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<p>24/05/2024</p><p>1</p><p>ASPECTOS CINESIOLÓGICOS</p><p>E</p><p>BIOMECÂNICOS DA MARCHA</p><p>Profª.Drª: Marta Cristina Rodrigues da Silva</p><p>Contato: martacrys1605@gmail.com</p><p>Florianópolis, 2024</p><p>Quais são as fases da caminhada? Quais eventos determinam</p><p>essas fases?</p><p>O que são os parâmetros espaço temporais da caminhada? Quais</p><p>variáveis biomecânicas da locomoção são habitualmente</p><p>analisadas?</p><p>Quais as principais diferenças entre as características da</p><p>caminhada e da corrida?</p><p>ANDAR X MARCHA</p><p>MARCHA HUMANA</p><p>1 2</p><p>3 4</p><p>5 6</p><p>24/05/2024</p><p>2</p><p>CINESIOLGIA DA MARCHA:</p><p>Principalmente</p><p>no plano</p><p>sagital</p><p>NA BIOMECÂNICA:</p><p>NO ESPORTE, NA FISIOTERAPIA....</p><p>IMPORTANTE..</p><p>causa</p><p>Redução</p><p>de flexão Efeito</p><p>A descrição da marcha humana</p><p>envolve medição e interpretação</p><p>de variáveis</p><p>Pelve</p><p>retroverti</p><p>da</p><p>Joelho</p><p>mais</p><p>fletido</p><p>EFEITOS:</p><p>Duração das fases, cadencia ,</p><p>comprimento do passo, cinemática</p><p>(deslocamento angulares e velocidades,</p><p>deslocamento do CG (harmonia do</p><p>movimentos coordenados dos MI , CG tem</p><p>movimento sinoidal, sem muita amplitude,</p><p>flutuação harmonica..e impactos externos</p><p>FR, grande efeito força no solo que reage e</p><p>quantifica as ações articulares e</p><p>musculares. Como se distribui na pressão</p><p>plantar e região</p><p>A caminhada pode ser dividida nas fases de apoio e de balanço.</p><p>Os eventos que determinam o início e fim de cada umas dessas</p><p>fases são a entrada do pé no solo e a saída do pé do chão.</p><p>As variáveis espaço temporais da caminhada são as variáveis</p><p>que descrevem de forma simples as características de</p><p>comprimento ou largura dos passos e passadas, além da duração</p><p>de cada fase da Caminhada.</p><p>7 8</p><p>9 10</p><p>11 12</p><p>24/05/2024</p><p>3</p><p>Hamill, Knutzen (2012</p><p>Ciclo da Marcha:</p><p>Sutherland, Kaufman e Moitoza em Rose & Gamble (1998)</p><p>Fase de Apoio</p><p>• 60% do passo</p><p>• Períodos de sustentação dos membros:</p><p>inicial e terminal (tarefa de maior exigência do ciclo da marcha)</p><p>• Três padrões funcionais:</p><p>– absorção de choque</p><p>– estabilidade inicial do membro</p><p>– preservação da progressão</p><p>13 14</p><p>15 16</p><p>17 18</p><p>24/05/2024</p><p>4</p><p>DUPLO APOIO INICIAL:</p><p>PADRÃO DE RESPOSTA À CARGA DO MEMBRO APOIO SIMPLES</p><p>Elevação do outro pé para o balanço.</p><p>– inicia o intervalo de apoio simples para o</p><p>membro de apoio.</p><p>Duas fases estão envolvidas no apoio simples:</p><p>– Apoio médio : que se inicia quando o outro</p><p>pé é elevado e continua até que o peso do</p><p>corpo seja alinhado sobre o antepé</p><p>Apoio terminal:</p><p>completa o apoio simples, durante toda</p><p>essa fase o peso do corpo irá se deslocar</p><p>para frente adiante do antepé</p><p>FASE DE OSCILAÇÃO</p><p>•40% do ciclo da marcha</p><p>•Período de avanço do membro •Começa</p><p>na fase final do apoio (pré- balanço) e</p><p>continua-se através de três fases do</p><p>balanço:</p><p>– Balanço Inicial</p><p>– Balanço Médio</p><p>– Balanço Terminal</p><p>19 20</p><p>21 22</p><p>23 24</p><p>24/05/2024</p><p>5</p><p>Fontes:</p><p>Gage, J. A. (1990).</p><p>Krebs, O. E.. et ai.</p><p>(1998). Zajac, F. E.</p><p>(2002).</p><p>FIGURA 6.42 Músculos do membro</p><p>inferior envolvidos na deambulação,</p><p>demonstrando o nível de atividade muscular</p><p>(baixa, moderada, alta)</p><p>e o tipo de ação muscular - concêntrica</p><p>(CON) e excêntrica (EXC) - com a finalidade</p><p>associada (FA).</p><p>Hamill, Knutzen (2012)</p><p>QUADRIL</p><p>Promove o movimento tridimensional</p><p>• Movimento: deslocamento do</p><p>fêmur (rolamento do membro na</p><p>posição ereta)</p><p>• Músculos:</p><p>• Abdutores - não permitem que a pelve caia</p><p>quando induzida pelo alinhamento medial do peso</p><p>corporal</p><p>• Flexores - avançam o membro</p><p>• Extensores - desacelera o membro para prepará-lo</p><p>para o apoio e restringir o momento anterior na</p><p>pelve</p><p>JOELHO</p><p>É a peça essencial. Função de estabilizar o</p><p>quadríceps</p><p>(controle extensor da perna)</p><p>• Possui o maior arco de movimento durante</p><p>amarcha -- 60º para que haja a liberação</p><p>adequada dos dedos no solo.</p><p>• Obs: Não consegue</p><p>trabalhar isoladamente</p><p>25 26</p><p>27 28</p><p>29 30</p><p>24/05/2024</p><p>6</p><p>TORNOZELO E PÉ</p><p>Tornozelo: se move em quatro arcos de movimento</p><p>distintos durante cada passada.</p><p>Movimentos:</p><p>• Restrição da dorsiflexão durante os apoios médio</p><p>e terminal</p><p>• Progressão/estabilidade durante o apoio simples</p><p>Articulações:</p><p>• Articulação subtalar absorção de choques, estabiliza</p><p>o pé no apoio terminal, reduz a tensão rotatória do</p><p>tornozelo</p><p>• Articulações metatarsofalangeanas dedos se</p><p>alongam e aumentam a progressão</p><p>Funções da Marcha</p><p>•É o padrão locomotor básico: “ andar para frente”;</p><p>Promove:</p><p>•Estabilidade e apoio; •Absorção de choques;</p><p>•E prove a conservação de energia;</p><p>A força primária: queda do peso do corpo + ação gravitacional (depende da</p><p>liberdade de queda da base do suporte do membro)</p><p>• O calcanhar, o tornozelo e o antepé (rolamentos) fazem o corpo avançar</p><p>• Joelho mantém o membro estendido</p><p>Força Secundária: O balanço para frente do membro contralateral.</p><p>Estabilidade do Apoio</p><p>• Proporciona equilíbrio funcional entre o corpo e a atividade muscular de cada</p><p>articulação</p><p>• Estabilidade passiva : centro de gravidade superior alinhado com o centro da</p><p>articulação de suporte;</p><p>• Durante a marcha há alguns “desafios</p><p>anatômicos” : Contorno articular arredondado, membro inferior</p><p>multisegmentado e maior peso na porção superior;</p><p>LIGAMENTOS:</p><p>• Dá mobilidade para a estabilidade e ligam os ossos</p><p>• Produz forças compensatórias, pois essas superfícies</p><p>não oferecem estabilidade.</p><p>• Posição ereta em repouso : equilíbrio pode ser</p><p>atingido sem nenhuma ação muscular</p><p>DESENVOLVIMENTO DA MARCHA</p><p>O bebê inicia a fase da deambulação nos primeiros anos de</p><p>vida</p><p>Essas experiências vivenciadas estão intimamente conectadas</p><p>às fases inicias da marcha</p><p>MARCHA NORMAL</p><p>SEQUÊNCIA REPETITIVA DOS MEMBROS INFERIORES QUE</p><p>MOVEM O CORPO PARA FRENTE MANTÉM TAMBÉM A</p><p>ESTABILIDADE DE APOIO</p><p>MARCHA PATOLÓGICA</p><p>CARACTERIZADA POR UM DISTÚRBIO. É UMA MARCHA</p><p>FUNCIONAL, MAS QUE GERALMENTE ESTÁ ASSOCIADA À</p><p>MENOR ESTABILIDADE E MAIOR GASTO ENERGÉTICO;</p><p>Os desvios de marcha se apresentam nos seguintes segmentos: tornozelo e pé, joelho, quadril,</p><p>pelve e tronco.</p><p>Os problemas encontrados mais comuns:</p><p>•Flexões Inadequadas</p><p>•Flexões Excessivas</p><p>•Desvios no Plano Sagital •Extensões Exageradas e Rotações •Abduções e Aduções</p><p>Inadequadas</p><p>31 32</p><p>33 34</p><p>35 36</p><p>24/05/2024</p><p>7</p><p>PERDAS FUNCIONAIS</p><p>A marcha patológica pode ser influenciada, ou</p><p>desenvolver algumas perdas funcionais, como:</p><p>• Deformidade;</p><p>• Fraqueza Muscular;</p><p>• Espasticidade;</p><p>• Dor;</p><p>• Perda Sensorial</p><p>DEFORMIDADE</p><p>Ocorre quando os tecidos não permitem mais uma mobilidade passiva para</p><p>uma marcha normal. Causas:</p><p>•Contraturas</p><p>•Contorno articular anormal</p><p>•Rigidez óssea (anquilose</p><p>Fraqueza Muscular</p><p>•O paciente não possui força suficiente para atingir as demandas da</p><p>marcha, assim fazem compensações no movimento para executar a</p><p>marcha. Causas:</p><p>•Atrofias por desuso •Lesões neurológicas</p><p>•Doença do neurônio motor inferior</p><p>•Patologia muscular (poliomielite, distrofia muscular e síndrome de</p><p>Guillain-Barré)</p><p>Espasticidade</p><p>• Pacientes apresentam uma grande reação ao</p><p>alongamento, o controle seletivo de movimento é</p><p>afetado e padrões locomotores primitivos emergem. A</p><p>propriocepção pode ser alterada e os músculos variam</p><p>aleatoriamente seus estados de contração.</p><p>Causas:</p><p>• Paralisia cerebral</p><p>• Acidente vascular encefálico</p><p>• Lesões cerebrais</p><p>• Esclerose múltipla</p><p>• Lesão medular incompleta</p><p>Dor</p><p>• Os pacientes tentam evitar sentir dor, assim as reações fisiológicas</p><p>normais do paciente são compensadas o que gera deformidade e</p><p>fraqueza muscular.</p><p>• Os processos dolorosos causam uma redução da atividade e estudos</p><p>indicam que existe um mecanismo de feedback destinado a proteger</p><p>as estruturas articulares edemaciadas contra pressões destrutivas.</p><p>Perda Sensorial</p><p>• Paciente não sabe como está o seu contato com o solo.</p><p>• Dificulta a marcha pois o paciente não se sente mais seguro para</p><p>fazer a transferência do peso do corpo para o membro.</p><p>37 38</p><p>39 40</p><p>41 42</p><p>24/05/2024</p><p>8</p><p>Algumas das análises simples da caminhada remetem aos ângulos</p><p>articulares, forças de reação do solo, músculos ativados durante a</p><p>caminhada. No entanto, variáveis simples como velocidade da caminhada</p><p>podem expressar significados importantes da marcha.</p><p>Dentre as principais características, estão:</p><p> Aumento do comprimento de passo e/ou da cadência</p><p> Aumento da velocidade</p><p> Diminuição do tempo de apoio</p><p> Inexistência do apoio duplo</p><p>43 44</p><p>45 46</p><p>47 48</p><p>24/05/2024</p><p>9</p><p>REFERENCIAL:</p><p>Hamill, Knutzen 2012 - Bases Biomecânicas do Movimento</p><p>Humano. Capítulo 08: página 345 pdf [337 do livro]</p><p>NORDIN, Margareta; FRANKEL, Victor H.. Biomecânica Básica</p><p>do Sistema Musculoesquelético. 3 ed. Rio de Janeiro:</p><p>Guanabara Koogan, 2003. 401 p.</p><p>PERRY, Jacquelin. Análise de Marcha: Marcha Normal. São</p><p>Paulo: Manole, 2005.</p><p>49 50</p>