Prévia do material em texto
FICHA TÉCNICA info@almadoslivros.pt www.almadoslivros.pt facebook.com/almadoslivrospt instagram.com/almadoslivros.pt © 2019 Direitos desta edição reservados para Alma dos Livros Titulo: Juro Amar-me Autora: Isabel Baía Marques Revisão: Silvina de Sousa Paginação: Gráfica 99 Capa: Catarina Cardoso/Alma dos Livros Impressão e acabamento: Multitipo — Artes Gráficas, Lda. ISBN: 978-989-8907-78-3 1.ª edição em papel: maio de 2019 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte deste livro pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer forma sem permissão por escrito do proprietário legal, salvo as exceções devidamente previstas na lei. AVISO: A informação constante neste livro destina-se apenas a fins de informação geral. Qualquer aplicação do material estabelecido nas páginas a seguir é do critério do leitor e é sua única responsabilidade. PERMITE-TE AMAR-TE eu sei que tu muitas vezes te sentes só. Eu sei que tu tens dado o teu melhor, tens feito o melhor. Mesmo quando está tão escuro. Eu sei que tu acordas muitas vezes com vontade de não acordar. E que te deitas outras tantas com vontade de esquecer. Quantas vezes já disseste que o que precisavas era de estar em coma durante um mês... e depois acordar como se quando acordasses por um passe de mágica estivesse tudo resolvido, não é? Eu sei. Eu sei que muitas vezes tu não sabes como tens tantas lágrimas dentro de ti. Porque choras mais do que um bebé acabado de nascer. Eu sei que dentro de ti tu travas mais de mil lutas por dia e não há ninguém que imagine a força dessas batalhas. O desgaste. Não há ninguém que saiba aquilo que tu realmente sentes. Porque só tu sabes. Só tu sabes o que sentes. Só tu sabes o que vive em ti. Só tu sabes o que morre e o que cresce em ti. Todos os dias. Mas eu tenho algo muito importante para te dizer: Tu não estás só! E mesmo que estejas só contigo nunca estarás só. Porque tu és não uma gota do oceano mas o oceano. O oceano só é oceano porque nele existem todas as gotas. Não acredites no escuro. Não acredites naquilo que os teus pensamentos dizem quando te dizem que tu não vales, que tu és fraco, que tu não és capaz. É mentira! Isso é mentira! É só o teu medo a falar! O medo mente -te! Ele tem medo da tua força! Sabes porquê? Porque tu és FORTE! Tu és tão forte que, se fosses toda a tua força, o medo não existia. É isso que ele teme! Não existir! Ele usa -te para sobreviver! Não acredites em quem te aponta o dedo, em quem te pisa e rebaixa, em quem não vê o brilho que tens nos teus olhos. Não acredites em quem não te vê! Sabes porquê? Porque eles não sabem nada sobre ti! Só sobre eles. Tudo o que eles te dizem é sobre eles, não sobre ti. De ti, só tu sabes. Então diz -me: Tens coragem de dizer que não és poderoso? Tens coragem de olhar para ti no espelho, de te segurar as mãos, de pôr a mão no teu peito e dizer -te que depois de tudo tu não mereces ser feliz? Olha -te no espelho, vê -te com cinco anos. Lembras -te quando tinhas cinco anos? Essa criança ainda está aí dentro. Observa -a nos teus olhos! És capaz de lhe dizer... que não a amas? És capaz de lhe dizer que os sonhos dela são idiotas? Que não os deve seguir? Que ela é um fracasso? Não, não é isso que pensas, pois não? Diz -lhe!!! Diz -lhe tudo o que achas dela!!! Dá -lhe amor!!! Dá -lhe o teu amor!!! Aquele que muitas vezes tu dás a quem não merece. Dá -lhe a ela. Dá -te a ti. Dá -lhe o teu melhor! Dá -te o teu melhor!!! Diz -lhe o quanto ela é incrível!!! Diz -lhe o quanto merece ser feliz!!! Diz -lhe o quanto merece ser amada, ser bem -sucedida. E lembra -te!!! Sempre que olhares para ti no espelho: Ela és tu!!! Tu és esse ser bonito. Não tenhas medo. Tu não estás só! Permite -te amar -te. UM MOMENTO NA VIDA Há um momento na tua vida em que vais pôr tudo em causa. Em que te vais pôr em causa. E pôr -te em causa, tu e a tua vida, não é pera doce. Na verdade é como caíres dentro de um poço do tamanho do espaço inteiro — infinito. Parece, na realidade, não ter fim. E é aí. Exatamente aí. Sim, nesse buraco negro, gigante, e com um cheiro tenebroso, que vais saber quem és afinal. O que andaste a fazer este tempo todo? Em que metrópoles te esvaziaste ou te encheste e em que desertos te perdeste. Melhor! É justamente aí, nesse buraco quase a engolir -te inteiro, que vais saber o que não queres mais ser. O que não queres mais ter. Onde não queres mais estar. Renunciar! Esse é o primeiro passo da transformação. Vais dando voltas no poço. O poço é pior do que um pântano. Além de estares no fundo, ainda há paredes que te asfixiam. As voltas confundem -te. A altura que tens de subir para chegares cá acima dá -te calafrios na barriga. A tua ansiedade dispara a cada minuto. Já sabes o que não queres ser. Mas quem és tu afinal? O que raio estás aqui a fazer? Qual é o teu propósito? Do que és capaz? Qual é a tua força? As dúvidas são mais do que todas as moedas de todos os bancos do mundo. Só queres sair dali. Só queres uma direção. Mas nem sequer olhas para cima. Continuas às voltas. Até que há um dia. Um dia como todos os outros. Em que acordas encharcado, sujo e farto de dormir no fundo de um mísero poço e encontras um espelho. Um espelho meio partido que andava por ali e nunca tinhas notado. Na verdade, não notavas nada. Estavas preso num ciclo. Pegas no espelho. E olhas -te. Mas vais olhar -te como nunca te olhaste e vais continuar sem saber quem és. Mas vais olhar para a tua cara, para os teus olhos e ver a tua alma espelhada neles. E vais continuar sem saber quem és. Mas vais querer saber tanto quem és como nunca quiseste saber nada na vida. Vais querer tanto salvar -te como nunca quiseste salvar -te na vida. Porque és tu! És tu ali de frente! São os teus olhos! E tu vais acreditar em ti! Estás de frente para ti. É impossível não acreditares em ti. Naquilo que vales! Todos os picos que já atingiste, lembras - te? Todas as pedras que já pisaste e que te magoaram os pés, todos os vidros que te cortaram e te fizeram sangue nas linhas das mãos. E tu vais acreditar em ti! Vais acreditar tanto em ti! Que não vais querer outra coisa senão o teu resgate. E com tanta força, que vais começar a escalar o poço. Este é o segundo passo. Só tu te podes salvar! A tua mente vai fortalecendo os teus pés. O teu coração vai ficando mais limpo. E a tua pele menos escura enquanto caminhas em direção à luz. E vais tropeçar enquanto escalas. Mas quando tropeçares irás afinar a direção e, quanto mais tropeças, mais rápido ficas na escalada. É aquela coisa de dar um passo atrás para dar dois em frente. E quando o Sol nasce, e estás a meio do poço, e o primeiro raio te trespassa os poros durante uns meros minutos, vais sentir um estrondo tão brilhante por dentro que te fará perceber que o teu modo de sentir não é o mesmo. Se antes sentias com a impulsividade, com o instinto, agora sentes com o peito, com a alma. E vais -te apercebendo, enquanto escalas o poço com quilómetros e quilómetros de altura, de que as tuas sensações, os teus sentidos, a tua consciência estão diferentes. E vais ficando mais forte. Mais perto da tua essência. Cada vez mais tu. Sermos nós trata -se de fazer o que realmente sentimos. É fazermos o que nos faz bem. É um cuidar de nós mesmos. Depois de tudo, como poderíamos achar que mereceríamos menos do que isso? Amor -próprio. É aí que começas a saber o que queres ser. O que queres ter. Onde queres estar. Este é o terceiro passo. Normalmente pensamos que estamos a fazer o que sentimos, mas não. Estamos a fazer o que pensamos, a ser controlados por um Ego. Não devemos ser controlados por nada que tenha que ver connosco. Porque tudo o que tenha que ver connosco faz parte de nós. Não o inverso. Faz sentido o pensamento comandar -te? Se o pensamento é teu. E não tu dele. Autodomínio. Vais atingindo autodomínio na escalada do poço. Este é o quarto passo. E quando chegas cá acima, já não és o mesmo. És uma fénix. És um renascimento. Tudo é novo. Tu e o mundo. Porque os teus olhos são novos. E é essa a grande força da crise, da queda — perdes parate encontrares. E posso garantir -te que não há nada mais bonito do que a vida depois da morte. Se estás a ler isto e te sentes no fundo do poço, quero apenas dizer -te que esse fundo é exatamente o começo em direção ao teu pico. Pega no espelho. Olha. Vê. Mergulha em ti. Agarra -te. Muda o chip. E escala -me esse poço como se fosse o último dia da tua vida. PRIMEIRA PARTE AQUILO QUE NINGUÉM VÊ Corremos demais. A uma velocidade alucinante. Não vemos. Não estamos. Não somos o lugar onde nos encontramos. Apenas saltamos e corremos o mais rápido possível como se tivéssemos de apanhar, não um, mas todos os comboios que pudermos. Queremos destinos, não viagens. Queremos chegar. Queremos ganhar. Queremos que o caminho até à meta passe bem rápido. E se conseguirmos estalar os dedos e estar na meta, melhor ainda. Não ia nem a metade da suposta esperança média de vida. E o meu organismo estava arrebentado de uma ansiedade feroz que se materializou numa quantidade enorme de borbulhas nas costas, numa queda de cabelo incomum, nas mãos sempre húmidas e, sobretudo, no estômago ferido submetido a todo o tipo de remédios e tratamentos médicos sem quaisquer melhoras. A minha mente estava terrivelmente esgotada. A pressão. A pressão que o mundo nos coloca sobre sucesso, estatuto, profissões, família, casamento, filhos, dinheiro. A pressão atual sobre propósitos de vida. Sobre pensar e ficar rico. Sobre leis de atração para chegar ao sucesso. Não que essas leis e o sentido de propósito estejam errados, mas talvez os fins não sejam os mais apropriados. Porque o fim tem de ser o sucesso material? Porque o propósito de vida tem de estar ligado a uma profissão? O propósito de vida não será vivê -la? Experienciá -la? Atraindo para nós, não em primeira mão o materialismo, mas o oposto, a abundância sem Ego? E depois de a atrair não chegaremos, então, ao tipo de abundância material que queremos no imediato? Sentia-me mais ou menos assim: Eu tinha de parar. Sentia isso no mais fundo de mim. Eu tinha de parar. Esta frase repetia -se na minha cabeça como um disco riscado. Às vezes pensava em morrer. Outras vezes em ir para o Tibete. Tudo era válido desde que incluísse sair de onde estava. Mas ninguém foge do que leva dentro. Ninguém foge de si mesmo. Onde quer que estejamos, as feridas vão estar lá. As causas vão estar lá. E foi com essas causas que marquei um encontro. E iniciei um mergulho dentro de mim. A minha mãe esteve grávida de uma menina, que nasceu prematura aos seis meses, ficou na incubadora dois dias e partiu para uma nova vida. Nasci um ano depois. Talvez por isso tenha sido uma criança muito acarinhada por toda a família. Sempre tive tudo o que queria. Raramente ouvia um não. E quando o ouvia, conseguia -o transformar em sim. Sempre fui boa a negociar. A dar a volta aos outros como forma de obter o que queria. E foi por não me deparar com o fracasso, com a disciplina, com a responsabilidade, com o sacrifício, e com uma série de outras coisas, que me espalhei ao comprido aos quinze anos, quando me apaixonei pela primeira vez. Uma paixão avassaladora, meio platónica, atirou o meu Ego ao chão. E depois, espancou -o, atropelou -o e esfolou -o vivo sem dó nem piedade. Eu não estava preparada para o embate do fracasso. Para nenhum, na verdade. Muito menos para a agressividade daquele. E foi esse embate que me virou do avesso. Foram quinze anos. Quinze anos a pensar que esse avesso era o meu lado certo. Aliás, que era o único lado. Esqueci -me do outro. Já não sabia sequer que o tinha. Deixei de saber quem era. Passamos dias, semanas, meses, anos engolidos por uma capa que tecemos para tapar as feridas. Para nos esquecermos do que dói. Porque doer não é bonito nem atrativo ao mundo lá fora, além de que é incomodativo para nós. Se fomos magoados no passado, não queremos voltar. E por vezes tornamo -nos idênticos ao que nos feriu. Porque achamos que aquilo que nos feriu ganhou. E nós perdemos. Então, juramos nunca mais sermos vulneráveis, nunca mais amar, nunca mais nos entregarmos, nunca mais sermos bons para ninguém. A vulnerabilidade passa a sinónimo de fraqueza. E a nossa essência, a nossa pureza, a nossa alma, o melhor de nós passa a ser tapado por uma capa tecida pela mente como forma de sobrevivência ao mundo. Exato, sobrevivência. Com a capa, passamos a sobreviver. Nunca a viver. Quem vive é aquilo que somos. Não o que parecemos ser. Se aquilo que somos está escondido, asfixiado, trancado, então a Vida estará exatamente no mesmo registo. Passei quinze anos a tentar ganhar em tudo para colmatar o vazio desse fracasso, que parecia não ter fim. Imagina quinze anos numa maratona sem parar. Sem paragens. A minha Mente e o meu Ego procuravam desesperadamente conquistas amorosas, emoções fortes, devastadoras. Quanto mais complicada era a pessoa que se me deparava, mais eu a queria. Mais a desejava conquistar. Superar o desafio. Ganhar. Assim que conseguia o meu objetivo inconsciente, partia noutra direção. Porque a seguir a ganhar deparava -me novamente com a ferida. Esbarrava outra vez com o vazio. E era o que mais temia. Era ele que não queria enfrentar. Era dele que fugia com todos os pés que tinha e mais alguns que conseguisse inventar. (Obviamente que não tinha noção de nada. Nem das feridas. Nem das causas. Muito menos que estava numa corrida frenética para colmatar um vazio vindo não sei de onde. Eu não tinha noção de nada. Apenas corria. E quanto mais corria, mais longe de mim ficava.) Quando o terramoto me bateu à porta, aos quinze anos, iniciei um caminho pela escrita e pela música. Elas foram o meu porto seguro. Era no papel que gritava. Era na música que a minha dor dançava. Era assim que a transformava. Em arte. E é, talvez, uma das coisas mais bonitas da vida, quando transformarmos dor em arte. Aos dezasseis anos desisti da escola. Não sabia se era temporário. Apenas me sentia completamente derrotada, devastada. Engolida pelo desgosto. Sem forças. Sem poder cognitivo. E com uma vontade enorme de deitar tudo para o alto e sair para o espaço como uma louca. Até aí, sempre fui uma aluna excelente. Os meus três focos eram a família, os estudos e o desporto. Troquei todos pela aparentemente atraente paixão amorosa. Pela destrutiva paixão amorosa. Era assim que eu a vivia. E como fracassei também aqui, na área profissional, nos anos seguintes senti -me culpada, atrasada em relação aos outros e frustrada. Esta era mais uma das minhas maratonas. Na realidade, vivia em maratonas paralelas. É como caíres e ficares para trás. Como estares em último e quereres ser o primeiro a cortar a meta. Quando te levantas, tens de virar um foguetão. Construía trampolins. Acho que foi a coisa que mais fiz. Construir trampolins para tudo na vida. Passei de querer ser médica veterinária para psicóloga. Voltei a estudar dois anos depois, optei por um curso profissional de marketing e publicidade na tentativa de rapidamente chegar ao mercado de trabalho para colmatar aquele espaço vazio de dois anos (trampolim). Depois de acabar os três anos de curso, decidi ir para a Faculdade de Psicologia. Sempre gostei de psicologia clínica, mas cheguei ao terceiro ano e optei pelo mestrado de psicologia social e das organizações, já que era um dos cursos com maior taxa de empregabilidade (trampolim). Eu não queria ficar para trás. Antes pelo contrário, desejava ser um foguetão e lutar contra o tempo e o fracasso que continuavam ali pendurados todos os dias no espelho. Ainda a terminar o último ano, estava empregada na minha área. Era fácil dar a volta numa entrevista de emprego. Eu dava aquilo que eles queriam ouvir. Fácil. Rapidamente subi de estatuto. Optei sempre pela área de gestão de recursos humanos na vertente comercial, era a minha praia em termos comunicativos e facilmente era selecionada (trampolim). Até que cheguei a um estatuto «máximo», a diretora de recursos humanos numa empresa conceituada. Sentia que apanhara todos na maratona. Estava na frente. Sentia que dera no passado dois passos atrás paradar cinquenta em frente. O mesmo acontecia nos relacionamentos. Conquistara tudo. Tudo era fácil. Os meus trampolins comunicativos e o meu desenvolvimento mental tinham -me conduzido à vitória. Mas o que significa realmente vitória? A vitória que a sociedade nos impinge? O que é estar na frente? A sociedade quer pessoas produtivas, focadas nas suas tarefas e pouco reflexivas. Desenvolvi a mente. Estourei o corpo. E pouco desenvolvi a alma. Aspetos como paciência, resiliência, bondade, generosidade, gratidão, paz de espírito, compaixão, integridade, perdão, escuta ativa, genuinidade, tolerância, dar, dar sem o intuito de receber, estes aspetos da alma não foram desenvolvidos, não foram vividos, experienciados neste tempo. Pelo contrário, encontravam -se guardados na despensa por baixo das escadas. No escuro. Como se estivessem de castigo. Nós andamos com o foco errado. É claro que a mente deve ser desenvolvida. Mas não é ela que nos leva ao objetivo que queremos. Essa tal felicidade que procuramos. Essa tal felicidade de que todos falam. Esse estado não poderá estar ligado a um espírito de sobrevivência. E é para isso que a mente serve. Esse estado está ligado à vida! A viver! A sentir! A experienciar! E esses aspetos pertencem à alma! À essência! Andamos à procura do tesouro no mapa errado. Ele não está no sucesso profissional. Não está na casa com piscina. No Ferrari que saiu este ano. Na conta bancária recheada. Nem na quantidade de seguidores nas redes sociais. Ele está dentro! Nunca fora! Ele está na capacidade de sermos nós próprios. De nos sentirmos bem connosco. E só nos sentimos bem connosco quando somos bons! Quando somos bondosos, generosos, quando temos compaixão, perdoamos, compreendemos e quando somos gratos. Lembras -te quando ajudaste aquela pessoa? Como te sentiste? Lembras -te quando perdoaste? E quando foste perdoado? Sabes quando aquela pessoa que amas sorri para ti? Felicidade é isso. Nunca outra coisa. Vem de dentro! A minha casa interior estava apinhada de taças. Taças de profissões e de relacionamentos. Taças de tudo e mais alguma coisa. A minha mente, embora desenvolvida, estava verdadeiramente esgotada, despedaçada, espicaçada. O meu organismo sentia-se cansado desta submissão à corrida constante da mente e deste impulso de vitória obsessivo para colmatar um vazio que continuava lá. Desenvolvi a mente. Mas a minha alma passava pouco mais da estaca zero. A minha profissão não me realizava a alma, não me desenvolvia a alma. Usava nela talentos que pertenciam exclusivamente à mente. Ao meu lado sombra. Passei quinze anos a viver na sombra. Confundi -me com ela. Pu -la em primeiro plano. Em que o único propósito era ganhar taças e dinheiro. E não há nada mais vazio do que taças e dinheiro. Aos vinte e oito anos deixei o emprego e ingressei numa busca incessante pelo meu propósito de vida aliado à profissão. Um vazio enorme comia -me por dentro. Procurava, voltava a procurar e não encontrava propósito nenhum. Não havia nada que eu quisesse. Ou que me fizesse pôr mãos à obra. E não chegava a lugar algum. Porque, inconscientemente, tudo o que queria invadia -me de um medo tão tenebroso que, assim que me surgia na mente, essa ideia era descartada. Medo de tentar e não conseguir. Medo de não atingir o sucesso que ambicionava. Ou que os outros esperavam de mim. Medo de me desiludir. Medo de desiludir. Medo de não ser alguém. Como se ser alguém se tratasse daquilo que temos e não do que somos, seja lá o que façamos. Sentia -me um fracasso novamente. Na realidade, a ferida sempre esteve lá. Só que agora eu estava de frente para ela. Mas a ferida do caminho profissional não chegou para me tirar o chão. Por isso, voltei a deparar -me com relacionamentos amorosos fracassados. Eu não conseguia conquistar as pessoas por quem me apaixonava. Não ao ponto que queria. Estava tão escuro dentro de mim que procurava no outro aquilo que eu não me conseguia dar. Eu não estava ali para dar. Mas sim para receber. E quanto mais queria, menos recebia; e quanto menos recebia, mais a ferida me olhava. Porque o meu vazio não era tapado pelo outro. Como se o outro tivesse de fazer o trabalho por mim. Esta é uma das maiores falhas dos relacionamentos — estamos neles para obter algo, para receber, para tapar algo, em vez de estarmos neles para investir algo, para dar. Porque o Amor é isso mesmo, é dar, é investir, é experienciarmos quem somos através do outro, é experienciarmos o que temos de melhor. E só saberemos o que temos de melhor e quem somos nós através do que damos. Receber é uma consequência, e não deve ser esperada. No Amor, damos por vontade. Nem conseguimos não dar. O Amor grita tão alto, transborda tanto que não há outra hipótese além de dar. E dá desinteressado. Dá porque é a sua natureza. Atraímos relacionamentos condenados ao fracasso porque nos relacionamos com capas. Não com almas. A nossa capa atrai outra capa. E é por isso que nos sentimos insatisfeitos. Porque as pessoas que atraímos têm que ver com a nossa capa, não com a nossa alma. Têm que ver com a nossa Mente, com o nosso Ego. Por isso gostamos de desafios, de turbulência, de complicações, de amores proibidos, de amores platónicos, de amores não correspondidos. Porque esses são um desafio para a Mente, a Mente sente -se ativa, desafiada. O Ego sente -se em pulgas. A nossa alma gosta do oposto, de amor, cuidado, proteção, lealdade, paz, tranquilidade, reciprocidade! Mas se temos a Mente na linha da frente, se a capa é o principal plano, então, atrairemos sempre vulcões, maremotos e furacões. Nunca um arco -íris. Assim, quando nos queixamos que só atraímos coisas más e que não temos sorte nenhuma e que só gostávamos de um pouco de sol, é como dizermos que gostávamos que nos saísse o Euromilhões e não jogarmos. Se queres Sol, sê Sol. Se queres Alma, sê Alma. Recorri várias vezes ao álcool como forma de desaparecer por uns instantes e ao tabaco como autodestruição inconsciente. O álcool é, na verdade, uma droga legalizada que nos é impingida desde cedo. Bebemos para esquecer. Bebemos para escapar. Bebemos para ter coragem. Bebemos para que se passe alguma coisa. Bebemos para comemorar. Bebemos por tudo e por nada. O álcool adormece. É como um tapete que tapa o pó. Só que o pó está lá todo por baixo. E para ele desaparecer temos de o limpar. Colocar qualquer coisa por cima não dá resultado. Mais tarde desenvolvemos rinites, sinusites e outras alergias, e não percebemos de onde vêm. Vêm do pó que está por baixo do tapete. Só que já não nos lembramos dele. Porque só vemos o tapete. Tudo em mim gritava para mudar. A mente. O corpo. A alma. Comecei a não suportar o conflito. Qualquer tipo de embate. Tudo era um gatilho para um ataque de ansiedade em que a minha pele rebentava com um género de borbulhas pequenas e avermelhadas, as minhas mãos ficavam húmidas e o estômago rebentava num frenesim de azia de manhã à noite. Passei dois anos com uma azia terrível vinte e quatro sobre vinte e quatro horas. Tudo queimava aqui dentro. O meu tronco crepitava. A barriga. O peito. O pescoço. Tudo crepitava. Às vezes tinha a sensação de que se expirasse pela boca me tornaria um dragão e queimaria qualquer coisa à minha frente. Estava terrivelmente perdida. E perdermo -nos é o primeiro passo para nos reencontrarmos. Tudo me levava para dentro do poço. Mais fundo. Mais fundo. Mais fundo. Até que bati no fundo. E foi quando senti que só tinha a ponta do nariz fora daquela água suja, inundando -me e asfixiando - me, que luzes dentro do poço se começaram a acender. Foi aí que percebi onde estava. Foi aí que vi à minha frente um espelho. Ao princípio não me reconheci. E neguei -me, por medo. Medo de saber quem era. Medo de não me aceitar. Medo de que os outros não me aceitassem como era. Mas todos os dias falei com aquele espelho. E, com o tempo, não só me recordei de quem era, como passei a gostar de mim. Foi aí que a minha viagem começou. O que está fora é um espelho. Tudo está dentro. Rasga a capa! UM PASSO DE CADA VEZ A primeiracoisa a fazer é renunciar a tudo o que nos causa mal - estar. A tudo o que é tóxico para nós. E tóxico é algo que nos prejudica, que nos afeta de forma negativa. E quando digo tudo, refiro -me a pessoas, coisas, lugares, circunstâncias, vícios, hábitos. Esta foi a primeira coisa que fiz, de forma automática. Comecei por me afastar de quase todas as pessoas com quem lidava. À exceção da família. Isso criou obviamente um confronto comigo. Era Eu e Eu. Nada mais. Eu era o espaço vazio que tanto temia. Ao princípio senti -me sozinha. Muito sozinha. Mas com o passar do tempo iniciei uma verdadeira relação comigo. Deixei de ser a minha pior inimiga para passar a ser a melhor amiga. E senti -me leve. Como se tivesse afastado toda a sujidade do mundo. Mais tarde comecei por eliminar os vícios, álcool, tabaco, alimentação tóxica e a diminuir o consumo de Internet. Este passo fez -me sentir limpa, muito limpa por dentro. Como se a minha casa interior tivesse passado por uma limpeza total. O meu corpo respirava ar puro! Eu respirava ar puro! E por fim introduzi o oposto. Coisas que realmente me fizessem bem. Nunca fiz tudo de uma vez. Devemos seguir o nosso ritmo. Respeitá -lo. Afasta -te das pessoas que não te acrescentam ou que te diminuam. Afasta -te de quem te julga. E de quem te critica. Afasta -te de quem não se preocupa. E de quem não te cuida. De quem não te protege. E de quem não te apoia quando necessitas. Afasta -te dos que só estão lá quando estás bem. Ou quando lhes apetece. Afasta -te de quem não tens carinho e amor. Do menos e do mais ou menos. Afasta -te de quem não te sabe curvar o sorriso e de quem não sabe expandir -te o riso. De quem te trava e te leva para trás. De quem não te leva para a frente. Ou de quem não te leva para lado nenhum. Não te importes se ficares só. Sem rigorosamente ninguém. É sinal de que ninguém estava de acordo com a tua alma, mas sim com a tua capa. Na maioria das vezes, perdas são ganhos enormes. Conforme a tua energia, vai mudando; consoante te transformas, é normal que tudo à tua volta se transforme. Porque tudo o que está fora, está dentro. Então, quando por dentro começas a modificar, as coisas à tua volta também se modificam. Imagina que somos cores. A tua Capa é azul. As pessoas que gostam de azul são atraídas até ti. Porque veem que és azul. Transmites ser azul. Quando começas a rasgar a Capa, começas a ser mais Alma. E a tua Alma é outra coisa diferente da Capa. E por isso é de outra cor. Imagina que é roxo. Então, as pessoas que gostam de azul já não são atraídas por ti. Passarás a atrair quem gosta de roxo. E são essas que fazem todo o sentido ter na vida! Portanto, deixa ir as que gostam de azul. Essas não nos pertencem. Não gostavam de nós, mas de algo que criámos como forma de sobrevivermos. Começaremos a atrair outras pessoas, outras coisas. Afastando -te das pessoas tóxicas, quase de certeza que te afastarás de tudo o que era tóxico também, lugares ou circunstâncias. Já que estes não são tóxicos só por eles mesmos. Mas, sim, através das pessoas. Afasta -te dos vícios — tabaco, álcool, Internet, jogos, açúcares, fritos ou fast -food. Afasta -te de tudo o que sintas que é tóxico para ti, para o teu organismo. Já que o teu corpo também precisa de ser limpo. Quando limpamos a mente e o corpo, o brilho da alma irradia. Primeiro afastamos o que nos baixa a frequência, depois aproximamos o que nos eleva a frequência. Aproxima -te de tudo e todos que te façam sentir bem. Leve. É importante sentirmo -nos leves. Aproxima -te das tuas paixões. Dos teus sonhos. Daquilo que te move. Faz o que te sabe bem. Começa por pequenas coisas. Pequenos prazeres. Ler um livro na cama enquanto bebes um chá quente num domingo de inverno. Passear à beira -mar. Correr ao final do dia. Cantar. Dançar. Todas as coisas que gostares e que te façam sentir a leveza da vida. Vai ao espelho. Olha para ti. E promete, promete mesmo que vais investir em ti. Que vais lutar por ti com tudo o que tens. Pela primeira vez vais estar em primeiro. A tua alma vai estar em primeiro. Começa pelos cuidados básicos de saúde — mental, energética/espiritual ou física. Se tens algum problema de saúde, mesmo mínimo, cuida-o. Gasta o teu dinheiro naquilo que é importante. Essencial. Começa por uma alimentação saudável. É importante cuidares do teu organismo. Não precisas de uma dieta restrita. Apenas de te alimentar de forma a que te sintas leve. Contigo. Comer batatas fritas cheias de maionese faz -te sentir leve? De certeza que já bebeste um sumo natural de laranja pela manhã. Lembras -te como te sentiste? Leve, não foi? É por isso que muitas dietas alimentares não resultam. Cada um tem de se escutar. Se estiveres atento ao teu corpo, ele vai dizer -te o que deves ou não comer. Escuta -o. Não há necessidade de fazer sacrifícios. Come o que gostas. Quem me conhece sabe que nunca gostei de legumes. Nem cozidos nem em saladas. A nível intuitivo e criativo, comecei a esmagar os legumes cozidos. E comecei a gostar! Aconteceu o mesmo com as saladas. Sempre fui bastante gulosa. Então substituí o vinagre normal por vinagre frutado e introduzi o mel na salada, nomeadamente nos espinafres, já que eram os meus legumes frescos favoritos. Se não gostas de algo e sentes que te faria bem, dá asas à criatividade! Introduz o exercício físico no dia a dia. Qualquer exercício. Não tens de te inscrever num ginásio ou numa piscina ou no yoga. Não tens sequer de gastar dinheiro. Faz o que gostas: um desporto que te faça sentir leve, que te dê prazer. Comecei a sentir uma vontade enorme de correr. Na minha imaginação, isso traria uma sensação de liberdade. E passei a fazê -lo ao fim de semana de manhã. Faz algo que te apeteça. Se não te apetecer fazer nada. Não o faças. Ou então podes introduzir um exercício pequeno por dia. Eu introduzi flexões e abdominais. Quinze minutos. Mais tarde acrescentei quinze minutos de exercícios funcionais para as pernas. O exercício físico ajuda o corpo a desintoxicar -se. Liberta. Sentimo -nos mais leves. As tensões dissipam -se. É importante que dês um passo de cada vez. Na verdade, podes dar todos. É fundamental que te escutes. E que sintas o que é melhor para ti. O que estás disposto a fazer. Não importa quão rápido és. É mais importante seres eficaz. Verdadeiro contigo. Sente o que consegues fazer neste momento. E faz. Aos poucos. Vai fluindo com a vida. Contigo. Porque é importante retirar o que é tóxico? Quando tudo desaparece, há um novo espaço a preencher. Imagina uma estante cheia de objetos que acho velhos, desagradáveis à vista e sem qualquer propósito. Apenas estão a encher uma estante! Se eu quiser colocar alguma coisa que gosto e que me faz sentido, não tenho espaço. Pior ainda, muitas vezes nem sequer pensamos em colocar alguma coisa nova na estante porque está cheia, e nem olhamos para mais nada, não damos espaço ao novo! Assim que retiro tudo da estante. Ou aquilo que já não me faz sentido, liberto espaço. Espaço para colocar o que faz ali sentido no momento atual. Ou até pode o espaço vazio ser o sentido. Primeiro retiramos as folhas murchas, mortas e caídas. Depois ajeitamos a terra e plantamos. E no fim colhemos. CONVERSAR COM O ESPELHO Este foi um dos métodos que utilizei para contactar de forma mais direta comigo. Para me aproximar de mim. Mas há muitos, como pintar, escrever, visualizar. Utilizei -os todos. No entanto, talvez este seja o mais fácil para qualquer pessoa. Todos os dias, quase sempre antes de dormir, colocava uma almofada frente ao espelho, na qual me sentava por tempo indeterminado. Respira fundo. As vezes necessárias até sentires tranquilidade, leveza. Começa por te perguntar como estás, como foi o teu dia, tem atenção aos teus pensamentos, às tuas emoções, e questiona o que sentes em relação a determinado assunto. Imagina sempre que quem te responde é a alma. Deixa o diálogo fluir. Desabafa. Desabafa tudo o que quiseres. Este método faz com que nada se arraste, introduz uma solução diária e imediata, desenvolvea compreensão, a escuta ativa, o diálogo interno, a comunicação. E no fundo o amor -próprio. Esta era a forma que utilizava para me acalmar. Acalmava o corpo e a mente através do diálogo com a minha Alma. Se estás a pensar «e como sei que estou a falar com a Alma?», é sem dúvida uma excelente questão. E a resposta é simples: respira fundo, e responde como se fosses um Eu Superior. A tua parte mais sábia. Ou Deus. Ou como se fosses tua mãe ou irmã mais velha. Ou tua amiga. Muitas vezes dizemos isto «aos outros sei sempre dar conselhos, já a mim…». É isto! Dá conselhos a ti como se fosses um outro. Só assim sairás da tua mente, do teu corpo. E irás aceder à tua Alma! Um dos diálogos entre a minha Alma e a minha Mente: Mente: Sinto falta daquela pessoa. Alma: Sentes falta do quê? Mente: Não sei. Talvez fisicalidades. Alma: Essa pessoa fazia -te feliz? Acrescentava -te? Fazia -te bem? Mente: Não. Alma: Então o que te passa pelo pensamento? O que te incomoda? Mente: Irrita -me o facto de não me dizer nada. De não me contactar. De não me procurar. Incomoda -me pensar que pode estar com outra pessoa. Ou que pode estar feliz sem mim. Alma: Ainda bem que não te diz nada. Já pensaste se dissesse? Estarias pronta para rejeitar essa pessoa? E este processo iria por água abaixo, se não fosses capaz. Já pensaste? Ainda bem que está feliz. Porque se estiver feliz não nos procurará. E a nossa decisão foi retirar essa pessoa da nossa vida. E se ela estiver feliz, nós também estaremos. Porque tudo está de acordo com a nossa decisão. OUVIR O CORPO O corpo fala -nos. As doenças não são mais do que verdadeiros gritos da Alma. O nosso corpo é um género de bússola pelo qual nos podemos fielmente guiar. É ele que nos diz o que não está bem, através de verdadeiras metáforas. É ele que nos diz o que devemos resolver. O que devemos desbloquear. De onde devemos sair. Onde devemos entrar. Para onde devemos ir. Um dia parei e refleti: por que raio está o meu estômago neste estado? Porquê o estômago? Porquê a azia? Porquê estes problemas digestivos? E comecei a relacionar. A perceber a função do estômago. O que estava mal. Ele não aceitava alimentos tóxicos! Já não aguentava mais alimentos tóxicos. Ele não conseguia digerir o dia todo. Nada! O que se passava? De repente fez -se uma luz enorme dentro de mim. O estômago está a dizer -me que tenho de erradicar os elementos tóxicos. Eu estou a permitir que tudo o que é mau entre dentro de mim. O meu estômago não digere o dia todo, porque não estou a conseguir digerir os pensamentos, as emoções, ando em círculos. Preocupada sempre com os mesmos assuntos. A bater nas mesmas teclas. Eu própria não digiro nada! Não deixo que nada flua. Crio bloqueios. Crio pressão. A doença tem sempre uma mensagem! Os sintomas são causas a pedir socorro! Comecei a prestar atenção ao corpo. A ouvir todos os sinais. Ele era o meu Guia! E isso era incrível! À hora de almoço, no trabalho, sentava -me no carro, fechava os olhos e respirava fundo. Era isso que me apetecia. E deixava fluir. Outras vezes sentia o peito como um nó. Um aperto nos pulmões. Uma asfixia. Voltava a fechar os olhos e tentava sentir o que me aliviaria aquela sensação, automaticamente colocava as mãos no peito. E com os dedos pressionava a parte tensa, e sentia alívio. Mais tarde percebi que inconscientemente fazia um género de acupuntura sem agulhas, tal como um método chamado técnica de libertação emocional. Escuta -te! Tens um sábio dentro de ti. Tu sabes. Sabes o que precisas. Sempre que há alguma tensão, devemos tentar percebê -la em forma de metáfora, e muito importante é termos compaixão para connosco, não sermos exigentes, oferecer -nos elogios, palavras boas, positivas, o nosso interior automaticamente suaviza e consequentemente o corpo fica mais leve. As respostas não estão fora, estão em ti. Escuta -te! O nosso corpo é uma estrela no deserto. MEDITAÇÃO Várias vezes tentei meditar segundo alguns cursos que fiz ou livros que li. Posso dizer que sem grande resultado. Parece -me que seguir receitas generalizadas nunca dá muito resultado. Por isso, este livro é para ser utilizado de forma pessoal. Sem regras. Sem receitas. Daí repetir: cada um tem o seu ritmo. Enquanto aprendia a ouvir o corpo, entrei paralelamente no mundo da meditação. Quando comecei a respirar de forma profunda e abdominal, passei a prestar atenção e a focar -me na respiração e nos movimentos desta. Deixava -me estar assim por alguns instantes. E isso era maravilhoso porque a minha Mente acalmava por momentos. O que me fazia sentir mais leve. Outra das formas de meditação que introduzi, de modo inconsciente, foi a meditação através da dança corporal. Quando chegava a casa após um dia de trabalho, colocava os auriculares, escolhia uma música calma, ou seja, de acordo com a emoção que eu queria sentir — tranquilidade, e começava a fluir com a música. Sem regras. Mais uma vez. Apenas fluía com a música. O meu corpo fluía para vários lados. Eu estava atenta a ele. Aos movimentos. Os movimentos eram aleatórios e sem lógica. Mais tarde, descobri que até movimentos de chi kung eu já tinha feito de forma inconsciente. A inteligência do corpo é maravilhosa! E quando juntamos a alma! Não podemos estar mais vivos! NATUREZA No meio do meu esgotamento, pressionada pela procura de um propósito de vida aliado à profissão, e sem encontrar propósito nenhum nesse sentido, decidi procurar um emprego que me colocasse perto de coisas de que gostava, com as quais de algum modo me identificava. Fiz uma lista, e as coisas de que mais gostava naquele momento eram animais, plantas, flores, a natureza no geral. Consegui trabalho no escritório de uns viveiros bastante conceituados. O escritório ficava de frente para uma estufa gigante onde se encontrava todo o tipo de plantas e flores. O que era deveras agradável. Sentia -me bem perto daquele verde, daqueles seres da natureza, daquelas cores vivas, daquele perfume natural. E isso era mais importante do que qualquer estatuto. Esse estado de leveza. Estarmos perto da natureza aproxima -nos da nossa própria natureza. Pés descalços na terra. É uma das minhas sensações favoritas. E favorece o enraizamento com a Terra. Com o núcleo. Connosco. Contacto com o mar. Plantas em casa, cuidar das plantas. Há poucas coisas que transmitam mais calma do que tratar de plantas. Aproximarmo -nos aos poucos da natureza exterior é o mesmo que aproximarmo -nos da nossa natureza. Cuidarmos da natureza, regar, tirar as folhas caídas e murchas, é o mesmo que cuidarmos da nossa natureza. De nós próprios. Então, se não conseguires, por qualquer motivo, organizar ou chegar a algum lugar de dentro, fá -lo fora. Tudo o que está dentro está fora. E vice -versa. MUDAR A PERSPETIVA Uma transformação é um processo. Feito de várias etapas. Estamos a falar de algo que nunca se fará do dia para a noite. Todas as peças levam ao destino. Mas há pontos, há etapas que são um verdadeiro clique! E ser um verdadeiro clique significa que há pequenas coisas, pequenos gatilhos que mudam tudo! Como um interruptor de luz. Basta um singelo clique e tudo o que vemos é completamente diferente de antes dessa simples ação. Mudar a minha perspetiva, a minha perceção, foi como passar de ver no escuro para passar a ver de luz acesa. A perceção é O gatilho! A forma como percecionamos cria o nosso pensamento, que, por sua vez, gera uma determinada emoção e que, por fim, dá origem a uma energia. E é esta energia que traz a nossa realidade. E eu sei que a teoria pode parecer bonita, mas a prática não é bonita, é maravilhosa! Tudo começou com o referido trabalho. Depois de dois anos a dar voltas no poço em busca de um propósito qualquer de vida alocado à profissão, decidi sair da minha área e enfiar -me num trabalho mais simples, com menos stresse e pressão, zero de status, e próximo da natureza. Precisava de uma pausa, no entanto, necessitava também de manter a mente ocupada. A minha mente estava no limite. E quando digo no limite, é no limite, mesmo, mesmo,mesmo! Todos os dias, queria desaparecer da Terra. Apanhar um autocarro em direção ao Espaço, em busca de um planeta novo. Este não era para mim. Estava a entrar em colapso. Por isso, ou arranjava um emprego que me ocupasse mais de metade do dia, ou a mente ia matar -me. Literalmente. Então fui. Abracei essa função para me distrair. Ao princípio, o que mais me custou foi o zero no status. Saber que não estava a trabalhar na minha área era um sapo que tinha dificuldade em engolir e consecutivamente digerir. Sentia -me pequena. Esta foi a coisa que mais me custou. Mas o acontecimento mais incrível, neste aparentemente simples trabalho, foi a minha mudança de perspetiva. A forma como passei a percecionar o trabalho. Comecei a vê -lo como terapia. Levantava - me de manhã e ficava feliz, a sério, ficava mesmo feliz por ir trabalhar, porque ia estar entretida. Havia um propósito nos meus dias. Uma rotina. Um objetivo. Eu achei brutal o facto de ir para uma terapia e ainda receber salário no final do mês. Isso era incrível! Todos os meus colegas refilavam logo pela manhã pelo simples facto de irem trabalhar. Pelas tarefas. Pelas pessoas. Pelas horas a mais. Eu podia ver o nível de stresse abismal de todos quando chegava perto da hora de saída e ainda havia tanto que fazer. Nunca senti stresse. Estava verdadeiramente a fluir. Estava na minha terapia. E se ela demorasse mais tempo do que o estipulado é porque precisava de mais tempo ali. E foi por começar a percecionar o trabalho desta forma que tudo nele me causava felicidade. Não havia stresse. Como sentir stresse se eu não via nada de mal? Se não percecionava nada de errado ali? Cada conflito, percecionava -o como um desafio. Eu tinha de passar por aquilo. Eu testava a minha calma, a minha paciência, o meu caráter no trabalho. Tudo tinha um propósito. E quando começamos a ver que tudo tem um propósito, que todos os conflitos, que todos os obstáculos são verdadeiros desafios, que fomos nós que os atraímos para experienciar algo, para melhorar algo em nós; quando começamos a ver o outro lado da moeda, o nosso pensamento muda para um pensamento positivo, fluido, que cria emoções também elas positivas, emoções de aceitação, de paz. E tudo isto gera energia à nossa volta. E essa energia é tão boa, que tudo se desenrola como uma bola de neve. E começamos a atrair o que é positivo. Havia momentos em que senti que o universo estava do meu lado. Quanto mais coisas boas fazia, mais coisas boas recebia. E isso foi maravilhoso! E se vos disser que em todos os meus trabalhos não houve uma única vez em que tenha feito horas extra? Ou se fiz, foi a muito, muito custo! E se vos disser que não houve um trabalho em que acordasse feliz por saber que ia trabalhar? Antes pelo contrário, acordava desesperada, triste, angustiada. As segundas -feiras eram o pior dia do mundo! E uma função que não era de todo o meu sonho, não tinha tarefas de que gostasse particularmente, fazia -me bem, apenas. Como é que eu estava feliz ao acordar por ir trabalhar? Não é mais incrível ainda? Tudo por causa da perceção! Não é o que fazemos, é o que somos. Não precisamos de estar num emprego de sonho, não precisamos de estar numa relação de sonho, numa vida de sonho para percecionarmos tudo de forma positiva! Aliás, o desafio é esse, é não estarmos e mudarmos a nossa perceção! Tudo muda a partir disso! Tudo! Não seremos, então, nós os criadores da nossa vida de sonho? Não estará, afinal, dentro a nossa vida de sonho? Basta mudarmos as lentes dos óculos com que olhamos. O trabalho foi o início. Mas no desenvolvimento comecei a mudar a perceção sobre todas as áreas da minha vida. Como, por exemplo, a saúde ou as relações interpessoais. Passei a encarar os meus problemas de saúde como guias. As doenças que tinha, os meus problemas de saúde eram vozes do corpo a conversar comigo. Elas ajudavam -me a interpretar, a ter noção do que estava mal e a mudar para melhor. E isso foi -me atenuando as dores. Incrivelmente! O facto de começar a ver propósito em tudo melhorou a minha azia. De repente, a ansiedade baixou, as borbulhas diminuíram, as mãos ficaram menos húmidas, e o meu sorriso cresceu cada vez mais! A partir daí. Eu mudei de mundo! Comecei a viver noutro mundo criado por mim! Eu estava a criar outro mundo! E este mundo era incrível! Incluindo as partes más! Elas eram O desafio! Todas as pessoas que me fizeram mal. A falsidade dos colegas de trabalho. As facas nas costas dos amigos. A minha ex -relação tóxica e destrutiva. Tudo. Todos. Todos os que nos fazem mal são Anjos disfarçados. São eles que nos trazem desafios. Precisamos de cair para nos levantar. Precisamos de morrer para renascer. Se antes achava que a última pessoa com quem me tinha relacionado era O Inimigo, agora eu achava que era O Anjo. Um Anjo. Um Anjo disfarçado. Foi ela que me empurrou para mais fundo no poço. E comecei a estar -lhe extremamente grata. Porque só chegando ao fundo é que pude vir para cima. Eu tinha de bater no fundo. Caso contrário, nem sequer sabia onde estava. As pessoas que pensamos que são más, que nos prejudicam, que nos causam mal, são apenas amigas de alma, parceiras de alma, que nos ajudam a chegar mais perto do nosso propósito, que não é mais do que experienciar a nossa alma num corpo humano. São elas que nos trazem experiências pelas quais devemos passar para nos desenvolver e evoluir. Então, devemos estar francamente gratos a todas as pessoas que nos causaram mal. Porque foi graças a elas que evoluímos e nos tornámos seres melhores. E mudar a perspetiva, alterar as crenças limitantes que temos, trocar de lentes é de tal forma um gatilho que nos leva a um sem - número de coisas essenciais ao nosso bem -estar. Como, por exemplo, o perdão, a gratidão, a ética, a forma como damos, o desapego e o sentido de liberdade. PERDÃO Se encaro quem me fez mal como alguém que através desse mal me fez bem, facilmente perdoarei, porque compreenderei o propósito. Aliás, depois, nem terei de perdoar, porque não há nada para perdoar. Tudo conta para o meu progresso. Para a minha elevação. Tudo conta. Todos contam. Nada a perdoar. Tudo a agradecer. GRATIDÃO Gratidão não é só focar -me naquilo que há de positivo na minha vida, é tornar o que há na minha vida positivo. É encarar tudo como um propósito. É estar -se grato pelos dias de sol e pelos dias de chuva! Porque se sabe que sem chuva as flores não crescem. Quando és grato pelo que tens, demonstras estar em abundância. E estando em abundância, atrairás mais abundância. Porque atraímos a energia em que estamos. Põe -te onde queres estar. ÉTICA Se a minha perspetiva muda e encaro a vida como um desafio para a minha alma, como uma evolução para a minha alma. Se compreendo que estou aqui para me experienciar, para experienciar o melhor de mim. Então, sentir -me -ei mais próxima de mim, e consequentemente do universo, se fizer o que acho certo. Devemos fazer o que sentimos certo. Independentemente daquilo que os outros pensem ou do que é certo ou errado em termos do mundo exterior. O que é certo para mim? O que me faz sentir bem? O que me faz sentir leve? Faz -me sentir leve receber sem dar? Faz -me sentir leve ser egoísta? Faz -me sentir leve ser vingativo? Ser mentiroso? Não me fará sentir mais leve dar? Com o intuito mesmo de dar! Dar genuinamente. Partilhar? Dizer a verdade? Ser honesto? Compreender? Escutar? Colocar -me no lugar do outro? Não me fará tudo isto sentir mais leve? Porque eu quero ser melhor. Quero ser o melhor de mim. Quero experienciar! Quero ser leve! Quero voar! DAR Este foi um dos meus maiores desafios. Nas minhas lentes anteriores, quem ganhava era quem recebia, não quem dava. Quanto mais eu recebesse, mais ganhava. E se recebesse mais do que dava, isso significava que eu estava na frente. Meu Deus, como estava errada. Totalmente errada. Se aqui há algum ganhador, é o que dá. Porque quem dá, dá porque tem, e se tem e dá, isso significa que é abundante. Ele abunda, por isso transborda. E se abunda é o mais feliz. Quem só recebevibra numa falta, porque se só recebe, e não dá, é porque não tem; se não tem, não abunda, está vazio. Estamos todos ligados. Quando dou ao outro, dou -me a mim. Se criamos a nossa vida, tudo o que está fora foi criado por nós. Se dou para fora, estou a dar para dentro. Dá! Dá aos outros como se estivesses a dar a ti. Porque de facto estás! DESAPEGAR Desapegar é a arte da liberdade. Quando percebes que nada possuis e que tudo é uno, desapegas. Quando a alma está na linha da frente, desapegas. O apego pertence ao Ego, à mente. Quando baixares o volume do medo e fores livre. E ser livre é seres tu próprio. Sendo livre, quererás que os outros também o sejam. E verás que terás mais dos outros se os deixares livres e ser quem são do que se os aprisionares numa gaiola. Um pássaro preso quer sair, quer abandonar a gaiola, porque se sente asfixiado. Porque é obrigado a estar ali. Ninguém quer ser obrigado. As pessoas querem ser elas próprias. E estarão onde o são. Basta deixar a porta da gaiola aberta para que o pássaro, se gostar do sítio onde está, não querer sair, mesmo com a liberdade para o fazer. Estamos aqui para mudarmos, melhorarmos. A nós próprios. Através dos outros. Não para mudar ninguém. Isso é uma tarefa que pertence ao outro. Cada um tem o seu caminho. Por vezes, os caminhos cruzam -se. Mas a individualidade deve manter -se. Sê quem és. E deixa o outro sê-lo também. É disso que trata a autenticidade. Ninguém é teu. Ninguém. Nada é teu. Nada. A vida é uma roda. Nada é estanque. Tudo é movimento. Flui. Desapega. 7 PERSPECTIVAS QUE CURAM 1 Todas as pessoas são um género de anjos, e as que mais nos fazem mal são as que mais nos ajudam. Na verdade, colocam -nos perante nós mesmos, desconstroem -nos para nos voltarmos a reconstruir. Fomos nós, inconscientemente, que escolhemos que aquela pessoa passasse pela nossa vida e tivesse o papel que teve, para nos ajudar a evoluir. Atraímos não o que queremos, mas o que precisamos. 2 O único propósito da vida é viver! Experienciar! Não é ser o mais rico, com mais medalhas ou estatuto. O propósito da vida é vivermos as características divinas em nós, em fazermos o que nos faz vibrar, independentemente do que seja! 3 Não te foques no mal que o outro te fez. Não te foques nas falhas do outro. São responsabilidade dele. A tua responsabilidade és tu. Foca -te onde poderias ser melhor. Porque quanto melhor és, melhor atrais. 4 Não há doenças, a única coisa doente é a mente. E ela pode ser curada. E só há alguém que a pode curar: tu mesmo! 5 Nada acontece por acaso, tudo acontece no momento certo, todos temos o nosso tempo, tudo acontece ao nosso ritmo, sem pressas, estamos onde devemos estar, chegaremos onde temos de chegar, está tudo certo. 6 Estou aqui porque quis, e fui escolhida para aqui estar. Somos peças muito importantes! Somos especiais. Somos diamantes em bruto! Somos peças únicas! 7 Todos os obstáculos são desafios para evoluirmos justamente no que nos falta: se temos impaciência, provavelmente vamos apanhar muitas filas de trânsito para podermos treinar a paciência, o que temos de fazer é desenvolver o que o obstáculo pede — vê-lo como um desafio! Assim que o superamos, ele desaparece. SEGUNDA PARTE DEIXA VIR. DEIXA IR. Num processo de transformação, talvez a coisa mais difícil de se modificar seja o apego. «Se eu gosto da pessoa, é óbvio que tenho medo de a perder. Porque não a quero perder. Porque não quero ficar sem ela.» O que é isto do desapego? Eu resumiria em duas palavras: MÃO ABERTA. Temos medo de perder porque não nos temos a nós. Porque fazemos de coisas e pessoas o nosso chão. E se os perdermos, deixamos de ter esse chão. Mas e se o nosso chão passasse a ser nós mesmos? Será que esse medo de perder algo ou alguém não diminuiria automaticamente? Então, apego não se tratará de uma curva perigosa no amor - próprio? Nós entregamo -nos às pessoas de forma dependente. Avassaladoramente dependente. Porque não nos temos a nós. Então estamos terrivelmente carentes. Sentimos um vazio enorme que nos engole por dentro. E colocamos uma âncora em algo ou alguém para cobrir esse vazio. Ei! Ninguém vai cobrir vazio nenhum em ti! És tu que faltas em ti! Nada pode substituir -te! Nada! Nada nem ninguém! Porque tens medo de estar sozinho? Porque tens medo de te encarar? És tu! Tens medo de ti, porquê? O medo é o maior mentiroso! Vou contar -te um segredo: Assim que o enfrentas, ele desmorona -se como areia que escorrega por entre os dedos. Se eu achar que alguém que tenho na minha vida é o meu chão. Vou morrer de medo todos os dias da minha vida, que esse alguém se vá embora. Porque, se ele se for, fico suspensa. E o que fazemos? O que isto gera? Aprisionamento. Criamos gaiolas aos outros para eles não se irem embora. Fechamos a mão. Apertamos. Sufocamos. Fazemos filmes na nossa cabeça gerados pelo medo. Temos ciúmes gerados pelo medo. Não permitimos sequer que o outro vá apanhar ar. Com medo de que ele voe. Apego é enclausurar numa gaiola. Desapego é nem haver gaiola. É bosque. É livre. É aberto. É puro. É o que for. Sem medo. Porquê sem medo? Porque nos temos a nós — amor -próprio. Tu és a prioridade da tua vida. Tu és a personagem principal. Coloca o seguinte na tua secretária: As pessoas são um bónus. E são mesmo. As pessoas são um bónus. Ninguém é o teu chão. O teu chão és tu! As pessoas são passagens. Algumas mais curtas, algumas mais longas. Não há que ter medo da partida. A partida, tal como a chegada, traz sempre, sempre o que precisamos. Tudo é aprendizagem. Não temas que tudo mude. Teme que nada mude. Desapego não se trata de menos intensidade. Menos paixão. Menos amor. Aliás, trata -se exatamente do oposto. Mais amor. Menos ego. Já viste algum jardim a caçar e a enclausurar borboletas? Não, pois não? Cuida do teu jardim. Elas virão até ti. E estarão em ti até acharem que devem estar. Sê como o jardim. Observa. Aprecia. Usufrui! Deixa vir. Deixa ir. Deixa voltar a vir. Deixa voltar a ir. A TUA SORTE ÉS TU! O que é isto de ter sorte? Ou o que é isto a que os outros chamam sorte? «Nasceste com o rabinho virado para a Lua.» «Tens uma estrelinha lá em cima de certeza.» «Como conseguiste? Que sorte!» Não, a sorte não vem da Lua nem das estrelas, isso é outra conversa. A sorte somos nós que a fazemos. Como? Chama -se energia. Porque é que tantas vezes queremos tanto algo e é exatamente esse algo que queremos que não acontece? Porque estamos obcecados, sedentos, desesperados. Isso gera medo. Ansiedade. E o que é que o medo, o que é que essa ansiedade gera? Bloqueios. Bloqueios energéticos. Se fico com medo, estou energeticamente a expelir uma energia bloqueada até àquilo que eu quero. O medo é como pequenos nós ao longo de um fio. Atrapalha. As coisas não fluem. É fácil. Imagina sempre que estás do outro lado. Imagina duas bolas de energia. Uma cheia de medos e ansiedades. Outra limpa e brilhante. Tu és a limpa e brilhante. Irias encostar -te, atrair -te, pela outra bola? Não. Irias fugir dessa bola. Semelhante atrai semelhante. Então isto da sorte. A que os outros chamam sorte é muito simples. É sentires -te por dentro bem contigo. Independentemente das circunstâncias, dos desafios. Veres as coisas sempre com os melhores olhos possíveis. Manteres uma boa energia. É a tua energia que atrai outras energias. És tu que atrais o que atrais para a tua vida. Se mudares a tua energia, tudo à volta vai mudar automaticamente. Não o inverso. És tu quem tem primeiro de mudar. Queres algo? Okay. O que tens de fazer para o obter? Faz. E o resto vem. Vem, se tiver de vir. Tu já fizeste o que tinhas a fazer. Não te «pré -ocupes». Faz. Acredita. Pacifica. Uma das crenças das pessoas de sucesso é: nada acontece por acaso. Não, as pessoas de sucesso não tiveram sorte. Tu achas isso porque não tens sucesso? Então porque é que, em vez de pensares que os outros têm sorte, não te questionas sobre o que eles fizeram para lá chegar? A tua sorte és tu! Sê aquilo que queres atrair. E tudo mudará. Não é o mundo que tem de se adaptara ti. És tu que tens de te adaptar a ti. E o mundo irá encaixar -se como peças de puzzle em ti. A sorte é um modo de estar. Cria -o! NÃO OLHES PARA TRÁS Sê determinado nas escolhas. Por algum motivo, ou vários, tomaste uma decisão. Voltar atrás não é solução e só te vai atrasar o processo pelo qual tens de passar. Antes de voltares atrás, pensa no que te fez ir para a frente. O QUE ESTÁ DENTRO ESTÁ FORA Sim, tudo o que acontece na tua vida és tu que atrais. É fruto do que pensas. E o que pensas vai criar determinada emoção. E o que sentes irá fazer com que emanes determinada energia. Tudo começa naquilo que pensas! Para um bocadinho. Observa o que passa pela tua mente. Estás confuso? Ansioso? Estás com medo? Com raiva? Com rancor? Estás pessimista? Estás isto ou aquilo? Sim, estás a atrair exatamente isso. O que queres? O que queres para ti? O que queres para a tua vida? «Eu quero paz.» «Eu quero ser feliz.» «Eu quero ser amado.» Queres? Então reflete nas seguintes questões: Queres paz? Estás em paz? Ou estás em guerra? Queres ser feliz? És feliz contigo? Ou estás dependente do exterior para o seres? Lutas pela tua felicidade? Estás onde te faz bem, onde te acrescenta? Largas o que te faz mal, o que te leva para trás? Queres ser amado? Amas -te? Cuidas de ti? Aceitas -te como és? Estás disposto a melhorar -te? Queres ser melhor? Porque se não te amas, porque é que alguém haveria de te amar, se achas que não mereces ser amado nem por ti mesmo? Sê o que queres atrair. Sê a energia que queres atrair. Começa por mudar o teu pensamento. Muda a frequência. Larga o negativo. Concentra -te no positivo. Se é fácil? Não. Estou aqui para te dizer com toda a certeza que não é fácil. Mas também estou aqui para te dizer de antemão que só custam os primeiros passos. Dá o primeiro! A vida é um yin yang. O lado que escolheres viver dentro. É o lado que atrairás fora. Sim, é uma escolha tua! Abre os olhos. Não olhes. Vê. Vê -te. Abre o coração. Fecha o ego. Sente. Sente -te. Tudo começa por dentro. Depois de encontrares beleza em ti, verás que tudo, tudo à tua volta tem a sua beleza. O que está dentro está fora. O MEDO MENTE -TE «Mas o medo é a desculpa que toda a gente sempre dá.» E é, não é? «Tenho medo de me apaixonar Tenho medo de estar sozinho Tenho medo de dizer o que sinto Tenho medo de dizer o que quero Tenho medo de fazer o que quero Tenho medo de decidir e depois arrepender -me Tenho medo de perguntar Tenho medo de voltar atrás Tenho medo de seguir em frente Tenho medo de... e de... e de...» Se não sabes, tenho a dizer -te que, se tens medo, faz! Porque só temos medo daquilo que nos ameaça! Se chega ao ponto de ser uma ameaça, estamos a falar, então, de algo em grande! Se é grande dentro de nós, tem muitas possibilidades de dar certo. Não te parece? Normalmente o medo é indicativo do que deves fazer! Normalmente! (Nunca te metas à frente de um leão) Geralmente os nossos medos são irracionais do ponto de vista do presente. Então porque os temos? Porque temos um género de pequenos chips alojados no cérebro. Temos medo porque alguém desde pequenos nos disse que aquilo não seria bom para nós e temos medo de arriscar. Temos medo porque já passámos por experiências negativas em determinado âmbito e temos medo de as repetir. Temos medo porque a sociedade não aceita o que faríamos caso o fizéssemos. Temos medo porque criámos crenças na cabeça de que não é assim que se ganha. Temos medo porque podemos falhar, e falhar dói. (E não haverá falha maior do que não tentar?) Temos medo porque, porque, porque... Sabes como se chama isto tudo? Bloqueadores. São eles que te bloqueiam a avançares, a experienciares, a teres a possibilidade de te realizares e consequentemente de seres feliz! Se nos entregámos a alguém no passado e fomos o melhor de nós e acabámos no final por nos magoar. Qual é a primeira coisa que pensamos? «Nunca mais me entrego. Só me lixo.» Só te lixas? Mas correu mal o tempo todo? E por causa de uma ou duas ou três experiências bloqueamos todas as relações posteriores. Porque associamos entrega a dor, a perda no final. Não! Não, okay? Não foi por te teres entregado. Observa o que aconteceu na relação. Observa a tua relação. Observa -te a ti nessa relação. Onde poderias ser melhor? Onde puseste o pé na argola? Na entrega ou a quem te entregaste? E se esteve sempre tudo bem e apenas houve um final... Bem, finais são novos começos. Não seria demasiado estanque um para sempre? Não te bloqueies, investe em quem te parece que podes investir. E em quem te parece não é quem diz, é quem faz! E quem faz... Oh, quem faz... Entrega -te. Porque não? Haverá melhor coisa do que a reciprocidade? Cuidado também com os autossabotadores. «Está tudo a correr -me bem, alguma coisa de errado está para acontecer.» Isto é igual a isto disfarçado: «Eu não mereço isto.» E muitas vezes acabamos por estoirar coisas boas de forma inconsciente por acharmos exatamente que não as merecemos. Mas sim! Pode e deve estar tudo a correr bem! É esse o propósito! Se está tudo bem, estás no caminho certo, não bloqueies. Deixa ir. Sim? OUSA! O que perdes? Um pequeno segredo: baixa o volume dos outros, aumenta o teu volume. Eles sabem pouco ou quase nada. Na verdade, quase todos eles estão também bloqueados! És tu que tens o poder. És tu que vives dentro de ti. És tu que sabes tudo! És tu que fazes tudo acontecer. ACREDITA! O medo mente -te. O medo mente -te. O medo mente -te. (Ecoou em ti? Deixa ecoar.) Enfrenta -o! Faz o que temes! E tu vais ver como ele se desfaz em cinzas assim que o fizeres. DEIXA IR O QUE PARTE Deixa ir o que não te acrescenta. Deixa ir o que parte. Segue e não olhes para trás quando nada atrás te espera. Deixa livre, se vier, é teu. SÊ O QUE ÉS E DÁ O QUE TENS Quando conhecemos uma pessoa, criamos uma expetativa sobre essa pessoa. E essa expetativa nada tem que ver com ela. Mas sim connosco. O que pretendo encontrar nesta pessoa? Houve qualquer coisa que gostei nela. Então, já agora, gostava que ela fosse X Y e Z. Não olhamos, não vemos a pessoa como ela é, mas como queríamos que fosse. E o que tudo isto gera? Desilusão! Acabamos por achar em várias circunstâncias que a pessoa nos desiludiu. Mas será que foi a pessoa que nos desiludiu ou foi somente a nossa expetativa que não foi atendida? As pessoas não têm de ser como queremos que elas sejam. Se a pessoa não é romântica. E nós gostamos de pessoas românticas. O que vamos fazer? Atirar -lhe à cara que devia ser mais romântica? Não! Não! Não! Não, ela não devia ser mais romântica. Nós é que temos de aceitar essa pessoa como ela é! E não tentar mudá -la a nosso gosto e prazer. Okay, não é romântica. O quanto essa característica é fundamental para mim? É imprescindível? Então, o que estamos a fazer com essa pessoa na nossa vida? Se ela não é aquilo que gostamos em alguém? Vemos as pessoas como nós somos e não como elas são. As pessoas têm um propósito na nossa vida. As pessoas dão o que têm para dar. Cobrar o quê? Elas dão o que têm. Se não estamos satisfeitos, então, somos nós que temos de mudar, não o outro. O outro está a ser aquilo que é. Está com as pessoas de quem realmente gostas. Que gostas realmente da forma como elas são. Se não gostas das pessoas como são e gostas de como elas poderiam ser, então, não gostas dessas pessoas e sim da ideia que criaste sobre elas. Apaixona -te por pessoas. Não por ideias. O PRIMEIRO A DEMONSTRAR É O MAIS CORAJOSO Se tu sentes, porque é feio expor? Se tu gostas, porque é cedo expor? Porque é que quando vemos um casaco de que gostamos facilmente dizemos «apaixonei -me!»? Mas se nos sentirmos apaixonados por alguém nem sequer abrimos a boca? Dizemos que ainda é cedo. Para o casaco, para o filme, para o livro, para o creme, para o candeeiro, já não é cedo se disser que o adoro logo pela primeira vez que o vi? Às vezes ainda nem os vimos ao vivo, vimo -los só por fotografias, mas já adoramos os ténis. Agora alguém? Alguém, não! Alguém, não podemos. Que feio! Que vulnerável! Que fraco! Que desprotegido!Que louco! E se depois não sente o mesmo e perde o interesse? Ótimo! Assim, tu sabes a VERDADE! Quando dás, o outro tem tendência a dar. Se não dá, tens a tua resposta. Para quê perder tempo em jogos? Isso é que é louco, não te parece? Em que mundo estamos? Em que mundo? Que mais facilmente dizemos que adoramos umas meias do que dizemos que adoramos uma pessoa. Em que mundo estamos? Quão perdidos estamos? Quão amachucados estamos? Quão engolidos pela sociedade estamos? Para nos arrastarmos desta maneira em direção a um polo gelado qualquer. Nós não somos máquinas! Nós somos seres emocionais, sociais. Nós não temos de reprimir nada. Se eu reprimo, se tu reprimes, em que ponto nos cruzamos? Nenhum! Porque tu vais mais para lá e eu venho mais para cá. Com tantos passos atrás, deixamos de nos ver. Se alguém gostar de ti pela tua frieza, está a gostar não de ti, mas sim da tua capa! Só demonstrando, só expondo quem somos saberemos quem gosta realmente de nós! Como somos! Como realmente somos! É essa a beleza de falar com o coração. Só aí poderá haver uma conexão real! Não dizemos, não demonstramos porque temos medo que o outro nos fira. Porque já fomos feridos. Achamos que o primeiro a demonstrar é o primeiro a perder. Mas perder o quê? Parece -me que nos tempos que correm o primeiro a demonstrar é o mais corajoso e ousado. Se eu não demonstrar, nunca saberei o que está do outro lado. É como estar parado na curva. Só demonstrando saberei o que se encontra para lá. E se não houver nada, tudo bem. Mas pelo menos sei o que há a seguir à curva. POUPA A AUTOESTIMA Não te envolvas com pessoas com o coração ocupado. Nunca dará certo, independentemente de seres quem és e do que vales. E não dará certo porque essa pessoa nunca te olhará de forma inteira. Ela própria não está inteira. E só as formigas são felizes com migalhas. Faz -te um favor: Poupa a autoestima e vai -te embora. O AMOR NASCE DE DENTRO PARA FORA Amor é incondicionalidade — é quando dar é um prazer e não uma troca de dar para receber. Amor é autenticidade — só amas quem está em sintonia com a tua essência. Só amas quem está em sintonia com os teus valores. Amor é cuidado, proteção, empatia, ternura. O amor autêntico confunde -se com o amor egoico. Por falta de amor -próprio, amas pessoas que te maltratam, que te causam ansiedade, que não te cuidam nem protegem, e é por não gostares de ti que achas que isso é amor. Porque é isso que achas que mereces. É esse o amor que tens para contigo, Então, é esse o amor que automaticamente aceitas vindo dos outros. Sabe -se que é amor autêntico quando os valores estão em concordância. Mas andamos a interagir com capas e não com corações. Isso não é amor. É ego. Amor é coração, não defesas, não capas. Amor é autenticidade, desapego, liberdade, individualidade e acrescento, incondicionalidade. O amor é a essência do universo. Nasce de dentro para fora. Só amando -nos, autenticamente, primeiro, podemos amar um outro autenticamente. RASGA A CAPA! Nós andamos para aqui com uma personalidade construída em medos, em defesas, em educações, em experiências de vida que nos fazem ficar tão longe da nossa essência. (Tão longe!) Porque vivemos tão insatisfeitos? Não será porque não estás a ser tu? E não estando a seres tu, estarás a atrair tudo «errado». Porque tudo é atraído pela tua personalidade. É ela que tens na linha da frente. Não a tua essência. Que está lá para os confins completamente pisada pela tua personalidade que não a deixa sequer abrir a boca. O que valorizas? Quais são os teus valores? Muitas vezes valorizamos certas coisas e temos uma personalidade oposta àquilo que valorizamos. Posso valorizar a segurança, o cuidado, a proteção e ter uma personalidade dominadora e protetora para com o outro, ou seja, vou atrair pessoas que gostem de ser protegidas e cuidadas porque estou a emanar que sou dominante e protetora. Logo, atrairei pessoas que não estão de acordo com aquilo que valorizo (que é exatamente o oposto). Daí a insatisfação. Para dar certo, tem de estar de acordo com os teus valores. O mesmo serve para a área profissional, se valorizo a harmonia, a paz, o crescimento espiritual, o que faço no mundo empresarial? As coisas não dão certo nem nos fazem felizes porque NÓS não estamos de acordo com os nossos VALORES. Essa é a grande causa da insatisfação! Não queremos expor a nossa vulnerabilidade. Talvez com medo de que não gostem dela. Mas só expondo -a atrairemos à nossa vida pessoas e situações que têm mais que ver com o que realmente somos. Põe -te no barco. E rema. Sente como adoras o mar. E viajar. Vai ajustando as velas. Descobre para onde queres ir. E aprecia a viagem. Porque, na verdade, não se trata do destino, trata -se da jornada. Põe -te a caminho! SOL OU CHUVA? ESCOLHE! Não podemos mudar as circunstâncias. Porque não somos as circunstâncias. Só me posso mudar a mim. Não tenho controlo sobre o mundo exterior. Mas podemos escolher a forma como lidamos com essas circunstâncias, com esse mundo exterior. O inferno não são os outros. O inferno somos nós. Se acharmos que o inferno está fora. É porque ele está primeiramente dentro. A realidade é uma. Mas os olhos são muitos. Tu não controlas a realidade. Mas controlas a forma de olhares essa realidade. Os teus filtros. Os teus conceitos. As tuas crenças. Num simples objeto, as perceções do mesmo são diferentes para cada um. Porquê? Porque cada um é um ser diferente. Nós vemos as coisas como somos! Não se trata das coisas! Trata -se de nós! Se ouvires uma balada e estiveres feliz, vais encarar a balada como? Como algo positivo, tranquilo. Mas caso estejas triste, aquela balada vai ser uma música negativa, sofredora, deprimida. No entanto, a música é exatamente a mesma! Então, a tempestade não está fora. És tu! Tu és o comando! Sol ou chuva? Escolhe! PALAVRAS SÃO LEVADAS PELO VENTO Acredita nos gestos e não nas palavras. Se ambos forem coerentes, perfeito. Se não, põe as palavras de lado, a intenção está nos detalhes do comportamento. O AMOR É UM MERGULHO Porque é difícil amar o outro? Não será porque não vemos, não captamos a sua essência? Amor não terá que ver com essência? Já que é, de tudo o que existe neste mundo terreno, a coisa mais pura. Não vemos essa pequenina grande coisa que é a essência no outro, vemos o seu corpo, a sua personalidade, o seu ego, a sua capa. A essência nasce connosco. A personalidade e o ego são construídos pelo meio envolvente (pais, amigos, amores, experiências de vida). Se pensarmos num exemplo óbvio: a nossa mãe. Nós amamos a nossa mãe muito, muito além da sua personalidade e do seu ego. Se pensarmos na nossa mãe como uma pessoa que conheceríamos ao acaso, provavelmente nem nos diria grande coisa ou até nem iríamos muito à bola com ela. Certo? Porquê? Porque só teríamos acesso à sua personalidade, ao seu ego, ao seu corpo. O amor está somente ligado à essência. Tu só podes amar a essência. É aquela coisa que nem sabes explicar. Quando não sabes explicar porque gostas de alguém, é porque gostas genuinamente de alguém. É porque sentiste, captaste a sua essência. Muito além do aparente. É por isso que o amor perdoa tudo, está para lá de tudo. Além de tudo o que é aparente. Porque a maioria das ações são feitas através da personalidade, do ego, e não da essência. Quantas pessoas ouvem a sua voz interior? A intuição. Tu ouves? Quantas vezes não dizes «porra, eu sabia, porque não fiz?». Porque agiste com a personalidade, com o ego, e não com a essência. A tua essência é essa vozinha, tu és essa vozinha. A personalidade e o ego são terrenos. São ilusões que nos distraem muitas vezes de nós mesmos. A meditação é um excelente meio de conseguirmos ir além da personalidade e do ego e captarmos a nossa própria essência. Aproximarmo -nos de nós. Porque se até de nós temos dificuldade de nos aproximar, de nos escutar, de nos amar. Imagina o quão difícil é aproximares -te, escutares, amares um outro! Para amares, é preciso veres além de. Caso contrário, não amas ninguém e provavelmentesimplesmente apegas -te. Não será por isso que os relacionamentos são cada vez mais curtos? Por estarmos presos à aparência, à personalidade. E, estando presos a coisas tão mutáveis e superficiais, basta captarmos algo de que não gostamos no outro que deixamos de sentir o mesmo e vamos à nossa vida. Bem, isso não é amor. Isso não é nada. Aliás, isso é qualquer coisa. É uma miragem no deserto. Quantas coisas não gostas na tua mãe? No teu pai? No teu irmão ou irmã? Quantas? Algumas? Muitas? Exato! E não deixas de os amar nem um pedacinho a menos! Pois não? É isso o amor. Está além! Vê além de. Não pares na superfície. As pessoas são como um icebergue. Por cima está um pequeno pico. Por baixo é que está o icebergue todo. Então vê além de. Vê. Capta. Ouve. Sente. O amor é um mergulho. COM NADA. FEZ TUDO. Havia um menino que tinha um sonho. Havia um menino que com nada fez tudo. O que é isto de que com nada fazer tudo? O menino que tinha um sonho pegou numa caneta e escreveu tudo o que precisava para lá chegar. Assim: 1) Ter um sonho 2) O que preciso de fazer para chegar lá? Especializar -me. 3) Não tenho dinheiro para me especializar. Vou trabalhar duro para o ter. (O menino esteve 665 dias a trabalhar a sério! Quando digo a sério, é a sério! De chegar a casa de rastos! E ao mesmo tempo a tirar uma especialização aos fins de semana. Estamos a falar de zero folgas. Zero! Zero folgas durante 665 dias.) 4) Depois de me especializar, preciso de dar tudo na minha área, no meu estágio. O meu melhor. Querer aprender mais. (O menino nunca quis ser melhor do que ninguém. Ele quis sempre ser mais e melhor do que ele mesmo. Procurou sempre aprender com os melhores. Procurou sempre saber mais e mais e mais.) (Bónus) Reconhecimento. (O menino ainda não tinha acabado o estágio e já tinha lugar garantido na organização.) Não é de onde vens. É para onde vais. Força, foco e fé. És tu. Da cabeça aos pés. Por favor, menino, continua a inspirar as pessoas. Não com o que dizes, mas com o que fazes. É disso que são feitos os heróis, herói! NÃO É FRAQUEZA. É CORAGEM. Porque é que sentimentos são sinónimo de fraqueza? Ou porque é que as pessoas acham que o são? Porque é que, se eu demonstrar, estou a oferecer a minha vulnerabilidade, e ser vulnerável nos dias de hoje é sinónimo de ser fraco? Porquê? O que tememos? A reprovação! Temos medo de demonstrar, porque em tempos já fomos magoados ao sentir, ao demonstrar que sentíamos. Então, criámos bloqueios em torno de nós mesmos como proteção. Se demonstrei, e aconteceu -me X, se voltar a demonstrar, acontecerá X. Não! Maturidade não se trata de congelar o coração. Trata -se de o preservar, de saber quem deixar entrar nele. Bem diferente, não? É claro que não vou demonstrar a alguém que ache que não mereça, a alguém que não tenha atitudes que eu admire. Mas a quem se doa a ti, a quem demonstra estar lá para ti, estar ali, estar ali para ti, a quem te demonstra por ações que te quer na sua vida. Tu não vais demonstrar porque meia dúzia de gatos -pingados te partiram o coração? A sério? A sério? Se calhar partiram porque não faziam nada disto acima. Então não foi o que sentiste e o que demonstraste, foi a quem deixaste entrar. Não foi? Então, por favor, dá sempre uma oportunidade ao amor. A ti. Aos outros. À vida. Quem gosta realmente de ti não quer que demores a responder, não quer que sejas difícil, não quer que sejas frio. Quer aquilo que tu és! Gostou da tua energia. Quer a tua essência. Não os teus bloqueios. Aliás, não merece os teus bloqueios. Merece o melhor de ti. E quando merece... Oh, descongela! Quando merece, descongela! Porque aí, demonstrar, doar -se, sentir e dizer que sente não é fraqueza, é CORAGEM! GUARDA O MEDO NO BOLSO Se toda a tua vida fosse o teu hoje repetido. Serias feliz? Serias feliz se todos os dias fossem como estás agora? Exatamente como estás agora. Sente -te. Sim? Ótimo. Continua. A fazer mais e melhor. Sempre mais e melhor. Não? Muda. O que falta? O que falta para seres feliz? Sonhos? Ou o caminho até eles? Muda! Não, não, não dês desculpas: Não tenho tempo. Não tenho dinheiro. Não tenho X. Não tenho Y. Se não tens tempo, arranja. O que é prioridade? Não estarás a gastar tempo em algo inútil? Quantos minutos, quantas horas do teu tempo gastas inutilmente? Se não tens dinheiro, arranja. Se não chega um trabalho, arranja um segundo. Uma alternativa. Puxa pela tua criatividade. Não, não, não abraces as desculpas. Abraça as soluções. Coragem não é a ausência do medo. É ter medo, mas guardá -lo no bolso. Muda! Faz! Faz -te feliz! E tudo à tua volta mudará de cor. É A ESSÊNCIA O essencial é como a raiz da palavra diz: a essência — a intensidade com que a energia daquela coisa ou pessoa vibra em ti e a forma como a sentes. Nada tem que ver com a inteligência nem com a aparência. DISPOSTOS ATRAEM -SE E os opostos se distraem. Porquê? Porque estão concentrados nos problemas e distraídos das soluções. Porque estão concentrados nos pontos que estão contra e distraídos dos pontos a favor. Os opostos que se distraem não são aqueles que têm personalidades diferentes, são aqueles que não olham na mesma direção. São aqueles que, dentro de um barco, cada um rema para uma direção diferente. O que faz com que o barco ou não saia do mesmo lugar ou ande completamente desnorteado. As relações, sejam elas quais forem, só funcionam de forma fluida e saudável quando ambas as pessoas estão dispostas a querer que essa relação flua. Normalmente vemos relações a ser puxadas por apenas uma parte. Se a outra pessoa puxa noventa por cento, então, eu só preciso e tenho necessidade de puxar dez por cento. Não!!! Cuidado para quem anda a puxar os dez por cento, porque quem puxa os noventa por cento vai cansar -se. E cuidado para quem puxa os noventa por cento, porque quem puxa os dez por cento não está disposto e está a atrasar quem está. Vale a pena? O peso? O esforço? Por quem não está disposto e é arrastado a dar o mínimo? Os dispostos atraem -se. Porque ambos estão dispostos a dar de si. Cada um à sua maneira. E atenção aqui! Com este cada à sua maneira. Nunca podemos exigir o que a pessoa não é só porque ela não demonstra como nós demonstramos. Não dispares. Dialoga. Tenta perceber quem é aquela pessoa, como funciona. O que está por trás do comportamento. Qual a intenção! Nós julgamos os outros pelas suas ações sem sequer pensarmos que a priori existe uma intenção, um motivo. Dialoga. Vai ao fundo da questão. Há sempre uma razão. Os dispostos estão dispostos a conhecer o outro, a perceber o outro, a compreender o outro. Os dispostos estão dispostos a dar o melhor de si ao outro. A dar a volta por cima. A persistir. A saltar barreiras. Aquela coisa do «quando é para ser, todos os ventos sopram a favor». Faz sentido? Que coisa tão fácil de acontecer. Não te parece? As relações devem ser constantemente postas à prova. Onde não há desafio, não há evolução. Estaríamos a falar de uma zona de conforto, não? Quando é para ser, será. Mas será depois de ambos estarem dispostos. E para saber se estão dispostos surgem desafios. É quando são ultrapassados constantemente que vai dando certo. Sim, o certo não acontece de forma mágica e milagrosa assim que os olhos batem uns nos outros pela primeira vez. Isso é coisa dos filmes. Há um potencial, mas são as pessoas que fazem dar certo. E, sim, chama -se mesmo Disposição. Disposição a dar certo. Sim, é aos poucos que tudo vai dando certo. Sim, é aos poucos que a vida vai dando certo. Os dispostos estão dispostos a enfrentar os desafios. Os dispostos não vão abaixo com os desafios, fortalecem -se com eles. Os dispostos estão dispostos a regar todos os dias. (Esta repetia três vezes: Regar, regar, regar. Todos os dias. Todos os dias. Todos os dias.) Os dispostos estão dispostos a ser mais e melhores para que tudo esteja disposto a funcionar. E é essa disposição que faz com que todos os planetas se alinhem. E quando há potencial... Oh, quando há potencial, os planetas dão saltos de alegriano alinhamento. MULHERES CAEM DEZ VEZES E LEVANTAM-SE VINTE A mulher tem um poder deveras peculiar. Chega a ser engraçado o funcionamento cerebral da mulher. E é engraçado porque quando uma mulher fala sim, todo o corpo diz não, e vice -versa. Basta estar atento. As mulheres dizem quase tudo ao contrário do que sentem. Se ela diz que não há problema, possivelmente há. Se ela diz que não pensou, possivelmente pensou, se ela mostra que está nem aí, possivelmente está aí. Bem, na realidade, tu nunca vais saber. Porque é que as mulheres fazem isto? Possivelmente por um género de síndrome de vulnerabilidade. As mulheres têm medo de demonstrar a vulnerabilidade. Protegem -se. Só que na verdade o que elas não sabem é que não há nada mais bonito do que a sua vulnerabilidade. É essa a parte verdadeiramente apaixonante! Quais as partes dos filmes que gostamos mais? As que demonstram emoções! As que demonstram a vulnerabilidade. Aquele jogo duro no desenvolvimento nós não gostamos. Queremos rapidamente que fique tudo bem. Então porque o fazemos? Temos medo. Temos medo de não sermos aceites. Temos medo de espantar o outro porque sentimos. Mas será que isso está certo? Se estou a ser algo que não sou. Estou a passar uma imagem diferente da minha essência. Logo, irei atrair pessoas que não se ajustam à minha essência, mas sim à imagem que estou a passar. Não será por isto que tantas pessoas se queixam que atraem constantemente pessoas «erradas»? A questão é: Estão a ser vocês mesmas? Tirem as máscaras! Sejam quem são. Não deem o corpo à bala. Mas abram o peito a quem está disposto a querer conhecê -lo. Metam o medo no bolso. Só somos felizes quando as pessoas gostam de nós como somos. Se não formos quem somos e criarmos uma personagem de jogo, estaremos a criar uma interação fantasma. Uma utopia. A criar emoções no outro que não serão por nós, mas por alguém que inventámos. Corram com os lobos. Corram com os lobos todos! O que é isto de correr com os lobos? Sejam as mulheres coragem que são! Sejam as mulheres determinadas que são! Sejam as mulheres sinceras que são! Sejam as mulheres lutadoras que são! Com um coração maior do que o mundo. Com uma garra que passa por cima de todas as barreiras, sem passar por cima de nada nem ninguém. Porque não precisam! Mulheres que correm com os lobos sabem o seu valor. Nunca vão aceitar menos do que merecem. Sejam mulheres que correm com os lobos. Caiam dez vezes, levantem-se vinte. FAZ. E O UNIVERSO CONSPIRARÁ A TEU FAVOR! Acreditar que tudo o que tiver de acontecer, acontece, não se trata de não fazer nada quanto a X e esperar sentado porque eventualmente há de acontecer. Trata -se exatamente do oposto. Trata -se de fazeres o que sentes. Trata -se de ofereceres o teu melhor. De fazeres o teu melhor. De seres o teu melhor. E depois de o ofereceres, sem expetativas de receber o que deste, acreditares que o universo conspirará a teu favor — é aqui e só aqui que entra aquela parte do «o que tiver de acontecer, acontecerá». Mesmo que o universo não te dê o que pretendes, ele está a conspirar sempre a teu favor. Quantas vezes algo te correu mal e mais tarde viste que a tua perda foi uma bênção? Então, sim, tudo o que tiver de acontecer, acontece, mas és tu, primeiramente, que tens de dar o teu melhor para que aquilo que queres possa acontecer. És o motor de arranque. Nunca penses que, sem fazeres nada, alguma coisa vai acontecer apenas porque tem de acontecer. Só há uma coisa que cai do céu, e chama -se chuva. (Provavelmente também uns meteoritos de vez em quando) Faz. Faz. Faz. E não forces. Mas não traves. TU ÉS O ARTISTA DA TUA VIDA «Mas não controlamos as situações.» «Mas não controlamos os outros.» «Mas não controlamos o que nos acontece.» Pois não. Mas controlamo -nos. E isso muda tudo. Quando me controlo: Controlo a forma como encaro a situação. Controlo a forma como ajo e reajo aos outros, Controlo o que faço daquilo que me aconteceu. Por isso, sim! Tudo depende de nós! Tudo depende de ti! És tu o responsável. És tu o criador. És tu que crias a tua realidade interior. E é essa realidade interior que irá espelhar a tua realidade exterior. Nós somos aquilo que atraímos. Muitas vezes quando nos acontece algo menos bom reagimos explosivamente a isso e atraímos ainda mais outra coisa menos boa. É o chamado processo dominó. Fomos nós que o desencadeámos. Diante de uma coisa menos boa, porque não parar, observar e tentar interpretar: Porque atraí isto à minha vida? O que estou a enviar para isto ter sido atraído até mim? Qual o propósito disto? O que tenho a aprender com isto? Está atento àquilo que envias. Porque envias aquilo que te é dado. E quando te acontece algo menos bom, porque não encará -lo como um desafio? Uma lição? Na verdade, não serão as lições uma forma de chegarmos às vitórias? Então, lições não serão verdadeiras bênçãos? Escolhe a forma como encaras a vida! Tudo começa por ti. Tudo começa por dentro. Sei que pode parecer muita responsabilidade. Mas se a colocares nos outros, nunca irás mudar nada, porque não tens controlo sobre eles. Estarás dependente dos outros e do que te acontece. Coloca a responsabilidade em ti. Muda -te! E verás que essa é a maior liberdade — a liberdade de criar, a liberdade de ser criador. Pinta. Cria. Tu és o artista da tua vida. E SE O TESOURO ESTÁ A SEGUIR À CURVA? Peguei no quadro que tinha acabado de pintar e pensei: Por baixo deste quadro está uma grande borrada. A arte, como tudo, é uma grande metáfora da vida. Comecei por pintar uma coisa, o efeito era mais ou menos o mesmo, mas ficou um verdadeiro fiasco. Talvez porque não usei uma base. (Preto, neste caso) Olhei para o que tinha feito e pensei: Pior era difícil. No entanto, gostava das cores. Estava apegada às cores. E achei que tinha duas hipóteses: ou deixava estar — um fiasco com cores engraçadas, ou começava tudo de novo, por cima. Mesmo que tivesse uma catástrofe, tinha um pouco de apego por aquilo que fiz, e estava a custar -me apagar tudo sem saber o que faria por cima. Parei, olhei para o quadro e pensei: Consegues fazer melhor? Consigo! E comecei. Tudo de novo! Pintei a tela toda de preto. O primeiro passo para fazer melhor, para chegar onde queremos, para chegarmos ao nosso objetivo é: desapegar -nos de tudo o que não nos leva lá. Este é o início. Que nos vai dar uma nova base (preto). Criar uma nova história. Aquela que realmente queremos viver. Depois de pintar a tela toda de preto, fiz o mesmo que já tinha feito com umas caixas de madeira: trabalhar com várias cores, uma esponja e uma escova de dentes, embora fosse uma tela e não uma caixa de madeira, utilizei as mesmas ferramentas e adaptei — evolução. E saiu o que eu queria. Não me importa se está bom, se está mau, se alguém gosta, se alguém não gosta. Fiz o que queria! Cheguei ao meu objetivo! O segundo passo trata -se de fazer coisas que sabemos que funcionam connosco. Seguirmos passos em que já obtivemos sucesso anteriormente ou seguirmos modelos de excelência. O terceiro passo é melhorar. Adaptação constante rumo ao objetivo. Se não fiz bem, se não estou a obter o resultado desejado, o que posso fazer de melhor? Et voilà. Ali estava a minha nebulosa, naquela tela que horas atrás era um verdadeiro fiasco. O sucesso é o sol que te aquece a face, Depois de teres mergulhado por entre ruínas. Se não te agrada, se estás triste, se estás cansado. Não desistas. Não pares. Não pares. Continua. O tesouro pode estar a seguir à próxima curva. O INTERESSE ESTÁ NAS AÇÕES O interesse vê -se de forma transparente nas ações. Uma pessoa que gosta, uma pessoa interessada, questiona, mostra curiosidade, procura. Ponto. MAIS VALOR, POR FAVOR. Como não podemos dar valor àquelas pessoas que nos amparam as quedas? Elas são os nossos trampolins. Aquelas pessoas que gastam o seu tempo connosco? O tempo é tão precioso. E elas gastam -no connosco. Para nos ouvir. E ouvem -nos e ouvem -nos e voltam a ouvir -nos a falar da mesma coisa pela décima terceira vez. Aquelas pessoas que nos acrescentam.Que nos trazem mensagens. Mensagens que tantas vezes parecem vir no momento certeiro. Aquelas pessoas que funcionam como um género de anjos na Terra. Sabes? Então como? Como não dar valor? Como não dar o expoente máximo do valor a estes seres? Seres que tantas vezes esquecemos ou colocamos em décimo terceiro plano quando andamos por aí a namoriscar com pessoas que não demonstram, tantas vezes, nem um décimo do que estas pessoas incansavelmente nos demonstram todos os dias. Como deixá -las para trás? Como dar -lhes menos do que elas nos dão? Como há essa coragem ou essa cobardia para o fazer? Como não fazer questão de lhes dizer diariamente o quão gigantes são na nossa vida? O quão nos fazem sorrir. O quão nos trazem luz à vida, à alma, aos dias. O quão somos tão mais com elas por perto. Tão mais. Tão maiores. Tão melhores. Por favor, mais valor. Mais valor a quem te demonstra que te ama. Não a quem apenas o diz. Mais valor a quem te acrescenta e te faz bem. Não a quem te diminui e te destrói. Mais valor a quem permanece sob qualquer circunstância. Não a quem só está quando lhe apetece ou lhe dá jeito. Por favor, mais valor. Todos os dias. A RESPONSABILIDADE É MINHA! Coloca -te como responsável em tudo o que te acontece. Se o outro tem ou não responsabilização, não te diz respeito. É um problema com ele próprio e em que este tem de achar a sua solução. Pensa naquilo que controlas! Tu! A tua responsabilização! Aquilo que pensas. Aquilo que fazes. Que dizes. Atirar culpas é fácil, eu sei, mas não faz crescer. Mas não faz melhorar. Mas não acrescenta. E um dia o Ego deixa -te sozinho no cimo da montanha. Foca -te naquilo que não fizeste bem. Só assim podemos mudar -nos, podemos ser melhores. Podemos limar -nos. Todos os dias. Faz isso todos os dias. Parece utópico, não é? Mas não é. Só é utópico se acreditares que é. Porque ser o melhor de nós não implica sermos perfeitos. Mas, sim, agirmos o melhor que pudermos perante a situação com que nos deparamos. OUVE A VOZINHA Ouve a tua intuição e segue -a. Segue -a para onde quer que ela vá! A intuição é aquela vozinha interior no fundo que diz: Avança. Para. E costuma ser imediata. Segue -a. Ela está sempre certa e vai poupar -te a muitos desgastes e perdas de tempo desnecessárias. E há tanta coisa que podes fazer com o teu tempo. Ele é o teu bem mais precioso. QUE SORTE QUE TEMOS POR BATERMOS POR DENTRO! A vida dá voltas. E que isso não nos entristeça. Não há vida numa linha reta. Há que saber amar, cuidar, perdoar, todos os dias. Não pelo que possa acontecer amanhã, mas por existir um hoje. Que sorte que temos por existir um hoje para nós. Por sentirmos o cheiro da terra molhada e da chuva e do pão quente. Por tocarmos nas mãos de quem amamos. Por olharmos nos olhos de desconhecidos. Por respirarmos. Por batermos por dentro. Não por termos. Não se trata de ter. Mas por sermos. Ser. Que sorte que temos em viver. SER BRAVO NÃO É NUNCA MAIS ACREDITAR! Ser bravo não é nunca mais acreditar. Ser bravo é continuar a acreditar. Ser bravo não é fechar. É abrir. Ser bravo não é receber. Ser bravo é dar com o único propósito de dar, não com um propósito de transação comercial — dar para receber. Ser bravo não é agarrar no peito e pintá -lo de pedra só porque a última vez não correu bem. Ser bravo é agarrar no peito e treiná -lo para que ele fique com músculos fortes e usá -lo ainda mais, sim, ainda mais, mas de forma selecionada. Ser bravo não é poupar o corpo à bala. Não é não ser ferido porque nem sequer pôs os pés na batalha. Ser bravo é ir para a batalha. Mas escolher a certa. Ser bravo é seres tu. Ser bravo é seres realmente tu. Poderes ser tu em cada segundo. Sem tendências para agradar. Sem máscaras. Sem capas. Sem porcarias que possam tapar quem és. Porque ser bravo é mostrarmo -nos ao mundo como somos. É a autenticidade que nos liberta das ilusões. Só sendo quem somos atrairemos à nossa vida quem está de acordo com o nosso ser. Se eu mostrar que sou vermelho (capa), mas na realidade sou azul (alma). Irei atrair tudo o que se identificar com o vermelho (capa). E não com o azul (alma). É por isso que constantemente atraímos pessoas, coisas, situações «erradas» à nossa vida. É por isso que atraímos aquilo que não queremos. Aquilo que não está de acordo connosco. Porque na realidade não foi atraído por quem somos, mas sim por quem transmitimos ser. Ser bravo não é parecer. Ser bravo não é defender. Não é seguir o medo. Ser bravo é ser. Ser bravo é estar na linha da frente. Ser bravo é ter medo, sim, mas guardá -lo no bolso e colocar -se a si no comando. Não, ser bravo não é cabeça. Não é frieza. Ser bravo é coração. É doação. É compaixão. É em meio a uma humanidade gelada ser fogueira que não apaga por nada. AMAR UMA MULHER LIVRE É preciso coragem para amar uma mulher livre É preciso ser -se livre também. Caso contrário, a liberdade dela irá chicotear -te cada vez que te olhares ao espelho e puderes ver os teus grilhões grandes e pesados que te arrastam e mantêm preso a limites invisíveis que tu mesmo criaste. É preciso coragem para amar uma mulher livre É preciso seres livre Até porque Ela não vai querer menos do que isso. O QUE HÁ PARA JULGAR? Uma das coisas que mais fazemos é julgar. Julgar o que os outros pensam. Julgar o que os outros dizem. Julgar o que os outros fazem. Esquecemo -nos de que aquilo que estamos a julgar é um produto final. E os produtos finais são compostos de muitas coisas. São compostos de circunstâncias. De experiências de vida. De educação. De personalidades. De ADN. De tantas, tantas coisas. Ninguém faz o que faz porque lhe deu na real gana. Ninguém! As pessoas agem da melhor forma que conseguem. Da melhor forma que acham que devem agir segundo todas as suas vivências. Naquele momento! Mesmo que estivéssemos exatamente na mesma circunstância que o outro, não teríamos a bagagem dele, nem tão -pouco seríamos ele. Por isso, como podemos condenar? Quem somos nós para julgar o que desconhecemos? Quem nos garante que, sendo o outro, nas circunstâncias desse mesmo, não agiríamos de forma semelhante? Não sabemos. Nunca saberemos. Então, para quê julgar de olhos fechados? Julgar o quê? Pecados diferentes? O que é isso do pecado? Haverá pecados? Ou experiências de vida? Há sobreviventes. Há aprendizagem. Há evolução constante. E cada um de nós está aqui por alguma razão. Qual é a utilidade do julgamento? Senão destruição. Então, em vez de carregarmos as armas e andarmos por aí a atirar uns nos outros, porque não ajudamos o outro a ser melhor? Ou isso ou irmos dormir. Dormir é muito melhor do que julgar. Silêncio é muito melhor do que qualquer palavra sem utilidade. Ninguém é um monstro, as pessoas, às vezes, estão só perdidas. Ou estão só a ser elas mesmas. Fiéis a si próprias. Independentemente do que o mundo acha certo ou errado. O que há para condenar? ABRE A GAIOLA! Do ódio, toda a gente fala. Da raiva, toda a gente fala. A revolta, toda a gente a expõe. Toda a gente manifesta o que lhe desagrada. Aliás, as pessoas passam mais de metade do tempo a estrebuchar. Porque acordam cedo para ir trabalhar. Porque é segunda -feira. Porque os colegas, as pessoas, os outros, o mundo, são falsos, não prestam, são cheios de defeitos e estão ao virar da esquina prontos a passar -nos a perna. Nós somos a vítima. Nós carregamos o mundo às costas enquanto ele nos chicoteia. Só nós. Os outros, não. Os outros têm sorte. Os outros são deuses. Nós somos anjos caídos. Mas queremos amor. Queremos amor à força toda. Mas não falamos dele. Nem sequer o sentimos pelos outros. Pelos dias. Pelo mundo. Pela vida. Nós não damos amor ao mundo. Mas achamos que ele nos deve isso. Nós queremos trocar porcaria por amor. Nós queremos trocar lama por pérolas. Se aquilo que recebes fosse um eco daquilo que tu dizes, o que receberias? O que pensas sobre os outros? O que falas sobre os outros? O que dizes aos outros? O que dás aos outros? Ou a ti? O que dás a ti mesmo? O que dás de ti à vida? Porque aquilo que recebes é o mesmo que asrespostas a estas questões. O universo é como um jogo de pingue -pongue. O que sai de ti volta a ti. E coragem para se ser quem se é? Parece fácil, não é? «Sou sempre quem sou, como poderia ser o que não sou?» Claro que poderias ser quem não és. Quando não dizes o que sentes por medo, não estás a ser quem és. Estás a ser o medo! E o medo não és tu. Quando não fazes algo por vergonha do que os outros vão pensar, não estás a ser quem és, estás a ser a vergonha, estás a ser os outros, e esse não és tu. Quando não fazes algo ou não dizes algo porque dizer ou fazer esse algo não te traria uma vantagem, não estás a ser tu. Estás a ser a mente. E a mente não és tu. Tu és o que está por trás de tudo. Tu és o primeiro impulso. A primeira intuição. A primeira coisa que te vem à cabeça quando estás em dúvida. Tu és a parte que teimas em manter enclausurada numa gaiola. Tu és o pássaro dourado que castigas. Que tu amarras o bico. Que tu cortas as asas. Porquê? Por medo? Os outros? Deixa os outros! Sê tu! Abre a gaiola e deixa -te voar por aí! O QUE RASGA SÃO OUTRAS COISAS Gostares de quem te rasga o peito é não gostares nem um bocadinho do teu peito ao ponto de achares que ele merece ser rasgado. Achas mesmo que ele merece ser rasgado? Achas mesmo mesmo mesmo que ele merece ser rasgado? Põe a mão sobre o peito e faz -te esta questão. Porque o amor não é rasgão. Não tem de ser rasgão. Não tem de doer para ser amor. O amor. O amor é outra coisa. E começa por dentro. Por ti. Porque quando realmente gostares de ti e desse peito que carregas aí dentro... Quando realmente gostares desse peito que está aí dentro, que faz parte de ti, que já travou mil batalhas por ti... Ouve bem isto: farás de tudo para o proteger! A ti e a ele. E isto não é tornares -te duro. Não é teres um coração de ferro, como dizem por aí. Como querem por aí, cada vez que se magoam. Não, não. É justamente o contrário. Porque, se vira ferro, deixa de ser coração. Proteger o teu coração. É teres ainda mais coração. É teres ainda mais coração. Não é o coração virar outra coisa. É teres um coração mais forte, com menos gordura e mais músculo! É teres um coração mais saudável! E quando tiveres um coração forte e saudável, não vais querer estragar isso. Vais torná -lo restrito apenas para tudo o que contribuir para essa força e saúde. E o amor é isso! O amor é contribuir. É somar! É acrescentar! O que rasga são outras coisas. E QUE NADA NEM NINGUÉM! Sabes aquela coisa que tu queres? Aquele sítio aonde queres chegar? Aquele patamar que queres alcançar? Aquilo que queres ser? Aquilo que queres ter? Pois é. A questão é: O que estás a fazer agora, sim, agora mesmo, neste exato momento, para lá chegar? Em que estás tu a gastar o teu tempo? Onde está a tua energia? Para onde está ela direcionada? Onde está o teu foco? Porque é para lá que a tua vida segue. Sim, sim, és mesmo tu que atrais tudo à tua vida. Se eu quero água, mas estiver concentrada em areia, o meu foco na areia leva -me a caminhar por desertos. E encontrar água em desertos, bem, não é pera doce. Mas se o meu foco estiver realmente naquilo que quero — água. Vou começar a caminhar em direção a sítios onde a possa encontrar. Até lá chegar. Até lá chegar! Porque quanto mais me distrair, mais tempo vou demorar até chegar à água. E quanto mais tempo demorar a chegar à água, com mais sede vou ficar. Mais vazia vou ficar, porque não estou preenchida. Estou longe do que preciso, do que quero, do que necessito para estar bem. Estou distraída com coisas que realmente não importam, não satisfazem as minhas verdadeiras necessidades. E é por isso que nos sentimos cansados! Fartos! Estourados! Esgotados! Porque estamos a gastar incessantemente as nossas energias em caminhos, em coisas, em pessoas que não pertencem àquilo que realmente nos enche, aquilo de que precisamos. E passamos o tempo todo a tentar distrair o vazio que carregamos por dentro. Mas quanto mais nos distraímos, mais vazios ficamos. Porque estamos a encher -nos com coisas que nos esvaziam! Se queres paz, o que estás a fazer com alguém que ta tira? Se queres fazer o que gostas, porque não fazes? Porque não começas? Porque não se mexem os teus pés para lá chegar? Demore o tempo que demorar. Mais vale demorar, mas chegares. Do que nunca lá chegares. Não é tarde. Nunca é tarde. Mas faz! Mas tenta! Mas começa! Larga a areia e foca -te na tua água! Larga a areia. Foca -te na água. E que nada nem ninguém te desvie disso. A ESSÊNCIA TEM DE DAR UM LAÇO Não te envolvas com pessoas que detetas logo a priori que são diferentes de ti, visões diferentes, estilos de vida diferentes, objetivos diferentes. A essência tem de dar um laço. Para que haja sintonia. Nem todos os opostos se atraem, peças diferentes têm de ter uma essência complementar. PARTIR AO MEIO PARA VOLTAR INTEIRO Valoriza -te! Valorizarmo -nos à séria implica muita coisa! Não é olharmo -nos ao espelho e acharmo -nos a última bolacha do pacote. Não, não é. Isso é fácil! Valorizarmo -nos é mais do que isso! É renunciar a tudo e todos que nos causam mal -estar, O que não é pera doce; é eliminar os pontinhos pretos, cada pontinho preto que te suja ou que te encolhe ou que te bloqueia a seres quem és, a estares onde queres estar; é saber que o que vale a pena na nossa vida é aquilo que nos acrescenta e acrescentar -nos é fazer -nos maiores do que aquilo que somos sozinhos; é deixarmo -nos de porcarias e não querer saber sobre aquilo que os outros vão achar e fazermo -nos à pista a realizar o que gostamos ou o que nos apetece, mesmo que seja a coisa mais absurda; é manter perto quem nos faz bem, quem nos quer bem, quem nos cuida e protege — e só! É já não achar piada a joguinhos (sim, perde mesmo a piada toda!), já não ter paciência com nada nem ninguém que não demonstre merecer o nosso precioso tempo. (o tempo passa a ser mesmo precioso!) É ires sendo cada vez mais tu, cada vez mais genuíno. E como vais sendo cada vez mais tu, não estás disposto a ter à volta frequências menores do que essa. Então, valorizarmo -nos deixa de ser exterior e passa a ser interior. Deixa de ser molhar os pés à beirinha para dar o maior mergulho no maior mar: nós. Porque quando te amas, a vida ama -te de volta. (E começas a perceber que os clichés não são clichés porque sim, eles fazem realmente sentido.) E a vida são as estrelas, o mar, as árvores, as pessoas. Tal como um rádio, frequências iguais atraem -se. Esqueci -me de dizer que a tudo isto antecede uma queda do tamanho do mundo. Mas não te preocupes, ela é mesmo necessária para atingires tudo isto. É como se levasses com um raio em cima. Ele parte -te, queima -te, magoa -te para quando abrires novamente os olhos e te levantares seres um outro que é mais ele mesmo. Precisas de te partir ao meio para voltar mais inteiro! Começa por ser assustador, mas acaba por ser incrível! NUNCA TE ESQUEÇAS A vida são instantes. E em cada instante, em cada pequeno instante, sê o máximo que puderes ser. Mas sê tu. Sê tu em cada instante. Absorve. Absorve a alma de cada instante. Coneta -te com cada instante. Como se fossem uno. Tu e ele. Partilha -te com o instante. Doa -te. Doa -te ao instante. E não deixes, nunca, que nada nem ninguém te corte as pernas, te tape os olhos, te arranque a língua, te arranhe a pele, te prenda as mãos. Não deixes que nada nem ninguém te engome a alma e a arrume num guarda -fatos obsoleto. Não deixes que nada nem ninguém te penteie o cabelo e te faça o risco do lado que não gostas. Não deixes que nada nem ninguém apague o teu fogo com gelo. Não deixes que nada nem ninguém te encolha, te asfixie, te arrebente. Não deixes que nada nem ninguém te faça ser o que não és. Nunca! Em circunstância alguma! Não deixes que nada nem ninguém te diga que não tens valor. Porque, ouve, tu existes por um motivo. Seja ele qual for. A tua existência existe por um motivo. Porque tu existes com uma missão! E não há ninguém, ninguém na porra deste mundo, que tenha o valor que tu tens! E esse valor... esse valor é único e imensurável!Nunca te esqueças disto! Nem disto, nem de ti! Nem de ti! FAZ Não digas aos outros como fazer. Faz. E eles seguirão o teu exemplo. QUÃO LONGE JÁ CAMINHASTE! Tu estás esquecido. Eu sei que estás esquecido do quão longe já foste. Onde estás agora. Mas se virares a cabeça para trás, verás que o teu rasto se prolonga em milhares de milhas. Tu estás esquecido porque não estás a olhar para ti. Não estás focado em ti. Estás focado nos outros. Estás focado nas rasteiras. Estás focado nos dedos apontados. Nas flechas que saíram das bocas alheias e te atravessaram o peito. Eu sei. Eu sei que estás esquecido do quão longe foste. Mas eu estou aqui para te lembrar daquilo que és. E aquilo que és não é o que os outros pensam que és. Não és aquilo que os outros falam que és. Não és sequer aquilo que pensas que és. Aquilo que és é aquilo que sentes que és. Tu és forte. Tu és muito forte. Ninguém que não fosse forte faria a estrada que fizeste. Todos os dias são uma batalha. Desde que nasceste, já contaste os dias que passaram? Conta. E verás quantas centenas de batalhas já travaste. Não é incrível? Não és incrível? Tens a coragem de te olhar ao espelho e dizeres que não és incrível? Depois de veres cada batalha nos teus olhos. Tu és incrível! És, não és? És mesmo incrível! Eles não sabem o que sentiste a cada pedra que pisaste com os teus pés nus, eles não conhecem a tua garra diária, os teus choros noturnos que se transformam em sorrisos matinais no dia seguinte, a força das tuas pernas mesmo quando tremem de medo, nem a dimensão grandiosa desse peito! Esse peito que dá tudo em cada segundo! Mesmo com os pontapés que já levou. Mesmo com as facas que o furaram. Tu és forte! Tu tens milhares, milhões, biliões de células a trabalhar para ti, por ti, a todo o instante. Todo o instante. Todo o tempo. O tempo delas és tu! Não há mais nada que elas queiram saber, não há mais nada com que elas se importem além de ti. De ti e do teu bem -estar! Tens um organismo inteiro a lutar por ti! E se nós somos um bocadinho do universo, feitos de pó estelar, então, não só tens um organismo como um universo inteiro a lutar por ti! Tu és o universo! E não és incrível? Tu és único! Único! Uma peça de arte, uma obra de arte impossível de ser replicada! Não há ninguém, nem nunca vai haver ninguém, como tu! Digam o que disserem. Façam o que fizerem! Passem os milénios que passarem! Então, por favor, continua! Não desistas! Continua! Se estás a andar pelas chamas... continua! Elas vão terminar. Só existem para te preparar os pés! Não desistas! Se és esse ser incrível e único, é porque tens alguma coisa de grandioso para fazer aqui. Foi para isso que nasceste. Ninguém nasce por acaso. Continua! Anda! Faz! Deixa a tua marca. Com amor. Sempre com amor. Sempre com todo o amor. O amor é o nosso poder mais elevado. Sempre que fazes algo com amor, estás a fazer algo autêntico. E não há nada mais puro e grandioso do que a autenticidade. Sê quem és, maravilhoso! E nunca mais te esqueças do quão longe já caminhaste. DÁ -TE COM ALMA ONDE HÁ ALMA Não te atires de cabeça para uma piscina que não sabes se está cheia ou vazia. Conhece a pessoa primeiro. E percebe se todos os teus pontos batem certo com os dela. Com o tempo, se percecionares que realmente, sim, a piscina tem água e está pronta a ser utilizada, então, mergulha. Dá -te com alma onde há alma. Não onde não há nada. DEIXA RISCAR! Abre o teu coração. Eu sei que é um risco. Mas deixa riscar. Para que queres uma folha de papel se tens medo que escrevam nela? Abre o teu coração. Eu sei que é um risco. Mas deixa riscar. Deixa -o à vista. Em vez de o deixares sufocado por esse orgulho. Onde te leva? Onde te leva esse orgulho? Essa razão que muitas vezes nem razão tem. Na verdade, o que é ter razão? Larga os braços de ferro. O que ganhas? Uma taça? Ou uns braços estoirados da força que te impinges a fazer contra o teu coração? Abre! Abre o teu coração! E abre -o todo! Eu sei que é um risco. Mas na folha da tua vida vale a pena deixá -la em branco? Risca. Deixa riscar. PEDRAS E POEIRAS NOS SAPATOS Foste colecionando pedras e poeiras nos sapatos, não foste? E agora que paraste, que te sentaste, que descalçaste os sapatos. Estás a ver as pedras e as poeiras. Tira -as uma a uma. Esse é o caminho da transformação. É AÍ QUE SE DÁ A MAGIA O mundo precisa, às vezes, de dar muitas voltas para chegar a um lugar. O caminho nunca é a direito. Para chegares a um lugar maravilhoso nunca poderás ir a direito. Precisas de estar o mais maravilhoso possível para estarem ambos em sintonia. Tu e o lugar — maravilhosos. É aí que se dá a magia PEITO. PEITO. PEITO As pessoas só são tristes Porque estão rodeadas de cabeça Quando deviam estar rodeadas de peito. O MAIS CORAJOSO! Está tudo bem. Só tens de passar a ponte toda. Anda! Se ainda só deste dez passos numa ponte de dez quilómetros, estás mais do lado de cá do que do lado de lá. E tudo bem. Não exijas. Compreende -te. Flui. Dá -te tempo. Anda mais, mesmo que devagar. Sem pressa. Anda. Explora. Conhece -te enquanto andas. Para sentires que já conheces a ponte, para as passadas deixarem de ser balançadas e tremidas e passarem a ser seguras e firmes. A vida é a mãe dos desafios. Sê o filho mais corajoso! O MEDO É UM GRANDESSÍSSIMO MENTIROSO! O hábito cega. O padrão cega. E o medo é um grandessíssimo mentiroso. QUE BOM ACORDAR! Acordar é como dares um grande, grande mergulho e quando vens ao de cima tens o sol a aquecer -te e a iluminar -te cada milímetro do teu corpo e tudo o que é mau ficou na espuma das ondas que já lá vão e tu agora és um ser novo, mais despido, mais autêntico. E quando voltas para a areia, voltas, sempre, com um bocadinho de mar nos poros. Que bom acordar! FLUIR Só boias na água se não tiveres medo. Se não tiveres insegurança. Caso contrário, vais ao fundo. Para boiares e estares ao de cima precisas descartar o medo e deixar -te envolver no mar. Assim, estarão os dois em sintonia. Enquanto te deitas nele, ele carrega -te. Quando estás num lugar, tu precisas de ser o lugar. Só assim poderás vivê -lo a cem por cento Porque serão um e não dois. E é tão bom ser um junto com. Dizem que dois são mais do que a soma de um mais um. A sintonia é, talvez, a maior magia existente no universo. Os planetas giram em sintonia. Tudo gira em sintonia no universo. E tudo dá certo. Nós só damos «errado» porque estamos descompassados, desequilibrados, dessintonizados. Longe de nós próprios. Parece fácil por ser simples. Mas para a complexidade difícil é isso mesmo — ser simples. EU SEI QUE CONSIGO! Primeiro, sentes -te insatisfeito, Depois, perante a insatisfação, tentas perceber como superá -la, o que te vai levar ao autoquestionamento e isso fará com que te sintas confuso perante algumas possibilidades ou impossibilidades consequentes da confusão, que não é mais do que uma análise profunda em reação à insatisfação. Mais tarde, vais acabar por encontrar um foco e tudo se torna mais claro, e aí sentes clareza quanto ao que realmente queres fazer. O que te levará a uma decisão. Isto é a primeira parte do jogo. Depois vem a segunda parte. Qual é esta segunda parte? Os testes. Os testes às tuas decisões. O universo vai justamente testar a certeza, a solidez e a força da tua decisão. Se não estiveres firme e preparado para ela, vais cair. Parece maldoso, mas não é. O universo é de uma inteligência surreal. De uma genialidade única. O facto de caíres num teste, é, no fundo, um presente que o universo te dá. Porquê? Se caíste é porque não tens as ferramentas suficientes para levar a tua decisão para a frente. E é justamente a tua queda que traz essas ferramentas embrulhadas numa lição. É nas lições que buscamos novas ferramentas para lidarmos com a vida. Porque um teste, quando bate de frente contigo, olha -te para dentro enquanto te coloca os dedos justamente na ferida. Continua, continua, continua. Respira. Mantém o ritmo. E enquanto vários dedos te passeiam pelas feridas. Fecha os olhos. Foca -te. E diz para ti mesmo:Eu sei que consigo! SE ESTÁS CONFORTÁVEL, MUDA ALGUMA COISA! A vida funciona como uma sala de treino. Quando atinges uma zona de conforto num exercício, tens de aumentar o objetivo, acrescentar um novo desafio. Porquê? Porque, se te mantiveres na zona de conforto, não vais evoluir. Ficarás estanque. Chegaste e pronto. O mundo das possibilidades está fora da zona de conforto. Ela é só uma chegada. O que importa realmente não é o destino, é a caminhada que se faz até lá. Somos feitos de partidas, de chegadas, de novas partidas para voltarmos novamente a chegar. Demorar -se onde se chegou não nos acrescenta nada e, muitas vezes, atrasa -nos para a viagem seguinte Se estás confortável, muda alguma coisa. É ASSIM QUE UM GUERREIRO GANHA AO MEDO Acredita mais! Ganha melhor ao medo num combate. Nunca te concentres no resultado. Concentra -te naquilo que dás no momento, porque é esse foco que te vai trazer justamente o resultado que procuras. Dá o teu melhor naquilo que fazes. Concentrares -te no resultado é uma campainha para chamar o medo. Porquê? Porque se estás focado no resultado, não estás focado naquilo que estás realmente a fazer. E se não estás focado naquilo que estás a fazer, vais ficar inseguro. Este foco vai acrescentar, então, duas variáveis contra o teu desempenho no momento — a insegurança e consequentemente o medo. O medo não é nada. É um fantasma da nossa imaginação. E só atrapalha. São limites da mente. Ele está lá a olhar para ti, a encarar -te, para cederes. Não cedas. Ele é uma ilusão. Não lhe ligues. Ignora -o. E concentra -te no que tens a fazer. É assim que um guerreiro ganha ao medo — não o alimentando. QUEM NÃO TE CUIDA, O QUE TE IMPORTA? Não mostres as tuas feridas a quem as causou. Mostra o teu amor a quem te ajuda a colocar Betadine nelas. Não congeles o teu peito. Aprende a geri -lo. Não te tornes igual a quem te feriu. Cuida de quem te cuida. E quem não te cuida... Bem, quem não te cuida, o que te importa? É ISSO QUE É VALER A PENA Quanto mais escadas subires, menos pessoas encontrarás. Subir é desafio. E a maioria está sentada nos primeiros degraus dentro de uma bolha chamada zona de conforto. Quanto mais alto subires, mais pessoas elevadas atrairás. Se são menos? São. Menos quantidade, mas mais qualidade. Porque há pessoas que valem por mil. É isso que é valer a pena. Quando vale mais do que o resto. O CORAÇÃO FORTE NÃO É DE PEDRA! Ter um coração forte não é sinónimo de ter um coração de pedra. A partir do momento em que um coração vira pedra, deixa de ser coração e passa a ser exatamente isso — uma pedra. Então, todas as funções do que é ser coração desaparecem. Porque quem o tem não soube lidar com elas. E isso não será mais próximo de fraqueza, ao invés de força? Ter um coração forte é ter um músculo forte, ele não deixa de ser músculo, antes pelo contrário, torna -se num músculo ainda maior! Ele faz tudo o que um músculo pequeno faz, mas com mais força, com mais garra, com mais determinação, com mais confiança, com mais foco e com muito mais dedicação. Ele dá muito mais de si. Porquê? Porque tem muito mais para dar. Porque está forte o suficiente para não ter medo de cair. É por isso que se dá mais. Porque não tem medo! A outra diferença é a quem ou ao que se dá! Um músculo mais forte não perde energia com desafios pequenos. Porque um desafio pequeno em nada lhe vai acrescentar à sua evolução. Músculos fortes dão muito mais, mas com uma seletividade maior ainda. É isso que é ter um coração forte. É ser um coração ainda maior para quem o cuida. Um coração forte é um coração saudável. Ele nunca vai saltar em cordas de pouca qualidade. Mas sempre que salta numa corda de boa qualidade, ele vai dar tudo. RARAMENTE SE GANHA À PRIMEIRA. NÃO DESISTAS! És tu e só tu quem cria a tua realidade. Na verdade, não existem factos, mas interpretações. Aquilo que queres ser, podes ser, se acreditares. E depois de acreditares, só tens de traçar o caminho e lá chegarás. Não desistas. Raramente se ganha à primeira. A meta está no fim, não no início da caminhada. Acredita, age, cria, ganha. A ESCURIDÃO É UM TRAMPOLIM PARA AS ESTRELAS — SALTA! Todos nós temos um potencial. Dentro desse potencial está uma força. Essa força é neutra. É desenvolvida por ti. Tu escolhes o que fazer com ela. Tu escolhes a direção dela. Tu escolhes o que criar de ti com ela. Tu escolhes quem és e o caminho que queres. És tu e só tu. Tu escolhes ser o teu melhor ou o teu pior. Tu escolhes ser afundado pelas circunstâncias ou combatê -las firme e forte. Porque é que num filme torces, sempre, para que o «bom» seja o herói e não morra? Porque inconscientemente tens esse lado bom dentro de ti. Tu queres ser esse herói. E porque, muitas vezes, não o és? Porque alimentas o ódio, a raiva, o rancor, o medo, o ciúme, o egoísmo. Porque deixas que todos esses sentimentos te inundem. Porque não os combates e eles levam -te a estados deprimidos, ansiosos, agressivos. Mas tu és muito mais do que isso. Tu podes ser muito mais do que isso. Tu tens muito mais dentro de ti. Tu podes ser a tua melhor versão, todos os dias. Só tens de decidir sê -lo. Se queres deixar de ser algo, afasta -te de tudo o que espolete esse algo. Enquanto não estiveres sólido, não estás pronto para lidar com essas circunstâncias. Tenta perceber de onde vêm esses sentimentos e afasta -te de tudo o que tos cria. E não olhes para trás. Quando olhamos para trás, não vemos o que está à frente, tropeçamos e caímos. É preciso largar o medo que temos de nós próprios. Parece que temos mais medo da luz do que da escuridão. Porque a escuridão é confortante para o nosso sofrimento. Quando estamos tristes, muitas vezes, queremos fechar -nos no quarto e de luz apagada. Não queremos ver nada. O escuro apenas nos abraça a dor. Mas será que nos faz melhor? O escuro apenas condiz com a nossa tristeza. A luz a bater de frente custa a uns olhos cansados e ardidos de choro. A luz é desafiante. A luz quer que tu vejas. A luz quer que ponhas a dor de lado e que te levantes. E que entres na guerra. Que te olhes. Que olhes à tua volta. A luz quer -te vivo. E viver exige coragem! Se aprendes com a dor? Sim! A escuridão é o maior trampolim para as estrelas. Passa por ela. Mas não mores nela. Salta! COMPARTILHA -TE! Nós não podemos ser copos vazios e chegarmos ao pé do outro e pedir -lhe para encher! Para nos encher. Para suprir as nossas necessidades! Não podemos responsabilizar o outro pela nossa felicidade! O copo é nosso, as necessidades são nossas, a felicidade é nossa. Somos nós! Somos os responsáveis pela nossa felicidade. O que devemos fazer com o outro é: Compartilharmo -nos! PASSAR O REBENTAMENTO Só tens de passar o rebentamento das ondas para te poderes sentar tranquilamente na tua prancha de surf pronto para apreciar um sol que se põe e um mar azul que te dança nos pés. Só tens de passar o rebentamento das ondas. ESTAR SÓ POR ESTAR DIMINUI MAIS DO QUE ACRESCENTA! Estar só por estar. Estar para colmatar o vazio de si mesmo. Estar só para fazer vista. Estar por autossabotagem ou castigo inconsciente. Estar porque se sente incompleto sozinho. Estar porque há medo do próprio dentro, do próprio espelho, dos próprios pensamentos ou emoções, e estar sozinho é um confronto com o seu Eu, Estar só por estar assim diminui e desgasta mais do que acrescenta. O QUE ESTÁ FORA ESTÁ DENTRO O que está fora está dentro, e vice -versa. Como temos mais dificuldade em olharmo -nos por dentro, podemo -nos olhar indiretamente olhando o fora. O mistério está debaixo dos nossos narizes. Vive nas coisas mais simples. E mesmo quando o que está fora não tem qualquer significado, o significado que lhe vais dar irá revelar muito do que está dentro de ti. ATIRA A PRIMEIRA FLOR Se eu não dou. O outro não me dá. Se o outro não me dá. Eu não dou. Vivemos num ciclo. Há uma perda de autenticidade. Vivemos num jogo de xadrez. Deita o tabuleiro abaixo. Respira amor, E atira a primeira flor. O CAMINHO COMEÇA DENTRO Quando ages da mesma forma em todas as tentativas,é ignorante achares que poderás ter um resultado diferente. A não ser que confies em milagres. E eles acontecem. Mas tens de os fazer acontecer. Quem não joga no Euromilhões, nunca terá o milagre de lhe sair qualquer prémio nesse jogo. Nem o primeiro, nem o último. Não é o milagre que tem de vir ao teu encontro sem mais nem menos. És tu que tens de estar pronto para esse encontro. És tu que tens de dar as condições, a estrada, o ambiente, para que ele caminhe até ti. Coisas boas acontecem fora depois de acontecerem dentro. O caminho começa dentro. Não o inverso. A VIDA COMEÇA PRIMEIRO EM TI A vida começa primeiro em ti. Desenvolve -te da melhor forma. Para que te nasçam as maiores asas. E lá fora estarás pronto para receber os maiores voos. EM TERRA DE REIS Mas se precisares de confirmar, confirma. Só não te demores onde nada existe. Só não gastes a tua intensidade onde ela não cabe. Em terra de reis vazios, reis com tudo são nada. SOMOS FONTES INESGOTÁVEIS Nós somos fontes. Sim, somos fontes inesgotáveis. Então, porque nos enchemos só com meio litro de água na nossa garrafa? Aliás, porque construímos uma garrafa? Porque não somos simplesmente a fonte? Porque só somos um por cento da infinidade que podemos ser? Porque, além de só nos enchermos de meio litro de água da nossa fonte inesgotável, ainda sujamos a pouca água que enchemos? E como a sujamos? Com negatividade. Quando culpamos os outros. Quando nos culpamos. Quando criticamos os outros. Quando nos criticamos. Quando não nos colocamos no lugar do outro. Quando não acreditamos em nós. Quando achamos que não merecemos. Quando desistimos do que queremos. Quando gastamos energia com quem não nos acrescenta. Quando nos deixamos influenciar por quem está pior do que nós — água suja. Água suja contamina. Se na tua garrafa estiver água limpa, e se juntares a tua água à garrafa de água suja de alguém, a tua também ficará suja. Na caverna vivem muitas pessoas e elas não gostam de ver o sol, porque custa subir até cá acima. Elas estão só lá em baixo a mandar os maiores bitates. Principalmente sobre quem está fora da caverna e tem acesso ao sol. Porque o fazem? Primeiro, porque têm preguiça de subir, Segundo, porque, se elas não sobem, não querem que mais ninguém suba Terceiro, porque não sabem nada da realidade lá em cima. Nunca acredites numa água suja. Nunca te influencies por uma água suja. Sendo ela suja, nunca vai gostar que tu sejas água limpa! As pessoas não gostam que os outros estejam melhores do que elas. Porque é que os «coitadinhos» são muitas vezes acarinhados? Porque as pessoas adoram as que estão piores do que elas. Porque faz com que se sintam mais acima. Por mais em baixo que estejam, há sempre quem esteja mais abaixo ainda. Não entres nessa! Dá -te com pessoas elevadas. Pessoas de sucesso. Se queres ser mar, dá -te com grandes oceanos. Aponta para cima. Mesmo que não chegues exatamente onde queres. Chegarás sempre mais acima do que já estavas. Lembra -te: Quando tentas subir uma montanha, mesmo que não consigas chegar ao pico, ao tentares, nunca ficarás onde estavas — cá em baixo. Se te bate por dentro. Se queres com tudo de ti. Tenta. Tenta. Tenta. Tenta com o maior de ti. Tenta com o teu gigante interior. Tenta e vai. Basta apenas um passo para já não estares no lugar onde te encontravas. Basta apenas um passo! No meio de garrafas e garrafões, sê mar. O mar é infinito. Não limites o teu potencial. A tua força. A tua fé. A tua crença. A tua motivação. O teu merecimento. Junta -te aos fortes. Um litro de água de garrafa quando se atira ao mar deixará de ser apenas um litro de água de garrafa e passará a ser, também, uma imensidão de mar infinito. Sê como o mar: No meio de grandes ventos e marés, lança de si as maiores ondas. RASGA A CORTINA, AGORA! Devo focar -me nas coisas que quero? Sim! Mas devo saber desligar nos momentos em que não estou a fazer nada que tenha que ver com o foco. É importante a distração. É importante amansar a mente. Distraí -la. Desviar o foco. Se eu estiver cem por cento focada a cem por cento do meu tempo, vejo, penso e sinto cem por cento exatamente a mesma coisa. E deixará de existir mil e outras coisas à volta. É mais bonito uma só cor ou um arco -íris? Focar, sim. Mas definir tempos para esse foco. Se não se definir tempos, a energia irá dispersar -se. Como assim? Se tivermos um momento para nos focarmos a cem por cento, iremos depositar uma concentração máxima de energia nesse exato momento. Se não definirmos tempos, a energia não terá nenhum pico, dispersar -se -á pelo tempo todo. O que faz com que não sejamos tão bons quanto poderíamos, além de nos desgastarmos durante muito tempo. É como um desporto. Tu fazes desporto uma hora por dia, não o dia inteiro. E concentras -te na tua tarefa naquela e só naquela hora. Nas restantes, os músculos precisam de descansar. Para no dia seguinte estarem prontos para mais uma ronda. E é naquela hora que dás tudo. Porquê? Porque descansas. Porque tens apenas aquela hora para dar. O descanso é muito importante. O descanso é a tua recarga. Não te serve de nada um telemóvel sem bateria. Tenho de saber desligar. Tenho x para fazer hoje. É em x que vou pensar e executar. Já fiz? Ótimo. Planeio o dia de amanhã. Amanhã, tenho y para fazer. Então, amanhã, pensarei e executarei y. Mas depois de ter feito x, tenho de desligar de y. De nada me adianta pensar em algo que já está planeado para amanhã e que não tenho como controlar hoje. O futuro causa -nos quilos de ansiedade completamente desnecessária. Gastamos exageradamente energia ao cérebro. Trabalhamos demasiado com o cérebro. Os pensamentos são muitas vezes padrões repetitivos. Repara em quantas vezes ao dia pensas na mesma coisa. Dez? Vinte? Cinquenta? Pensamos em coisas que queremos fazer ou mudar. Pensamos vezes sem conta. Mas sem uma ação. Pensar faz sentido com o intuito de agir. Outras tantas vezes pensamos em coisas que não podemos sequer controlar, coisas que não dependem de nós. Então, porque pensamos nelas? Porque gastamos energia naquilo que não podemos controlar? Pensamos tanto que estamos a perder tempo para agir. Quando pensares pela segunda, pela terceira vez na mesma coisa. Para um bocadinho. Para, observa o que estás a pensar. O que te preocupa? Qual a solução? Há várias? Vê a melhor alternativa e age. Se não houver uma solução que dependa de ti, desvia o foco e deixa que o tempo traga respostas. Ele irá trazê-las. Precisamos de trabalhar mais com o coração. Meditar é isso mesmo, não se trata de parar a mente. Mas focarmo -nos no coração. Naquilo que sentimos. E ao mudarmos o foco daquilo que pensamos para aquilo que sentimos, o cérebro perderá uma força gigante. Amansando. Acalmando. Pondo -o na segunda linha em vez de na primeira. Pondo no pedestal o coração. Os sentidos. O que nos causa ansiedade não é o que sentimos, é o que pensamos. Quando começamos a sentir mais do que pensamos — por exemplo, num ato meditativo —, tudo em nós se acalma. Sentimo -nos até mais puros. Mais autênticos. Mais tranquilos. Os pensamentos são como um monte de nuvens. Quando meditamos, as nuvens afastam -se e estamos perante um céu brilhantemente azul e limpo. Os nossos pensamentos distraem -nos de nós mesmos, fazendo -nos acreditar que somos eles. Mas não. Não somos os nossos pensamentos. Eles é que fazem parte de uma ínfima parte de nós. Nós? Nós somos muito mais. Somos o que sentimos. Somos o que pressentimos. Somos o que quisermos ser. Somos o que está por trás do medo — a enorme coragem que muitas vezes não vemos. Rasga a cortina, agora! OIha. Sente -te! E sê bem -vindo ao comando! BORBOLETAS PARAM NOS MELHORES JARDINS Se gostasses da pessoa mais desafiante que já tivesses conhecido, não lutavas? Não lutavas? Ias -te embora? Viravas a cara à batalha? Não! Tu não viravas! Então, porque lutas por outras pessoas e não lutas com a mesma garra e determinação por ti mesmo? Tu é que és a estrela da tua vida. Porque não lutas por ti? Tu é que és a batalha mais difícil, mais desafiante.As maiores lutas são internas, não externas. Supera a luta interior e viverás em paz sob qualquer circunstância. Então, se queres, pergunto -te: Quanto queres isso? Quanto estás disposto a isso? Porque vais ter de desenterrar a tua força de gigante e a tua coragem de bisonte do mais fundo de ti para o fazeres. Se consegues? Sim. Tu consegues tudo! Mas tens de querer mais do que qualquer outra coisa. Isso tem de ser a tua prioridade. Tu tens de ser a tua prioridade! Não te deixes comandar pelo medo. Ele só te quer ver cair. Não te deixes comandar pelos maus pensamentos. Eles só te querem manipular. Não te deixes comandar pelos testes. Eles só te estão a testar, a comprovar a tua decisão, a tua certeza, a tua força. És tu que comandas! És tu que comandas! Põe no lugar o teu medo. Disciplina as tuas emoções. Encara os testes como uma rocha firme e forte que se segura perante as maiores ondas. E vais chegar onde queres. Aposta em ti. Acredita em ti. O potencial humano é poderoso. Usa -o! Desvenda -te. Revela -te. Não faz mal se caíres. A queda é o teu desafio. Levanta -te. E volta com mais força. Tu és a coisa mais importante da tua vida. Não percas tempo nos lugares «errados». Usa o teu tempo contigo. Usa o teu tempo para te fazer sorrir. Usa o teu dinheiro para te instruir. Cuida da tua saúde. Dá amor sem pedir. O que é teu encontra -se guardado em algum lugar. Cuida o melhor que conseguires de ti. E tudo te virá parar às mãos. Como as borboletas que param nos melhores jardins. A VIDA É RARA! Tira os sapatos Anda descalço Esfrega as mãos na terra Deixa a chuva cair -te na cara A vida é rara! NÃO MERECES SER QUEIMADO. MERECES SER AQUECIDO! As emoções cegam -te. Quando descontroladas. Talvez sejam a coisa mais poderosa que existe. Por não termos controlo sobre elas. Na realidade, temos. Então, se temos, porque não queremos ter? Porque lutamos contra nós e a favor delas? Porque as deixamos estar no trono? As emoções são como apontares para a Lua e não veres as estrelas. Os teus olhos refletem um ponto brilhante e tudo à volta é um mar de escuridão. As emoções são como o fogo. Um fogo bem gerido e controlado pode aquecer -nos. Pode iluminar -nos. Um fogo sem controlo pode derrubar uma floresta inteira. Enquanto controlares o fogo, és tu que estás no comando. Usa -lo em teu benefício. Ele existe, tu existes, e ele é benéfico para ti. Quando perdes o controlo do fogo, ele passa a ter comando sobre ti. Ele torna -se destrutivo. Ele cresce e alastra -se. E tu serás consumido. Por ele. Como lidar com as emoções? Da mesma forma que se lida com o fogo. Ateia fogo só num local seguro. Nunca ateies fogo num lugar que desconheces. Conhece primeiro o local. Observa se é seguro ateares fogo nesse local. É? Okay. Ateia -o. E vai sempre controlando. Nunca lhe percas o controlo. Depois de perdido, não o conseguirás derrubar facilmente, sozinho! O fogo é crescente. Mesmo quando colocas acendalhas, ele vai crescendo. Às vezes mais lentamente. Às vezes mais rapidamente. Mas é um processo. Tens de ir aprendendo a lidar com o tamanho do fogo. É bom manteres sempre uma certa distância. Perto o suficiente para te aquecer. Longe o suficiente para não te queimar. Enquanto o quiseres, não o mates. Mantém -no como está. Umas vezes mais forte. Umas vezes mais fraco. Mas sempre sob o teu controlo. Se o fogo já tiver alastrado. Se o fogo já estiver fora do teu controlo. Tens duas opções: Ou tens água suficiente para o acalmar. Ou tens de abandonar o local. E abandonar o local não é fugir de ti. É fugir do incêndio que está prestes a queimar -te vivo. Tu nunca estás a fugir de ti quando foges daquilo que te destrói. Antes pelo contrário: Estás a ir ao encontro de ti. A salvar -te. A demonstrar amor por ti. Ficares num local ameaçador para ti muitas vezes demonstra falhas no amor-próprio, na autoconfiança, no automerecimento. Muitas vezes aquilo que julgamos sentir não é mais do que ego — um género de sentimento cerebral. A meditação pode ajudar a focalizar -nos no que sentimos verdadeiramente. Ajuda a reorganizarmo -nos e a focarmo -nos no nosso verdadeiro eu. Muitas vezes agimos, pensamos e sentimos em piloto automático. O que se pode tornar uma bola de neve. Que faz com que o fogo se alastre e percamos o controlo. Para! Senta -te. Concentra -te na respiração. E sente -te. A ti. Mais nada. Deixa os pensamentos. Não te foques neles. Eles vão voltar. Deixa -os passar, como nuvens. Mas não lhes dês importância. Aceita -os. Volta o teu foco para a respiração. Esta será uma forma de treinares o cérebro. Aprendendo a controlá -lo e a sair do piloto automático que te destrói. O que fazes quando o teu braço se queima? Instintivamente, tiras o braço da fonte de calor intenso. Porque não fazes o mesmo com aquilo que te queima na vida? Que te magoa, que te fere, que te provoca mal -estar? Porque muitas vezes até és tu que procuras o que te queima? Porque pareces outras tantas vezes até gostar? E querer mais? Se isso acontecesse com o teu braço a ser queimado, o que pensarias de ti? Isso é castigo. Achas que mereces ser ferido e magoado. Porque te culpas de muitas coisas. Porque não aceitas que já cometeste erros na vida. Está tudo bem. Tenho a dizer -te que todos, sem exceção, cometemos milhares de milhões de erros na vida. É essa a forma que nos leva a crescer, a aprender, a ser quem somos. Se fossem contabilizadas as coisas boas que já fizeste, iriam ser muito, muito superiores às tuas falhas. Garanto -te! Não mereces ser queimado. Mereces ser aquecido por ti! Quando fores aquecido por ti, não haverá fogo que tenha a coragem de te queimar. LARGA O QUE NÃO TE LEVA AONDE QUERES IR Largar. Decidir largar. Largar tudo o que te puxa para trás. Quantas vezes ficas em dúvida: «Mas se me está a desafiar, porque não aceitar o desafio?» «Não devemos lutar por aquilo que nos provoca?» «Não devemos escolher o caminho difícil?» Não. Não devemos escolher o caminho difícil só porque é difícil. Não. Não devemos escolher o caminho difícil só porque o queremos exatamente por ser difícil. Não nos devemos sentir desafiados por tudo o que nos desafia. Desafio é continuarmos o percurso até ao nosso objetivo sem distrações. Isso é que é difícil. Isso é que é o Grande desafio! Portanto, sim, se for um desafio, que vá ao encontro do teu objetivo. Força! Vai com tudo de ti! E não ponhas menos do que aquilo que consegues. Mas se o desafio vai contra o que estás a tentar alcançar, ele é exatamente um teste para te distrair. É um vento forte contra ti. Larga -o. Se te deixares levar no vento, ele leva -te para trás. Portanto, desafios, sim, completamente sim, mas se fizerem parte do teu objetivo. Do teu caminho. Daquele que traçaste. Qual é o teu objetivo? X? Okay. Então, se aparecer y e z, não é para largares x e ires para y ou z. É para ultrapassares y e z até chegares a x. Nem todos os desafios tratam de conseguir chegar a. Muitos desafios tratam de largar. Renunciar a para chegar a. E largar é, talvez, o desafio mais difícil. Foco, disciplina, força e fé — são os ingredientes. Mas, acima de tudo, o poder está no teu querer! Quanto queres x? Quanto queres? Mais do que tudo? Então, renuncia ao resto que te afastar de x. Depois de ultrapassares o vento forte e gélido, há uma brisa suave e quente à tua espera. Quando queres mudar algo, não esperes nunca um caminho a direito. Garanto -te que vais cair. Porque vais. Mas não faz mal. São os y e os z. Às vezes, caímos com uma forte rajada de vento. O importante é não deixarmos que ela nos arraste e o chão nos esfole até batermos com a cabeça e não sabermos mais quem somos e para onde vamos. Cair, sim. Mas levantar com mais força ainda para ultrapassar o vento que te deitou abaixo. Quase sempre a queda é boa. Primeiro porque aprendes sobre a queda que deste perante o vento que foi. Dificilmente cairás outra vez com aquele vento. Porque já te deparaste com ele. Já o conheceste. Já viste como funciona. Quando te levantas, vais levantar -te com mais força, com mais conhecimento, com maisfoco, com mais garra. E acabas por ultrapassar esse vento. Claro, irão surgir outros mais à frente. Se não for vento, são pedras; se não forem pedras, são montanhas; se não forem montanhas, são cancelas, são rios para atravessar. Não faz mal. Tens uma mochila com tudo o que precisas. Tudo. Porque queres mais do que tudo chegar a x. E trouxeste tudo na mochila para justamente chegares a x, mesmo o que não te lembras que trouxeste está lá. Colocaste lá quando decidiste o teu caminho. E o que não colocaste vai surgir enquanto caminhas. Basta manteres o foco e o teu querer. Quando queres realmente algo, o teu potencial vai fazer superar -te coisas que nunca pensaste superar. Não acredites em mim. Acredita em ti. Vê por ti. No mar, existem muitas sereias a seduzir marinheiros. Muitos caíram. E morreram sugados. E os seus corpos abandonados à mercê de grandes e fortes mares. Depois de ter construído o meu barco. Depois de ter deixado a terra para trás. Depois de me ter lançado numa grande viagem. Depois de já estar no meio do oceano. Recuso -me a atirar -me ao mar e largar tudo por uma sereia. Quem é essa sereia? Não sei. Mas sei quem sou e sei o meu caminho. Agarro -me ao leme com afinco. E sigo em frente. Sem sereia. Sem asfixia. E com a força de mil marinheiros dentro de mim. RASGA A CAIXA! Recomeçar pode ser tão ou mais difícil quanto começar. Essa dificuldade depende de três coisas: Do quanto queres chegar ao teu destino, do quanto já andaste e do quão alta foi a queda. Quando já fizemos um caminho de vários e vários quilómetros, não é uma pequena queda que nos faz voltar para trás mesmo que tenha havido um pequeno abalo no nosso querer. Porque acontece esse abalo? Normalmente quando caímos ficamos doridos, essa dor faz com que ponhamos em causa e fiquemos confusos quanto ao que queremos. É normal. É o nosso instinto de fuga. A querer voltar para a sua zona de conforto. Porquê? Porque é muito mais fácil ser infeliz. Não precisamos de fazer nada. Só necessitamos de estar deitados no meio de uma estrada completamente vulneráveis a todo o tipo de atropelamento. Difícil é levantarmo -nos, percorrermos a estrada a pé, procurarmos um terreno, construirmos uma casa e percebermos o que nos faz felizes. Se queres coisas fáceis, não tentes ser feliz. Ser feliz não é fácil. Principalmente se não quiseres com todas as tuas forças. Querer com todas as tuas forças significa quereres essa coisa com o mais ínfimo de ti. Significa estares disposto a tudo para obter o que queres. Ser feliz implica largares tudo o que te faça infeliz e procurares por tudo o que te leve ao teu destino — ser feliz. Ser feliz implica questionares -te, saberes o que queres E, depois de saberes o que queres, traçares metas, focares -te, disciplinares -te, lutares contra tudo o que te distrai do teu trilho. Implica caíres muitas vezes, implica levantares -te muitas mais, sem nunca desistir. Desistir de tentar ser feliz é desistirmos de nós. Cada vez há mais pessoas tristes. Porquê? Porque existem muitas distrações: televisão, tecnologias — redes sociais, jogos… Estamos rodeados de distrações. Isso faz com que nos afastemos de nós. Pouco nos questionamos e muito menos agimos. Temos preguiça de agir. Estamos entretidos. A sociedade distrai -nos, programa -nos para sermos passivos. Embora cada vez mais inteligentes, ficamo -nos só pelo mundo das ideias. Não há ação. Não há garra. Não há força. Aliás, há. Mas não sai cá para fora. Mantemo -nos prisioneiros de nós próprios. Somos levados por uma onda virtual. Estamos cada vez menos próximos uns dos outros. Cada vez menos próximos da natureza. E consequentemente cada vez menos próximos de nós. Sai da tua zona de conforto. Pega num livro — sente o cheiro das páginas, a textura das folhas — leva -o contigo para um jardim — sente o cheiro da brisa, o som das aves, olha à tua volta, sente como te dá paz. A natureza aproxima -nos da nossa natureza. É um meio poderoso para nos conetarmos. Estamos tão longe de nós que agimos de forma inautêntica. Porquê? Porque não estamos conetados connosco. Não temos tempo para nós. Não passamos tempo connosco. Aliás, fugimos desse tempo connosco. Não sabemos mais o que queremos ou quem somos. Pensamos e agimos em piloto automático. E ao pensarmos e agirmos dessa forma, estamos a cometer um atentado contra nós. Porque não estamos a ser coerentes com a nossa essência. E quando isso acontece, surge uma luta interna. O que acontece é que, como não nos apercebemos, as lutas duram anos e anos e anos. Às tantas, já confundimos quem nos tornamos com quem realmente somos. Estamos cheios de armaduras uns contra os outros. Porque nenhum está a ser autêntico. É por isso que magoamos os outros e consequentemente nós mesmos. Mudar implica abandonar a caixa e sair cá para fora. Claro que temos medo de abandonar a caixa, é segura. Mas és feliz dentro de uma caixa? Não! Claro que não és. Então porque não tentas ser? Sai da caixa. Conhece o mundo. Conhece -te a ti. Dá -te. Dá de ti. Dá para receberes. Não o inverso. Não faz mal se caíres. Faz parte caíres quando fazes uma caminhada. Só não faz parte caíres dentro de uma caixa porque não sais do mesmo sítio. Porque nada arriscas. Apenas te acomodas ao sítio onde estás. Como podemos acomodar -nos a um sítio escuro, pequeno, tedioso e que nunca, mas nunca, nos faz felizes? Apenas nos faz sentir seguros. Mas será que estamos realmente seguros? Seguros de quê? A verdadeira ameaça não é tentar viver, é morrer sem nunca ter vivido. Rasga a caixa! O TEU EGO QUER. TU, NÃO. Muitas vezes agimos contra nós próprios achando que estamos a agir a favor. Porque agimos de acordo com um padrão de pensamento que já estabelecemos e não de acordo com o que realmente queremos. Se agires contra aquilo que pensas ou o que pareces sentir, mas de acordo com o que queres, o teu pensamento e emoção acabarão por mudar. A tua atitude, a tua ação, vai dar força à tua vontade, ao teu desejo. Agirás coerentemente com o que queres para ti. Agirás, então, com o teu eu mais profundo. Depois da confusão, vem a clareza. Ainda assim, depois de saberes o que queres, os teus padrões de pensamentos e emoções não te acompanham repentinamente. Porque existe para trás um padrão de hábitos, muitas vezes, de um longo, longo tempo. Os hábitos são das coisas mais trabalhosas de mudar. Mas bastam, em média, trinta e um dias para um novo hábito se instalar em nós. Depois desse tempo, já não estamos em esforço. Porque é que tantas pessoas desistem no princípio das coisas? Quantas vão ao ginásio umas semanas, um mês, e depois abandonam? Porque nem sequer chegam à fase da instalação do hábito. É preciso passar a zona da rebentação para chegar ao mar calmo. Muitas vezes, quando decidimos algo de acordo com a nossa essência, existe uma luta interna entre o nosso eu superior (essência) e o nosso falso eu (ego). Quantas vezes paramos, refletimos, conetamo -nos connosco e decidimos claramente o que é melhor para nós mas depois não conseguimos manter essa decisão em ações? Porque os nossos pensamentos e consequentes emoções nos traem. Na verdade, esses pensamentos e emoções fazem parte do nosso falso eu. Nós vivemos anos e anos com um falso eu. E geramos padrões atrás de padrões. Somos completamente comandados por esse ego. O ego é apaixonado por desafios. Porque ele adora ganhar. Ele quer insanamente ganhar. Independentemente de te ir fazer bem ou não? Ele não quer saber disso. Ele quer simplesmente ganhar. Resiste. Resiste em ações. Os pensamentos vão tornar -se cada vez mais fortes. prontos a tentar derrubar -te. Mas se agires conforme os teus pensamentos, vais estar a agir contra ti. O ego é uma entidade boa em velocidade, mas péssima em resistência. Ele dá tudo, mas tudo, de si num curto espaço de tempo. Se deixares passar esse espaço e resistires, ele irá abrandar. O ego não gosta de perder. Ele vai tentar arranjar outro desafio para ganhar. Bastam apenas uns dias, umas semanas ou um pouco mais para ele abrandar. Depende do desafio e do envolvimentoque já existem nele. Só tens de passar mais uma vez a rebentação. Todos os desafios são exatamente como o mar. O mar poderia ser um símbolo oficial do desafio na vida. Tu entras no mar porque queres. Para quê? Para dar um mergulho. Para pescar. Para fazer surf. Não importa. Tens sempre um propósito. E para chegares ao teu propósito precisas de passar a zona da rebentação. Assim são os desafios. Sê bom, então, em resistência, e irás facilmente ganhar -lhes. Sim, ao princípio é uma luta interna entre pensamentos, emoções, ações. Porque os pensamentos criam as emoções. E quando pensas repetidamente na mesma coisa, isso faz -te achar que gostas dela. Mas nem sempre se trata de sentimento. Muitas vezes, trata -se apenas de uma intensidade bombástica de pensamentos a todo o instante. Acreditamos tanto no que pensamos. Acreditamos tanto que somos o que pensamos. Que quando pensamos, sentimos. Estamos a sentir com o pensar. E transmitimos para fora. Então, se pensamos com um falso eu, sentimos com um falso eu e transmitimos um falso eu. A nossa autenticidade fica cada vez mais escondida num canto de nós. Quando algo te faz sentir mal é porque vai contra aquilo que queres, e se vai contra o que queres, não é autêntico, não é sentimento, é pensamento! Muitas vezes ficamos confusos. Porque os nossos pensamentos são tão reais que acreditamos seriamente que somos aquilo que pensamos. E podemos confundir o que queremos. O teste é simples. Faz -te bem? É real. Faz -te mal? O teu ego quer. Tu, não. Ele é como um balão cheio. Pela forma grande, assusta. Mas basta uma pequena picada para ele se resumir a nada mais do que nada. Derruba -o. Ele não és tu. E tu és muito maior do que ele. Sê o dono da agulha. E confirma: Por trás de uma sólida borracha encontra -se somente um vazio. A PRIMEIRA COISA A primeira coisa a eliminar para seres feliz É a pressão em quereres sê -lo. ESCUTA O TEU CORAÇÃO DE GUERREIRO Falhar no mesmo erro é como colocares a mesma lâmpada fundida no mesmo candeeiro várias vezes. À espera que o milagre aconteça. Tenta. Tenta sempre. Nem que seja uma vez. Se quiseres realmente que a lâmpada funcione, experimenta -a. Confirma por ti. Uma ou duas ou três vezes. Mas não te demores. Não gastes tempo em confirmações vãs. Estarás a gastar a tua energia em algo que não te será útil e te roubará tempo, disposição e positividade. Enquanto experimentas uma lâmpada fundida vezes sem conta, desperdiças o teu tempo de duas formas: Primeiro, estás a perder tempo no escuro, visto que sentes falta de luz e não a consegues com aquela lâmpada; Segundo, estás ocupado com algo que vai diretamente para o lixo, e se estás ocupado com esse algo inútil, não tens tempo para algo útil, uma lâmpada que funcione e te dê aquilo que queres — luz. Nunca te julgues nem critiques por tentares. Estás a fazer o teu melhor. Vais falhando cada vez melhor. A evolução é isso mesmo: até ao sucesso há um sem -número de insucessos. São eles que te ensinam. São eles que em conjunto te vão levar ao pódio. Por isso, não os subestimes. Nem a ti que os cometes. Não te deites abaixo. Eles são necessários. Aceita -os. Aceita -te. São precisas muitas batalhas para se ganhar uma guerra. E tu és um guerreiro. Não condenes as feridas que tens nos joelhos, nas mãos, nos braços, nos pés. Se as tens, é por estares em combate. E nos combates estão os melhores. Os escolhidos. Os preparados. Protege -te e cuida de ti. Para e escuta o teu interior. Nós somos, por dentro, eternos corações que falam. HÁ SONHOS QUE GUARDAMOS É sempre perigoso sentir vontade de voltar. Há sonhos que guardamos numa caixinha de música. Guardamos esses sonhos porque os quisemos muito um dia e não os atingimos por alguma razão. Houve um desvio. Como uma estrela que desenhas no céu e à qual pretendes chegar. Mas entretanto surgem outras estrelas e tu viajas até essas. Mas a que deixaste para trás continua lá. Brilhante no céu. Só que depois de fazeres um sem -número de viagens, modificas -te. Em cada chão que pisas tu mudas. Tudo na vida é passagem e toda a passagem serve para nos transformar de alguma forma. Então, será que depois do tempo, das viagens nesse tempo, dos vários chãos que foste pisando, das pedras que foste ultrapassando, das montanhas, de outros planetas, de outras estrelas, continuas a querer ir àquela estrela que um dia quiseste só porque nesse dia te fazia sentido? Nós somos sempre iguais, mas sempre diferentes também. Será que o sonho que guardamos faz sintonia connosco independentemente da linha do tempo? Nós mudamos ao longo do tempo. Nós mudamos fisicamente. Nós mudamos os gostos. Os desejos. Pontos da personalidade. Modos de ver. Mudamos os amigos. Os relacionamentos. A profissão. Estamos em constante mudança todos os dias. No entanto, tentamos resgatar sonhos antigos sem dar conta de que eles já não estão em sintonia com o nosso eu atual. Porque o fazemos? Porque sentimos que algo ficou por fazer. Porque a estrela continua lá, porque a desenhámos e nunca lá fomos. Porque quisemos tanto durante tanto tempo que virou padrão. Então, passamos a querer de forma automática. Como se o nosso querer quisesse em piloto automático. Porque está agarrado a essa ideia. Essa ideia ficou marcada. Mesmo que tenhamos posto outras ideias à frente. Essa ideia ficou guardada. Por isso continuamos a querê -la. Porque a queremos sem nos voltar a pensar, sem nos voltar a sentir. Queremos de forma padronizada. Mas será que o que essa estrela tem ressoa ainda comigo? Ainda me identifico com um planeta de coelhos? Ou agora prefiro um planeta de tigres? Ainda gosto do roxo ou agora prefiro o azul -forte? Deverei ir à estrela que desenhei há anos -luz? Ou desenhar uma nova estrela em sintonia com o meu eu presente? Porque não ir ao encontro do que quero? Só seremos excelentes quando sintonizados com o que fazemos. Só podes dar o teu máximo se estiveres ao máximo nesse algo. A essência não muda. Por isso, é que és sempre tu mesmo, ainda que diferente. Há uma estrutura que nunca muda. É essa a tua identidade. Os teus sonhos devem ser desenhados por ela. Não pelo que te acontece. Mas pelo que és. Aquilo que somos é o nosso rádio. Sintoniza -te. EU SOU UM CÉU INTEIRO Nós somos casas sem telhado — infinitos — com acesso a um céu rodeado de estrelas, planetas, meteoritos e outros tantos astros. Como é que alguém consegue viver a olhar e a saber só sobre as paredes brancas da casa e os sofás e os armários que guardam a loiça? Como é que alguém consegue viver sem olhar para o céu, ou apenas olhar e não ter curiosidade sobre cada astro? É disto que falo. Apaixonares -te pelas estrelas e quereres saber mais sobre elas. Que constelações formam e há quantos anos -luz deixaram de existir. Eu sou um céu inteiro — uma enorme possibilidade de coisas. Por vezes sou estrela. Por vezes sou o negro vazio de fundo. Não é fácil seres estrela. Mas o preço é alto sendo o negro vazio de fundo. LEMBRA -TE Onde houver luz, haverá sempre sombra, por mais que corras, ela correrá exatamente à mesma velocidade que tu. Encara -a. Aceita -a. E não precisarás de correr mais nenhum dia. O AMOR NÃO É PARA IDIOTAS O amor não é para idiotas, como dizem por aí, Isso são outras coisas. O amor é para quem tem coragem de se doar sem esperar nada em troca. O PODER DO SORRISO Um sorriso tem um poder imenso. E é uma coisa tão simples. As coisas simples são, talvez, as mais prováveis de nos fazer felizes. Porquê? Por não haver expetativas. Tu não crias a expetativa sobre um sorriso ou um simples bom dia. A causa da infelicidade está nas expetativas. Expetativas impostas pela sociedade. Expetativas que criamos sobre tudo o que nos rodeia, sobre os outros, sobre nós. A expetativa é uma pistola carregada apontada à cabeça da realidade. Não vivemos nem sentimos totalmente a realidade, o agora, o nosso presente, o que nos acontece e passa por nós, simplesmente porque vivemos na comparação do ideal que desenhamos com a posterior realidade. Quando comparamos algo, não estamos focadosapenas numa coisa. Mas sim em duas, pelo menos. Logo, nunca viveremos nenhuma a cem por cento. E é por isso que as coisas simples têm tanto impacto dentro de nós, por não existir qualquer arma que lhes esteja apontada. Portanto, adoramos sorrisos, abraços, beijos, mensagens de bom dia. Quando esperamos algo complexo de alguém, raramente ficamos felizes, porque há sempre algum ponto a falhar no ideal que desenhámos. As coisas simples, não. Elas normalmente acontecem quando nem sequer estamos à espera delas. São espontâneas. Um sorriso. Um olhar. Um abraço. Um simples elogio. Um nascer do Sol. Um pôr do Sol. Uma brisa quente com cheiro a verão. O quente de uma cama quando está inverno. Uma tarde passada a ver filmes com pipocas e uma caneca de chá. Um amo -te pela manhã. Um «como foi o dia»? Um «por favor», um «desculpa», um «obrigado». Coisas tão pequenas aparentemente e tão grandes no efeito. Por não esperarmos absolutamente nada. Quantas pessoas ficam tristes porque o namorado não lhes ofereceu um presente à altura no Dia dos Namorados ou porque não foram jantar fora nesse dia. Porque ficam tristes? Porque é imposto pela sociedade que se deve oferecer um presente romântico nesse dia, que se deve comemorar esse dia. O pequeno presente que ele ofereceu nesse dia não a fez feliz, por toda a expetativa criada. Mas se ele tivesse oferecido esse presente num dia banal, sem ela estar à espera, provavelmente iria abraçá -lo e sorrir -lhe de forma autêntica. E o presente era o mesmo. Só o dia mudou. E a expetativa se alterou. O problema não estava no presente, mas sim na expetativa. E essa expetativa não lhe fez apreciar na totalidade o presente E, por isso, não lhe deu um sorriso total e autêntico. Ficou, assim, manchado pelo tiro da expetativa. Quanto mais tornarmos as coisas simples, mais felizes seremos. Quanto menos expetativa tivermos sobre nós e o exterior, mais dias sorridentes teremos, mais autênticos seremos, mais sorrisos daremos, mais totais viveremos. Devíamos ser mais afáveis uns com os outros. Em coisas simples. Um bom -dia, uma boa -tarde, uma boa -noite. Um «está tudo bem»? Um «precisas de alguma coisa»? Um «posso ajudar»? Coisas tão simples que podem provocar nos outros algo tão positivo no seu dia. Um sorriso. O sorriso tem um poder gigante. Um poder terapêutico. Sorri quando te cruzas com alguém, como se achasses que aquela pessoa teve o pior dia da sua vida. Porque, na realidade, pode mesmo ter tido. Já pensaste? APRENDE MAIS O DERROTADO DO QUE O VITORIOSO Muitas vezes tentamos esconder os nossos defeitos, de nós e dos outros. Porquê? Porque não queremos nem pensar mal de nós nem que os outros o pensem. Não queremos ser rejeitados nem por nós nem pelos outros. Então, camuflamos essas características negativas desde pequenos. Desde que aprendemos que ser de determinado modo é mau. Enterramos todas as características que achamos maldosas em nós, aquelas que não toleramos. Mas, apesar de as enterrarmos e de as não aceitarmos, elas continuam a vir ao de cima em muitas circunstâncias que as desencadeiam. Porque elas continuam lá. Quer queiramos quer não. Elas vivem em nós. Fazem parte de nós. Quem se encarrega de encobrir toda esta sombra é o ego. O ego é a nossa máscara. E a nossa máscara é criada com muito mais qualidades do que defeitos. Para quê? Para sermos mais facilmente aceites. Pelos outros e por nós. Ninguém quer achar de si mesmo que é um manipulador, que quer dominar as pessoas e ter poder sobre elas porque no fundo há uma insegurança enorme. Ninguém quer, muito menos, que os outros vejam isso! Então o que faz? Cria uma máscara que seduz mais — não se acha manipulador, acha -se sedutor, confiante, sábio, bom comunicador. E passa exatamente isso para o exterior. E assim adormecemos o nosso lado sombrio. E, ao adormecermos, não o podemos controlar nem melhorar porque não estamos conscientes dele. Muitas vezes, esse lado é projetado nos outros. Se a preguiça em alguém me irrita, será que essa característica não faz ressonância com uma das características do meu lado sombra? Será que não sou também preguiçosa, mas condeno isso em mim? E por isso a condeno nos outros? Os outros são o nosso espelho. Se estivermos atentos e os observarmos, conseguimos ver o nosso reflexo. E posteriormente transformamo -nos. Vemos os outros com os nossos olhos. Os nossos olhos. Nossos. Não vemos os outros como eles verdadeiramente são. Vemos os outros como somos por dentro. Devemos, então, tornarmo -nos conscientes da sombra, aceitá -la, para que ela não nos amaldiçoe. Mal estás consciente de certas características em ti, começas a ficar mais atento a determinadas atitudes tuas e passas automaticamente a melhorá -las. Aceitar não significa concordar e potencializar. Não devemos dar poder à sombra. Não a devemos colocar na linha da frente. Devemos integrá -la! Se essas características não nos fazem sentir bem com a pessoa que queremos ser. Devemos dar poder à parte de nós que nos faz sentir melhor. O intuito é sentirmo -nos em paz. Sentirmo -nos bem connosco. Não tem que ver com rejeitar certas partes de nós. Aceitamo -las, mas também decidimos se queremos melhorá -las ou não. Quando fazemos mal aos outros, estamos automaticamente a fazermo -nos a mal a nós. Estamos a criar manchas atrás de manchas na nossa alma. Eu sou muitas coisas. O que quero ser das coisas todas que sou? É a essas então que vou dar mais valor. Dar o poder. Até posso criar novas características. Ou melhorar e potencializar algumas que tenha. Eu escolho quem quero ser. Eu construo -me. Sempre com consciência, também, dos meus defeitos, das coisas que não tolero em mim, que não me trazem bem — sombra. Como afastar o lado sombra? Além de o reconhecermos e o tornarmos, assim, consciente, precisamos de o perdoar ou compreender. Se o compreendermos, não teremos necessidade de o perdoar. Todos nós temos falhas. Não somos perfeitos. Se fôssemos, talvez não estivéssemos aqui. Precisamos de nos reconhecer e de nos perdoar. Assim que nos perdoamos, estamos prontos para ser alguém melhor. E automaticamente a sombra fica em segundo plano. Ao reconhecermos onde falhamos, onde erramos podemos ser melhores do que fomos. Alguém que se levanta precisa de ter caído. Alguém que se levanta usa mais força. Mais força do que quem está sentado. Ou deitado a dormir. Então, o que os erros fazem é isso mesmo, dão -nos força! Cai, e levanta -te alguém melhor do que quem caiu. Aprendemos mais com os nossos defeitos do que com as nossas qualidades. Tal como numa guerra: Aprende mais o derrotado do que o vitorioso. AS MENTIRAS DO MEDO E A FORÇA INDOMÁVEL QUE HÁ EM TI O que pode estar por trás de uma cabeça confusa, de uns pés atados, de umas mãos ansiosas, de um corpo cansado pode ser simplesmente uma coisa: O medo. O medo é poderoso quando lhe damos esse poder. Mas na verdade ele torna -se demasiado fraco quando o enfrentamos. O medo é fácil de exterminar quando nos dispomos a isso. O medo é aquele lingrinhas que vem com uma grande conversa e postura. E por isso nos intimida. Mas na realidade esse lingrinhas perderia facilmente se o enfrentássemos. O lingrinhas fala e fala muito e fala bem e demonstra muito porquê? Porque tem de assegurar e proteger aquilo que ele sabe que não tem! Força! É exatamente como o medo funciona. O medo não tem poder por si próprio, o que ele faz é contaminar -te a mente com muita, muita conversa, muitos argumentos, muitas demonstrações daqui e dali para que caias na conversa dele e nem sequer tenhas a audácia de o enfrentar. E só assim ele consegue ganhar -te as vezes que deixares. Se caíres na conversa dele e te ajoelhares. O medo é um grandessíssimo mentiroso. Ele diz -te que não consegues, para te limitar, te confundir, te atar. E assim te mantém imóvel. Mas o que ele faz é manipular -te e enganar -te. Na verdade, quando o medo te diz que não consegues é porque se sente ameaçado, ele quer impedir -te de alguma coisa que o ameaça, logo, é algo grande, significativo. Quando natua cabeça achares que não consegues, acredita, há uma probabilidade gigante não só de conseguires isso mas também de o conseguires com franca distinção. Repara, de desafios pequenos, o medo não te fala. Fala -te dos grandes desafios, naqueles em que podes conseguir algo muito grande. Afasta -o, e verás que quem tem o poder e a verdade és tu e só tu. Não arriscamos com medo de falhar. E se falhas ao teu maior sonho? Se é difícil? É! Grandes desafios nunca serão fáceis, caso o fossem, não se chamariam grandes! É como quereres escalar a maior montanha do mundo. Juntas dinheiro para o fazeres. Viajas para chegares até à montanha. Assim que estás de frente para quilómetros e quilómetros de montanha, assim que a vês a ultrapassar as nuvens do céu, engoles em seco. E por momentos duvidas. Duvidas e questionas -te: Será que é isto que quero? Porque te questionas? Porque tens medo de falhar! Porque é a coisa que mais queres. Aquilo para que treinaste muitos anos. E se falhares? Tens medo da desilusão de ti próprio. Tens medo da desilusão que possas dar aos outros. O que vou achar de mim se não conseguir? O que vão achar os outros? Esquece o medo. Rebate -o! Quando ele te disser que não és capaz, que vais falhar. Mostra -lhe o que fizeste para chegar ali. Fala -lhe em alto e bom som. Diz -lhe o quanto treinaste. O quanto queres. O talento que tens. Fala -lhe sobre as tuas vitórias. Fala -lhe sobre as vezes que caíste e te levantaste com distinção. Esfrega -lhe na cara as tuas taças, as tuas medalhas, as tuas cicatrizes nas costas. E depois olha para a montanha. Dá o primeiro passo e nunca mais pares. Mostra não ao medo, mas a ti: o que és, de que és feito, quanto vales! Tira uma fotografia no topo da montanha e coloca -a na mesa de cabeceira, no teu escritório, no teu espelho. Para que todos os dias vejas a força indomável que há em ti. Não há nada mais poderoso do que um espírito humano que quer vencer — o céu nunca será o limite. O espaço é infinito. Assim como nós. Por dentro. PACIÊNCIA As flores da minha varanda ensinaram -me que não se brota num dia. E isso chama -se paciência. QUEM ÉS TU POR BAIXO? Conhecermo -nos pode parecer uma aventura assustadora, talvez a maior aventura, mas necessária. Essencial. É enfrentar o espelho de dentro. Quem és tu por baixo dessa cara, desses cabelos, dessas roupas, desse músculo, desse esqueleto? Quem és tu? ESCUTA A dor existe para te mostrar algo. Não mates a mensagem. Escuta. E ela desvanecer -se -á. CONDUZIR COM O CORAÇÃO O peito dela é uma rosa fechada. O peito dela tem flashes. Parece que funciona geralmente com o cérebro, mas de repente tem flashes emocionais, picadas que lhe dão, surtos emocionais que sente por dentro, nos poros e nos olhos. É como se o coração dela fosse um mergulhador no fundo do mar e que por vezes tem de vir ao de cima para respirar. Estava completamente enganada a seu respeito. Pensava ser maioritariamente emocional. Mas não. Ela estava errada. A maioria das emoções que viveu foram mentais. Não foram de peito aberto. Foram de peito fechado e cérebro a altas velocidades com altas descargas corporais. A mente guia -a. E ela tem um longo caminho a percorrer para ser conduzida pelo coração. TU ÉS A PESSOA DA TUA VIDA! Redescobrires -te é como viveres uma década na rua. E depois, quando chegas a casa. Passada uma década. Lembras -te perfeitamente do cheiro. Das coisas. Começas a reconhecer a tua casa. Começas a reconhecer algo íntimo de ti. De repente entras no quarto e bates de frente com o teu espelho. Com o teu reflexo. E ficas boquiaberto. E olhas -te por um tempo. Fixamente. Primeiro como um estranho. Depois começas a juntar peças de memórias. E a enquadrar -te com algumas expressões tuas, alguns traços teus. Mas estás diferente. Vês -te diferente. É uma pessoa nova que está ali. Mais velha, mais firme, e com coisas das quais já não te lembras e outras tantas novas que surgiram. Diz -lhe olá e nunca te esqueças: ama -te em qualquer altura, em qualquer circunstância. Tu és a pessoa da tua vida. És a única peça do jogo que podes mover por conta própria. Tu comandas quem és, quem queres ser, onde estás e para onde vais. DÁ! Não te foques na escassez do teu ser, naquilo que te falta, concentra -te no que abunda em ti, na tua abundância. Quanto mais dás, mais recebes. Quando não estiveres a receber o que queres, dá. Quando dás, quem recebe terá todo o prazer em dar -te mesmo sem pedires. Muitas vezes até mais do que recebeu. Dá um elogio. Elogia as pessoas em vez de as criticares. Eleva -as. Se as elevares, vais automaticamente elevar -te. Quanto mais «bem» distribuíres, mais «bem» recebes. Até de ti mesmo. Se enviares «bem», serás mais «bem» dentro de ti. E isso far -te -á sentir em sintonia contigo. Quando criticas, quando fazes mal ao outro, estás automaticamente a fazer -te mal, estás a manchar -te. Se ofereces maldade, estás a ser dentro de ti maldade. Estás a potenciar a tua maldade. A tua escuridão. E isso fará muito mais mal a ti do que àquele a quem queres fazer. Tu serás sempre o teu primeiro alvo em tudo. Age com os outros como se estivesses a agir contigo. Porque estás. A forma como ages é a forma como te tornas. Se queres sentir -te em paz, age com paz. Se queres sentir -te confiante, age com confiança. Se queres sentir amor, age com amor. Tudo o que está fora, está dentro, e vice -versa. Quando dás para fora com a tua mão, não esqueças que a tua mão está ligada ao braço, que está ligado ao corpo, que está ligado a ti. Se dás veneno, serás veneno, se dás algodão -doce, serás algodão -doce. Nós atraímos aquilo que emanamos. Se emanares escassez, atrairás escassez, se emanares abundância, atrairás abundância. Se deres amor, receberás amor. O ato de dar ao outro dá -nos muito a nós. Sempre que damos, damos muito mais a nós mesmos. Independentemente do valor daquilo que estejamos a dar ao outro, receberemos muito mais apenas no ato de dar. Dá sem quereres receber, só assim receberás sem nada em troca. Dá de coração. Quando dás de coração, nele, nasce -te uma nova flor, uma nova planta, uma nova árvore, e o sol estende -se até ao pico da tua alma, dando à luz um sorriso. Puro como um recém -nascido. E renovas -te. E renasces -te por entre um riso. LARGA AS ÂNCORAS! Para resolver um cubo de Rubik, preciso de conhecer o cubo na totalidade. Cada parte. Cada cor. Cada peça. Preciso de as conhecer para saber em que sentido as devo mover. O que devo fazer com elas. Para chegar a algum lado e solucionar o problema. Para me resolver preciso de conhecer todas as minhas partes. Preciso de estar só. Sem padrões. Sem âncoras. Tu só conheces o valor de um navio quando ele está no mar. Não quando está no cais. No cais, só o conheces por fora. Nunca saberás o valor dele. O potencial dele. Como funciona nas várias situações e do que é capaz. Assim é a descoberta humana. Larga as âncoras Larga o cais E liberta -te pelo mar adentro (ou afora). OS OUTROS ÉS TU A tua sombra não são os defeitos que aceitas em ti. São os defeitos que tens e que não aceitas. Aqueles que estão escondidos no fundo do baú mas que depois projetas nos outros. O que mais te irrita nas pessoas? Não toleras isso em ninguém porque não o toleras em ti. Então, tentas mudar isso em ti. Porque detestas isso em ti. Se detestas isso em ti, vais projetar essa intolerância, esse ódio, nos outros. TU MERECES A vida não é um castigo. Presenteia -te. Tu mereces. CAMINHOS DIFERENTES Ninguém está atrás ou à frente de ti. Todos estão em caminhos diferentes. COMEÇA AGORA! Celebra mais. Cada onda. Cada passo. Cada caminhada. No fundo, tudo faz parte da caminhada. Não só o sol, mas também as pedras. A poeira. E os troncos caídos na estrada. É aceitável desorientares -te. É ótimo estares confuso, significa que estás a questionar -te. Estás a pôr em questão. Estás a levantar o véu. Estás a pôr em causa. E se duvidas é porque não estavas no caminho certo. E é exatamente essa confusão que te vai levar ao caminho certo. Agradece -lhe e celebra -a.Semeia coisas boas. E coisas boas colherás. Faça chuva, faça sol. Semeia. Se não gostas das pessoas, experimenta gostar de ti. Se achas que ninguém presta, experimenta prestar. Começa por ti. Faz coisas boas. Tens uma sombra? Sim! Tens uma luz? Sim! Tens qualidades e defeitos. Yin e yang. Sim! Mas tu não és estanque. Se não estás contente com quem és. Torna consciente tudo o que és. O que és? No que gostarias de te tornar? E muda -te. E melhora -te. Faz alguma coisa. E começa agora. TUDO O QUE É ALTO COMEÇA NO CHÃO Amar -nos não é um processo difícil. Se estiveres atento, vais perceber a pessoa maravilhosa que és. E só o és exatamente por seres imperfeito. É na imperfeição que mora a perfeição. É a nossa individualidade. Não há ninguém igual a ti. Nunca existiu. Nunca existirá. És uma peça única. Tens noção desse valor? Então, se és uma peça única, não te desgastes nem te condenes ao atirar -te ao chão. Não acabes contigo. Constrói -te. Como uma torre. Como uma árvore. Ambas altivas. Nunca te esqueças: Tudo o que é alto começa no chão. SÊ A PESSOA CERTA Procuramos nos outros aquilo que falta em nós. Obrigamos o outro a preencher um vazio que é nosso. E caso ele não nos dê o que queremos, o que não estamos a dar -nos, julgamos e criticamos esse outro. Na verdade, estamos a julgar no exterior uma falha nossa, uma falha interior. Somos nós que estamos a falhar connosco. Não procures atenção nos outros para colmatar a atenção que não te dás. Ninguém tem de preencher vazio nenhum em nós. Ninguém! Ninguém tem de mudar e ser alguém que não é por nós. Não! Ninguém tem de ser perfeito e desenhado ao nosso gosto. Não peças nada! Não peças nada que o outro não é! Não exijas nada do outro! Ele é ele. Ele é inteiro. Ele é assim. Ele é como quer. Não como tu queres. Se precisas de pedir, se precisas de mudar alguém, Então, és tu que não estás onde deverias estar. Amor é liberdade. Só faz sentido estarmos onde, sendo nós próprios, acrescentamos a vida dos outros. Ninguém é metade de ninguém. São dois inteiros que se compartilham. Então, primeiro sê inteiro, ou passarás a vida a procurar metades. EGO O Ego esfrega -nos a cara na lama Além de doer, ficamos irreconhecíveis mesmo para nós próprios principalmente para nós próprios. A DOENÇA É O MENSAGEIRO A taxa de doenças aumenta, porque as mentes estão cada vez mais doentes. Não existe doença numa mente sã. A doença é o mensageiro. Ela existe para nos informar. A doença é um grito daquilo que não está a ser curado. Do desequilíbrio ao qual não estamos a dar a devida atenção. Ela é uma consequência de. A doença é um valente puxão de orelhas. É a última forma de nos fazer parar para estarmos atentos ao que realmente se passa por dentro. PEITO EXPOSTO! Construir barreiras, toda a gente constrói, Quero ver-te sair para a rua de peito exposto! SOMOS MAIS INTEIROS DO QUE PENSAMOS Não é o destino. É o trajeto. É a sede do trajeto que nos traz felicidade. É a sede. É o caminhar. Quando caminhamos. O agora. Não o lá. Não o destino. Somos mais inteiros do que pensamos. HARMONIA Vai. E para onde fores Está em harmonia com quem és. VEM SEMPRE MELHOR DO QUE IMAGINÁMOS Para quê voltarmos atrás na história, se todos os dias podemos fazer uma história diferente? Se mudarias algo lá atrás, muda agora. Muda agora com quem és. Não com quem foste. Trabalha com o real. Trabalha contigo. Não com fantasmas que pensas ainda estarem vivos. Sei que deves estar a pensar: Mas, se mudar agora, não vou ter o que tive lá atrás, e continuará perdido. Provavelmente. Mas a vida não é lá atrás. É agora. Aqui. Se colocares as mãos no pulso, no pescoço, vais ouvir cada batimento. Tu estás aqui. Estás vivo aqui. As tuas batidas lá atrás já não existem. Todos os dias és um novo ser. E, se mudares agora, não voltas a perder da forma que perdeste. E quem sabe atraias exatamente o que buscas. Mesmo que não seja o que pensas que queres. Na maior parte das vezes vem sempre melhor do que imaginámos. AMA O TEU SONHO É preciso haver um caos no poeta. É preciso haver um caos no artista. É preciso haver caos para nascer uma obra de arte. O que desperta a inspiração é o tumulto. É o caos. A confusão. O poeta pega num papel branco. O artista pega numa tela branca. É no vazio que se pintam universos. É no vazio que tudo começa. O vazio é como um recém -nascido. Uma folha em branco. Mas para nascer o recém -nascido foi preciso estar nove meses em processo de mudança. É preciso haver mudança. A confusão é, no fundo, um grande presente. Surge para em seguida se dar uma enorme transformação. A confusão é a fase mais criativa. Entrar nela pode ser difícil, mas saímos um ser novo. É importante sonhar. É importante termos sonhos. É importante acreditarmos neles. Quando amamos os nossos sonhos, eles dão -nos um sentido de propósito tão grande, que podemos ultrapassar qualquer coisa. São os sonhos que nos levam além. Os sonhos e o amor talvez sejam a maior força do universo. Ambos fazem-nos mover montanhas com uma força que desconhecíamos. Acredita em ti. Esse é o primeiro passo. A tua energia positiva. A tua confiança. A tua crença, a tua fé faz com que o teu foco seja bem otimizado. Faz com que atraias luz para o teu sonho. O facto de acreditares faz com que o visualizes. E a visualização tem um poder fortíssimo. Se quiseres a todo o vapor, as coisas virão até ti. O universo está sempre a teu favor. Principalmente naquilo que queres e te eleva. Se aquilo que queres se encontra em sintonia contigo, vais notar que não será fácil, mas fá -lo -ás com uma satisfação, com uma energia tão grande que o facto de ser prazeroso diminuirá o facto de ser trabalhoso. Não te fiques pelas ideias. Passa à ação. Define metas. E inicia essa viagem mágica até às estrelas. Se puderes, faz tudo em segredo. Porquê? Para te protegeres das influências externas. Das opiniões. A maioria das pessoas está aprisionada a uma realidade fechada. São prisioneiras de si próprias. Não sonham. E quando sonham, deixam pra lá. Não se movem. Não esticam as mãos, os braços, para as estrelas. Não constroem naves para as ir visitar. Para chegar até elas. E se elas reprimem os próprios sonhos, vão projetar em ti esse estado reprimido. E vão julgar -te. Porque se elas não o fazem. Não sentem que conseguem. Vão dizer -te que tu não consegues. Mas elas não te estão a dizer a verdade. Tu consegues. A verdade é que tu consegues. E é tão possível conseguires que elas têm medo que tu consigas! Porque elas não conseguiram. Então, também não querem que tu consigas. Não as escutes. Acredita sozinho. Acredita em silêncio. Desloca -te. Movimenta -te em silêncio. Faz o que tens a fazer. Quanto mais acreditares, mais possível é. Quanto menos medo tiveres, mais audaz serás. Mais vontade terás. Mais coisas farás. Logo, a possibilidade de teres grandes resultados aumentará. Se queres falar com alguém, fá -lo com quem vejas como bem -sucedido. Alguém feliz. Alguém que tomes como exemplo. E verás que essa pessoa nunca te deitará abaixo. Porque não tem qualquer frustração. Quando estamos bem connosco, nunca deitamos abaixo os outros. Porque não precisamos de deitar abaixo ninguém para nos sentirmos por cima. Simplesmente estamos no pico da montanha por nós mesmos. E não tendo necessidade, essa pessoa ser -te -á sincera naquilo que acha do teu sonho. Aliás, ela nem porá em causa o teu sonho. E mesmo que aponte problemas, ela vai indicar -te soluções de seguida ou fazer -te questões pertinentes para que chegues até elas. Não deixes nunca que alguém te deite abaixo um sonho. O sonho tem a forma que quiseres. É só pegares nele e fazeres dele o que quiseres. Não acredites em ninguém. Ninguém conhece o teu sonho como tu. E ninguém conhece a tua força e o teu potencial como tu. Não esqueças: o amor e os sonhos são a coisa mais poderosa, se amas um sonho — torna -o realidade. Tens as duas forças mais poderosas do universo a teu favor. Usa -as, e a tua realidade passará a ser o teu sonho. É aí que os corações vibram de felicidade. A felicidadeé isso — quando um coração ama um sonho, quando se juntam, e ambos se tornam um. VOA! Se num dia o sonho se reacende, no outro és levado ao chão. E és levado com tanta força que te faz sentir parte do chão. Rodeia -te de pessoas positivas, que te inspirem. Pessoas infelizes vão levar -te ao chão. Elas não querem que voes. Porque elas não voam. Não estejas perto delas. Afasta -as. Manda -as embora. Quem sabe dos teus sonhos és tu. És tu quem sabe o que vales. E tu vales. Tu vales. Eu garanto -te que tu vales. Concentra -te nos teus talentos. Enumera -os. E coloca -os à vista para nunca te esqueceres. Lembra -te sempre do teu potencial, é ele que te vai levar onde queres. És tu que te irás levar onde queres. Se é fácil? Não. Nunca foi. Nunca será. Se fosse fácil, toda a gente estaria a mudar, a melhorar -se e de malas e bagagens em direção aos seus sonhos. Muitos querem voar. Poucos querem aprender a voar. O que queres? Queres mesmo voar? Queres mesmo, mesmo voar? Se queres, tens de aprender a fazê -lo. E não é fácil. Vais cair. Vais cair muitas, muitas vezes. Vais magoar as mãos, vais esfolar os joelhos, vais achar que não consegues, que o voo não foi feito para ti, que não és capaz. Mas és! Ninguém nasce a voar. Nem uma ave! Nem uma ave! Lembra -te disso. Com o talento, já nasceste. Com o teu propósito, já nasceste. Agora tens de aprender a desenvolvê -lo. Claro que é possível. Nunca deixes que te digam que não é. Se não fosse, não terias nascido com o potencial que nasceste. Se nasceste com o potencial para escrever. Escreve. Escreve e nunca desistas. Escreve todos os dias. Desenvolve o máximo da escrita em ti. Enquanto os outros se divertem, treina. Treina todos os dias, a toda a hora. Não pares. Até te tornares especialista naquilo que mais amas fazer. E quando te tornares especialista, lança -te. Traça um plano. Traça uma estratégia. Descobre. Descobre o que te fará voar com as asas que tens. Tu já tens as asas! Só precisas de aprender a voar. E depois de aprenderes, lança -te e voa. Voarás como ninguém. Porque as tuas asas são únicas. Ninguém tem o talento que tens. Exatamente como tens. Tens uma peculiaridade. É com ela que vais atingir o teu voo singular. É com ela que te vais diferenciar. E voar como ninguém. Não desistas. Cai, mas levanta -te. Tenta outra vez. Tenta mais uma. E outra ainda. Tenta até conseguires. Tu vais conseguir. Não te esqueças que depois de aprenderes a voar precisas de definir a direção para onde queres voar. Senão voarás em círculos. Onde queres chegar? Qual o teu ninho? Como é o teu ninho? Qual é o teu sonho? Como fazes para lá chegar? Começa hoje. Começa agora. Más quedas serão futuramente excelentes voos. Sai da gaiola que te prende. A porta sempre esteve aberta. Quando os teus olhos, a tua pele, o teu coração baterem de frente para o sol, verás que a vida só vale a pena ser vivida de asas abertas paralelas ao céu. Faça chuva. Faça vento. Faça sol. Voarás de coração cheio. LARGA O MEDO Larga o medo. Ele existe. Mas não precisas de andar agarrado a ele. SÊ TU Larga o que não te traz para a frente e o que te leva para trás. Quando estamos insatisfeitos e mudamos, nunca será para pior. Embora às vezes possamos ter medo da mudança. E se mudo e já não gostam de mim? Não importa! Importa é que mudes. Porque vais mudar para gostares mais de ti. Se gostasses de ti agora, nem sequer estavas insatisfeito, Logo, não precisavas de mudar. Muda por ti. Vai sempre atrás de ti. Sempre que estiveres em sintonia contigo, atrairás o melhor dos outros. Sempre que estiveres dessintonizado contigo, vais atrair coisas e pessoas dessintonizadas contigo também. Porque se estás dessintonizado, não sabes quem és, não mostras quem és; logo, aparecer -te -á coisas e pessoas a sintonizar com aquilo que pareces ser, não com quem realmente és. Não tenhas medo de ser quem és. Há pessoas que vão amar -te pelo que és. Talvez elas não apareçam porque não te aceitas, não te mostras, não estás disponível para o mundo. Estás escondido, amarrotado, pisado dentro de ti. Solta -te. Aceita -te. Não digas o que o outro quer ouvir. Diz o que tu queres dizer. Se disseres o que o outro quer ouvir, vais atrair alguém que não está sintonizado contigo. Não tem que ver contigo. Ele foi atraído pelo que pareceste ser, não pelo que és. É por isso que há tantos problemas relacionais. As pessoas atraem -se ao engano. Sê quem és. Atrai apenas com o teu ser. Com o teu modo verdadeiro de ser. Só assim atrairás pessoas que gostam de quem és. E tu verás que o relacionamento será completamente diferente dos outros. Porque ambos estão em sintonia. Muitas vezes dizemos, passado algum tempo de estarmos com alguém, «ele não era assim». Das duas uma: ou ele era e nós não vimos e filtrámos informação conforme nos dava jeito ver. Ou ele não queria parecer assim porque desejava agradar. A capa cai com o tempo, quando ela existe. Daí, haver muitas separações. As pessoas atraem -se enganosamente. Na verdade, atraem -se sendo umas pessoas e no desenvolvimento já são outras. E quando se conhecem percebem claramente que estão dessintonizadas. E acabam por se separar. Se fôssemos mais nós mesmos, atrairíamos as pessoas certas. As que mais se identificam connosco. Sem medos. Porque há sempre quem se identifique. Quantidade nunca foi qualidade. Despe a capa. Ela não te protege. Ela esconde -te. E o facto de estares escondido não te protege, antes pelo contrário, vai fazer com que pessoas venham até ti atraídas pela tua capa. Uma coisa que não és. E isso não te protege. Isso atrasa -te. Isso fere -te. Isso esgota -te. Isso massacra -te. Larga a capa. Despe -a. Sê livre. Corre. Salta. Ri -te. Capas são pesadas. Deita -as fora. Olha para ti. E sente como corres como uma criança por um jardim adentro. Leve. Louco. Livre. Como se fosses o dono do mundo. E és. Do teu. De ti. Sorri. O QUE TU ÉS O que tu és não é o que tu dizes mas o que tu fazes. ATIRA -TE DE CABEÇA! Atira -te de cabeça, Mas, antes de te atirares, confere, pelo menos, se há água na piscina. Aproveita e deita um olho para ver se a água está limpa. DEMORA -TE ONDE TE ACRESCENTA As diferenças podem parecer apelativas, mas não são compatíveis. É essencial, para uma relação dar certo, que ambos se cruzem bem, se façam bem, se elevem, se complementem, tenham gostos em comum, coisas em comum, partilhem uma visão da vida aproximada, tenham objetivos de vida parecidos. É preciso sintonia. Para ti, quais são as coisas mais importantes numa pessoa? O que gostas numa pessoa? Escreve. E confere se a pessoa de quem gostas preenche a maioria da tua lista. Às vezes, gostamos de pessoas que em nada têm que ver connosco. E temos, decerto, muito a aprender com elas. Mas não devemos demorar -nos muito nisso. Devemos demorar -nos apenas naquilo que nos eleva, naquilo que nos acrescenta, naquilo que nos faz realmente bem. PRECIOSO Conhece primeiro, E depois, sim, se achares que sim, Dá aquilo que de mais precioso tens: O teu coração As tuas emoções A tua intensidade A tua vulnerabilidade. NÃO TE PERCAS Mas depois de encontrares, Não te percas de ti mesmo. AS PESSOAS SÃO UM BÓNUS As pessoas são um bónus na nossa vida. Elas vêm acrescentar. Continuamos a ser quem somos, a fazer o que fazemos. As nossas metas. Os nossos crescimentos. Os nossos hobbies. A nossa identidade. Têm de se manter. A pessoa vem, apenas, acrescentar. Se ela vem tirar -te tudo isso, então, estás com a pessoa errada. E tens algo a aprender. Mas, lembra -te, não te demores nas tuas lições. Se estiver em sintonia, a pessoa vai fazer -te bem. Vai elevar -te. Vai fazer com que sejas mais do que eras quando estavas sozinho. E nunca o inverso. Sente a pessoa que tens ao teu lado. O que ela te transmite? Que sensações te traz? Loucura ou paz? A paixão é louca, mas, se houver sintonia, a loucura será saudável. Sentes -te maravilhosamente com essa pessoa. Tu confias. É muito importante a sensação de confiança. É bom sinal quando sentes e pressentes que podes confiar nessa pessoa, elaestá ali para te fazer bem. É recíproco. A reciprocidade é, talvez, a melhor sensação do mundo. E equilibra a loucura, mantendo -a saudável. Dá um passo de cada vez. Lembra -te da metáfora do fogo. Se o controlares, ele não te queima, se o deixares alastrar -se, ele pode devorar uma floresta inteira. Calma. As maiores construções levam tempo. Construíres algo grande de forma rápida e em cima do joelho, provavelmente, não te fará ter uma base sólida para que a construção se mantenha intacta ao longo do tempo. Respeita a tua intuição. O que pressentes? Uma sensação positiva ou uma sensação de pé atrás? Escuta -a. Depois de a escutares, presta atenção aos detalhes. Está tudo lá. Nunca deixes que a tua intuição seja silenciada pelas palavras bonitas de outrem. A intuição está em sintonia com as atitudes. Presta atenção a todas as ações. Às tuas e às do outro. E se as atitudes não forem coerentes com as palavras, esquece as palavras. Palavras são fáceis de dizer. Atitudes são quase sempre automáticas. São elas que te demonstram. A tua intuição consegue percecionar detalhes processados inconscientemente. O nosso consciente está cheio de filtros. Se queres muito uma coisa, vais ver só aquilo que estiver de acordo com essa coisa. O resto fica de fora. Por isso, escuta a tua intuição. Ela está sempre certa. Porque ela vê além do que queres. Vê a realidade sem filtros. Pura, dura e crua. QUANDO TEM ALMA Há silêncios que nos enchem. Aqueles que têm alma. Na verdade, tudo nos enche quando tem alma. TESTES SÃO O TEU MAIOR PRESENTE Quando caíres, agradece. Ainda bem que caíste. Ainda bem, porque depois da queda. Depois de te espetares. Depois de veres que chumbaste na prática. Vais rever o exame. E vais ver onde falhaste. E se falhaste foi porque não tinhas ferramentas suficientes para passar. Mas ainda bem que falhaste. Porque, ao saberes onde falhaste, adquiriste um conjunto de ferramentas que não tinhas. Quando fizeres um novo exame, não vais falhar nas mesmas perguntas. E assim é a vida. Onde falhas, mais aprendes. Onde cais, mais forte te levantas. Testes são o teu maior presente! TU NÃO ÉS O ATOR. TU ÉS O TEATRO. Por trás de um ego possuis uma consciência. Chamo a essa consciência eu superior. E superior não de superioridade em comparação com. Mas superior de elevação. O teu eu mais elevado. O sábio que há dentro de ti. Não sei se saberá sempre a verdade face ao mundo, mas saberá certamente a verdade face a ti. Sem filtros. O ego filtra tudo para seu bel -prazer. Quando o ego perde, ele fica fulo, desesperado, esperneia, arranha -se, destrói -te, implora -te. Então, ele faz -te pensar mil e uma coisas com dois objetivos: 1) lamber a ferida; 2) voltar ao campo de batalha mesmo sem as duas pernas. Isso faz com que ele te mostre os factos de forma desfocada. Como lhe dá jeito que vejas para ele atingir os seus objetivos. Ele usa -te. Ele faz -te acreditar que és ele. Mas não és ele. Tu não és as personagens de um teatro, tu és o teatro. Não te confundas com as personagens que por lá passam. Se o teu ego quer que lhe lambas as feridas, ele vai fazer com que tenhas pena dele, que, no fundo, é de ti próprio, supostamente. Ou seja, ele, que te faz crer que és tu, faz com que tenhas um sentimento de que és uma vítima. Então, a realidade e os factos são distorcidos para que tenhas raiva ou revolta de alguma situação que aconteceu e sintas que foste injustamente afetado com algo. Isso vai fazer com que ele seja um coitado e que não se sinta tão mal com a sua perda, porque, no fundo foi uma vítima no meio de um tornado — a culpa não foi dele. Se o objetivo do teu ego for voltar ao campo de batalha mesmo sem as duas pernas, ele vai fazer com que suavizes a situação, é quase o oposto da anterior. Ele vai fazer -te achar que vale a pena voltar ao campo, apesar de... ele mostra -te um ou outro detalhe e faz com que isso te bata no pensamento vezes sem conta para que voltes ao campo de batalha. Porque ele quer vingança. Porque ele já teve dias em que estava a ganhar. Ele já ganhou algo ali naquele campo. E ele não suporta no final ter perdido quando já esteve a ganhar. Ele acha que consegue voltar a ganhar. Ele sente -se terrivelmente desafiado, e isso transtorna -o de uma forma louca e obsessiva. Ele vai fazer de tudo para te arrastar para outra guerra. O ego esfola -te vivo. Tudo em prol de uma vitória que na verdade não só não é vitória nenhuma como é uma perda de tempo. Passamos a vida a tentar agradar com personagens que não somos. Só que as máscaras com o tempo caem. Tu não consegues ser o que não és. O amor em nada tem que ver com isso. O amor é gostares do outro tal como ele é. Apaixonando -te pelas qualidades. Tolerando os defeitos. Ou até gostando dos defeitos. Porque os defeitos fazem parte do todo que alguém é. Por isso, cuidado com o ego, ele manipula -te e leva -te de arrasto apenas para chegar à taça que brilha ali ao fundo. E ele não se importa se o chão é de terra, pregos, vidro ou alcatrão. O que o magoa é não chegar à taça, não aquilo que ele mata para chegar lá. Escuta o que está por trás dele. Para, respira e pensa. Põe -te de fora. O que se passou realmente? Porque o que se passou é aquilo que te vai fazer seguir em frente e encher -te de paz. Nunca lutes por nada que não esteja sintonizado com o que és. Lutares por isso é gastares a tua espada enquanto andas para trás em direção a um abismo. Perde o teu tempo contigo. E perderes o teu tempo contigo é perderes o teu tempo com aquilo que te faz bem, com tudo o que está em sintonia contigo. Lembra -te: tu não és o ator. Tu és o teatro. Não te confundas com o espetáculo, vê e aproveita. CONGELAR É DESISTIR! NÃO CONGELES! NÃO DESISTAS! Ser forte e maduro não é saber congelar o coração. Aliás, desconfio que quem o faz está a fugir de uma grande responsabilidade. E fugir de uma responsabilidade não será identificativo de imaturidade? Quando alguém sofre uma desilusão amorosa, a primeira conclusão a que chega é, normalmente, esta: Nunca mais quero gostar de alguém. Que é como quem diz: Nunca mais quero sentir. Quero matar o meu peito. Quero congelar os meus sentimentos, as minhas emoções. Porquê? Porque não me quero magoar. Porque não quero passar para um estado de sofrimento. Porque quero proteger -me. Isto é, no fundo, um pensamento autodestrutivo. Porque estamos a querer dizer que não queremos uma parte de nós, que é o nosso peito, o nosso coração, as nossas emoções, o que de melhor temos para dar. Queremos matar isso em nós. Isto revela, também, uma falha profunda de amor -próprio. Não podemos querer matar algo nosso. Ainda para mais algo tão maravilhoso e profundo como é o nosso peito. É o nosso peito. Não podemos querer matá -lo porque alguém o rejeitou. Porque alguém partiu e nos deixou. Porque alguém já não quis mais. Porque alguém não se identificou. Não valorizou. Como é que nos passa pela cabeça congelarmo -nos, adormecer a melhor parte de nós por algo ou alguém que nem sequer lhe prestou atenção ou reconhecimento? Se queremos matar essa parte por causa de um outro, Então, significa que esse um outro vale mais do que nós para nós mesmos? Quando as coisas terminam, terminam sempre por algum motivo. Términos são novos inícios. E quando algo termina traz sempre uma lição. E essa lição muitas vezes é dolorosa. Mas, talvez, precisemos de a aprender para um novo início. E geralmente bem melhor. Se nos congelarmos, fecharmos, não vamos aprender nada com a dor que passámos, vamos é esticar essa dor até nos gelar. No fundo, o que congelamos é a lição. É uma recusa de aprendizagem. Ou seja, nem estaremos abertos para aquilo que realmente merecemos, que é paz e bem -estar. Força e maturidade é saber lidar com o coração. Quando algo corre mal, não é uma perda, um fracasso; é uma lição. É sempre uma lição. Um presente. Um resultado. Quantas vezes precisas de cozinhar o mesmo prato para ele ficar «perfeito»? Uma? Duas? Quatro? E se o cozinhares mal na primeira ou na segunda vez, desistes do prato? Não. Tentas maisuma vez e outra e outra e outra para chegar ao prato perfeito. Se não tentares, nunca conseguirás ter o prato «perfeito». Então, congelar é a mesma coisa que desistir. O que devemos fazer é aprender a lidar connosco, com as nossas emoções, com o nosso coração. Correu mal, okay. Que responsabilidade tive nesse resultado? O que podia ter feito melhor? Onde errei? Se buscarmos aperfeiçoamento, estaremos a aproximar -nos mais do nosso melhor, do nosso potencial, logo, a aproximar -nos de atrair coisas e pessoas mais elevadas, tal como nós. Por isso, coragem e maturidade é saber lidar com um coração vivo. E não matá -lo. Mas sim aperfeiçoá -lo. E saber lidar com um coração vivo é aprender a dar amor e valor a quem merece e condicioná -lo a quem nos desgraça ou não nos acrescenta em nada. Não devemos afastar -nos do que sentimos, das nossas emoções. Devemos construir um filtro. Devemos é ter cuidado a quem as doamos, a quem as demonstramos. Devemos fazê -lo de forma calma, não apressada. Devemos fazê -lo a quem nos cuida, a quem nos trata bem. E a essas pessoas devemos dar o nosso máximo de emoção, de carinho, de amor, de ternura. Não devemos fechar o nosso coração para todos porque alguém nos magoou, não nos deu valor. Parece -te justo? E quem te trata bem? Não feches o teu peito a quem de ti gosta. A quem te quer bem. Protege -o e condiciona -o a quem é duvidoso e a quem não age em favor de ti e do teu bem -estar. O que é mais fácil? Matar/riscar/desistir ou lutar/lidar/aperfeiçoar? Segue sempre o caminho mais difícil. É lá que está o teu tesouro. FLUI CONTIGO Arranja um bocadinho todos os dias, um pequeno espaço, para ti. Arranjar um tempo. Um tempo para refletires e falares contigo. Um género de pontos nos is contigo. Conta -te o teu dia. Faz uma breve passagem. O que está bem. O que está mal. Há alguma coisa que gostasses de mudar? Como podes mudar? O que correu mal, que lições aprendeste disso? Porque não estás a conseguir ultrapassar? Será que aprendeste o que tinhas a aprender? O sofrimento surge apenas como meio para a aprendizagem. Assim que a aprendizagem nasce, o sofrimento morre. Se ainda sofres, é porque falta aprender algo sobre a situação que o desencadeou. É por isso que é importante parar. Comunicarmos connosco. Dar -nos atenção. O que sentimos. O que nos incomoda. Concentrarmo -nos nas soluções e não nos problemas. Tudo tem a sua lição. Tudo acontece por alguma razão. Quantas vezes não olhaste para trás e pensaste: agora sim, percebo porque aquilo aconteceu. Está tudo interligado. Estamos todos interligados. Reflete sobre o que não está bem diariamente, para que nada se alongue. E possas encontrar soluções mais rápidas. Conversa contigo diariamente. Para que todos os bloqueios sejam regularmente limpos e tudo flua. Flui. Contigo. PERCEÇÃO Há um gatilho. Há um gatilho que muda tudo. Chama -se perceção. A forma como percecionas cria o teu pensamento, que, por sua vez, cria uma emoção e que, por fim, cria uma energia, energia esta criadora da tua realidade. E sei que a teoria pode parecer bonita, mas a prática não é bonita, é maravilhosa. DISSE -TE QUE TINHA SAUDADES? OU ESTÁ À PORTA DA TUA CASA? As pessoas podem dizer o que quiserem, sempre que quiserem, quando quiserem, onde quiserem. Mas a verdade não está naquilo que dizem, mas sim no que fazem. Os detalhes estão no comportamento. Na forma como a pessoa se comporta em relação a nós. Se alguém diz que tem saudades nossas, mas não tem tempo para nós, faz sentido acharmos que tem, de facto, saudades nossas? Porque se essa pessoa tivesse saudades nossas, faríamos parte das suas prioridades, logo, ela teria algum tempo para nós. Se não tem, não estamos dentro das prioridades e se não estamos dentro das prioridades, saudades não é o que ela sente. É possivelmente outra coisa. Faz sentido dizermos que estamos com fome e não irmos comer? Não, pois não? As palavras são verdadeiras quando as ações lhes são coerentes. Caso contrário, nunca acredites nelas. Acredita nas ações. Nos gestos. São eles que demonstram todas as intenções. Porquê? Porque são inconscientes. As palavras são pensadas. Raciocinadas. Há comportamentos que, de facto, também poderão ser pensados e palavras que poderão ser impulsivas. Mas no geral os comportamentos revelam a verdadeira intenção de alguém. Não te deixes levar por alguém que diz que gosta de ti, deixa -te levar por quem demonstra que gosta de ti. Mais importante do que um «gosto de ti» é a preocupação quanto a se chegaste bem a casa, se tens fome, se tens frio. Ações que revelem que o «gosto de ti» é real, vem diretamente do peito e não do ego. Não queiras ouvir nada. Quer demonstrações. Muitas vezes, quem menos nos diz é quem mais nos mostra. Está atento a quem te procura de manhã e não à noite. A noite pode puxar certas carências, certos modos de solidão, jogos de sedução. Quem acorda de manhã e te procura tem muito mais valor do que quem só te procura à noite. Ainda que ambas as pessoas digam o mesmo. As palavras são as mesmas, mas as ações são diferentes. Uma está a contactar -te mal acorda, mal inicia o dia. A outra está a contactar -te na solidão da noite. As intenções são totalmente diferentes. Escuta a tua intuição, ela capta os comportamentos de forma inconsciente. Enquanto muitas vezes o nosso consciente só capta o que nos dizem. Para dizer, basta estar sentado, qualquer pessoa o pode fazer. Atitudes, precisas de agir, de querer, precisa de haver uma força, uma energia para que dê início a uma ação. É por isso que são as ações que contam. Uma pena toda a gente levanta, mas só levanta cem quilos quem quer realmente levantar cem quilos. Para dizermos que temos saudades de alguém basta ou clicar numas quantas teclas ou movimentar a nossa corda vocal. Para demonstrarmos o que estamos a dizer, temos de nos levantar, sair de casa ao frio ou à chuva ou ao sol às duas da tarde ou às cinco da manhã, pegarmos no carro ou apanhar autocarro e irmos matar saudades. Então a questão é: Disse -te que tinha saudades? Ou está à porta da tua casa? PRIMEIRO POR TI Primeiro por ti. Começa sempre por ti. E só depois desse amor nascer e crescer dentro é que podes e deves partilhá -lo com o mundo. De dentro para fora. Sempre. Tudo. De dentro para fora. FICHA TÉCNICA PERMITE-TE AMAR-TE UM MOMENTO NA VIDA PRIMEIRA PARTE AQUILO QUE NINGUÉM VÊ UM PASSO DE CADA VEZ CONVERSAR COM O ESPELHO OUVIR O CORPO MEDITAÇÃO NATUREZA MUDAR A PERSPETIVA 7 PERSPECTIVAS QUE CURAM SEGUNDA PARTE DEIXA VIR. DEIXA IR. A TUA SORTE ÉS TU! NÃO OLHES PARA TRÁS O QUE ESTÁ DENTRO ESTÁ FORA O MEDO MENTE--TE DEIXA IR O QUE PARTE SÊ O QUE ÉS E DÁ O QUE TENS O PRIMEIRO A DEMONSTRAR É O MAIS CORAJOSO POUPA A AUTOESTIMA O AMOR NASCE DE DENTRO PARA FORA RASGA A CAPA! SOL OU CHUVA? ESCOLHE! PALAVRAS SÃO LEVADAS PELO VENTO O AMOR É UM MERGULHO COM NADA. FEZ TUDO. NÃO É FRAQUEZA. É CORAGEM. GUARDA O MEDO NO BOLSO É A ESSÊNCIA DISPOSTOS ATRAEM--SE MULHERES CAEM DEZ VEZES E LEVANTAM-SE VINTE FAZ. E O UNIVERSO CONSPIRARÁ A TEU FAVOR! TU ÉS O ARTISTA DA TUA VIDA E SE O TESOURO ESTÁ A SEGUIR À CURVA? O INTERESSE ESTÁ NAS AÇÕES MAIS VALOR, POR FAVOR. A RESPONSABILIDADE É MINHA! OUVE A VOZINHA QUE SORTE QUE TEMOS POR BATERMOS POR DENTRO! SER BRAVO NÃO É NUNCA MAIS ACREDITAR! AMAR UMA MULHER LIVRE O QUE HÁ PARA JULGAR? ABRE A GAIOLA! O QUE RASGA SÃO OUTRAS COISAS E QUE NADA NEM NINGUÉM! A ESSÊNCIA TEM DE DAR UM LAÇO PARTIR AO MEIO PARA VOLTAR INTEIRO NUNCA TE ESQUEÇAS FAZ QUÃO LONGE JÁ CAMINHASTE! DÁ--TE COM ALMA ONDE HÁ ALMA DEIXA RISCAR! PEDRAS E POEIRAS NOS SAPATOS É AÍ QUE SE DÁ A MAGIA PEITO. PEITO. PEITO O MAIS CORAJOSO! O MEDO É UM GRANDESSÍSSIMO MENTIROSO! QUE BOM ACORDAR! FLUIR EU SEI QUE CONSIGO! SE ESTÁS CONFORTÁVEL, MUDA ALGUMA COISA! É ASSIM QUE UM GUERREIRO GANHA AO MEDO QUEM NÃO TE CUIDA, O QUE TE IMPORTA? É ISSO QUE É VALER A PENA O CORAÇÃO FORTE NÃO É DE PEDRA! RARAMENTE SE GANHA À PRIMEIRA. NÃO DESISTAS! A ESCURIDÃO É UM TRAMPOLIM PARA AS ESTRELAS— SALTA! COMPARTILHA--TE! PASSAR O REBENTAMENTO ESTAR SÓ POR ESTAR DIMINUI MAIS DO QUE ACRESCENTA! o que está fora está dentro ATIRA A PRIMEIRA FLOR O CAMINHO COMEÇA DENTRO A VIDA COMEÇA PRIMEIRO EM TI EM TERRA DE REIS SOMOS FONTES INESGOTÁVEIS RASGA A CORTINA, AGORA! BORBOLETAS PARAM NOS MELHORES JARDINS A VIDA É RARA! NÃO MERECES SER QUEIMADO. MERECES SER AQUECIDO! LARGA O QUE NÃO TE LEVA AONDE QUERES IR RASGA A CAIXA! O TEU EGO QUER. TU, NÃO. A PRIMEIRA COISA ESCUTA O TEU CORAÇÃO DE GUERREIRO HÁ SONHOS QUE GUARDAMOS EU SOU UM CÉU INTEIRO LEMBRA--TE O AMOR NÃO É PARA IDIOTAS O PODER DO SORRISO APRENDE MAIS O DERROTADO DO QUE O VITORIOSO AS MENTIRAS DO MEDO E A FORÇA INDOMÁVEL QUE HÁ EM TI PACIÊNCIA QUEM ÉS TU POR BAIXO? ESCUTA CONDUZIR COM O CORAÇÃO TU ÉS A PESSOA DA TUA VIDA! DÁ! LARGA AS ÂNCORAS! OS OUTROS ÉS TU TU MERECES CAMINHOS DIFERENTES COMEÇA AGORA! TUDO O QUE É ALTO COMEÇA NO CHÃO SÊ A PESSOA CERTA EGO A DOENÇA É O MENSAGEIRO PEITO EXPOSTO! SOMOS MAIS INTEIROS DO QUE PENSAMOS HARMONIA VEM SEMPRE MELHOR DO QUE IMAGINÁMOS AMA O TEU SONHO VOA! LARGA O MEDO SÊ TU O QUE TU ÉS ATIRA--TE DE CABEÇA! DEMORA--TE ONDE TE ACRESCENTA PRECIOSO NÃO TE PERCAS AS PESSOAS SÃO UM BÓNUS QUANDO TEM ALMA TESTES SÃO O TEU MAIOR PRESENTE TU NÃO ÉS O ATOR. TU ÉS O TEATRO. CONGELAR É DESISTIR! NÃO CONGELES! NÃO DESISTAS! FLUI CONTIGO PERCEÇÃO DISSE--TE QUE TINHA SAUDADES? OU ESTÁ À PORTA DA TUA CASA? PRIMEIRO POR TI