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<p>Módulo 1 – Meio Ambiente</p><p>O ecossistema tem dois componentes básicos:</p><p>· Bióticos</p><p>Seres viver, como as plantas, animais e microrganismos.</p><p>· Abióticos</p><p>Fatores não vivos, como a luz, a temperatura, os nutrientes, o solo e água.</p><p>A alteração de um único fator pode causar modificações em todo o sistema, levando à perda do equilíbrio existente.</p><p>Recursos Naturais</p><p>É tudo aquilo que existe na natureza. Entende-se natureza como aquilo que é inato ao espaço terrestre e universal. Está relacionada com o conjunto dos seres vivos e os fenômenos de ocorrência natural, ou seja, sem a intervenção do homem ou de elementos artificiais. Assim, a natureza existe mesmo sem a interferência do ser humano.</p><p>Brito define recursos naturais como “elementos de que o homem se vale para satisfazer suas necessidades''. Podemos, portanto, concluir que os recursos naturais disponíveis podem ser utilizados pelas diferentes espécies de organismos vivos.</p><p>Os recursos naturais são:</p><p>• Água</p><p>• Ar</p><p>• Solo</p><p>• Plantas</p><p>• Animais</p><p>• Minerais</p><p>Se esses elementos forem extraídos de maneira excessiva, será provocado um saldo ecológico negativo, levando em conta a capacidade de regeneração através dos ciclos, afetando as condições de sobrevivência da humanidade e de manutenção da vida no planeta.</p><p>Os recursos naturais podem ser classificados quanto à sua natureza em:</p><p>· Biológicos</p><p>Vegetais, animais e florestas.</p><p>· Hídricos</p><p>Lagos, rios, mares e oceanos.</p><p>· Minerais</p><p>Minérios, rochas, areia. Argila e carvão.</p><p>· Energéticos</p><p>Luz solar, vento e água.</p><p>Os recursos naturais também podem ser classificados quanto à sua capacidade de renovação em dois tipos: recursos renováveis e não renováveis.</p><p>Os recursos renováveis são aqueles inesgotáveis (como a luz solar e os ventos), ou ainda, aqueles que possuem capacidade de renovação em virtude dos ciclos naturais (ciclos biogeoquímicos), podendo ser recriados ou substituídos pela natureza.</p><p>Um recurso renovável é a água, que, ao longo de seu ciclo hidrológico, retorna à natureza.</p><p>Já os recursos não renováveis são aqueles que, uma vez utilizados, não podem ser substituídos. Esses recursos, após o uso, não podem ser reciclados e existem em uma quantidade limitada no meio ambiente.</p><p>Proteção ao meio ambiente</p><p>Contém vários os eventos relacionados à busca de soluções direcionadas ao meio ambiente e ao desenvolvimento sustentável. São eles:</p><p>· Comissão Brundtland</p><p>Em 1983, foi estabelecida a Comissão Brundtland. Essa comissão disponibilizaria um relatório sobre o meio ambiente e a problemática global para o ano 2000 e anos posteriores, incluindo estratégias propostas para o desenvolvimento sustentável.</p><p>· Relatório Nosso Futuro Comum</p><p>Em 1987, foi publicado o relatório, Nosso Futuro Comum conhecido como Relatório Brundtland, que traz o conceito de desenvolvimento sustentável para o discurso público.</p><p>· Cúpula da Terra</p><p>Em 1992, no Rio de Janeiro foi realizada a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida como Cúpula da Terra. O evento contou com participação de 172 países e teve como eixo de discussão o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável. Do referido evento, resultou a elaboração de diversos documentos e acordos.</p><p>· Protocolo de Kyoto</p><p>Em 1997, foi assinado o Protocolo de Kyoto, no Japão, que entrou em vigor em 2005. Entre as metas, o protocolo estabelecia a redução de 5,2%, em relação a 1990, na emissão de poluentes, principalmente por parte dos países industrializados, no período compreendido entre 2008 e 2012.</p><p>· Rio +10</p><p>Em 2002, realizou-se a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável ou Rio+10, em Johanesburgo, África do Sul. O objetivo foi avaliar os avanços ocorridos desde a Rio 92. Como pontos importantes, destacam-se:</p><p>I. Um aumento do conhecimento científico.</p><p>II. O fortalecimento das leis destinadas à proteção do meio ambiente na maioria dos países.</p><p>III. O aumento da informação e participação da sociedade.</p><p>· Rio +20</p><p>Em 2012, foi realizada, no Rio de Janeiro, Brasil, a Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável, mais conhecida como Rio+20. O objetivo dessa conferência foi garantir e renovar o compromisso entre os políticos para o desenvolvimento sustentável.</p><p>Módulo 2 – Sistema Nacional do Meio Ambiente</p><p>O Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) foi criado em 1981 com a proposta de organizar e fiscalizar os princípios constitucionalmente previstos pela Lei nº 6.938 (Política Nacional de Meio Ambiente) e das normas instituídas no país. Trata-se da estrutura adotada para a gerenciamento ambiental no Brasil, com o objetivo de melhorar e recuperar a qualidade ambiental no país.</p><p>O Sisnama é constituído por órgãos e entidades da União, dos estados, do Distrito Federal, dos municípios e pelas Fundações instituídas pelo Poder Público. Conforme o art. 6º da PNMA (BRASIL, 1981), é estruturado da seguinte maneira:</p><p>· Órgão superior</p><p>O Conselho de Governo, com a função de assessorar o presidente da República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais.</p><p>· Órgão consultivo e deliberativo</p><p>O Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), com a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida.</p><p>· Órgão central</p><p>A Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente.</p><p>· Órgãos Executores</p><p>O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (Instituto Chico Mendes), com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências.</p><p>· Órgãos seccionais</p><p>Os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a degradação ambiental.</p><p>· Órgãos Locais</p><p>Os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições.</p><p>Conselho Nacional do Meio Ambiente</p><p>A instituição do Conama representou um grande avanço, por reunir segmentos representativos dos poderes públicos em seus diferentes níveis, juntamente com delegados de instituições da sociedade civil, para o exercício de funções deliberativas e consultivas em matéria de política ambiental.</p><p>A Resolução Conama nº 1, de 23 de janeiro de 1986, constituiu um marco da política ambiental brasileira, pela instituição da obrigatoriedade de Estudos de Impacto Ambiental (EIA) e apresentação do respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), para o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente.</p><p>Legislação Ambiental Brasileira</p><p>Em outubro de 1988, foi promulgada a nossa atual Constituição, que foi a primeira a dedicar um capítulo inteiro às causas ambientais. A Constituição Federal, Capítulo VI, refere-se especificamente ao Meio Ambiente e incorpora algumas disposições da lei federal anterior.</p><p>Como ocorreu a evolução da legislação ambienta no Brasil:</p><p>· 1989 – Criação do Ibama</p><p>A Lei nº 7.735 de fevereiro de 1989 criou Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Essa instituição, por meio de políticas públicas ambientais, tem como missão proteger o meio ambiente e assegurar a sustentabilidade dos recursos naturais, promovendo, assim, o desenvolvimento socioeconômico sustentável. Nesse mesmo ano, criou-se o programa Nossa Natureza e, no ano seguinte, o Fundo Nacional do Meio Ambiente.</p><p>· 1993 – Promoção da Secretaria do Meio Ambiente</p><p>Em 1993 marcou a promoção da Secretaria do Meio Ambiente ao patamar de Ministério, tendo suas responsabilidades</p><p>ampliadas. A legislação ambiental então ganhou força e respeito internacional.</p><p>· 1996 – Criação do Probio e Funbio</p><p>Em 1996, foram criados o Projeto de Conservação e Utilização da Diversidade Biológica Brasileira (Probio) e o Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).</p><p>Nos anos que se sucederam, diversos regulamentos, leis, normas e medidas provisórias vieram normatizar as ações ambientais no país, tais como: Lei nº 9.433/97, Lei dos Recursos Hídricos; Lei nº 9.605/88, Lei dos Crimes Ambientais; Lei nº 9.795/97, Lei de Educação Ambiental. A partir de então, passaram a ser protegidos os espaços territoriais, especialmente tutelados pelo poder público, e as áreas de conservação. Com isso, o Brasil passou a ser signatário do que foi definido pela Comissão Mundial de Áreas Protegidas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).</p><p>Em agosto de 2010, foi sancionada a Política Nacional dos Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305), por meio da qual foram reunidos princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes para a gestão dos resíduos sólidos.</p><p>Através desta política, foram criados o Sistema Nacional de Informação sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir) e o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa), além do cadastro nacional de operadores de resíduos perigosos. Outro ponto importante abordado nessa lei é a Logística Reversa, que consiste em ações, procedimentos e meios relacionados com a coleta e restituição dos resíduos sólidos aos setores empresariais para reaproveitamento em seu ciclo ou novos ciclos de produção, ou ainda outras destinações ambientalmente adequadas.</p><p>Em 2012, com a Lei nº 12.651, foi criado o Código Florestal Brasileiro, revogando o de 1965. Foi definido que a proteção do meio ambiente natural é obrigação do proprietário, mediante a manutenção de espaços protegidos de propriedade privada, divididos em Área de Preservação Permanente (APP) e Reserva Legal (RL).</p><p>Área de Preservação Permanente (APP)</p><p>É uma região protegida, coberta ou não por vegetação nativa. Essa área possui as seguintes funções ambientais: preservar os recursos hídricos, a paisagem, a estabilidade geológica e a biodiversidade; facilitar o fluxo gênico de fauna e flora; proteger o solo; assegurar o bem-estar das populações humanas.</p><p>Reserva Legal (RL)</p><p>É uma área localizada no interior de uma propriedade ou posse rural, delimitada nos termos do art. 12. Sua função é assegurar o uso econômico de modo sustentável dos recursos naturais do imóvel rural, auxiliar a conservação e a reabilitação dos processos ecológicos e promover a conservação da biodiversidade, bem como o abrigar e proteger a fauna silvestre e a flora nativa.</p><p>Política Nacional do Meio Ambiente</p><p>Publicada em de 31 de agosto de 1981, a Lei nº 6.938 dispõe sobre PNMA, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação e dá outras providências. Tem por objetivo a preservação, a melhoria e a recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no Brasil, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana.</p><p>A PNMA estabelece diretrizes e instrumentos que orientam as empresas nas melhores práticas para o gerenciamento de atividades que, de algum modo, interfiram no meio ambiente, atendidos os seguintes princípios.</p><p>Princípios da Política Nacional do Meio Ambiente</p><p>A Lei Federal nº 6.938 foi determinante na história da legislação ambiental brasileira. Por meio de seus instrumentos apresentados a seguir, foi possível criar mecanismos de defesa e proteção ao meio ambiente.</p><p>Sendo assim, de acordo com o artigo 2º da PNMA, são estabelecidos os princípios:</p><p>• Ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o uso coletivo.</p><p>• Racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar.</p><p>• Planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais.</p><p>• Proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas.</p><p>• Controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras.</p><p>• Incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais.</p><p>• Acompanhamento do estado da qualidade ambiental.</p><p>• Recuperação de áreas degradadas.</p><p>• Proteção de áreas ameaçadas de degradação.</p><p>• Educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunidade, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.</p><p>Ainda com base na PNMA, são estabelecidos conceitos importantes para aplicação da lei e de seus instrumentos. Assim, de acordo com o art. 3º, entende-se por:</p><p>· Meio ambiente</p><p>O conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.</p><p>· Degradação da qualidade ambiental</p><p>A alteração adversa das características do meio ambiente.</p><p>· Poluição</p><p>A degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:</p><p>1. prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;</p><p>2. criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;</p><p>3. afetem desfavoravelmente a biota;</p><p>4. afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;</p><p>5. lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.</p><p>· Recursos ambiente</p><p>A atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.</p><p>Objetivos da Politica Nacional do Meio Ambiente</p><p>A PNMA tem como finalidade efetivar o direito de todos a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, conforme previsto na Constituição Federativa Brasileira. Também promove o desenvolvimento socioeconômico com a utilização racional dos recursos ambientais.</p><p>Concluímos, assim, que a PNMA (BRASIL, 1981), possui um objetivo geral, citado no art. 2º da Lei nº 6.938, os objetivos específicos, que estão no art. 4º da lei, o qual visará:</p><p>• À compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.</p><p>• À definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos Municípios.</p><p>• Ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais.</p><p>• Ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais.</p><p>• À difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico</p><p>• À preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício à vida.</p><p>• À imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins econômicos.</p><p>Instrumentos da Policia Nacional do Meio ambiente</p><p>Em seu art. 9º, a nº Lei 6.938 estabelece os mecanismos que serão utilizados pela Administração pública para que o objetivo de manter a qualidade ambiental seja alcançado. Importante destacar que esses instrumentos foram estabelecidos por meio de Resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), também criadas pela lei. Assim, pode-se destacar alguns dos instrumentos de preservação apresentados na Política Nacional do Meio Ambiente como:</p><p>· Padrões ambientais</p><p>A lei determina que sejam definidos os padrões ambientais, e que se estabeleçam limites relativos ao uso e manejo de recursos. Esses padrões são ditados pelo Conama. Por exemplo, a Resolução nº 490 estabelece exigências para o controle de emissões</p><p>de gases poluentes e de ruídos para veículos automotores pesados, já a Resolução nº 491 dispõe sobre padrões de qualidade do ar.</p><p>· Zoneamento ambiental</p><p>Princípio que visa à organização territorial, ao planejamento eficiente do uso do solo e à efetiva gestão ambiental. Esse zoneamento pode ser federal, estadual e municipal. O zoneamento também é previsto na Lei nº 10.257/01 (Estatuto das Cidades) e na Constituição Federal.</p><p>· Avaliação de Impactos Ambientais (AIA)</p><p>A lei determina que seja realizado um estudo prévio à instalação de um empreendimento ou atividade que gere um impacto ambiental significativo. A avaliação AIA está definida na Resolução Conama nº 237.</p><p>· Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)</p><p>A lei determina que seja realizada uma avaliação ampla e completa dos impactos ambientais e que sejam propostas medidas mitigadoras correspondentes. O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) foi instituído através da Resolução Conama nº 1 de 1986.</p><p>· Licenciamento Ambiental</p><p>O licenciamento é um procedimento administrativo no qual compete ao Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama) a licença e localização, instalação, ampliação e a operação de atividades utilizadoras de recursos ambientais. A Resolução Conama nº 237 de 1997 apresenta uma relação de atividades ou empreendimento sujeitos ao licenciamento ambiental.</p><p>· Auditoria ambiental</p><p>Determina os critérios de como o processo de verificação nas organizações ocorrerá e se a lei é cumprida. O objetivo da auditoria ambiental é verificar se a conduta ambiental atende a um conjunto de critérios específicos.</p><p>· Criação de reservas e estações ecológicas</p><p>As áreas de proteção ambiental e de relevante interesse ecológico determinado pelo poder público.</p><p>· Penalidades ao não cumprimento das condutas necessárias a preservação ou correção da degradação ambiental</p><p>A Lei nº 9.605 de 1998 dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.</p><p>· Cadastro Técnico Federal</p><p>Cadastro de atividades potencialmente poluidoras ou que se utilizam de recursos naturais.</p><p>Módulo 3 – Responsabilidade ambiental</p><p>Responsabilidade ambiental</p><p>É um conjunto de atitudes, individuais ou empresariais, voltadas para o desenvolvimento sustentável do planeta. Atualmente, a avaliação do desenvolvimento econômico de um país, que leva em conta o seu impacto sobre o meio ambiente e a sociedade, é algo que tem sido discutido praticamente no mundo inteiro. O conceito de responsabilidade socioambiental se tornou o paradigma quase universal para a avaliação dos efeitos ambientais, provocados pela constante busca do crescimento econômico.</p><p>A Infração ambiental pode ter repercussão em três esferas distintas e independentes: administrativa, civil e penal, conforme a natureza da norma em pauta. É a chamada tríplice responsabilidade, tanto para a pessoa física quanto para a jurídica.</p><p>Responsabilidade civil</p><p>Apura-se a responsabilidade para que se possa exigir a reparação civil, uma forma de sanção imposta ao agente ou responsável pelo ato ilícito. É imposta pelo Código Civil a obrigação de o sujeito reparar o dano que causou a outrem, por ação ou omissão. Porém, essa responsabilidade é objetiva.</p><p>Existindo um dano ambiental, há o dever de repará-lo. A reparação é composta de dois elementos:</p><p>· Reparação in natura</p><p>Reparação do estado anterior do bem ambiental afetado.</p><p>· Reparação pecuniária</p><p>Restituição em dinheiro no valor do bem ambiental afetado</p><p>Responsabilidade administrativa</p><p>É resultante da infringência de norma da Administração Pública estabelecida em lei, regulamentos ou até mesmo por força contratual, impondo um ônus ao contratado para com qualquer órgão público. Portanto, é importante a verificação de legislação específica nas diferentes esferas de poder, no país.</p><p>O art. 14 da Lei nº 6.938 de 1981 estabelece as sanções cabíveis àqueles que não cumpram as medidas necessárias à preservação ou correção dos inconvenientes e danos causados pela degradação da qualidade ambiental, sem prejuízo das penalidades fixadas em leis federais, estaduais ou municipais.</p><p>As sanções podem ser multa, perda ou restrição de incentivos fiscais, perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito ou suspensão de sua atividade.</p><p>Responsabilidade penal</p><p>Surge com a ocorrência de uma conduta omissiva ou comissiva que, ao violar uma norma de direito penal, pratica crime ou contravenção penal. Mas é bom ter atenção porque os crimes contra o meio ambiente só existem na forma definida pela Lei nº 9.605 (Lei de Crimes Ambientais), publicada em 1998. Esse elemento normativo unificou várias infrações ambientais que estavam dispersas em diversas leis e dispôs sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente.</p><p>Responsabilidade social</p><p>Entende-se as obrigações empresariais perante a sociedade, podendo ser discriminada em quatro categorias: responsabilidades econômicas, responsabilidade legal, responsabilidades éticas e responsabilidades discricionárias, comumente conhecidas como responsabilidades filantrópicas.</p><p>Responsabilidade econômica</p><p>Deve ser considerado o fato de que o lucro é a principal razão da existência da empresa, onde sua capacidade produtiva em produtos e/ou serviços está em concordância com a demanda. Assim, a empresa é uma unidade econômica e deve produzir bens e serviços que a sociedade deseja consumir e vendê-los como lucro.</p><p>Responsabilidade legal</p><p>Resume-se em obedecer às leis e está relacionada à concordância da sociedade com o papel produtivo assumido pelas empresas, comprometendo-se a satisfazer as demandas legítimas da sociedade.</p><p>Responsabilidade éticas</p><p>Responsabilidade discricionária</p><p>Ela preconiza a filantrópica e inclui o arbítrio individual. Representa o desejo comum de que as empresas estejam ativamente envolvidas na plena melhoria do ambiente social em que se encontram.</p><p>Importante destacar o conceito de responsabilidade social pela Norma Brasileira de Responsabilidade Social, NBR 16001, que tem como um dos seus objetivos promover o desenvolvimento sustentável e a transparência das atividades das empresas.</p><p>Sustentabilidade</p><p>Refere-se ao uso responsável dos fatores ambientai, sociais e econômicos.</p><p>Responsabilidade social</p><p>Tem como objetivo básico a promoção da satisfação dos stakeholders e dos stockholders ( acionistas) de uma empresa.</p><p>Conforme o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), a norma ABNT NBR ISO 26000 fornece orientações para todos os tipos de organização, independentemente de seu porte ou localização, sobre:</p><p>· Conceitos, termos e definições referentes à responsabilidade social.</p><p>· Histórico, tendências e características da responsabilidade social.</p><p>· Princípios e práticas relativas à responsabilidade social.</p><p>· Os temas centrais e as questões referentes à responsabilidade social.</p><p>· Integração, implementação e promoção de comportamento socialmente responsável em toda a organização e por meio de suas políticas e práticas dentro de sua esfera de influência.</p><p>· Identificação e engajamento de partes interessadas.</p><p>· Comunicação de compromissos, desempenho e outras informações referentes à responsabilidade social.</p>

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