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<p>EPIDEMIOLOGIA</p><p>PROFA. HELOISA NASCIMENTO</p><p>➢A análise da situação de saúde é um dos usos da Epidemiologia,</p><p>na interface entre a produção de conhecimentos e sua aplicação</p><p>aos serviços de saúde.</p><p>Isto significa conhecer o que afeta a saúde da população e</p><p>em que medida isso ocorre; o que compromete o pleno</p><p>desempenho das potencialidades humanas; o que produz doenças;</p><p>o que provoca óbitos, sobretudo os que se podem evitar com</p><p>prevenção e assistência adequada; como as doenças e agravos de</p><p>se distribuem segundo as condições de vida, revelando</p><p>desigualdades sociais que necessitam de intervenção.</p><p>➢ Há evidências de que o estado de saúde está associado à</p><p>qualidade de vida das populações e que as características da vida</p><p>em sociedade, o modo de viver a vida e as relações sociais guardam</p><p>relação com o nível de saúde.</p><p>Essa particularidade enfatiza a necessidade de analisar a</p><p>situação sanitária de acordo com as características sociais,</p><p>econômicas, políticas e culturais das coletividades.</p><p>Indicadores de Saúde</p><p>➢ Um indicador é uma medida relativa que reflete a situação de</p><p>saúde individual ou coletiva. São expressos em taxas ou proporções</p><p>e, desta forma, a comparação entre os dados se torna bem simples.</p><p>➢ É uma importante ferramenta que nos permite observar quais são</p><p>os problemas na área de saúde e tomar as providências necessárias</p><p>para minimizá-los.</p><p>➢ A qualidade dos indicadores de saúde vai depender da sua validade</p><p>(capacidade de medir o que se pretende); confiabilidade</p><p>(reprodutibilidade), mensurabilidade, relevância e custo-efetividade.</p><p>➢ Para que sejam efetivamente utilizados, os indicadores precisam</p><p>ser organizados, atualizados, disponibilizados e comparados com</p><p>outros indicadores.</p><p>Tipos de Indicadores de</p><p>saúde</p><p>Valores absolutos x Valores relativos</p><p>Os dados obtidos diretamente de fontes secundárias, ou gerados</p><p>em estudos epidemiológicos, e que representam o número de</p><p>pessoas acometidas de determinada doença ou agravo, ou falecidas,</p><p>são valores brutos ou não trabalhados e tomam a designação de</p><p>valores absolutos ou frequências absolutas.</p><p>os dados brutos não possibilitam comparações temporais</p><p>ou geográficas</p><p>Por esse motivo, para comparar as frequências de morbidade e</p><p>mortalidade será necessário transformá-las em valores relativos, ou</p><p>seja, em numeradores de frações com denominadores fidedignos.</p><p>Daí decorrem os conceitos de morbidade e mortalidade relativas, de</p><p>uso extensivo e intensivo em epidemiologia e suas aplicações,</p><p>expressos em taxas, coeficientes e índices</p><p>Quando se comparam os números absolutos de casos entre os estados, por exemplo, entre</p><p>Alagoas e São Paulo, em 2004, observa-se que têm valores semelhantes, todavia, não se</p><p>pode concluir que a doença se manifesta na população dessas áreas com a mesma</p><p>frequência.</p><p>Em contrapartida, as taxas de incidência, expressas pelo número de casos notifica- dos de</p><p>dengue para cada 100.000 habitantes, registrado naquele ano em São Paulo (11,5) e em</p><p>Alagoas (150,9), são valores relativos (à respectiva população); sua comparação possibilita</p><p>veri- ficar que a doença se manifestou com maior frequência (em torno de 13 vezes mais)</p><p>em Alagoas que no outro estado.</p><p>Denominam-se taxas ou coeficientes as relações entre o número de</p><p>eventos reais e os que poderiam acontecer.</p><p> Na tabela anterior: dengue poderia ocorrer em 100.000</p><p>pessoas, mas que, destas, ocorreram aproximadamente 151 casos</p><p>em Alagoas e 12 em São Paulo, em 2004, indicando que são medidas</p><p>de probabilidade da ocorrência da doença na população.</p><p>No cálculo das taxas ou coeficientes, é necessário excluir do</p><p>denominador as pessoas não expostas ao risco, como, por exemplo,</p><p>excluir homens do denominador no cálculo do coeficiente de</p><p>morbidade por câncer de colo de útero.</p><p>Uma outra medida relativa frequentemente aplicada expressa a</p><p>proporção de casos ou óbitos do total de indivíduos ou do total de</p><p>óbitos.</p><p>O coeficiente proporcional é calculado como percentual, isto é,</p><p>para cada 100 casos ou óbitos.</p><p>Por exemplo, a mortalidade infantil proporcional expressa a</p><p>proporção de óbitos de crianças menores de 1 ano calculada sobre</p><p>o total de óbitos, isto é, o número de óbitos ocorridos em todas as</p><p>idades. Observe-se que neste caso o numerador é um subconjunto</p><p>do denominador. Dito de outra maneira, o conjunto dos óbitos de</p><p>menores de 1 ano está contido no conjunto dos óbitos de todas as</p><p>idades.</p><p>Indicadores de saúde baseados em medidas de Morbidade</p><p>- As medidas de morbidade são utilizadas para verificar o</p><p>comportamento das doenças ou agravos á saúde na população</p><p>estudada.</p><p>• Medidas de frequência (incidência e prevalência)</p><p>• Medida para gravidade (letalidade)</p><p>➢ Os indicadores de morbidade são genericamente definidos como</p><p>proporção entre número de casos de uma doença e a população</p><p>(número de habitantes ou de pessoas que estão expostas à doença</p><p>em um lugar e tempo definidos).</p><p>Define-se prevalência como a relação entre o número de casos</p><p>conhecidos de uma dada doença e a população de origem dos</p><p>casos, com referência a um lugar definido, multiplicando-se o</p><p>resultado pela base referencial da população que é potência de 10,</p><p>em geral 100, ou por 1.000, 10.000, 100.000.</p><p>- Os casos existentes, ou prevalentes, são aquelas pessoas que</p><p>adoeceram em algum momento do passado, isto é, os casos antigos</p><p>e os casos novos e que estão vivos quando se realiza a observação.</p><p>Assim, os doentes que vierem a falecer antes do período de</p><p>observação não são considerados no calculo da prevalência.</p><p>- A prevalência é uma medida estática em relação ao processo</p><p>dinâmico de adoecimento. Para se medir a prevalência os</p><p>indivíduos são observados uma única vez.</p><p>Um exemplo: em 31 de julho de um dado ano eram conhecidos 30</p><p>casos de determinada doença transmissível. No decorrer do mês de</p><p>agosto, este contingente, por motivos diversos, sofreu baixa em 05</p><p>dos casos antigos e acréscimo de 10 casos novos diagnosticados. A</p><p>prevalência dessa doença será de 35 casos no último dia do mês,</p><p>referenciado a todo o mês de agosto.</p><p>Assim, fica claro que a variação da frequência de pessoas doentes</p><p>depende, por um lado, do número daqueles que são excluídos do</p><p>contingente – curas, óbitos e doentes emigrados – e, por outro lado,</p><p>do quantitativo dos que são aí incorporados, que inclui os casos</p><p>novos eclodidos na comunidade e os imigrantes já doentes que aí</p><p>chegam</p><p>Incidência, como conceito epidemiológico, traduz a noção da</p><p>intensidade com que a morbidade ocorre em uma população,</p><p>enquanto prevalência descreve a magnitude com que</p><p>permanecem as doenças na população.</p><p>Quando se diz que estão ocorrendo “dez casos novos de uma</p><p>doença por dia” se pretende indicar a rapidez com que novos casos</p><p>estão surgindo, e sendo diagnosticados, como resultado da</p><p>dinâmica de ocorrência da doença na população, por unidade de</p><p>tempo.</p><p>- A definição de caso novo, ou incidente, baseia-se na presença de</p><p>evidências de natureza clínica, laboratorial ou epidemiológica,</p><p>segundo critérios predefinidos e padronizados, de acordo, com o</p><p>objetivo do estudo.</p><p> As definições de casos são passíveis de erros de</p><p>classificação, que podem interferir na validade das estimativas de</p><p>frequência das doenças.</p><p>- Os casos novos, ou incidentes, são aqueles indivíduos não doentes</p><p>no inicio do período de observação - e portanto, sob risco de</p><p>adoecimento – que, no seu decorrer acabam por adoecer. Para que</p><p>possam ser detectados, é necessário que cada individuo seja</p><p>observado em, no mínimo, duas ocasiões.</p><p>- As medidas de incidência são obtidas nos estudos que envolvem o</p><p>seguimento (follow-up) de uma determinada população.</p><p>Coeficiente de Incidência: como a proporção entre o número de</p><p>casos novos de uma doença, ocorridos em um intervalo de tempo</p><p>determinado, e a população exposta ao risco de adquirir a referida</p><p>doença no</p><p>mesmo período, e no mesmo local, multipli- cado o</p><p>resultado por uma potência de 10.</p><p>➢ A escolha entre o uso da incidência ou prevalência depende de</p><p>alguns fatores:</p><p>- Para doenças agudas aplicam-se mais os estudos de incidência,</p><p>enquanto que, para doenças crônicas, a determinação da</p><p>prevalência é mais indicada.</p><p>- No que se refere ao planejamento e administração de serviços, os</p><p>estudos de prevalência são os escolhidos.</p><p>- Para pesquisas etiológicas, estudos de prognóstico, verificação de</p><p>eficácia de ações terapêuticas e preventivas, os estudos de</p><p>incidência são os mais indicados.</p><p>Coeficiente de Letalidade: mede o risco de morrer de determinado</p><p>agravo ou doença, portanto, mede a gravidade da doença ou do</p><p>agravo.</p><p>X 100</p><p>Número total de casos com a mesma doença, no</p><p>mesmo período e local</p><p>Número de óbitos por determinada doença no período</p><p>Observa-se para o Brasil, nos anos de 2001 a 2008, que a letalidade</p><p>atinge principalmente os pacientes com faixa etária menor de 1</p><p>ano e com 50 anos ou mais de idade</p><p>Distribuição do total de casos (A) de covid-19 entre os 20 países com maior</p><p>número de casos</p><p>Semana Epidemiológica 8 (21 a 27/2/2021)</p><p>Distribuição dos coeficientes de incidência (A) (por 1 milhão de habitantes) de</p><p>covid-19 entre os 20 países com populações acima de 1 milhão de habitantes</p><p>Indicadores de saúde baseados em medidas de mortalidade</p><p>1) Descrição das condições de saúde da população</p><p> A taxa de mortalidade de uma população é o indicador</p><p>mais utilizado para fazer inferências sobre o estado de saúde de</p><p>uma população. Permite identificar quais grupos estão sendo</p><p>mais acometidos por determinado desfecho, definir prioridades e</p><p>orientar a alocação de recursos.</p><p>2) Investigação Epidemiológica</p><p> A taxa de mortalidade constitui um importante guia para a</p><p>determinação de investigações na área de saúde a fim de levantar</p><p>explicações etiológicas.</p><p>3) Avaliação de intervenções</p><p> As informações sobre mortalidade podem ser utilizadas</p><p>para avaliar ações diversas, como eficácia de medicamentos.</p><p>Serve também para comparar resultados de intervenções (antes e</p><p>depois ).</p><p>➢ Mortalidade proporcional</p><p>- É um indicador do tipo proporção, que apresenta, no numerador,</p><p>os óbitos (por região, causa, sexo ou idade), e, no denominador, o</p><p>total de óbitos cuja fração se deseja conhecer.</p><p>A mortalidade proporcional por causas pode ser definida como:</p><p>Exemplo:</p><p>Em 2010, no Brasil, morreram 1.136.947 pessoas. Desse total de</p><p>óbitos, 326.371 foram por doenças do aparelho circulatório (DAC).</p><p>Mortalidade proporcional por DAC no Brasil em 2010:</p><p>Ou seja, de cada 100 mortes que ocorreram no Brasil, em 2010,</p><p>28,70 foram por doenças do aparelho circulatório.</p><p>Distribuição proporcional das principais causas de morte segundo capítulos da</p><p>Classificação Internacional de Doenças (CID-10), no Brasil, 2006</p><p>Mortalidade Proporcional por Causa Específica</p><p>Interpretação</p><p>- Mede a participação relativa dos grupos de causas de mortalidade,</p><p>em relação ao total de óbitos informados entre os que tiveram a</p><p>causa determinada.</p><p>-Proporções elevadas de óbitos, por exemplo, doenças infecciosas e</p><p>parasitárias, estão em geral associadas a precárias condições</p><p>socioeconômicas da população.</p><p>Usos</p><p>- Analisar variações geográficas e temporais da mortalidade por</p><p>grupos de causas.</p><p>- Contribuir para a análise da situação epidemiológica e dos níveis de</p><p>saúde da população, identificando questões críticas a serem melhor</p><p>investigadas.</p><p>- Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de políticas</p><p>de saúde tendentes a reduzir o número de óbitos por determinados</p><p>grupos de causas determinadas.</p><p>Outros tipos de mortalidade proporcional</p><p>- Mortalidade proporcional por sexo</p><p>- Mortalidade por idade</p><p>- Mortalidade por região (local de ocorrência)</p><p>X 100</p><p>Total de óbitos do mesmo sexo, no período</p><p>Número total de óbitos de um determinado sexo, no período</p><p>X 100</p><p>Total de óbitos da mesma faixa etária, no período</p><p>Número total de óbitos em determinada faixa etária, no período</p><p>X 100</p><p>Total de óbitos no mesmo local, no período</p><p>Número total de óbitos em determinado local, no período</p><p>Mortalidade Proporcional por Idade</p><p>Interpretação</p><p>- Indica o peso dos óbitos em cada idade ou faixa etária, em relação</p><p>ao total de óbitos.</p><p>- Altas proporções de óbitos de menores de um ano estão associadas</p><p>a más condições de vida e de saúde.</p><p>- O deslocamento da concentração de óbitos para as faixas de idade</p><p>mais elevadas sinaliza o aumento da expectativa de vida da</p><p>população.</p><p>Usos</p><p>- Analisar variações geográficas e temporais da mortalidade por</p><p>idade e sexo.</p><p>- Contribuir para a avaliação dos níveis de saúde da população.</p><p>- Identificar a necessidade de estudos sobre as causas da distribuição</p><p>da mortalidade por idade.</p><p>- Subsidiar processos de planejamento, gestão e avaliação de</p><p>políticas de saúde voltadas para grupos etários específicos.</p><p>➢ Coeficiente (ou taxa) geral de mortalidade</p><p>Expressa o risco de morrer de uma população.</p><p> Corresponde ao número total de óbitos ocorrido em uma</p><p>população e em determinado tempo (em geral, um ano) dividido</p><p>pelo número de habitantes existentes no mesmo período.</p><p>➢ Taxa (ou coeficiente): é uma relação entre dois números, obtida</p><p>por divisão, e que sempre expressa uma probabilidade de</p><p>ocorrência, pois mostra a relação entre eventos reais e potenciais,</p><p>visto que os valores do denominador estão sujeitos ao que ocorre no</p><p>numerador</p><p>- Um coeficiente é sempre calculado para um período de tempo</p><p>especifico e para uma área delimitada.</p><p>População sob risco</p><p>Coeficiente =</p><p>Número de casos</p><p>X constante</p><p>Constante – pode ser qualquer múltiplo de 10, que evite decimais</p><p>e melhor expresse o resultado no final (10n) – escolher de forma</p><p>que o resultado seja expresso com o menor número de casas</p><p>decimais</p><p>Exemplo:</p><p>Coeficiente = 0,00015 = 0,00015 x 105 = 15 / 100 mil habitantes</p><p>Coeficiente = 0,002 = 0,002 x 103 = 2 / 1000 habitantes</p><p>A escolha da constante é</p><p>frequentemente arbitrária, mas em</p><p>geral os especialistas tendem a usar o</p><p>coeficiente 103</p><p>➢ Taxa de Mortalidade Específica por Sexo, Idade ou Causa</p><p>Além do coeficiente geral de mortalidade, é possível calcular a taxa</p><p>de mortalidade específica segundo algumas características da</p><p>população ou do óbito.</p><p>é possível calcular a taxa de mortalidade por sexo, por</p><p>idade ou por causa.</p><p>O cálculo se dá através da seguinte fórmula:</p><p>Óbitos segundo a Classificação Internacional de Doenças (CID – 10a revisão) mortalidade</p><p>proporcional e taxa de mortalidade (por 100.000 hab), por sexo, Santa Catarina, 2010.</p><p>➢ Coeficiente de Mortalidade Infantil</p><p>É uma estimativa do risco de morte a que está exposta uma</p><p>população de nascidos vivos em determinada área e período, antes</p><p>de completar o primeiro ano de vida.</p><p>A taxa de mortalidade infantil é calculada por meio da seguinte</p><p>equação:</p><p>A taxa de mortalidade infantil é um dos indicadores mais</p><p>consagrados mundialmente, sendo utilizado, internacionalmente</p><p>como indicador de qualidade de vida e desenvolvimento, por</p><p>expressar a situação de saúde de uma comunidade e as</p><p>desigualdades de saúde entre grupos sociais e regiões.</p><p>Mortalidade Infantil Interpretação</p><p>50 ou mais óbitos / 1000 nascidos vivos Alta</p><p>20 - 49 óbitos / 1000 nascidos vivos Média</p><p>Abaixo de 20 óbitos / 1000 nascidos vivos Baixa</p><p>Interpretação do coeficiente de mortalidade:</p><p>Há consistente tendência de redução da mortalidade infantil em todas as</p><p>regiões brasileiras, o que reflete a melhoria nas condições de vida, o</p><p>declínio da fecundidade e o efeito de intervenções públicas nas áreas de</p><p>saúde, saneamento e educação da mãe, entre outros aspectos. Ainda</p><p>assim, os valores médios continuam elevados, sobretudo na região</p><p>Nordeste.</p><p> O risco de morte não é constante ao longo do primeiro ano de vida,</p><p>sendo uma função decrescente conforme</p><p>a idade avança. Por este</p><p>motivo, ele é subdividido em dois componentes, denominados</p><p>neonatal e pós-neonatal.</p><p> O período neonatal compreende as quatro primeiras semanas de</p><p>vida do recém nascido. O coeficiente de mortalidade neonatal indica</p><p>o risco de uma criança nascida viva morrer entre 0 e 27 dias de vida.</p><p>O período neonatal pode ser subdividido em:</p><p>- Neonatal precoce: corresponde à primeira semana de vida (0 a 6</p><p>dias de vida)</p><p>- Neonatal tardio: corresponde às três semanas seguintes</p><p> O coeficiente de mortalidade pós-neonatal estima o risco de um</p><p>nascido vivo morrer dos 28 aos 364 dias de vida.</p><p> Conforme melhora o nível de desenvolvimento de uma região, a</p><p>mortalidade infantil diminui e os óbitos tendem a se concentrar</p><p>próximos ao período neonatal (entre 0 e 27 dias de vida).</p><p>- As causas da mortalidade no período neonatal se relacionam com</p><p>as condições da gestação e do parto, sendo particularmente</p><p>influenciadas pela qualidade da assistência ao pré-natal e ao parto.</p><p>- Quanto mais próximas do momento do nascimento (período</p><p>neonatal precoce, de 0 a 6 dias de vida), mais forte será a influência</p><p>das condições de nascimento (especialmente peso ao nascer e idade</p><p>gestacional) e da assistência neonatal para a sobrevivência infantil</p><p> Já as causas da mortalidade no período pós-neonatal, cujos</p><p>principais exemplos são a diarreia e a pneumonia, relacionam-se</p><p>com as condições socioeconômicas e ambientais, sobretudo</p><p>nutrição e agentes infecciosos.</p><p>➢ Coeficiente de Mortalidade Materna</p><p>- É considerada morte materna o óbito de mulher em idade fértil</p><p>devido a complicações da gestação, do parto e do puerpério.</p><p> “morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias</p><p>após o término da gestação, independentemente da duração ou da</p><p>localização da gravidez, devido a qualquer causa relacionada com ou</p><p>agravada pela gravidez ou por medidas em relação a ela, porém não</p><p>devida a causas acidentais ou incidentais.” (ORGANIZAÇÃO</p><p>MUNDIAL DE SAÚDE, 1998, p. 143).</p><p>O coeficiente de mortalidade materna é calculado através da</p><p>seguinte equação:</p><p>O número de nascidos vivos é utilizado no denominador da razão de</p><p>mortalidade materna como uma estimativa da população de gestantes expostas</p><p>ao risco de morte por causas maternas. Isso ocorre porque não existe no país a</p><p>informação sistematizada sobre o número total de gestantes, apenas de</p><p>nascidos vivos. Puerpério é o período que vai do nascimento até 42 dias após o</p><p>parto.</p><p>- Reflete a qualidade da atenção à saúde da mulher. Taxas elevadas</p><p>de mortalidade materna estão associadas à insatisfatória prestação</p><p>de serviços de saúde a esse grupo, desde o planejamento familiar e</p><p>a assistência pré-natal, até a assistência ao parto e ao puerpério.</p><p> A mortalidade materna é considerada evitável pelo</p><p>adequado acompanhamento da gestação e do parto.</p><p>Distribuição do total de óbitos (B) de covid-19 entre os 20 países com maior</p><p>número de casos</p><p>Semana Epidemiológica 8 (21 a 27/2/2021)</p><p>Distribuição dos coeficientes de mortalidade (B) (por 1 milhão de habitantes) de</p><p>covid-19 entre os 20 países com populações acima de 1 milhão de habitantes</p><p>Bibliografia utilizada:</p><p>Epidemiologia & saúde : fundamentos, métodos, aplicações /</p><p>Naomar de Almeida Filho, Mauricio Lima Barreto. - Rio de Janeiro :</p><p>Guanabara Koogan, 2011.</p><p>Capítulo 10</p>

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