Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO</p><p>CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS</p><p>DEPARTAMENTO DE ARTES E EDUCAÇÃO FÍSICA</p><p>CURSO DE MÚSICA LICENCIATURA PRESENCIAL</p><p>DISCIPLINA DE ESTÉTICA MUSICAL</p><p>PROF. ME. RAIMUNDO JOÃO MATOS COSTA NETO</p><p>ESTÉFANE COSTA BARROS</p><p>FICHAMENTO</p><p>SÃO LUÍS – MA</p><p>2024</p><p>AMATO, Rita de Cássia Fucci. A Estética musical agostiniana: a música em seu papel trascendental de ascensâo a Deus. Mirabilia: electronic journal of antiquity and middle ages, n. 7, p. 132-143, 2007.</p><p>“Possuidor de uma complexa personalidade, Agostinho, embora tenha experimentado o fascínio dos valores mundanos, manteve a investigação constante do Bem Supremo – Deus. Incongruências sempre fizeram parte de sua vida, desde sua origem africana, com profunda dominação romana, até sua convivência cotidiana com pagãos e cristãos que, certamente, frutificaram em proficientes obras, apesar de carregadas de fortes e constantes sentimentos.”. (Pág. 132)</p><p>· O mestre Santo Agostinho navegou por um delicado equilíbrio entre os prazeres da sociedade em que cresceu e uma profunda busca pelas realidades divinas. Sua vida e obras foram moldada pelas contradições entre suas experiências nos dois mundos.</p><p>“Platão, que definiu a arte como “divino entusiasmo” e como fruto do amor que impele a alma para a imortalidade, essa geradora e procriadora do belo, influenciou Agostinho, quando da sua concepção da música estar em harmonia com o amor dedicado a Deus, beleza terrena a caminho da Beleza Suprema e Criadora. A música, assim elaborada, ascenderia a Deus e, presente Nele, liberta de toda forma corpórea, estabeleceria morada celeste.”. (Pág. 134)</p><p>· Agostinho conectou a ideia de “belo” à essência divina, dedicando sua existência a investigar a harmonia entre esses aspectos. Ele acreditava que, se os seres humanos conseguissem viver em total sintonia na Terra, alcançariam a autêntica Beleza de Deus. O homem deveria se comprometer com o amor divino, e a música era o passo fundamental para se chegar ao Criador.</p><p>“Racionalizar a música e tende-la como conhecimento matemático, através dos números, afastou-a dos prazeres carnais e mundanos, para os quais ela era amplamente utilizada neste período de decadência dos costumes e hábitos do Império Romano. Analisar e sempre analisar metricamente foi a postura do entendimento, mas, também de controle das sensações prazerosas duramente combatidas pelo cristianismo, frente às atitudes pagãs àquela época.”. (Pág. 135)</p><p>· Com o intuito de se afastar do mundo e de suas tentações, Agostinho buscou uma maneira de interpretar o estudo da música. Ele a considerava uma forma de arte essencialmente matemática, o que se evidencia nas letras de suas composições, que precisavam seguir uma estrutura métrica específica para se alinhar às células rítmicas. As canções do seu tempo muitas vezes celebravam prazeres terrenos, e qualquer motivo era razão para festejar com música. Embora suas obras incorporassem uma dimensão filosófica, essa rigidez métrica demonstrava, mais uma vez, que ele transitava por um caminho delicado.</p><p>“É notável salientar que, no século IV, ocorreu um momento singular da música nas celebrações litúrgicas. Por um lado, o latim estava se estruturando como língua da Igreja e, por outro, a elaboração musical foi posta a serviço da palavra, essencialmente ligada ao cristianismo. Portanto, uma nova língua e, consequentemente, uma nova cultura e o início de um processo histórico de ordenação, fixação e metodização do canto litúrgico na igreja foram se efetivando à época de Santo Agostinho.”. (Pág. 136)</p><p>· A música desempenhou um papel crucial na ascensão da Igreja Católica e de seus dogmas. Com o latim se consolidando como língua da Igreja, a música foi fundamental nesse processo. Ao ser utilizada na liturgia, junto com uma língua que muitos fiéis não compreendiam, tornou-se um elemento essencial na doutrinação da fé. Esse uso da música nas missas, voltada para a comunidade e para a Igreja, foi vital para a promoção da política das boas obras.</p><p>image1.jpeg</p>

Mais conteúdos dessa disciplina