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<p>Resumao de IESC N1</p><p>Estruturação do SUS</p><p>o Universalidade: Acesso à saúde para toda a</p><p>população.</p><p>o Integralidade: Atendimento que abrange promoção,</p><p>prevenção, tratamento e reabilitação.</p><p>o Equidade: Distribuição de recursos e serviços de</p><p>acordo com as necessidades de saúde da população.</p><p>o Rede de Atenção à Saúde: Compreende a atenção</p><p>primária, secundária e terciária.</p><p>o Atenção Primária: Porta de entrada do sistema,</p><p>focada na promoção da saúde e prevenção de</p><p>doenças.</p><p>o Atenção Especializada: Serviços de média e alta</p><p>complexidade, como hospitais e clínicas</p><p>especializadas.</p><p>o O SUS é organizado em três esferas de gestão:</p><p>federal, estadual e municipal, cada uma com</p><p>responsabilidades específicas na execução das</p><p>políticas de saúde.</p><p>Gestão do SUS</p><p>o A gestão do SUS é descentralizada, permitindo que</p><p>estados e municípios tenham autonomia para</p><p>planejar e executar ações de saúde conforme suas</p><p>realidades locais.</p><p>2. :</p><p>o Os Conselhos de Saúde são instâncias de</p><p>participação social que garantem a participação da</p><p>comunidade nas decisões sobre políticas de saúde.</p><p>o As Comissões Intergestores (CIBs) promovem a</p><p>articulação entre os diferentes níveis de gestão,</p><p>facilitando a coordenação das ações de saúde.</p><p>Evolução dos Modelos de Financiamento</p><p>o O SUS foi criado pela Constituição Federal de 1988,</p><p>que estabeleceu a responsabilidade do Estado em</p><p>garantir o acesso à saúde. O financiamento inicial era</p><p>predominantemente público, com recursos</p><p>provenientes da União, Estados e Municípios.</p><p>o Modelo Tradicional: Baseado em transferências</p><p>diretas de recursos federais para estados e</p><p>municípios, com critérios definidos por portarias.</p><p>o Modelo de Incentivos: Introduzido com a criação de</p><p>programas como o Programa Saúde da Família</p><p>(PSF), que oferece incentivos financeiros para a</p><p>implementação de ações de saúde.</p><p>o O financiamento do SUS enfrenta desafios como a</p><p>escassez de recursos e a necessidade de maior</p><p>eficiência na alocação. Reformas têm sido propostas</p><p>para melhorar a sustentabilidade financeira do</p><p>sistema, incluindo a revisão dos critérios de repasse</p><p>e a busca por fontes adicionais de financiamento.</p><p>o A Emenda Constitucional nº 95/2016, que estabelece</p><p>um teto para os gastos públicos, impactou</p><p>diretamente o financiamento da saúde, gerando</p><p>debates sobre a necessidade de garantir recursos</p><p>suficientes para o SUS.</p><p>Organização Tripartite – Federal, estadual e municipal;</p><p>Descentralizado – Ordenado em níveis crescentes de</p><p>complexidade (primário, secundário e terciário)</p><p>Cada estância tem ‘’liberdade’’ de aplicar e decidir suas próprias</p><p>coisas</p><p>Iniciativa Privada é complementar ao SUS – Contratação</p><p>Controle Social é a mesma coisa que Participação Social</p><p>• 1900-1922 – Epidemias de Doenças Infecciosas</p><p>altamente transmissíveis, principalmente a varíola.</p><p>Oswaldo Cruz propôs as vacinas, onde ocorreu a</p><p>questão da ‘’Vacinação Obrigatória’’</p><p>• 1904 – Revolta da Vacina</p><p>• 1923 – Lei de Eloi Chavez que foi o marco inicial na</p><p>previdência social com as Caixas de Aposentadorias</p><p>e Pensão</p><p>• 1948 – Fundada a OMS</p><p>• 1953 – Criado o Ministério da Saúde</p><p>• 1965 – O modelo de saúde era hospitalocêntrico,</p><p>curativista e médico-centrado</p><p>• 1970 – Reforma Sanitária Brasileira em busca pela</p><p>Universalidade</p><p>• 1978 – Carta de Alma Ata, conferência internacional</p><p>sobre os cuidados primários a saúde</p><p>• 1982 – Implantação do Programa de Ações</p><p>Integradas de Saúde (PAIS)</p><p>• 1983 – Ações Integradas de Saúde (AIS)</p><p>• 1986 – 8° Conferência Nacional de Saúde com a</p><p>participação do Brasil, antecedeu a CF e trouxe a</p><p>questão de universal e descentralizado. Surgimento</p><p>do SUDS</p><p>Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde (SUDS).</p><p>Com ele, surgem algumas diretrizes: Universalização e</p><p>Equidade no acesso aos serviços de saúde; Integralidade</p><p>dos cuidados assistenciais; Descentralização das ações de</p><p>saúde; Implementação de distritos sanitários. Pela primeira</p><p>vez Gov. Federal passou a repassar recursos para estados</p><p>e municípios ampliarem suas redes de serviços. Transição</p><p>do modelo hospitaleiro para o modelo atual, focado na</p><p>atenção primária (surge a Atenção Básica em Saúde).</p><p>• 1988 – Constituição Cidadã, Art. 196 a 200, onde</p><p>saúde é direito de todos e dever do estado. O custeio</p><p>do sistema de saúde passa a ser essencialmente com</p><p>recursos governamentais arrecadados pela União,</p><p>Estados e Municípios. Assistência integral e universal,</p><p>os serviços devem ser hierarquizados conforme</p><p>parâmetros técnicos e gestão descentralizada;</p><p>Conselhos de Saúde; Política de saúde universal.</p><p>• 1990 – Surgimento do SUS com as Leis Orgânicas</p><p>do Sistema 8080/90 e 8142/90</p><p>• Princípios do SUS – Lei 8080/90</p><p>• Diretrizes do SUS – CF. 1988, Art. 198</p><p>Princípios Organizativos – Estabelecem ordem (hierarquização,</p><p>regionalização, descentralização e comando único,</p><p>participação da comunidade)</p><p>Princípios Doutrinários – Universalidade, Equidade e</p><p>Integralidade</p><p>Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado,</p><p>garantido mediante políticas sociais e econômicas que</p><p>visem à redução do risco de doença e de outros agravos</p><p>e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços</p><p>para sua promoção, proteção e recuperação.</p><p>Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de</p><p>saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da</p><p>lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle,</p><p>devendo sua execução ser feita diretamente ou através</p><p>de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de</p><p>direito privado</p><p>Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram</p><p>uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um</p><p>sistema único, organizado de acordo com as seguintes</p><p>Diretrizes:</p><p>I. Descentralização, com direção única em cada esfera</p><p>de governo;</p><p>II. Atendimento integral, com prioridade para as</p><p>atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços</p><p>assistenciais;</p><p>III. Participação da comunidade</p><p>Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. §</p><p>1º - As instituições privadas poderão participar de forma</p><p>complementar do sistema único de saúde, segundo</p><p>diretrizes deste, mediante contrato de direito público ou</p><p>convênio, tendo preferência as entidades filantrópicas e</p><p>as sem fins lucrativos.</p><p>Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de</p><p>outras atribuições, nos termos da lei: I</p><p>I. Controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e</p><p>substâncias de interesse para a saúde e participar da</p><p>produção de medicamentos, equipamentos,</p><p>imunobiológicos, hemoderivados e outros insumos;</p><p>II. Executar as ações de vigilância sanitária e</p><p>epidemiológica, bem como as de saúde do</p><p>trabalhador;</p><p>III. Ordenar a formação de recursos humanos na área</p><p>de saúde;</p><p>IV. Participar da formulação da política e da execução</p><p>das ações de saneamento básico;</p><p>V. Incrementar, em sua área de atuação, o</p><p>desenvolvimento científico e tecnológico e a</p><p>inovação;</p><p>VI. Fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o</p><p>controle de seu teor nutricional, bem como bebidas</p><p>e águas para consumo humano;</p><p>VII. Participar do controle e fiscalização da produção,</p><p>transporte, guarda e utilização de substâncias e</p><p>produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;</p><p>VIII. Colaborar na proteção do meio ambiente, nele</p><p>compreendido o do trabalho.</p><p>• Lei que institui o SUS</p><p>• Define a organização, direção e gestão do SUS</p><p>• Competências e atribuições das 3 esferas</p><p>• Contratação dos Serviços Privados</p><p>• Recursos financeiros, gestão, planejamento,</p><p>orçamento</p><p>Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção</p><p>e recuperação da saúde, a organização e o</p><p>funcionamento dos serviços correspondentes e dá</p><p>outras providências.</p><p>Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser</p><p>humano, devendo o Estado prover as condições</p><p>indispensáveis ao seu pleno exercício.</p><p>§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste</p><p>de gestão, gráficos e relatórios estratégicos</p><p>para uma melhor gestão dos recursos de saúde e</p><p>assistência ao paciente</p><p>Interna – Visa avaliar os controles internos, identificar erros</p><p>e gerar dados para as ações</p><p>Externa – Realizada por auditores independentes sem</p><p>vínculo com a empresa, a fim de conquistar alguma</p><p>certificação</p><p>Norma Técnica – Normas relativas à atividade da auditoria.</p><p>Representam o conjunto de normas que orientam o</p><p>trabalho de campo</p><p>Norma Profissional – Normas relativas à pessoa do auditor.</p><p>Representam o conjunto de normas que orientam o</p><p>trabalho do auditor.</p><p>• Perceptivo</p><p>• Ético</p><p>• Diplomático</p><p>• Autoconfiante</p><p>• Decidido</p><p>• Versátil</p><p>• Atualizado</p><p>• Observador</p><p>Revisar o cumprimento de protocolos, tabelas, regras</p><p>contratuais, honorários, normas técnicas e administrativas</p><p>Mensurar boas práticas</p><p>Analisar prontuários</p><p>Acompanhar tarefas de equipes multidisciplinares</p><p>Avaliar a eficiência do trabalho entre os setores</p><p>Processo Sistemático – Se estrutura em 3 etapas consecutivas</p><p>e distintas</p><p>• Planejamento</p><p>• Execução</p><p>• Relatório</p><p>Termos específicos do SNA – Fases de uma auditoria</p><p>• Fase Analítica</p><p>• Fase Operativa</p><p>• Fase de Relatório Final</p><p>Demanda – Corresponde a solicitação de atividade de</p><p>controle dirigida ao órgão de auditoria feita por um</p><p>demandante</p><p>Demandante – Pode ser um cidadão, órgão público, ou</p><p>próprio órgão auditor. Entre alguns órgãos estão o MS,</p><p>advocacia geral da união, departamento de polícia federal.</p><p>Os próprios órgãos de controle como TCU, TCE, MPF,</p><p>MPE, CGU</p><p>Tarefa – É a tradução da demanda em termos de</p><p>orientações para nortear o trabalho da equipe de</p><p>auditoria, sendo sua principal função delimitar o escopo</p><p>da auditoria e estimar o prazo de execução</p><p>• Custos de Internação</p><p>• Tempo de Permanência</p><p>• Eficiência da Equipe</p><p>• Ocorrência de Glosas</p><p>• Ocorrência de falhas na auditoria</p><p>É um instrumento de análise, avaliação e gerenciamento</p><p>de processos e procedimentos administrativos e</p><p>atendimentos prestados por profissionais de saúde.</p><p>• É feita de forma independente por médicos experientes</p><p>que conheçam cada procedimento avaliado</p><p>• É um ato médico disciplinado pelo CFM</p><p>• Mais que uma ferramenta de controle de recursos, é</p><p>indispensável para alcançar eficiência dentro dos</p><p>estabelecimentos de saúde</p><p>• Viabiliza o levantamento e atualização de dados,</p><p>verificação de sua conformidade, identificação e correção</p><p>de falhas ou gargalos</p><p>• Analisar a solicitação de procedimentos com</p><p>receptiva autorização ou negativa</p><p>• Realizar perícia nos casos necessários</p><p>• Solicitar relatórios quando necessários</p><p>• Analisar condutas e solicitações médicas</p><p>• Realizar auditoria operativa nos hospitais</p><p>Tipos de Auditorias Médicas</p><p>Prospectiva – Autorização prévia para internações,</p><p>realização de exames laboratoriais de alto custo</p><p>Concorrente – Realizada durante a hospitalização até a alta</p><p>médica</p><p>Retrospectiva – Revisão de contas hospitalares e</p><p>comparação de padrões de atendimento</p><p>• Ausência ou fragilidade no controle de frequência</p><p>• Pagamento irregular do adicional de insalubridade e</p><p>noturno</p><p>• Déficits de profissionais</p><p>• Escalas de plantões publicadas e não executadas</p><p>• Pagamento de plantões eventuais mesmo com</p><p>contratações de cooperativas médicas, e afastamento de</p><p>servidores sem explicação</p><p>• Materiais sem registro na ANVISA, vencido ou suspenso</p><p>• Materiais com esterilização vencida</p><p>• Materiais estéreis com a embalagem amassada, perfurada</p><p>ou rasgada</p><p>• Instrumentais sujos ou danificados</p><p>• Mudanças de procedimentos/codificação</p><p>• Exames e procedimentos não cobertos</p><p>• Fraudes na declaração de saúde</p><p>• Desconhecimento de protocolos médicos de diagnóstico</p><p>e tratamento</p><p>• Descontinuidade ou abandono do tratamento</p><p>• Novos procedimentos de acordo com as resoluções</p><p>normativas</p><p>• Letra do Cooperado</p><p>• Fidelidade nas informações</p><p>• Relação médico paciente x relação com a cooperativa</p><p>É o não pagamento pela operadora de saúde de algum</p><p>item presente na conta hospitalar de um paciente após</p><p>seu atendimento por motivos técnicos ou administrativos.</p><p>Ocorre durante a análise da conta hospitalar é conferido</p><p>se os procedimentos, medicamentos, equipamentos,</p><p>diárias, honorários e outros itens estão de acordo com</p><p>os protocolos feitos entre o hospital e a operadora de</p><p>saúde.</p><p>Glosa Esquematizada – Uma glosa é quando uma operadora</p><p>de saúde não paga um item na conta hospitalar de um</p><p>paciente após o seu atendimento.</p><p>Glosa Administrativa – Ocorrem em função de falhas</p><p>administrativas e/ou desconhecimento do contrato e</p><p>seus anexos.</p><p>• Cobrança de um número de diárias maior que o</p><p>autorizado pelo plano de saúde.</p><p>• Falta de autorização prévia/senha.</p><p>• Ausência de folha de despesas.</p><p>Glosa Técnica – Oriundas de divergências dentre os</p><p>procedimentos médicos adotados e os autorizados e/ou</p><p>pagos.</p><p>• Quantidade de sessões de fisioterapia.</p><p>• Exames adotados e/ou autorizados.</p><p>• Medicamento prescrito</p><p>Glosa Linear – Relaciona-se a ausência de informações que</p><p>justifiquem o uso de medicamentos, procedimentos ou</p><p>outro item lançado na conta. Ex: Ocorre muitas vezes</p><p>pela ausência de informações no prontuário do paciente</p><p>ou nas anotações de enfermagem que corroborem para</p><p>as decisões da equipe.</p><p>Principais motivos de Glosa</p><p>1. Falta de informações no prontuário ou registro do paciente O prontuário</p><p>é o local onde todas as ações devem ser descritas e</p><p>documentadas por todos os profissionais envolvidos no</p><p>cuidado do paciente.</p><p>2. Falta de prescrição de medicamentos e procedimentos. Sem as</p><p>prescrições médicas realizadas de forma adequada o</p><p>pagamento não é liberado pela operadora de saúde,</p><p>gerando a glosa.</p><p>3. Falta de aprazamento e checagem pela enfermagem</p><p>• Implantação de prontuário eletrônico</p><p>• Capacite a equipe assistencial</p><p>• Preencha todas as informações no prontuário de forma</p><p>correta e completa</p><p>• Anote informações de administração de medicamentos e</p><p>aprazamento</p><p>• Realize auditorias internas</p><p>Referência e Contrarreferências – Encaminhar ao serviço</p><p>de maior complexidade, mas ele tem que voltar para a</p><p>atenção primária</p><p>Regulação é uma ferramenta da democratização, que</p><p>estabelece meios e ações para garantir o direito</p><p>constitucional de acesso universal, integral e equânime do</p><p>usuário aos serviços do SUS, a partir da identificação da</p><p>necessidade desse usuário e os recursos necessários</p><p>para a assistência à sua saúde no tempo oportuno</p><p>As centrais de regulação podem ser de 3 tipos conforme</p><p>sua para de atuação</p><p>• Central de Regulação de Urgência – SAMUs e UPAs</p><p>• Central de Regulação das Internações/leitos</p><p>• Central de Consultas e Exames</p><p>Central de Regulação de Consultas e Exames – Trata da</p><p>regulação dos pacientes as consultas especializadas, aos</p><p>serviços de apoio diagnose e terapia (SADT) e demais</p><p>procedimentos ambulatórios especializados ou não</p><p>A Constituição Federal1 de 1988 definiu que a assistência à</p><p>saúde no Brasil é livre à iniciativa privada; porém, somente</p><p>após a criação da Agência Nacional de Saúde Suplementar</p><p>(ANS), em 2000, houve melhor regulação deste setor.</p><p>Aproximadamente 25% da população brasileira possui um</p><p>plano de saúde, sobretudo por meio de planos pagos pelas</p><p>empresas a seus funcionários e dependentes.</p><p>A partir de 1970 os serviços privados passaram a compor o</p><p>setor de saúde suplementar, que após 1998 ocorreu a</p><p>regulação da assistência à saúde privada, que dispõe sobre os</p><p>planos e seguros privados de assistência a saúde. Antes da</p><p>criação de uma legislação específica para a saúde</p><p>suplementar, a Fundação de Proteção e Defesa do</p><p>Consumidor (PROCON), por meio do Código de Defesa do</p><p>Consumidor, era a principal instituição de referência para</p><p>intermediar a resolução de conflitos entre beneficiários e</p><p>operadoras de</p><p>planos de saúde</p><p>Em 2000 foi criada a ANS autarquia responsável pela</p><p>regulação, normatização, controle e fiscalização das atividades</p><p>de assistência suplementar à saúde, com objetivo de corrigir</p><p>distorções, seleções de risco e preservar a competitividade do</p><p>mercado. No início, a atuação da ANS foi focada em três</p><p>pontos principais: sustentabilidade do mercado; direitos dos</p><p>consumidores; e produtos, valores e coberturas. Após 18 anos</p><p>da sua criação e consolidadas conquistas na garantia do acesso</p><p>aos serviços de saúde, os atuais desafios da agência são a</p><p>inclusão da satisfação dos beneficiários e da qualidade</p><p>assistencial dentro da agenda de todas as partes interessadas</p><p>que compõem a saúde suplementar.</p><p>Cenário da Saúde Suplementar no Brasil</p><p>Os planos de saúde podem ser individuais, quando contratados</p><p>diretamente por uma pessoa física, ou coletivos, quando</p><p>contratados para oferecer assistência a pessoas relacionadas</p><p>a uma empresa (coletivo empresarial) ou a pessoas vinculadas</p><p>a uma entidade de classe ou instituição que as representa</p><p>(coletivo/adesão)</p><p>Outra forma de classificar os planos de saúde é de acordo</p><p>com a cobertura assistencial que eles oferecem. Para cada</p><p>segmentação, há uma lista de procedimentos com cobertura</p><p>obrigatória descrita no Rol de Procedimentos e Eventos em</p><p>Saúde, editado pela ANS e revisado a cada dois anos. De forma</p><p>geral, eles podem ter cobertura apenas ambulatorial, apenas</p><p>hospitalar (com ou sem obstetrícia) ou ambulatorial e hospitalar</p><p>(com ou sem obstetrícia). Há, em cada opção, a possibilidade</p><p>de ofertar também a assistência odontológica</p><p>As operadoras de planos de saúde podem ser classificadas em</p><p>medicinas de grupo; seguradoras especializadas em saúde;</p><p>cooperativas médicas; filantrópicas; autogestões; odontologias</p><p>de grupo; cooperativas odontológicas; e administradoras de</p><p>benefícios</p><p>Em relação ao funcionamento da saúde suplementar, é</p><p>necessário contextualizá-lo dentro da cadeia produtiva do</p><p>setor privado de saúde</p><p>De forma geral, os planos de saúde arrecadam um montante</p><p>mensal com seus clientes, e este dinheiro é utilizado para</p><p>remunerar os prestadores de serviços de saúde. O aumento</p><p>do custo assistencial pressiona o aumento do preço dos planos</p><p>vendidos e dos reajustes nas renovações de contratos</p><p>vigentes</p><p>Ao se analisarem as principais causas desta inflação médica, os</p><p>estudos apontam que os fatores que mais contribuem são:</p><p>• Envelhecimento populacional</p><p>• Incorporação da Tecnologia</p><p>• Desperdício decorrente de um modelo de atenção com</p><p>base no consumo excessivo de recursos diagnósticos e</p><p>terapêuticos mais complexos</p><p>É importante destacar que o modelo assistencial ainda</p><p>predominante na saúde suplementar se estruturou priorizando</p><p>entregar serviços de saúde com ênfase em quantidade de</p><p>prestadores – sem um enfoque na organização do percurso</p><p>e na otimização do cuidado dos pacientes. Os clientes acabam</p><p>por assumir a responsabilidade de organizar a assistência que</p><p>vão receber, o que também contribui para a geração de</p><p>procedimentos desnecessários, ou mesmo repetidos,</p><p>resultando em ineficiência, risco aumentado de iatrogenias e</p><p>aumento de custos.</p><p>A conjunção dos fatores apresentados traz uma perspectiva</p><p>de insustentabilidade do setor privado de saúde caso</p><p>mudanças estruturais e inovadoras não sejam implementadas</p><p>de imediato.</p><p>Modelo Assistencial no Sistema e Saúde Privado</p><p>O atual modelo do sistema de saúde suplementar brasileiro</p><p>tem como base a lógica biomédica com foco na doença, a</p><p>excessiva medicalização, o privilégio do uso de tecnologias nas</p><p>práticas de cuidado e o predomínio das tecnologias duras nas</p><p>relações com os usuários. Todas essas práticas de</p><p>fragmentação do cuidado induzem uma demanda crescente</p><p>por procedimentos e serviços cada vez mais especializados,</p><p>de alta tecnologia e com custos em ordem crescente.</p><p>Ao contrário do observado no SUS, não há no sistema privado</p><p>um arranjo que favoreça a constituição de linhas de cuidado</p><p>que incorporem estratégias de promoção conjuntamente à</p><p>assistência, como ocorre em modelos que têm a coordenação</p><p>do cuidado na APS</p><p>As estratégias indutoras de uma prática de integralidade do</p><p>cuidado ainda estão em estágio embrionário neste setor, uma</p><p>vez que encontram resistências nos interesses econômicos</p><p>de operadoras e prestadores que ainda trabalham em uma</p><p>lógica procedimento-centrada.</p><p>Segundo a ANS, a fragmentação das linhas de cuidado, as</p><p>reinternações, a repetição de exames e procedimentos e</p><p>outros problemas são uma espécie de “doença crônica” do</p><p>modelo assistencial praticado pela saúde suplementar que</p><p>reflete na sua gestão da rede de prestadores. As atuais formas</p><p>de acompanhamento da rede, como indicadores de custo</p><p>e/ou tempo de internação, têm-se mostrado insuficientes.</p><p>Estudos atuais mostram que a escolha de prestadores baseada</p><p>na excelência, assim como na coordenação do cuidado, na</p><p>segurança da assistência prestada e no encaminhamento aos</p><p>outros prestadores, é mais estratégica para o melhor</p><p>desempenho econômico dos planos de saúde.</p><p>A ANS tem estimulado as operadoras de planos de saúde a</p><p>repensarem a organização do sistema de saúde suplementar</p><p>e a formularem medidas para a adoção de modelos</p><p>assistenciais estruturados no cuidado integral, com ênfase na</p><p>promoção e na prevenção da saúde dos beneficiários</p><p>É importante destacar que os programas para promoção da</p><p>saúde e prevenção de riscos e doenças são criados para</p><p>obter resultados específicos, em um determinado grupo bem</p><p>definido e em um período determinado</p><p>Segundo relatório do Laboratório de Inovação da Organização</p><p>Pan-Americana da Saúde/ANS, os programas oferecem</p><p>atividades voltadas para o estímulo à atividade física,</p><p>alimentação saudável e prevenção de tabagismo e doenças,</p><p>como câncer, infecções sexualmente transmissíveis,</p><p>osteoporose, hipertensão, diabetes e obesidade. Foram</p><p>observados alguns resultados alcançados por esses</p><p>programas, tais como diminuição da exposição a fatores de</p><p>risco, como inatividade física, alimentação inadequada e</p><p>tabagismo; adoção de hábitos saudáveis; aumento da</p><p>capacidade funcional; aumento da utilização de exames</p><p>preventivos e tratamento precoce do câncer; diminuição da</p><p>taxa de internação por doenças crônicas; mudanças de</p><p>hábitos e do ambiente doméstico para evitar quedas em</p><p>idosos; e retorno financeiro comprovado do investimento feito</p><p>pelas operadoras nos programas.</p><p>Apesar de se ter constatado algum avanço, essas ações ainda</p><p>estão fragmentadas e têm baixa sinergia entre os vários</p><p>pontos de cuidado dentro do modelo assistencial tradicional da</p><p>saúde suplementar. A literatura tem evidenciado que melhores</p><p>resultados na gestão e na prevenção de doenças crônicas</p><p>não são obtidos apenas mediante ações e programas isolados</p><p>e pontuais, mas também por meio da reorganização de todo</p><p>o sistema de saúde, tendo a atenção primária como</p><p>coordenadora do cuidado. O momento atual exige um modelo</p><p>mais centrado no paciente, mais ativo na coordenação do</p><p>cuidado e que oferte a assistência necessária ao seu quadro</p><p>de saúde, incluindo ações de promoção da saúde e prevenção</p><p>de doenças. Esse modelo seria menos médico-centrado e</p><p>mais multidisciplinar, em que uma equipe se responsabilize pela</p><p>saúde daquela pessoa, mesmo se ela não procurar nenhum</p><p>serviço.</p><p>Em 2016, a ANS elencou três linhas de atenção como</p><p>prioritárias a serem desenvolvidas pelas operadoras: oncologia,</p><p>odontologia e cuidado ao idoso. Ainda que não demonstrem</p><p>de forma prática e ampla o papel da APS como coordenadora</p><p>da rede de atenção à saúde – por exemplo, determinando o</p><p>papel de responsabilização de um médico e equipe de</p><p>referência pelo cuidado dos indivíduos –, tais projetos da</p><p>agência propõem desenhos de percurso assistencial sob a</p><p>lógica da hierarquização dos serviços e destacam a</p><p>importância da atenção primária como ponto de atenção</p><p>As operadoras têm investido no desenvolvimento e na</p><p>implantação de planos de saúde que tenham a atenção</p><p>primária como coordenadora do cuidado. Nestes novos</p><p>modelos de plano de saúde, um médico de referência, junto</p><p>com uma equipe de saúde, assume a coordenação do cuidado</p><p>de uma carteira de clientes e os orienta durante todo o seu</p><p>percurso assistencial. Essa iniciativa muitas vezes envolve, além</p><p>da mudança do modelo assistencial, a mudança do modelo de</p><p>pagamento médico e da organização da rede assistencial.</p><p>Hoje, o modelo de remuneração médica que predomina na</p><p>maior parte dos serviços é o fee-for service (pagamento por</p><p>serviços), que estimula a sobreutilização, não favorece “ações</p><p>robustas para mudança comportamental e de</p><p>reconhecimento e abordagens precoces de fatores de risco</p><p>para adoecimento”, associase com uma distribuição desigual</p><p>dos médicos em relação às suas especialidades com</p><p>concentração em áreas de maior rentabilidade, diminui o limiar</p><p>para a prescrição de intervenções invasivas e exames</p><p>complementares, muitas vezes desnecessários, aumenta o</p><p>número de consultas e procedimentos e diminui a sua</p><p>duração. Por essa razão, a discussão da mudança do modelo</p><p>assistencial deve incorporar novas modalidades de</p><p>reconhecimento de valor do cuidado em saúde, por exemplo,</p><p>por meio da remuneração por capitação, por desempenho,</p><p>ou mista</p><p>A unidade de atenção primária deve estar inserida em uma</p><p>rede assistencial poliárquica, de forma que cada serviço tenha</p><p>responsabilidades e papéis definidos, mas tendo a APS o papel</p><p>de coordenação da assistência recebida pelas pessoas. É o</p><p>desafio do gestor desta rede desenvolver processos que dão</p><p>ao paciente a sensação de um contínuo fluxo entre os</p><p>diferentes serviços, além de garantir a integralidade da</p><p>assistência que o paciente necessita</p><p>1 – Estudo de Viabilidade: Mapear todos os riscos possíveis</p><p>envolvidos no negócio. É preciso fazer isso através de</p><p>uma análise e responder questões fundamentais, como:</p><p>• Qual é a proposta do se negócio?</p><p>• Qual o público-alvo?</p><p>• Como o serviço irá funcionar? Somente</p><p>particular ou com convênios</p><p>• Qual o ticket médio do mercado</p><p>• Quanto você deverá investir</p><p>• Qual o valor do capital de giro necessário</p><p>• Qual o diferencial do seu consultório?</p><p>• Quanto será o custo de aquisição por cliente?</p><p>• Quais serão seus custos fixos e variáveis?</p><p>O Ticket médio mostra qual é o valor médio que todos</p><p>os pacientes pagam em um determinado período</p><p>2 – Planejamento Estratégico: Escolher o local ideal para o</p><p>consultório, certificar que o local atenderá todas as</p><p>necessidades (seja ele alugado ou comprado). Lembre-</p><p>se que a estrutura ideal de um consultório conta com:</p><p>sala de espera, toaletes, sala de reuniões, copa de apoio</p><p>para os funcionários e, pelo menos, uma sala de</p><p>atendimento por profissional de saúde.</p><p>3 – Regularização</p><p>Contrato Social: é preciso elaborar um contrato social para o</p><p>consultório, e registrá-lo na Junta Comercial ou Cartório;</p><p>CNPJ: para adquirir o CNPJ do consultório, é preciso</p><p>realizar o pedido na Receita Federal, e verificar se no seu</p><p>Estado os estabelecimentos médicos devem obter a</p><p>Inscrição Estadual;</p><p>INSS e FGTS: o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é</p><p>uma autarquia (órgão com personalidade jurídica própria)</p><p>do Governo Federal que recebe impostos para garantir</p><p>o Regime Geral da Previdência social e parte dos</p><p>benefícios dos trabalhadores. O FGTS (Fundo de</p><p>Garantia por Tempo de Serviço) auxilia os colaboradores</p><p>demitidos sem justa causa com um orçamento calculado</p><p>de acordo com o tempo de serviço na empresa;</p><p>Conselho Regional de Medicina: assim como o médico, o</p><p>estabelecimento também deve estar cadastrado no</p><p>Conselho Federal de Vigilância;</p><p>Alvará da Vigilância Sanitária: comprova que o seu negócio foi</p><p>inspecionado pela Vigilância Sanitária Municipal e que</p><p>atende a legislação sanitária vigente</p><p>CNES: que é o Cadastro Nacional de Estabelecimento de</p><p>Saúde;</p><p>Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros: documento que certifica as</p><p>condições de segurança contra incêndio da edificação, é</p><p>emitido pelo Corpo de Bombeiros da Policia Militar do</p><p>Estado de São Paulo (CBPMESP)</p><p>Alvará de Funcionamento da Prefeitura Municipal: autoriza o</p><p>funcionamento de uma empresa, conforme as normas</p><p>de local e atividade. É concedido pela Prefeitura, por</p><p>meioda Secretaria Municipal da Produção, Indústria e</p><p>Comércio (SMIC);</p><p>Limpurb: coleta de resíduos dos estabelecimentos de saúde.</p><p>É indicado para qualquer tipo de negócio contar com a</p><p>ajuda de um profissional capacitado, como um contador</p><p>ou advogado especializado na área da saúde, para</p><p>garantir que o seu consultório esteja totalmente</p><p>regularizado segundo todas as normas do seu Estado</p><p>4 – Gestão: Relacionada apenas às atividades administrativas</p><p>do consultório. A verdade é que além de atividades como</p><p>cadastros de pacientes, marcação de consultas e</p><p>controle financeiro, a gestão também se encarrega de</p><p>processos como marketing e fidelização de pacientes.</p><p>• Definir as estratégias de divulgação</p><p>• Investigar em marketing de relacionamento</p><p>• Trabalhar o momento pós-consulta</p><p>• Buscar ferramentas de gestão, softwares</p><p>• Pagamento de colaboradores e repasses</p><p>• Centralizar as informações do consultório</p><p>• Acompanhar os resultados e analisá-los</p><p>• Rever metas e planejamento estratégico</p><p>1 – Escolha seus objetivos</p><p>2 – Definas as metas do negócio</p><p>3 – Análise sua situação financeira</p><p>4 – Lembre-se de separar as contas pessoas e</p><p>profissionais</p><p>5 – Avalie quais serão seus indicadores financeiros</p><p>6 – Conte com a ajuda de ferramentas de gestão</p><p>financeira</p><p>7 – Acompanhe os resultados e atualize o planejamento</p><p>8 – Siga o planejamento à risca</p><p>As métricas são sistemas de medidas que avaliam o</p><p>negócio por meio de dados brutos. São usadas no nível</p><p>operacional, ou seja, auxiliam em tomadas de decisões e</p><p>identificam pontos de melhorias, como oportunidades de</p><p>investimentos e redução de gastos</p><p>Os indicadores financeiros são calculados a partir das</p><p>métricas, e conseguem auxiliar no nível tático, como no</p><p>planejamento</p><p>Conhecidos também como KPIs (Ke y Performance Indicators ou</p><p>Indicadores Chaves de Desempenho, em português), normalmente são</p><p>representados por porcentagens e conseguem trazer</p><p>uma análise mais assertiva. Tanto as métricas quanto os</p><p>indicadores financeiros são usados para atingir as metas</p><p>do seu negócio</p><p>Um exemplo de métrica financeira são as receitas e</p><p>despesas do seu consultório. Um indicador financeiro seria</p><p>o resultado líquido, o resultando das suas receitas menos</p><p>as despesas</p><p>1 – Fluxo de Caixa: Centralizará todos os movimentos</p><p>financeiros do negócio, como entradas e saídas, capital</p><p>de giro, entre outros. É fundamental para garantir a saúde</p><p>financeira. Com um fluxo de caixa organizado, as análises</p><p>ficam muito mais práticas de serem realizadas.</p><p>2 – Custo de Aquisição por Cliente (CAC): Indicador financeiro que</p><p>representa todos os investimentos que são necessários</p><p>para conquistar um cliente. Para calculá-lo, você pode</p><p>selecionar um período determinado, como um mês,</p><p>identificando quantos novos pacientes foram atendidos, e</p><p>o valor de investimento usado para atraí-los.</p><p>3 – Retorno Sobre Investimento (ROI): sado para identificar os</p><p>resultados que seus investimentos estão trazendo. Esse</p><p>indicador financeiro é essencial para que você avalie se</p><p>um investimento está fazendo sentido, ou se ele precisa</p><p>ser melhorado. Você pode calcular o ROI com a seguinte</p><p>fórmula:</p><p>4 – Centro de Custo: usados para separar áreas que possuem</p><p>um forte impacto nas finanças do seu negócio. Calcular</p><p>esses gastos separadamente é uma ótima maneira de</p><p>comparar os custos de cada área, identificando seus</p><p>desempenhos. Em um consultório médico, por exemplo,</p><p>seus centros de custos podem ser divididos em:</p><p>recepção, salas de atendimentos e salários</p><p>dos</p><p>colaboradores. Os centros de custos são mais</p><p>reconhecidos como uma forma de organização do que</p><p>métricas ou indicadores</p><p>5 – Capital de Giro: É uma parte do seu investimento que será</p><p>usado exclusivamente para suprir necessidades</p><p>financeiras do negócio a longo prazo. o. Esse investimento</p><p>pode ser usado em casos como os primeiros meses de</p><p>funcionamento do consultório, emergências,</p><p>manutenções da estrutura, entre outros</p><p>• É usado comumente como uma métrica financeira,</p><p>por mostrar por meio de dados brutos quantos</p><p>recursos são necessários reservar para ter uma</p><p>segurança financeira ao longo do tempo</p><p>6 – Resultado Operacional e Líquido: É conhecido como LUCRO.</p><p>Para calculálo, você precisa descontar todos os custos</p><p>envolvidos das suas receitas brutas, como contas de luz,</p><p>água, salário da equipe e compras de equipamentos. O</p><p>resultado operacional representa o lucro das operações</p><p>de um negócio, desconsiderando impostos e juros.</p><p>• Resultado Líquido = Resultado Operacional –</p><p>Despesas Financeiras</p><p>A inscrição das empresas e a anotação dos profissionais</p><p>legalmente habilitados, delas encarregados, são</p><p>obrigatórias nos conselhos de fiscalização das diversas</p><p>profissões regulamentadas, em razão da atividade básica</p><p>como prestador ou intermediador pela qual prestem</p><p>serviços a terceiros. Desta forma, depreende-se que,</p><p>além da inscrição propriamente dita, a mesma está</p><p>vinculada à anotação “do profissional legalmente</p><p>habilitado, delas [das empresas] encarregado”,</p><p>denominado diretor técnico. Em consonância com esta</p><p>obrigatoriedade, devem ser observados os dispositivos</p><p>preconizados nas resoluções vigentes que criam os</p><p>cadastros regionais e o Cadastro Central de</p><p>Estabelecimentos de Saúde sob Direção Médica, bem</p><p>como as resoluções que determinam as diretrizes para</p><p>inscrição, cancelamento, responsabilidade técnica e</p><p>pagamento das taxas. Essas medidas têm como finalidade</p><p>propiciar melhores condições ao desempenho da ação</p><p>fiscalizadora de competência dos conselhos regionais e</p><p>Federal de medicina. Os diretores técnicos das empresas,</p><p>instituições, entidades ou estabelecimentos inscritos nos</p><p>conselhos regionais de medicina (CRMs) devem,</p><p>obrigatoriamente, serem médicos.</p><p>São duas as modalidades de inscrição: Registro e Cadastro</p><p>– As empresas, instituições, entidades ou</p><p>estabelecimentos prestadores e/ou intermediadores de</p><p>assistência à saúde com personalidade jurídica de Direito</p><p>Privado devem registrar-se nos CRMs da jurisdição em</p><p>que atuarem. Estão enquadradas: as empresas</p><p>prestadoras de serviços médico-hospitalares de</p><p>diagnóstico e/ou tratamento; as empresas, entidades e</p><p>órgãos, mantenedores de ambulatórios para assistência</p><p>médica a seus funcionários, afiliados e familiares; as</p><p>cooperativas de trabalho e serviço médico; as</p><p>operadoras de planos de saúde, de medicina de grupo e</p><p>de planos de autogestão e as seguradoras especializadas</p><p>em seguro-saúde; as organizações sociais que atuam na</p><p>prestação e/ou intermediação de serviços de assistência</p><p>à saúde; os serviços de remoção, atendimento pré-</p><p>hospitalar e domiciliar; as empresas de assessoria na área</p><p>da saúde; os centros de pesquisa na área médica; as</p><p>empresas que comercializam serviços na modalidade de</p><p>administradoras de atividades médicas.</p><p>Os estabelecimentos hospitalares e de</p><p>saúde mantidos pela União, estados-membros e</p><p>municípios, bem como suas autarquias e fundações</p><p>públicas, deverão se cadastrar nos CRMs de sua</p><p>respectiva jurisdição territorial, consoante a Resolução</p><p>CFM 997/80. Igualmente, também as empresas e/ou</p><p>instituições prestadoras de serviços exclusivos médico-</p><p>hospitalares mantidos por associações de pais e amigos</p><p>de excepcionais e deficientes, devidamente reconhecidas</p><p>como de utilidade pública, nos termos da lei, devem</p><p>cadastrar-se nos CRMs da respectiva jurisdição territorial.</p><p>A obrigatoriedade de cadastro ou registro abrange, ainda,</p><p>a filial, a sucursal, a subsidiária e todas as unidades das</p><p>empresas, instituições, entidades ou estabelecimentos</p><p>prestadores e/ou intermediadores de assistência à saúde.</p><p>é</p><p>O fato de o médico interessado em iniciar o processo</p><p>escolher qual será o tipo de empresa a ser aberta. No</p><p>caso dos profissionais de saúde, alguns modelos</p><p>costumam se destacar.</p><p>Um deles é a Sociedade Empresarial, na qual os profissionais da</p><p>medicina se associam a pessoas de outras áreas com</p><p>alguma finalidade, como é o caso até de alguns médicos</p><p>que atendem em farmácias e outros estabelecimentos.</p><p>Outra opção é a Sociedade Simples, que prevê a associação</p><p>de médicos entre si. Ou seja, a formação de clínicas,</p><p>consultórios, hospitais ou outros grupos médicos.</p><p>O médico, para escolher a melhor opção dentro das</p><p>disponíveis, deve saber bem quais são seus objetivos</p><p>como pessoa jurídica. O ideal, também, é a consultoria de</p><p>um serviço de contabilidade, com especialistas no tema</p><p>que possam indicar os melhores caminhos. Já que há</p><p>muitas opções e muitos detalhes em cada uma delas.</p><p>O regime de tributação no qual o médico se enquadrará</p><p>é outro ponto que deve ser levado em conta. Nele há</p><p>várias regras que definem as opções possíveis, baseadas</p><p>no tamanho do lucro e do porte da empresa aberta pelo</p><p>profissional.</p><p>Entre as principais opções, está o Simples Nacional, que</p><p>simplifica o pagamento de impostos em uma guia única</p><p>e é uma das escolhas mais comuns. Algumas regras</p><p>precisam ser cumpridas para entrar neste formato, como</p><p>a empresa ser de pequeno porte, ter um limite de</p><p>faturamento anual, etc.</p><p>Mas há também diversas outras opções na abertura de</p><p>CNPJ para médicos. Como Lucro Presumido, Lucro Real</p><p>e Empresa Uniprofissional. Sendo sempre bom lembrar</p><p>que Médico não pode ser MEI.</p><p>Para formalizar a empresa e o registro CNPJ</p><p>corretamente, o médico interessado deve, em primeiro</p><p>lugar, registrar-se na Junta Comercial da sua cidade e no</p><p>Conselho de Medicina da região</p><p>Também é preciso legalizar o número do CNPJ na</p><p>Receita Federal e na Prefeitura, para, depois de tudo isso,</p><p>acontecer a compra de um Certificado Digital, que</p><p>permita ao doutor emitir as notas fiscais, entre outros</p><p>processos.</p><p>1 – Escolha o tipo de Pessoa Jurídica</p><p>• Microempresa – Receita Bruta anual de até</p><p>R$360.000,000</p><p>• Empresa de Pequeno Porte (EPP) – Receita bruta</p><p>anual entre R</p><p>360.000,01eR360.000,01eR 4.800.000,00.</p><p>A escolha deve considerar o volume de faturamento</p><p>esperado e a complexidade da gestão tributária</p><p>2 – Elaboração do Contrato Social</p><p>• Nome da Empresa</p><p>• Endereço</p><p>• Objeto Social</p><p>• Capital Social</p><p>• Quotas dos Sócios</p><p>É recomendável a consulta a um advogado especializado</p><p>em direito empresarial para garantir que todos os</p><p>aspectos legais sejam atendidos.</p><p>3 – Registro na Junta Comercial</p><p>• No Estado onde o consultório será instalado</p><p>• Contrato Social + Documento pessoal dos Sócios +</p><p>Comprovante de Endereço</p><p>4 – Obtenção do CNPJ</p><p>• Após o registro, é necessário solicitar o Cadastro</p><p>Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) junto à Receita</p><p>Federal.</p><p>• Isso pode ser feito online através do site da Receita</p><p>Federal.</p><p>5 - Inscrição Estadual e Municipal</p><p>Dependendo da atividade, pode ser necessária a inscrição</p><p>estadual (para atividades que envolvem comércio) e a</p><p>inscrição municipal (para serviços)</p><p>A inscrição municipal é especialmente importante para</p><p>médicos, pois permite a emissão de alvará de</p><p>funcionamento.</p><p>6 - Alvará de Funcionamento</p><p>• Solicitar o alvará de funcionamento na prefeitura</p><p>local, que autoriza o exercício da atividade no local</p><p>escolhido.</p><p>Para isso, pode ser necessário apresentar laudos</p><p>técnicos, como o de vigilância sanitária.</p><p>7 - Registro no CRM</p><p>O médico deve estar devidamente registrado no CRM</p><p>do seu estado, com a regularidade das suas obrigações</p><p>profissionais.</p><p>8 - Emissão de Notas Fiscais</p><p>O médico deve se cadastrar para emitir notas fiscais</p><p>eletrônicas, que são obrigatórias</p><p>para a prestação de</p><p>serviços.</p><p>9 - Contratação de Contador</p><p>É altamente recomendável contratar um contador para</p><p>auxiliar na gestão fiscal e contábil da empresa, garantindo</p><p>que todas as obrigações tributárias sejam cumpridas.</p><p>Formação Acadêmica: O médico deve ter concluído o curso de</p><p>Medicina e estar registrado no CRM.</p><p>Regularidade Fiscal: Não pode haver pendências fiscais ou</p><p>jurídicas que impeçam a abertura da empresa.</p><p>Capacidade Civil: O médico deve ser maior de idade e ter</p><p>plena capacidade civil para assinar contratos.</p><p>Cumprimento das Normas Éticas: O médico deve respeitar as</p><p>normas éticas e regulamentações do Conselho Federal</p><p>de Medicina (CFM) e do CRM.</p><p>1 - Planejamento Inicial: O primeiro passo para a abertura</p><p>de um consultório médico é realizar um planejamento</p><p>estratégico que inclua:</p><p>• Análise de Mercado</p><p>• Definição de Serviços</p><p>• Elaboração de um Plano de Negócios</p><p>1.2 - Estrutura Legal</p><p>Para operar legalmente, o médico deve seguir algumas</p><p>etapas:</p><p>Registro no Conselho Regional de Medicina (CRM):</p><p>Fundamental para o exercício da profissão.</p><p>Escolha da Natureza Jurídica: O médico pode optar por</p><p>abrir um consultório como:</p><p>• Empresário Individual: Simples e com menos burocracia,</p><p>mas com responsabilidade ilimitada.</p><p>• Sociedade Limitada (LTDA): Permite a formação de uma</p><p>sociedade com outros profissionais, limitando a</p><p>responsabilidade dos sócios.</p><p>• Microempresa (ME): Para negócios com faturamento anual</p><p>limitado, oferecendo benefícios fiscais.</p><p>1.3 - Registro como Pessoa Jurídica</p><p>Consulta ao Cartório de Registro de Pessoas Jurídicas:</p><p>Para registro da empresa</p><p>• Obtenção do CNPJ: Cadastro Nacional da Pessoa</p><p>Jurídica, essencial para a operação fiscal e tributária.</p><p>• Inscrição Estadual e Municipal: Dependendo da</p><p>localidade, pode ser necessário registrar a empresa</p><p>nos órgãos estaduais e municipais.</p><p>• Alvará de Funcionamento: Documento que autoriza</p><p>a atividade comercial no local escolhido.</p><p>2.1 - Documentação Necessária: Para a formalização da PJ, é</p><p>preciso reunir a seguinte documentação:</p><p>• Documentos Pessoais: CPF, RG e comprovante de</p><p>residência dos sócios.</p><p>• Contrato Social: Documento que estabelece as</p><p>regras de funcionamento da sociedade, incluindo</p><p>capital social, responsabilidades e divisão de lucros.</p><p>• Laudo de Vistoria do Corpo de Bombeiros: Para</p><p>garantir a segurança do espaço físico.</p><p>• Licença Sanitária: Emitida pela vigilância sanitária local,</p><p>assegurando que o consultório atende às normas de</p><p>saúde.</p><p>2.2 - Aspectos Físicos e Contábeis: É fundamental ter um</p><p>contador especializado em saúde para auxiliar na gestão</p><p>fiscal e contábil da clínica. Os principais pontos incluem:</p><p>Escolha do Regime Tributário: Simples Nacional, Lucro</p><p>Presumido ou Lucro Real, dependendo do faturamento</p><p>e das características do negócio</p><p>Emissão de Notas Fiscais: Obrigatória para a prestação</p><p>de serviços médicos</p><p>Gestão de Folha de Pagamento: Caso haja funcionários,</p><p>é necessário gerenciar corretamente a folha de</p><p>pagamento e os encargos trabalhistas</p><p>A gestão em saúde privada e o empreendedorismo</p><p>exigem uma combinação de conhecimentos técnicos e</p><p>administrativos. A abertura de um consultório médico ou</p><p>clínica particular deve ser precedida de um planejamento</p><p>cuidadoso, considerando tanto os aspectos legais quanto</p><p>os financeiros. A formalização como Pessoa Jurídica é</p><p>um passo crucial para garantir a legalidade e a</p><p>sustentabilidade do negócio</p><p>O trabalho do gerente de Unidade Básica de Saúde (UBS)</p><p>costuma ser intenso, variado, fragmentado, sobrando pouco</p><p>tempo para o planejamento</p><p>O desempenho do gerente de uma UBS é o resultado da sua</p><p>capacidade de desenvolver relacionamentos interpessoais, de</p><p>organizar uma agenda de prioridades pactuadas e de</p><p>estabelecer uma rede de relacionamentos dentro e fora da</p><p>unidade e da Secretaria de Saúde.</p><p>São recursos críticos no gerenciamento de uma UBS: saber</p><p>ouvir, ter empatia, conhecer as necessidades e expectativas</p><p>dos funcionários, ser flexível e saber monitorar o clima da</p><p>unidade.</p><p>Os modelos de gestão participativa são mais adequados ao</p><p>gerenciamento de UBS, que se caracterizam por serem</p><p>organizações intensivas em conhecimento.</p><p>São importantes as iniciativas que estimulem o</p><p>compartilhamento e a disseminação de conhecimentos, tanto</p><p>explícitos como tácitos, para a manutenção e a melhoria das</p><p>atividades gerenciais nas unidades</p><p>• Profissional de nível superior, com carga horária</p><p>semana de 40h</p><p>A maioria absoluta deles é constituída por técnicos da</p><p>área (médicos, enfermeiros, dentistas, psicólogos e</p><p>outros), sem uma formação gerencial.</p><p>Papel do Gestor é fortalecer a atenção à saúde prestada</p><p>aos usuários realizada pelos profissionais das equipes à</p><p>população adscrita, por meio da sua função técnico-</p><p>gerencial</p><p>Como técnicos, os colaboradores individuais atuam a</p><p>partir de um referencial conceitual biológico, centrado no</p><p>indivíduo; possuem grande autonomia e controle do</p><p>processo de produção; têm como objetivo a eficácia no</p><p>tratamento clínico; e utilizam critérios técnicos para a</p><p>decisão</p><p>• De especialista à executante, para ser um generalista,</p><p>definidor de agendas e elaborador de redes de</p><p>contato</p><p>Ser gerente de uma unidade é desafiador. Dentre os seus</p><p>papéis podemos citar:</p><p>• Coordena processos de trabalho que visam a</p><p>implementação de um modelo de atenção</p><p>estruturado na APS</p><p>• Capacidade de se relacionar com equipes de</p><p>profissionais, reconhecer demandas, analisar perfil</p><p>epidemiológico da população</p><p>• Articular a unidade com outros níveis do sistema</p><p>• Viabilizar o acesso aos exames e ações de saúde</p><p>complementares</p><p>• É UM TRABALHO ALTAMENTE COMPLEXO</p><p>Existe repasse? Custeio mensal de R$713,00 – gerente</p><p>cadastrado na UBS com 40h/semanais</p><p>• Democrática</p><p>• Eficaz</p><p>• Eficiente</p><p>• Participativa</p><p>• Competente</p><p>• Efetiva</p><p>O desempenho geral tornou-se um dos fatores determinantes</p><p>para o alcance de metas e melhoras na qualidade do serviço.</p><p>• Realizar diagnóstico e avaliar resultados</p><p>• Garantir a integralidade da atenção por meio da realização</p><p>de ações de promoção de saúda, prevenção de agravos</p><p>e curativas</p><p>• Garantir a efetivação das diretrizes da ESF, através da</p><p>realização de diagnóstico, programação e implementação</p><p>das atividades</p><p>Intensa, variada e fragmentada. Além das atividades</p><p>burocráticas que consomem muito tempo, o gerente</p><p>atua como um respondente, em tempo real, de inúmeras</p><p>demandas que emergem dos seus colaboradores, da</p><p>população e dos superiores, sobrando pouco tempo para</p><p>o planejamento.</p><p>• Falta de autonomia dificuldade a resolução dos</p><p>problemas</p><p>• Acumulam as agendas de atendimento</p><p>• Delega</p><p>A agenda representa as prioridades, as metas e as</p><p>estratégias do gerente. Inicialmente, ela é impregnada</p><p>pela visão do técnico como um contribuidor individual:</p><p>organizar os fluxos internos na unidade, permitir a</p><p>participação da equipe no processo decisório, garantir o</p><p>fornecimento dos medicamentos, entre outros.</p><p>Com o tempo, os gerentes de UBS vão sendo</p><p>progressivamente pautados por demandas dos</p><p>superiores e descobrem que, além da sua, precisarão dar</p><p>conta da agenda institucional: relatórios e levantamentos</p><p>urgentes, reuniões marcadas e desmarcadas sem</p><p>consulta prévia, ordens para cumprir, interferência</p><p>política, entre outras atividades, das quais não conseguem</p><p>desvencilhar-se</p><p>Aos poucos, os gerentes passam a compreender que a</p><p>agenda institucional é uma prioridade e que, para</p><p>implantar a sua, precisam negociar com os superiores e</p><p>também com os funcionários da unidade. O desempenho</p><p>gerencial é uma razão entre as suas obrigações</p><p>institucionais (o que devem fazer), as restrições (o que</p><p>não podem fazer) e, finalmente, as suas escolhas</p><p>Os gerentes precisam desenvolver suas habilidades de</p><p>relacionamento interpessoal. Saber ouvir, ser flexível,</p><p>ter</p><p>capacidade de persuasão e convencimento é</p><p>fundamental no seu trabalho</p><p>De modo geral, a interface com a comunidade costuma</p><p>ser tranquila. Porém, o relacionamento com os superiores</p><p>maiores tende a ser o mais difícil, sobretudo devido ao</p><p>conflito entre as agendas e as decisões sem consulta</p><p>prévia que interferem diretamente no trabalho na</p><p>unidade. Com os superiores imediatos e apoiadores das</p><p>áreas técnicas (saúde da mulher, saúde da criança e</p><p>outros setores), a relação costuma ser mais cordial e até</p><p>de suporte emocional, importante inclusive para a</p><p>aceitação da agenda institucional e como fonte de</p><p>aprendizado gerencial</p><p>A interface com os funcionários da unidade costuma</p><p>ocupar a maior parte do tempo dos gerentes. A falta de</p><p>funcionários é mais um problema crônico com o qual o</p><p>gerente precisa aprender a conviver. São constantes os</p><p>afastamentos para tratamento médico, encerramento de</p><p>contratos temporários e alta rotatividade de pessoal.</p><p>Há 2 tipos de profissionais que tendem a consumir muita</p><p>energia dos gerentes: os antigos (por serem mais</p><p>resistentes às mudanças) e os novatos (por</p><p>inexperiência).</p><p>Tensões, Emoções e Mudança de Identidade</p><p>O gerente atua como um líder, um porta-voz, um</p><p>monitor, um disseminador de informações, um</p><p>empreendedor Além de tudo, eles são continuamente</p><p>cobrados pela população, por seus subordinados e pelos</p><p>superiores. A tensão é alta, e os conflitos, recorrentes.</p><p>• Medo</p><p>• Pressão</p><p>• Gerenciamento das demandas superiores</p><p>Comunicação Efetiva</p><p>Escuta Ativa: Prestar atenção plena ao que o outro está</p><p>dizendo, sem interrupções.</p><p>Feedback Construtivo: Dar retorno de maneira positiva</p><p>e construtiva, focando no comportamento e não na</p><p>pessoa</p><p>Resolução de Conflitos</p><p>Identificação do Problema: Entender claramente qual é o</p><p>conflito e suas causas.</p><p>Mediação: Atuar como intermediário neutro, facilitando o</p><p>diálogo entre as partes envolvidas.</p><p>Negociação: Ajudar as partes a encontrarem uma</p><p>solução mútua, considerando os interesses de todos.</p><p>Trabalho em Equipe</p><p>Construção de Confiança: Promover um ambiente de</p><p>confiança e respeito mútuo entre os membros da equipe.</p><p>Definição de Papéis: Clarificar as funções e</p><p>responsabilidades de cada membro da equipe para evitar</p><p>mal-entendidos e sobreposições</p><p>Empatia e Compreensão</p><p>Empatia: Colocar-se no lugar do outro para entender</p><p>seus sentimentos e perspectivas.</p><p>Compreensão Cultural: Reconhecer e respeitar as</p><p>diversas origens culturais e sociais dos membros da</p><p>equipe e dos pacientes.</p><p>Gestão de Estresse:</p><p>Reconhecimento do Estresse: Identificar sinais de</p><p>estresse na equipe e nos pacientes.</p><p>Estratégias de Alívio: Implementar técnicas de alívio de</p><p>estresse, como pausas regulares e atividades de bem-</p><p>estar.</p><p>Desenvolvimento de Habilidades:</p><p>Capacitação Contínua: Promover treinamentos e</p><p>workshops para aprimorar as habilidades de comunicação</p><p>e resolução de conflitos.</p><p>Mentoria e Acompanhamento: Oferecer suporte</p><p>contínuo e orientação para a equipe.</p><p>A definição das competências do gestor local começou</p><p>a partir do entendimento de competência como a “[...]</p><p>capacidade de mobilizar diferentes recursos para</p><p>solucionar, com pertinência e sucesso, os problemas da</p><p>prática profissional, em diferentes contextos”</p><p>• Área de Competência: Relacionamento Interpessoal,</p><p>governança e gestão de pessoas</p><p>• Área de Desempenho: Gestão de processos de</p><p>trabalho</p><p>• Área de Desempenho: Educação Permanente da</p><p>Equipe</p><p>Informações Importantes para o Gerente da UBS</p><p>Identifique o quantitativo potencial de pessoas vinculadas</p><p>por equipe da unidade de saúde que gerencia, conforme</p><p>tipologia do município classificada pelo IBGE</p><p>Realize o cálculo de atendimentos das equipes, utilizando</p><p>o método de cálculo do tamanho de painel para uma</p><p>equipe mínima</p><p>Avalie e monitore o sistema de agendamento.</p><p>Estime a oferta e a demanda por consultas da unidade</p><p>que gerencia e conheça o tamanho do painel de</p><p>atendimentos nas equipes da mesma</p><p>Método de Cálculo do tamanho de painel para uma equipe mínima de</p><p>Saúde da Família</p><p>Pressão assistencial = número de consultas em um</p><p>período/número de dias trabalhados em um mesmo</p><p>período (p. ex., 247 dias de trabalho em um ano).</p><p>“Frequência” = número de consultas em um período</p><p>(geralmente uma consulta por ano)/número de</p><p>habitantes</p><p>O número de duas mil pessoas por médico (FTE, em</p><p>inglês full time equivalent) é geralmente o resultado de</p><p>certas variáveis, que são:</p><p>• Pressão assistencial.</p><p>• Frequência.</p><p>• Tempo disponível para consulta.</p><p>• Número de pessoas por médico.</p><p>• Tempo da consulta.</p><p>Duas formas de se utilizarem tais variáveis são fixando</p><p>um número para a lista de pacientes ou se fixando um</p><p>tempo de consulta. Das variáveis implicadas, a frequência</p><p>é a mais difícil de ser modificada em curto prazo. O</p><p>tempo de consulta, portanto, também pode ser uma</p><p>resultante. Porém, o mais adequado é não entender o</p><p>tempo de consulta como estanque, já que se está lidando</p><p>com médias em um ambiente de cuidado longitudinal. O</p><p>mais adequado na APS é multiplicar o tempo de consulta</p><p>pela frequência, e assim se tem como dado aceito</p><p>aproximadamente 50 minutos por paciente ao ano. É</p><p>mais adequada a divisão deste tempo em quatro</p><p>períodos de 12 minutos do que oferecer apenas duas</p><p>chances de 25 minutos por ano</p><p>A agenda e a consulta agendada não servem para</p><p>diminuir a demanda, mas, sim, para organizá-la. Não</p><p>podem ser, portanto, um fator de represamento de</p><p>demanda. A diferenciação entre demanda espontânea ou</p><p>programada, ou entre crônicos e agudos, é artificial e, em</p><p>geral, prejudica a organização dos serviços. Sabe-se que,</p><p>na APS, os profissionais veem tanto pacientes antigos</p><p>com problemas antigos como pacientes antigos com</p><p>problemas novos e, mais raramente, pacientes novos</p><p>com problemas novos.</p><p>O objetivo é resolver a demanda da forma mais rápida e</p><p>custo-efetiva possível, seja uma renovação de receita</p><p>feita durante o momento do dia em que o profissional</p><p>ou equipe separa para trabalho burocrático (paper work),</p><p>seja uma consulta solicitada no mesmo dia por uma</p><p>suposta descompensação do diabetes. Por definição, isso</p><p>é APS de qualidade, pois respeita os atributos nucleares</p><p>(acesso, abrangência, longitudinalidade e coordenação). A</p><p>resposta rápida às demandas não é exclusividade de</p><p>pronto-atendimentos que não trabalham</p><p>longitudinalmente nem de forma coordenada, ao</p><p>contrário do que se alega. Ou seja, quando se responde,</p><p>no mesmo dia, a uma demanda de um paciente</p><p>conhecido, há a possibilidade de vê-lo novamente e ainda</p><p>há o registro desse atendimento para consulta futura,</p><p>não se está fazendo “pronto-atendimento” no sentido</p><p>estrito do conceito, mas sim APS de alta qualidade. Na</p><p>APS, o que faz superar a simplificação da “queixaconduta”</p><p>é a longitudinalidade e o vínculo, além da competência do</p><p>profissional para trabalhar nesse ambiente</p><p>Lidando com o Hiperutilizador</p><p>Uma das principais tarefas da gestão da clínica é convencer</p><p>quem utiliza muito a unidade (e é de baixo risco) a ir menos,</p><p>e quem não utiliza (e tem algum risco) a comparecer. Por isso,</p><p>sistemas de avaliação de “qualidade” ou de “resultado” que</p><p>medem apenas a quantidade de exames (p. ex., número de</p><p>coleta de citopatológico/população adstrita) carregam consigo</p><p>o grave erro de estimular a hiperutilização, pois dessa forma</p><p>alguns usuários, em geral zelosos e de baixo risco,</p><p>compensam a ausência dos pouco frequentadores (muitas</p><p>vezes quem de fato precisaria realizar a atividade mensurada).</p><p>Se essa forma de avaliação e organização do trabalho se</p><p>tornar sistemática, há uma APS de baixa qualidade</p><p>Indicadores que auxiliam na avaliação do Processo de Trabalho</p><p>• O tempo médio de espera para agendamento e</p><p>realização da consulta</p><p>• A proporção entre</p><p>as diferentes ofertas de</p><p>agendamento (ações programáticas e demandas</p><p>espontâneas)</p><p>• A proporção de usuários que chegam atrasados às</p><p>consultas agendadas</p><p>• A proporção de faltosos às consultas agendadas</p><p>Unidades, de diferentes densidades tecnológicas,</p><p>prestadoras de ações e serviços de saúde que integradas</p><p>por meio de sistemas de apoio técnico, logístico e de</p><p>gestão, buscam garantir a integralidade da assistência à</p><p>saúde da população.</p><p>A ESF deve comtemplar:</p><p>• Territorialização e Responsabilização Sanitária</p><p>• População Adscrita</p><p>• Vínculo e Adscrição de clientela</p><p>• Resolutividade</p><p>• Longitudinalidade do cuidado</p><p>• Coordenação do Cuidado</p><p>• Ordenação da rede</p><p>• Participação da comunidade</p><p>• Trabalho em equipe multiprofissional</p><p>Importante conhecer a demanda para o bom</p><p>gerenciamento da clínica.</p><p>A agenda deve ajudar na organização da demanda, e</p><p>não a diminuir ou limitá-la</p><p>Pressão assistencial é o número de consultas em um</p><p>período/número de dias trabalhados em um mesmo</p><p>período. “Frequência” é o número de consultas em um</p><p>período (geralmente um ano)/número de habitantes.</p><p>A agenda não deve ser verticalizada ou organizada por</p><p>“programas” e, quando isso ocorre, é sinal de que há</p><p>algum equívoco na gestão da clínica (p. ex., alta pressão</p><p>assistencial com baixa “frequência”) e/ou compreensão</p><p>inadequada dos conceitos da atenção primária à saúde</p><p>(APS).</p><p>A divisão entre crônico e agudo é prejudicial à</p><p>estruturação de serviços com alto escore de APS.</p><p>Prestar atenção integral e identificar</p><p>necessidades/vulnerabilidades em todos os ciclos de vida:</p><p>• Atenção à Saúde da Criança</p><p>• Atenção à Saúde do Adolescente e Jovens</p><p>• Atenção à Saúde da Mulher</p><p>• Atenção à Saúde do Homem</p><p>• Atenção à Saúde do Idoso</p><p>Processo de trabalho das Equipes:</p><p>• Visita Domiciliar</p><p>• Atendimento na UBS e no Domicílio</p><p>• Cadastramento e acompanhamento das famílias</p><p>• Trabalho em equipe – Reunião, planejamento,</p><p>monitoramento, avaliação e educação permanente</p><p>• Apoio e estímulo a participação da comunidade no</p><p>planejamento, execução e avaliação das ações de saúde</p><p>• Desenvolvimento de ações intersetoriais, integrando</p><p>projetos sociais e setores afins</p><p>Deverá estar afixado em local visível, próximo à entrada da UBS</p><p>(ANEXO I do ANEXO XXII-PNAB-Operacionalização):</p><p>✓ Identificação e horário de atendimento;</p><p>✓ Mapa de abrangência, com a cobertura de cada equipe;</p><p>✓ Identificação do Gerente da Atenção Básica no território e</p><p>dos componentes de cada equipe da UBS</p><p>; ✓ Relação de serviços disponíveis;</p><p>✓Detalhamento das escalas de atendimento de cada equipe.</p><p>Cada categoria profissional possui atribuições específicas de</p><p>acordo com seus órgãos de classe, mas também</p><p>desenvolvem ações que são comuns a todos os membros da</p><p>equipe, como por exemplo, ações preventivas e de</p><p>promoção de qualidade de vida da população.</p><p>Olhar Integral para o Cuidado e Processo de Trabalho</p><p>• Acolhimento</p><p>• Vínculo</p><p>• Ordenar o processo de trabalho</p><p>A Equipe Multi retoma, inova e fortalece o cuidado</p><p>multiprofissional na Atenção Primária, a partir da</p><p>experiência do Nasf que era parte estruturante do SUS.</p><p>• Arte Educador</p><p>• Assistente Social</p><p>• Farmacêtico Clínico</p><p>• Fisioterapeuta</p><p>• Fonoaudiólogo</p><p>• Médico Acupunturista</p><p>• Médico Cardiologista</p><p>• Médico Dermatologista</p><p>• Médico Geriatria</p><p>• Médico GO</p><p>• Entre muitos outros</p><p>• Nutricionista</p><p>• Psicólogo</p><p>• Sanitarista</p><p>• Profissional de Educação Física na Saúde</p><p>• Terapeuta Ocupacional</p><p>Atribuições Específicas</p><p>Cada membro conforme sua categoria profissional tem</p><p>suas atribuições específicas da área de atuação:</p><p>• Gerente da Atenção Básica</p><p>• Agente comunitário de saúde e Agente de combate a</p><p>endemias.</p><p>• Enfermeiro</p><p>• Técnico e/ou auxiliar de enfermagem</p><p>• Médico</p><p>• Dentista</p><p>• Técnico em saúde bucal</p><p>Resultados Esperados com a ESF</p><p>• Prestar atendimento de bom nível</p><p>• Evitar internações desnecessárias</p><p>• Melhorar o impacto nos indicadores de saúde</p><p>• Resolubilidade de 80% dos problemas de saúde na comunidade</p><p>• Melhorar a qualidade de vida da população</p><p>• Satisfação de usuários e profissionais</p><p>Por que está dando certo?</p><p>• Teve impacto nos indicadores de Saúde</p><p>A gestão colegiada caracteriza-se por ser um espaço coletivo</p><p>e democrático, com funções consultivas e deliberativas, para</p><p>ampliar o grau de comunicação entre a equipe, os gestores e</p><p>os usuários, aumentando, assim, a qualidade do serviço de</p><p>saúde. Esse espaço é caracterizado por negociações,</p><p>articulações e pactuações relacionadas com as atividades de</p><p>gestão de uma unidade de saúde. Tem por finalidade elaborar</p><p>o plano de ação da UBS, atuar no processo de trabalho,</p><p>responsabilizar os envolvidos, acolher os usuários, criar e avaliar</p><p>os indicadores, sugerir e elaborar propostas. As atividades e</p><p>atribuições do Colegiado Gestor de uma UBS devem estar em</p><p>consonância com as diretrizes do SUS e da Carteira de</p><p>Serviços das Secretarias de Saúde</p><p>Para estilos de gerência mais participativa, novos</p><p>organogramas com maior simplicidade são recomendados,</p><p>com o objetivo de instituir propostas organizacionais mais</p><p>diretas. O modelo de gestão colegiada ou compartilhada trata</p><p>do compartilhamento do poder, da descentralização da</p><p>organização, com menos hierarquia e mais poder decisório</p><p>entre os trabalhadores</p><p>O “método da roda”, com ações em eixo transversal, é</p><p>exposto na perspectiva de visualizar a gestão como uma roda</p><p>de cogestão, que possibilita uma educação permanente em</p><p>saúde por meio da reflexão da ação, bem como viabilizar</p><p>novos arranjos nas estruturas organizativas, de planejamento</p><p>e gestão descentralizados, comprometidas com o projeto</p><p>ético-político da APS</p><p>A gestão colegiada tem como finalidade garantir e legitimar</p><p>um espaço permanente de cogestão, coparticipação,</p><p>codecisão, coanálise e coavaliação, de forma democrática na</p><p>formulação e na implantação do processo de planejamento</p><p>local ascendente de uma UBS. Esse processo é caracterizado</p><p>por um conjunto de momentos em que os atores analisam a</p><p>realidade presente, a relação existente, entre o agora e o que</p><p>se deseja no futuro, a identificação e seleção dos problemas,</p><p>a definição das operações, a análise de viabilidade e dos</p><p>obstáculos a serem vencidos, a identificação das ações e dos</p><p>atores envolvidos e o monitoramento das ações, considerando</p><p>a necessidade de ajustes e mudanças necessárias ao longo do</p><p>processo de implantação</p><p>A reunião do Colegiado Gestor deve ocorrer dentro do</p><p>período normal de trabalho, ou seja, o planejamento e a</p><p>reflexão fazendo parte do processo habitual de trabalho, com</p><p>duração de 1 hora a cada 15 dias, ou de acordo com a</p><p>necessidade do serviço. Nestes espaços, são discutidas as</p><p>necessidades de saúde, a divisão de tarefas e papéis de cada</p><p>um, para, em seguida, elaborarem-se planos, modelos de</p><p>atenção, programas e metas. Cada equipe deve ser estimulada</p><p>a reconstruir modelos ou programações recomendadas ou</p><p>experimentadas em outras localidades, envolvendo a maioria</p><p>de trabalhadores com a construção de cada novo projeto</p><p>As reuniões clínicas devem ocorrer com regularidade</p><p>(semanal ou quinzenalmente), e nelas casos clínicos são</p><p>apresentados e discutidos com o objetivo principal de</p><p>estimular a discussão e a interação entre os profissionais,</p><p>buscando uma abordagem multidisciplinar e integral no cuidado</p><p>aos usuários. É um espaço de educação permanente, por</p><p>permitir a atualização científica nos principais temas em</p><p>atenção primária, visando aprimorar e melhorar o aprendizado</p><p>institucional em um determinado contexto social, econômico e</p><p>cultural. A manutenção desse espaço deve ser incentivada</p><p>pelo gerente da UBS.</p><p>Os grupos de trabalho (GTs) articulam-se em torno de uma</p><p>temática ou problemática concreta dentro de um espaço de</p><p>trabalho. Seus objetivos são identificar e sugerir</p><p>melhores</p><p>práticas dentro de uma UBS referentes à sua rotina frente a</p><p>temas relevantes e desafiadores, como o acesso, a ambiência,</p><p>o ensino e a pesquisa, entre outros</p><p>• Analisar os impactos reais da política pública atual de</p><p>financiamento da saúde.</p><p>• Comparar o modelo atual com outros modelos de</p><p>financiamento.</p><p>Ênfase na Portaria 3493 de 04/24 – Altera a Portaria de</p><p>Consolidação GM/MS nº 6, de 28 de setembro de 2017, para</p><p>instituir nova metodologia de cofinanciamento federal do Piso</p><p>de Atenção Primária à Saúde no âmbito do Sistema Único de</p><p>Saúde (SUS). atualizada; (LER TUDO ISSO)</p><p>O financiamento da saúde no Brasil é estruturado em um</p><p>sistema tripartite, onde União, Estados e Municípios</p><p>compartilham responsabilidades financeiras. O SUS é</p><p>financiado por recursos provenientes de impostos e</p><p>contribuições sociais, sendo fundamental garantir a</p><p>equidade e a universalidade no acesso aos serviços de</p><p>saúde.</p><p>Impactos da Portaria 3493/2024 - A Portaria 3493/2024 institui</p><p>uma nova metodologia de cofinanciamento federal do</p><p>Piso de Atenção Primária à Saúde (PAPS), visando</p><p>aprimorar a alocação de recursos para a atenção</p><p>primária. Os principais impactos incluem:</p><p>Reforço na Atenção Primária: A nova metodologia busca</p><p>fortalecer a atenção primária, reconhecendo sua</p><p>importância como porta de entrada do SUS e seu papel</p><p>na promoção da saúde e prevenção de doenças.</p><p>Redistribuição de Recursos: A alteração na forma de</p><p>cofinanciamento pode resultar em uma redistribuição</p><p>mais equitativa dos recursos, priorizando municípios com</p><p>maior vulnerabilidade social e necessidade de serviços de</p><p>saúde.</p><p>Incentivo à Qualidade: A nova portaria pode incluir</p><p>indicadores de qualidade nos critérios de repasse,</p><p>incentivando os gestores a melhorarem a eficiência e a</p><p>eficácia dos serviços prestados.</p><p>Origem do Financiamento do SUS – Repasse fundo a fundo</p><p>A Portaria nº 2.979, de 12 de novembro de 2019, do</p><p>Ministério da Saúde, instituiu o Programa Previne Brasil,</p><p>que alterou o modelo de financiamento da Atenção</p><p>Primária à Saúde (APS) no Sistema Único de Saúde</p><p>(SUS).</p><p>O programa Previne Brasil:</p><p>• Altera a forma de distribuição de recursos federais</p><p>para os municípios</p><p>• Incentiva o cadastramento de usuários do SUS</p><p>• Visa ampliar o número de atendimentos da APS, que</p><p>é a porta de entrada para o SUS</p><p>A distribuição dos recursos é feita com base em três</p><p>critérios: capitação ponderada e pagamento por</p><p>desempenho.</p><p>A Portaria nº 3.222/2019 do Ministério da Saúde define</p><p>os indicadores do pagamento por desempenho no</p><p>âmbito do programa.</p><p>• Recursos da seguridade social (saúde, previdência e</p><p>assistência social)</p><p>• Impostos</p><p>• Recursos Orçamentários</p><p>• Transferências Intergovernamentais</p><p>• Lei nº 8.142/1990</p><p>• Emenda constitucional (EC) nº 29/2000</p><p>• Lei complementar nº 141/2012</p><p>• EC nº 86/2015</p><p>• EC nº 95/2016</p><p>Lei complementar N° 141/2012</p><p>Reforça os percentuais mínimos ੦ Define o que são</p><p>considerados gastos com Ações e Serviços Públicos em</p><p>Saúde (ASPS) ੦ Reforça as condições mínimas para</p><p>transferência de recurso</p><p>Constituição</p><p>União: 15%</p><p>• Confins</p><p>• CSLL</p><p>• Seguridade</p><p>• PIS</p><p>Portaria 3.992/207</p><p>• Bloco de Custeio</p><p>• Bloco de Investimento</p><p>Emendas ao Orçamento - Emendas parlamentares são uma</p><p>maneira que os legisladores brasileiros têm a sua</p><p>disposição para direcionar recursos do orçamento</p><p>público, em função de compromissos políticos que</p><p>assumiram durante seu mandato, tanto junto aos estados</p><p>e munícipios quanto a instituições. Tais emendas podem</p><p>acrescentar, suprimir ou modificar determinados itens</p><p>(rubricas) do projeto de lei orçamentária enviado pelo</p><p>Executivo.</p><p>• Financiamento Tripartite</p><p>• Prioridades Definidas na LDO</p><p>• Movimentação por meio dos Fundos de Saúde</p><p>• Fiscalização dos Conselhos de Saúde</p><p>• Distribuição segundo critérios (equidade)</p><p>PREVINE BRASIL - EXTINTO ATUALMENTE</p><p>• Cofinanciamento Federal</p><p>• Recursos são de origens diversas</p><p>• Ministério da Saúde</p><p>• Recursos do município</p><p>• PAB/PREVINE – cálculos para o financiamento</p><p>Componente Fixo por cada equipe e recurso de Implantação</p><p>Valor referente ao recurso fixo – Fixo a ser recebido</p><p>mensalmente por cada equipe de saúde da família e cada</p><p>equipe de Atenção Primária de cada município</p><p>Recursos de Implantação – Valor único que será repassado ao</p><p>município no ato da criação das seguintes equipes: eSF, eAP,</p><p>eSB, Emulti</p><p>Componente Vínculo e Acompanhamento Territorial</p><p>Vai analisar os vínculos que as equipes estão estabelecendo</p><p>com a população.</p><p>E o acompanhamento territorial.</p><p>Reclassifica o município de acordo com a quantidade da</p><p>população.</p><p>Visa estimular a qualificação do cadastro, a reorganização da</p><p>atenção primária no território e a melhoria do atendimento à</p><p>população</p><p>É vedada a restrição de atendimento a qualquer pessoa nas</p><p>Unidades Básicas de Saúde no SUS por ausência de cadastro</p><p>prévio nas unidades</p><p>Componentes de Qualidade e Indução de Boas Práticas</p><p>Incentivar a melhoria do acesso e da qualidade dos serviços</p><p>ofertados na APS, buscando induzir boas práticas e</p><p>aperfeiçoar os resultados em saúde.</p><p>O modelo de cálculo dos indicadores será definido de forma</p><p>tripartite.</p><p>ÁREAS:</p><p>• Cuidado da Saúde da Mulher</p><p>• Cuidado da Gestante</p><p>• Cuidado da Pessoa com Diabetes e HAS</p><p>• Cuidado do desenvolvimento Infantil</p><p>• Acesso e Integralidade</p><p>• Cuidado da pessoa Idosa</p><p>Áreas Temáticas</p><p>Equipe de Saúde Bucal</p><p>• Primeira consulta</p><p>• Tratamento concluído</p><p>• Taxa de exodontia</p><p>• Escovação supervisionada</p><p>• Índice de prevenção</p><p>• Tratamento restaurador atraumático</p><p>Equipe Multi</p><p>• Pessoas acompanhadas</p><p>• Ações interprofissionais realizadas</p><p>• Compartilhamento do cuidado com a equipe</p><p>• Resolutividade dos atendimentos</p><p>Componente para Ações e Programas da APS</p><p>O componente para implantação e manutenção de</p><p>programas, serviços, profissionais e outras composições de</p><p>equipe que atuam na APS visa a apoiar o processo de trabalho</p><p>destas estratégias de cuidado na APS.</p><p>• Consultório de rua</p><p>• UBS fluvial</p><p>• Saúde da Família Ribeirinha</p><p>• Equipe de Atenção Básica Prisional</p><p>• Atenção aos adolescentes em privação de liberdade</p><p>• Programa Saúde na Escola</p><p>• Agentes comunitários de Saúde</p><p>• Municípios com Residência Médica e Multiprofissional</p><p>• Microscopistas</p><p>• Equipes Multiprofissionais (e Multi)</p><p>• Incentivo para implementação de ações de atividade</p><p>física</p><p>Componente para Atenção a Saúde Bucal</p><p>Verbas repassada ao município para manter os cinco</p><p>programas principais</p><p>• Equipes de Saúde Bucal</p><p>• Unidades Odontológicas Móveis</p><p>• Centro de Especialidades Odontológicas</p><p>• Laboratório Regional de Próteses Dentárias</p><p>• Serviços de Especialidades em Saúde Bucal</p><p>Componente per capita de Base Populacional</p><p>Repassado pelo Fundo Nacional de Saúde aos Fundos</p><p>Municipais para apoiar o custeio das ações da APS.</p><p>O cálculo do componente demográfico de base municipal e</p><p>distrital para ações no âmbito da APS considerará a estimativa</p><p>populacional dos municípios e DF divulgada pelo IBGE ou o</p><p>Censo Demográfico do IBGE, o que for mais recente</p><p>O financiamento do SUS requer ajustes contínuos e políticas</p><p>que aumentem o investimento em saúde, assegurando a</p><p>sustentabilidade do sistema. Há discussões em andamento</p><p>sobre a necessidade de revisão do teto de gastos,</p><p>aprimoramento dos critérios de alocação de recursos, e</p><p>aumento do financiamento público para garantir o acesso</p><p>universal e integral à saúde, conforme prevê a Constituição</p><p>Federal.</p><p>• Recursos e Gastos</p><p>• Seguridade Social</p><p>• Impostos</p><p>• Distribuição Fundo a Fundo</p><p>Seguridade Social - Saúde Pública (SUS) + Previdência</p><p>Social + Assistência Social</p><p>• Todos contribuem (impostos)</p><p>O recurso quem aplica mais é o município, por conta da</p><p>descentralização</p><p>Impostos - Empresas</p><p>e Pessoa Física</p><p>• COFINS - Faturamento</p><p>• CSLL - Luco Líquido</p><p>• CPMF - Exposto extinto</p><p>• Seguridade Social - Vários impostos de pessoas</p><p>físicas</p><p>Movimentação Fundo a Fundo</p><p>• Fundo Nacional de Saúde ---- Fundos Estaduais ----</p><p>Fundo Municipal --- Serviço para a população</p><p>• De forma Regular e Automático</p><p>O município de autonomia para aplicar o seu dinheiro</p><p>onde quer</p><p>É uma política de Estado, e não uma política de governo</p><p>A constituição de 88 fala que o SUS será financiado nos</p><p>seguintes termos do Art. 195, com recursos de</p><p>orçamento da seguridade social, da União, dos Estados,</p><p>do Distrito Federal e dos Municípios, além de outras</p><p>fontes.</p><p>• CPMF - Atualmente instinto</p><p>• COFINS - Faturamento das empresas</p><p>• CSLL - Lucro líquido das empresas</p><p>• Seguridade Social - SUS + Previdência Social +</p><p>Assistência Social</p><p>Portaria n° 3992/2017 - Blocos de Custeio e Bloco de</p><p>Investimento</p><p>Bloco de Custeio (Manutenção)</p><p>• Manter ações e serviços que já estão funcionando</p><p>• Manutenção de órgãos e estabelecimentos</p><p>• Vedado usar esses recursos para: servidores,</p><p>gratificações e obras</p><p>Bloco de Investimento (Estruturação)</p><p>• Aquisição de Equipamentos</p><p>• Obras</p><p>• Vedado usar em órgãos e unidades voltadas para</p><p>atividades administrativas</p><p>• Bloco de Manutenção</p><p>• Bloco de Estruturação</p><p>• Verba destinada ao bloco de Manutenção agora</p><p>pode ser utilizada para obras de construções novas</p><p>e ampliação de imóveis</p><p>Emenda Constitucional - Lei complementar 141/2012</p><p>A União deve investir em saúde com o mesmo valor</p><p>investido no ano anterior + Variação do PIB</p><p>Os estados teriam que investir em saúde em um</p><p>aumento segundo tabela até atingir 12% da receita</p><p>Munícipios teriam que investir em saúde em um</p><p>aumento segundo tabela até atingir 15% da receita</p><p>Não são considerados gastos com saúdes, a partir da lei</p><p>complementar:</p><p>• Pagamentos de aposentadorias e pensões</p><p>• Saneamento Básico</p><p>• Limpeza Urbana</p><p>• Preservação do meio ambiente</p><p>• Ações de Assitência Social</p><p>Emenda Constitucional 95/2016</p><p>Mudança no valor de aplicação da União</p><p>Valor investido no ano anterior + Variação do IPCA que</p><p>é a Inflação (e não mais a variação do PIB)</p><p>Movimentação Fundo a Fundo</p><p>• Regular e Automático</p><p>Não tem como um governante decidir não repassar o</p><p>dinheiro, é direto.</p><p>• PAB Fixo - Per capita</p><p>• PAB Variável - Estratégias específicas</p><p>• PAB Ampliado - Procedimentos Específicos</p><p>• Capitação Ponderada</p><p>• Pagamento por Desempenho</p><p>• Incentivo para ações estratégicas</p><p>• Incentivo com base em critério populacional</p><p>na</p><p>formulação e execução de políticas econômicas e sociais</p><p>que visem à redução de riscos de doenças e de outros</p><p>agravos e no estabelecimento de condições que</p><p>assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos</p><p>serviços para a sua promoção, proteção e recuperação.</p><p>§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da</p><p>família, das empresas e da sociedade.</p><p>Art. 3. Os níveis de saúde expressam a organização social</p><p>e econômica do País, tendo a saúde como determinantes</p><p>e condicionantes, entre outros, a alimentação, a moradia,</p><p>o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a</p><p>renda, a educação, a atividade física, o transporte, o lazer</p><p>e o acesso aos bens e serviços essenciais.</p><p>Do Sistema Único de Saúde</p><p>Art. 4º O conjunto de ações e serviços de saúde,</p><p>prestados por órgãos e instituições públicas federais,</p><p>estaduais e municipais, da Administração direta e indireta</p><p>e das fundações mantidas pelo Poder Público, constitui o</p><p>Sistema Único de Saúde (SUS).</p><p>§ 1º Estão incluídas no disposto neste artigo as instituições</p><p>públicas federais, estaduais e municipais de controle de</p><p>qualidade, pesquisa e produção de insumos,</p><p>medicamentos, inclusive de sangue e hemoderivados, e</p><p>de equipamentos para saúde</p><p>§ 2º A iniciativa privada poderá participar do Sistema</p><p>Único de Saúde (SUS), em caráter complementar.</p><p>Objetivos e Atribuições</p><p>Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:</p><p>I - A identificação e divulgação dos fatores condicionantes</p><p>e determinantes da saúde;</p><p>II - A formulação de política de saúde destinada a</p><p>promover, nos campos econômico e social, a</p><p>observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;</p><p>III - A assistência às pessoas por intermédio de ações de</p><p>promoção, proteção e recuperação da saúde, com a</p><p>realização integrada das ações assistenciais e das</p><p>atividades preventivas.</p><p>Princípios e Diretrizes</p><p>Art. 7º As ações e serviços públicos de saúde e os</p><p>serviços privados contratados ou conveniados que</p><p>integram o Sistema Único de Saúde (SUS), são</p><p>desenvolvidos de acordo com as diretrizes previstas no</p><p>art. 198 da Constituição Federal, obedecendo ainda aos</p><p>seguintes princípios:</p><p>I - Universalidade de acesso aos serviços de saúde em</p><p>todos os níveis de assistência;</p><p>II - Integralidade de assistência, entendida como conjunto</p><p>articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e</p><p>curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso</p><p>em todos os níveis de complexidade do sistema;</p><p>III - Preservação da autonomia das pessoas na defesa de</p><p>sua integridade física e moral;</p><p>IV - Igualdade da assistência à saúde, sem preconceitos</p><p>ou privilégios de qualquer espécie;</p><p>V - Direito à informação, às pessoas assistidas, sobre sua</p><p>saúde;</p><p>VI - Divulgação de informações quanto ao potencial dos</p><p>serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário;</p><p>VII - Utilização da epidemiologia para o estabelecimento</p><p>de prioridades, a alocação de recursos e a orientação</p><p>programática;</p><p>VIII - Participação da comunidade;</p><p>IX - Descentralização político-administrativa, com direção</p><p>única em cada esfera de governo:</p><p>a) ênfase na descentralização dos serviços para os</p><p>municípios;</p><p>b) regionalização e hierarquização da rede de serviços</p><p>de saúde;</p><p>X - Integração em nível executivo das ações de saúde,</p><p>meio ambiente e saneamento básico;</p><p>XI - Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos,</p><p>materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito</p><p>Federal e dos Municípios na prestação de serviços de</p><p>assistência à saúde da população;</p><p>XII - Capacidade de resolução dos serviços em todos os</p><p>níveis de assistência;</p><p>Organização, Direção e Gestão</p><p>Art. 8º As ações e serviços de saúde, executados pelo</p><p>Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou</p><p>mediante participação complementar da iniciativa privada,</p><p>serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada</p><p>em níveis de complexidade crescente.</p><p>Art. 9º A direção do Sistema Único de Saúde (SUS) é</p><p>única, de acordo com o inciso I do art. 198 da Constituição</p><p>Federal, sendo exercida em cada esfera de governo</p><p>pelos seguintes órgãos:</p><p>I - No âmbito da União, pelo Ministério da Saúde;</p><p>II - No âmbito dos Estados e do Distrito Federal, pela</p><p>respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente; e</p><p>III - No âmbito dos Municípios, pela respectiva Secretaria</p><p>de Saúde ou órgão equivalente.</p><p>Art. 10. Os municípios poderão constituir consórcios para</p><p>desenvolver em conjunto as ações e os serviços de</p><p>saúde que lhes correspondam.</p><p>Art. 12. Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito</p><p>nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde,</p><p>integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por</p><p>entidades representativas da sociedade civil.</p><p>Atribuições Comuns</p><p>Art. 15. A União, os Estados, o Distrito Federal e os</p><p>Municípios exercerão, em seu âmbito administrativo, as</p><p>seguintes atribuições:</p><p>I - Definição das instâncias e mecanismos de controle,</p><p>avaliação e de fiscalização das ações e serviços de saúde;</p><p>II - Administração dos recursos orçamentários e</p><p>financeiros destinados, em cada ano, à saúde;</p><p>III - Acompanhamento, avaliação e divulgação do nível de</p><p>saúde da população e das condições ambientais;</p><p>IV - Organização e coordenação do sistema de</p><p>informação de saúde;</p><p>V - Elaboração de normas técnicas e estabelecimento</p><p>de padrões de qualidade e parâmetros de custos que</p><p>caracterizam a assistência à saúde;</p><p>VI - Elaboração de normas técnicas e estabelecimento</p><p>de padrões de qualidade para promoção da saúde do</p><p>trabalhador;</p><p>VII - participação de formulação da política e da execução</p><p>das ações de saneamento básico e colaboração na</p><p>proteção e recuperação do meio ambiente;</p><p>VIII - elaboração e atualização periódica do plano de</p><p>saúde;</p><p>IX - Participação na formulação e na execução da política</p><p>de formação e desenvolvimento de recursos humanos</p><p>para a saúde;</p><p>• Participação da comunidade</p><p>• Transferências Intergovernamentais de recursos</p><p>financeiros</p><p>Dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do</p><p>Sistema Único de Saúde (SUS) e sobre as transferências</p><p>intergovernamentais de recursos financeiros na área da</p><p>saúde e dá outras providências.</p><p>Art. 1° O Sistema Único de Saúde (SUS), de que trata a</p><p>Lei n° 8.080, de 19 de setembro de 1990, contará, em</p><p>cada esfera de governo, sem prejuízo das funções do</p><p>Poder Legislativo, com as seguintes instâncias colegiadas:</p><p>I - A Conferência de Saúde;</p><p>II - O Conselho de Saúde.</p><p>§ 1° A Conferência de Saúde reunir-se-á a cada quatro</p><p>anos com a representação dos vários segmentos sociais,</p><p>para avaliar a situação de saúde e propor as diretrizes</p><p>para a formulação da política de saúde nos níveis</p><p>correspondentes, convocada pelo Poder Executivo ou,</p><p>extraordinariamente, por esta ou pelo Conselho de</p><p>Saúde.</p><p>§ 2° O Conselho de Saúde, em caráter permanente e</p><p>deliberativo, órgão colegiado composto por</p><p>representantes do governo, prestadores de serviço,</p><p>profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de</p><p>estratégias e no controle da execução da política de</p><p>saúde na instância correspondente, inclusive nos</p><p>aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão</p><p>homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído</p><p>em cada esfera do governo</p><p>§ 3° O Conselho Nacional de Secretários de Saúde</p><p>(Conass) e o Conselho Nacional de Secretários Municipais</p><p>de Saúde (Conasems) terão representação no Conselho</p><p>Nacional de Saúde</p><p>§ 4° A representação dos usuários nos Conselhos de</p><p>Saúde e Conferências será paritária em relação ao</p><p>conjunto dos demais segmentos.</p><p>§ 5° As Conferências de Saúde e os Conselhos de Saúde</p><p>terão sua organização e normas de funcionamento</p><p>definidas em regimento próprio, aprovadas pelo</p><p>respectivo conselho</p><p>Art. 2° Os recursos do Fundo Nacional de Saúde (FNS)</p><p>serão alocados como:</p><p>I - Despesas de custeio e de capital do Ministério da</p><p>Saúde, seus órgãos e entidades, da administração</p><p>direta</p><p>e indireta;</p><p>II - Investimentos previstos em lei orçamentária, de</p><p>iniciativa do Poder Legislativo e aprovados pelo</p><p>Congresso Nacional;</p><p>III - investimentos previstos no Plano Qüinqüenal do</p><p>Ministério da Saúde;</p><p>IV - Cobertura das ações e serviços de saúde a serem</p><p>implementados pelos Municípios, Estados e Distrito</p><p>Federal.</p><p>Art. 3° Os recursos referidos no inciso IV do art. 2° desta</p><p>lei serão repassados de forma regular e automática para</p><p>os Municípios, Estados e Distrito Federa</p><p>Art. 4° Para receberem os recursos, de que trata o art.</p><p>3° desta lei, os Municípios, os Estados e o Distrito Federal</p><p>deverão contar com:</p><p>I - Fundo de Saúde;</p><p>II - Conselho de Saúde, com composição paritária de</p><p>acordo com o Decreto n° 99.438, de 7 de agosto de</p><p>1990;</p><p>III - plano de saúde;</p><p>IV - Relatórios de gestão que permitam o controle de</p><p>que trata</p><p>V - Contrapartida de recursos para a saúde no respectivo</p><p>orçamento;</p><p>VI - Comissão de elaboração do Plano de Carreira,</p><p>Cargos e Salários (PCCS), previsto o prazo de dois anos</p><p>para sua implantação.</p><p>A gestão das ações e dos serviços de saúde deve ser</p><p>solidária e participativa entre os três entes da</p><p>Federação: a União, os Estados e os municípios. A rede</p><p>que compõe o SUS é ampla e abrange tanto ações</p><p>quanto os serviços de saúde. Engloba a atenção primária,</p><p>média e alta complexidades, os serviços urgência e</p><p>emergência, a atenção hospitalar, as ações e serviços</p><p>das vigilâncias epidemiológica, sanitária e ambiental e</p><p>assistência farmacêutica.</p><p>O Conselho de Saúde, no âmbito de atuação (Nacional,</p><p>Estadual ou Municipal), em caráter permanente e</p><p>deliberativo, órgão colegiado composto por</p><p>representantes do governo, prestadores de serviço,</p><p>profissionais de saúde e usuários, atua na formulação de</p><p>estratégias e no controle da execução da política de</p><p>saúde na instância correspondente, inclusive nos</p><p>aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões serão</p><p>homologadas pelo chefe do poder legalmente constituído</p><p>em cada esfera do governo.</p><p>Cabe a cada Conselho de Saúde definir o número de</p><p>membros, que obedecerá a seguinte composição: 50%</p><p>de entidades e movimentos representativos de usuários;</p><p>25% de entidades representativas dos trabalhadores da</p><p>área de saúde e 25% de representação de governo e</p><p>prestadores de serviços privados conveniados, ou sem</p><p>fins lucrativos.</p><p>• Comissão Intergestores Tripartite (CIT)</p><p>Foro de negociação e pactuação entre gestores</p><p>federal, estadual e municipal, quanto aos aspectos</p><p>operacionais do SUS</p><p>• Comissão Intergestores Bipartite (CIB): Foro de negociação e</p><p>pactuação entre gestores estadual e municipais,</p><p>quanto aos aspectos operacionais do SUS</p><p>• Conselho Nacional de Secretário da Saúde (Conass): Entidade</p><p>representativa dos entes estaduais e do Distrito</p><p>Federal na CIT para tratar de matérias referentes à</p><p>saúde</p><p>• Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems):</p><p>Entidade representativa dos entes municipais na CIT</p><p>para tratar de matérias referentes à saúde</p><p>• Conselhos de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems): São</p><p>reconhecidos como entidades que representam os</p><p>entes municipais, no âmbito estadual, para tratar de</p><p>matérias referentes à saúde, desde que vinculados</p><p>institucionalmente ao Conasems, na forma que</p><p>dispuserem seus estatutos.</p><p>Conferências (4 anos) – Convocada pelo poder</p><p>executivo e com participação social. Avalia e propõe</p><p>diretrizes</p><p>Conselhos de Saúde – É um colegiado Permanente e</p><p>Deliberativo. Tem objetivo de fiscalizar. 50% dos</p><p>participantes são os usuários do SUS (paritária). Se</p><p>reúnem sempre que necessário</p><p>Princípios da Gestão Pública em Saúde</p><p>• Integralidade</p><p>• Universalidade</p><p>• Equidade</p><p>• Descentralização</p><p>• Participação Popular</p><p>Funções da Gestão Pública em Saúde</p><p>• Planejamento</p><p>• Organização</p><p>• Direção</p><p>• Controle</p><p>Para receber os recursos federais, os entes federados</p><p>devem apresentar:</p><p>• Alimentação e atualização regular dos sistemas de</p><p>informações que compõe a base nacional de</p><p>informações do SUS</p><p>• Conselho de Saúde instituído em funcionamento</p><p>• Fundo de Saúde instituído por lei, categorizado como</p><p>fundo público em funcionamento</p><p>• Plano de Saúde, programação anual de saúde e</p><p>relatório de gestão submetidos ao respectivo</p><p>Conselho de Saúde</p><p>Os 3 principais instrumentos do Planejamento</p><p>Orçamentário</p><p>O Plano Plurianual – PPA (Visão Estratégica): com vigência de</p><p>quatro anos, expressa a visão estratégica da gestão</p><p>pública e tem como função estabelecer as diretrizes,</p><p>objetivos e metas de médio prazo da administração</p><p>pública. Prevê, entre outras coisas, as grandes obras</p><p>públicas a serem realizadas nos próximos anos;</p><p>A Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO (Visão Tática): com vigência</p><p>anual, orienta a elaboração da Lei Orçamentária Anual,</p><p>baseando-se no que foi estabelecido pelo Plano Plurianual.</p><p>Ou seja, é um elo entre o PPA e a LOA, tendo como</p><p>função estabelecer as políticas públicas e respectivas</p><p>prioridades para o exercício seguinte;</p><p>A Lei Orçamentária Anual – LOA (Visão Operacional): com vigência</p><p>anual, representa o orçamento anual propriamente dito.</p><p>Prevê, entre outras coisas, os orçamentos fiscal, da</p><p>seguridade social e de investimentos das estatais. Ou seja,</p><p>todos os gastos do governo para o próximo ano são</p><p>previstos em detalhe. Assim, a LOA tem o papel de</p><p>estimar a receita e fixar a programação das despesas</p><p>para o exercício financeiro.</p><p>São eles: Plano de Saúde, Programação Anual de Saúde</p><p>e o Relatório Anual de Gestão.</p><p>Plano de Saúde – Expressa em objetivos, diretrizes e metas</p><p>a serem cumpridas em 4 anos de gestão. Deve ser</p><p>elaborado a partir da percepção da gestão e dos</p><p>interesses da sociedade e aprovado pelo Conselho de</p><p>Saúde. É a partir desse plano que se deve formular a</p><p>proposta orçamentária em cada uma das esferas de</p><p>gestão do sistema. Ela é equivalente a PPA</p><p>O Plano de Saúde também é elaborado no primeiro ano</p><p>de governo e normalmente é discutido em uma</p><p>conferência de saúde em que o caráter participativo do</p><p>sistema se expressa em sua forma mais intensa. O Plano</p><p>de Saúde, depois de elaborado, necessariamente deve</p><p>ser submetido e aprovado pelo Conselho Municipal de</p><p>Saúde, o órgão deliberativo do SUS na esfera municipal.</p><p>A partir da análise do Plano Municipal de Saúde,</p><p>anualmente o gestor seleciona, dentre as ações ali</p><p>contidas, as atividades que poderão ser realizadas no</p><p>decorrer do próximo exercício, elaborando a</p><p>Programação Anual de Saúde, uma planilha com a</p><p>síntese das ações, os recursos alocados no orçamento</p><p>para desenvolvêl-as, os objetivos esperados, as metas e</p><p>os indicadores de acompanhamento.</p><p>• Quando se elabora um Orçamento, confecciona-se</p><p>um documento que assumirá forma de LEI – A lei</p><p>orçamentária</p><p>• Esse documento estabelecerá políticas, ações e</p><p>meios para concretizá-las, refletindo as necessidades</p><p>e os anseios da população que, definidas, conduzam</p><p>a estágios mais avançados de desenvolvimento,</p><p>qualidade de vida, equidade e bem-estar sociais.</p><p>A elaboração do Plano de Saúde deve ser orientada pelas</p><p>necessidades de saúde da população, considerando:</p><p>Análise situacional, orientada, entre outros, pelos</p><p>seguintes temas contidos no Mapa da Saúde: estrutura</p><p>do sistema de saúde; Redes de Atenção à Saúde;</p><p>condições socio sanitárias; fluxos de acesso; recursos</p><p>financeiros; gestão do trabalho e da educação na saúde;</p><p>ciência, tecnologia, produção e inovação em saúde; e</p><p>gestão; Definição de diretrizes, objetivos, metas e</p><p>indicadores; Processo de monitoramento e avaliação.</p><p>Programação Anual de Saúde (PAS) – É o instrumento que apresenta</p><p>como deverão ser operacionalizadas as intenções</p><p>expressas no Plano de Saúde. Ela deve informar quais</p><p>ações serão realizadas em cada ano, de forma a garantir</p><p>o alcance dos objetivos do Plano de Saúde, quais</p><p>indicadores serão utilizados e</p><p>a previsão do uso de</p><p>recursos orçamentários</p><p>• Operacionaliza as intenções expressas na PAS</p><p>É como um plano operacional que indica as ações</p><p>selecionadas entre as prioridades do Plano Municipal de</p><p>Saúde e detalha objetivos, metas e recursos necessários</p><p>para orientar os coordenadores dessas atividades e a</p><p>execução orçamentária e financeira a cargo do Fundo</p><p>Municipal de Saúde (FMS)</p><p>Deve conter: A definição das ações, que no ano</p><p>específico, irão garantir o alcance dos objetivos e o</p><p>cumprimento das metas do Plano de Saúde; A</p><p>identificação dos indicadores que serão utilizados para o</p><p>monitoramento da PAS; Previsão da alocação dos</p><p>recursos orçamentários necessários para o</p><p>cumprimento da PAS</p><p>A cada final de exercício (ano da execução</p><p>orçamentária), o gestor elabora o Relatório Anual de</p><p>Gestão, comparando o planejado com o executado,</p><p>avaliação útil para a elaboração da Programação Anual</p><p>de Saúde do próximo ano. O Relatório Anual de Gestão</p><p>é o instrumento que apresenta os resultados alcançados</p><p>pela gestão, indicando o percentual (%) de realização de</p><p>cada meta física e/ou financeira estabelecida para cada</p><p>ação incluída na Programação Anual de Saúde.</p><p>A Constituição Federal estabelece que o planejamento</p><p>governamental não tem apenas um orçamento</p><p>obrigatório por lei, mas três leis orçamentárias que se</p><p>complementam. O planejamento mais amplo, feito para</p><p>um período de quatro anos, é chamado de Plano</p><p>Plurianual (PPA) e é elaborado no primeiro ano de cada</p><p>gestão para embasar o segundo, o terceiro e o quarto</p><p>anos da gestão vigente e o primeiro ano da gestão</p><p>seguinte, quando será novamente elaborado.</p><p>A ideia do PPA é de que ele seja uma proposta que</p><p>ultrapasse o período de um mandato, garantindo</p><p>continuidade à ação governamental. Durante a vigência</p><p>do PPA é possível (e necessário) fazer revisões e</p><p>atualizações (em geral anuais) no seu conteúdo,</p><p>tornando-o um instrumento sempre orientado pelas</p><p>estratégias de governo e atualizado pelas necessidades</p><p>da conjuntura.</p><p>A partir dos programas incluídos no PPA, que agregam</p><p>um conjunto de ações que tenham a mesma finalidade,</p><p>é possível organizar a Lei de Diretrizes Orçamentárias</p><p>(LDO), que estabelece todos os anos a previsão da</p><p>receita para o próximo exercício e indica as prioridades</p><p>do governo extraídas do PPA. A aprovação da LDO</p><p>estabelece os parâmetros para o governo elaborar a Lei</p><p>do Orçamento Anual (LOA), que corresponde à seleção</p><p>das ações do PPA que serão realizadas e aos montantes</p><p>detalhados para cada uma das atividades programadas</p><p>para as ações do governo no ano seguinte à sua</p><p>aprovação.</p><p>O ciclo orçamentário é a série de passos ou processos,</p><p>articulados entre si, que se repetem em períodos</p><p>prefixados, por meio dos quais orçamentos sucessivos</p><p>são preparados, votados, executados, avaliados,</p><p>controlados e têm suas contas julgadas pela Corte de</p><p>Contas, num processo de contínua realimentação. Como</p><p>você pode observar, o ciclo orçamentário é maior do</p><p>que o conceito de exercício, já que ele se inicia no</p><p>exercício anterior ao de execução do orçamento e se</p><p>conclui no exercício seguinte ao da execução do</p><p>orçamento, ocupando praticamente o período de três</p><p>exercícios</p><p>O planejamento da saúde é obrigatório para os Entes</p><p>públicos e será indutor de políticas para a iniciativa</p><p>privada, e o Conselho Nacional de Saúde estabelecerá as</p><p>diretrizes a serem observadas na elaboração dos planos</p><p>de saúde, de acordo com as características</p><p>epidemiológicas e da organização de serviços nos Entes</p><p>federativos e nas Regiões de Saúde. No planejamento,</p><p>devem ser considerados os serviços e as ações de saúde</p><p>prestados pela iniciativa privada, de forma complementar</p><p>ou não ao SUS, os quais deverão compor os Mapas da</p><p>Saúde regional, estadual e nacional.</p><p>O Mapa da Saúde, uma ferramenta eletrônica que o</p><p>Ministério da Saúde está disponibilizando para os gestores</p><p>do SUS, poderá ser utilizada na identificação das</p><p>necessidades de saúde e orientará o planejamento</p><p>integrado dos Entes federativos, contribuindo para o</p><p>estabelecimento de metas de saúde.</p><p>O planejamento da saúde em âmbito estadual deve ser</p><p>realizado de maneira regionalizada, a partir das</p><p>necessidades dos municípios, considerando o</p><p>estabelecimento de metas de saúde. Compete à CIB</p><p>pactuar as etapas do processo e os prazos do</p><p>planejamento municipal em consonância com os</p><p>planejamentos estadual e nacional.</p><p>Com base no que estabelecem o Decreto n. 7.508/2011 e</p><p>a LC n. 141/2012, a Portaria n. 2.135 de 25 de setembro de</p><p>2013 estabelece diretrizes para o processo de</p><p>planejamento no SUS e indica alguns pressupostos:</p><p>1) Configurar como responsabilidade individual dos três</p><p>Entes federados a ser desenvolvido de forma contínua,</p><p>articulada, integrada e solidária entre as três esferas de</p><p>governo;</p><p>2) Respeitar os resultados das pactuações entre os</p><p>gestores nas Comissões Intergestores Regionais, Bipartite</p><p>e Tripartite;</p><p>3) Contemplar o monitoramento e a avaliação e integrar</p><p>a gestão do SUS;</p><p>4) Ser ascendente e integrado, do nível local até o</p><p>federal, orientado por problemas e necessidades de</p><p>saúde para a construção de Diretrizes, Objetivos e</p><p>Metas;</p><p>5) Compatibilizar os instrumentos de planejamento da</p><p>saúde (Plano de Saúde e respectivas Programações</p><p>Anuais, Relatório de Gestão com instrumentos de</p><p>planejamento e orçamento de governo – Plano Plurianual</p><p>(PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei</p><p>Orçamentária Anual (LOA), em cada esfera de gestão);</p><p>6) Assegurar a transparência e a visibilidade da gestão da</p><p>saúde, mediante incentivo à participação da comunidade;</p><p>7) A partir das necessidades de saúde da população em</p><p>cada região;</p><p>8) Ser elaborado de forma integrada.</p><p>Quando o espaço de análise se amplia para a gestão pública, o</p><p>planejamento não é mais apenas uma opção à improvisação. Ele</p><p>é obrigatório como um instrumento de gestão das organizações</p><p>públicas e acompanha compulsoriamente a execução das</p><p>políticas públicas. Todo gestor público se obriga a respeitar as</p><p>normas do direito público, que estabelece que o gestor só pode</p><p>realizar alguma ação se for expressamente autorizado a fazê-la.</p><p>O princípio da legalidade, assim, obriga que, todos os anos, os</p><p>gestores públicos se comprometam a apresentar ao poder</p><p>legislativo a previsão das receitas públicas e os gastos que serão</p><p>realizados pela esfera administrativa correspondente. Aprovadas</p><p>essa previsão e essa proposta de aplicação dos recursos públicos</p><p>em ações e serviços de interesse social, o governo está</p><p>autorizado legalmente a executar tal previsão de receitas e</p><p>gastos. Esse processo é chamado de processo orçamentário.</p><p>5W2H – Ferramenta de gestão que auxilia na definição e</p><p>execução de tarefas e projetos de forma clara e objetiva.</p><p>Seu nome é derivado de sete perguntas em inglês, que,</p><p>em português, são traduzidas como:</p><p>1. What (O que fazer?): Define a tarefa ou ação que</p><p>precisa ser realizada.</p><p>2. Why (Por que fazer?): Explica o propósito ou o motivo</p><p>da tarefa.</p><p>3. Where (Onde fazer?): Indica o local onde a tarefa será</p><p>executada.</p><p>4. When (Quando fazer?): Determina o prazo ou o</p><p>momento para a realização da tarefa.</p><p>5. Who (Quem faz?): Especifica a pessoa ou a equipe</p><p>responsável por executar a tarefa.</p><p>6. How (Como fazer?): Descreve o método ou os</p><p>procedimentos para a execução da tarefa</p><p>7. How much (Quanto custa?): Estima o custo associado</p><p>à execução da tarefa.</p><p>• Clareza e objetividade: As sete perguntas ajudam a</p><p>definir todas as informações necessárias para a</p><p>execução da tarefa, evitando ambiguidades.</p><p>• Facilidade de implementação: A metodologia é</p><p>simples e pode ser aplicada em diversos contextos,</p><p>desde tarefas cotidianas até projetos complexos.</p><p>• Identificação de responsabilidades: Ao definir “Quem</p><p>faz?”, fica claro quem é o responsável pela</p><p>execução, evitando conflitos de atribuição</p><p>• Planejamento</p><p>estruturado: O 5W2H facilita a</p><p>elaboração de planos detalhados, aumentando as</p><p>chances de sucesso na execução.</p><p>• Falta de análise estratégica: Embora seja útil para o</p><p>planejamento operacional, o 5W2H não se</p><p>aprofunda em aspectos estratégicos mais amplos</p><p>• Ausência de contexto externo: A metodologia não</p><p>considera fatores externos que podem impactar a</p><p>execução da tarefa, como mudanças no mercado</p><p>ou na legislação.</p><p>• Limitação em projetos complexos: Em projetos de</p><p>grande porte, pode ser necessário o uso de outras</p><p>ferramentas para uma visão mais abrangente.</p><p>SWOT – Ferramenta de planejamento estratégico que</p><p>permite identificar os pontos fortes e fracos de uma</p><p>organização, bem como as oportunidades e ameaças</p><p>presentes no ambiente externo. É realizada através da</p><p>análise dos seguintes aspectos:</p><p>Strengths (Forças): Características internas que</p><p>conferem vantagem competitiva à empresa.</p><p>Weaknesses (Fraquezas): Aspectos internos que</p><p>representam desvantagens ou limitações para a</p><p>organização.</p><p>Opportunities (Oportunidades): Fatores externos que</p><p>podem ser aproveitados a favor da empresa.</p><p>Threats (Ameaças): Fatores externos que representam</p><p>riscos ou desafios para a organização</p><p>• Visão abrangente: A SWOT oferece uma visão</p><p>completa do ambiente interno e externo da</p><p>organização, possibilitando uma análise holística.</p><p>• Identificação de direcionamentos estratégicos: Com</p><p>base na análise, é possível definir estratégias que</p><p>explorem pontos fortes e oportunidades, enquanto</p><p>mitigam fraquezas e ameaças</p><p>• Priorização de ações: Ajuda na priorização de ações</p><p>estratégicas, focando nos aspectos mais relevantes</p><p>para o sucesso da empresa.</p><p>• Flexibilidade: A análise SWOT pode ser aplicada a</p><p>empresas de qualquer tamanho ou setor, bem como</p><p>a projetos específicos.</p><p>• Simplificação excessiva: A classificação de fatores</p><p>como forças ou fraquezas pode ser subjetiva,</p><p>gerando interpretações distintas.</p><p>• Foco em eventos passados e atuais: A análise</p><p>SWOT geralmente se baseia em dados e</p><p>informações já conhecidas, o que pode limitar a</p><p>percepção de mudanças futuras.</p><p>• Limitação na priorização: A ferramenta pode não</p><p>fornecer uma estrutura clara para priorizar as ações</p><p>identificadas.</p><p>• Dependência de informações precisas: A qualidade</p><p>dos resultados depende da disponibilidade e precisão</p><p>dos dados utilizados para a análise</p><p>Integração 5W2H + SWOT</p><p>Embora o 5W2H e a Análise SWOT sejam ferramentas</p><p>distintas, elas podem ser complementares quando</p><p>utilizadas em conjunto. O 5W2H fornece um plano de</p><p>ação detalhado para a execução das estratégias</p><p>identificadas na análise SWOT. Por sua vez, a Análise</p><p>SWOT ajuda a contextualizar as ações propostas,</p><p>considerando os aspectos internos e externos que</p><p>podem influenciar o sucesso do plano</p><p>Aplicação na Esfera Pública</p><p>Podem ser usadas para melhorar a eficiência e a</p><p>transparência dos projetos governamentais. Por exemplo:</p><p>SWOT: Pode ajudar a identificar áreas onde os serviços</p><p>públicos são fortes e onde precisam de melhorias, além</p><p>de oportunidades para inovação e ameaças como</p><p>mudanças políticas.</p><p>5W2H: Pode ser usado para planejar e executar políticas</p><p>públicas, garantindo que todas as etapas sejam</p><p>claramente definidas e atribuídas.</p><p>Exemplos de Aplicação</p><p>Setor Público: No setor público, o planejamento</p><p>estratégico é utilizado para melhorar a eficiência dos</p><p>serviços e garantir que as políticas públicas atendam às</p><p>necessidades da população.</p><p>Setor Privado: No setor privado, ele é essencial para a</p><p>competitividade e crescimento das empresas, ajudando</p><p>a identificar oportunidades de mercado e a se preparar</p><p>para possíveis ameaças</p><p>Esferas do Governo – Nacional, Estadual e Municipal</p><p>Comissões Intergestores (Conselho Nacional de Secretarias</p><p>Municipais e Estaduais de Saúde)</p><p>Controle Social</p><p>• Conselhos de Saúde</p><p>• Conferências de Saúde</p><p>• Formular e definir políticas, normas e diretrizes.</p><p>• Repasse de verbas</p><p>• Executar vigilância sanitária de portos, aeroportos e</p><p>fronteiras</p><p>• Promover Descentralização</p><p>• Coordenar, acompanhar e avaliar as redes</p><p>• Apoio aos municípios</p><p>• Executar ações que os municípios não são capazes</p><p>• Secretarias Municiais de Saúde ou Prefeituras</p><p>• Executa ações de saúde e vigilância</p><p>• Fiscalizar</p><p>• Planejar, programar e organizar a rede</p><p>• Gerir serviços Públicos – Laboratórios e Hemocentros</p><p>Microárea ---- Território/Área ---- Distritos Sanitários ---</p><p>Municípios ---- Região de Saúde</p><p>• Secretários de saúde se unem para conversar sobre</p><p>• Importante na questão da descentralização</p><p>–</p><p>• Conselhos de Saúde – Papel deliberativo</p><p>• Conferências de Saúde – Acontecem a cada 4 anos,</p><p>diagnóstico e propostas das políticas de saúde</p><p>Introdução</p><p>A Política Nacional de Regulação foi instituída através da</p><p>Portaria nº 1.559 de 1º de agosto de 2008 do MS</p><p>I - Regulação de Sistemas de Saúde: tem como objeto os</p><p>sistemas municipais, estaduais e nacional de saúde, e</p><p>como sujeitos seus respectivos gestores públicos,</p><p>definindo a partir dos princípios e diretrizes do SUS,</p><p>macrodiretrizes para a Regulação da Atenção à Saúde e</p><p>executando ações de monitoramento, controle,</p><p>avaliação, auditoria e vigilância desses sistemas;</p><p>II - Regulação da Atenção à Saúde: exercida pelas Secretarias</p><p>Estaduais e Municipais de Saúde, conforme pactuação</p><p>estabelecida no Termo de Compromisso de Gestão do</p><p>Pacto pela Saúde: tem como objetivo garantir a</p><p>adequada prestação de serviços à população e seu</p><p>objeto é a produção das ações diretas e finais de</p><p>atenção à saúde, estando, portanto, dirigida aos</p><p>prestadores públicos e privados, e como sujeitos seus</p><p>respectivos gestores públicos, definindo estratégias e</p><p>macrodiretrizes para a Regulação do Acesso à</p><p>Assistência e Controle da Atenção à Saúde, também</p><p>denominada de Regulação Assistencial e controle da</p><p>oferta de serviços executando ações de monitoramento,</p><p>controle, avaliação, auditoria e vigilância da atenção e da</p><p>assistência à saúde no âmbito do SUS;</p><p>III - Regulação do Acesso à Assistência: também denominada</p><p>regulação do acesso ou regulação assistencial, tem como</p><p>objetos a organização, o controle, o gerenciamento e a</p><p>priorização do acesso e dos fluxos assistenciais no âmbito</p><p>do SUS, e como sujeitos seus respectivos gestores</p><p>públicos, sendo estabelecida pelo complexo regulador e</p><p>suas unidades operacionais e esta dimensão abrange a</p><p>regulação médica, exercendo autoridade sanitária para a</p><p>garantia do acesso baseada em protocolos, classificação</p><p>de risco e demais critérios de priorização.</p><p>A Regulação do Acesso Assistencial às ações e serviços</p><p>de saúde é de competência dos estados e municípios,</p><p>conforme expresso na Política Nacional de Regulação (PNR).</p><p>Incumbe, portanto, ao gestor de saúde local, adotar</p><p>medidas práticas, aptas a viabilizar o acesso dos pacientes</p><p>ao atendimento, diagnóstico ou terapêutico de que</p><p>necessitam, no âmbito territorial em que estão</p><p>circunscritos, ou adotar as medidas administrativas</p><p>direcionadas ao encaminhamento a outros estados,</p><p>sempre que exigir intervenções indisponíveis no seu</p><p>território de saúde.</p><p>Institui a Política Nacional Hospitalar (PNHOPS) no âmbito</p><p>do SUS, estabelecendo-se as diretrizes para a</p><p>organização do componente hospitalar da Rede de</p><p>Atenção à Saúde (RAS) – Portaria nº 3.390, de 30 de</p><p>dezembro de 2013;</p><p>O grande objetivo e desafio da regulação em saúde é</p><p>proporcionar o cuidado adequado em tempo oportuno</p><p>aos usuários do Sistema Único de Saúde, tendo como</p><p>base os princípios que norteiam o SUS, quais sejam, a</p><p>universalidade, a equidade e a integralidade.</p><p>Podemos citar vários instrumentos que compõe ou</p><p>subsidiam o processo de regulação em saúde:</p><p>Programação, Contratação de Serviços de Saúde e</p><p>Processamentos dos Sistemas, Informação</p><p>Ambulatorial e Sistema de Informação Hospitalar,</p><p>Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde,</p><p>e</p><p>Auditoria Assistencial.</p><p>A regulação intermunicipal com toda sua complexidade</p><p>(grades de referências, fluxos e/ou critérios de</p><p>encaminhamento, valores físicos/financeiros) deverá ser</p><p>pactuada nas Comissões Intergestores correspondente</p><p>(CIR e/ou CIB), conforme previsto no Decreto</p><p>A regulação da assistência, voltada para a disponibilização</p><p>da alternativa assistencial mais adequada à necessidade</p><p>do cidadão, de forma equânime, ordenada, oportuna e</p><p>qualificada, deverá ser realizada pela atenção primária, a</p><p>qual deverá acompanhar todo o percurso do usuário na</p><p>RAS.</p><p>Quanto aos procedimentos escassos e estratégicos</p><p>deverão ser regulados por meio da Central de Regulação</p><p>e/ou complexos reguladores que congreguem unidades</p><p>de trabalho responsáveis pela regulação das urgências,</p><p>consultas, leitos e outros que se fizerem necessários.</p><p>A PNR trata do complexo regulador como estruturas que</p><p>organizam a regulação do acesso por meio das centrais</p><p>de regulação:</p><p>I. – Central de Regulação Ambulatorial: regula o acesso a todos os</p><p>procedimentos ambulatoriais, incluindo terapias e cirurgias</p><p>ambulatoriais.</p><p>II. – Central de Regulação Hospitalar: regula o acesso aos leitos e</p><p>aos procedimentos hospitalares eletivos e, conforme</p><p>organização local, o acesso aos leitos hospitalares de</p><p>urgência.</p><p>III. – Central de Regulação de Urgências: regula o atendimento pré-</p><p>hospitalar de urgência e, conforme organização local, o</p><p>acesso aos leitos hospitalares de urgência.</p><p>O Complexo Regulador é composto por Centrais de</p><p>Regulação, as quais possuem papel fundamental no</p><p>desempenho das atividades assistenciais, utilizando, para</p><p>tanto,protocolos de acesso e sistemas informatizados,</p><p>com vistas ao manejo adequado e eficiente das</p><p>informações e dados referentes à regulação</p><p>https://wiki.saude.gov.br/contratacao</p><p>https://wiki.saude.gov.br/contratacao</p><p>https://wiki.saude.gov.br/sia</p><p>https://wiki.saude.gov.br/sia</p><p>https://wiki.saude.gov.br/sih</p><p>https://wiki.saude.gov.br/cnes</p><p>Conceitualmente, a fila de espera ocorre sempre que a</p><p>procura por determinado serviço é maior que a capacidade</p><p>do sistema de prover os serviços. Portanto, a fila de espera é</p><p>composta, por usuários que aguardam o mesmo</p><p>procedimento ou serviço de saúde cuja demanda é maior que</p><p>a oferta.</p><p>O objetivo do gerenciamento da fila de espera é disponibilizar</p><p>o recurso assistencial adequado ao usuário, mediante a</p><p>utilização de critérios, definidos com base em evidências</p><p>cientificas, para determinar e classificar o risco e priorizar o</p><p>usuário com vista a evitar a agudização do quadro clínico.</p><p>É importante ressaltar que a fila de espera é gerada quando</p><p>ocorre o desequilíbrio entre a oferta de procedimentos e/ou</p><p>serviços de saúde e as correspondentes solicitações para</p><p>atendimento, cabendo, ao gestor local do SUS, a administração</p><p>da fila, por intermédio das ações da Regulação da Atenção e</p><p>Regulação do Acesso.</p><p>O mencionado desequilíbrio ocorre por diversos fatores</p><p>(temporários ou permanentes), tais como:</p><p>• Inexistência de protocolos clínicos e de regulação;</p><p>• Desorganização do processo de regulação;</p><p>• Carência de recursos humanos;</p><p>• Ausência de pactuação das ações e serviços de saúde;</p><p>• Deficiência na elaboração da programação assistencial;</p><p>• Necessidade de gestão dos contratos de serviços de</p><p>saúde; e</p><p>• Carência de conhecimento técnico dos profissionais</p><p>envolvidos, dentre outros.</p><p>No SUS, a intervenção nas filas de espera é uma estratégia</p><p>necessária, onde se utilizam critérios para a priorização, como</p><p>por exemplo: a gravidade da condição de saúde do usuário, a</p><p>urgência relativa e taxa de deterioração do estado de saúde</p><p>pela doença.</p><p>Mensurar o tempo de espera é importante para avaliar o</p><p>planejamento e a coordenação dos serviços de saúde no</p><p>atendimento aos usuários. Tempos de espera longos ou</p><p>desiguais podem constituir indicadores de insuficiência,</p><p>ineficiência ou má priorização na utilização dos recursos</p><p>disponíveis, com o intento de demonstrar desigualdade no</p><p>acesso dos usuários aos serviços de saúde da Rede de</p><p>Atenção à Saúde (RAS).</p><p>Os usuários que integram na fila de espera, para receber</p><p>assistência à saúde, devem ser informados, preferencialmente,</p><p>de forma documental, do procedimento solicitado (consulta,</p><p>exame, cirurgia) e dos esclarecimentos sobre o tempo de</p><p>espera para a conclusão do atendimento, tais como:</p><p>• Critérios de prioridade da fila;</p><p>• Sua posição na fila, e</p><p>• Trâmites burocráticos instituídos até a realização do</p><p>procedimento indicado.</p><p>Para que ocorra o acesso equitativo aos serviços de saúde, a</p><p>inserção do usuário na fila não deve ser somente por ordem</p><p>de solicitação, e nem tampouco de forma aleatória. A</p><p>organização da fila de espera é essencial para o adequado</p><p>gerenciamento, e deve ser baseada em critérios</p><p>técnicos/científicos, realizada por tipo de procedimento, por</p><p>nível de atenção à saúde, por região ou território e como</p><p>única forma de acesso ao recurso assistencial solicitado. Assim,</p><p>a fila de espera se torna relevante instrumento gerencial para</p><p>auxiliar o gestor na aplicação dos recursos assistenciais</p><p>disponíveis com qualidade e equidade.</p><p>Os processos que compõem um sistema de gerenciamento</p><p>fila de espera são:</p><p>• Entrada (input) cadastramento das solicitações: solicitação</p><p>de procedimento efetuada contendo o Cartão Nacional</p><p>de Saúde (CNS) do usuário e minimamente a queixa</p><p>principal, resultado dos exames e procedimentos</p><p>realizados, procedimento solicitado, justificativa da</p><p>solicitação, unidade de saúde e médico solicitante</p><p>• Classificação de risco e priorização</p><p>• Busca da unidade executante para atender o usuário;</p><p>• Capacidade da unidade executante em atender ao</p><p>usuário;</p><p>• Previsão do tempo para atendimento do e usuário;</p><p>• Saída (output) disciplina de atendimento:</p><p>• First In, First Out: primeiro a entrar, primeiro a sair;</p><p>• Fila com prioridade, baseada num escore de</p><p>gravidade.</p><p>A solicitação do procedimento ao ser encaminhado para a fila</p><p>de espera deve conter os dados atualizados do usuário que</p><p>permitam sua localização e convocação para atendimento.</p><p>O ordenamento das solicitações se inicia com a classificação</p><p>de risco e priorização do atendimento, mediante protocolos</p><p>de regulação.</p><p>O tempo em que o usuário permanece na fila aguardando</p><p>atendimento pode ser considerado como indicativo de</p><p>qualidade do serviço e está relacionado à capacidade do</p><p>sistema em atender às necessidades assistenciais da</p><p>população. Isso torna o gerenciamento da Fila de Espera um</p><p>processo complexo e dinâmico, de responsabilidade do gestor</p><p>local do SUS, mediante a organização das atividades da</p><p>Regulação e dos Serviços de Saúde.</p><p>A qualificação dos encaminhamentos para as referências</p><p>especializadas deve acontecer na própria Unidade de Saúde</p><p>que gerou a solicitação. A solicitação pode ser gerada na</p><p>Atenção Primária ou em uma Unidade Especializada.</p><p>Uma das particularidades da fila de espera de uma Unidade</p><p>Solicitante é a rotatividade que deve acontecer num curto</p><p>espaço de tempo.</p><p>Caso o tempo de espera seja maior do que o período indicado</p><p>no protocolo clínico ou de regulação, a Unidade Solicitante</p><p>deve encaminhar a solicitação para a Central de Regulação.</p><p>A Unidade Solicitante encaminha o pedido para a Central de</p><p>Regulação nos seguintes casos:</p><p>• Quando houver urgência e sua cota tiver esgotado;</p><p>• Quando necessitar de um procedimento regulado pela</p><p>central; ou</p><p>• Quando houver a necessidade de referenciar a solicitação</p><p>para outro município.</p><p>O absenteísmo é identificado em diversos contextos, sendo</p><p>definido, no setor saúde, como a falha no atendimento ou o</p><p>não atendimento do usuário nos serviços de saúde. E, ainda,</p><p>o absenteísmo de usuários consiste no ato de não</p><p>comparecer às consultas e/ou aos procedimentos agendados,</p><p>sem qualquer comunicação prévia ao local de realização.</p><p>O absenteísmo é considerado, atualmente,</p><p>como sendo um</p><p>problema mundial no contexto da assistência à saúde, tanto</p><p>no setor público como no setor privado. No cenário do SUS,</p><p>é um assunto de crescente interesse, em virtude do grande</p><p>número de usuários que aguardam atendimento, bem como</p><p>sua interferência na área econômica, pois acarreta prejuízo à</p><p>gestão do sistema. A falta às consultas é um dos fatores que</p><p>contribuem para o crescimento das filas de espera do</p><p>atendimento, uma vez que há retroalimentação da fila pelos</p><p>usuários faltosos, com consequente diminuição do</p><p>aproveitamento da oferta assistencial.</p><p>No SUS, o absenteísmo se apresenta como uma barreira na</p><p>extensão da cobertura e do acesso dos usuários aos serviços</p><p>de saúde pública, dificultando as melhorias de atenção</p><p>assistencial disponibilizadas à população. O não</p><p>comparecimento dos usuários às consultas, exames,</p><p>procedimentos e terapias agendados em ambulatórios do SUS,</p><p>tem comprometido o atendimento dispensado à população.</p><p>Monitorar esses dados é imprescindível, pois ações podem vir</p><p>a ser executadas para reduzir o impacto do absenteísmo nos</p><p>serviços ambulatoriais</p><p>Os motivos para o absenteísmo de usuários do SUS, em</p><p>consultas e exames especializados, são variados e culminam</p><p>em perdas de recursos públicos. Além disso, afetam a</p><p>continuidade da assistência e a resolutividade, pois contribuem</p><p>para o aumento das filas de espera e das demandas por</p><p>urgência em consequência dessas faltas</p><p>As consequências oriundas do absenteísmo envolvem</p><p>usuários, trabalhadores e gestores, sendo o usuário, em regra,</p><p>o mais prejudicado e implicando na descontinuidade do</p><p>cuidado, no adiamento da resolução da demanda de saúde, no</p><p>aumento do tempo de espera para consulta, no aumento da</p><p>insatisfação em relação ao serviço de saúde, na busca por</p><p>caminhos alternativos como a automedicação, bem como no</p><p>uso de serviços de urgência e emergência.</p><p>No âmbito do SUS, os Indicadores de Saúde devem ser</p><p>utilizados na elaboração dos vários processos de gestão dos</p><p>sistemas de saúde, tais como: Planejamento, Programação,</p><p>Regulação, Contratualização, Controle, Avaliação, Auditoria,</p><p>Sistemas de Informação e Financiamento das ações e serviços</p><p>de saúde. Para a construção de um indicador deve ser definido:</p><p>o nome, sua fórmula de cálculo (denominador e numerador),</p><p>tipo do indicador (taxa, índice, percentual, número absoluto,</p><p>razão simples entre outros), a fonte de informação que o dado</p><p>será obtido, a metodologia (retrospectivo, prospectivo,</p><p>transversal), a amostra, o responsável pelo indicador, a</p><p>frequência de obtenção de informações no período</p><p>determinado e o objetivo ou meta a ser alcançado. Na saúde</p><p>pública, os indicadores são classificados em demográficos,</p><p>socioeconômicos, mortalidade, morbidade e fatores de risco,</p><p>recursos e cobertura. A partir destas definições, podemos</p><p>sintetizar o escopo dos indicadores em: Conceituação;</p><p>Interpretação; Uso e limitações; Fonte de dados; e Método de</p><p>cálculo.</p><p>• Demográficos</p><p>• Socioeconômicos</p><p>• Mortalidade</p><p>• Morbidade</p><p>• Fatores de Risco e de proteção</p><p>• Recursos</p><p>• Cobertura</p><p>A qualidade de um indicador depende das propriedades dos</p><p>componentes utilizados em sua formulação (frequência de casos,</p><p>tamanho da população em risco) e da precisão dos sistemas de</p><p>informação empregados (registro, coleta, transmissão dos dados). A</p><p>validade de um indicador, por sua vez, é determinada por</p><p>sua sensibilidade (capacidade de detectar o fenômeno</p><p>analisado), especificidade (capacidade de detectar somente o</p><p>fenômeno analisado), mensurabilidade (basear-se em dados</p><p>disponíveis ou fáceis de conseguir), relevância (responder a</p><p>prioridades de saúde) e custo-efetividade (os resultados justificam o</p><p>investimento de tempo e recursos)</p><p>Os Indicadores de Saúde são medidas informativas</p><p>representadas mediante proporções, índices, coeficientes ou</p><p>taxas, que são utilizadas para descrever, analisar ou relacionar</p><p>determinantes e ao estado de saúde de uma determinada</p><p>população determinantes ao estado de saúde</p><p>Dispor de número específico de cadastramento no</p><p>Sistema Nacional de Cadastro de Estabelecimento de</p><p>Saúde (SCNES), não sendo aceita a utilização do número</p><p>do cadastro da Secretaria de Saúde estadual, distrital ou</p><p>municipal;</p><p>• Possuir central de regulação em funcionamento;</p><p>• Ter abrangência regional;</p><p>• Possuir e utilizar protocolos clínicos;</p><p>• Utilizar sistema informatizado de suporte ao processo</p><p>regulatório, com funcionalidade de fila de espera</p><p>eletrônico;</p><p>Regular no mínimo 20% da oferta das consultas</p><p>especializadas e 30% da oferta dos procedimentos</p><p>ambulatoriais de alta complexidade;</p><p>Funcionar todos os dias por pelo menos 6 horas diárias;</p><p>Regular no mínimo 50% da oferta de internações no</p><p>território de abrangência dos serviços regulados pela</p><p>central;</p><p>Funcionar nas 24 horas do dia e nos sete dias da semana</p><p>O proponente deve criar mecanismos de regulação no</p><p>âmbito da Atenção Primária, com definição de</p><p>Prioridades de acesso aos outros serviços ou níveis de</p><p>atenção.</p><p>Inserir nas Centrais de Regulação os componentes de</p><p>referência das redes temáticas e linhas de cuidado prioritárias,</p><p>a saber:</p><p>a) Rede de Atenção às Urgências e Emergências;</p><p>b) Rede Cegonha;</p><p>c) Rede de Atenção Psicossocial;</p><p>d) Ações e serviços de diagnóstico e tratamento do câncer</p><p>de mama e câncer de colo do útero;</p><p>e) Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência; e</p><p>f) Propedêutica e terapêutica para o portador de afecções</p><p>renocardiovasculares, e demais agravos considerados</p><p>prioritários pelas comissões intergestores.</p><p>Ter 100% (cem por cento) dos recursos assistenciais de</p><p>referência das redes prioritárias sobre regulação no Complexo</p><p>Regulador em até doze meses após a publicação da Portaria</p><p>de habilitação ao recebimento do incentivo financeiro de</p><p>custeio</p><p>O Tratamento Fora do Domicílio (TFD), instituído por</p><p>meio da Portaria SAS/MS nº 55/1999, consolidada na</p><p>Portaria de Consolidação SAES/MS nº 1, de 22 de</p><p>fevereiro de 2022, Seção XII, Capítulo II [1], consiste em</p><p>ajuda de custo a ser fornecida aos pacientes atendidos</p><p>na rede pública ou conveniada/contratada do SUS que</p><p>dependam de tratamento fora de seu domicílio, mediante</p><p>garantia de atendimento no município de referência.</p><p>Compete às secretarias estaduais de saúde propor às</p><p>respectivas Comissões Intergestores Bipartite (CIB), "a</p><p>https://wiki.saude.gov.br/regulacao/index.php/Tratamento_Fora_do_Domic%C3%ADlio_(TFD)#cite_note-pc1_22_02_2022-1</p><p>definição dos recursos financeiros destinados ao TFD". Nesse</p><p>contexto, é importante sublinhar que as secretarias estaduais</p><p>e municipais de saúde são responsáveis por pactuar, nos</p><p>espaços de articulação política, a complementação do valor</p><p>repassado previamente pelo Ministério da Saúde, tendo como</p><p>parâmetro o quantitativo definido na Tabela de</p><p>Procedimentos, Medicamentos, Órteses, Próteses e Materiais</p><p>Especiais do SUS. Compete, ainda, aos gestores locais do SUS,</p><p>a operacionalização e a garantia do custeio do tratamento</p><p>realizado fora do domicílio, bem como a definição, em CIB,</p><p>dos recursos financeiros destinados ao TFD, cabendo a cada</p><p>gestor a prerrogativa de complementação, de acordo com a</p><p>realidade local e as condições necessárias e suficientes para o</p><p>atendimento das demandas por Tratamento Fora de Domicílio</p><p>da população, de forma a oferecer, aos pacientes</p><p>contemplados, acesso a todos os recursos de tratamento</p><p>disponíveis no SUS. Ao Ministério da Saúde, no âmbito de suas</p><p>atribuições, compete o envio de sua contrapartida a estados</p><p>e municípios, visando o custeio do TFD, por meio das</p><p>transferências regulares e automáticas dos tetos financeiros</p><p>de média e alta complexidade (Teto MAC).</p><p>Como estratégia para apoiar os gestores públicos na</p><p>formalização dos instrumentos contratuais, pressupostos</p><p>para a viabilização da participação complementar da</p><p>iniciativa privada na execução de ações</p><p>e serviços de</p><p>saúde e no credenciamento de prestadores de serviços</p><p>de saúde no Sistema Único de Saúde (SUS).</p><p>A contratação de serviços de saúde das instituições</p><p>privadas, de forma complementar, e a sua relação com</p><p>o gestor, deve ser estabelecida por vínculos formais,</p><p>permitindo suprir a insuficiência dos serviços no setor</p><p>público, assegurada a preferência às entidades</p><p>filantrópicas e as sem fins lucrativos, conforme dispõe o</p><p>art. 199, §1º da C.F, observadas as exigências gerais</p><p>aplicáveis.</p><p>No contrato, os interesses são opostos e contraditórios,</p><p>enquanto no convênio eles são recíprocos;</p><p>No convênio, os entes têm objetivos institucionais comuns e</p><p>trabalham com o objetivo de alcançá-los, enquanto que</p><p>no contrato isto não é observado.</p><p>No contrato, é imprescindível o processo licitatório, enquanto</p><p>no convênio a licitação é inexigível, pois não há viabilidade de</p><p>competição;</p><p>No convênio, há mútua colaboração que poderá ocorrer de</p><p>diversas formas: repasse de recursos, equipamentos, recursos</p><p>humanos, materiais e imóveis sem precificação, que é uma</p><p>característica do contrato;</p><p>No contrato, o valor pago a título de remuneração integra o</p><p>patrimônio da entidade que o recebeu, enquanto que</p><p>no convênio a entidade deverá utilizar o valor recebido para a</p><p>execução de determinada atividade.</p><p>No convênio, a entidade fica obrigada a prestar contas aos</p><p>órgãos de controle interno e externo sobre a utilização do</p><p>recurso público recebido, enquanto que no contrato não há</p><p>essa obrigatoriedade.</p><p>Concorrência – “Modalidade realizada entre quaisquer</p><p>interessados do ramo de que trata o objeto da licitação,</p><p>que na fase de habilitação preliminar comprovem possuir</p><p>os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital</p><p>para execução de seu objeto”.</p><p>Tomada de preços – “Modalidade aberta a quaisquer</p><p>interessados devidamente cadastrados ou que</p><p>atenderem a todas as condições exigidas para</p><p>cadastramento até o terceiro dia anterior à data do</p><p>recebimento das propostas, que comprovem possuir os</p><p>requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital”.</p><p>Convite – “Modalidade realizada entre interessados do ramo</p><p>pertinente ao objeto da licitação, escolhidos e convidados</p><p>em número mínimo de três pela Administração,</p><p>cadastrados ou não. É a modalidade de licitação mais</p><p>simples. A divulgação deve ser feita mediante afixação</p><p>de cópia do convite em quadro de avisos do órgão ou</p><p>entidade, localizado em lugar de fácil acesso e de</p><p>divulgação. Permite-se a participação de possíveis</p><p>licitantes que não tenham sido formalmente convidados,</p><p>mas que sejam do ramo do objeto licitado, desde que</p><p>cadastrados no órgão ou entidade que licita ou no</p><p>Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores</p><p>(Sicaf). Os interessados devem solicitar o convite com</p><p>antecedência de até vinte e quatro horas da</p><p>apresentação das propostas”.</p><p>Importante destacar que na contratação das entidades</p><p>prestadoras de serviços de saúde ambulatorial ou</p><p>hospitalar, deverão ser observadas as normas constantes</p><p>na Lei n.º 8.666/1993, cujo art. 2º determina à</p><p>Administração Pública a obrigatoriedade de promover</p><p>certames licitatórios sempre que necessitar contratar</p><p>serviços ou adquirir bens. Por outro lado, a própria lei</p><p>admite hipóteses de licitação dispensada, dispensável e</p><p>de inexigibilidade de licitação.</p><p>Licitação Dispensada - está prevista no artigo 17 da Lei n.º</p><p>8.666/1993 e configura- se em hipótese em que não há</p><p>possibilidade de realização do certame licitatório. Não há</p><p>discricionariedade para a Administração.</p><p>A licitação dispensada é aplicada na hipótese de alienação</p><p>de bens da Administração.</p><p>Licitação Dispensável - Apesar de possível a realização da</p><p>licitação, a Administração Pública poderá não fazê-la,</p><p>optando pela dispensa. As hipóteses em que a licitação é</p><p>dispensável estão taxativamente previstas no art. 24 da</p><p>Lei n.º 8.666/1993.</p><p>Inexigibilidade – prevista no artigo 25 da Lei de Licitações,</p><p>ocorrerá quando houver inviabilidade de competição. No</p><p>caso das contratações de serviços de saúde, decorrerá</p><p>da impossibilidade jurídica ou técnica de competição</p><p>entre os eventuais licitantes, pela natureza específica do</p><p>negócio ou em virtude dos objetos visados, diante das</p><p>condições de igualdade apuradas na habilitação (art. 27</p><p>da Lei n.º 8.666/1993) e precificação pela Administração.</p><p>Cabe, ainda ressaltar que também são modalidades de</p><p>licitação o Pregão, o Concurso e o Leilão.</p><p>O Pregão destina-se exclusivamente a contratação de bens</p><p>e serviços comuns, independentemente do valor</p><p>estimado da contratação; o Concurso é para atender</p><p>escolha de trabalho técnico, científico e artístico,</p><p>mediante instituição de prêmios ou remuneração aos</p><p>vencedores, conforme critério constante do edital; e o</p><p>Leilão trata de venda de imóveis inservíveis para a</p><p>administração ou de produtos legalmente apreendidos e</p><p>ou penhorados, ou para alienação de bens imóveis.</p><p>A formalização jurídica por meio de contratos que</p><p>contenham de forma clara os direitos e deveres de cada</p><p>uma das partes representa ganhos para os gestores do</p><p>SUS conforme explicitado a seguir:</p><p>1. Legitima a transferência de recursos públicos para o</p><p>setor privado;</p><p>2. Utiliza os contratos como instrumento de regulação</p><p>e avaliação dos resultados dos serviços prestados.</p><p>O contrato representa o acordo de compromissos</p><p>estabelecidos entre as partes. Nele deve estar explícito</p><p>que todo o elenco de procedimentos contratados ficará</p><p>disponível à regulação, por esse motivo ele é</p><p>considerado o primeiro instrumento da regulação do</p><p>acesso.</p><p>Credenciamento é o procedimento administrativo pelo qual a</p><p>Administração convoca interessados para, segundo condições</p><p>previamente definidas e divulgadas, credenciarem-se como</p><p>prestadores de serviços ou beneficiários de um negócio</p><p>futuro a ser ofertado, quando a pluralidade de serviços</p><p>prestados for indispensável à adequada satisfação do interesse</p><p>coletivo ou, ainda, quando a quantidade de potenciais</p><p>interessados for superior à do objeto a ser ofertado e por</p><p>razões de interesse público a licitação não for recomendada.</p><p>• O SUS permite a iniciativa provada em sua Lei 8080</p><p>• Nosso sistema é considerado híbrido</p><p>• Dita as regras e regulariza a fiscalização dos serviços</p><p>suplementares (planos de saúde)</p><p>• ANS – Agência Nacional de Saúde Suplementar</p><p>Saúde suplementar: A medicina privada e o sistema de</p><p>saúde suplementar no Brasil são componentes</p><p>integrados, mas distintos do sistema de saúde, com foco</p><p>na prestação de serviços médicos a partir de convênios</p><p>e seguros de saúde. Segundo Castilho (2018), o médico</p><p>de família desempenha um papel central na coordenação</p><p>do cuidado, mesmo dentro do sistema suplementar,</p><p>garantindo que o paciente tenha acesso a um cuidado</p><p>contínuo e integrado, evitando a fragmentação do</p><p>tratamento. A relação entre médico, paciente e</p><p>operadoras de saúde é fundamental para a gestão</p><p>eficiente dos recursos e para a manutenção da qualidade</p><p>no atendimento. regulação e ampliação da oferta em</p><p>convênio com serviços privados-contratualização para</p><p>assegurar a eficácia e a equidade na regulação e</p><p>ampliação da oferta em convênio com serviços privados,</p><p>é essencial que sejam estabelecidos critérios claros para</p><p>a seleção dos serviços privados. Esses critérios devem</p><p>garantir que os serviços cumpram padrões de qualidade</p><p>e que a oferta esteja alinhada com as necessidades da</p><p>população. Isso ajuda a garantir que o atendimento seja</p><p>integrado, eficiente e respeite os princípios do SUS,</p><p>como a universalidade e a equidade. De acordo com os</p><p>princípios da regulação no SUS, dentre os critérios claros</p><p>para a seleção dos serviços privados, estão realizar um</p><p>mapeamento detalhado das ofertas de serviços privados</p><p>na região, avaliando cuidadosamente a capacidade</p><p>técnica, a qualidade e a adequação dos serviços antes de</p><p>estabelecer convênios. Isso assegura que os</p><p>pacientes</p><p>recebam exames especializados em tempo hábil, com</p><p>qualidade e de maneira equitativa, evitando a contratação</p><p>de serviços inadequados que possam comprometer a</p><p>eficácia do atendimento e aumentar os custos</p><p>desnecessariamente. Essa abordagem também contribui</p><p>para a transparência e a sustentabilidade dos contratos</p><p>firmados com prestadores privados A regulação em</p><p>saúde é um componente essencial para garantir a</p><p>eficiência e a equidade no acesso aos serviços de saúde,</p><p>especialmente dentro do Sistema Único de Saúde (SUS)</p><p>no Brasil.</p><p>Autogestão – Administrado diretamente pelas próprias</p><p>empresas. Exclusivas para pessoa jurídica, serviços</p><p>próprios credenciados e de livre escolha</p><p>Medicina de Grupo – Empresa constituída para prestar</p><p>assistência médica. Um pré-pagamento. Pode ser para</p><p>pessoa física ou jurídica</p><p>Cooperativas Médicas – Médicos cooperados (‘’donos’’). Tem</p><p>serviços próprios e credenciados, como a UNIMED.</p><p>Seguro Saúde – Livre escolha, e ela pode ter o reembolso.</p><p>Regulamentação pela SUSEP</p><p>Quanto a forma de contratação – Individual, familiar, coletivo,</p><p>empresarial, coletivo por adesão</p><p>Tipo de Cobertura – Integral do plano de referência, integral</p><p>por seguimento</p><p>Abrangência Geográfica – Municipal, Estadual ou Nacional</p><p>Época de Contratação – Antigos ou Novos (a partir de 1999) e</p><p>adaptados</p><p>• Lei dos Planos – Lei n° 9656 de 1998</p><p>• Modificada em 2001</p><p>Proibiu e Impediu:</p><p>• Redução ou exclusão de cobertura</p><p>• Seleção de risco e rompimento unilateral</p><p>• Aumento por faixa para maior de 60 anos</p><p>Exigiu:</p><p>• Cobertura para todas as doenças da CID</p><p>• Controle dos reajustes de preço</p><p>• Consultas e prazo de internação ilimitados</p><p>Permitiu</p><p>• Segmentação dos Planos – Exclusivamente</p><p>hospitalares ou ambulatoriais</p><p>• Criação da ANS</p><p>Suplementar – Planos de Saúde</p><p>Complementar – Essa participação NÃO é feita por planos</p><p>de saúde. Conforme definido pela Lei n° 8080/90, que</p><p>acontece quando o SUS não dispõe de determinados</p><p>recursos ele pode contratar ou fazer convênios com a</p><p>rede privada.</p><p>Se dá preferência para entidades filantrópicas que se</p><p>encaixam nos critérios e remuneração do SUS + CNS,</p><p>que será submetido as normas, princípios e diretrizes do</p><p>SUS</p><p>Vinculada ao MS, criada em 2000</p><p>Existe para criar essa defesa do interesse público na</p><p>assistência suplementar</p><p>• Econômico</p><p>• Assistencial</p><p>Faz a regulação para fazer o intermédio do interesse</p><p>público/sustentabilidade</p><p>Exemplo Prático</p><p>O SUS deve receber</p><p>ressarcimento que funciona</p><p>acontecendo por um</p><p>cruzamento de dados entre o</p><p>ANS + DATASUS</p><p>Fazem a comparação de cadastro de planos e AIHs e</p><p>acabem fazendo contato com o plano pedir o</p><p>ressarcimento dos valores</p><p>Não envolve o usurário</p><p>• Gasto Privado em Saúde é maior que o Público no</p><p>Brasil</p><p>Maior parte dos estabelecimentos hospitalares e unidades</p><p>de diagnose e terapia – planos de saúde</p><p>Sistema Nacional de Auditoria (SNA) é composto pelas</p><p>unidades de auditoria instituídos em cada nível de</p><p>governo, tendo a sua estrutura e funcionamento como</p><p>indicativos da organização a ser observada por Estados,</p><p>Distrito Federal e Municípios para a consecução dos</p><p>mesmos objetivos no âmbito de suas respectivas</p><p>atuações, conforme preconizado no decreto N° 1651.</p><p>A auditoria envolve a análise detalhada das práticas</p><p>clínicas, da utilização dos recursos e da conformidade</p><p>com as normativas e padrões estabelecidos. No sistema</p><p>público, a auditoria visa garantir que os serviços</p><p>oferecidos pelo SUS sejam realizados de acordo com as</p><p>diretrizes nacionais, otimizando os recursos e</p><p>promovendo equidade. No setor privado, a auditoria foca</p><p>no controle de custos, na qualidade dos serviços e na</p><p>conformidade com as exigências dos contratos de saúde</p><p>suplementar</p><p>A auditoria é um processo sistemático, documentado e</p><p>independente de se avaliar objetivamente uma</p><p>situação/condição para determinar a extensão no qual</p><p>critérios são atendidos, afim de obter evidências e relatar</p><p>os resultados encontrados.</p><p>Na saúde, a auditoria avalia se os serviços, procedimentos</p><p>e atendimentos estão de acordo com as normas</p><p>regulatórias, protocolos assistenciais e boas práticas de</p><p>atenção básica e hospitalares, a fim de garantir o</p><p>atendimento prestado.</p><p>Componentes do Sistema de Saúde</p><p>• Financiadores</p><p>• Prestadores</p><p>• Usuários</p><p>• Regulador</p><p>A regulação é realizada pelos órgãos governamentais,</p><p>como MS, secretarias públicas estaduais e municipais, que</p><p>o fazem por meio da regulamentação, do controle, da</p><p>fiscalização e da punição. O Ministério da Saúde, por</p><p>intermédio da Agência Nacional de Saúde Suplementar</p><p>(ANS), regula o sistema de saúde suplementar,</p><p>controlando, fiscalizando e punindo também o sistema</p><p>privado</p><p>Composição da Equipe de Auditoria – Diferentes profissionais,</p><p>geralmente a constituição básica é um médico + um</p><p>enfermeiro + pessoal administrativo. Podem ser:</p><p>administrador de empresas, assistente social, cirurgião-</p><p>dentista, conta- dor, advogado e psicólogo.</p><p>• Ferramenta importante utilizada para fiscalizar se os</p><p>atendimentos estão sendo realizados e cobrados</p><p>corretamente.</p><p>• Auxilia na diminuição dos custos das operadoras de planos</p><p>de saúde (convênios), pois os custos de internação vêm</p><p>se tornando um gargalo para essas instituições</p><p>• Controle preventivo dos hospitais em relação as glossas</p><p>hospitalares</p><p>• Contribuir com a gestão por meio da análise dos</p><p>resultados das ações e dos serviços públicos de saúde.</p><p>(públicos e privados)</p><p>• Desempenha papel importante no controle do</p><p>desperdício dos recursos públicos</p><p>• Colabora para transparência e credibilidade da gestão a</p><p>valia a rede credenciada</p><p>• Avalia a exatidão dos faturamentos dos prestadores de</p><p>serviço</p><p>• Possibilita o acesso da sociedade (controle social) às</p><p>informações e aos resultados das ações e dos serviços</p><p>de saúde do SUS.</p><p>Benefícios da Auditoria em Saúde</p><p>• Transparência</p><p>• Garantia da assistência de qualidade</p><p>• Gestão mais eficiente</p><p>• Identificação e correção de falhas</p><p>• Geração de indicadores estratégicos</p><p>• Maior controle das informações de internações</p><p>• Identificação de potenciais fraudes</p><p>• Otimização de Processos</p><p>• Controle de Riscos</p><p>• Redução de Custos</p><p>Processo Sistemático – Procedimentos específicos que devem</p><p>ser aplicados de forma rigorosa, estruturada em 3 etapas</p><p>consecutivas: Planejamento da Auditoria, Execução e</p><p>Comunicação dos resultados através de relatório formal.</p><p>Processo Documentado – Todos os seus procedimentos e</p><p>produtos devem ser registrados segundo determinados</p><p>padrões de modo a assegurar sua revisão e organização</p><p>das contatações e evidencias obtidas.</p><p>Governo – Controle Interno (Auditor) e Controle Externo</p><p>(tribunais de contas, MP, controladorias gerais)</p><p>Sociedade – Controle social (formado pelos conselhos)</p><p>Existem 3 tipos principais, ela possui vertentes quanto a</p><p>classificação, modalidade e função. De forma geral, é feita</p><p>em 3 tipos quanto a sua função:</p><p>• Auditoria Preventiva</p><p>• Auditoria Operacional</p><p>• Auditoria Analítica</p><p>Auditoria Preventiva – Analisa os procedimentos antes de</p><p>serem implementados. A auditoria pode ser vista na área</p><p>de regulação das operadoras de saúde, sendo uma</p><p>prática comum na liberação de guias</p><p>Auditoria Operacional – Verifica o trabalho da equipe durante</p><p>ou após o serviço prestado (normas estabelecidas). Neste</p><p>caso, o auditor pode ter acesso ao paciente, prontuário</p><p>e aos familiares durante internação. Atua na liberação de</p><p>procedimentos, medicamentos, materiais e outros itens</p><p>necessários na internação</p><p>Auditoria Analítica – Funciona a partir da análise criteriosa das</p><p>informações obtidas nas auditorias preventiva e</p><p>operacional. Através dela é possível identificar os gargalos</p><p>da operação, inconformidades e potenciais fraudes na</p><p>operação. O objetivo desta auditoria é desenvolver</p><p>indicadores</p>