil, considerando o 
grande número de larápios provenientes das classes mais abastadas; 
- Ação dos traficantes de drogas ilícitas: o narcotráfico contribui significativamente para o aumento da 
violência e da sensação de insegurança nas cidades brasileiras. 
Gabarito: Certo 
35. Passa de três dezenas o número de regiões metropolitanas brasileiras, nas quais se concentram 
mais de um terço dos domicílios urbanos e cerca de 30% da população. Estudos mostram que nas grandes 
cidades o número de habitantes tende a reduzir-se ou estagnar, ao tempo em que o inchaço populacional 
se transfere para as cidades conurbadas ao redor. 
COMENTÁRIOS: 
Atualmente, instituídas pelos estados, passa de seis dezenas o número de regiões metropolitanas. No 
entanto, se analisarmos as que realmente se caracterizam como tal, com a existência de uma metrópole, o 
número cai para menos da metade. De qualquer forma, as 10 maiores regiões metropolitanas concentram 
em torno de 30% da população. Estudos e o censo populacional têm demonstrado a diminuição do 
crescimento populacional nas grandes cidades. Projeções indicam a sua estagnação ou redução. As cidades 
conurbadas ao redor da grande cidade têm apresentado maior crescimento populacional. 
Gabarito: Certo 
36. O surgimento de um ministério específico para tratar de questões urbanas vincula-se diretamente 
ao processo de reforma do Estado posto em prática na última década do século passado, quando empresas 
públicas foram privatizadas e algumas reformas estruturais — como a da previdência social — se 
completaram. 
COMENTÁRIOS: 
Nada a ver! O Ministério das Cidades foi criado em 2003, no primeiro ano do mandato do presidente Lula, 
não tendo relação com o processo de reforma do Estado do governo do presidente de Fernando Henrique 
Cardoso (FHC). Esse ministério não continuará a existir no governo de Jair Bolsonaro. 
Gabarito: Errado 
37. Aspecto marcante e definidor da história do país, a desigualdade social tornou-se componente 
essencial da urbanização brasileira, tendo estabelecido uma relação direta entre a renda e o acesso a 
serviços básicos como saneamento e transporte, ou seja, quanto menor aquela, menor este. 
COMENTÁRIOS: 
A desigualdade social é um aspecto marcante da história do país, e nos acompanha desde os primórdios da 
colonização portuguesa. Essa desigualdade tornou-se um componente essencial da urbanização brasileira. 
Nos bairros mais abastados, nos quais reside a população de maior renda, a infraestrutura urbana e os 
serviços públicos são melhores; nos bairros, vilas e favelas pobres, onde a renda é menor, a infraestrutura 
urbana e os serviços públicos tendem a ser de qualidade inferior e deficientes. 
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Gabarito: Certo 
(CESPE/IRB/2012 - DIPLOMATA) O Brasil, que sempre se caracterizou pela existência, em uma região ou 
em outra, de fronteira de povoamento, viu, com o processo de industrialização do campo, o aparecimento 
de fronteiras de modernização nas quais se verificaram profundas transformações socioespaciais. Ambos 
os tipos de fronteira suscitam novos centros de comercialização e beneficiamento de produção agrícola, 
de distribuição varejista e prestação de serviços ou, em muitos casos,de centros que já nascem como 
reservatórios de uma força de trabalho temporária. 
R. L. Corrêa. Estudos sobre a rede urbana. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2006, p. 323 (com adaptações). 
A partir das informações apresentadas no texto acima, julgue (C ou E) o item seguinte. 
38. Sob o impacto da globalização, as transformações mencionadas no texto provocam uma menor 
diferenciação entre os centros urbanos, que passam a desempenhar as mesmas funções na rede urbana, 
ou seja, a de reservatórios de força de trabalho temporária. 
COMENTÁRIOS: 
Os centros urbanos não desempenham a mesma função na rede urbana, nem são todos reservatórios de 
força de trabalho temporária. Na globalização há uma maior diferenciação dos centros urbanos. O capital 
comanda a formação de uma rede de cidades, com diferentes hierarquias. Como exemplo, temos as cidades 
globais, que estão no topo da hierarquia urbana e que são centros mundiais de tomadas de decisões que 
afetam profundamente a vidas das nações e das pessoas do mundo inteiro. Em outro polo, temos cidades 
periféricas, que funcionam como reservatório de força de trabalho temporária, as cidades-dormitório. 
Gabarito: Errado 
39. Contraditoriamente, a criação de novos centros urbanos acentuou a concentração espacial da 
população brasileira, o que se evidencia na distribuição populacional ainda marcada por vazios 
populacionais e pela existência de um processo de fragmentação da rede urbana. 
COMENTÁRIOS: 
A criação de novos centros urbanos proporcionou uma distribuição menos concentrada da população 
brasileira. Todavia, no Brasil, ainda existem muitos vazios populacionais, principalmente na região Norte. A 
rede urbana brasileira é fragmentada, estando em processo de estruturação. 
Gabarito: Errado 
40. O avanço das fronteiras econômicas, como a agropecuária na região Centro-Oeste e a mineral na 
região Norte, contribuiu para a expansão do sistema de cidades. 
COMENTÁRIOS: 
O avanço das fronteiras econômicas, como a fronteira agrícola nas regiões Centro-Oeste e Norte e a mineral 
no Norte, contribuiu para a expansão do sistema de cidades. Cidades já existentes se fortaleceram e novas 
cidades surgiram. 
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Um exemplo é o município de Sorriso, no norte do Mato Grosso. Fundado na década de 1970 e emancipado 
em 1986, o município é o maior produtor individual de soja do mundo. A sua fundação deu-se por meio de 
um projeto de colonização privada, com a maioria absoluta da sua população constituída por migrantes 
provenientes da região Sul do país. 
Gabarito: Certo 
41. Tal como ocorre com países desenvolvidos e altamente industrializados, no espaço urbano 
brasileiro predominam as atividades do setor terciário, que emprega a maior a parte da população ativa. 
COMENTÁRIOS: 
O setor terciário, de serviços, emprega a maior parte da população ativa do Brasil. Assim como ocorre nos 
países desenvolvidos, predomina na geração de empregos no espaço urbano brasileiro. O setor primário 
corresponde à agropecuária e o setor secundário à indústria. No setor terciário temos a administração 
pública, o comércio e uma ampla tipologia de serviços, tais como os transportes, a saúde, a educação, de 
beleza, de entretenimentos, o turismo, enfim, tudo que não é indústria, nem agropecuária. 
Gabarito: Certo 
42. No século XXI, tem-se observado crescente fluxo migratório das cidades médias para as grandes 
metrópoles nacionais, que ainda se mantêm como os maiores polos de atração populacional do país. 
COMENTÁRIOS: 
No século XXI, observa-se uma diminuição do fluxo migratório em direção às grandes cidades brasileiras. As 
cidades médias (municípios entre 100 mil e 500 mil habitantes) são as que mais crescem no país. Com o 
dinamismo econômico recente em regiões antes menos desenvolvidas, resultantes da desconcentração 
industrial nos grandes centros, uma parcela crescente da população deixou de migrar para as metrópoles. 
Gabarito: Errado 
43. (CESPE/TCE-AC/2009) As relações que as cidades estabelecem entre si geram uma divisão territorial 
de funções articuladas que constitui uma rede urbana. A localização e a especialização funcional 
estabelecem uma hierarquia entre cidades grandes, médias e pequenas. No Brasil, em 2008, o IBGE definiu 
uma hierarquia urbana segundo a qual as capitais regionais são 
A) centros urbanos do País, com grande porte, fortes relacionamentos entre si e, em geral, extensa área de 
influência direta. 
B) centros com atividades de gestão menos complexas, com área de atuação reduzida, cujos relacionamentos 
com centros externos à sua própria rede se resumem, em geral, àqueles com as três metrópoles nacionais. 
C) cidades de menor porte, com atuação restrita à sua área imediata, que exercem funções de gestão 
elementares. 
D) cidades com capacidade de gestão no nível imediatamente inferior ao das metrópoles que têm área de 
influência de âmbito regional. 
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E) cidades que são polarizadas por outros centros e polarizam as vilas e áreas rurais vizinhas. 
COMENTÁRIOS: 
Segundo a definição do IBGE, as capitais regionais “são os centros urbanos com alta concentração de 
atividades de gestão, mas com alcance menor em termos de região de influência em comparação com as 
metrópoles”. 
Dentre as definições, a única correta é a alternativa “D”. São cidades com capacidade de gestão no nível 
imediatamente inferior ao das metrópoles, que têm área de influência de âmbito regional. As capitais 
regionais estão um grau abaixo das metrópoles na hierarquia da rede urbana brasileira. Sua área de 
influência é de âmbito regional, como seu próprio nome destaca. 
Gabarito: D 
44. (CESPE/TCE-AC/2009) O século XX, no Brasil, foi marcado pelo crescimento das cidades, tanto em 
número como em área e população. No início do século XXI, o processo de urbanização começou a 
diminuir, mas a desigualdade e a pobreza são um fato nas cidades brasileiras. A respeito do processo de 
urbanização no Brasil, assinale a opção correta. 
A) O aumento significativo da taxa de urbanização da população brasileira ocorreu, entre outros aspectos, 
em função da facilidade de acesso à habitação. 
B) A urbanização brasileira da segunda metade do século XX colocou a cidade em segundo plano em relação 
à região polarizadora. 
C) A causa básica da diminuição do processo de urbanização no início do século XXI foi o grande investimento 
do Estado nas atividades rurais. 
D) A rápida urbanização foi seguida, na mesma medida, por uma correspondente expansão dos serviços 
urbanos necessários à sobrevivência das classes trabalhadoras nas grandes cidades. 
E) A urbanização vertiginosa do século XX coincidiu com o fim do período de maior expansão da economia 
brasileira. 
COMENTÁRIOS: 
a) Incorreta. A facilidade de acesso à habitação não foi um dos fatores do aumento da taxa de urbanização 
brasileira. O aumento da taxa de urbanização brasileira teve como principal fator o êxodo rural, uma 
migração em massa para as metrópoles e suas respectivas regiões metropolitanas. Durante esse período, o 
acesso à habitação não foi facilitado, pelo contrário, o processo de urbanização brasileiro é marcado pelo 
crescimento de ocupação de áreas irregulares, moradias precárias, crescimento de favelas e periferias. 
b) Incorreta. A questão faz uma grande mistura de conceitos, uma frase sem sentido lógico. A urbanização 
brasileira da segunda metade do século XX é marcada pelo crescimento das cidades em quantidade e em 
tamanho, o que conferiu a algumas cidades principais, as metrópoles, grande área de influência. 
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c) Incorreta. O processo de urbanização no Brasil não diminuiu. A taxa de urbanização brasileira continua 
crescendo, mas em um ritmo muito mais lento do que verificado na segunda metade do século XX. 
d) Incorreta. O rápido processo de urbanização brasileiro ocorreu sem o devido planejamento para organizar 
o espaço urbano, ocasionando uma série de problemas de ordem socioeconômica e de infraestrutura nas 
cidades. 
e) Correta. Foi o período da industrialização brasileira, impulsionada na Era Vargas, com seguimento no 
governo de Juscelino Kubitscheck e até a metade da década de 1970 (ditadura militar). Foi o período de 
maior expansão da economia brasileira. A industrialização levou a uma vertiginosa urbanização. 
Gabarito: E 
45. (CESPE/PRF/2008 – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Nos anos 70 do século passado, cerca de 60% 
da população do Centro-Oeste vivia no campo. Em 2006, aproximadamente 74% estavam nas cidades. A 
crescente mecanização da agricultura, que libera mão-de-obra, e os fluxos migratórios vindos de outras 
regiões brasileiras são fatores relevantes para o vigoroso processo de urbanização observado nessa região. 
A propósito dessa realidade, assinale a opção correta. 
a) O êxodo rural, que amplia consideravelmente a população urbana, é também reflexo da mecanização das 
atividades rurais desenvolvidas no Centro-Oeste, as quais têm no denominado agronegócio, na atualidade, 
um de seus símbolos mais expressivos. 
b) O significativo crescimento da população urbana no Centro-Oeste fez dessa região autêntica exceção no 
conjunto do país, ainda fortemente marcado pela força econômica e política do campo, o que explica a lenta 
expansão dos centros urbanos brasileiros. 
c) Apesar da existência de um Plano Piloto, com a maior renda per capita do país, o DF, com seus dois milhões 
de habitantes, empurra para baixo os indicadores sociais e econômicos do Centro-Oeste, a começar pela 
taxa de escolaridade da população. 
d) Ao contrário da atual tendência de interiorização das atividades econômicas no país, o desenvolvimento 
no Centro-Oeste concentra-se em torno das capitais, a começar pelo agronegócio. 
e) A ausência da escravidão no Centro-Oeste, no período colonial, e a implacável perseguição histórica aos 
índios explicam a inexistência de afrodescendentes e de indígenas na composição demográfica dessa região. 
COMENTÁRIOS: 
a) Correta. A mecanização das atividades rurais tornou ociosos largos contingentes de trabalhadores rurais 
no Brasil e no Centro-Oeste. Sem emprego no campo, esses trabalhadores migraram para as cidades, 
ampliando consideravelmente a população urbana, fenômeno conhecido por êxodo rural. O agronegócio é 
o motor econômico do Centro-Oeste. 
b) Incorreta. O Brasil é um país urbano. Em torno de 85% da sua população é urbana. O fenômeno da 
urbanização brasileira é nacional, ocorre em todas as regiões do país. 
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c) Incorreta. O Distrito Federal conta com os melhores indicadores socioeconômicos do Centro-Oeste, o que 
eleva os indicadores da macrorregião. A renda per capita é a maior do país, considerando os estados e o DF. 
d) Incorreta. A interiorização das atividades econômicas no Brasil também atinge o Centro-Oeste. Anápolis 
(GO) é um importante centro industrial da região. O crescimento do agronegócio possibilitou o 
desenvolvimento de várias cidades do interior, tais como Rio Verde e Catalão (GO), Dourados (MS), 
Rondonópolis, Cáceres e Sinop (MT). 
e) Incorreta. A escravidão se fez presente em todas as regiões brasileiras. No período colonial, na fase 
aurífera, houve intensa utilização de mão de obra escrava no Centro-Oeste. Os índios foram muito 
perseguidos e quase dizimados no Brasil pelos colonizadores. Mesmo assim, é visível a participação dos 
indígenas na composição demográfica e também a forte presença de afrodescendentes na composição 
demográfica do Brasil e do Centro-Oeste. 
Gabarito: A 
(CESPE/ABIN/2008 – ANALISTA DE INTELIGÊNCIA) Ainda em meados do século XX, o Brasil era composto 
de manchas de adensamento econômico isoladas entre si e orientadas para o mercado exterior, o que 
revelava sua feição espacial herdada de um processo de ocupação que deixou marcas diferenciadas no 
extenso território nacional, conforme se desdobravam, com grande descontinuidade temporal e 
geográfica, os diversos ciclos econômicos voltados para a exportação. 
IBGE. Brasil em números, v. 14, 2006, p. 45 (com adaptações). 
Acerca da organização do espaço brasileiro e das atividades econômicas desenvolvidas no território nacional, 
julgue o item subsequente. 
46. O padrão de rede urbana encontrado no país, hierarquizado segundo o tamanho das cidades, 
espelha a integração e a articulação de todo o território nacional. 
COMENTÁRIOS: 
Não há uma rede urbana planejada no Brasil. A rede urbana historicamente constituída no Brasil é 
concentrada, desigual e insuficientemente articulada. O padrão atual da rede espelha atividade econômica, 
serviços e população fortemente concentrados na faixa litorânea e em porções do interior das regiões Sul e 
Sudeste do Brasil. 
Gabarito: Errado 
(CESPE/ABIN/2008 – ANALISTA DE INTELIGÊNCIA) A questão ambiental, tendo em vista suas implicações 
sociais, econômicas e políticas, ganhou repercussão e passou a fazer parte das políticas nacionais e do 
fórum de debate mundial. 
Acerca desse assunto, julgue o item subsequente. 
47. Com a maior parte da população brasileira vivendo em aglomerações urbanas, a degradação da 
qualidade do meio ambiente urbano e dos recursos naturais tem sido motivo de conflitos e de proliferação 
de doenças nas cidades. 
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COMENTÁRIOS: 
Desigualdade ambiental e desigualdade social são fenômenos que não se separam. A má qualidade 
ambiental atinge principalmente as populações mais pobres, moradores das favelas e periferias das cidades. 
São lugares onde há carência de áreas verdes, de saneamento básico e de preservação ambiental. O 
saneamento precário é responsável por muitas doenças e são nesses lugares nos quais ocorre a grande 
maioria de doenças relacionadas à falta de saneamento. Outro exemplo é a dengue, cuja maioria dos focos 
e das pessoas infectadas e mortas está nas favelas e periferias das cidades. 
Gabarito: Certo 
(CESPE/IRBR/2005 – DIPLOMATA) O Estado-nação brasileiro tem suas raízes na expansão mercantil-
colonial europeia do século XVI. Naquele momento histórico, as burguesias mercantis, aliadas às 
monarquias, sobretudo portuguesa e espanhola, empreendiam a busca, para além-mar, do ouro, da prata 
ou de produtos que, de alto valor comercial nos mercados europeus, pudessem ser transacionados com 
muito lucro. O pau-brasil, que abundava em nossas florestas tropicais, ao longo da costa atlântica, foi o 
primeiro alvo do saque aos recursos naturais, até então manejados por diversos povos indígenas nômades 
e seminômades. Ironicamente, a espécie que acabou por dar origem ao nome do país tornou-se a primeira 
vítima: o pau-brasil, madeira de coloração avermelhada que os europeus utilizavam na produção de 
tinturas, hoje só existe nos jardins e museus botânicos. 
Carlos Walter Porto Gonçalves. Formação socioespacial e questão ambiental no Brasil. In: Berta K. Becker et al. (org.). Geografia e 
meio ambiente no Brasil. 3.ª ed. São Paulo: Ana Blume – Hucitec, 2002, p. 312 (com adaptações). 
Considerando o assunto abordado no texto, julgue (C ou E) o item seguinte, relativos à temática ambiental 
no Brasil. 
48. A rápidaurbanização brasileira, principalmente a partir da metade do século passado, é um dos 
fatores que têm contribuído para a degradação ambiental em diferentes biomas brasileiros. 
COMENTÁRIOS: 
A urbanização brasileira, rápida, sem planejamento e descontrolada é um dos fatores que têm contribuído 
direta e indiretamente para a degradação ambiental em diferentes biomas brasileiros. Um exemplo disso é 
o crescimento das cidades, que gera o desmatamento da cobertura vegetal para a expansão dos 
assentamentos humanos. Outro problema relevante são os núcleos de habitação irregulares que geralmente 
se instalam em áreas de grande sensibilidade ambiental para os biomas, como regiões de mananciais, de 
florestas, de encostas etc. 
Gabarito: Certo 
(CESPE/IRB/2004 – DIPLOMATA) Diversos mapas temáticos do território brasileiro geralmente apresentam 
fortes contrastes inter e intrarregionais. Acerca dessas disparidades e das tendências de mudança, julgue 
o item a seguir. 
49. O país viveu uma explosão urbana derivada de seu processo de industrialização e vem diminuindo, 
na atualidade, a concentração espacial de sua população, em função dos fluxos migratórios em direção às 
áreas de fronteira econômica. 
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COMENTÁRIOS: 
O processo de urbanização brasileiro ocorreu de forma muito rápida, tendo relação direta com o processo 
de industrialização. Outro motivo é a própria diminuição da migração inter e intrarregional, com menos 
habitantes deixando as suas cidades e regiões. 
Gabarito: Certo 
 
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QUESTÕES COMENTADAS – DESENVOLVIMENTO URBANO 
BRASILEIRO – FGV 
1. (FGV/IBGE/2016) A tabela abaixo apresenta os dados sobre a mobilidade pendular nas regiões 
metropolitanas do estado de São Paulo, nos anos de 2000 e 2010: 
 
As pesquisas sobre deslocamentos pendulares são de fundamental importância para subsidiar o 
planejamento urbano e regional, pois fornecem um indicador da integração funcional entre localidades. 
Compreende-se como mobilidade pendular e considera-se um dos efeitos de seu incremento para as regiões 
metropolitanas, respectivamente: 
(A) o deslocamento regular de pessoas para outros municípios, para fins de trabalho e/ou estudo, e de 
retorno aos seus domicílios; o aumento do contingente de passageiros nos transportes intermunicipais; 
(B) a circulação periódica de trabalhadores da casa para o trabalho e do trabalho para a casa; a melhoria da 
qualidade de vida dos trabalhadores residentes nos municípios da periferia da região metropolitana; 
(C) a transferência sazonal de trabalhadores das cidades médias para as grandes metrópoles em busca de 
emprego, lazer e moradia; a sobrecarga dos serviços de uso coletivo nas áreas centrais das regiões 
metropolitanas; 
(D) a migração interna e temporária de trabalhadores, consumidores e estudantes para as periferias 
metropolitanas; a diminuição do preço da terra no núcleo metropolitano; 
(E) o movimento estacional de pessoas em busca de serviços públicos na área core da metrópole; o aumento 
do custo de transporte para as pessoas que realizam deslocamentos intermunicipais. 
COMENTÁRIOS: 
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Mobilidade pendular é o movimento populacional regular em que as pessoas viajam da cidade em que 
residem para outra cidade onde trabalham ou estudam em tempo integral. Também é conhecida por 
migração pendular. Como é um movimento populacional regular, ocasiona o aumento do contingente de 
passageiros nos transportes intermunicipais. As pessoas se deslocam para municípios diferentes dos que 
residem. 
Gabarito: A 
2. (FGV/IBGE/2016) A teoria das localidades centrais considera os núcleos de povoamento, sejam 
grandes cidades ou núcleos semirrurais, como localidades centrais. Estas, por sua vez, são dotadas de 
funções centrais, que são atividades de distribuição de bens e serviços para uma população externa, 
residente da área de influência, em relação à qual a localidade central tem uma posição central. 
O quadro abaixo apresenta as cidades de uma rede urbana hipotética e suas funções. 
 
Adaptado de: Corrêa, Roberto Lobato. A rede urbana. São Paulo: Ática, 1989. 
A partir da análise do quadro e da teoria das localidades centrais, é correto afirmar que: 
(A) dentre os bens ou serviços distribuídos na rede urbana hipotética, X é o consumido com menor 
frequência; 
(B) dentre os bens ou serviços distribuídos na rede urbana hipotética, R é o consumido com maior 
frequência; 
(C) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 1 possui a menor área de influência; 
(D) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 3 possui a maior centralidade; 
(E) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 5 possui a menor centralidade. 
COMENTÁRIOS: 
Não precisa se apavorar com esta questão. A FGV é uma banca difícil mesmo. Com calma e atenção, pode-
se resolver tranquilamente. São cinco cidades – 1, 2, 3, 4 e 5. E cinco tipos de bens e serviços – R, W, Z, Y e 
X. Vejamos cada alternativa: 
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(A) Incorreta. O bem e serviço X é consumido nas cinco cidades, é o consumido com maior frequência. 
(B) Incorreta. “R” só é consumido na cidade 1, é o bem e serviço consumido com menor frequência. 
(C) Incorreta. A cidade 1 está no topo da hierarquia urbana, sua área de influência é a maior, abrange as 
cidades 2, 3, 4 e 5. 
(D) Incorreta. A cidade 3 está no terceiro nível da hierarquia urbana. As cidades 1 e depois a 2 possuem mais 
centralidade que a 3. 
(E) Correta. A cidade 5 não exerce influência nas demais cidades, é a de menor centralidade. 
Gabarito: E 
3. (FGV/IBGE/2016) O texto a seguir descreve duas fases do processo de urbanização do território 
brasileiro após a década de 1950. 
“Desde a revolução urbana brasileira, consecutiva à revolução demográfica dos anos 1950, tivemos, 
primeiro, uma urbanização aglomerada, com o aumento do número - e da respectiva população - dos núcleos 
com mais de 20 mil habitantes, e em seguida, uma urbanização concentrada, com a multiplicação de cidades 
de tamanho intermédio [...].” 
Fonte: SANTOS, M. e SILVEIRA, M. Brasil: Território e Sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001: 202. 
Mapa 1 Mapa 2 
Cidades com mais de 500 mil habitantes – 1960 Cidades com mais de 500 mil habitantes – 1996 
 
Fonte: SANTOS, M. e SILVEIRA, M. Brasil: Território e Sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. 
A terceira fase, representada nos mapas, caracterizou-se pela: 
(A) urbanização difusa; 
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(B) reurbanização; 
(C) metropolização; 
(D) explosão demográfica; 
(E) periurbanização. 
COMENTÁRIOS: 
Letra A, incorreta. A urbanização brasileira foi acelerada, desigual e concentradora. Se foi concentradora, 
não poderia ter sido difusa. 
Letra B, incorreta. Reurbanização é dotar um espaço urbano degradado ou decadente com uma melhor 
infraestrutura para que se tenha uma melhor qualidade de vida e revalorização do espaço no meio urbano. 
Letra C, correta. A urbanização foi essencialmenteconcentradora. Em 1950, o Brasil tinha três cidades de 
grande porte: apenas Rio de Janeiro, São Paulo e Recife abrigavam mais de 500 mil habitantes. Em 2000, 
nada menos que 31 cidades já tinham ultrapassado essa marca, número que chega a 38 em 2010. A 
concentração espacial determinou a aglomeração espacial: o resultado foi a metropolização, ou seja, a 
formação das metrópoles. A fonte da questão é o livro Brasil: Território e Sociedade no início do século XXI 
(Rio de Janeiro: Record, 2001: 202). Vejamos o que dizem os autores: Desde a revolução urbana brasileira, 
consecutiva à revolução demográfica, tivemos, primeiro, uma urbanização aglomerada, com o aumento do 
número – e da respectiva população – dos núcleos com mais de 20 mil habitantes, e em seguida, uma 
urbanização concentrada, com a multiplicação de cidades de tamanho intermédio, para alcançarmos, depois, 
o estágio da metropolização, com o aumento considerável de cidades milionárias e de grandes cidades 
médias. 
Letra D, incorreta. O conceito de explosão demográfica relaciona-se com um aumento elevado, acelerado e 
repentino da população. 
Letra E, incorreta. Periurbanização consiste no processo de expansão urbana para além dos subúrbios de 
uma cidade, caracterizando-se pelo desenvolvimento de atividades e estruturas urbanas misturadas com 
atividades rurais. 
Gabarito: C 
4. (FGV/PM-MA/2012) A estrutura das maiores metrópoles brasileiras apresenta situações e 
problemas que revelam a complexidade dos grandes espaços urbanos. 
As alternativas a seguir apresentam corretamente situações ou problemas relativos à organização interna 
das metrópoles brasileiras, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) A segregação residencial exclui grupos de renda mais baixa dos espaços reservados para os grupos 
economicamente dominantes. 
b) O uso do solo urbano mostra grande diversidade – residencial, industrial, comercial, de serviços ou misto. 
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c) A estrutura viária atende com eficiência os fluxos realizados pelos trabalhadores entre suas áreas de 
moradias e seus locais de trabalho. 
d) A área central corresponde, quase sempre, ao centro histórico e, em alguns casos, ao moderno centro de 
negócios. 
e) A proliferação de subcentros de comércio e de serviços resulta da expansão da metrópole em termos 
físicos e populacionais. 
COMENTÁRIOS: 
Ora pessoal, sabe-se que, nas metrópoles brasileiras, a estrutura viária não atende com eficiência os fluxos 
realizados pelos trabalhadores entre suas áreas de moradias e seus locais de trabalho. O trânsito é muitas 
vezes caótico, o transporte coletivo deficiente e os engarrafamentos são diários e às vezes atingem dezenas 
ou centenas de quilômetros, conforme a metrópole. 
Gabarito: C 
 
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QUESTÕES COMENTADAS – DESENVOLVIMENTO URBANO 
BRASILEIRO – IBFC 
1. (IBFC/IBGE/2023) De acordo com os resultados do Censo Demográfico de 2022, há 23,8 pessoas por 
quilômetro quadrado no país. Com o aumento da população entre 2010 e 2022, atingindo o total de 203,1 
milhões de pessoas, a ______ do país passou de 22,43 para 23,8 habitantes por quilômetro quadrado (km²) 
no mesmo período. 
(Adaptado de IBGE, 2023). 
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. 
a) Concentração urbana. 
b) Taxa de natalidade. 
c) Taxa de fecundidade. 
d) Densidade demográfica. 
e) Crescimento vegetativo. 
COMENTÁRIOS: 
O enunciado se refere à densidade demográfica, conceito ligado à medida da população em relação à área 
territorial. Em outras palavras, é o número de habitantes por quilômetro quadrado (km²) de uma 
determinada região. A fórmula para calcular a densidade demográfica é bastante simples: divide-se a 
população total de uma área pela sua extensão territorial em km². 
No caso da questão, o Censo Demográfico de 2022 registrou que a densidade demográfica do país é de 23,8 
habitantes por km². Isso significa que, em média, há cerca de 23,8 pessoas vivendo em cada quilômetro 
quadrado do território brasileiro. 
A densidade demográfica é uma medida importante para compreender como a população está distribuída 
em uma área e pode variar significativamente de uma região para outra. Por exemplo, áreas urbanas têm 
uma densidade demográfica mais alta do que áreas rurais, onde a população é menos concentrada. 
“Concentração urbana” é um conceito utilizado pelo IBGE para designar arranjos populacionais acima de 100 
mil habitantes. 
“Taxa de natalidade” é o número de nascidos vivos em permilagem (número de crianças nascidas para cada 
mil habitantes) em uma região em um determinado período (geralmente um ano). 
“Taxa de fecundidade” é o número médio de filhos por mulher em idade fértil. 
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“Crescimento vegetativo” é a diferença entre taxa de natalidade e taxa de mortalidade, ou seja, o 
crescimento natural da população. 
Gabarito: D 
2. (IBFC/IBGE/2023) O crescimento de regiões metropolitanas é um fato marcante da urbanização 
brasileira. 
(SCARLATO, 2011). 
Assinale a alternativa que não corresponde a Regiões Metropolitanas (RM) localizadas nas regiões Norte ou 
Nordeste do Brasil. 
a) RM de Belém. 
b) RM de Manaus. 
c) RM do Recife. 
d) RM de Salvador.    
e) RM de Goiânia. 
COMENTÁRIOS: 
As Regiões Metropolitanas de Belém e Manaus se localizam na região Norte. Já as Regiões Metropolitanas 
de Recife e Salvador estão na região Nordeste. Dessa forma, a única que não se localiza nessas duas regiões 
é a Região Metropolitana de Goiânia, que se encontra no estado de Goiás, na região Centro-oeste. 
Gabarito: E 
3. (IBFC/SEE-AC/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) Tal fenômeno fundamentalmente urbano 
consiste em uma série de melhorias físicas ou materiais e mudanças imateriais – econômicas, sociais e 
culturais – que ocorrem em alguns centros urbanos antigos, os quais experimentam uma apreciável 
elevação de seu status. Este processo tem se desenvolvido nos países industrializados basicamente ao 
longo da etapa chamada pós-industrial ou pós-moderna, iniciada com o declínio do modelo 
socioeconômico industrial tradicional a partir dos anos de 1970. Caracteriza-se normalmente pela 
ocupação dos centros das cidades por uma parte da classe média, de elevada remuneração, que desloca 
os habitantes da classe baixa, de menor remuneração, que viviam no centro urbano. O deslocamento vem 
acompanhado de investimentos e melhorias tanto nas moradias (que são renovadas ou reabilitadas) 
quanto em toda área afetada, tais como comércio, equipamentos e serviços. 
(adaptado de BATALLER, 2012). 
Assinale a alternativa correta quanto ao fenômeno urbano descrito no texto. 
A) Êxodo urbano 
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B) Gentrificação 
C) Metropolização 
D) Transumância 
COMENTÁRIOS: 
O enunciado descreve o processo de gentrificação, um fenômeno urbano caracterizado pela valorização e 
pela renovação de áreas antigas das cidades, acompanhado pelo deslocamento da população de baixa renda 
e a chegada de moradores de maior poder aquisitivo. Esse processo está associado a melhorias físicas, 
econômicas e culturais nas áreas afetadas. 
O êxodo urbano se refere ao movimento de migração da população das áreas urbanas para áreas rurais. 
A metropolização diz respeito ao processo de concentração de população,de atividades econômicas e de 
serviços nas áreas metropolitanas. 
Por fim, a transumância é um movimento sazonal e periódico em que os migrantes passam alguns meses do 
ano em locais distintos de suas moradias. A motivação desse tipo de deslocamento está relacionada, na 
maioria das vezes, a determinantes naturais, como cheias e estiagem prolongada, e ao trabalho. Esse 
deslocamento é também conhecido como migração sazonal. 
Gabarito: B 
4. (IBFC/SEE-AC/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) “O fenômeno da mobilidade populacional vem, 
desde as últimas décadas do século XX, apresentando transformações significativas no seu 
comportamento, não só no Brasil como também em outras partes do mundo” (IBGE, 2011). 
No que se refere à migração pendular, assinale a alternativa correta. 
A) É protagonizada por famílias que mudam de forma permanente de uma cidade para outra 
B) É um fenômeno que só ocorre nos bairros centrais de cidades com população acima de 100.000 habitantes 
C) Só ocorre em países que possuem invernos rigorosos, como por exemplo no Hemisfério Norte 
D) É protagonizada por trabalhadores e estudantes que se deslocam diariamente para trabalhar e estudar 
em outra cidade e retornam às suas cidades de origem para dormir 
COMENTÁRIOS: 
A migração pendular é um fenômeno comum nas áreas metropolitanas e regiões urbanizadas, onde muitas 
pessoas optam por morar em cidades próximas de sua área de trabalho ou estudo. Esse deslocamento diário 
pode ocorrer por diversos motivos, como busca de melhores oportunidades de emprego, acesso a serviços 
especializados ou oferta educacional mais ampla. 
Dito isso, nosso gabarito é a letra “D”. Vejamos o erro das outras alternativas: 
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a) Incorreta. A migração pendular não implica mudança permanente de uma cidade para outra, pois é um 
deslocamento diário. 
b) Incorreta. A migração pendular não está restrita apenas aos bairros centrais de cidades grandes. Na 
verdade, é mais comum que ocorra das áreas periféricas para as áreas centrais das cidades, porém, também 
ocorre em diferentes áreas urbanas, independentemente do tamanho da população, embora seja mais 
perceptível em grandes metrópoles. 
c) Incorreta. A migração pendular não está associada exclusivamente a países com invernos rigorosos. Esse 
fenômeno pode ocorrer em qualquer país, independentemente das condições climáticas. 
Gabarito: D 
5. (IBFC/SEED-PR/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) “Dados sobre a situação global das metrópoles, 
consolidados pelo Programa das Nações Unidas para Assentamentos Urbanos (UNHabitat), revelam que, 
em 2020, havia 2,59 bilhões de pessoas vivendo em metrópoles, cerca de um terço da população mundial”. 
(BAPTISTA; DIAS, 2021). 
No que se refere às características das metrópoles brasileiras, assinale alternativa correta. 
A) Nas metrópoles, sob o ponto de vista econômico, desenvolvem-se redes interdependentes de 
fornecimento de bens, serviços, produção e distribuição de alimentos 
B) A expansão de duas cidades que compõem uma mesma região metropolitana pode ocorrer uma em 
direção à outra, de tal forma que os seus limites podem desaparecer, gerando uma megalópole 
C) No Brasil, as metrópoles se desenvolveram de forma planejada e ordenada, razão pela qual a 
infraestrutura e os serviços públicos oferecidos possuem melhor qualidade em relação às cidades menores 
D) São Paulo é a maior metrópole do país em relação ao tamanho da sua população, além de ser a terceira 
maior da América Latina, atrás apenas de Buenos Aires, na Argentina, e Santiago, no Chile 
E) Brasília é considerada uma metrópole nacional brasileira, planejada para ser a Capital Federal e que 
recentemente foi reconhecida pelo status de megacidade 
COMENTÁRIOS: 
a) Correta. Nas metrópoles, há uma intensa interconexão econômica em que se estabelecem redes de 
fornecimento de diversos produtos e serviços, incluindo alimentos. 
b) Incorreta. A alternativa descreve o processo de conurbação, que é expansão de duas cidades uma em 
direção à outra, de tal forma que os seus limites físicos podem desaparecer. As megalópoles são formadas 
também pelo processo de conurbação, mas entre duas ou mais metrópoles ou regiões metropolitanas. 
c) Incorreta. O desenvolvimento das metrópoles no Brasil ocorreu de forma desordenada e não planejada. 
Por serem grandes cidades e pelas demandas populares, o poder público teve que se organizar para 
disponibilizar infraestrutura e serviços públicos à população. No geral, não atendem plenamente às 
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necessidades dos seus habitantes. A realidade brasileira é variada; pequenas cidades podem ter uma oferta 
melhor de infraestrutura e qualidade de serviços públicos em relação às grandes cidades ou não. Isso vai 
depender de alguns fatores, tais como a localização da cidade, as condições econômicas e o número de 
habitantes. Todavia, a diversidade de serviços públicos oferecidos nas grandes cidades é inegavelmente bem 
maior do que nas pequenas cidades. 
d) Incorreta. São Paulo de fato é a maior metrópole do país em relação ao tamanho da sua população, assim 
como é a maior metrópole da América Latina, seguida da Cidade do México e de Buenos Aires. 
e) Incorreta. Brasília é a Capital Federal e uma cidade importante no cenário político e econômico nacional, 
mas não é considerada uma “megacidade”. O termo "megacidade" refere-se a cidades com uma população 
superior a 10 milhões de habitantes, o que não se aplica à Brasília. Conforme o estudo REGIC do IBGE, Brasília 
é uma metrópole nacional. 
Gabarito: A 
6. (IBFC/SEC-BA/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) 
 
A fotografia aérea acima é do bairro Stella Maris, em Salvador - BA, e, ao fundo, pode-se observar o município 
de Lauro de Freitas - BA. Esses dois municípios cresceram um em direção ao outro, sendo atualmente difícil 
perceber onde é que um termina e onde o outro começa. Assinale a alternativa correspondente ao nome do 
processo descrito no texto, de forma correta 
A) Conurbação 
B) Megalopolização 
C) Rurbanização 
D) Verticalização 
E) Gentrificação 
COMENTÁRIOS: 
O processo urbano no qual a área urbana de um município cresce em direção ao outro, tornando difícil a 
percepção de onde termina uma e começa a outra, é denominado de conurbação, que se refere à unificação 
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das malhas urbanas de dois municípios. É um processo muito comum em regiões metropolitanas, mas não 
significa que esteja restrito a essas áreas. A conurbação costuma ocorrer em municípios onde a 
interdependência econômica é muito forte. 
Portanto, o gabarito é a letra “A”. Vamos passar pelas outras alternativas: 
Megalopolização é o processo de crescimento e de expansão urbana que leva à formação de megalópoles. 
A megalópole é uma região formada por várias metrópoles interligadas entre si. No Brasil, não há uma 
megalópole bem definida e estabelecida, mas muitos autores entendem que entre Rio de Janeiro e São Paulo 
existe uma megalópole em formação. 
Rurbanização é o fenômeno que ocorre quando áreas rurais se tornam urbanizadas, apresentando 
características tanto urbanas quanto rurais. Nesse processo, ocorre a expansão das áreas urbanas para as 
zonas rurais, com a incorporação de atividades urbanas, como comércio e serviços em áreas anteriormente 
agrícolas. 
Verticalização é o processo de aumento da construção de edifícios nas áreas urbanas, marcado pelo 
adensamento vertical das construções.Gentrificação é o processo de transformação de áreas urbanas degradadas ou de baixa renda em áreas de 
classe média ou alta. Geralmente, ocorre por meio da reabilitação de edifícios antigos, investimentos em 
infraestrutura e atração de novos empreendimentos comerciais. A gentrificação pode levar à expulsão de 
moradores de baixa renda, devido ao aumento dos preços dos imóveis e do custo de vida na região. 
Gabarito: A 
7. (IBFC/SEC-BA/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) Jonas está cursando Geografia na Universidade 
Federal da Bahia (UFBA). Como ele mora com a família em Lauro de Freitas - BA, todos os dias ele se desloca 
para Salvador -BA e, após terminar as suas atividades, retorna para a cidade na qual reside. 
Assinale a alternativa que corresponde ao tipo de migração realizada diariamente por Jonas, de forma 
correta. 
A) Transumância 
B) Êxodo urbano 
C) Migração pendular 
D) Migração intraurbana 
E) Nomadismo 
COMENTÁRIOS: 
A migração realizada por Jonas é denominada de migração pendular, caracterizada pelo deslocamento diário 
de pessoas entre sua cidade de residência e seu local de trabalho, estudo ou outras atividades. Nesse caso, 
Jonas se desloca diariamente de Lauro de Freitas para Salvador e retorna no final do dia, realizando um 
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movimento pendular entre as duas cidades. Esse tipo de migração é comum em áreas metropolitanas, nas 
quais as pessoas buscam oportunidades de trabalho, de estudo ou de serviços que não estão disponíveis em 
sua cidade de residência. 
A transumância é um movimento sazonal e periódico em que os migrantes passam alguns meses do ano em 
locais distintos de suas moradias. A motivação desse tipo de deslocamento está relacionada, na maior parte 
das vezes, a determinantes naturais, como cheias e estiagem prolongada, e ao trabalho. Esse deslocamento 
é também conhecido como migração sazonal. 
O termo êxodo urbano é utilizado para explicar a migração de uma população da cidade para o campo, a 
zona rural. 
A migração intraurbana acontece quando o indivíduo se desloca dentro dos limites de um mesmo município 
ou área urbana. 
Utiliza-se o termo nomadismo para se referir as pessoas que não têm uma residência fixa e estão 
constantemente se deslocando de um local a outro. 
Gabarito: C 
8. (IBFC/SEED-RR/2021 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) “Um crescimento que expande a cidade, 
prolongando-a de dentro para fora de seu perímetro, e absorve aglomerados rurais e outras cidades. Estas, 
até então com vida autônoma, acabam comportando-se como parte integrante da metrópole. Com a 
expansão e a integração, desaparecem os limites físicos entre os diferentes núcleos urbanos – fenômeno 
chamado de ______________” 
(SCARLATTO, 2011). 
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. 
A) Cidades gêmeas 
B) Anisotropia 
C) Conurbação 
D) Megacidade 
COMENTÁRIOS: 
O enunciado retrata a conurbação, um fenômeno que ocorre quando áreas urbanas distintas se expandem 
e se integram, resultando na formação de uma única área contínua. Nesse processo, os limites físicos entre 
as cidades desaparecem e elas passam a se comportar como partes integrantes de uma mesma metrópole. 
É um fenômeno comum em regiões metropolitanas e representa uma forma de expansão urbana que vai 
além dos limites do perímetro original da cidade, incorporando aglomerados rurais e outras cidades. A 
conurbação implica a intensificação das relações socioeconômicas, culturais e de infraestrutura entre as 
áreas urbanas envolvidas. 
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A anisotropia é um conceito utilizado na geografia para descrever a desigualdade na distribuição de 
características ou fenômenos em uma determinada área. Essa diferença pode ocorrer em relação ao espaço 
geográfico, aos recursos naturais, à infraestrutura, à densidade populacional e a outros aspectos. A 
anisotropia indica que essas características não estão distribuídas de forma uniforme, mas têm variações e 
disparidades em diferentes direções ou regiões. 
Cidades gêmeas são duas cidades localizadas próximas uma da outra, muitas vezes conurbadas, que têm 
interdependência e conexões significativas, mas se localizam em países diferentes, separadas por uma 
fronteira. 
Alguns exemplos de cidades gêmeas no Brasil: Aceguá (RS) e Acegua (Uruguai); Foz do Iguaçu (PR), Ciudad 
del Este (Paraguai) e Puerto Iguazú (Argentina); Ponta Porã (MS) e Pedro Juan Caballero (Paraguai) e 
Tabatinga (AM) e Letícia (Colômbia). 
Uma megacidade é uma área urbana caracterizada por uma população expressiva, geralmente acima de 10 
milhões de habitantes. Essas cidades são caracterizadas pelo seu tamanho e densidade populacional intensa, 
bem como por sua importância econômica, política e cultural. As megacidades geralmente enfrentam 
desafios complexos, como infraestrutura sobrecarregada, problemas de moradia, transporte e gestão dos 
recursos naturais. São exemplos de megacidades São Paulo, Tóquio, Mumbai e Cidade do México. 
Gabarito: C 
9. (IBFC/MGS/2019) “Um fato marcante da urbanização brasileira nos últimos anos é o contínuo 
crescimento das regiões metropolitanas. Com exceção de São Paulo, todas as demais regiões cresceram 
mais do que seus respectivos estados” (SCARLATO, 2011). 
Assinale a alternativa correta quanto a uma consequência do processo de crescimento das regiões 
metropolitanas no Brasil: 
A) A expansão vertical das cidades em direção às áreas periféricas e de risco 
B) A redução da poluição sonora, do ar e visual e melhor distribuição de empregos formais 
C) A deterioração de muitas áreas do centro antigo e fuga da população de maior renda para condomínios 
fechados 
D) A desvalorização do solo urbano e a maior acessibilidade de moradias à população de baixa renda 
COMENTÁRIOS: 
a) Incorreta. Expansão vertical significa a construção de edifícios. Essa expansão vertical geralmente ocorre 
nas áreas centrais e próximas, com boa infraestrutura urbana e oferta de serviços públicos e privados. São 
áreas mais valorizadas e com escassos terrenos vazios, sem construções. No geral, casas, edificações em 
andares e prédios menores são demolidos para darem espaço à construção de altos edifícios bem valorizados 
no quesito imobiliário. As cidades se expandem em direção às suas periferias e áreas de risco, mas é uma 
expansão principalmente horizontal. 
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b) Incorreta. O crescimento das regiões metropolitanas, em geral, não resulta automaticamente na redução 
da poluição e na melhoria na distribuição de empregos formais. O rápido crescimento urbano muitas vezes 
leva ao aumento da poluição e à concentração de empregos em determinadas áreas, gerando desigualdades 
socioespaciais. 
c) Correta. O crescimento das regiões metropolitanas pode resultar na deterioração de áreas do centro 
antigo das cidades, à medida que a população de maior renda migra para áreas mais periféricas, incluindo 
condomínios fechados. Isso pode levar ao abandono de áreas centrais e à exclusão socioespacial. 
d) Incorreta. O crescimento das regiões metropolitanas muitas vezes leva à valorização do solo urbano, 
especialmente em áreas mais centrais e bem localizadas. Isso pode resultar em dificuldades de acesso à 
moradia para a população de baixa renda, que acaba sendo deslocada para áreas mais periféricas e precárias. 
Gabarito: C 
 
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QUESTÕES COMENTADAS – DESENVOLVIMENTO URBANO 
BRASILEIRO – MULTIBANCAS 
1. (SELECON/PREFEITURA DE NOVA MUTUM – MT/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) Na cidade de 
Nova Mutum (MT), segundo o relatório do Plano Municipal de Saneamento Básico (2017), a ocorrência de 
alagamentos se dá anualmente no período de chuva entre os meses de novembro e abril, gerando 
transtornos, dada a grande quantidade de água escoada pelas vias. 
(Plano de Desenvolvimento Territorial do Turismo. Nova Mutum - MT, 2020) 
Tais ocorrências devem-se: 
A) ao aumento das áreas verdes. 
B) à ocupação regular do solo urbano. 
C) à acentuada impermeabilização do solo urbano. 
D) ao alto investimento em educação ambiental da população. 
COMENTÁRIOS: 
O enunciado descreve um cenário de alagamentos ocasionais na cidade de Nova Mutum (MT). Dentre as 
opções, a única que se apresenta corretamente possível é a alternativa “C”, a acentuada impermeabilização 
do solo urbano. Essa é uma das principais causas de alagamentos em áreas urbanas no país. 
Quando o solo é impermeabilizado por construções, calçadas, asfalto e outras superfícies impermeáveis, a 
água da chuva não consegue ser absorvida e escoa superficialmente para a rede de drenagem pluvial, 
aumentando o risco de alagamentos. 
a) Incorreta. O aumento das áreas verdes contribui para a redução do escoamento superficial da água. A 
vegetação ameniza o impacto do contato da água da chuva com o solo, contribui para a retenção do solo e 
para a infiltração dá água nesse solo, diminuindo a possibilidade de alagamentos e de escoamento superficial 
da água da chuva. 
b) Incorreta. A ocupação regular do solo urbano não necessariamente está ligada às ocorrências de 
alagamentos. Ocupação regular significa que houve planejamento adequado da sua ocupação, considerando 
os aspectos urbanos e ambientais, como a preservação de áreas verdes, a proteção de cursos d’água e a 
implantação de infraestruturas adequadas, a exemplo dos sistemas de drenagem da água pluvial. 
c) Incorreta. O investimento em educação ambiental é fundamental para a conscientização sobre o uso 
responsável da água e práticas de conservação ambiental. Se a conscientização ambiental fosse maior, com 
certeza, as cidades teriam menos problemas urbanos-ambientais, como os associados ao enunciado da 
questão. 
Gabarito: C 
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2. (FEPESE/PREFEITURA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC/2021) Sobre o processo de metropolização do 
Brasil, é correto afirmar: 
1. Em um primeiro momento, a urbanização brasileira caracterizou-se pelo crescimento dos maiores centros 
urbanos, que correspondiam, na maioria das vezes, às capitais estaduais ou aos centros industriais de maior 
expressão, como por exemplo, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, entre 
outros. 
2. O forte incremento populacional urbano fez nascer as principais metrópoles de nosso país, cidades com 
mais de um milhão de habitantes, caracterizadas pela concentração de capitais e da produção e por uma 
diversificada infraestrutura de serviços como saúde, educação e lazer. 
3. O grande afluxo de migrantes em direção às metrópoles brasileiras gerou um processo de crescimento 
exagerado e desordenado de suas áreas urbanas, que em muitos casos uniram-se às áreas urbanas de 
cidades próximas, criando grandes aglomerações. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
A) É correta apenas a afirmativa 1. 
B) É correta apenas a afirmativa 3. 
C) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2. 
D) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3. 
E) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3. 
COMENTÁRIOS: 
1 - Correta. Até meados dos anos 1960, a população brasileira era predominantemente rural. Entre as 
décadas de 1950 e 1980, houve um intenso crescimento da população urbana, com milhões de pessoas que 
migraram do campo para as cidades. Isso levou ao crescimento dos maiores centros urbanos, que 
correspondiam, na maioria das vezes, às capitais estaduais ou aos centros industriais de maior expressão, 
como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, entre outros. 
2 - Correta. O intenso crescimento populacional, concentrado em algumas cidades do território, fez nascer 
as principais metrópoles brasileiras. Não há uma definição única e absoluta sobre o conceito de metrópole. 
Então, para ser considerada metrópole, não é necessário que tenha mais de um milhão de habitantes, no 
entanto, na maioria dos casos, são cidades com grande população, que passam de um milhão de habitantes. 
A principal característica que define uma metrópole é a influência e a polarização que essas exercem a uma 
rede de municípios, influência essa de ordem econômica, política e sociocultural. Essa polarização é 
resultado de uma concentração de capitais e da produção, além de uma diversificada infraestrutura de 
serviços como saúde, educação e lazer. 
3 - Correta. O grande afluxo migratório em direção às cidades foi o principal responsável pelo crescimento 
das metrópoles brasileiras. Foi um crescimento rápido, exagerado e desordenado de suas áreas urbanas. À 
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medida que as cidades vão se expandindo horizontalmente, o seu crescimento extrapola às suas áreas 
municipais, unindo-se e aglomerando-se à área urbana dos municípios próximos. A esse processo dá-se o 
nome de conurbação. 
Gabarito: E 
3. (FCC/METRO SP/2015) Considere as seguintes afirmações: 
I. A falta de moradias ou déficit habitacional é uma das consequências do rápido crescimento da metrópole 
paulista. 
II. A região metropolitana de São Paulo tem como uma de suas características a pequena desigualdade 
socioeconômica entre seus habitantes. 
III. Um dos grandes desafios da metrópole paulista é ampliar a mobilidade urbana. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) I e III. 
c) I e II. 
d) II. 
e) II e III. 
COMENTÁRIOS: 
I. Correta. O crescimento rápido e desordenado da cidade de São Paulo ocasionou vários problemas urbanos, 
sendo um deles a falta de moradias ou déficit habitacional. 
II. Incorreta. São grandes as desigualdades econômicas, sociais e geográficas na região metropolitana de São 
Paulo. 
III. Correta. Um dos grandes desafios da metrópole paulista é ampliar a mobilidade urbana. Ampliar os meios 
de transporte coletivo; torná-los mais rápidos, confortáveis e baratos; transportar mais passageiros por 
metrô; promover a intermodalidade; dar mais fluidez ao trânsito e mais acessibilidade para quem anda a pé 
pela cidade são grandes desafios para a mobilidade urbana de São Paulo. 
Gabarito: B 
4. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE NATIVIDADE/2014) De acordo com informações da Organização das 
Nações Unidas (ONU), no ano de 2005, o Brasil registrava uma taxa de urbanização de 84,2% e, de acordo 
com algumas projeções, até 2050, a porcentagem da população brasileira que vive em centros urbanos 
deve saltar para 93,6%. Em termos absolutos serão 237,751 milhões de pessoas morando nas cidades do 
país na metade deste século, como mostra a figura a seguir. 
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Sobre a urbanização no Brasil, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) A urbanização do país não se distribui igualitariamente por todo o território nacional, concentrando‐se, 
principalmente, na região Sudeste, formada pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e 
Espírito Santo. 
() Apenas no início do século XXI é que a população rural declinou de forma acentuada, tornando‐se grande 
minoria, o que caracterizou o país como uma nação intensamente urbanizada. 
( ) O processo de urbanização no Brasil se assemelha ao europeu pela forma lenta que se deu, diferenciando 
apenas do fato de que na Europa foi menos volumosa e acompanhada pela oferta de empregos urbanos, 
moradias, escolas, saneamento básico etc. 
( ) A urbanização vem ocorrendo de maneira desordenada, de forma que os municípios encontram‐se 
despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, gerando uma série de problemas sociais 
e ambientais, dentre os quais destacam‐se o desemprego, a criminalidade e a favelização. 
A sequência está correta em 
a) F, F, V, V. 
b) F, V, V, F. 
c) V, F, V, F. 
d) V, F, F, V. 
COMENTÁRIOS: 
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Primeira alternativa – Verdadeira. A urbanização do país não se distribui igualitariamente por todo o 
território nacional, concentrando‐se, principalmente, na região Sudeste, formada pelos estados de São 
Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. 
Segunda Alternativa – Falsa. O Censo de 1960 indicou que 55% da população era rural. No Censo seguinte, 
de 1970, a população rural já passou a ser minoria, com 44%. Em 2000, 81% da população era urbana. Até a 
década de 1960, a população rural cresceu em números absolutos. A partir daí, passou a diminuir. 
Terceira Alternativa – Falsa. A urbanização brasileira foi acelerada. Em poucas décadas, o Brasil alcançou um 
alto percentual de população urbana. Foi um processo desordenado, sem a implementação de políticas 
indispensáveis para a inserção urbana digna da massa que abandonou o meio rural brasileiro. 
Quarta Alternativa – Verdadeira. A urbanização vem ocorrendo de maneira desordenada, de forma que os 
municípios encontram‐se despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, gerando uma 
série de problemas sociais e ambientais, dentre os quais destacam‐se o desemprego, a criminalidade e a 
favelização. 
Gabarito: D (V, F, F, V) 
5. (CONSULPLAN/IBGE/2009) À medida que ocorre o crescimento espacial surgem alguns fenômenos 
urbanos. A partir desta afirmativa, relacione o fenômeno urbano (Conurbação, Megalópole e Região 
Metropolitana) com sua respectiva definição: 
1. Conurbação. 
2. Megalópole. 
3. Região Metropolitana. 
( ) Trata-se da união espacial (combinação) de várias grandes cidades (metrópoles), formando uma 
gigantesca área urbanizada. 
( ) É uma união espacial de cidades vizinhas, devido ao crescimento horizontal. 
( ) É o conjunto de municípios contíguos e interligados socioeconomicamente a uma cidade principal 
(metrópole) com serviços públicos e infraestrutura comum 
A sequência está correta em: 
A) 1, 2, 3 
B) 3, 2, 1 
C) 2, 3, 1 
D) 2, 1, 3 
E) 1, 3, 2 
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COMENTÁRIOS: 
Megalópole é o conjunto de metrópoles interligadas, formando uma gigantesca área urbanizada. 
Conurbação é o conjunto formado por duas ou mais cidades próximas em que ocorre interação física e 
funcional entre elas, como São Paulo o Osasco, por exemplo, duas cidades do estado de São Paulo. Regiões 
metropolitanas correspondem a grandes espaços urbanizados, formados por municípios adjacentes, 
integrados funcional e socioeconomicamente a uma metrópole. 
Gabarito: D (2,1,3) 
6. (CONSULPLAN/IBGE/2009) Considerando a atuação do Estado no processo de urbanização no 
Brasil, pode-se afirmar que: 
A) A ação do Estado deu-se sempre no sentido de intervir para “ajustar a desordem”, por meio do 
planejamento urbano. 
B) Um dos melhores exemplos para expressar a histórica capacidade do Estado brasileiro de sustentar 
qualquer processo de planejamento urbano são as experiências de cidades projetadas, como Belo Horizonte, 
em 1987; Goiânia, em 1935 e Brasília, em 1960. 
C) Brasília e sua periferia são a comprovação da consistência do planejamento urbano no Brasil. 
D) O poder público sempre buscou controlar a reprodução da segregação espacial. 
E) O poder público ao longo do processo de urbanização no Brasil age de forma paternalista ao urbanizar 
favelas, legitimando movimentos sociais urbanos como dos sem-terra, dos pró-favelas e dos cortiços, dando 
títulos de posse para terrenos irregulares, asfaltando e urbanizando loteamentos com ruas e casas em 
desalinho. 
COMENTÁRIOS: 
A) Errada. A regra tem sido essa, o Estado brasileiro atua para fazer o planejamento urbano possível em 
cidades e zonas urbanas de urbanização consolidada. Claro que o Estado brasileiro tem atuado em prol de 
melhorar e planejar a expansão urbana das cidades brasileiras. Há muitos esforços e programas recentes 
nesse sentido. Mas foram raros os casos em que atuou para planejar a construção de cidades, como Brasília, 
Palmas, Goiânia e Belo Horizonte. 
B) Errada. Não existiu e não existe essa capacidade histórica de o Estado brasileiro sustentar “qualquer” 
processo de planejamento urbano. Belo Horizonte foi projeta no século XIX e inaugurada em 1897. 
C) Errada. A fundação e o crescimento de Brasília produziram o entorno, periferia que fica na divisa do 
Distrito Federal com Goiás. São cidades não planejadas e com grandes problemas urbanos e sociais. Também 
a população do Distrito Federal é várias vezes maior do que a prevista quando do seu planejamento. 
Portanto, comprovações da fragilidade do planejamento urbano no Brasil. 
D) Errada. Historicamente, o poder público não demonstra capacidade de controlar a segregação espacial. 
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E) Certa. Este é o gabarito, mas é complicado dizer que, ao longo do processo de urbanização no Brasil, o 
poder público tem agido de forma paternalista ao urbanizar favelas. A urbanização de favelas e 
assentamentos precários é, em regra, conquista dos movimentos sociais urbanos. Claro que eram terrenos 
irregulares e a urbanização se processa sobre uma ocupação já consolidada com muitas ruas e casas em 
desalinho. 
Gabarito: E 
7. (CONSULPLAN/IBGE/2009) Analise as afirmativas acerca dos problemas sociais e urbanos 
brasileiros: 
1. É muito comum ainda, nas cidades brasileiras, a morte de crianças por doenças transmissíveis, 
principalmente quando a elas se junta a desnutrição. 
2. A ampliação da infraestrutura urbana como água encanada, pavimentação de ruas, iluminação, 
transportes, redes de esgotos, tem acompanhado a periferia, beneficiando grande contingente populacional. 
3. Nos terrenos muito inclinados, os moradores veem colocadas em perigo suas próprias vidas quando as 
chuvas fortes provocam erosão, deslizamentos e desmoronamentos. 
É (são) verdadeira(s) apenas a(s) afirmativa(s): 
A) 1, 3 
B) 1, 2 
C) 2, 3 
D) 1 
E) 2 
COMENTÁRIOS: 
1. VERDADEIRA. É muito comum esse tipo de morte de crianças no Brasil. 
2. FALSA. Cabe destacar que os investimentos em infraestrutura urbana, como água encanada, 
pavimentação de ruas, iluminação, transportes e redes de esgotos cresceram muito no Brasil nos últimos 
anos, beneficiando milhões de pessoas. No entanto, ainda são insuficientes para atender ao déficit desses 
serviços que abrange grande contingente populacional das cidades e das suas periferias. 
3. VERDADEIRA. Nos últimos anos, o Brasil, infelizmente, tem convivido com notícias de tragédias de erosão, 
deslizamentos e desmoronamentos, como as da região serrana do Rio de Janeiro. Em todas elas, havia a 
presença de moradores e moradias em terrenos muitoinclinados, em áreas de risco, impróprias para a 
ocupação humana. 
Gabarito: A (1,3) 
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8. (CONSULPLAN/IBGE/2008) Sobre as regiões metropolitanas brasileiras pode-se afirmar que, 
EXCETO: 
a) As regiões metropolitanas do Brasil, criadas em 1973, por lei aprovada no Congresso Nacional, são 
definidas como um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade 
central, com serviços públicos e infraestrutura comum. 
b) No Brasil, são legalmente reconhecidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) treze 
regiões metropolitanas, as quais localizam-se no entorno das capitais brasileiras. 
c) As regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro são consideradas nacionais, pois polarizam o país 
inteiro e as demais, são consideradas regionais ou locais, devido à abrangência da rede de polarização. 
d) Existem regiões metropolitanas que constam de aglomerações urbanas constituídas de duas ou mais 
cidades médias ou pequenas, nas quais a polarização de uma cidade de destaque pode ocorrer apenas em 
nível local. 
e) A metrópole paulista localizada em uma região metropolitana nacional é também considerada uma cidade 
global, pois está integrada aos fluxos mundiais. 
COMENTÁRIOS: 
a) Correto. As primeiras regiões metropolitanas do Brasil foram criadas em 1973, por meio de uma lei federal. 
Com a Constituição Federal de 1988, a criação de regiões metropolitanas passou a ser de competência dos 
estados. Pode-se definir regiões metropolitanas como um conjunto de municípios contíguos e integrados 
socioeconomicamente a uma cidade central, com serviços públicos e infraestrutura comum. 
b) Incorreta. O IBGE não tem o poder legal de reconhecer ou não regiões metropolitanas, pois estas são 
criadas por leis estaduais. 
c) Correta. As regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro são consideradas nacionais, pois 
polarizam o país inteiro e as demais, são consideradas regionais ou locais, devido à abrangência da rede de 
polarização. 
d) Correta. A Constituição de 1988 atribuiu aos estados a competência para criação de regiões 
metropolitanas e aglomerações urbanas. Cada estado define seus critérios para a criação de regiões 
metropolitanas. Isso fez com que esse instituto fosse bastante desvirtuado por alguns estados, como Paraíba, 
Santa Catarina e Alagoas, que contam com 12, 10 e 6 regiões metropolitanas respectivamente. Sim, 
acreditem! E há no Brasil regiões metropolitanas com dois municípios e menos de trinta mil habitantes. Uma 
completa aberração! 
e) Correta. São Paulo está no topo da hierarquia urbana brasileira, é a grande metrópole nacional. 
Juntamente com o Rio de Janeiro, integra o seleto grupo das 40 cidades mais importantes do mundo, as 
cidades globais, na classificação de Saskia Sassen. O conceito de cidades globais está diretamente ligado à 
noção de poder. Essas cidades funcionam como centros de gestão de redes mundiais que desempenham 
funções políticas e econômicas de primeira grandeza. As cidades globais são centros de tomadas de decisões 
que afetam profundamente a vida das nações do mundo inteiro. Nessas cidades situam-se os principais 
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mercados financeiros, as grandes instituições multilaterais, as sedes das mais poderosas empresas 
transnacionais. 
Gabarito: B 
9. (CONSULPLAN/IBGE/2008) Observe a tabela abaixo e responda à questão: 
Taxa de Urbanização Brasileira Por Regiões (%) Brasil, 1950-1996 
 Região 1950 1970 1996 
Sudeste 44,5 72,7 89,3 
Sul 29,5 44,3 77,2 
Nordeste 26,4 41,8 65,2 
Centro-Oeste 24,4 48,0 84,4 
Norte 31,5 45,1 62,4 
Brasil 36,2 55,9 78,4 
FONTE: Anuário Estatístico do Brasil, 1997. 
A tabela demonstra que o processo de urbanização da população brasileira se intensificou com o passar dos 
anos. Assinale a alternativa que contenha as regiões brasileiras nas quais esse processo ocorreu de forma 
mais intensa e menos intensa no período de 1970/1996, respectivamente: 
a) Sul e Centro-Oeste. 
b) Centro-Oeste e Sudeste. 
c) Nordeste e Norte. 
d) Sul e Norte. 
e) Sudeste e Nordeste. 
COMENTÁRIOS: 
Pessoal, é só comparar as taxas de urbanização em 1970 com as de 1996. Diminuir o percentual de 1996 em 
relação ao de 1970. Assim, temos: 
Sudeste: 89,3% - 72,7% = 16,6% 
Sul: 77,2 - 44,3 = 32,9 
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Nordeste: 65,2 - 41,8 = 23,4 
Centro-Oeste: 84,4 - 48,0 = 36,4 
Norte: 62,4 - 45,1 = 17,4 
No período de 1970 a 1996, o processo de urbanização ocorreu de forma mais intensa no Centro-Oeste e 
menos intensa no Sudeste. 
Gabarito: B 
10. (NCE RJ/IBGE/2005) O processo de urbanização acelerou-se no Brasil a partir da década de 1960, 
resultando no crescimento da população urbana e na extensão da rede urbana por todo o território. No 
entanto, esse processo não foi equilibrado e teve como consequência: 
(A) o esvaziamento populacional das cidades médias; 
(B) o esvaziamento das Regiões Metropolitanas; 
(C) a concentração de população nas cidades médias e pequenas; 
(D) a concentração de população nas Regiões Metropolitanas; 
(E) a expansão das cidades pequenas e o esvaziamento das capitais. 
COMENTÁRIOS: 
O processo de urbanização brasileira não foi planejado, foi rápido e desordenado. Uma das consequências 
de como o processo se deu foi a concentração de população nas Regiões Metropolitanas, que ofereciam as 
melhores condições de trabalho e maior diversidade de serviços urbanos. 
Gabarito: D 
11. (NCE RJ/IBGE/2005) O Brasil nunca deixou de ter pobres, eles mudaram de lugar. Até a primeira 
metade do século XX, a população de menor renda do país estava localizada, em sua maioria, no campo. 
Na atualidade, a grande concentração de população de baixa renda encontra-se: 
(A) nas áreas centrais das cidades; 
(B) na Região Amazônica; 
(C) nos municípios da periferia das Zonas Metropolitanas; 
(D) nos estados da Região Centro-Oeste; 
(E) nos pequenos municípios do Sudeste e do Sul. 
COMENTÁRIOS: 
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Com 84% da população vivendo nas cidades, os municípios da periferia das regiões metropolitanas passaram 
a concentrar o maior contingente de população de baixa renda no Brasil. 
Gabarito: C 
 
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LISTA DE QUESTÕES – DESENVOLVIMENTO URBANO 
BRASILEIRO – CESGRANRIO 
1. (CESGRANRIO/IBGE/2016) No gráfico a seguir, é apresentada a evolução das populações urbana e 
rural no Brasil. 
 
A partir da década de 1970, verifica-se a ultrapassagem do contingente de população urbana em relação à 
rural, que decorre do seguinte fator estrutural: 
(A) Expansão da agroecologia 
(B) Redução do analfabetismo 
(C) Regressão do rodoviarismo 
(D) Avanço da industrialização 
(E) Realização de megaeventos 
2. (CESGRANRIO/IBGE/2016) Se você vive em uma cidade, é provável que o ar que respira não esteja 
dentro dos padrões considerados saudáveis. Um relatório divulgado pela Organização Mundial da Saúde 
aponta que 80% da população urbana mundial estão expostos a poluentes em quantidade superior aos 
limites recomendados. No Brasil, das 45 cidades estudadas, 40 têm poluentesno ar em níveis maiores que 
os recomendados. A cidade brasileira com maiores níveis de poluição atmosférica é Santa Gertrudes, a 
cerca de 170 quilômetros da capital paulista. Segundo a prefeitura de Santa Gertrudes, a principal fonte 
de poluição no município vem da indústria de cerâmica, precisamente no transporte de material. 
MATSUURA, S.; BAIMA, C. Poluição fatal. O Globo. Sociedade, 13 maio 2016. Adaptado. 
Esse problema ambiental provoca um dano direto à vida cotidiana dos cidadãos, que é a(o) 
(A) ampliação da violência intraurbana 
(B) diminuição dos incentivos fiscais municipais 
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(C) implantação do setor informal da economia 
(D) incremento de doenças cardiovasculares 
(E) decréscimo do número de leitos hospitalares 
3. (CESGRANRIO/IBGE/2016) No Censo do IBGE de 2010, o país possuía uma população de 
aproximadamente 191 milhões de habitantes. Desses, cerca de 161 milhões viviam nas zonas urbanas, 
enquanto apenas 29 milhões viviam na zona rural. Mas nem sempre foi assim. Até a década de 1960, a 
maioria da população morava no campo e a quantidade de cidades era bem menor do que a atual. [...] Na 
década de 1970, o número de habitantes morando nas cidades foi, pela primeira vez, maior do que a 
população que vivia na zona rural. Esse crescimento do meio urbano proporcionalmente maior do que o 
do meio rural recebe o nome de Urbanização [...] 
A partir de 1990, especialmente, há novas tendências no processo de urbanização brasileiro. Uma dessas 
tendências é a(o) 
(A) redução do custo de vida nas metrópoles 
(B) retração das áreas de ocupação irregular 
(C) alteração do ritmo de crescimento das grandes cidades 
(D) aumento na velocidade das migrações inter-regionais 
(E) colapso das políticas de planejamento urbano a favor das classes média e alta 
4. (CESGRANRIO/IBGE/2016) 
 
Disponível em: <http://i216.photobucket.com/albums/cc225/faelsim/RMNordeste.jpg>. Acesso em: 30 maio 2016. 
Na Figura, as áreas urbanas destacadas nos estados do Nordeste correspondem, exclusivamente, a 
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A) regiões administrativas 
B) centros regionais 
C) regiões metropolitanas 
D) capitais estaduais 
E) regiões de integração 
5. (CESGRANRIO/IBGE/2014) As capitais estaduais brasileiras podem ser analisadas de acordo com o 
seu crescimento populacional, desde o primeiro censo brasileiro em 1872 até o censo de 2000. Entre as 
capitais mais antigas, opõem-se aquelas que tinham certo avanço à época do primeiro recenseamento e 
que, gradualmente, o perderam, como Salvador, e aquelas que conheceram um crescimento mais rápido. 
Finalmente, outras capitais conheceram um crescimento regular, ou seja, as capitais regionais que crescem 
com a região sobre a qual exercem atração, como Manaus. 
THÉRY, H. e MELLO, N. Atlas do Brasil. São Paulo: EDUSP, 2008, p. 174. Adaptado. 
Com base no texto, qual a capital regional que conheceu, nesse período, um crescimento regular? 
a) Rio de Janeiro 
b) Recife 
c) Porto Alegre 
d) Fortaleza 
e) São Paulo 
6. (CESGRANRIO/IBGE/2014) Com o avanço da urbanização do território brasileiro, nas áreas 
metropolitanas, surgiu um processo demográfico caracterizado pela migração diária de população 
trabalhadora entre municípios próximos, dependente, em grande medida, dos transportes coletivos e de 
massa. 
Esse movimento de população é denominado 
a) imigração 
b) migração de retorno 
c) transmigração 
d) migração pendular 
e) transumância 
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7. (CESGRANRIO/SECRETARIA DE EDUCAÇÃO RN/2011) A metropolização corresponde ao processo de 
formação de metrópoles, que é acompanhado do crescimento acelerado de certas cidades, como reflexo 
da modernização e da concentração econômica em alguns pontos do território. Há, contudo, uma 
tendência atual de reversão no crescimento das grandes metrópoles porque indústrias e empresas do 
setor de serviços passam a escolher localizações geográficas alternativas às saturadas metrópoles, 
provocando redução nos índices de crescimento das grandes cidades e aumento dos índices de 
crescimento das cidades médias. 
Qual o nome desse fenômeno? 
(A) Megalópole 
(B) Desmetropolização 
(C) Metrópole expandida 
(D) Macrocefalia urbana 
(E) Região metropolitana 
 
1. D 
2. D 
3. C 
4. C 
5. C 
6. D 
7. B 
 
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LISTA DE QUESTÕES – DESENVOLVIMENTO URBANO 
BRASILEIRO – CEBRASPE 
1. (CEBRASPE/IBGE/2021) Quando pessoas de classes sociais de alto poder aquisitivo agrupam-se em 
condomínios fechados, normalmente distantes dos centros urbanos, nota-se que assim se configuram os 
enclaves urbanos, ou seja, quando dentro ou no entorno de seu território de atuação há a consolidação 
de territorialidades que se colocam à parte da vida urbana ao mesmo tempo em que utilizam serviços e 
equipamentos urbanos, de modo seletivo no tempo e no espaço, temos um usufruto sem o compromisso 
com a vida citadina. 
Internet: <e-revista.unioeste.br> (com adaptações). 
Ao afirmar que o agrupamento urbano e seu usufruto ocorrem sem o compromisso com a devida vivência 
cotidiana, o texto remete ao conceito de 
A) autossegregação urbana. 
B) equidade social citadina. 
C) disparidade urbano-rural. 
D) hierarquia urbana. 
E) sítios urbanos. 
2. (CEBRASPE/IBGE/2021) 
 
Camelódromo de Uruguaiana no Rio de Janeiro. Internet: <vejario.abril.com.br>. 
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No Brasil, as atividades que mais concentraram pessoas em ocupações sem carteira assinada, no ano de 
2020, foram serviços domésticos (72,5%), agropecuária (67,2%) e construção (64,5%). Segundo o IBGE, desde 
2014, em decorrência do desaquecimento do mercado de trabalho, houve ampliação relativa das ocupações 
sem carteira assinada, com destaque para transporte, armazenagem e correio, alojamento e alimentação e 
construção. 
Internet: <agenciabrasil.ebc.com.br> (com adaptações). 
A figura e o texto apresentados remetem 
A) ao papel do Estado e das classes sociais no trabalho formal. 
B) à situação da população diante da informalidade na economia brasileira. 
C) ao poder de consumo da população mais abastada de capital. 
D) às modernizações capitalistas urbano-industriais e informacionais. 
E) ao modelo de flexibilização das relações de trabalho e da mão de obra. 
(CEBRASPE/PRF/2021 - POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Com relação à estrutura urbana brasileira e às 
grandes metrópoles, julgue os itens subsecutivos. 
3. Os arranjos populacionais de Campinas e Ribeirão Preto, no estado de São Paulo, e de Uberlândia, 
em Minas Gerais, configuram-se como metrópoles em ascensão na rede urbana brasileira e encontram-se 
no primeiro nível da hierarquia urbana. 
4. As metrópoles brasileiras são arranjos populacionais acima de um milhão de habitantes, que 
exercem influência direta sobre os demais níveis de cidades na rede urbana. 
5. (CESPE/SLU-DF/2019 – ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS) No Brasil do século XX, o 
êxodo rural foi a principal causa migratória do processo de metropolização, cuja consequência foi a 
fragmentação social medianteuma urbanização desordenada. 
(CESPE/SLU-DF/2019 – ANALISTA DE GESTÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS) Com relação ao planejamento 
territorial em ambientes urbanos, julgue o item subsecutivo: 
6. As cidades no Brasil, em suas diferentes escalas (metrópole, cidade média ou pequena), 
apresentam elementos de desigualdade que se expressam no território: a precarização da habitação e do 
saneamento básico contribui para a formação de periferias pobres, parcialmente integradas à dinâmica 
urbana. 
(CESPE/ABIN/2018 - AGENTE DE INTELIGÊNCIA) Com referência à divisão inter-regional do trabalho e da 
produção no Brasil, julgue o item a seguir. 
7. A partir da reestruturação produtiva do território brasileiro, imposta pela globalização, três das 
principais metrópoles nacionais, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, passaram a ter relações de 
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complementariedade e de cooperação: enquanto São Paulo emergiu como potência industrial e o Rio de 
Janeiro expandiu a sua relevância econômica, Brasília se consolidou como o centro político do território. 
(CESPE/IPHAN/2018 - ANALISTA) Nas últimas décadas, as cidades têm representado uma grande conquista 
do homem moderno. Hoje em dia são elas que dirigem e organizam o mundo, pois concentram os grandes 
centros de decisões político-econômicas e científico-tecnológicas. Acerca do processo de urbanização 
brasileiro, julgue o item que se segue. 
8. Da década de 80 do século XX aos dias atuais, o maior crescimento é observado nas metrópoles 
nacionais, com predomínio da migração inter-regional. 
9. A urbanização brasileira ocorreu, inicialmente, em áreas isoladas, como verdadeiras ilhas, 
generalizando-se somente a partir do século XX. 
10. O processo de urbanização no Brasil constitui uma urbanização terciária, com crescimento de 
atividades terciárias qualitativamente pouco especializadas e de baixo valor agregado, inclusive as que 
fazem parte da economia formal. 
11. A condição de acesso proporcionada pelos diferentes níveis de renda da população pouco interfere 
na dinâmica espacial da rede urbana brasileira. 
12. (CESPE/IPHAN/2018 - ANALISTA) No espaço geográfico do complexo regional da Amazônia, a 
concentração da população ocorre em cidades de médio e grande porte. 
(CESPE/IRB/2018 - DIPLOMATA) No último meio século, houve uma mudança revolucionária em escala 
planetária: cada vez mais, as lojas locais dão lugar ao domínio dos gigantes da distribuição, como o 
Walmart e o Carrefour. Na Espanha, mais de 80% das compras das famílias são feitas em hipermercados 
e, dessas compras, 75% estão concentradas nas cinco maiores redes: Mercadona, Eroski, Carrefour, 
Auchan e Dia. Tal mudança está longe de ser uma realidade particular de um país ou de um setor: trata-se 
de uma tendência mundial. 
N. Castro. A ditadura dos supermercados: como grandes distribuidores decidem o que consumimos. Madrid: Akal, 2017 (com 
adaptações). 
Tendo o fragmento de texto anterior como referência inicial, julgue (C ou E) o item que se segue, acerca das 
redes de produção e consumo globais. 
13. As cidades médias brasileiras são polos atrativos, tanto para fluxos migratórios internos, como para 
investimentos empresariais globalizados. Hipermercados, centros comerciais, lojas de franquia, 
concessionárias de veículos, hotéis e diversos serviços são instalados nessas cidades em diferentes regiões 
do país, caracterizando o processo de globalização do território brasileiro. 
(CESPE/ABIN/2018 - AGENTE DE INTELIGÊNCIA) Julgue o item subsequente, acerca da estrutura urbana 
brasileira e das grandes metrópoles nacionais. 
14. A organização do espaço urbano em áreas industriais, áreas de lazer, espaços públicos e locais de 
consumo, e a distribuição dos meios de transporte e dos serviços públicos de saúde e educação são 
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determinadas pelo plano diretor de uso e ocupação do solo, o qual promove uma cidade mais igualitária 
e menos segregadora. 
(CESPE/ABIN/2018 - AGENTE DE INTELIGÊNCIA) Acerca da integração da indústria à estrutura urbana no 
Brasil, julgue os próximos itens. 
15. A especialização das cidades acentua a divisão interurbana do trabalho; por isso, no estado de São 
Paulo, encontram-se cidades em que prevalecem empresas globais ligadas à produção de matérias-primas 
regionais, cidades especializadas em novas tecnologias, bem como cidades universitárias, locais onde as 
instituições de ensino superior direcionam o desenvolvimento local. 
16. A grande cidade capitalista costuma dispor de áreas consolidadas, envelhecidas ou em processo de 
renovação, criadas em diferentes momentos do tempo, somadas a paisagens construídas recentemente. 
17. A desconcentração espacial das atividades econômicas, a partir de 1990, promoveu o crescimento 
das cidades médias. 
(CESPE/PM-MA/2018 - CIRURGIÃO DENTISTA) O crescimento industrial do Brasil ocorreu, até 1930, por 
meio da concentração espacial, que, por sua vez, influenciou a organização do espaço geográfico brasileiro. 
Acerca desse assunto, julgue o item a seguir. 
18. O espaço geográfico urbano, nos centros industriais, caracterizou-se por uma nítida segregação 
socioespacial. 
(CESPE/PM-MA/2018 - CIRURGIÃO DENTISTA) O vertiginoso processo de urbanização no Brasil deu origem, 
em poucas décadas, a centros urbanos de todo porte, que, espalhados pelo país, passaram a ordenar os 
fluxos de pessoas, mercadorias, informações e capitais no território brasileiro, configurando uma 
complexa rede geográfica de cidades. 
Com relação ao texto apresentado e aos múltiplos aspectos a ele relacionados, julgue o seguinte item. 
19. As cidades que apresentam maior grau de complexidade socioeconômica e polarizam todo o 
território brasileiro e parte da América do Sul são as metrópoles nacionais. 
20. (CESPE/PREFEITURA DE SÃO LUÍS/2017 - PROFESSOR DE NÍVEL SUPERIOR) A respeito do processo 
de urbanização do espaço brasileiro, assinale a opção correta. 
a) A desmetropolização, diminuição do crescimento das metrópoles em benefício das cidades médias, vem 
reduzindo o número de cidades com mais de dez milhões de habitantes. 
b) As regiões Sul e Nordeste, embora sejam as menos povoadas, apresentam os maiores índices de 
urbanização. 
c) O Centro-Oeste, com exceção das cidades de Brasília, Goiânia e Cuiabá, apresenta uma espacialidade 
urbana quase nula. 
d) A concentração de habitantes no Sudeste reproduz a concentração econômica do país, resultando na 
formação de grandes cidades nessa região. 
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e) A população está distribuída igualitariamente no espaço urbano ao longo do território brasileiro. 
(CESPE/IRB/2017 - DIPLOMATA) Julgue o item subsequente, a respeito da economia espacial brasileira ao 
longo dos séculos XX e XXI. 
21. As cidades médias têm apresentado, na atualidade, retração dos índices econômico e tecnológico 
em decorrência do poder de atração e concentração exercido pelas metrópoles nacionais e regionais. 
(CESPE/MPOG/2015 - GEÓGRAFO) Acerca das recentes transformações da rede urbana e da urbanização 
brasileira, julgue o item que se segue. 
22. Nas duas últimas décadas do século XX, a urbanização brasileira passou por processo de 
desaceleração a partir dos efeitos da crise econômica vivida pelo país, cujas metrópoles se mantiveram 
em contingente demográfico, tamanho e importância, em contraposição às cidades médias, as quais 
passaram a receber os fluxos migratórios antes destinados às metrópoles.(CESPE/CÂMARA DOS DEPUTADOS/2014 - ANALISTA LEGISLATIVO) Acerca do processo de macrocefalia 
urbana correlacionado à ocupação e ao uso do solo nas cidades, julgue o próximo item. 
23. As áreas urbanas brasileiras que passam pelo processo de macrocefalia são aquelas que 
apresentam os melhores índices de qualidade de vida citadina, dado a racionalidade no ordenamento e 
na ocupação e uso do solo urbano. 
(CESPE/IBAMA/2013 – ANALISTA AMBIENTAL) Quais são os problemas urbanos? (...) Dois grandes 
conjuntos de problemas, ou duas grandes problemáticas, associam-se às grandes cidades: a pobreza e a 
segregação residencial. A pobreza, obviamente, nada parece ter de típica ou especificamente urbana, à 
primeira vista. Sabe-se, inclusive, que a pobreza, nos países do Terceiro Mundo, é quase sempre maior no 
campo que na cidade, pois é nas áreas rurais que os percentuais de pobreza absoluta costumam ser 
maiores. 
Marcelo Lopes de Souza. ABC do desenvolvimento urbano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2010, p. 82-3 (com adaptações). 
Considerando o fragmento de texto apresentado, os múltiplos aspectos que ele engloba e os processos 
recentes de transformação nas cidades e no campo, julgue os itens a seguir. 
24. A alocação de investimentos públicos no cenário urbano para áreas tradicionalmente 
negligenciadas, espaços residenciais normalmente da população mais pobre, bem como a regularização 
fundiária de favelas e loteamentos irregulares são fatores que tendem a acelerar, eficazmente, a 
concentração de renda nas cidades. 
25. No contexto do desenvolvimento econômico brasileiro, as grandes cidades da região Sudeste 
adaptaram-se, gradativamente, às necessidades do mercado globalizado com a implantação de 
equipamentos de engenharia de monta e de saneamento básico para atender tanto às empresas que 
passaram a sediar quanto à integralidade dos residentes. 
26. A pobreza urbana, no Brasil, reveste-se de peculiaridades que dizem respeito a expressões espaciais 
e ambientais, bem como a mudanças demográficas oriundas do desenvolvimento da indústria, que 
induziram a transferência de populações do campo para as cidades. 
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(CESPE/MPU/2013 – Geógrafo) O termo urbanização refere-se tanto à constituição de formas espaciais 
específicas das sociedades humanas, caracterizadas pela concentração significativa das atividades e das 
populações em um espaço restrito, quanto à existência e à difusão de um sistema cultural específico, a 
cultura urbana. 
Manuel Castells. A questão urbana. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1983, 506, p. 24 (com adaptações). 
Tendo o texto em destaque como referência, julgue os itens a seguir, no que diz respeito à urbanização, à 
metropolização e aos problemas ambientais urbanos no Brasil. 
27. A metropolização significa uma intervenção humana extensa e profunda sobre a superfície da 
Terra. Essa expansão da mancha urbana implica processo de degradação ambiental, fato bem ilustrado 
pela grande São Paulo. 
28. Apesar de existirem cidades com diferentes categorias dimensionais, as funções urbanas são muito 
parecidas, uma vez que as cidades, via de regra, oferecem serviços comuns. 
(CESPE/MPU/2013 – Geógrafo) Tendo por base as funções urbanas, as áreas metropolitanas e os serviços 
urbanos, julgue os itens que se seguem. 
29. Caracteriza-se por metrópole a cidade cujo crescimento urbano é acentuado, o que conduz à 
absorção de aglomerados rurais e de outras cidades vizinhas e forma área de conurbação. 
30. O crescimento demográfico das grandes cidades, dos núcleos urbanos e seus arredores gerou 
processos de conurbação, uma integração física das manchas urbanas que não se conectam por fluxos 
oscilantes diários de trabalhadores. 
(CESPE/MPOG/2012 – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA) Sabe-se que, atualmente, mais da metade da 
população mundial vive nas cidades, o que é fator decisivo para a ampliação dos desafios sociais e 
ambientais, como a pobreza, a fome e as mudanças climáticas. No Brasil, o processo de urbanização da 
sociedade, impulsionado pela Segunda Guerra e pela industrialização que avança celeremente desde a Era 
Vargas, fez-se de forma rápida e não planejada. A despeito dos enormes problemas daí decorrentes, o 
certo é que o país chegou ao século XXI profundamente alterado, sobretudo quando confrontado com a 
realidade histórica que o caracterizou desde o período colonial. A respeito dessa situação, julgue os itens 
que se seguem. 
31. A urbanização do Brasil liga-se, em larga medida, ao forte movimento migratório que, 
especialmente a partir dos anos 50 do século passado, transferiu para as cidades milhões de pessoas que 
se viram impelidas a abandonar o campo. 
32. Atualmente, está em marcha um processo de desconcentração econômica que se dissemina pelo 
país afora, o que acarreta mudanças significativas na participação das diversas regiões na composição do 
produto interno bruto brasileiro e no próprio fluxo migratório. 
33. Com mais de 80% de sua população vivendo em cidades, o Brasil contemporâneo demanda políticas 
públicas para enfrentar problemas que cada vez mais se identificam com a realidade urbana, a exemplo 
da deficiência em habitação, saneamento, saúde e educação. 
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(CESPE/MPOG/2012 – ANALISTA DE INFRAESTRUTURA) A Constituição Federal de 1988 (CF) foi elaborada 
em um contexto histórico marcado, de um lado, pela ânsia de consagrar o moderno conceito de 
democracia, menos formal e mais identificado com as práticas de cidadania; de outro, pela acelerada 
urbanização, que leva à mobilização de crescente número de setores da sociedade em busca de soluções 
para os problemas que a nova realidade urbana fez emergir. Não por acaso, a CF dedica um capítulo às 
políticas urbanas. Da criação de secretaria, em 1995, passando pelo Estatuto das Cidades, em 2001, e 
chegando ao Ministério das Cidades, em 2003, um importante caminho foi percorrido, culminando com a 
aprovação da Política Nacional de Desenvolvimento Urbano. 
Considerando o texto acima, relativamente à caracterização da sociedade brasileira contemporânea e a 
aspectos ligados ao planejamento e à gestão de serviços públicos no Brasil, julgue os itens seguintes. 
34. O aumento da violência urbana, cuja dimensão ampliou-se consideravelmente a partir dos anos 80 
do século passado, pode ser atribuído a fatores diversos, entre os quais a falta de infraestrutura na 
periferia dos grandes centros, e se expressa no aumento vigoroso do número de mortes decorrentes de 
homicídio e acidentes, a começar pelos de trânsito. 
35. Passa de três dezenas o número de regiões metropolitanas brasileiras, nas quais se concentram 
mais de um terço dos domicílios urbanos e cerca de 30% da população. Estudos mostram que nas grandes 
cidades o número de habitantes tende a reduzir-se ou estagnar, ao tempo em que o inchaço populacional 
se transfere para as cidades conurbadas ao redor. 
36. O surgimento de um ministério específico para tratar de questões urbanas vincula-se diretamente 
ao processo de reforma do Estado posto em prática na última década do século passado, quando empresas 
públicas foram privatizadas e algumas reformas estruturais — como a da previdência social — se 
completaram. 
37. Aspecto marcante e definidor da história do país, a desigualdade social tornou-se componente 
essencial da urbanização brasileira, tendo estabelecido uma relação direta entre a renda e o acesso a 
serviços básicos como saneamento e transporte, ou seja, quanto menor aquela, menor este. 
(CESPE/IRB/2012 - DIPLOMATA) O Brasil, que sempre se caracterizou pela existência, em uma região ou 
em outra, de fronteira de povoamento,viu, com o processo de industrialização do campo, o aparecimento 
de fronteiras de modernização nas quais se verificaram profundas transformações socioespaciais. Ambos 
os tipos de fronteira suscitam novos centros de comercialização e beneficiamento de produção agrícola, 
de distribuição varejista e prestação de serviços ou, em muitos casos, de centros que já nascem como 
reservatórios de uma força de trabalho temporária. 
R. L. Corrêa. Estudos sobre a rede urbana. Rio de Janeiro: Bertrand do Brasil, 2006, p. 323 (com adaptações). 
A partir das informações apresentadas no texto acima, julgue (C ou E) o item seguinte. 
38. Sob o impacto da globalização, as transformações mencionadas no texto provocam uma menor 
diferenciação entre os centros urbanos, que passam a desempenhar as mesmas funções na rede urbana, 
ou seja, a de reservatórios de força de trabalho temporária. 
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39. Contraditoriamente, a criação de novos centros urbanos acentuou a concentração espacial da 
população brasileira, o que se evidencia na distribuição populacional ainda marcada por vazios 
populacionais e pela existência de um processo de fragmentação da rede urbana. 
40. O avanço das fronteiras econômicas, como a agropecuária na região Centro-Oeste e a mineral na 
região Norte, contribuiu para a expansão do sistema de cidades. 
41. Tal como ocorre com países desenvolvidos e altamente industrializados, no espaço urbano 
brasileiro predominam as atividades do setor terciário, que emprega a maior a parte da população ativa. 
42. No século XXI, tem-se observado crescente fluxo migratório das cidades médias para as grandes 
metrópoles nacionais, que ainda se mantêm como os maiores polos de atração populacional do país. 
43. (CESPE/TCE-AC/2009) As relações que as cidades estabelecem entre si geram uma divisão territorial 
de funções articuladas que constitui uma rede urbana. A localização e a especialização funcional 
estabelecem uma hierarquia entre cidades grandes, médias e pequenas. No Brasil, em 2008, o IBGE definiu 
uma hierarquia urbana segundo a qual as capitais regionais são 
A) centros urbanos do País, com grande porte, fortes relacionamentos entre si e, em geral, extensa área de 
influência direta. 
B) centros com atividades de gestão menos complexas, com área de atuação reduzida, cujos relacionamentos 
com centros externos à sua própria rede se resumem, em geral, àqueles com as três metrópoles nacionais. 
C) cidades de menor porte, com atuação restrita à sua área imediata, que exercem funções de gestão 
elementares. 
D) cidades com capacidade de gestão no nível imediatamente inferior ao das metrópoles que têm área de 
influência de âmbito regional. 
E) cidades que são polarizadas por outros centros e polarizam as vilas e áreas rurais vizinhas. 
44. (CESPE/TCE-AC/2009) O século XX, no Brasil, foi marcado pelo crescimento das cidades, tanto em 
número como em área e população. No início do século XXI, o processo de urbanização começou a 
diminuir, mas a desigualdade e a pobreza são um fato nas cidades brasileiras. A respeito do processo de 
urbanização no Brasil, assinale a opção correta. 
A) O aumento significativo da taxa de urbanização da população brasileira ocorreu, entre outros aspectos, 
em função da facilidade de acesso à habitação. 
B) A urbanização brasileira da segunda metade do século XX colocou a cidade em segundo plano em relação 
à região polarizadora. 
C) A causa básica da diminuição do processo de urbanização no início do século XXI foi o grande investimento 
do Estado nas atividades rurais. 
D) A rápida urbanização foi seguida, na mesma medida, por uma correspondente expansão dos serviços 
urbanos necessários à sobrevivência das classes trabalhadoras nas grandes cidades. 
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E) A urbanização vertiginosa do século XX coincidiu com o fim do período de maior expansão da economia 
brasileira. 
45. (CESPE/PRF/2008 – POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL) Nos anos 70 do século passado, cerca de 60% 
da população do Centro-Oeste vivia no campo. Em 2006, aproximadamente 74% estavam nas cidades. A 
crescente mecanização da agricultura, que libera mão-de-obra, e os fluxos migratórios vindos de outras 
regiões brasileiras são fatores relevantes para o vigoroso processo de urbanização observado nessa região. 
A propósito dessa realidade, assinale a opção correta. 
a) O êxodo rural, que amplia consideravelmente a população urbana, é também reflexo da mecanização das 
atividades rurais desenvolvidas no Centro-Oeste, as quais têm no denominado agronegócio, na atualidade, 
um de seus símbolos mais expressivos. 
b) O significativo crescimento da população urbana no Centro-Oeste fez dessa região autêntica exceção no 
conjunto do país, ainda fortemente marcado pela força econômica e política do campo, o que explica a lenta 
expansão dos centros urbanos brasileiros. 
c) Apesar da existência de um Plano Piloto, com a maior renda per capita do país, o DF, com seus dois milhões 
de habitantes, empurra para baixo os indicadores sociais e econômicos do Centro-Oeste, a começar pela 
taxa de escolaridade da população. 
d) Ao contrário da atual tendência de interiorização das atividades econômicas no país, o desenvolvimento 
no Centro-Oeste concentra-se em torno das capitais, a começar pelo agronegócio. 
e) A ausência da escravidão no Centro-Oeste, no período colonial, e a implacável perseguição histórica aos 
índios explicam a inexistência de afrodescendentes e de indígenas na composição demográfica dessa região. 
(CESPE/ABIN/2008 – ANALISTA DE INTELIGÊNCIA) Ainda em meados do século XX, o Brasil era composto 
de manchas de adensamento econômico isoladas entre si e orientadas para o mercado exterior, o que 
revelava sua feição espacial herdada de um processo de ocupação que deixou marcas diferenciadas no 
extenso território nacional, conforme se desdobravam, com grande descontinuidade temporal e 
geográfica, os diversos ciclos econômicos voltados para a exportação. 
IBGE. Brasil em números, v. 14, 2006, p. 45 (com adaptações). 
Acerca da organização do espaço brasileiro e das atividades econômicas desenvolvidas no território nacional, 
julgue o item subsequente. 
46. O padrão de rede urbana encontrado no país, hierarquizado segundo o tamanho das cidades, 
espelha a integração e a articulação de todo o território nacional. 
(CESPE/ABIN/2008 – ANALISTA DE INTELIGÊNCIA) A questão ambiental, tendo em vista suas implicações 
sociais, econômicas e políticas, ganhou repercussão e passou a fazer parte das políticas nacionais e do 
fórum de debate mundial. 
Acerca desse assunto, julgue o item subsequente. 
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47. Com a maior parte da população brasileira vivendo em aglomerações urbanas, a degradação da 
qualidade do meio ambiente urbano e dos recursos naturais tem sido motivo de conflitos e de proliferação 
de doenças nas cidades. 
(CESPE/IRBR/2005 – DIPLOMATA) O Estado-nação brasileiro tem suas raízes na expansão mercantil-
colonial europeia do século XVI. Naquele momento histórico, as burguesias mercantis, aliadas às 
monarquias, sobretudo portuguesa e espanhola, empreendiam a busca, para além-mar, do ouro, da prata 
ou de produtos que, de alto valor comercial nos mercados europeus, pudessem ser transacionados com 
muito lucro. O pau-brasil, que abundava em nossas florestas tropicais, ao longo da costa atlântica, foi o 
primeiro alvo do saque aos recursos naturais, até então manejados por diversos povosindígenas nômades 
e seminômades. Ironicamente, a espécie que acabou por dar origem ao nome do país tornou-se a primeira 
vítima: o pau-brasil, madeira de coloração avermelhada que os europeus utilizavam na produção de 
tinturas, hoje só existe nos jardins e museus botânicos. 
Carlos Walter Porto Gonçalves. Formação socioespacial e questão ambiental no Brasil. In: Berta K. Becker et al. (org.). Geografia e 
meio ambiente no Brasil. 3.ª ed. São Paulo: Ana Blume – Hucitec, 2002, p. 312 (com adaptações). 
Considerando o assunto abordado no texto, julgue (C ou E) o item seguinte, relativos à temática ambiental 
no Brasil. 
48. A rápida urbanização brasileira, principalmente a partir da metade do século passado, é um dos 
fatores que têm contribuído para a degradação ambiental em diferentes biomas brasileiros. 
(CESPE/IRB/2004 – DIPLOMATA) Diversos mapas temáticos do território brasileiro geralmente apresentam 
fortes contrastes inter e intrarregionais. Acerca dessas disparidades e das tendências de mudança, julgue 
o item a seguir. 
49. O país viveu uma explosão urbana derivada de seu processo de industrialização e vem diminuindo, 
na atualidade, a concentração espacial de sua população, em função dos fluxos migratórios em direção às 
áreas de fronteira econômica. 
 
 
 
 
 
 
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1. A 
2. B 
3. E 
4. C 
5. C 
6. C 
7. E 
8. E 
9. C 
10. C 
11. E 
12. E 
13. C 
14. E 
15. C 
16. C 
17. C 
18. C 
19. E 
20. D 
21. E 
22. E 
23. E 
24. E 
25. E 
26. C 
27. C 
28. E 
29. C 
30. E 
31. C 
32. C 
33. C 
34. C 
35. C 
36. E 
37. C 
38. E 
39. E 
40. C 
41. C 
42. E 
43. D 
44. E 
45. A 
46. E 
47. C 
48. C 
49. C 
 
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LISTA DE QUESTÕES – DESENVOLVIMENTO URBANO 
BRASILEIRO – FGV 
1. (FGV/IBGE/2016) A tabela abaixo apresenta os dados sobre a mobilidade pendular nas regiões 
metropolitanas do estado de São Paulo, nos anos de 2000 e 2010: 
 
As pesquisas sobre deslocamentos pendulares são de fundamental importância para subsidiar o 
planejamento urbano e regional, pois fornecem um indicador da integração funcional entre localidades. 
Compreende-se como mobilidade pendular e considera-se um dos efeitos de seu incremento para as regiões 
metropolitanas, respectivamente: 
(A) o deslocamento regular de pessoas para outros municípios, para fins de trabalho e/ou estudo, e de 
retorno aos seus domicílios; o aumento do contingente de passageiros nos transportes intermunicipais; 
(B) a circulação periódica de trabalhadores da casa para o trabalho e do trabalho para a casa; a melhoria da 
qualidade de vida dos trabalhadores residentes nos municípios da periferia da região metropolitana; 
(C) a transferência sazonal de trabalhadores das cidades médias para as grandes metrópoles em busca de 
emprego, lazer e moradia; a sobrecarga dos serviços de uso coletivo nas áreas centrais das regiões 
metropolitanas; 
(D) a migração interna e temporária de trabalhadores, consumidores e estudantes para as periferias 
metropolitanas; a diminuição do preço da terra no núcleo metropolitano; 
(E) o movimento estacional de pessoas em busca de serviços públicos na área core da metrópole; o aumento 
do custo de transporte para as pessoas que realizam deslocamentos intermunicipais. 
2. (FGV/IBGE/2016) A teoria das localidades centrais considera os núcleos de povoamento, sejam 
grandes cidades ou núcleos semirrurais, como localidades centrais. Estas, por sua vez, são dotadas de 
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funções centrais, que são atividades de distribuição de bens e serviços para uma população externa, 
residente da área de influência, em relação à qual a localidade central tem uma posição central. 
O quadro abaixo apresenta as cidades de uma rede urbana hipotética e suas funções. 
 
Adaptado de: Corrêa, Roberto Lobato. A rede urbana. São Paulo: Ática, 1989. 
A partir da análise do quadro e da teoria das localidades centrais, é correto afirmar que: 
(A) dentre os bens ou serviços distribuídos na rede urbana hipotética, X é o consumido com menor 
frequência; 
(B) dentre os bens ou serviços distribuídos na rede urbana hipotética, R é o consumido com maior 
frequência; 
(C) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 1 possui a menor área de influência; 
(D) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 3 possui a maior centralidade; 
(E) dentre as cidades da rede urbana hipotética, a cidade 5 possui a menor centralidade. 
3. (FGV/IBGE/2016) O texto a seguir descreve duas fases do processo de urbanização do território 
brasileiro após a década de 1950. 
“Desde a revolução urbana brasileira, consecutiva à revolução demográfica dos anos 1950, tivemos, 
primeiro, uma urbanização aglomerada, com o aumento do número - e da respectiva população - dos núcleos 
com mais de 20 mil habitantes, e em seguida, uma urbanização concentrada, com a multiplicação de cidades 
de tamanho intermédio [...].” 
Fonte: SANTOS, M. e SILVEIRA, M. Brasil: Território e Sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001: 202. 
 
 
 
 
 
 
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Mapa 1 Mapa 2 
Cidades com mais de 500 mil habitantes – 1960 Cidades com mais de 500 mil habitantes – 1996 
 
Fonte: SANTOS, M. e SILVEIRA, M. Brasil: Território e Sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001. 
A terceira fase, representada nos mapas, caracterizou-se pela: 
(A) urbanização difusa; 
(B) reurbanização; 
(C) metropolização; 
(D) explosão demográfica; 
(E) periurbanização. 
4. (FGV/PM-MA/2012) A estrutura das maiores metrópoles brasileiras apresenta situações e 
problemas que revelam a complexidade dos grandes espaços urbanos. 
As alternativas a seguir apresentam corretamente situações ou problemas relativos à organização interna 
das metrópoles brasileiras, à exceção de uma. Assinale-a. 
a) A segregação residencial exclui grupos de renda mais baixa dos espaços reservados para os grupos 
economicamente dominantes. 
b) O uso do solo urbano mostra grande diversidade – residencial, industrial, comercial, de serviços ou misto. 
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==2537cb==
 
 
c) A estrutura viária atende com eficiência os fluxos realizados pelos trabalhadores entre suas áreas de 
moradias e seus locais de trabalho. 
d) A área central corresponde, quase sempre, ao centro histórico e, em alguns casos, ao moderno centro de 
negócios. 
e) A proliferação de subcentros de comércio e de serviços resulta da expansão da metrópole em termos 
físicos e populacionais. 
 
1. A 
2. E 
3. C 
4. C 
 
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LISTA DE QUESTÕES – DESENVOLVIMENTO URBANO 
BRASILEIRO – IBFC 
1. (IBFC/IBGE/2023) De acordo com os resultados do Censo Demográfico de 2022, há 23,8 pessoas por 
quilômetro quadrado no país. Com o aumento da população entre 2010 e 2022, atingindo o total de 203,1 
milhões de pessoas, a ______ do país passou de22,43 para 23,8 habitantes por quilômetro quadrado (km²) 
no mesmo período. 
(Adaptado de IBGE, 2023). 
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. 
a) Concentração urbana. 
b) Taxa de natalidade. 
c) Taxa de fecundidade. 
d) Densidade demográfica. 
e) Crescimento vegetativo. 
2. (IBFC/IBGE/2023) O crescimento de regiões metropolitanas é um fato marcante da urbanização 
brasileira. 
(SCARLATO, 2011). 
Assinale a alternativa que não corresponde a Regiões Metropolitanas (RM) localizadas nas regiões Norte ou 
Nordeste do Brasil. 
a) RM de Belém. 
b) RM de Manaus. 
c) RM do Recife. 
d) RM de Salvador.    
e) RM de Goiânia. 
3. (IBFC/SEE-AC/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) Tal fenômeno fundamentalmente urbano 
consiste em uma série de melhorias físicas ou materiais e mudanças imateriais – econômicas, sociais e 
culturais – que ocorrem em alguns centros urbanos antigos, os quais experimentam uma apreciável 
elevação de seu status. Este processo tem se desenvolvido nos países industrializados basicamente ao 
longo da etapa chamada pós-industrial ou pós-moderna, iniciada com o declínio do modelo 
socioeconômico industrial tradicional a partir dos anos de 1970. Caracteriza-se normalmente pela 
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ocupação dos centros das cidades por uma parte da classe média, de elevada remuneração, que desloca 
os habitantes da classe baixa, de menor remuneração, que viviam no centro urbano. O deslocamento vem 
acompanhado de investimentos e melhorias tanto nas moradias (que são renovadas ou reabilitadas) 
quanto em toda área afetada, tais como comércio, equipamentos e serviços. 
(adaptado de BATALLER, 2012). 
Assinale a alternativa correta quanto ao fenômeno urbano descrito no texto. 
A) Êxodo urbano 
B) Gentrificação 
C) Metropolização 
D) Transumância 
4. (IBFC/SEE-AC/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) “O fenômeno da mobilidade populacional vem, 
desde as últimas décadas do século XX, apresentando transformações significativas no seu 
comportamento, não só no Brasil como também em outras partes do mundo” (IBGE, 2011). 
No que se refere à migração pendular, assinale a alternativa correta. 
A) É protagonizada por famílias que mudam de forma permanente de uma cidade para outra 
B) É um fenômeno que só ocorre nos bairros centrais de cidades com população acima de 100.000 habitantes 
C) Só ocorre em países que possuem invernos rigorosos, como por exemplo no Hemisfério Norte 
D) É protagonizada por trabalhadores e estudantes que se deslocam diariamente para trabalhar e estudar 
em outra cidade e retornam às suas cidades de origem para dormir 
5. (IBFC/SEED-PR/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) “Dados sobre a situação global das metrópoles, 
consolidados pelo Programa das Nações Unidas para Assentamentos Urbanos (UNHabitat), revelam que, 
em 2020, havia 2,59 bilhões de pessoas vivendo em metrópoles, cerca de um terço da população mundial”. 
(BAPTISTA; DIAS, 2021). 
No que se refere às características das metrópoles brasileiras, assinale alternativa correta. 
A) Nas metrópoles, sob o ponto de vista econômico, desenvolvem-se redes interdependentes de 
fornecimento de bens, serviços, produção e distribuição de alimentos 
B) A expansão de duas cidades que compõem uma mesma região metropolitana pode ocorrer uma em 
direção à outra, de tal forma que os seus limites podem desaparecer, gerando uma megalópole 
C) No Brasil, as metrópoles se desenvolveram de forma planejada e ordenada, razão pela qual a 
infraestrutura e os serviços públicos oferecidos possuem melhor qualidade em relação às cidades menores 
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D) São Paulo é a maior metrópole do país em relação ao tamanho da sua população, além de ser a terceira 
maior da América Latina, atrás apenas de Buenos Aires, na Argentina, e Santiago, no Chile 
E) Brasília é considerada uma metrópole nacional brasileira, planejada para ser a Capital Federal e que 
recentemente foi reconhecida pelo status de megacidade 
6. (IBFC/SEC-BA/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) 
 
A fotografia aérea acima é do bairro Stella Maris, em Salvador - BA, e, ao fundo, pode-se observar o município 
de Lauro de Freitas - BA. Esses dois municípios cresceram um em direção ao outro, sendo atualmente difícil 
perceber onde é que um termina e onde o outro começa. Assinale a alternativa correspondente ao nome do 
processo descrito no texto, de forma correta 
A) Conurbação 
B) Megalopolização 
C) Rurbanização 
D) Verticalização 
E) Gentrificação 
7. (IBFC/SEC-BA/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) Jonas está cursando Geografia na Universidade 
Federal da Bahia (UFBA). Como ele mora com a família em Lauro de Freitas - BA, todos os dias ele se desloca 
para Salvador -BA e, após terminar as suas atividades, retorna para a cidade na qual reside. 
Assinale a alternativa que corresponde ao tipo de migração realizada diariamente por Jonas, de forma 
correta. 
A) Transumância 
B) Êxodo urbano 
C) Migração pendular 
D) Migração intraurbana 
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==2537cb==
 
 
E) Nomadismo 
8. (IBFC/SEED-RR/2021 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) “Um crescimento que expande a cidade, 
prolongando-a de dentro para fora de seu perímetro, e absorve aglomerados rurais e outras cidades. Estas, 
até então com vida autônoma, acabam comportando-se como parte integrante da metrópole. Com a 
expansão e a integração, desaparecem os limites físicos entre os diferentes núcleos urbanos – fenômeno 
chamado de ______________” 
(SCARLATTO, 2011). 
Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna. 
A) Cidades gêmeas 
B) Anisotropia 
C) Conurbação 
D) Megacidade 
9. (IBFC/MGS/2019) “Um fato marcante da urbanização brasileira nos últimos anos é o contínuo 
crescimento das regiões metropolitanas. Com exceção de São Paulo, todas as demais regiões cresceram 
mais do que seus respectivos estados” (SCARLATO, 2011). 
Assinale a alternativa correta quanto a uma consequência do processo de crescimento das regiões 
metropolitanas no Brasil: 
A) A expansão vertical das cidades em direção às áreas periféricas e de risco 
B) A redução da poluição sonora, do ar e visual e melhor distribuição de empregos formais 
C) A deterioração de muitas áreas do centro antigo e fuga da população de maior renda para condomínios 
fechados 
D) A desvalorização do solo urbano e a maior acessibilidade de moradias à população de baixa renda 
 
 
1. D 
2. E 
3. B 
4. D 
5. A 
6. A 
7. C 
8. C 
9. C 
 
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LISTA DE QUESTÕES – DESENVOLVIMENTO URBANO 
BRASILEIRO – MULTIBANCAS 
1. (SELECON/PREFEITURA DE NOVA MUTUM – MT/2023 – PROFESSOR DE GEOGRAFIA) Na cidade de 
Nova Mutum (MT), segundo o relatório do Plano Municipal de Saneamento Básico (2017), a ocorrência de 
alagamentos se dá anualmente no período de chuva entre os meses de novembro e abril, gerando 
transtornos, dada a grande quantidade de água escoada pelas vias. 
(Plano de Desenvolvimento Territorial do Turismo. Nova Mutum - MT, 2020) 
Tais ocorrências devem-se: 
A) ao aumento das áreas verdes. 
B) à ocupação regular do solo urbano. 
C) à acentuada impermeabilização do solo urbano. 
D) ao alto investimento em educação ambiental da população. 
2. (FEPESE/PREFEITURA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ-SC/2021) Sobre o processo de metropolização doBrasil, é correto afirmar: 
1. Em um primeiro momento, a urbanização brasileira caracterizou-se pelo crescimento dos maiores centros 
urbanos, que correspondiam, na maioria das vezes, às capitais estaduais ou aos centros industriais de maior 
expressão, como por exemplo, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Porto Alegre, entre 
outros. 
2. O forte incremento populacional urbano fez nascer as principais metrópoles de nosso país, cidades com 
mais de um milhão de habitantes, caracterizadas pela concentração de capitais e da produção e por uma 
diversificada infraestrutura de serviços como saúde, educação e lazer. 
3. O grande afluxo de migrantes em direção às metrópoles brasileiras gerou um processo de crescimento 
exagerado e desordenado de suas áreas urbanas, que em muitos casos uniram-se às áreas urbanas de 
cidades próximas, criando grandes aglomerações. 
Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 
A) É correta apenas a afirmativa 1. 
B) É correta apenas a afirmativa 3. 
C) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2. 
D) São corretas apenas as afirmativas 2 e 3. 
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E) São corretas as afirmativas 1, 2 e 3. 
3. (FCC/METRO SP/2015) Considere as seguintes afirmações: 
I. A falta de moradias ou déficit habitacional é uma das consequências do rápido crescimento da metrópole 
paulista. 
II. A região metropolitana de São Paulo tem como uma de suas características a pequena desigualdade 
socioeconômica entre seus habitantes. 
III. Um dos grandes desafios da metrópole paulista é ampliar a mobilidade urbana. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. 
b) I e III. 
c) I e II. 
d) II. 
e) II e III. 
4. (CONSULPLAN/PREFEITURA DE NATIVIDADE/2014) De acordo com informações da Organização das 
Nações Unidas (ONU), no ano de 2005, o Brasil registrava uma taxa de urbanização de 84,2% e, de acordo 
com algumas projeções, até 2050, a porcentagem da população brasileira que vive em centros urbanos 
deve saltar para 93,6%. Em termos absolutos serão 237,751 milhões de pessoas morando nas cidades do 
país na metade deste século, como mostra a figura a seguir. 
 
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Sobre a urbanização no Brasil, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas. 
( ) A urbanização do país não se distribui igualitariamente por todo o território nacional, concentrando‐se, 
principalmente, na região Sudeste, formada pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e 
Espírito Santo. 
( ) Apenas no início do século XXI é que a população rural declinou de forma acentuada, tornando‐se grande 
minoria, o que caracterizou o país como uma nação intensamente urbanizada. 
( ) O processo de urbanização no Brasil se assemelha ao europeu pela forma lenta que se deu, diferenciando 
apenas do fato de que na Europa foi menos volumosa e acompanhada pela oferta de empregos urbanos, 
moradias, escolas, saneamento básico etc. 
( ) A urbanização vem ocorrendo de maneira desordenada, de forma que os municípios encontram‐se 
despreparados para atender às necessidades básicas dos migrantes, gerando uma série de problemas sociais 
e ambientais, dentre os quais destacam‐se o desemprego, a criminalidade e a favelização. 
A sequência está correta em 
a) F, F, V, V. 
b) F, V, V, F. 
c) V, F, V, F. 
d) V, F, F, V. 
5. (CONSULPLAN/IBGE/2009) À medida que ocorre o crescimento espacial surgem alguns fenômenos 
urbanos. A partir desta afirmativa, relacione o fenômeno urbano (Conurbação, Megalópole e Região 
Metropolitana) com sua respectiva definição: 
1. Conurbação. 
2. Megalópole. 
3. Região Metropolitana. 
( ) Trata-se da união espacial (combinação) de várias grandes cidades (metrópoles), formando uma 
gigantesca área urbanizada. 
( ) É uma união espacial de cidades vizinhas, devido ao crescimento horizontal. 
( ) É o conjunto de municípios contíguos e interligados socioeconomicamente a uma cidade principal 
(metrópole) com serviços públicos e infraestrutura comum 
A sequência está correta em: 
A) 1, 2, 3 
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B) 3, 2, 1 
C) 2, 3, 1 
D) 2, 1, 3 
E) 1, 3, 2 
6. (CONSULPLAN/IBGE/2009) Considerando a atuação do Estado no processo de urbanização no 
Brasil, pode-se afirmar que: 
A) A ação do Estado deu-se sempre no sentido de intervir para “ajustar a desordem”, por meio do 
planejamento urbano. 
B) Um dos melhores exemplos para expressar a histórica capacidade do Estado brasileiro de sustentar 
qualquer processo de planejamento urbano são as experiências de cidades projetadas, como Belo Horizonte, 
em 1987; Goiânia, em 1935 e Brasília, em 1960. 
C) Brasília e sua periferia são a comprovação da consistência do planejamento urbano no Brasil. 
D) O poder público sempre buscou controlar a reprodução da segregação espacial. 
E) O poder público ao longo do processo de urbanização no Brasil age de forma paternalista ao urbanizar 
favelas, legitimando movimentos sociais urbanos como dos sem-terra, dos pró-favelas e dos cortiços, dando 
títulos de posse para terrenos irregulares, asfaltando e urbanizando loteamentos com ruas e casas em 
desalinho. 
7. (CONSULPLAN/IBGE/2009) Analise as afirmativas acerca dos problemas sociais e urbanos 
brasileiros: 
1. É muito comum ainda, nas cidades brasileiras, a morte de crianças por doenças transmissíveis, 
principalmente quando a elas se junta a desnutrição. 
2. A ampliação da infraestrutura urbana como água encanada, pavimentação de ruas, iluminação, 
transportes, redes de esgotos, tem acompanhado a periferia, beneficiando grande contingente populacional. 
3. Nos terrenos muito inclinados, os moradores veem colocadas em perigo suas próprias vidas quando as 
chuvas fortes provocam erosão, deslizamentos e desmoronamentos. 
É (são) verdadeira(s) apenas a(s) afirmativa(s): 
A) 1, 3 
B) 1, 2 
C) 2, 3 
D) 1 
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==2537cb==
 
 
E) 2 
8. (CONSULPLAN/IBGE/2008) Sobre as regiões metropolitanas brasileiras pode-se afirmar que, 
EXCETO: 
a) As regiões metropolitanas do Brasil, criadas em 1973, por lei aprovada no Congresso Nacional, são 
definidas como um conjunto de municípios contíguos e integrados socioeconomicamente a uma cidade 
central, com serviços públicos e infraestrutura comum. 
b) No Brasil, são legalmente reconhecidas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) treze 
regiões metropolitanas, as quais localizam-se no entorno das capitais brasileiras. 
c) As regiões metropolitanas de São Paulo e Rio de Janeiro são consideradas nacionais, pois polarizam o país 
inteiro e as demais, são consideradas regionais ou locais, devido à abrangência da rede de polarização. 
d) Existem regiões metropolitanas que constam de aglomerações urbanas constituídas de duas ou mais 
cidades médias ou pequenas, nas quais a polarização de uma cidade de destaque pode ocorrer apenas em 
nível local. 
e) A metrópole paulista localizada em uma região metropolitana nacional é também considerada uma cidade 
global, pois está integrada aos fluxos mundiais. 
9. (CONSULPLAN/IBGE/2008) Observe a tabela abaixo e responda à questão: 
Taxa de Urbanização Brasileira Por Regiões (%) Brasil, 1950-1996 
 Região 1950 1970 1996 
Sudeste 44,5 72,7 89,3 
Sul 29,5 44,3 77,2 
Nordeste 26,4 41,8 65,2 
Centro-Oeste 24,4 48,084,4 
Norte 31,5 45,1 62,4 
Brasil 36,2 55,9 78,4 
FONTE: Anuário Estatístico do Brasil, 1997. 
A tabela demonstra que o processo de urbanização da população brasileira se intensificou com o passar dos 
anos. Assinale a alternativa que contenha as regiões brasileiras nas quais esse processo ocorreu de forma 
mais intensa e menos intensa no período de 1970/1996, respectivamente: 
a) Sul e Centro-Oeste. 
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b) Centro-Oeste e Sudeste. 
c) Nordeste e Norte. 
d) Sul e Norte. 
e) Sudeste e Nordeste. 
10. (NCE RJ/IBGE/2005) O processo de urbanização acelerou-se no Brasil a partir da década de 1960, 
resultando no crescimento da população urbana e na extensão da rede urbana por todo o território. No 
entanto, esse processo não foi equilibrado e teve como consequência: 
(A) o esvaziamento populacional das cidades médias; 
(B) o esvaziamento das Regiões Metropolitanas; 
(C) a concentração de população nas cidades médias e pequenas; 
(D) a concentração de população nas Regiões Metropolitanas; 
(E) a expansão das cidades pequenas e o esvaziamento das capitais. 
11. (NCE RJ/IBGE/2005) O Brasil nunca deixou de ter pobres, eles mudaram de lugar. Até a primeira 
metade do século XX, a população de menor renda do país estava localizada, em sua maioria, no campo. 
Na atualidade, a grande concentração de população de baixa renda encontra-se: 
(A) nas áreas centrais das cidades; 
(B) na Região Amazônica; 
(C) nos municípios da periferia das Zonas Metropolitanas; 
(D) nos estados da Região Centro-Oeste; 
(E) nos pequenos municípios do Sudeste e do Sul. 
 
1. C 
2. E 
3. B 
4. D 
5. D 
6. E 
7. A 
8. B 
9. B 
10. D 
11. C 
 
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