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<p>Coração 3 1</p><p>💔</p><p>Coração</p><p>entrada do ventrículo recebe sangue do átrio direito através do</p><p>óstio AV direito (tricúspide), localizado posteriormente ao corpo do esterno no</p><p>nível dos 4o e 5o espaços</p><p>intercostais.</p><p>O óstio AV direito é circundado por um dos anéis fibrosos do esqueleto fibroso</p><p>do coração. O anel fibroso mantém o calibre do óstio constante</p><p>(suficientemente grande para permitir a passagem das pontas de três dedos),</p><p>resistindo à dilatação que poderia resultar da passagem de sangue através</p><p>dele com pressões variadas.</p><p>A valva atrioventricular direita (tricúspide) protege o óstio AV direito. As</p><p>bases das válvulas estão</p><p>fixadas ao anel fibroso ao redor do óstio. Como o anel fibroso mantém o calibre</p><p>do óstio, as válvulas fixadas se tocam da mesma forma a cada batimento</p><p>cardíaco.</p><p>-As cordas tendíneas fixam-se às margens livres e às faces ventriculares das</p><p>válvulas</p><p>anterior, posterior e septal, de forma semelhante à inserção das cordas em um</p><p>paraquedas. As cordas tendíneas originam-se dos ápices dos</p><p>músculos papilares, que são projeções musculares cônicas com bases fixadas</p><p>à parede ventricular</p><p>-Os músculos papilares começam a se contrair antes da contração do</p><p>ventrículo direito, tensionando as cordas tendíneas e aproximando as válvulas.</p><p>Como as cordas estão fixadas a faces adjacentes de duas válvulas, elas evitam</p><p>a separação das válvulas e sua inversão quando é aplicada tensão às cordas</p><p>tendíneas e mantida durante toda a contração ventricular (sístole) – isto é,</p><p>impede o prolapso (entrada no átrio direito) das válvulas da valva</p><p>atrioventricular direita quando a pressão ventricular aumenta. Assim, a</p><p>regurgitação (fluxo retrógrado) de sangue do ventrículo direito para o átrio</p><p>direito durante a sístole ventricular é impedida pelas válvulas</p><p>Coração 3 8</p><p>Três músculos papilares no ventrículo direito correspondem às válvulas da</p><p>valva atrioventricular direita:</p><p>1O músculo papilar anterior, o maior e mais proeminente dos três, origina-se</p><p>da parede anterior do ventrículo direito; suas cordas tendíneas se fixam nas</p><p>válvulas anterior e posterior da valva atrioventricular direita</p><p>2O músculo papilar posterior, menor do que o músculo anterior, pode ter</p><p>várias partes; origina-se da parede inferior do ventrículo direito, e suas cordas</p><p>tendíneas se fixam nas válvulas posterior e septal da valva atrioventricular</p><p>direita</p><p>3O músculo papilar septal origina-se do septo interventricular, e suas cordas</p><p>tendíneas se fixam às válvulas anterior e septal da valva atrioventricular direita</p><p>O septo interventricular IVS, composto pelas partes muscular e</p><p>membranácea, é uma divisória oblíqua forte entre os ventrículos direito e</p><p>esquerdo, formando parte das paredes de cada um. Em vista da pressão</p><p>arterial muito maior no ventrículo esquerdo, a parte muscular do SIV, que</p><p>constitui a maior parte do septo, tem a espessura igual ao restante da parede</p><p>do ventrículo esquerdo (duas a três vezes mais espessa que a parede do</p><p>ventrículo direito) e salienta-se para a cavidade do ventrículo direito.</p><p>Superior e posteriormente, uma membrana fina, parte do esqueleto fibroso do</p><p>coração, forma a parte membranácea do SIV, muito menor. No lado direito, a</p><p>válvula septal da valva atrioventricular direita está fixada ao meio dessa parte</p><p>membranácea do esqueleto fibroso. Isso significa que, inferiormente à válvula,</p><p>a membrana é um septo interventricular, mas superiormente à válvula, é um</p><p>septo atrioventricular, que separa o átrio direito do ventrículo esquerdo.</p><p>Coração 3 9</p><p>-A trabécula septomarginal (“banda moderadoraˮ) é um feixe muscular curvo</p><p>que atravessa o ventrículo direito da parte inferior do SIV até a base do</p><p>músculo papilar anterior. Essa trabécula é importante porque conduz parte do</p><p>ramo direito do fascículo AV, uma parte do complexo estimulante do coração</p><p>(sistema de condução cardíaco) até o músculo papilar anterior. Este “atalhoˮ</p><p>através da câmara parece reduzir o tempo de condução, permitindo a</p><p>contração coordenada do músculo papilar anterior.</p><p>O átrio direito se contrai quando o ventrículo direito está vazio e relaxado;</p><p>assim, o sangue é forçado a passar através desse orifício para o ventrículo</p><p>direito, afastando as válvulas da valva atrioventricular direita como cortinas.</p><p>A entrada de sangue no ventrículo direito (via de entrada) ocorre</p><p>posteriormente; e quando o ventrículo se contrai, a saída de sangue para o</p><p>tronco pulmonar (via de saída) ocorre em direção superior e para a esquerda.</p><p>Consequentemente, o sangue faz um trajeto em formato de U no ventrículo</p><p>direito, mudando de direção em cerca de 140°. Essa mudança de direção é</p><p>acomodada</p><p>pela</p><p>crista supraventricular, que direciona o fluxo de entrada para a cavidade</p><p>principal do ventrículo e o fluxo de saída para o cone arterial em direção ao</p><p>óstio do tronco pulmonar. O óstio de entrada AV e o óstio de saída (pulmonar)</p><p>estão distantes cerca de 2 cm. A valva do tronco pulmonar no ápice do cone</p><p>arterial situa-se no nível da 3a cartilagem costal esquerda.</p><p>Coração 3 10</p><p>Átrio esquerdo</p><p>O átrio esquerdo forma a maior parte da base do coração. Os pares de veias</p><p>pulmonares direita e esquerda, avalvulares, entram no átrio de paredes finas.</p><p>No embrião, há apenas uma veia pulmonar comum, e também somente um</p><p>tronco pulmonar. As paredes dessa veia e de quatro de suas tributárias foram</p><p>incorporadas à parede do átrio esquerdo, do mesmo modo que o seio venoso</p><p>foi incorporado ao átrio direito. A parte da parede derivada da veia pulmonar</p><p>embrionária tem paredes lisas.</p><p>A aurícula esquerda muscular, tubular, sua parede trabeculada com</p><p>músculos pectíneos, forma</p><p>a parte superior da margem esquerda do coração e cavalga a raiz do tronco</p><p>pulmonar. Representa os remanescentes da parte esquerda do átrio primitivo.</p><p>Uma depressão semilunar no septo</p><p>interatrial indica o assoalho da fossa oval; a crista adjacente é a válvula do</p><p>forame oval.</p><p>O interior do átrio esquerdo apresenta:</p><p>1Uma parte maior com paredes lisas e uma aurícula muscular menor,</p><p>contendo músculos pectíneos</p><p>2Quatro veias pulmonares (duas superiores e duas inferiores) que entram em</p><p>sua parede posterior lisa.</p><p>3Uma parede ligeiramente mais espessa do que a do átrio direito</p><p>4Um septo interatrial que se inclina posteriormente e para a direita.</p><p>Um óstio AV esquerdo através do qual o átrio esquerdo transfere o sangue</p><p>oxigenado que recebe das veias pulmonares para o ventrículo esquerdo</p><p>Coração 3 11</p><p>Ventrículo esquerdo</p><p>O ventrículo esquerdo forma o ápice do coração, quase toda sua face</p><p>esquerda (pulmonar) e margem esquerda e a maior parte da face</p><p>diafragmática. Como a pressão arterial é muito maior na circulação sistêmica</p><p>do que na circulação pulmonar, o ventrículo esquerdo trabalha mais do que o</p><p>ventrículo direito.</p><p>O interior do ventrículo esquerdo apresenta;</p><p>1Paredes duas a três vezes mais espessas do que as paredes do ventrículo</p><p>direito</p><p>2Paredes cobertas principalmente por uma tela de trabéculas cárneas que</p><p>são mais finas e mais numerosas do que as do ventrículo direito</p><p>3Uma cavidade cônica mais longa do que a do ventrículo direito</p><p>4Músculos papilares anteriores e posteriores maiores do que os do ventrículo</p><p>direito</p><p>5Uma parte de saída, superoanterior, não muscular, de parede lisa, o vestíbulo</p><p>da aorta, levando desde a cavidade do ventrículo até o óstio da aorta e à valva</p><p>da aorta</p><p>6Uma valva atrioventricular esquerda (mitral) com duas válvulas que guarda o</p><p>óstio AV esquerdo</p><p>7Um óstio da aorta situado em sua parte posterossuperior direita e circundado</p><p>por um anel fibroso ao qual estão fixadas as válvulas direita, posterior e</p><p>esquerda da valva da aorta; a parte ascendente da aorta começa no óstio da</p><p>aorta.</p><p>Coração 3 12</p><p>A valva atrioventricular esquerda (mitral) tem duas válvulas, anterior e</p><p>posterior. A valva atrioventricular esquerda está localizada posteriormente ao</p><p>esterno, no nível da 4a cartilagem costal. Cada uma de suas válvulas recebe</p><p>cordas tendíneas de mais de um músculo papilar. Esses músculos e suas</p><p>cordas sustentam</p><p>a valva atrioventricular esquerda, permitindo que as válvulas</p><p>resistam à pressão gerada durante contrações (bombeamento) do ventrículo</p><p>esquerdo.</p><p>As cordas tendíneas tornam-se tensas logo antes e durante a sístole,</p><p>impedindo que as válvulas sejam empurradas para o átrio esquerdo. Enquanto</p><p>atravessa o ventrículo esquerdo, a corrente sanguínea sofre duas mudanças de</p><p>trajeto perpendiculares que, juntas, resultam em mudança de direção de 180°.</p><p>Essa inversão de fluxo ocorre ao redor da válvula anterior da valva</p><p>atrioventricular esquerda.</p><p>A valva da aorta, situada entre o ventrículo esquerdo e a parte ascendente da</p><p>aorta, é posicionada obliquamente. Está localizada posteriormente ao lado</p><p>esquerdo, do esterno, no nível do 3o espaço intercostal.</p><p>VALVAS DO TRONCO PULMONAR E DA AORTA</p><p>As três válvulas semilunares da valva do tronco pulmonar (anterior, direita e</p><p>esquerda), bem como as válvulas semilunares da valva da aorta (posterior,</p><p>direita e esquerda), são côncavas quando vistas de cima</p><p>Coração 3 13</p><p>As válvulas semilunares não têm cordas tendíneas para sustentá-las. Têm</p><p>área menor do que as válvulas das valvas AV, e a força exercida sobre elas é</p><p>menor que a metade da força exercida sobre as válvulas das valvas</p><p>atrioventriculares direita e esquerda. As válvulas projetam-se para a artéria,</p><p>mas são pressionadas em direção (e não contra) às suas paredes quando o</p><p>sangue deixa o ventrículo. Após o relaxamento do ventrículo (diástole), a</p><p>retração elástica da parede do tronco pulmonar ou da aorta força o sangue de</p><p>volta para o coração. No entanto, as válvulas fecham-se com um estalido,</p><p>como um guarda-chuva apanhado pelo vento, quando há inversão do fluxo</p><p>sanguíneo. Elas se aproximam para fechar por completo o óstio, sustentando</p><p>umas às outras quando suas bases se tocam (encontram) e evitando o retorno</p><p>de qualquer quantidade significativa de sangue para o ventrículo.</p><p>A margem de cada válvula é mais espessa na região de contato, formando a</p><p>lúnula; o ápice da margem livre angulada é ainda mais espesso, formando o</p><p>nódulo. Imediatamente superior a cada válvula semilunar, as paredes das</p><p>origens do tronco pulmonar e da aorta são ligeiramente dilatadas, formando um</p><p>seio. Os seios da aorta e do tronco pulmonar são os espaços na origem do</p><p>tronco pulmonar e da parte ascendente da aorta entre a parede dilatada do</p><p>vaso e cada válvula</p><p>semilunar. O sangue presente nos seios e a dilatação da parede impedem a</p><p>aderência das válvulas à</p><p>parede do vaso, o que poderia impedir o fechamento.</p><p>A abertura da artéria coronária direita se localiza no seio direito da aorta e a</p><p>abertura da artéria coronária esquerda no seio esquerdo da aorta. Nenhuma</p><p>artéria origina-se do seio posterior da aorta (não coronário).</p><p>VASCULARIZAÇÃO DO CORAÇÃO</p><p>Os vasos sanguíneos do coração compreendem as artérias coronárias e as</p><p>veias cardíacas, que conduzem o sangue que entra e sai da maior parte do</p><p>miocárdio. O endocárdio e parte do tecido subendocárdico imediatamente</p><p>externo ao endocárdio recebem oxigênio e nutrientes por difusão ou por</p><p>microvascularização diretamente das câmaras do coração. Os vasos</p><p>sanguíneos do coração, normalmente integrados ao tecido adiposo,</p><p>atravessam a superfície do coração logo abaixo do</p><p>epicárdio. Às vezes, partes dos vasos estão entranhadas no miocárdio. Os</p><p>vasos sanguíneos do coração possuem inervação simpática e parassimpática.</p><p>Coração 3 14</p><p>Irrigação arterial do coração. As artérias coronárias, os primeiros ramos da</p><p>aorta, irrigam o miocárdio e o epicárdio. As artérias coronárias direita e</p><p>esquerda originam-se dos seios da aorta correspondentes na região proximal</p><p>da parte ascendente da aorta, imediatamente superior à valva da aorta, e</p><p>seguem por lados opostos do tronco pulmonar. As artérias coronárias suprem</p><p>os átrios e os ventrículos; entretanto, os ramos atriais costumam ser pequenos</p><p>e não são facilmente observados no coração de um cadáver. A distribuição</p><p>ventricular de cada artéria coronária não é bem delimitada.</p><p>A artéria coronária direita ACD origina-se do seio direito da aorta em sua</p><p>parte ascendente e passa para o lado direito do tronco pulmonar, seguindo no</p><p>sulco coronário Figuras 4.59 e 4.60A. Próximo de sua origem, a ACD</p><p>geralmente emite um ramo do nó sinoatrial, ascendente, que irriga o nó SA. A</p><p>ACD então desce no sulco coronário e emite o ramo marginal direito, que irriga</p><p>a margem direita do coração enquanto segue em direção ao ápice do coração,</p><p>porém sem alcançá-lo. Após</p><p>emitir esse ramo, a ACD vira para a esquerda e continua no sulco coronário até</p><p>a face posterior do coração. Na face posterior do coração,</p><p>na cruz do coração – a junção dos septos interatrial e interventricular entre as</p><p>quatro câmaras cardíacas – a ACD dá origem ao ramo do nó atrioventricular,</p><p>que irriga o nó AV Figura 4.60A a C. Os nós SA e AV são parte do complexo</p><p>estimulante do coração.</p><p>Coração 3 15</p><p>O domínio do sistema arterial coronário é definido pela artéria que dá origem</p><p>ao ramo interventricular IV posterior (artéria descendente posterior em</p><p>Coração 3 16</p><p>linguagem clínica). O domínio da ACD é mais comum (aproximadamente 67% ;</p><p>a ACD dá origem ao grande ramo interventricular posterior, que desce no sulco</p><p>IV posterior em direção ao ápice do coração.</p><p>Esse ramo irriga áreas adjacentes de ambos os ventrículos e envia ramos</p><p>interventriculares septais perfurantes para o septo I. O ramo terminal</p><p>(ventricular esquerdo) da ACD continua por uma curta distância no sulco</p><p>coronário. Assim, no padrão mais comum de distribuição, a ACD supre a face</p><p>diafragmática do coração.</p><p>Geralmente, a ACD(arteria coronaria direita) supre:</p><p>1O átrio direito</p><p>2A maior parte do ventrículo direito</p><p>3Parte do ventrículo esquerdo (a face diafragmática)</p><p>4Parte do septo IV, geralmente o terço posterior</p><p>5O nó SA (em cerca de 60% das pessoas)</p><p>6O nó AV (em cerca de 80% das pessoas).</p><p>A artéria coronária esquerda ACE origina-se do seio esquerdo da aorta em</p><p>sua parte ascendente, passa entre a aurícula esquerda e o lado esquerdo do</p><p>tronco pulmonar e segue no sulco coronário. Em cerca de 40% das pessoas, o</p><p>ramo do nó SA origina-se do ramo circunflexo da ACE e ascende na face</p><p>posterior do átrio esquerdo até o nó SA. Quando entra no sulco coronário, na</p><p>extremidade superior do sulco IV anterior, a ACE divide-se em dois ramos, o</p><p>ramo IV anterior (os médicos continuam a chamá-la de DA, a abreviação de seu</p><p>antigo nome – artéria “descendente anteriorˮ) e o</p><p>ramo circunflexo</p><p>O ramo IV anterior segue ao longo do sulco IV até o ápice do coração. A</p><p>seguir, faz a volta ao redor da margem inferior do coração e costuma fazer</p><p>anastomose com o ramo IV posterior da artéria coronária direita . O ramo IV</p><p>anterior supre partes adjacentes de ambos os ventrículos e, através de ramos</p><p>IV septais, os dois terços anteriores do SIV. Em muitas pessoas, o ramo IV</p><p>anterior dá origem ao ramo lateral (artéria diagonal), que desce sobre a face</p><p>anterior do coração</p><p>O ramo circunflexo da ACE, menor, acompanha o sulco coronário ao redor da</p><p>margem esquerda do coração até a face posterior do coração. O ramo</p><p>marginal esquerdo do ramo circunflexo acompanha a margem esquerda do</p><p>coração e supre o ventrículo esquerdo. Na maioria das vezes, o ramo</p><p>circunflexo da ACE termina no sulco coronário na face posterior do coração</p><p>antes de chegar à “cruz do coração ,ˮ mas em aproximadamente um terço das</p><p>Coração 3 17</p><p>pessoas, ele continua como um</p><p>ramo que segue dentro do sulco IV posterior ou adjacente a ele.</p><p>Geralmente, a ACE supre:</p><p>1O átrio esquerdo</p><p>2A maior parte do ventrículo esquerdo</p><p>3Parte do ventrículo direito</p><p>4A maior parte do SIV (geralmente seus dois terços anteriores), inclusive o</p><p>feixe AV do complexo estimulante do coração, através de seus ramos IV</p><p>septais perfurantes</p><p>5O nó SA (em cerca de 40% das pessoas)</p><p>As variações nos padrões de ramificação e distribuição das artérias</p><p>coronárias são comuns. No padrão dominante direito, mais comum, presente</p><p>em cerca de 67% das pessoas,</p><p>a ACD e a ACE compartilham quase igualmente</p><p>o suprimento sanguíneo do coração . Em cerca de 15% dos corações, a ACE é</p><p>dominante porque o ramo IV posterior é um ramo da artéria circunflexa . Há</p><p>codominância em cerca de 18% das pessoas, nas quais os ramos das artérias</p><p>coronárias direita e esquerda chegam à cruz do coração e dão origem a ramos</p><p>que seguem no sulco IV posterior ou próximo dele. Algumas pessoas têm</p><p>apenas uma artéria coronária. Em outras pessoas, o ramo circunflexo origina-</p><p>se do seio direito da aorta. Cerca de 4% das pessoas têm uma artéria</p><p>coronária acessória.</p><p>-Circulação colateral coronariana. Os ramos das artérias coronárias</p><p>geralmente são considerados artérias terminais funcionais (artérias que</p><p>irrigam regiões do miocárdio que não têm anastomoses suficientes com outros</p><p>grandes ramos para manter a viabilidade do tecido em caso de oclusão).</p><p>Entretanto, há anastomoses entre ramos das artérias coronárias,</p><p>subepicárdicos ou miocárdicos e entre essas artérias e os vasos</p><p>extracardíacos como os vasos torácicos. Existem anastomoses entre as</p><p>terminações das artérias coronárias direita e esquerda no sulco coronário e</p><p>entre os ramos IV ao</p><p>redor do ápice do coração em cerca de 10% dos corações aparentemente</p><p>normais. O potencial de desenvolvimento dessa circulação colateral é provável</p><p>na maioria dos corações, se não em todos.</p><p>Drenagem venosa do coração. O coração é drenado principalmente por veias</p><p>que se abrem no seio coronário e em parte por pequenas veias que drenam</p><p>para o átrio direito . O seio coronário, a principal veia do coração, é um canal</p><p>venoso largo que segue da esquerda para a direita na parte posterior do sulco</p><p>Coração 3 18</p><p>coronário. O seio coronário recebe a veia cardíaca magna em sua extremidade</p><p>esquerda e a veia interventricular posterior e veia cardíaca parva em sua</p><p>extremidade direita. A veia</p><p>ventricular esquerda posterior e a veia marginal esquerda também se abrem no</p><p>seio coronário.</p><p>-A veia cardíaca magna é a principal tributária do seio coronário. Sua primeira</p><p>parte, a veia interventricular anterior, começa perto do ápice do coração e</p><p>ascende com o ramo IV anterior da ACE. No sulco coronário, vira-se para a</p><p>esquerda, e sua segunda parte segue ao redor do lado esquerdo do coração</p><p>com o ramo circunflexo da ACE para chegar ao seio coronário. Aqui ocorre</p><p>uma situação incomum: o sangue está fluindo no mesmo sentido em um par</p><p>formado por artéria e veia! A veia cardíaca magna drena as áreas do coração</p><p>supridas pela ACE.</p><p>A veia IV posterior acompanha o ramo interventricular posterior (geralmente</p><p>originado da ACD. Uma veia cardíaca parva acompanha o ramo marginal</p><p>direito da ACD. Assim, essas duas veias drenam a maioria das áreas</p><p>comumente supridas pela ACD. A veia oblíqua do átrio esquerdo (de Marshall)</p><p>é um vaso pequeno, relativamente sem importância após o nascimento, que</p><p>desce sobre a parede posterior do átrio esquerdo e funde-se à veia cardíaca</p><p>magna para formar o seio coronário</p><p>(definindo o início do seio). A veia oblíqua é o remanescente da VCS esquerda</p><p>embrionária, que geralmente sofre atrofia durante o período fetal, mas às vezes</p><p>persiste em adultos, substituindo ou aumentando a VCS direita.</p><p>Coração 3 19</p><p>Drenagem linfática do coração. Os vasos linfáticos no miocárdio e no tecido</p><p>conjuntivo subendocárdico seguem até o plexo linfático subepicárdico. Os</p><p>vasos desse plexo seguem até o sulco coronário e acompanham as artérias</p><p>coronárias. Um único vaso linfático, formado pela união de vários vasos</p><p>linfáticos provenientes do coração, ascende entre o tronco pulmonar e</p><p>o átrio esquerdo e termina nos linfonodos traqueobronquiais inferiores,</p><p>geralmente no lado direito.</p><p>COMPLEXO ESTIMULANTE DO CORAÇÃO</p><p>Na sequência comum de eventos no ciclo cardíaco, o átrio e o ventrículo</p><p>atuam juntos como uma bomba. O complexo estimulante do coração gera e</p><p>transmite os impulsos que produzem as contrações coordenadas do ciclo</p><p>cardíaco. O complexo estimulante consiste em tecido nodal, que inicia os</p><p>batimentos cardíacos e coordena contrações das quatro câmaras, e fibras</p><p>condutoras muito especializadas para conduzi-los rapidamente para as</p><p>diferentes áreas do coração. A seguir, os impulsos são propagados pelas</p><p>células musculares estriadas cardíacas, de modo que haja contração</p><p>simultânea das paredes das câmaras.</p><p>O nó sinotrial SA está localizado anterolateralmente, logo abaixo do</p><p>epicárdio na junção da VCS com o átrio direito, perto da extremidade superior</p><p>do sulco terminal. O nó SA  uma pequena coleção de tecido nodal, fibras</p><p>musculares cardíacas especializadas e tecido conjuntivo fibroelástico</p><p>associado – é o marca-passo do coração. O nó SA inicia e controla os impulsos</p><p>para as contrações cardíacas, emitindo um impulso aproximadamente 70 vezes</p><p>por minuto, na maioria das pessoas, na maior parte das vezes. O sinal de</p><p>contração do nó SA propaga-se miogenicamente (através da</p><p>musculatura) de ambos os átrios. O nó SA é suprido pela artéria do nó</p><p>sinoatrial, que geralmente origina-se como um ramo atrial da ACD (em 60%</p><p>das pessoas), mas muitas vezes origina-se da ACE (em 40%. O nó SA é</p><p>estimulado pela parte simpática da divisão autônoma do sistema nervoso para</p><p>acelerar a frequência cardíaca e é inibido pela parte parassimpática para</p><p>retornar ou aproximar-se de sua frequência basal.</p><p>O nó atrioventricular AV é um conjunto de tecido nodal menor que o nó SA. O</p><p>nó AV está localizado na região posteroinferior do septo interatrial perto da</p><p>abertura do seio coronário. O sinal gerado pelo nó SA atravessa as paredes do</p><p>átrio direito, propagado pelo músculo cardíaco (condução miogênica), que</p><p>transmite o sinal rapidamente do nó SA para o nó AV. O nó AV então distribui o</p><p>Coração 3 20</p><p>sinal para os ventrículos através do fascículo AV. A estimulação simpática</p><p>acelera a condução, e a estimulação parassimpática a torna mais lenta. O</p><p>fascículo AV, a única ponte entre o miocárdio atrial e ventricular, segue do nó</p><p>AV através do esqueleto fibroso do coração e ao longo da parte membranácea</p><p>do SIV.</p><p>Na junção das partes membranácea e muscular do SIV, o fascículo AV divide-</p><p>se em ramos direito e esquerdo. Esses ramos prosseguem de cada lado do SIV</p><p>muscular profundamente ao endocárdio e depois se ramificam em ramos</p><p>subendocárdicos (fibras de Purkinje), que se estendem até as paredes dos</p><p>respectivos ventrículos. Os ramos subendocárdicos do ramo direito estimulam</p><p>o músculo do SIV, o músculo papilar anterior através da trabécula</p><p>septomarginal (banda moderadora) e a parede do ventrículo direito. O ramo</p><p>esquerdo divide-se perto de sua origem em aproximadamente seis tratos</p><p>menores, que dão origem a ramos subendocárdicos que estimulam o SIV, os</p><p>músculos papilares anteriores e posteriores, e a parede do ventrículo</p><p>esquerdo.</p><p>O nó AV é suprido pela artéria do nó AV, o maior e geralmente o primeiro ramo</p><p>IV septal da artéria IV posterior, um ramo da ACD em 80% das pessoas Figura</p><p>4.60A a C. Assim, a irrigação arterial dos nós SA e AV geralmente provém da</p><p>ACD. Entretanto, o fascículo AV atravessa o centro do SIV, cujos dois terços</p><p>anteriores são supridos pelos ramos septais do ramo IV anterior da ACE</p><p>A geração e a condução de impulsos podem ser resumidas da seguinte forma:</p><p>Coração 3 21</p><p>1O nó SA inicia um impulso que é rapidamente conduzido para as fibras</p><p>musculares cardíacas nos átrios, causando sua contração</p><p>2O impulso propaga-se por condução miogênica, que transmite rapidamente</p><p>o impulso do nó SA para o nó AV</p><p>3O sinal é distribuído do nó AV através do fascículo AV e seus ramos (os</p><p>ramos direito e esquerdo), que seguem de cada lado do SIV e suprem os ramos</p><p>subendocárdicos para os músculos papilares e as paredes dos ventrículos</p><p>Inervação do coração. O coração é suprido por fibras nervosas autônomas do</p><p>plexo cardíaco , que costuma ser dividido artificialmente em partes superficial</p><p>e profunda. A maioria das descrições</p><p>apresenta essa rede nervosa na face anterior da bifurcação da traqueia, pois é</p><p>observada com</p><p>maior frequência na dissecção após a retirada da parte</p><p>ascendente da aorta e da bifurcação do tronco pulmonar. Entretanto, sua</p><p>relação primária é com a face posterior das duas últimas estruturas, sobretudo</p><p>a parte ascendente da aorta. O plexo cardíaco é formado por fibras simpáticas</p><p>e</p><p>parassimpáticas que seguem em direção ao coração e também por fibras</p><p>aferentes viscerais que conduzem fibras reflexas e nociceptivas provenientes</p><p>do coração. As fibras partem do plexo e são distribuídas ao longo dos vasos</p><p>coronários para estes vasos e para componentes do complexo estimulante,</p><p>sobretudo o nó SA</p><p>A inervação simpática provém das fibras pré-ganglionares, com corpos</p><p>celulares nas colunas celulares intermediolaterais IML dos cinco ou seis</p><p>segmentos torácicos superiores da medula espinal, e das fibras simpáticas</p><p>pós-ganglionares, com corpos celulares nos gânglios paravertebrais cervicais</p><p>e torácicos superiores dos troncos simpáticos. As fibras pós-ganglionares</p><p>atravessam os nervos esplâncnicos cardiopulmonares e o plexo cardíaco,</p><p>terminando nos nós SA e AV e em relação às terminações das fibras</p><p>parassimpáticas nas artérias coronárias. A estimulação simpática aumenta a</p><p>frequência cardíaca, a condução de impulso, a força de contração e, ao</p><p>mesmo tempo, o fluxo sanguíneo pelos vasos coronários para garantir o</p><p>aumento da atividade. A estimulação adrenérgica do nó SA e do tecido</p><p>condutor aumenta a frequência de despolarização das células marca-passo e a</p><p>condução atrioventricular. A estimulação adrenérgica direta pelas fibras</p><p>nervosas simpáticas, bem</p><p>como a estimulação indireta pelos hormônios suprarrenais, aumenta a</p><p>contratilidade atrial e ventricular. A maioria dos receptores adrenérgicos nos</p><p>vasos sanguíneos coronários consiste em receptores β2 que, quando ativados,</p><p>Coração 3 22</p><p>causam relaxamento (ou talvez inibição) do músculo liso vascular e, portanto,</p><p>dilatação das artérias Wilson-Pauwels et al., 1997. Isso aumenta a</p><p>oferta de oxigênio e nutrientes para o miocárdio durante períodos de atividade</p><p>intensificada.</p><p>Mediastino superior e grandes vasos</p><p>O mediastino superior situa-se superiormente ao plano transverso do tórax,</p><p>que atravessa o ângulo do esterno e a junção (disco intervertebral) das</p><p>vértebras T IV e T V.</p><p>Em sentido anteroposterior, o conteúdo do mediastino superior é:</p><p>1Timo</p><p>2Grandes vasos, com as veias (veias braquiocefálicas e VCS anteriores às</p><p>artérias (arco da aorta e as raízes de seus principais ramos – tronco</p><p>braquiocefálico, artéria carótida comum esquerda e artéria subclávia esquerda)</p><p>e nervos relacionados (nervos vago e frênico e plexo cardíaco de nervos)</p><p>3Continuação inferior das vísceras cervicais (traqueia anteriormente e</p><p>esôfago posteriormente) e nervos relacionados (nervo laríngeo recorrente</p><p>esquerdo)</p><p>4Ducto torácico e troncos linfáticos.</p><p>Para resumir sistemicamente, a ordem das principais estruturas no mediastino</p><p>superior, em sentido anteroposterior, é: 1 timo, 2 veias, 3 artérias, 4 vias</p><p>respiratórias, 5 sistema digestório e 6 troncos linfáticos.</p><p>Timo: um órgão linfoide essencial, ocupa a parte inferior do pescoço e a parte</p><p>anterior do mediastino superior . É uma glândula plana, cujos lobos têm</p><p>formato de cantil, situada posteriormente ao manúbrio do esterno e que se</p><p>estende até o mediastino anterior, anteriormente ao pericárdio fibroso. Após a</p><p>puberdade, o timo sofre involução gradual e é substituído por gordura em sua</p><p>maior parte. A substancial irrigação arterial do timo provém principalmente dos</p><p>ramos</p><p>intercostais anteriores e mediastinais anteriores das artérias torácicas internas.</p><p>As veias do timo terminam nas veias braquiocefálica esquerda, torácica interna</p><p>e tireóidea inferior. Os vasos linfáticos do timo terminam nos linfonodos</p><p>paraesternais, braquiocefálicos e traqueobronquiais.</p><p>GRANDES VASOS</p><p>Coração 3 23</p><p>1Veias braquiocefálicas direita e esquerda: Formam-se posteriormente às</p><p>articulações esternoclaviculares EC pela união das veias jugular interna e</p><p>subclávia. No nível da margem inferior da 1a cartilagem costal direita, as veias</p><p>braquiocéfalicas unem-se para formar a VCS. O comprimento da veia</p><p>braquiocefálica esquerda é maior que o dobro do comprimento da veia</p><p>braquiocefálica direita, porque passa do lado esquerdo para o lado direito,</p><p>anteriormente às raízes dos três</p><p>principais ramos do arco da aorta. As veias braquiocefálicas conduzem o</p><p>sangue da cabeça, pescoço e membros superiores para o átrio direito</p><p>2A veia cava superior VCS conduz o sangue de todas as estruturas</p><p>superiores ao diafragma, exceto os pulmões e o coração. Segue inferiormente</p><p>e termina no nível da 3a cartilagem costal, quando entra no átrio direito do</p><p>coração. A VCS situase no lado direito do mediastino superior, anterolateral à</p><p>traqueia e posterolateral à parte ascendente da aorta. O nervo frênico</p><p>direito situa-se entre a VCS e a parte mediastinal da pleura parietal. A metade</p><p>terminal da VCS situa-se no mediastino médio, onde está ao lado da parte</p><p>ascendente da aorta e forma o limite posterior do seio transverso do pericárdio</p><p>3A parte ascendente da aorta: com diâmetro aproximado de 2,5 cm, começa</p><p>no óstio da aorta. Seus únicos ramos são as artérias coronárias, originadas nos</p><p>seios da aorta. A parte ascendente da aorta é intrapericárdica; por isso e</p><p>porque se situa inferiormente ao plano transverso do tórax, é considerada um</p><p>conteúdo do mediastino médio (parte do mediastino inferior).</p><p>4O arco da aorta: a continuação curva da parte ascendente da aorta, inicia-se</p><p>posteriormente à 2a articulação esternocostal EC direita, no nível do ângulo</p><p>do esterno. Curva-se em sentido superior,</p><p>posterior, para a esquerda e, depois, inferior. O arco da aorta ascende</p><p>anteriormente à artéria pulmonar direita e à bifurcação da traqueia, atingindo</p><p>seu ápice no lado esquerdo da traqueia e esôfago, quando passa sobre a raiz</p><p>do pulmão esquerdo. O arco desce posteriormente à raiz esquerda do pulmão,</p><p>ao lado da vértebra T IV. O arco termina formando a parte descendente</p><p>(torácica) da aorta, posteriormente à 2a articulação esternocostal esquerda</p><p>5O arco da veia ázigo: ocupa uma posição correspondente à aorta, à direita</p><p>da traqueia, sobre a raiz do pulmão direito, embora o sangue esteja fluindo na</p><p>direção oposta. O ligamento arterial, o remanescente do ducto arterial fetal,</p><p>segue da raiz da artéria pulmonar esquerda até a face inferior do arco da aorta.</p><p>Os ramos habituais do arco da aorta são o tronco braquiocefálico, a artéria</p><p>carótida comum esquerda e a artéria subclávia esquerda</p><p>Coração 3 24</p><p>6O tronco braquiocefálico: o primeiro e maior ramo do arco da aorta, origina-</p><p>se posteriormente ao manúbrio do esterno, onde está anterior à traqueia e</p><p>posterior à veia braquiocefálica esquerda. Ascende superolateralmente até</p><p>alcançar o lado direito da traqueia e a articulação EC direita, onde se divide nas</p><p>artérias carótida comum direita e subclávia direita.</p><p>7A artéria carótida comum esquerda: o segundo ramo do arco da aorta,</p><p>origina-se posteriormente ao manúbrio do esterno ligeiramente posterior e à</p><p>esquerda do tronco braquiocefálico. Ascende anteriormente à artéria subclávia</p><p>esquerda e inicialmente situa-se anterior à traqueia e depois à sua esquerda.</p><p>Entra no pescoço passando posteriormente à articulação EC esquerda.</p><p>8A artéria subclávia esquerda, o terceiro ramo do arco, origina-se da parte</p><p>posterior do arco da aorta, imediatamente posterior à artéria carótida comum</p><p>esquerda. Ascende lateralmente à traqueia e à artéria carótida comum</p><p>esquerda no mediastino superior; não emite ramos no mediastino. Quando sai</p><p>do tórax e entra na raiz do pescoço, passa posteriormente à articulação EC</p><p>esquerda.</p><p>Coração 3 25</p><p>Circulação do sangue</p><p>O sangue flui através de uma rede de vasos sanguíneos que se estendem</p><p>entre o coração e os tecidos periféricos. Esses vasos sanguíneos podem ser</p><p>organizados em um circuito pulmonar,</p><p>que transporta o sangue para e das superfícies de troca de gás dos pulmões, e</p><p>em um circuito sistêmico, que transporta o sangue para o resto do corpo e</p><p>também o recebe de volta. Cada circuito</p><p>começa e termina no coração, e o sangue viaja através desses vasos em</p><p>sequência. Assim, o sangue que retorna ao coração do circuito sistêmico deve</p><p>completar o circuito pulmonar antes de entrar</p><p>novamente no circuito sistêmico. O sangue é levado do coração pelas artérias,</p><p>ou vasos eferentes, e retorna ao coração por meio das veias, ou vasos</p><p>aferentes. Vasos microscópicos de paredes finas,</p><p>chamados capilares, interconectam artérias e veias muito pequenas. Os</p><p>capilares são chamados de vasos de intercâmbio, porque suas paredes finas</p><p>permitem a troca de nutrientes, gases dissolvidos e resíduos entre o sangue e</p><p>os tecidos circundantes</p><p>Há cinco classes gerais de vasos sanguíneos: artérias, arteríolas, capilares,</p><p>vênulas e veias. As artérias levam o sangue para fora do coração, entram nos</p><p>tecidos periféricos e ramificam-se repetidamente, e os ramos diminuem em</p><p>diâmetro. Os ramos arteriais menores são chamados de arteríolas. Das</p><p>Coração 3 26</p><p>arteríolas, o sangue se move para dentro dos capilares, onde há a difusão entre</p><p>o sangue e o fluido intersticial. Dos capilares, o sangue entra em vênulas ou</p><p>pequenas veias, que se unem para formar as veias maiores que retornam o</p><p>sangue ao coração.</p><p>Sístole e diástole</p><p>As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se alternadamente 70 vezes por</p><p>minuto, em média. O processo de contração de cada câmara do miocárdio</p><p>(músculo cardíaco) denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre</p><p>uma sístole e a seguinte, é a diástole. A sístole cardíaca: os ventrículos se</p><p>contraem e impulsionam o sangue através das artérias pulmonar e aorta.</p><p>-A sístole cardíaca: os ventrículos se contraem e impulsionam o sangue</p><p>através das artérias pulmonar e aorta.</p><p>A diástole cardíaca: o sangue retorna ao coração através das veias cavas e</p><p>veias pulmonares e chega aos átrios</p><p>Coração 3 27</p><p>Circulação do sangue</p><p>O sangue flui através de uma rede de vasos sanguíneos que se estendem</p><p>entre o coração e os tecidos periféricos. Esses vasos sanguíneos podem ser</p><p>organizados em um circuito pulmonar, que transporta o sangue para e das</p><p>superfícies de troca de gás dos pulmões, e em um circuito</p><p>sistêmico, que transporta o sangue para o resto do corpo e também o recebe</p><p>de volta. Cada circuito começa e termina no coração, e o sangue viaja através</p><p>desses vaso sem sequência. Assim, o sangue que retorna ao coração do</p><p>circuito sistêmico deve completar o circuito pulmonar antes de entrar</p><p>novamente no circuito sistêmico. O sangue é levado do coração pelas artérias,</p><p>ou vasos eferentes, e</p><p>retorna ao coração por meio das veias, ou vasos aferentes. Vasos</p><p>microscópicos de paredes finas,</p><p>chamados capilares, interconectam artérias e veias muito pequenas. Os</p><p>capilares são chamados de vasos de intercâmbio, porque suas paredes finas</p><p>permitem a troca de nutrientes, gases dissolvidos e resíduos entre o sangue e</p><p>os tecidos circundantes.</p><p>O sangue circula no coração de acordo com o seguinte processo:</p><p>Entrada de sangue</p><p>O sangue desoxigenado e rico em gás carbônico chega ao coração pelas</p><p>veias cavas, entrando pelo átrio direito.</p><p>Arterialização</p><p>Coração 3 28</p><p>O sangue desoxigenado segue para o ventrículo direito, onde inicia o</p><p>processo de arterialização.</p><p>Bombeamento para os pulmões</p><p>O sangue é bombeado para os pulmões pela artéria pulmonar.</p><p>Hematose</p><p>Nos pulmões, o sangue recebe oxigênio e se torna oxigenado, através do</p><p>processo de hematose.</p><p>Retorno ao coração</p><p>O sangue oxigenado retorna ao coração pela veia pulmonar, entrando pelo</p><p>átrio esquerdo.</p><p>Saída para o corpoO sangue sai do ventrículo esquerdo pela artéria aorta e</p><p>segue para o corpo.</p><p>perguntas da prova antiga</p><p>� O que é, qual a importância e como ocorre a circulação sanguínea.</p><p>R A circulação sanguínea é o movimento de sangue pelo corpo, sendo</p><p>responsável pelo transporte de oxigênio e nutrientes essenciais, além da</p><p>remoção</p><p>de dióxido de carbono e outros resíduos metabólicos. Ela ocorre através do</p><p>sistema cardiovascular, que é composto pelo coração, artérias, veias e</p><p>capilares.</p><p>Coração 3 29</p><p>O sangue é bombeado pelo coração e transportado pelas artérias para as</p><p>diferentes partes do corpo. Nos capilares, ocorre a troca de oxigênio,</p><p>nutrientes e</p><p>resíduos com as células, e o sangue é recolhido pelas veias e levado de</p><p>volta ao</p><p>coração.</p><p>� Esquematize, descreva e identifique o trajeto da circulação arterial do</p><p>coração</p><p>R O trajeto sequencial da circulação arterial do coração começa com a</p><p>saída do</p><p>sangue do ventrículo esquerdo pela artéria aorta. A aorta se divide em um</p><p>tronco</p><p>braquiocefálico, artéria carótida comum, artérias subclávias direita e</p><p>esquerda, e</p><p>segue para o tórax, onde ramifica em artérias importantes, incluindo as</p><p>artérias</p><p>coronárias que fornecem oxigênio e nutrientes para o coração em si.</p><p>A aorta continua para o abdômen, se dividindo em artérias importantes,</p><p>como a</p><p>artéria mesentérica superior, que leva sangue oxigenado ao intestino</p><p>delgado, e a</p><p>artéria renal, que fornece sangue aos rins. Além disso, a aorta se divide em</p><p>artérias ilíacas comuns esquerda e direita, que se ramificam nas artérias</p><p>femorais</p><p>para os membros inferiores.</p><p>Em cada nível de ramificação, as artérias formam uma rede interconectada,</p><p>enviando capilares a todos os tecidos do corpo para fornecer oxigênio e</p><p>nutrientes e remover dióxido de carbono e outros resíduos metabólicos. O</p><p>sangue</p><p>arterial então retorna ao coração através das veias.</p><p>Coração 3 30</p><p>� Descreva 4 diferenças entre a pequena e a grande circulação.</p><p>R</p><p>� Função: A grande circulação é responsável por fornecer sangue oxigenado</p><p>aos sistemas do corpo, enquanto a pequena circulação é responsável pelo</p><p>fornecimento de sangue oxigenado aos pulmões para que ocorra a troca de</p><p>gases O2 e CO2.</p><p>� Origem: A grande circulação começa no ventrículo esquerdo do coração,</p><p>onde o sangue oxigenado é bombeado pela artéria aorta para o corpo,</p><p>enquanto a pequena circulação começa no ventrículo direito, onde o</p><p>sangue</p><p>venoso é bombeado para os pulmões pelas artérias pulmonares.</p><p>� Resistência Vascular: A grande circulação tem resistência vascular</p><p>sistêmica,</p><p>que é o grau de dificuldade que o sangue enfrenta ao se mover através dos</p><p>Circulatório  Anato 25</p><p>vasos sanguíneos do corpo, enquanto a pequena circulação tem</p><p>resistência</p><p>Coração 3 31</p><p>vascular pulmonar, que é a resistência enfrentada pelo sangue ao passar</p><p>pelos capilares pulmonares.</p><p>� Fluxo Sanguíneo: A grande circulação tem um fluxo sanguíneo maior e</p><p>geralmente envolve artérias e veias maiores que nutrem todo o corpo,</p><p>enquanto a pequena circulação lida com menos sangue e envolve artérias e</p><p>veias menores que movem sangue para e dos pulmões.</p><p>obs: A grande circulação, também conhecida como circulação sistêmica, e</p><p>a</p><p>pequena circulação, também conhecida como circulação pulmonar, são</p><p>dois tipos</p><p>de circulação sanguínea que se diferenciam pelo trajeto que o sangue</p><p>percorre</p><p>O lado esquerdo do coração bombeia o sangue oxigenado para a circulação</p><p>sistêmica até todos os tecidos do corpo, com exceção dos alvéolos dos</p><p>pulmões.</p><p>O lado direito do coração bombeia o sangue desoxigenado para a circulação</p><p>pulmonar até os alvéolos</p><p>Resumo video aula</p>

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