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<p>ÉTICA MÉDICA – ETAPA IV</p><p>1 . Será que dever ser somente aos médicos?</p><p>Não! Aplica-se a todos os indivíduos da sociedade, para um melhor convívio e</p><p>harmonia entre as pessoas da comunidade. No que refere-se a educação, a ética está</p><p>introduzida desde o ensino fundamental até o ensino superior, recebendo apoio do</p><p>MEC com cartilhas sobre o tema e vídeos de acesso livre. Para o MEC escola pode e</p><p>deve ter um papel fundamental na construção de valores de ética e de cidadania que</p><p>auxiliem os membros que ali convivem a pautarem sua vida pessoal e coletiva no</p><p>respeito às diferenças provocadoras de exclusão.</p><p>2 . Como se ensina ética?</p><p>Deve-se explorar esferas de relacionamento profissional e pessoal com os estudantes,</p><p>mostrar os limites entre os dois tipos de relacionamentos. Promover mais a reflexão do</p><p>que simplesmente entregar respostas prontas do que deve ou não ser feito. Um</p><p>exemplo de como fazer isso é analisar os extremos de uma única situação e como ela</p><p>poderia ser colocada na vida real, no cotidiano. Testar os limites com seus alunos. O</p><p>que eles fariam se as situações de risco comprometessem familiares e amigos ou que</p><p>regras estariam dispostos a quebrar para ajudar e salvar essas pessoas? Ajudá-los a</p><p>refletir na importância e influência dos relacionamentos em suas decisões éticas e</p><p>como os outros, próximos ou não, podem ser afetados por elas. Ou seja, instigar a</p><p>discussão e o debate sobre os diversos temas é mais efetivo que simplesmente</p><p>transmitir o conhecimento da ética.</p><p>3 . Tem mesmo alguma importância estes conteúdos tão abstratos?</p><p>Sim! Ética trata de princípios e não de mandamentos. Supõe que o homem deva ser</p><p>justo. Porém, como ser justo? Ou como agir de forma a garantir o bem de todos? Não</p><p>há resposta predefinida. É preciso, portanto, ter claro que não existem normas</p><p>acabadas, regras definitivamente consagradas. A ética é um eterno pensar, refletir,</p><p>construir. Parte-se do pressuposto que é preciso possuir critérios, valores, e, mais</p><p>ainda, estabelecer relações e hierarquias entre esses valores para nortear as ações</p><p>em sociedade. Valores eleitos como necessários ao convívio entre os membros dessa</p><p>sociedade.</p><p>1 . O que é declaração de óbito?</p><p>A Declaração de Óbito é o documento-base do Sistema de Informações sobre</p><p>Mortalidade do Ministério da Saúde (SIM/MS). É composta de três vias auto-</p><p>http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/04/02/921290/5-coisas-voce-precisa-saber-tomar-decises-alto-risco.html</p><p>copiativas, pré- numeradas seqüencialmente, fornecida pelo Ministério da Saúde e</p><p>distribuída pelas Secretarias Estaduais e Municipais de saúde conforme fluxo</p><p>padronizado para todo o País.</p><p>Documento padrão de uso obrigatório em todo o território nacional, para a coleta dos</p><p>dados sobre óbitos e considerado como documento hábil para os fins do Art 77 da Lei</p><p>nº 6.015/1973 para a lavratura da Certidão de Óbito pelo Cartório de Registro Civil</p><p>(Art. 10 da Portaria nº 116 MS/SVS de 11/02/2009).</p><p>A DO deve ser preenchida para todos os tipos de óbitos fetais e não fetais ocorridos</p><p>em estabelecimentos de saúde, domicílios ou outros locais. O médico atestante deve</p><p>se abster de utilizar diagnósticos vagos como “parada cardíaca”, “parada cardio-</p><p>respiratória”, “falência de múltiplos órgãos”, etc, que são modos e não causas de</p><p>morte, não devendo ser computados como causa básica do óbito.</p><p>2 . Quem deve preencher o papel?</p><p>Em princípio, a responsabilidade quanto ao preenchimento da Declaração de Óbito é</p><p>atribuída ao profissional médico, conforme o disposto no artigo 84 do Código de Ética</p><p>Médica, Capítulo X que expressa: “é vedado ao médico deixar de atestar óbito de</p><p>paciente ao qual vinha prestando assistência, exceto quando houver indícios de morte</p><p>violenta” (Resolução CFM nº 1931, 2009).</p><p>O Médico tem responsabilidade ética e jurídica pelo preenchimento e pela assinatura</p><p>da DO, assim como pelas informações registradas em todos os campos desse</p><p>documento. Sempre revisar o documento antes de assinar.</p><p>O médico não pode cobrar pela emissão da DO em óbitos de paciente sob sua</p><p>responsabilidade, incluindo as situações em que atua como substituto, ou em IML ou</p><p>SVO. Poderá cobrar caso seja solicitado a realizar consulta para verificação de óbito</p><p>em pacientes que não estejam sob sua responsabilidade, excetuadas as condições</p><p>em que seja substituto (em plantões por exemplo, ou visita domiciliar sob a égide de</p><p>uma unidade de saúde), esteja em SVO ou IML.</p><p>Condições para emissão da DO</p><p>Em todo óbito por causa natural ou por causa acidental e/ou violenta.</p><p>No óbito fetal, se a gestação teve duração igual ou superior a 20 semanas, ou o feto</p><p>teve peso corporal igual ou superior a 500 gramas e/ou estatura igual ou superior a 25</p><p>centímetros.</p><p>No óbito não fetal, quando a criança nascer viva e morrer logo após o nascimento,</p><p>independentemente da duração da gestação, do peso do recém-nascido e do tempo</p><p>que tenha permanecido vivo</p><p>Condições para não emissão da DO</p><p>No óbito fetal, se a gestação teve duração menor que 20 semanas ou o feto teve peso</p><p>corporal menor que 500 gramas e/ou estatura menor que 25 centímetros. É facultado</p><p>ao médico emitir uma DO nestes casos, para atender solicitação da família.</p><p>No caso de peças anatômicas retiradas por ato cirúrgico ou de membros amputados.</p><p>Nesses casos o médico elaborará um relatório em papel timbrado do Estabelecimento</p><p>de Saúde descrevendo o procedimento realizado. Este documento será levado ao</p><p>Cemitério, caso o destino da peça venha a ser o sepultamento. Estas providências</p><p>estão definidas na Resolução de Diretoria Colegiada nº 306 da ANVISA (2004) .</p><p>3 . Como surgiu e porque ?</p><p>Até fins do século XIX, cada país possuía um modelo diferente de atestado de óbito,</p><p>fato que fez com que a Organização de Saúde da Liga das Nações constituísse uma</p><p>comissão para o estudo do problema. Em 1925, foi publicado um informe sugerindo</p><p>um modelo único de atestado de óbito, para a declaração de morte. Em 1948 adotou-</p><p>se esse modelo como Modelo Internacional de Atestado de Óbito, que passou a ser</p><p>utilizado a partir de 1950 praticamente por todos os países do mundo para a anotação</p><p>das causas da morte. No Brasil, em 1976, o Ministério da Saúde adotou uma</p><p>Declaração de Óbito padronizada para todo o território nacional. Esta, mantendo o</p><p>modelo internacional na parte relativa às causas de morte, uniformizava a maneira de</p><p>registrar todos os demais tipos de informações.</p><p>4 . De que se compõe?</p><p>A Declaração de Óbito é impressa em papel especial autocopiativo, em três vias, que</p><p>compõem um jogo. Cada bloco contém 30 jogos de formulários; Em função das</p><p>características do óbito (por causa natural ou por causa acidental e/ou violenta) ou do</p><p>local de sua ocorrência (hospital, outros estabelecimentos de saúde, via publica,</p><p>domicílio ou outro, em conformidade com o Campo 20 do Bloco III), o fluxo da DO</p><p>varia, de acordo com o disposto nos artigos 20 a 26 da Portaria nº 116 MS-SVS, de</p><p>11/02/2009</p><p>O instrumento padronizado é impresso com sequência numérica única, em conjuntos</p><p>de três vias auto-copiativas, conforme fotolito padronizado pela SVS/MS. O controle da</p><p>numeração bem como a emissão e distribuição dos formulários para as Secretarias</p><p>Estaduais de Saúde é de competência exclusiva do Ministério da Saúde, pela sua</p><p>Secretaria de Vigilância em Saúde (Art. 12 da Portaria nº 116 MS/SVS de 11/02/2009).</p><p>As Secretarias Estaduais de Saúde são responsáveis pela distribuição dos formulários</p><p>diretamente ou por meio de suas instâncias regionais de saúde, às Secretarias</p><p>Municipais de Saúde e aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas, que controlam a</p><p>distribuição e utilização do documento padrão em sua esfera de gerenciamento do</p><p>sistema (Art. 13 da Portaria nº 116 MS/SVS de 11/02/2009). As Secretarias Municipais</p><p>de Saúde são responsáveis pelo fornecimento</p><p>e pelo controle da utilização dos</p><p>formulários entregues às unidades notificadoras que são responsáveis solidários pela</p><p>série numérica recebida (Art. 13 da Portaria nº 116 MS/SVS de 11/02/2009).</p><p>É composta por: Bloco I: Cartório; Bloco II: Identificação; Bloco III: Residência; Bloco</p><p>IV: Local de ocorrência; Bloco V: Óbito fetal ou menor que 1 ano; Bloco VI: Mulher em</p><p>idade fértil e causas do óbito; Bloco VII: Médico; Bloco VIII: Causas externas; Bloco IX:</p><p>Localidade sem médico.</p><p>5 . Pra que serve mesmo?</p><p>Além da sua função legal, os dados de óbitos são utilizados para conhecer a situação</p><p>de saúde da população e gerar ações visando à sua melhoria. Para tanto, devem ser</p><p>fidedignos e refletir a realidade. As estatísticas de mortalidade são produzidas com</p><p>base na DO emitida pelo médico.</p><p>A finalidade foi permitir a comparabilidade dos dados, consolidando-os em nível</p><p>nacional através do Sistema de Informação de Mortalidade, permitindo então maior</p><p>racionalização das atividades baseadas nas informações coletadas.</p><p>Dois grandes objetivos: (1) ser o documento padrão para coleta de informações sobre</p><p>mortalidade subsidiando as estatísticas vitais e epidemiológicas no Brasil, conforme o</p><p>determina o artigo 10 da Portaria nº 116, de 11 de fevereiro de 2009 e (2) atender ao</p><p>artigo 77 da Lei Nº. 6.216, de 30 de junho de 1975 – que altera a Lei 6.015/73 dos</p><p>Registros Públicos e determina aos Cartórios de Registro Civil que a Certidão de Óbito</p><p>para efeito de liberação de sepultamento e outras medidas legais, seja lavrada</p><p>mediante da Declaração de Óbito.</p><p>6 . O que é esta lei? Lei dos Registro Públicos – Lei n° 6015, de 31 de Dezembro</p><p>de 1973, alterada pela Lei n° 6216 de Junho de 1975?</p><p>Lei nº 6.015 de 31 de dezembro de 1973 dispõe sobre os registros públicos e dá</p><p>outras providências.</p><p>CAPÍTULO IX Do Óbito</p><p>Art. 77 - Nenhum sepultamento será feito sem certidão, do oficial de registro do lugar</p><p>do falecimento, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de</p><p>médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que</p><p>tiverem presenciado ou verificado a morte.</p><p>§ 1º Antes de proceder ao assento de óbito de criança de menos de 1 (um) ano, o</p><p>oficial verificará se houve registro de nascimento, que, em caso de falta, será</p><p>previamente feito.</p><p>§ 2º A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver manifestado a</p><p>vontade de ser incinerado ou no interesse da saúde pública e se o atestado de óbito</p><p>houver sido firmado por 2 (dois) médicos ou por 1 (um) médico legista e, no caso de</p><p>morte violenta, depois de autorizada pela autoridade judiciária.</p><p>Art. 78. Na impossibilidade de ser feito o registro dentro de 24 (vinte e quatro) horas do</p><p>falecimento, pela distância ou qualquer outro motivo relevante, o assento será lavrado</p><p>depois, com a maior urgência, e dentro dos prazos fixados no artigo 50.</p><p>Art. 79. São obrigados a fazer declaração de óbitos: 1°) o chefe de família, a respeito</p><p>de sua mulher, filhos, hóspedes, agregados e fâmulos; 2º) a viúva, a respeito de seu</p><p>marido, e de cada uma das pessoas indicadas no número antecedente; 3°) o filho, a</p><p>respeito do pai ou da mãe; o irmão, a respeito dos irmãos e demais pessoas de casa,</p><p>indicadas no nº 1; o parente mais próximo maior e presente; 4º) o administrador,</p><p>diretor ou gerente de qualquer estabelecimento público ou particular, a respeito dos</p><p>que nele faleceram, salvo se estiver presente algum parente em grau acima indicado;</p><p>5º) na falta de pessoa competente, nos termos dos números anteriores, a que tiver</p><p>assistido aos últimos momentos do finado, o médico, o sacerdote ou vizinho que do</p><p>falecimento tiver notícia; 6°) a autoridade policial, a respeito de pessoas encontradas</p><p>mortas.</p><p>Parágrafo único. A declaração poderá ser feita por meio de preposto,</p><p>autorizando-o o declarante em escrito, de que constem os elementos necessários ao</p><p>assento de óbito.</p><p>Art. 80. O assento de óbito deverá conter: 1º) a hora, se possível, dia, mês e ano do</p><p>falecimento; 2º) o lugar do falecimento, com indicação precisa; 3º) o prenome, nome,</p><p>sexo, idade, cor, estado, profissão, naturalidade, domicílio e residência do morto; 4º)</p><p>se era casado, o nome do cônjuge sobrevivente, mesmo quando desquitado; se viúvo,</p><p>o do cônjuge pré-defunto; e o cartório de casamento em ambos os casos; 5º) os</p><p>nomes, prenomes, profissão, naturalidade e residência dos pais; 6º) se faleceu com</p><p>testamento conhecido; 7º) se deixou filhos, nome e idade de cada um; 8°) se a morte</p><p>foi natural ou violenta e a causa conhecida, com o nome dos atestantes; 9°) lugar do</p><p>sepultamento; 10º) se deixou bens e herdeiros menores ou interditos; 11°) se era</p><p>eleitor. 12º) (Vide Medida Provisória nº 2.187-13, de 2001)</p><p>Art. 81. Sendo o finado desconhecido, o assento deverá conter declaração de estatura</p><p>ou medida, se for possível, cor, sinais aparentes, idade presumida, vestuário e</p><p>qualquer outra indicação que possa auxiliar de futuro o seu reconhecimento; e, no</p><p>caso de ter sido encontrado morto, serão mencionados esta circunstância e o lugar em</p><p>que se achava e o da necropsia, se tiver havido.</p><p>Parágrafo único. Neste caso, será extraída a individual dactiloscópica, se no</p><p>local existir esse serviço.</p><p>Art. 82. O assento deverá ser assinado pela pessoa que fizer a comunicação ou por</p><p>alguém a seu rogo, se não souber ou não puder assinar.</p><p>Art. 83. Quando o assento for posterior ao enterro, faltando atestado de médico ou de</p><p>duas pessoas qualificadas, assinarão, com a que fizer a declaração, duas</p><p>testemunhas que tiverem assistido ao falecimento ou ao funeral e puderem atestar, por</p><p>conhecimento próprio ou por informação que tiverem colhido, a identidade do cadáver.</p><p>Art. 84. Os assentos de óbitos de pessoas falecidas a bordo de navio brasileiro serão</p><p>lavrados de acordo com as regras estabelecidas para os nascimentos, no que lhes for</p><p>aplicável, com as referências constantes do artigo 80, salvo se o enterro for no porto,</p><p>onde será tomado o assento.</p><p>Art. 85. Os óbitos, verificados em campanha, serão registrados em livro próprio, para</p><p>esse fim designado, nas formações sanitárias e corpos de tropas, pelos oficiais da</p><p>corporação militar correspondente, autenticado cada assento com a rubrica do</p><p>respectivo médico chefe, ficando a cargo da unidade que proceder ao sepultamento o</p><p>registro, nas condições especificadas, dos óbitos que se derem no próprio local de</p><p>combate.</p><p>Art. 86. Os óbitos a que se refere o artigo anterior, serão publicados em boletim da</p><p>corporação e registrados no registro civil, mediante relações autenticadas, remetidas</p><p>ao Ministério da Justiça, contendo os nomes dos mortos, idade, naturalidade, estado</p><p>civil, designação dos corpos a que pertenciam, lugar da residência ou de mobilização,</p><p>dia, mês, ano e lugar do falecimento e do sepultamento para, à vista dessas relações,</p><p>se fazerem os assentamentos de conformidade com o que a respeito está disposto no</p><p>artigo 66.</p><p>Art. 87. O assentamento de óbito ocorrido em hospital, prisão ou outro qualquer</p><p>estabelecimento público será feito, em falta de declaração de parentes, segundo a da</p><p>respectiva administração, observadas as disposições dos artigos 80 a 83; e o relativo</p><p>a pessoa encontrada acidental ou violentamente morta, segundo a comunicação, ex</p><p>oficio, das autoridades policiais, às quais incumbe fazê-la logo que tenham</p><p>conhecimento do fato.</p><p>Art. 88. Poderão os Juízes togados admitir justificação para o assento de óbito de</p><p>pessoas desaparecidas em naufrágio, inundação, incêndio, terremoto ou qualquer</p><p>outra catástrofe, quando estiver provada a sua presença no local do desastre e não for</p><p>possível encontrar-se o cadáver para exame. Parágrafo único. Será também admitida</p><p>a justificação no caso de desaparecimento em campanha, provados a impossibilidade</p><p>de ter sido feito o registro nos termos do artigo 85 e os fatos que</p><p>convençam da</p><p>ocorrência do óbito.</p><p>LEI N o 6.216, DE 30 DE JUNHO DE 1975.</p><p>Altera a Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os registros</p><p>públicos.</p><p>CAPÍTULO IX</p><p>Do Óbito</p><p>Art 78 - passa a art. 77, com nova redação</p><p>"Art. 77 - Nenhum sepultamento será feito sem certidão, do oficial de registro do lugar</p><p>do falecimento, extraída após a lavratura do assento de óbito, em vista do atestado de</p><p>médico, se houver no lugar, ou em caso contrário, de duas pessoas qualificadas que</p><p>tiverem presenciado ou verificado a morte.</p><p>§ 1º Antes de proceder ao assento de óbito de criança de menos de 1 (um) ano, o</p><p>oficial verificará se houve registro de nascimento, que, em caso de falta, será</p><p>previamente feito.</p><p>§ 2º A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver manifestado a</p><p>vontade de ser incinerado ou no interesse da saúde pública e se o atestado de óbito</p><p>houver sido firmado por 2 (dois) médicos ou por 1 (um) médico legista e, no caso de</p><p>morte violenta, depois de autorizada pela autoridade judiciária."</p><p>Arts 79 a 89 - passam a arts. 78 a 88.</p><p>7. O que diz a Legislação do Conselho Federal de Medicina sobre óbito?</p><p>E vedado ao médico:</p><p>Art. 114. Atestar óbito quando não o tenha verificado pessoalmente, ou quando não</p><p>tenha prestado assistência ao paciente, salvo, no último caso, se o fizer como</p><p>plantonista, médico substituto, ou em caso de necropsia e verificação médico-legal.</p><p>Art. 115. Deixar de atestar óbito de paciente ao qual vinha prestando assistência,</p><p>exceto quando houver indícios de morte violenta”;</p><p>CONSIDERANDO que Declaração de Óbito é parte integrante da assistência médica;</p><p>CONSIDERANDO a Declaração de Óbito como fonte imprescindível de dados</p><p>epidemiológicos;</p><p>CONSIDERANDO que a morte natural tem como causa a doença ou lesão que iniciou</p><p>a sucessão de eventos mórbidos que diretamente causaram o óbito;</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6015consolidado.htm#art78</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L6015consolidado.htm#art77</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.216-1975?OpenDocument</p><p>CONSIDERANDO que a morte não-natural é aquela que sobrevém em decorrência de</p><p>causas externas violentas;</p><p>CONSIDERANDO a necessidade de regulamentar a responsabilidade médica no</p><p>fornecimento da Declaração de Óbito;</p><p>CONSIDERANDO, finalmente, o decidido em sessão plenária realizada em 11 de</p><p>novembro de 2005,</p><p>RESOLVE:</p><p>Art. 1º O preenchimento dos dados constantes na Declaração de Óbito é da</p><p>responsabilidade do médico que atestou a morte.</p><p>Art. 2º Os médicos, quando do preenchimento da Declaração de Óbito, obedecerão as</p><p>seguintes normas:</p><p>1) Morte natural:</p><p>I. Morte sem assistência médica:</p><p>a) Nas localidades com Serviço de Verificação de Óbitos (SVO):</p><p>A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do SVO;</p><p>b) Nas localidades sem SVO :</p><p>A Declaração de Óbito deverá ser fornecida pelos médicos do serviço público de</p><p>saúde mais próximo do local onde ocorreu o evento; na sua ausência, por qualquer</p><p>médico da localidade.</p><p>II. Morte com assistência médica:</p><p>a) A Declaração de Óbito deverá ser fornecida, sempre que possível, pelo médico que</p><p>vinha prestando assistência ao paciente.</p><p>b) A Declaração de Óbito do paciente internado sob regime hospitalar deverá ser</p><p>fornecida pelo médico assistente e, na sua falta por médico substituto pertencente à</p><p>instituição.</p><p>c) A declaração de óbito do paciente em tratamento sob regime ambulatorial deverá</p><p>ser fornecida por médico designado pela instituição que prestava assistência, ou pelo</p><p>SVO;</p><p>d) A Declaração de Óbito do paciente em tratamento sob regime domiciliar (Programa</p><p>Saúde da Família, internação domiciliar e outros) deverá ser fornecida pelo médico</p><p>pertencente ao programa ao qual o paciente estava cadastrado, ou pelo SVO, caso o</p><p>médico não consiga correlacionar o óbito com o quadro clínico concernente ao</p><p>acompanhamento do paciente.</p><p>2) Morte fetal:</p><p>Em caso de morte fetal, os médicos que prestaram assistência à mãe ficam obrigados</p><p>a fornecer a Declaração de Óbito quando a gestação tiver duração igual ou superior a</p><p>20 semanas ou o feto tiver peso corporal igual ou superior a 500 (quinhentos) gramas</p><p>e/ou estatura igual ou superior a 25 cm.</p><p>3) Mortes violentas ou não naturais:</p><p>A Declaração de Óbito deverá, obrigatoriamente, ser fornecida pelos serviços médico-</p><p>legais.</p><p>Parágrafo único. Nas localidades onde existir apenas 1 (um) médico, este é o</p><p>responsável pelo fornecimento da Declaração de Óbito.</p><p>Art. 3º Esta resolução entra em vigor na data de sua publicação e revoga a Resolução</p><p>CFM nº 1.601/00.</p><p>8. Vamos preencher um atestato de óbito?</p><p>Parte Causa da Morte :</p><p>A causa básica é definida como a doença ou lesão que iniciou a cadeia de</p><p>acontecimentos patológicos que conduziram diretamente à morte, ou as circunstâncias</p><p>do acidente ou violência que produziram a lesão fatal. As causas da morte são</p><p>preenchidas pelo médico e posteriormente recebem um código segundo a CID-10(6).</p><p>As áreas sombreadas em frente a cada alínea não devem ser preenchidas pelo</p><p>médico, mas por técnicos do setor de processamento de dados, mais especificamente</p><p>pelos codificadores. Não devem ser incluídos sintomas e causas terminais, como</p><p>insuficiência cardíaca ou insuficiência respiratória. A declaração das causas de morte é</p><p>feita no “Modelo Internacional de Certificado Médico da Causa de Morte”, utilizado em</p><p>todos os países e recomendado pela Assembléia Mundial de Saúde, em 1948. Este</p><p>modelo consta das partes I e II, ressaltando-se que a parte I apresenta uma quarta</p><p>linha d, não existente nos modelos anteriores.</p><p>• Parte I: Tradicionalmente, as estatísticas de mortalidade segundo causas de morte</p><p>são produzidas atribuindo-se ao óbito uma só causa, chamada causa básica, definida</p><p>anteriormente. A causa básica, em vista de recomendação internacional, tem que ser</p><p>declarada na última linha da parte I, enquanto que as causas conseqüenciais, caso</p><p>haja, deverão ser declaradas nas linhas anteriores. É fundamental que, na última linha,</p><p>o médico declare corretamente a causa básica, para que se tenha dados confiáveis e</p><p>comparáveis sobre mortalidade segundo a causa básica ou primária, de forma a</p><p>permitir que se trace o perfil epidemiológico da população. Nos casos de óbitos fetais,</p><p>não se deve anotar o termo “natimorto”, mas sim a causa ou causas do óbito fetal.</p><p>• Parte II: Nesta parte deve ser registrada qualquer doença ou lesão que, a juízo</p><p>médico, tenha influído desfavoravelmente, contribuindo assim para a morte, não</p><p>estando relacionada com o estado patológico que conduziu diretamente ao óbito. As</p><p>causas registradas nesta parte são denominadas causas contribuintes. - Tempo</p><p>aproximado entre o início da doença e a morte: este espaço deverá sempre ser</p><p>preenchido. O que se pretende é estabelecer o tempo aproximado entre o início do</p><p>processo morte, embora isto nem sempre seja possível, como nos casos de doenças</p><p>crônicas ou degenerativas. Quando este tempo não puder ser estabelecido, anotar</p><p>Ignorado. Os exemplos a seguir esclarecem melhor o modo do preenchimento destas</p><p>duas partes:</p><p>Exemplo 1: Paciente tinha febre tifóide e apresentou perfuração intestinal, falecendo</p><p>em conseqüência de peritonite. Neste caso, a causa básica é febre tifóide e as</p><p>complicações, ou causas conseqüenciais, são a perfuração intestinal e a peritonite.</p><p>Esta última é chamada conseqüencial terminal ou simplesmente causa terminal. O</p><p>atestado devera ser preenchido assim C) Febre tifoide 10 dias;B) Perfuração</p><p>intestinal 6 dias e A) Peritonite 2 dias. Podendo ter até D. Sendo que em A deve</p><p>constar o porque final da morte( mas não deve constar PCR, ICC).</p><p>Exemplo 2 : Mulher com diabetes mellitus desenvolveu uma toxemia severa durante a</p><p>gravidez. A placenta</p><p>descolou prematuramente, foi realizada uma cesária e o feto</p><p>morreu durante esse período. O preenchimento da causa de morte deve ser feito</p><p>como no modelo a seguir:</p><p>Parte I:</p><p>A) Descolamento Prematuro de Placenta</p><p>B) Toxemia materna</p><p>II) DM</p><p>Elaborado pelo alunos da XII Turma de Medicina UESC:</p><p>Aline Balla</p><p>Andressa Matos</p><p>Felipe Padoin</p><p>Igna Campos</p><p>Karoliny Ribeiro</p><p>Luan Montalvão</p><p>Milana Prado</p><p>Osvaldo Gomes</p><p>Rebeca Valentim</p><p>Roque Carozo</p><p>Thacio Guimarães</p><p>Maio de 2016</p>