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<p>Apresentação</p><p>Este relatório objetiva apresentar os principais pontos da palestra ministrada pelo juiz e professor de Processo Penal, Pierre Souto Maior, sobre o tema “O chat GPT pode prender você?”. A palestra ocorreu durante o I Congresso de Direito Penal e Processual Penal na era digital, no dia 27 de setembro, em Caruaru – Pernambuco.</p><p>O Dr. Pierre solto, começou sua palestra com uma explanação com uma indagação intrigante “poder sem limites é poder arbitrário.” A internet é um produto privado, mas intimamente ligado ao poder do estado. Tal comentário destaca a ideia de que hoje temos programas de policiamento a partir de informações que nós mesmos entregamos nas nossas Redes sociais. “Nada é de graça.” No neoliberalismo, se você não está pagando pelo produto, de certo modo o produto será você. Houve uma informação que traz a tona um fato importante. Na era digital, com todos os avanços tecnológicos, surgiu a oportunidade de realizar várias atividades com a utilização de inteligências artificiais. Tal ferramenta, vem revolucionando não só a população comum, como também o mundo jurídico. Participando de tomadas de decisões importantes e auxiliando nos trâmites legais, a chamada por algumas pessoas de “Revolução 4.0”, trouxe consigo as novas tecnologias e corroborou para a criação da lei n° 13.707/2018. Também conhecida por Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que foi promulgada para proteger os direitos fundamentais de liberdade e de privacidade, e a livre formação da personalidade de cada indivíduo.</p><p>A sociedade digital alterou de maneira significativa a forma como nos relacionamos, atuamos profissionalmente e vivemos nosso dia a dia. Essa mudança traz consigo inúmeras oportunidades e desafios para o campo do direto e para as estruturas de poder. Em resumo, as novas tecnologias podem influenciar o direito em cada micro parte dele. Abarcando a nossa legislação.</p><p>Outro aspecto apontado foi a utilização de tais inteligências artificiais na tomada de decisões jurídicas, denominada por “juiz robô”. O Debate girou em torno de saber se a IA deve ser empregada para garantir a qualidade das decisões judiciais, ou se o propósito é aumentar a quantidade de decisões produzidas, estaríamos dando um passo para uma maior agilidade na resolução de processos e por consequência, um passo para o aumento de injustiças.</p><p>Pois, a IA como ferramenta, levanta questões como: seria a inteligência artificial uma auxiliar na análise de casos, ou um agente totalmente autônomo? Essa indagação gera uma certa repercussão. Em razão dessa indagação, surgiu o tema “O Chat GPT vai prender você?” uma possível resposta seria dada através do seguinte princípio: se podemos ter juízes totalmente automatizados, cujas decisões sejam feitas totalmente por IA, ou se podemos ter juízes que sejam auxiliados por essa inteligência. Destarte, existe um núcleo de atividades que devem ser reservadas ao humano, o direito deve ser sempre humano. Pois ele é capaz de sentir e ter emoções. Deve ser admitido o auxilio com limites que devem ser discutidos, como fundamentação e decisão humana, direito da explicação ampliado pra pessoas afetadas em qualquer nível de ajuda da IA, seja fundamentação de relatório, fundamentação da decisão judicial torna evidente que ela sozinha não será capaz de lhe prender. Todavia, se utilizada como ferramenta auxiliadora, poderá sim.</p>