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veteriná
riaFARMAC
OLOGIAapos
tila de 
Natália B
ueno | @
natvet.s
tudies
Olá
A P O S T I L A D E F A R M A C O L O G I A
N A T Á L I A B U E N O
Meu nome é Natália Bueno, sou a dona do 
@natvet.studies
Sou estudante de medicina veterinária, do sexto 
período. E eu estou extremamente feliz pelo seu 
interesse nas minhas apostilas e na sua 
confiança por escolher meu material!
Recomendo que você imprima o 
material, para facilitar o seu 
estudo.
Se a apostila for útil para você, 
me mande uma mensagem, vou 
adorar saber sua opinião!
Bons estudos ❤ 
2
Sumário
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO E 
FORMAS FARMACÊUTICAS
Oral
Retal
Intravenosa
Intramuscular
Subcutânea
Transdérmica
FARMACOCINÉTICA
Absorção
Disposição
Distribuição
Eliminação
Metabolização
Excreção
3
MECANISMO DE AÇÃO
Potência
Eficácia máxima
Inclinação
Variação biológica
Sinergismo
Antagonismo
Farmacodinâmica
Receptores
Sinalização química
Relação dose resposta
Efeitos anormais aos medicamentos
Interação medicamentosa
EXERCÍCIOS & GABARITO
Vias de administração e 
formas farmacêuticas
efeito local ou sistêmico
urgência da intervenção farmacológica
duração do tratamento
propriedades do fármaco a ser administrado
propiciar estabilidade do princípio ativo
promover a liberação adequada do princípio ativo no interior do organismo
garantir a precisão da dose
facilitar a administração
Via de administração: consiste no modo como o fármaco é introduzido no
organismo
Fatores determinantes de escolha da via:
Forma farmacêutica: forma final de apresentação de um fármaco (medicamento)
princípio ativo + excipiente
Funções:
Excipiente: qualquer substância desprovida de atividade farmacológica que
agrega funcionalidade às formas farmacêuticas → conservante, antioxidante,
corante, flavorizante, aglutinante, diluente, desintegrante, solvente, etc.
via enteral: sofre absorção em algum segmento do trato gastrointestinal 1.
- oral
- retal
- sublingual
4
vantagens desvantagens
via segura, conveniente e econômica
possibilita a degradação do princípio 
ativo pela acidez/enzimas gástricas
evita a elevação abrupta dos níveis 
sanguíneos do fármaco, reduzindo a 
incidência de efeitos adversos
pode causar irritação da mucosa 
gástrica
possibilita o uso de antídotos (carvão 
ativado) ou de lavagem gástrica, em 
caso de intoxicação
propicia a degradação do princípio ativo 
pelo efeito de primeira passagem pelo 
fígado
Efeito de primeira passagem ou eliminação pré-sistêmica: degradação do
fármaco por enzimas hepáticas antes de atingir a circulação sistêmica → reduz a
biodisponibilidade.
Biodisponibilidade: é a porção do fármaco administrado que atinge a circulação
sistêmica sob a forma não alterada. Indica a extensão e a taxa de absorção do
fármaco.
2. via parenteral: o fármaco não sofre absorção no trato gastrointestinal 
- injetáveis: intravenosa, intramuscular e subcutânea
- tópica e transdérmica
ORAL
veia porta-hepática
fármaco
fígado
rede capilar
circulação sistêmica
sistema
porta-
hepático
5
não se pode macerar ou cortar, pois pode promover irritação gástrica ou
degradação!
formas farmacêuticas 
- líquidas: soluções, suspensões, emulsões e xapores
- sólidas: pós e grânulos (ração), cápsulas, comprimidos e drágeas
- pastas e géis
formas de revestimento entérico: protegem o princípio ativo da degradação por
ácido ou enzimas presentes no estômago. Evitam a irritação gástrica.
vantagens: manutenção dos níveis plasmáticos e praticidade
desvantagem: perda da flexibilidade na dosagem
formas de liberação prolongada: aumentam o intervalo posológico e prolongam o
efeito. São indicadas para princípios ativos com tempo de meia vida baixo
(exemplo: morfina)
cápsula
drágea 
entérica
cápsula de 
liberação 
prolongada
matriz 
insolúvel
tempo
lib
er
aç
ão
 d
a 
dr
og
a 
no
 p
la
sm
a
6
NÚCLEO
princípio ativo
CAMADA 2 
gastro-resistente
CAMADA 1 
cor e proteção
drágea cortada ao meio
vantagens desvantagens
protege parcialmente o fármaco do 
efeito de primeira passagem
absorção errática e incompleta
uso restrito em medicina veterinária pode causar irritação da mucosa retal
vantagens desvantagens
efeito praticamente imediato, não ocorre 
processo de absorção
necessita de assepsia
níveis plasmáticos previsíveis dificuldade de execução
indicada para emergências médicas maior custo das preparações injetáveis
permite a administração de grandes 
volumes
efeitos adversos → flebites, infecções e 
trombose
infusão contínua ou na forma de bolus 
(injeção aguda → via seringa)
-
Para ruminantes existem formulações orais de dose única, denominadas de bolo
ou bólus, geralmente empregadas para administração de antiparasitários (por
exemplo: ivermectina, fembendazol, etc) as quais liberam o medicamento por,
aproximadamente, 140 dias ou mais
RETAL
formas farmacêuticas 
- líquidas: clister ou enema
- sólidas: supositórios
INTRAVENOSA
formas farmacêuticas 
- soluções aquosas isotônicas, estéreis e apirogênicas
Fármacos particulados e oleosos devem ser evitados na administração por via
intravenosa pois podem causar embolia!
7
vantagens desvantagens
absorção rápida e uniforme dor
mais segura que a via intravenosa
possibilidade de lesão de nervos, tecidos 
ou vasos sanguíneos
proteção do efeito de primeira 
passagem
-
permite a administração de formas 
farmacêuticas de depósito
-
INTRAMUSCULAR
formas farmacêuticas 
- soluções aquosas isotônicas, estéreis e apirogênicas
- suspensões e emulsões
vantagens desvantagens
absorção constante para soluções e 
lenta para suspensões e pellets
dor
permite a administração de formas de 
depósito do fármaco
necrose tecidual caso sejam 
administrados certas substâncias 
(exemplo: glicose)
SUBCUTÂNEA
formas farmacêuticas 
- líquidas: soluções e suspensões
- sólidas: pellets
vantagens desvantagens
proporciona efeitos sistêmicos pela 
aplicação do fármaco na pele, por meio 
de um adesivo cutâneo
alergia ao adesivo pode causar irritação 
local
evita o efeito de primeira passagem e é
+ usada na oferta prolongada de 
fármacos
o fármaco deve ser lipofílico (ou seja, 
lipossolúvel)
TRANSDÉRMICA
8
tipo pour-on ou spot-on
controle de ectoparasitas, em pequenos e grandes animais
o medicamento é aplicado sobre o dorso (pour-on) ou cernelha (spot-on) do
animal
formas farmacêuticas 
- líquidas: soluções e emulsões
- semi-sólidas: pomadas, cremes, loções e géis
9
Farmacocinética
absorção
liberação
FÁRMACO LIVRE
metabólitos
excreção
METABOLISMO
O perfil farmacocinético é composto por quatro processos fundamentais: 
 (a) absorção (quando a via de administração é extravascular (EV));
 (b) distribuição;
 (c) biotransformação e;
 (d) excreção. 
A partir da compreensão desses eventos é possível estabelecer a relação
cronológica da dose, forma farmacêutica, frequência, via de administração e a
concentração sistêmica do fármaco, sendo que a farmacocinética clínica envolve a
aplicação desses dados na terapia de pacientes.
DOSE DO 
FÁRMACO
COMPARTIMENTO
CENTRAL
fármaco ligado 
às proteínas
LOCAL DE AÇÃO 
TERAPÊUTICA
"receptores" ligado <-> livre
RESERVATÓRIOS TECIDUAIS
ligado <-> livre
LOCAL DE AÇÃO 
INESPERADA
ligado <-> livre
depuração
10
A absorção é um processo no qual um fármaco deixa seu local de administração e
alcança o fluxo sanguíneo. 
Ela pode ser avaliada por quatro parâmetros farmacocinéticos obtidos a partir da
construção de uma curva da concentração do fármaco pelo tempo: 
 (a) constante de velocidade de absorção (ka);
 (b) concentração plasmática máxima (Cmax);
 (c) tempo para atingir a concentração plasmática máxima (tmax) e; 
 (d) área sob a curva de concentração plasmática pelo tempo (ASC).
A maior parte dos fatores que influenciam a amplitude e a velocidade de absorção
dos fármacos ocorre na via oral.
absorção
absorção
absorção
vaso linfático
Absorção
11
Tratando-se da via de administração intravenosa, não se deve considerar a absorção,
uma vez que, neste caso, o fármaco é administradodiretamente na corrente
sanguínea.
tempo da concentração 
farmacológica
tempo da concentração 
farmacológica máxima (pico)
co
nc
en
tr
aç
ão
 
fa
rm
ac
ol
óg
ic
a 
no
 p
la
sm
a
tempo
Veia porta
Estômago para o Cólon
Circulação sistêmica
Administração oral do 
medicamento
O efeito de primeiro passagem ocorre quando a droga é absorvida pelo trato
gastrointestinal (do estômago até o cólon descendente) entrando na veia porta e
fluindo até o fígado. Uma vez no fígado as drogas de rápida excreção são eliminadas
do sangue antes de entrar na circulação sistêmica. 
 
As concentrações plasmáticas das drogas de rápida excreção podem não alcançar
concentrações terapêuticas se a dose da droga não for aumentada para compensar o
efeito de primeira passagem. 
 
A quantidade da droga removida pelo primeira passagem pelo fígado difere entre as
espécies e as idades de acordo com a presença ou ausência de doenças. O efeito de
primeira passagem pode ser evitado pela absorção transmucosa na cavidade oral ou
absorção retal.
12
Efeito de primeira passagem
Após a administração oral, a passagem da substância pelo trato digestório pode
acarretar perda, principalmente pelo efeito de primeira passagem, que envolve
vários fatores como a decomposição e metabolização enzimática do fármaco no
lúmen gastrointestinal ou mesmo pelo metabolismo hepático, antes de sua
absorção e ação farmacológica sistêmica. Nos casos em que essa perda é muito
grande, observa-se que o medicamento necessita de doses orais superiores às
intravenosas para alcançar o mesmo efeito terapêutico.
O transporte de fármacos para o interior da membrana intestinal pode ocorrer por
mecanismos ativos, via transportadores, ou de forma passiva através dos
enterócitos (transcelular) ou de suas junções (paracelular).
A passagem passiva de substâncias pelas membranas está diretamente
relacionada ao pH, à capacidade de dissociação do fármaco, representada pelo
seu cologaritmo (pKa) e ao coeficiente de lipossolubilidade. Isso ocorre porque a
maioria dos fármacos são ácidos ou bases orgânicas fracas que se dissociam nos
líquidos corporais de acordo com o pH do meio e o pKa. 
Após a dissociação, a forma não dissociada dos compostos, que possui carga
neutra e é lipossolúvel, migra através das membranas, a favor de um gradiente de
concentração até atingir o estado de equilíbrio entre os meios.
Além disso, o tamanho das partículas também afeta a extensão e a velocidade de
absorção de um fármaco sempre que este é transportado passivamente. 
Em relação às formas farmacêuticas sólidas, administradas por via oral, essas
sofrem influência da velocidade e extensão de desintegração e dissolução dos
compostos para que posteriormente possam ser transportadas.
13
transporte
passivo
transporte
ativo
transporte
paracelular
difusão
simples difusão facilitada
relacionados ao fármaco:
solubilidade: para ser absorvido, o fármaco precisa ser minimamente
solúvel em água e óleo
coeficiente de partição O/A: deve apresentar um coeficiente adequado
pKa: índice de ionização: ácidos e bases fortes ionizam e não são
lipossolúveis
forma farmacêutica e via de administração
Existem também os transportadores de efluxo, que funcionam como barreira à
absorção uma vez que carreiam os fármacos da membrana intestinal de volta para
o lúmen.
Fatores de variabilidade
1.
a.
b.
c.
d.
 2. relacionados ao organismo receptor
 a. vascularização local
 b. área da superfície de absorção (quanto maior, mais rápida e eficiente é a
absorção)
 c. pH regional 
 d. motilidade do TGI (quanto mais rápido, menor absorção)
 e. tipos de sistema digestório
 f. momento de administração (plenitude ou vacuidade gástrica) → interação
com alimentos ou medicamentos afetam absorção
Disposição
Após a administração IV ou a absorção, o fármaco se distribui de maneira
irreversível, do fluxo sanguíneo para outros tecidos/compartimentos.
Distribuição
A disposição pode ser definida como todo processo cinético que ocorre com o
fármaco após sua absorção sistêmica, quando a administração ocorre por via
extravascular ou após a aplicação, nos casos em que a introdução foi IV. 
Pode-se dividi-la em dois eventos cinéticos distintos: a distribuição e a eliminação.
14
fármacos pouco lipossolúveis, por exemplo, possuem baixa capacidade de permear 
membranas biológicas, sofrendo assim restrições em sua distribuição. Já as 
substâncias muito lipossolúveis podem se acumular em regiões de tecido adiposo, 
prolongando a permanência do fármaco no organismo.
A velocidade de transporte das substâncias para esses locais varia conforme a
constante de velocidade de distribuição (Kd) e sofre interferência de fatores
fisiológicos como a perfusão sanguínea e características da membrana, assim
como das propriedades físico-químicas do fármaco.
Quanto maior a afinidade e extensão de ligação do fármaco às proteínas
plasmáticas, por exemplo, menor será seu acesso a outros compartimentos do
organismo.
Para quantificar o processo de distribuição de um fármaco, deve-se calcular seu
volume aparente de distribuição (Vd) que é definido como a relação entre a
concentração plasmática inicial (C) de uma substância, logo após sua distribuição
e a dose total (dose) administrada.
vd = dose
C
Vd alto: concentração sanguínea está diluída em
função da distribuição do fármaco, provavelmente
muito lipossolúvel, para outros compartimentos.
Vd baixo: a quantidade no sangue permaneceu alta, o
que caracteriza um fármaco hidrossolúvel
O Vd influência na determinação do número de compartimentos para o perfil
farmacocinético das substâncias. O compartimento central é composto pelos
órgãos de alta perfusão sanguínea como o coração e pulmões. 
Em seguida, de acordo com a capacidade de dispersão dos fármacos, que
depende de fatores como a lipossolubilidade, ligação às proteínas plasmáticas,
tamanho da molécula e pKa, esses penetrarão nos compartimentos periféricos, ou
seja, órgãos de menor perfusão sanguínea como a gordura e os músculos.
Fatores de variabilidade
15
nas junções estreitadas duas 
células adjacentes fundem de 
modo que as células são 
fisicamente unidas e formam 
uma parede contínua que 
impede vários fármacos de 
entrar no cérebro
grandes frestas permitem aos 
fármacos mover-se entre o 
sangue e o interstício do fígado
junção 
estreitada
célula 
endotelial 
cerebral
fluxo sanguíneo regional e débito cardíaco1.
A distribuição depende da irrigação do órgão. Aqueles mais irrigados terão
distribuição do fármaco de maneira mais rápida e maior num primeiro momento,
com equilíbrio estabelecido mais rápido. 
A concentração do fármaco no plasma é tipicamente utilizada para definir e
monitorar seus níveis terapêuticos, já que é difícil medir-se nos órgãos.
 2. ligação do fármaco a proteínas plasmáticas 
Ligações fracas e reversíveis proporcionando equilíbrio entre a forma molecular e
a iônica. A forma livre do fármaco é disponível para distribuição imediata, pois
apresenta tamanho para filtração.
 3. barreiras orgânicas: hematoencefálica, placentária…
Podem prejudicar xenofármacos.
tipental (pré-anestésico): acumula no tecido adiposo
tetraciclina: ossos e dentes → afinidade por metais (Ca2+), causa manchas
acinzentadas
cloroquina: retina → afinidade por carreador de melanina (pigmentação
retiniana → leva à cegueira)
Para chegar ao cérebro, o fármaco precisa ser lipossolúvel.
 4. deposição tecidual: afinidade por alguns tecidos
a.
b.
c.
16
estrutura de capilares 
no fígado
estrutura de um capilar 
cerebral
membrana basal
processo podal do astrócito
fármaco
célula 
endotelial
junção com 
fenda
membrana 
basal
a) b)
O metabolismo pode originar produtos farmacologicamente ativos, inativos ou
mesmo potencialmente tóxicos, os quais, de maneira geral, são mais facilmente
eliminados pelo organismo por possuir maior hidrossolubilidade. 
No processo de metabolização, o fármaco é submetido a reações químicas,
geralmente catalisado por enzimas, econvertido em um ou mais metabólitos
diferentes do original, que também podem ser metabolizados. 
As reações mais comuns do metabolismo de fármacos são classificadas como de
fase I e de fase II. 
fármaco
Eliminação
A perda irreversível do fármaco do fluxo sanguíneo é denominada como
eliminação e há dois processos que definem essa etapa cinética. No caso da
metabolização, ou biotransformação, ocorre a conversão de uma espécie química
em outra, já a excreção consiste na excreção irreversível do fármaco inalterado do
organismo.
Metabolização
metabólito
intermediário
ativos
tóxicos
inativos 
(hidrossolúvel)
A biotransformação ocorre principalmente no fígado, nos rins, nos pulmões e no
tecido nervoso. Entre os fatores que podem influenciar no metabolismo dos
fármacos estão as características da espécie animal, a idade, a raça e fatores
genéticos, além da indução e da inibição enzimáticas.
A indução enzimática é uma elevação dos níveis de enzimas (como o complexo
citocromo P450) ou da velocidade dos processos enzimáticos, resultantes em um
metabolismo acelerado do fármaco. 
Alguns fármacos têm a capacidade de aumentar a produção de enzimas ou de
aumentar a velocidade de reação das enzimas. Como exemplo, podemos citar o
fen
17
fenobarbital, um potente indutor que acelera o metabolismo de outros fármacos
quando estes são administrados concomitantemente.
A inibição enzimática caracteriza-se por uma queda na velocidade de
biotransformação, resultando em efeitos farmacológicos prolongados e maior
incidência de efeitos tóxicos do fármaco. Esta inibição em geral é competitiva.
Pode ocorrer, por exemplo, entre duas ou mais drogas competindo pelo sítio ativo
de uma mesma enzima.
Os metabólitos são os produtos da reação de biotransformação de um fármaco.
Estes possuem propriedades diferentes das drogas originais. Geralmente,
apresentam atividade farmacológica reduzida e são compostos mais hidrofílicos,
portanto, mais facilmente eliminados. Em alguns casos, podem apresentar alta
atividade biológica ou propriedades tóxicas.
etapas da biotransformação
FASE I: oxidação + redução + hidrólise
A biotransformação de fase I é catalizada pelos sistemas de citocromos P-450 e
afins, levam a formação de metabólitos intermediários mediante reações
metabólicas redutivas e oxidativas. Estas permitem posteriormente a conjugação
dos metabólitos intermediários formados, aumentando assim sua polaridade, na
chamada fase II. As reações adversas a drogas se relacionam com a presença de
metabólitos intermediário na fase I
convertem fármacos lipofílicos em moléculas mais polares e reativas
introduzem ou desmascaram um grupo funcional polar, como -OH, -NH2 ou -SH →
fundamental para que o fármaco passe para a fase II
podem aumentar ou diminuir a atividade farmacológica, ou ainda não ter efeito
sobre ela. Moléculas mais reativas, instáveis → aumenta a chance de entrar para
a fase II
FASE II: conjugação
A biotransformação de fase II consiste em reações de conjugação, catalizadas por
um conjunto de enzimas, a maioria delas localizadas no citosol. As reações
consistem em unir um grupo polar de tamanho relativamente grande aos produtos
das reações da fase I ou aos xenobióticos originais que contém os grupos
funcionais apropriados para serem substratos das reações de conjugação.
18
complexação (junção) do produto da fase I ou do fármaco com uma substância 
endógena, originando metabólito polar e inativo (mais facilmente excretado do 
organismo)
o grupo químico inserido pode ser glicuronil, sulfato, metil ou acetil (produzidas 
em grande quantidade pelo corpo).
Os doadores dos grupos polares devem ter alta energia, já que as reações de
conjugação não são termodinamicamente favoráveis. O resultado que se busca
com estas reações é aumentar a solubilidade do xenobiótico em água.
As reações de conjugação são: glicuronidação, sulfatação, aminoacidação,
glutationização e metilação.
oxidação, redução 
e/ou hidrólise (polar)
produtos de 
conjugação 
(hidrossolúvel)
fármaco
(lipofílico) FASE I
Após a Fase I, o fármaco pode ser 
ativado, permanecer inalterado ou, com 
mais frequência, inativado
FASE II
o fármaco conjugado 
geralmente é inativo
alguns fármacos entram diretamente 
na Fase II de biotransformação
19
fármacos 
poluentes ambientais
compostos químicos 
industriais
alimentos
Indução de enzimas microssomais (CYPS)
⬆da expressão de 
enzimas microssômicas 
(CYPS)
aceleração da 
biotransformação ➡ 
maior eficiência
tolerância farmacocinética ao indutor → redução do efeito em consequência
da maior taxa de biotransformação. Ex: fenobarbital e carbamazepina.
Não pode aumentar a dose → só aumenta a tolerância → rodízio de
anticonvulsivante
interações medicamentosas → rifampicina reduz a atividade anticoagulante da
varfarina
Consequências:
Inibidores enzimáticos
inibição enzimática reduz 
taxa de biotransformação
prolonga a presença do fármaco ativo 
no organismo e eleva seus níveis 
plasmáticos → pode causar toxicidade
inibidores da MAO → ex: tranilcipromina (antidepressivo)
inibidores de colinesterases → fármacos, inseticidas ou armas químicas
ex: cetoconazol → forma um firme complexo com a forma Fe3+ do ferro
hermético do CYP3A4
idade: redução da taxa de biotransformação nos extremos da vida
(relacionada com a redução da massa hepática, da atividade das enzimas +
imaturidade do sistema enzimático nas primeiras semanas de vida)
Inibidores de enzimas não microssômicas:
Inibidores de enzimas microssômicas
A inibição enzimática é fonte importante de interações de fármacos que leva a
efeitos adversos.
Fatores que afetam:
20
espécie animal
- felinos: dificuldade na conjugação glicurônica (é a conjugação mais comum que
ocorre nos ser humano)
- cães: dificuldade nas reações de acetilação
- suínos: dificuldade nas reações de sulfatação
Excreção
renal
biliar
pulmonar
fecal
A excreção/eliminação dos fármacos consiste na retirada dos mesmos do
organismo, seja na forma inalterada ou na de metabólitos ativos e/ou inativos. Ela
ocorre por diferentes vias e varia conforme as características físico-químicas da
substância a ser excretada.
Principais vias de excreção 
→ quantidades significativas
Os fatores que determinam a vida preponderante de excreção de fármacos são as 
propriedades físico-químicas e as vias de administração.
O clearance ou depuração consiste na medida da capacidade do organismo em
eliminar um fármaco. Esta medida é dada pela soma da capacidade de
biotransformação de todos os órgãos metabolizados. Assim, se um fármaco é
biotransformado nos rins, fígado e pulmões, o clearence total é a soma da
capacidade metabolizadora de cada um desses órgãos, isto é, é a soma da
capacidade metabolizadora de cada um desses órgãos.
EXCREÇÃO RENAL
salivar
mamária
sudorípara
lacrimal
Vias secundárias 
→ quantidades mínimas
A excreção renal constitui o principal processo de eliminação de medicamentos,
principalmente os polares (hidrossolúveis) ou pouco lipossolúveis em pH
fisiológico. 
Um fármaco alcalino é excretado mais rapidamente em uma urina ácida e
fármacos ácidos em urina alcalina.
21
pKa da substância pH do meio excreção
ácido ácido ↓
ácido básico ↑
básico básico ↓
básico ácido ↑
fármacos com peso molecular abaixo de 20kDa se difundem para o filtrado
glomerular
albumina plasmática (~68kDa) → fármacos ligados à proteínas ficam retidos
no sangue
a lipossolubilidade e o pH não influenciam a passagem dos fármacos para o
filtrado glomerular. Contudo, variações na VFG (velocidade de filtração
flomerular) e a ligação dos fármacos às proteínas afetam esse processo.
1. filtração glomerular
A depuração renal de um medicamento é o resultado de três processos: (1)
filtração glomerular; (2) secreção ativa nos túbulos proximais; e (3) reabsorção
passiva da urina para o sangue ao longo de todo o túbulo renal.
Ou seja: 
clearence renal = filtração + secreção - reabsorção
Fármaco livre + 
Fármaco ligado a 
proteína
Fármaco livre
Cápsula de 
Bowwman
Glomérulo
Túbulo renal
22
mecanismosde transporte ativo para ânions (formas desprotonadas de ácidos
fracos) e cátions (formas desprotonadas de bases fracas);
sistema de transporte de baixa especificidade possibilita competição entre
fármacos pelos transportadores em cada um deles → possibilita interação
medicamentosa, fármacos interferindo na excreção do outro.
2. secreção tubular
Drogas secretadas ativamente no túbulo proximal
ácidos bases
acetazolamida dopamina
ácido úrico amilorida
penicilina petidina
probenicida histamina
Penicilina: excretada praticamente in natura (farmacologicamente ativa) →
mais tempo circulando no corpo = mais tempo fazendo efeito
Probenicida: praticamente inerte. Utilizada conjuntamente com a penicilina.
Saturação dos carreadores promove maior tempo da penicilina difundida pelo
corpo.
Aqueles dentro do mesmo grupo competem por carreadores. Pode levar ao
acúmulo de algum fármaco, levando a toxicidade.
Competição com intenção farmacológica:
3. Reabsorção tubular
A concentração do filtrado glomerular ao nível do túbulo distal, cria um gradiente
de concentração → filtrado concentrado = fármaco concentrado → facilitando
assim a reabsorção para o sangue.
A eliminação dos fármacos lipossolúveis é mínima, enquanto fármacos polares,
cuja permeabilidade tubular é baixa, permanecem na luz do túbulo, tornando-se
progressivamente mais concentrados à medida que a água é reabsorvida.
O nível de ionização de muitos fármacos - ácidos ou bases fracas - é pH
dependente e isso afeta sua eliminação renal. O efeito de aprisionamento iônico
faz com que um fármaco alcalino seja excretado mais rapidamente em uma urina
ácida e fármacos ácidos em urina alcalina.
23
O fármaco livre entra no 
filtrado glomerular
Cápsula de 
Bowwman
Secreção ativa 
do fármaco
Reabsorção passiva de 
fármacos não ionizados e 
lipossolúveis, que foram 
concentrados no interior 
do lúmen em concentração 
maior do que a do espaço 
perivascular
Na urina: fármaco 
ionizado insolúvel em 
lipídeos
túbulo proximal
alça de Henle
túbulo distal
túbulo coletor
24
EXCREÇÃO BILIAR
se forem pouco lipossolúveis, são excretados pelas fezes
se forem adequadamente lipossolúveis, são reabsorvidos, entrando para o
ciclo entero-hepático → circulam mais tempo pelo organismo
Já a excreção biliar é feita no caso das moléculas grandes, ou aquelas que mesmo
depois de passadas pela metabolização continuam pouco hidrossolúveis. 
Fármacos secretados para a vesícula biliar podem ter dois destinos:
Se o fármaco for adequadamente lipossolúvel ele será transferido via ducto biliar
(juntamente com a bile) para o intestino delgado onde pode ser reabsorvido e
completar o ciclo entero-hepático, entretanto, se for pouco lipossolúvel, irá
permanecer no ambiente intestinal, e serão eliminados juntamente com as fezes.
25
circulação 
sistêmica
fígado
sistema 
porta-hepático
absorção, metabolização 
e excreção da droga
 bile
 bile
transporte
ativo
vesícula
biliar
difusão não 
iônica (passiva)
intestino delgado
metabolização 
da droga
Mecanismo de ação das 
drogas
Farmacodinâmica: estuda o que o organismo faz com a droga desde sua
administração até sua eliminação, além disso o que a droga causa ao organismo,
com enfoque no aspecto molecular.
Fármacos de ação inespecífica (propriedades físico-químicas): agem alterando o
pH (antiácidos), osmolaridade (manitol) ou quelando radicais livres → não
interagem com alvo celular para exercer suas ações 
Fármacos de ação específica: interagem com "alvos específicos", muitas vezes
chamados de receptores farmacológicos; A grande maioria das drogas exerce sua
ação terapêutica através da interação com alvos específicos.
26
RECEPTORES
alta potência
especificidade química
especificidade biológica
Receptor farmacológico: macromoléculas (proteínas) ou partes de
macromoléculas que possuem a capacidade de se ligar (reconhecer) a uma
substância química e propagar um sinal gerado por esta ligação.
De maneira mais simples → proteínas de membrana as quais substâncias
regulatórias endógenas (hormônios, neurotransmissores, fatores de crescimento,
autacóides, etc…) se ligam e modulam a atividade da célula-alvo.
Existem três características que reforçam a existência dos receptores para a
ocorrência das ligações:
interação com enzimas → ex: ácido acetilsalicílico e ciclooxigenase - inibe
enzima fosfolipase A2, responsável por degradar fosfolipídeos de membrana,
gerando mediadores do processo inflamatório → efeito anti-inflamatório e
antitérmico
canais iônicos → ex: dihidropiridinas e canais de cálcio voltagem dependentes
- inibem canais de cálcio
transportadores de membrana → ex: antidepressivos e SERT
ácidos nucleicos → ex: cisplatina e DNA - agentes quimioterápicos anti
tumorais, impedem a replicação do DNA
receptores para hormônios, neurotransmissores, fatores de crescimento,
citocinas.. → receptores farmacológicos: reservado para estruturas
evolutivamente selecionadas para participar dos processos de comunicação
celular, sinalização química
Os alvos proteícos para a ação de fármacos sobre as células podem ser, no geral,
divididos em:
1.
2.
3.
4.
5.
A ligação dos medicamentos aos receptores envolve todos os tipos de interação
química conhecidos: as iônicas polares (íon-dipolo ou dipolo-dipolo), as de ponte
de hidrogênio, as hidrofóbicas, as de van der Waals e as covalentes.
Dependendo do tipo de ligação entre o receptor e o medicamento, a duração do
efeito poderá ser fugaz ou prolongada. As reações do tipo covalente são muito
difíceis de se desfazerem, portanto, uma vez estabelecida a ligação medicamento-
receptor, esta será irreversível.
Com frequência, um mesmo receptor pode ligar-se ao medicamento utilizando
mais de um tipo de interação química!
Os receptores estão associados a diferentes velocidades para a ocorrência de
efeitos celulares. Estes podem ser rápidos (1), em milissegundos, acoplados
diretamente a um canal iônico (chamados de ionotrópicos), ou lentos como os
produzidos pelos diferentes hormônios, levando horas; existem aqueles
intermediários (2), chamados de metabotrópicos, que levam segundos e
dependem de segundos mensageiros para a transmissão de informações.
27
núcleo
efeitos celulares
fosforilação 
de proteína
receptor ligado 
a canal iônico 
(ionotrópico)
28
1 2 3 4
receptores 
acoplados à proteína 
G (metabotrópicos)
receptores 
ligados à 
quinase
receptores 
nucleares
transcrição 
gênica
síntese de proteínas
fosforilação de 
proteínas
transcrição gênica
síntese de 
proteínas
efeitos celularesefeitos celularesefeitos celulares
mudança do 
potencial de ação. 
Hiperpolarização ou 
despolarização.
alteração da 
excitabilidade
segundos mensageiros
liberação 
de Ca2+
íons
+ ou - + ou -
íons
milissegundos segundos horas horas a dias
velocidade para a ocorrência de efeitos celulares 
Tipos de receptores farmacológicos
R:
 re
ce
pt
or
; G
: p
ro
te
ín
a;
 E
: e
nz
im
a
Há também sistemas de transmissão multirregulados (3 e 4) que envolvem vários
segundos mensageiros relacionados com inúmeras alterações celulares que levam
horas e até dias para ocorrerem
Tipo 1: canais iônicos ativados por ligantes
São exemplos: o receptor colinérgico nicotínico, o receptor GABAérgico ou ainda
os receptores glutamatérgicos (ionotrópicos). Para estes grupos de receptores, os
canais iônicos se alteram quando da ligação do neurotransmissor ao receptor,
provocando um aumento de permeabilidade de membrana celular a íons
especificos, levando, portanto, a uma mudança do potencial elétrico das
membranas celulares e da composição iônica intracelular.
Os receptores desse tipo controlam os eventos sinápticos mais rápidos do sistema
nervoso, nos quais um neurotransmissor age na membrana pós-sináptica de um
nervo ou célula muscular e aumenta, de modo transitório, sua permeabilidade para
certos íons.
Tipo 2: receptores acoplados à proteína G
A família dos receptores acoplados à proteína G (metabotrópicos) representa a
maioria dos receptores conhecidos na atualidade. As proteínasG são os
mensageiros entre os receptores e as enzimas responsáveis pelas mudanças no
interior das células. Estas proteínas são compostas de três subunidades,
denominadas α, β e γ (complexo αβγ), estando uma delas associada ao trifosfato
de guanosina (GTP) e a porção β e γ não se dissocia.
O acoplamento da subunidade α a um receptor ocupado por um agonista
promove a troca do GDP ligado pelo GTP intracelular; o complexo α-GTP, então,
se dissocia do receptor e do complexo βγ, interagindo com o alvo 1, que pode ser
uma enzima ou canal iônico (proteína efetora) e causando o efeito celular. O
complexo βγ também ativa uma proteína-alvo (alvo 2), que pode ser um canal
iônico ou uma quinase. A atividade GTPase da subunidade α aumenta quando a
proteína-alvo é ligada, resultando em hidrólise do GTP ligado para GDP, fazendo
com que a subunidade α volte a se ligar com βγ, completando o ciclo.
estado de repouso
receptor
inativo inativo inativo inativo 
receptor ocupado 
por um agonista
GTP
ativo ativo ativo ativo 
hidrolisado 
proteínas-alvo 
ativadas
alvo
1
alvo
1
alvo
1
alvo
1
alvo
2
alvo
2
alvo
2
alvo
2
Gs: estimulante dos receptores de adenilato-ciclase
Gi: inibidora dos receptores de adenilato-ciclase
Existem vários tipos de proteína G, que interagem com diferentes receptores e
controlam diferentes efetores, são exemplos:
29
receptores
Go: relacionada aos canais iônicos
Gq: ativadora da fosfolipase C
Adenilato-ciclase/3'5'-monofosfato de adenosina cíclico (cAMP)
Guanilato-ciclase/3'5'-monofosfato de guanosina cíclico (cGMP)
Fosfolipase C/fosfato de inositol/diacilglicerol
Fosfolipase A2/ácido araquidônico/eicosanoides
Na regulação de canais iônicos
A proteína G atua nos sistemas:
proteínas G
fosfolipase A2 fosfolipase C guanilato- ciclase
adenilato- 
ciclase
A. araquidônico IP3 DAG cGMP cAMP
Eicosanoides [Ca]2+ proteinoquinases
efeitos celulares (enzimas, proteínas transportadoras, etc)
canais iônicos
enzim
as-alvo
segundos
m
ensageiros
Atuação da proteína G nos segundos mensageiros 
e nos efetores celulares
Tipo 3: receptores ligados a quinases
Esses receptores estão ligados à ação de vários fatores de crescimento e de
hormônios como a insulina. 
30
Eles operam via quinases e se autofosforilam; após a ligação agonista-receptor,
estas fosforilações promovem a ativação de enzimas, acarretando em mudanças
celulares.
Tipo 4: receptores nucleares 
Hormônios esteroides e tireoidianos se utilizam destes receptores para a
produção de respostas celulares, como a transcrição de genes selecionados que
produzem proteínas específicas.
Este tipo de receptor constitui-se de proteínas que, ao se ligarem ao hormônio,
sofrem alteração constitucional que expõe um sítio de ligação com alta afinidade a
determinadas regiões do DNA nuclear, conhecidas como regiões hormônio-
responsivas. 
Logo após esta ligação verifica-se aumento na atividade da RNA polimerase e na
produção de RNA mensageiro, com a resposta fisiológica final acarretando síntese
de proteínas que leva aos efeitos celulares, em resposta à ligação do hormônio ao
seu receptor específico; este processo ocorre em um período que varia de horas a
dias.
SINALIZAÇÃO QUÍMICA
Endócrina: glândula que sintetiza e armazena um hormônio, o liberando na
circulação sanguínea sobre condições controladas. O hormônio age em um sítio de
localização distante daquele onde a glândula que o produziu está presente.
Sinalização parácrina: célula secretória sintetiza e armazena alguma substância
que é liberada sobre condições controladas e altera o funcionamento de uma célula
adjacente que apresenta receptor próprio
Sinalização autócrina: a substância liberada interage com receptores da própria
célula produtora
Sinalização por proteínas de membrana: organização das duas células
31
32
(c) sinalização autócrina
chaves:
o alvo se situa na mesma célula
(d) sinalização por proteínas da membrana
célula alvo adjacentecélula sinalizadora
receptor
sinal extracelular
sinal de junção de 
membrana
(a) sinalização endócrina
vaso sanguíneo
células alvo distantes
secreção hormonal no sangue 
por uma glândula endócrina
 
(b) sinalização parácrina
célula secretora célula alvo adjacente
33
Relação dose resposta
Para o melhor entendimento sobre a interação medicamento-receptor é
necessário quantificar a concentração de um determinado medicamento e o efeito
biológico que ele causa.
Na grande maioria das substâncias com efeito farmacológico, a intensidade de
efeito produzido pelo medicamento em geral depende da quantidade
administrada; pode-se, portanto, expressar esta relação em termos de curva
dose-resposta.
Esta correlação entre a concentração de medicamento e seu efeito biológico pode
ser adaptada ao estudo de receptores, uma vez que a resposta farmacológica é
diretamente proporcional ao número de receptores com os quais este agente
efetivamente interage e que o efeito máximo é alcançado quando todos os
receptores estão ocupados.
O termo agonista, em farmacologia, indica que uma determinada substância, ao
ligar-se ao receptor, ativa-o, acarretando efeito faramológico; em oposição, o
termo antagonismo refere-se a uma substância que, ao combinar-se com o
receptor, não o ativa
POTÊNCIA
A potência de um medicamento está representada ao longo do eixo da
concentração ou dose, isto é, quanto menor a concentração ou dose do
medicamento necessária para desencadear determinado efeito (seja este
mensurado in vivo ou in vitro), mais potente é este medicamento.
dose (em escala logarítmica)
potência
variabilidade
efeito
máximo
%
 d
a 
in
te
ns
id
ad
e 
do
 e
fe
ito
inclinação
A potência in vivo, é a dose administrada a um animal íntegro e sofre influência
dos parâmetros farmacocinéticos como absorção, distribuição, biotransformação
e excreção do medicamento, e parâmetros farmacodinâmicos, como a capacidade
inerente de um medicamento de combinar-se com seus respectivos receptores.
A potência in vitro, tem suas influências restringidas à capacidade do
medicamento de se combinar com seus respectivos receptores.
EFICÁCIA MÁXIMA
A eficácia máxima (ou efeito máximo) é determinada por propriedades inerentes à
ligação medicamento-receptor e ilustrada como um platô na curva dose-resposta.
Os fatores que limitam a eficácia de um medicamento são normalmente o
aparecimento de efeitos colaterais, ou seja, o agente terapêutico é eficaz para o
tratamento de determinada enfermidade, porém a dose necessária para alcançar
o efeito máximo (que é o desejado) é a mesma dose que acarreta efeitos tóxicos
indesejáveis.
INCLINAÇÃO
A inclinação da curva dose/efeito reflete o mecanismo de ação de um agente
terapêutico, bem como sua ligação com o receptor. 
Portanto medicamentos com mesmo mecanismo de ação não apresentam entre si
diferenças significativas na inclinação de suas respectivas curvas e a existência de
diferenças entre a inclinação das curvas de dois medicamentos indica que eles
têm mecanismos de ação diversos. Grande inclinação na curva dose/resposta
indica também que pequenas variações na dose levam a grandes variações na
intensidade do efeito.
VARIAÇÃO BIOLÓGICA
Os indivíduos apresentam variabilidade na intensidade da resposta a um 
 determinado
34
determinado medicamento, uma vez que nem todos indivíduos respondem com a
mesma magnitude de resposta. Esta variação é representada como o limite de
confiança da curva.
Efeitos anormais aos medicamentos
Alguns indivíduos apresentam reações exacerbadas, reduzidas ou mesmo
diferentes a determinados medicamentos. Assim, tem-se:
Hiper-reativo: apresenta reação a doses baixas (resposta exagerada) de
determinado medicamento que não causam efeitos na grande maioria da
população
Hiporreativo: necessita de altas doses para desencadear determinado efeito
farmacológico
Tolerância ou hiporreatividade: baixa sensibilidade em questão resulta de uma
exposição prévia ao medicamento (este causou alterações farmacocinéticas e/ou
farmacodinâmicas, promovendo, com o decorrer do tempo, uma respostafarmacológica menor).
Taquifilaxia ou dessensibilização: hiporreatividade que se desenvolve em alguns
minutos
Idiossincrasias ou efeito incomum: aparecimento de um efeito não esperado após
uso de um medicamento e que ocorre em uma pequena porcentagem dos
indivíduos.
Supersensibilidade: aumento do efeito de um medicamento, sendo este causado
pela elevação da sensibilidade de receptores sinápticos e que normalmente ocorre
após bloqueio prolongado de receptores sinápticos ou ainda por denervação.
Hipersensibilidade: efeito causado pelas reações alérgicas que têm como
explicação a ligação antígeno-anticorpo, com consequente liberação de histamina.
MECANISMOS ENVOLVIDOS NO FENÔMENO DE TOLERÂNCIA OU 
DESSENSIBILIZAÇÃO AOS MEDICAMENTOS
35
Os mecanismos que acarretam tolerância envolvem, na maioria das vezes:
 (a) alteração no número ou função dos receptores farmacológicos;
 (b) perda de receptores;
 (c) depleção dos mediadores; e
 (d) adaptação fisiológica 
A exposição prolongada a substâncias químicas agonistas pode acarretar
diminuição gradativa no número de receptores expressos na superfície celular.
Este processo é denominado também de regulação para baixo (down regulation),
dessensibilização ou infrarregulação.
Esta dessensibilização pode ocorrer em receptores diretamente acoplados a
canais iônicos ou receptores acoplados a segundos mensageiros. Uma segunda
forma de dessensibilização ocorre por desacoplamento entre o receptor e as
proteínas G.
O estudo sobre a regulação de receptores farmacológicos, após uso prolongado de 
determinados medicamentos, tem importância no entendimento de fenômenos que 
envolvem a tolerância e o desenvolvimento de supersensibilidade de receptores 
farmacológicos, e que podem acarretar insucesso no tratamento de doenças crônicas 
que necessitam de medicação continuada.
Interação medicamentosa
Muitas vezes faz-se necessária a utilização concomitante de mais de um
medicamento, podendo ocorrer modificação do efeito de ambos ou de um deles
quando associados. 
As interações dos medicamentos podem levar a aumento ou diminuição dos
efeitos dos mesmos: sinergismo ou antagonismo.
SINERGISMO
sinergismo por adição:
Denomina-se sinergismo o efeito de dois medicamentos ocorrendo na mesma
direção. Este pode ser:
36
sinergismo por potenciação:
O efeito combinado de dois ou mais medicamentos é igual à soma dos efeitos
isolados de cada um deles. Este tipo de sinergismo é utilizado com fins
terapêuticos.
O efeito combinado de dois ou mais medicamentos é maior do que a soma dos
efeitos isolados. Neste tipo de sinergismo é comum que as duas substâncias não
atuem pelo mesmo mecanismo de ação. Neste caso, uma das substâncias
potencializa a outra por interferir na sua biotransformação, distribuição ou
excreção. Muitas vezes o agente potencializador, por si só, não apresenta efeito
marcante.
ANTAGONISMO
Antagonismo farmacológico competitivo pleno reversível
Antagonismo farmacológico competitivo parcial reversível
A interação de dois medicamentos pode levar também a diminuição ou anulação
completa dos efeitos de um deles. O antagonismo pode ser: farmacológico e não
farmacológico.
ANTAGONISMO FARMACOLÓGICO
Antagonismo farmacológico competitivo pode ser classificado em: pleno (ou
total) reversível, parcial reversível ou irreversível.
O antagonista compete com o agonista pelos mesmos locais receptores,
formando com o mesmo um complexo inativo. Desta forma, é respeitada a lei da
ação das massas, isto é, aumentando-se a quantidade do agonista, na presença
de um antagonista, o primeiro desloca o segundo do receptor.
Representa uma situação particular de antagonismo farmacológico competitivo,
com a diferença que os dois medicamentos utilizados são agonistas, porém com
diferentes capacidades de desencadear efeitos farmacológicos, isto é, com
diferentes atividades intrínsecas. Portanto, o agonista menos eficaz nesta
situação experimental atua como antagonista parcial do agonista principal.
37
Antagonismo farmacológico irreversível
Antagonismo farmacológico não competitivo
Antagonismo farmacocinético ou disposicional: 
Antagonismo fisiológico ou funcional
Antagonismo químico ou antidotismo
Ocorre quando o antagonista se dissocia muito lentamente ou não se dissocia,
dos receptores. Portanto, mesmo aumentando a concentração do agonista na
presença do antagonista, não é possível alcançar o efeito máximo. 
O antagonista bloqueia algum ponto importante da cadeia de eventos que levaria
à resposta desencadeada pelo agonista. Esta alteração ocorre por influência da
atuação do antagonista não competitivo em um local alostérico diferente do local
de ligação do agonista; portanto, não é possível desfazer o bloqueio quando se
aumenta a concentração do agonista.
ANTAGONISMO NÃO FARMACOLÓGICO
Não há o envolvimento direto do antagonista com um receptor; pode ser
classificado em: farmacocinético (ou disposicional), fisiológico (ou funcional) e
químico (ou antidodismo).
Neste tipo de antagonismo, uma substância química (medicamento) reduz
efetivamente a concentração plasmática de outra administrada a um animal. Esta
redução pode ocorrer por vários motivos, exemplificados a seguir:
 → a velocidade de biotransformação do medicamento pode estar aumentada
 → a velocidade de absorção ou a quantidade do medicamento ativo no trato
gastrointestinal pode estar reduzida
 → a velocidade de excreção renal pode estar aumentada
Ocorre quando os dois agonistas interagem em sistemas de receptores
independentes, porém produzindo efeitos opostos que se anulam.
Neste tipo de antagonismo, as duas substâncias não reagem com os receptores
do organismo, mas sim reagem quimicamente, em solução, entre si se
antagonizando.
38
ANTAGONISTAS
antagonistas 
farmacológicos
antagonistas não 
farmacológicos
não há ligação 
com o receptor
antagonismo 
farmacológico 
competitivo (ligação 
com o receptor)
ligação com sítio
alostérico presente no 
receptor ou bloqueio em 
algum ponto da cadeia de 
eventos desencadeada 
pela ligação do agonista 
ao receptor
pleno ou total 
reversível
parcial
reversível
irreversível
antagonismo 
farmacológico 
não competitivo
antagonismo
farmacocinético
ou disposicional
antagonismo 
fisiológico ou 
funcional
antagonismo 
químico ou 
antidotismo
Classificação dos diferentes tipos de antagonistas 
farmacológicos e não farmacológicos
Anotações
39
Exercícios
1) São considerados alvos para a ação dos medicamentos:
a) enzimas, moléculas transportadoras e receptores celulares
b) receptores celulares, moléculas transportadoras e agonistas nucleares
c) proteínas nucleares, transportadores de membrana e sinapses
d) enzimas transmembranares, receptores de membrana e agonistas celulares
 
2) Como as vias de administração podem ser classificadas?
3) Correlacione o grau de ionização com o nível de absorção dos fármacos por
meio da via oral.
4) Por que fármacos administrados pela via oral apresentam uma baixa
biodisponibilidade?
5) Quais fatores influenciam a absorção do fármaco pela via oral?
6) Por que substâncias insolúveis e oleosas não podem ser administradas através
da via intravenosa?
7) Qual das seguintes características dos fármacos facilita seu transporte através
das membranas biológicas?
a) fármaco de grande tamanho molecular
b) fármaco ionizado
c) pequeno gradiente de difusão para o fármaco
d) fármaco hidrofílico
e) fármaco não-polar
40
8) Sabe-se que a alcalinização da urina é um processo útil no caso de intoxicação
por fenobarbital (caráter ácido). Isso explica-se pelo fato que:
a) a alcalinização promove aumento de enzimas microssomais hepáticas
favorecendo a degradação do fármaco e sua eliminação mais rápida
b) a alcalinização torna o fenobarbital mais hidrossolúvel e consequentemente
facilita sua excreção
c) a alcalinização impede a ionização do fenobarbital, uma vez que esse fármaco
possui caráter ácido. Uma vez não ionizado ele é excretado mais rapidamente.
d) a alcalinização aumenta o caráter lipofílico do fenobarbitalfazendo com que
seja metabolizado mais rapidamente pelas enzimas microssomais hepáticas
e) de nada adianta alcalinizar a urina em casos de intoxicação por fenobarbital.
Seria mais efetivo acidificá-la.
9) As moléculas dos fármacos são pequenas e geralmente são ácidos fracos e
bases fracas, sendo que a extensão da ionização dessas moléculas é determinada
pelo próprio pKa da substância e pelo pH do meio. Em relação a esse assunto é
incorreto afirmar:
a) as moléculas dos medicamentos tendem a ser ionizadas em fluidos de pH
oposto ao delas, dificultando a absorção das mesmas
b) tanto para fármacos ácidos fracos quanto para fármacos básicos fracos, a
espécie ionizada apresenta uma solubilidade lipídica muito baixa, ou seja, é pouco
lipossolúvel
c) a acidificação da urina retarda a eliminação de bases fracas e acelera a de
fármacos ácidos fracos.
d) em um caso de superdosagem de aspirina (ácido fraco), deve-se buscar
métodos de alcalinização da urina, para que ela seja eliminada mais facilmente
e) em um caso de envenenamento por estricnina (base fraca), deve-se buscar
métodos de acidificação da urina, para retardar a absorção do fármaco
10) Alguns fármacos eliminados na bile podem cair no intestino e serem
novamente absorvidos. Esse fenômeno denomina-se:
a) metabolismo de primeira passagem
b) ciclo colédoco intestinal
41
c) ciclo hepato-biliar
d) ciclo êntero-hepático
e) metabolismo de segunda passagem
11) Os fármacos distribuem-se no corpo com base em um modelo de quatro
compartimentos e no volume de distribuição de cada fármaco. Qual das seguintes
afirmações é correta no que concerne à relação entre a administração de um
fármaco e a sua distribuição?
a) os fármacos que exibem alta ligação às proteínas plasmáticas tendem a
distribuir-se rapidamente no compartimento muscular rico em proteína após sua
administração intravenosa
b) os fármacos que apresentam um grande volume de distribuição tendem a se
distribuir em todos os compartimentos após sua administração
c) os fármacos tendem a distribuir-se rapidamente no compartimento de tecido
adiposo, em virtude de sua maior capacidade de captação e ligação dos fármacos
d) os fármacos que penetram no compartimento altamente vascular após sua
administração tendem a permanecer neste compartimento e redistribuem-se
lentamente para outros compartimentos.
e) os fármacos que apresentam um pequeno volume de distribuição tendem a
atravessar rapidamente a BHE.
12) Assinale a alternativa errada em relação a administração de fármacos:
a) a absorção é um processo fisiológico através do qual uma substância
administrada do exterior chega até a corrente circulatória, passando através das
barreiras fisiológicas,
b)os aspectos a considerar na escolha da via de administração incluem aspecto
dependente do paciente (espécie, idade, raça, sexo, estado físico), o fármaco
utilizado, a velocidade de absorção da via, a contenção do paciente, o objetivo
terapêutico, a absorção por via transplacentária em pacientes gestantes e a forma
de eliminação do fármaco.
c) todo fármaco terá que chegar à circulação sistêmica para poder exercer efeito
sistêmico.
d) todos os fármacos administrados por via oral sofrem efeito de primeira
passagem
42
13) Se entende por farmacodinâmica:
a) o estudo do movimento do medicamento no organismo vivo
b) o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus
mecanismos de ação
c) o estudo da absorção do medicamento
d) o estudo da excreção do medicamento
14) São alvos de ligação de um medicamento no organismo animal:
a) somente enzimas
b) glicose e aminoácidos
c) enzimas, moléculas transportadoras, canais iônicos, receptores de
neurotransmissores e ácidos nucleicos
d) somente receptores de neurotransmissores
15) O antagonismo não farmacológico pode ser dividido em:
a) farmacocinético, fisiológico e químico
b) reversível, irreversível e alostérico
c) irreversível, reversível e fisiológico
d) químico, alostérico e fisiológico
16) Quando uma droga afeta a absorção, metabolismo ou excreção da outra, ela é
um:
a) agonista químico
b) agonista farmacocinético
c) antagonista químico
d) antagonista farmacocinético
e) todas estão corretas
17) São aspectos estudados na farmacodinâmica, EXCETO:
a) efeitos bioquímicos e fisiológicos das drogas e seus mecanismos de ação
b) dinâmica das drogas no organismo
43
c) absorção, distribuição e eliminação das drogas
d) os receptores farmacológicos
e) mecanismos de ação das drogas
18) Na relação dose x resposta, existem fármacos agonistas e antagonistas,
defina cada um e exemplifique.
19) Marque verdadeiro ou falso nas seguintes afirmações:
( ) a via subcutânea possibilita a administração de grandes volumes de
medicamentos
( ) a via intramuscular possui rápida absorção
( ) a via sublingual permite uma rápida absorção de fármacos
( ) a via endovenosa, comparada com as outras vias de administração parenteral,
obtêm as maiores taxas de absorção de fármacos
( ) na via subcutânea, ocorre a administração de medicamentos no tecido
adiposo, uma região que suporta a administração de diversas preparações
farmacêuticas, como soluções, suspensões e implantes sólidos
( ) a via intravenosa, possui rápido efeito por sua capacidade de rápida absorção
e possibilita administração de grandes volumes
20) São exemplos de antagonista fisiológicos:
a) acetilcolina e glucagon
b) insulina e glucagon
c) adrenalina e noroadrenalina
d) acetilcolina e epinefrina
e) todas estão corretas
44
Notas:
45
Anotações
Data:
Anotações
Notas:
Data:
46
Gabarito
1) a
 
2) Podemos classifica-las como enteral, parenteral ou tópica a depender do efeito
que queremos que o fármaco exerça no organismo. Podendo ter um efeito
sistêmico ou local.
3) A maioria dos fármacos são ácidos ou bases fracas orgânicas, ou seja, em meio
aquoso os mesmos tendem a se ionizar tornado-se assim, hidrossolúveis. Sabe-se
que, por ser uma via enteral, para o fármaco alcançar a circulação sistêmica e
chegar em seu local de ação o mesmo precisará ser absorvido pelo TGI através
dos enterócitos. As moléculas não ionizadas são mais lipossolúveis e podem
difundir-se facilmente pela membrana celular. Já as moléculas ionizadas em geral
são menos capazes de penetrar na membrana lipídica porque são pouco
lipossolúveis e sua transferência depende da permeabilidade da membrana, que é
determinada por sua resistência elétrica.
4) Os fármacos presentes no TGI podem ser metabolizados por enzimas da flora
ou mucosa intestinal ou do fígado, antes que possam alcançar a circulação
sistêmica. Esse fenômeno é chamado de metabolismo pré-sistêmico/1º passagem.
5) Área disponível à absorção, fluxo sanguíneo na superfície absortiva, estado
físico (solução, suspensão ou preparação sólida), hidrossolubilidade do fármaco e
concentração no local de absorção
6) Porque podem causar precipitação no sangue ou/e hemólise de eritrócitos.
7) e
8) b
47
Fármaco ácido em ambiente básico permanece na sua forma ionizada (polar) que 
é menos lipossolúvel. 
Fármaco ácido em ambiente ácido permanece na sua forma não ionizada (apolar) 
que é mais lipossolúvel
Na excreção: fármacos lipossolúveis - apolares/não ionizados - possuem excreção 
retardada, pois voltam para a circulação até perder a lipossolubilidade
Na absorção: fármacos lipossolúveis - apolares/não ionizados - possuem 
absorção acelerada, pois penetram nas barreiras mais facilmente
Lembre-se: 
O fenobarbital é de caráter ácido e é um indutor enzimático que aumenta a atividade 
das enzimas microssomais hepáticas, aumentando a biotransformação e diminuindo 
a meia vida dos fármacos que são metabolizados por elas.
9) c
a acidificação da urina acelera a eliminação de bases fracas (base em meio ácido 
permanece em sua forma ionizada ou polar que é menos lipossolúvel) e retarda a de 
ácidos fracos (ácido em meio ácido permanece em sua forma não ionizada - apolar, 
que é mais lipossolúvel, assim voltando para a circulação sanguínea).
10) d
11) b
Fármacos que possuem alta ligação às proteínas plasmáticas sedistribuem lentamente
(lenta biotransformação), pois terão que se desligarem para se tornarem a parte
farmacologicamente ativa (fármaco não ligado/livre).
Os fármacos tendem a se distribuirem lentamente no tecido adiposo, devido ao baixo
fluxo sanguíneo, principalmente em pacientes obesos.
Fármacos que penetram no compartimento altamente vascular tendem a sair deste
compartimento e se distribuirem rapidamente. 
Os fármacos que apresentam alta lipossolubilidade tendem a atravessa rapidamente a
barreira hematoencefálica.
12) d
13) b
14) c
15)a
48
16) d
17) c
18) Fármacos que se ligam a receptores fisiológicos e simulam os efeitos dos
reguladores endógenos são chamados de agonistas. Fármacos que bloqueiam ou
reduzem a ação de um agonista são chamados de antagonistas.
19) F/D/V/F/V/V
20) b
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Referências
SPINOSA, H.S.; GÓRNIAK, S.L.; BERNARDI, M.M. Farmacologia aplicada à
medicina veterinária. 5 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2011.
MADDISON, Stephen W. Page; CHURCH, David B. Farmacologia clínica de
pequenos animais. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
KATSURA, T.; INUI, K. Intestinal absorption of drug mediated by drug
transporters: mechanisms and regulation. Drug Metabolism and
Pharmacokinetics, Tokyo, v. 18, n. 1, p. 1-15, 2003. 
RIVIERE, J. E.; PAPICH, M. G. Veterinary pharmacology and therapeutics. 9.ed.
Ames: Wiley-Blackwell, 2009. 
Rang, H.P; Dale, M.M. Farmacologia Clínica. Editora Elsevier, 8 ed. 2016.
WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada.6. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2016.
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