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<p>DIREITO CIVIL</p><p>P R O F ª P A U L A C R I S T I N A</p><p>DIREITO DAS</p><p>FAMÍLIAS</p><p>AULA 4</p><p>CASAMENTO:</p><p>• Regime de Bens e seus efeitos.</p><p>Regime de Bens e Seus Efeitos</p><p>Disposições Gerais: arts. 1.639 a 1.652 do CC/02</p><p>Pacto Antenupcial: Arts. 1.653 a 1.657 do CC/02</p><p>COMUNHÃO PARCIAL</p><p>DE BENS</p><p>Em regra, todos os bens</p><p>adquiridos</p><p>onerosamente na</p><p>vigência do</p><p>casamento são comuns</p><p>ao casal</p><p>COMUNHÃO</p><p>UNIVERSAL DE BENS</p><p>Todos os bens</p><p>adquiridos antes e</p><p>depois do casamento são</p><p>comuns</p><p>ao casal, exceto os</p><p>incomunicáveis</p><p>Separação total de</p><p>bens</p><p>Todos os bens</p><p>adquiridos antes e</p><p>depois do casamento</p><p>permanecem</p><p>individual</p><p>Participação final nos</p><p>aquestos</p><p>Todos os bens</p><p>adquiridos antes e</p><p>depois do casamento</p><p>permanecem de</p><p>titularidade própria,</p><p>mas em caso de</p><p>dissolução do</p><p>casamento, os aquestos</p><p>serão partilhados</p><p>ANTES DO CASAMENTO</p><p>BENS DO</p><p>MARIDO</p><p>BENS DA</p><p>MULHER</p><p>DEPOIS DO CASAMENTO</p><p>BENS DO</p><p>MARIDO</p><p>BENS DA</p><p>MULHER</p><p>a) Regime da Comunhão Parcial de Bens</p><p>Art. 1.658 a 1.666 do CC.</p><p>Trata-se do regime legal ou supletório, pois valerá para o casamento se não houver pacto entre os cônjuges ou sendo este</p><p>nulo ou ineficaz (art. 1.640, caput, do CC).</p><p>Regra: comunicam-se os bens havidos durante o casamento com exceção dos incomunicáveis.</p><p>Bens comuns (Aquestos)</p><p>Obs.: Os bens comunicáveis</p><p>formam os aquestos</p><p>a) Regime da Comunhão Parcial de Bens</p><p>Bens incomunicáveis: art. 1.659 do CC:</p><p>I- bens particulares (bens anteriores) e os havidos por herança ou doados a um dos cônjuges. (Obs.: RESP 1.318.599/SP</p><p>=> “no regime da comunhão parcial de bens, não integra a meação o valor recebido por doação na constância do</p><p>casamento – ainda que inexistente cláusula de incomunicabilidade – e utilizado para a quitação de imóvel adquirido sem a</p><p>contribuição do cônjuge não donatário”).</p><p>Exemplos:</p><p>IV- se os cônjuges possuem uma fazenda e o marido, na administração desta, causar um dano ambiental, haverá</p><p>responsabilidade solidária do casal, respondendo todos os seus bens. Isso porque a atividade desenvolvida na fazenda</p><p>era realizada em benefício do casal.</p><p>V- Bens de uso pessoal => joias de família, roupas, escova de dentes, relógios, celulares, CDs, DVDs. Livros => obras</p><p>jurídicas, coleções raras etc. Instrumentos de profissão => bisturi, fita métrica, máquina de costura.</p><p>Obs.: VI e VII- Proventos do trabalho pessoal => salário, remunerações em sentido amplo e aposentadoria.</p><p>Pensões => quantias pagas em virtude de lei, decisão judicial, ato inter vivos ou mortis causa, visando a</p><p>subsistência de alguém. Meios-soldos => metade do valor que o Estado paga ao militar reformado. Montepios =></p><p>pensão paga pelo Estado aos herdeiros de um funcionário público falecido.</p><p>A norma deve ser interpretada de forma restritiva => a correta interpretação deve ser no sentido de</p><p>que se os proventos forem recebidos durante a união haverá comunicação, prevalecendo a regra do</p><p>art. 1.688 do CC</p><p>a) Regime da Comunhão Parcial de Bens</p><p>RECURSO ESPECIAL. CASAMENTO. REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL DE BENS. DOAÇÃO FEITA A UM DOS CÔNJUGES.</p><p>INCOMUNICABILIDADE. FGTS. NATUREZA JURÍDICA. PROVENTOS DO TRABALHO. VALORES RECEBIDOS NA</p><p>CONSTÂNCIA DO CASAMENTO. COMPOSIÇÃO DA MEAÇÃO. SAQUE DIFERIDO. RESERVA EM CONTA VINCULADA</p><p>ESPECÍFICA.</p><p>1. No regime de comunhão parcial, o bem adquirido pela mulher com o produto auferido mediante a alienação do patrimônio</p><p>herdado de seu pai não se inclui na comunhão. Precedentes.</p><p>2. O Supremo Tribunal Federal, no julgamento do ARE 709.212/DF, debateu a natureza jurídica do FGTS, oportunidade em que</p><p>afirmou se tratar de "direito dos trabalhadores brasileiros (não só dos empregados, portanto), consubstanciado na criação de um</p><p>pecúlio permanente, que pode ser sacado pelos seus titulares em diversas circunstâncias legalmente definidas (cf. art. 20 da Lei</p><p>8.036/1995)". (ARE 709212, Relator (a): Min. GILMAR MENDES, Tribunal Pleno, julgado em 13/11/2014, DJe-032 DIVULG 18-02-</p><p>2015 PUBLIC 19-02-2015)</p><p>3. No âmbito do Superior Tribunal de Justiça, a Egrégia Terceira Turma enfrentou a questão, estabelecendo que o FGTS é "direito</p><p>social dos trabalhadores urbanos e rurais", constituindo, pois, fruto civil do trabalho. (REsp 848.660/RS, Rel. Ministro PAULO DE</p><p>TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA, DJe 13/05/2011)</p><p>4. O entendimento atual do Superior Tribunal de Justiça é o de que os proventos do trabalho recebidos, por um ou outro</p><p>cônjuge, na vigência do casamento, compõem o patrimônio comum do casal, a ser partilhado na separação, tendo em vista a</p><p>formação de sociedade de fato, configurada pelo esforço comum dos cônjuges, independentemente de ser financeira a</p><p>contribuição de um dos consortes e do outro não.</p><p>5. Assim, deve ser reconhecido o direito à meação dos valores do FGTS auferidos durante a constância do casamento, ainda</p><p>que o saque daqueles valores não seja realizado imediatamente à separação do casal.</p><p>6. A fim de viabilizar a realização daquele direito reconhecido, nos casos em que ocorrer, a CEF deverá ser comunicada para</p><p>que providencie a reserva do montante referente à meação, para que num momento futuro, quando da realização de qualquer</p><p>das hipóteses legais de saque, seja possível a retirada do numerário.</p><p>7. No caso sob exame, entretanto, no tocante aos valores sacados do FGTS, que compuseram o pagamento do imóvel, estes se</p><p>referem a depósitos anteriores ao casamento, matéria sobre a qual não controvertem as partes.</p><p>8. Recurso especial a que se nega provimento.</p><p>(REsp n. 1.399.199/RS, relatora Ministra Maria Isabel Gallotti, relator para acórdão Ministro Luis Felipe Salomão, Segunda Seção,</p><p>julgado em 9/3/2016, DJe de 22/4/2016.)</p><p>a) Regime da Comunhão Parcial de Bens</p><p>CIVIL. PROCESSUAL CIVIL. AÇÃO DE SOBREPARTILHA. CRÉDITO PREVIDENCIÁRIO RECEBIDO POR EX-CÔNJUGE. PLEITO DE</p><p>APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO INDEFERIDO ADMINISTRATIVAMENTE E OBJETO DE AÇÃO JUDICIAL AJUIZADA</p><p>DURANTE O MATRIMÔNIO, MAS QUE FOI OBJETO DE PAGAMENTO PELO INSS SOMENTE APÓS O DIVÓRCIO. COMUNHÃO E</p><p>PARTILHA. POSSIBILIDADE. SEMELHANÇA COM AS INDENIZAÇÕES DE NATUREZA TRABALHISTA, COM VALORES ATRASADOS</p><p>ORIGINADOS DE DIFERENÇAS SALARIAIS E VALORES DE FGTS. APOSENTADORIA PELA PREVIDÊNCIA PÚBLICA. PROVENTOS DO</p><p>TRABALHO QUE SE REVERTEM AO ENTE FAMILIAR. PRESUNÇÃO DE COLABORAÇÃO, DE ESFORÇO COMUM DOS CÔNJUGES E</p><p>COMUNICABILIDADE DOS VALORES RECEBIDOS COMO FRUTO DO TRABALHO DE AMBOS. PREVIDÊNCIA PRIVADA FECHADA E</p><p>PREVIDÊNCIA SOCIAL. DESSEMELHANÇAS.</p><p>1- Ação ajuizada em 20/01/2014. Recurso especial interposto em 16/09/2016 e atribuído à Relatora em 03/02/2017.</p><p>2- O propósito recursal é definir se deverá ser objeto de partilha o crédito previdenciário recebido pelo cônjuge em razão de trânsito em</p><p>julgado de sentença de procedência de ação por ele ajuizada em face do INSS, por meio da qual lhe foi concedida aposentadoria por</p><p>tempo de serviço.</p><p>3- As indenizações de natureza trabalhista, os valores atrasados originados de diferenças salariais e decorrente do Fundo de Garantia por</p><p>Tempo de Serviço - FGTS, quando referentes a direitos adquiridos na constância do vínculo conjugal e na vigência dele pleiteados, devem</p><p>ser objeto de comunhão e partilha, ainda que a quantia tenha sido recebida apenas posteriormente à dissolução do vínculo.</p><p>Precedentes.</p><p>4- A previdência privada fechada, por sua vez, é bem incomunicável e insuscetível de partilha por ocasião do divórcio, tendo em vista a</p><p>sua natureza personalíssima, eis que instituída mediante planos de benefícios de natureza previdenciária apenas aos empregados de uma</p><p>empresa ou grupo de empresas aos quais os empregados estão atrelados, sem se confundir, contudo, com a relação laboral e o</p><p>respectivo contrato de trabalho. Precedente.</p><p>5- O crédito previdenciário decorrente de aposentadoria pela previdência pública que, conquanto Somente veio a ser recebido após o</p><p>divórcio, tem como elemento causal uma ação judicial ajuizada na constância da sociedade conjugal e na qual se concedeu o benefício</p><p>retroativamente a período em que as partes ainda se encontravam vinculadas pelo casamento, deve ser objeto de partilha, na medida em</p><p>que, tal qual</p><p>na hipótese de indenizações trabalhistas e recebimento de diferenças salariais em atraso, a eventual incomunicabilidade dos</p><p>proventos do trabalho geraria uma injustificável distorção em que um dos cônjuges poderia possuir inúmeros bens reservados frutos de</p><p>seu trabalho e o outro não poderia tê-los porque reverteu, em prol da família, os frutos de seu trabalho.</p><p>6- Em se tratando de ente familiar e de regime matrimonial da comunhão parcial de bens, a colaboração, o esforço comum e,</p><p>consequentemente, a comunicabilidade dos valores recebidos como fruto de trabalho deve ser presumida.</p><p>7- Recurso especial conhecido e provido, para reformar o acórdão recorrido e julgar procedente o pedido formulado na ação de sobrepartilha,</p><p>invertendo-se a sucumbência fixada na sentença.</p><p>(REsp n. 1.651.292/RS, relatora Ministra Nancy Andrighi, Terceira Turma, julgado em 19/5/2020, DJe de 25/5/2020.)</p><p>a) Regime da Comunhão Parcial de Bens</p><p>Bens incomunicáveis: art. 1.661 do CC</p><p>Homem solteiro vende a crédito um terreno seu, cujo valor é recebido após a celebração do casamento sob o regime da</p><p>comunhão parcial. Tal valor é incomunicável, pois sua causa é anterior ao matrimônio.</p><p>Exemplos:</p><p>Bens comunicáveis: art. 1.660 do CC</p><p>II- valores recebidos em decorrência de jogos, apostas e loterias em geral.</p><p>Exemplos:</p><p>V- comunicam-se os aluguéis recebidos durante a união, mesmo que se refiram a imóveis pertencentes a apenas um dos</p><p>cônjuges</p><p>b) Regime da Comunhão Universal de Bens</p><p>Arts. 1.667 a 1.671 do CC.</p><p>Regra: comunicam-se os tanto os bens anteriores, presentes e posteriores à celebração do casamento, ou seja, há uma</p><p>comunicação total ou plena nos aquestos, o que inclui as dívidas passivas de ambos (art. 1.667 do CC)</p><p>ANTES DO CASAMENTO</p><p>BENS DO</p><p>MARIDO</p><p>BENS DA</p><p>MULHER</p><p>DEPOIS DO CASAMENTO</p><p>BENS</p><p>COMUNS</p><p>b) Regime da Comunhão Universal de Bens</p><p>A comunicação de bens é plena, mas não absoluta => Bens incomunicáveis:</p><p>II- Fideicomisso é uma forma de substituição testamentária em que um primeiro herdeiro (fiduciário) pode ser substituído</p><p>por outro (fideicomissário). Quando o bem estiver com o fiduciário (1º herdeiro) haverá incomunicabilidade, pois sua</p><p>propriedade é resolúvel, protegendo-se o direito do fideicomissário (2º herdeiro).</p><p>Exemplos:</p><p>III- comunicam-se as dívidas para aquisição do imóvel do casal, da mobília, do enxoval, despesas para a festa de</p><p>casamento.</p><p>Art. 1.668 do CC</p><p>Obs.: Propriedade resolúvel => É aquela que pode ser extinta quer pelo advento de condição (evento futuro e</p><p>incerto) ou pelo termo (evento futuro e certo), quer pela superveniência de uma causa capaz de destruir a relação</p><p>jurídica. Ex.: compra e venda com cláusula de retrovenda , venda com reserva de domínio, doação com cláusula</p><p>de reversão.</p><p>V- bens de uso pessoal, livros, instrumentos de profissão, proventos do trabalho de cada um e pensões em geral (vale a</p><p>mesma observação feita no regime da comunhão parcial de bens).</p><p>c) Regime da Participação Final nos Aquestos</p><p>Arts. 1.672 a 1.686 do CC.</p><p>Regime de bens importado de países como Suécia, Alemanha e França.</p><p>Regra: Durante o casamento há uma separação convencional de bens, e, no caso de dissolução da sociedade conjugal,</p><p>algo próximo de uma comunhão de parcial de bens. Finda a união, cada cônjuge terá direito a uma participação daqueles</p><p>bens para os quais colaborou para a aquisição, devendo provar o esforço patrimonial para tanto (art. 1.672 do CC).</p><p>Crítica 1: Regime adotado por países ricos, estando distante da realidade brasileira (Flávio Tartuce).</p><p>Crítica 2: Regime contábil e complexo, que desestimula a sua adoção no campo social. (Silmara Juny Chinellato).</p><p>Crítica 3: Raras são as notícias de opção por tal regime, próprio para casal de empresários (Mª Helena Diniz).</p><p>c) Regime da Participação Final nos Aquestos</p><p>ANTES DO CASAMENTO</p><p>BENS DO</p><p>MARIDO</p><p>BENS DA</p><p>MULHER</p><p>DEPOIS DO CASAMENTO</p><p>BENS DO</p><p>MARIDO</p><p>BENS DA</p><p>MULHER</p><p>Bens de participação é diferente de meação, pois a última independe da prova de esforço comum para a comunicação.</p><p>Assim, onde se lê “meação”, deve-se entender “participação” – arts. 1.676, 1.678 e 1.682 do CC.</p><p>Participação(Esforço)</p><p>SEPARAÇÃO DE BENS</p><p>d) Regime da Separação de Bens</p><p>Convencional</p><p>(origem pacto antenupcial)</p><p>Legal ou obrigatória</p><p>(art. 1.641 do CC)</p><p>Arts. 1.687 e 1.688 do CC.</p><p>Regra: Não haverá comunicação de qualquer bem, seja posterior ou anterior à união, cabendo a administração desses</p><p>bens de forma exclusiva a cada um dos cônjuges (art. 1.687 do CC).</p><p>Na separação convencional, cada um dos cônjuges poderá alienar ou gravar com ônus real os seus bens, mesmo sendo</p><p>imóveis.</p><p>Na separação legal ou obrigatória, há comunicação de alguns bens => Súmula 377 do STF.</p><p>Súmula 377 STF: No regime de separação legal de bens, comunicam-se</p><p>os adquiridos na constância do casamento.</p><p>d) Regime da Separação de Bens</p><p>RECURSO ESPECIAL - AÇÃO DE RECONHECIMENTO E DISSOLUÇÃO DE UNIÃO ESTÁVEL - ESCRITURA PÚBLICA DE UNIÃO ESTÁVEL</p><p>ELEGENDO O REGIME DE SEPARAÇÃO DE BENS - MANIFESTAÇÃO DE VONTADE EXPRESSA DAS PARTES QUE DEVE PREVALECER -</p><p>PARTILHA DO IMÓVEL DE TITULARIDADE EXCLUSIVA DA RECORRENTE - IMPOSSIBILIDADE - INSURGÊNCIA DA DEMANDADA. RECURSO</p><p>ESPECIAL PROVIDO.</p><p>Hipótese: Cinge-se a controvérsia a definir se o companheiro tem direito a partilha de bem imóvel adquirido durante a união estável pelo</p><p>outro, diante da expressa manifestação de vontade dos conviventes optando pelo regime de separação de bens, realizada por meio de</p><p>escritura pública.</p><p>1. No tocante aos diretos patrimoniais decorrentes da união estável, aplica-se como regra geral o regime da comunhão parcial de bens, ressalvando</p><p>os casos em que houver disposição expressa em contrário.</p><p>2. Na hipótese dos autos, os conviventes firmaram escritura pública elegendo o regime da separação absoluta de bens, a fim de regulamentar a</p><p>relação patrimonial do casal na constância da união.</p><p>2.1. A referida manifestação de vontade deve prevalecer à regra geral, em atendimento ao que dispõe os artigos 1.725 do Código Civil e 5º da Lei</p><p>9.278/96.</p><p>2.2. O pacto realizado entre as partes, adotando o regime da separação de bens, possui efeito imediato aos negócios jurídicos a ele</p><p>posteriores, havidos na relação patrimonial entre os conviventes, tal qual a aquisição do imóvel objeto do litígio, razão pela qual este não</p><p>deve integrar a partilha.</p><p>3. Inaplicabilidade, in casu, da Súmula 377 do STF, pois esta se refere à comunicabilidade dos bens no regime de separação legal de bens</p><p>(prevista no art. 1.641, CC), que não é caso dos autos.</p><p>3.1. O aludido verbete sumular não tem aplicação quando as partes livremente convencionam a separação absoluta dos bens, por meio de</p><p>contrato antenupcial. Precedente.</p><p>4. Recurso especial provido para afastar a partilha do bem imóvel adquirido exclusivamente pela recorrente na constância da união estável.</p><p>(REsp n. 1.481.888/SP, relator Ministro Marco Buzzi, Quarta Turma, julgado em 10/4/2018, DJe de 17/4/2018.)</p><p>ANTES DO CASAMENTO</p><p>BENS DO</p><p>MARIDO</p><p>BENS DA</p><p>MULHER</p><p>DEPOIS DO CASAMENTO</p><p>BENS DO</p><p>MARIDO</p><p>BENS DA</p><p>MULHER</p><p>d) Regime da Separação de Bens</p><p>Separação convencional de bens /</p><p>separação absoluta de bens / separação de bens</p><p>EAD: Impedimentos absolutos e relativos ou causas suspensivas do casamento.</p><p>Para casa:</p>