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<p>PATOFISIOLOGIA DA INFLAMAÇÃO</p><p>2</p><p>Faculdade de Minas</p><p>Sumário</p><p>NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 4</p><p>INFLAMAÇÃO ................................................................................................. 5</p><p>1.1 CAUSAS DA INFLAMAÇÃO .................................................................. 7</p><p>2. INFLAMAÇÃO AGUDA ................................................................................ 7</p><p>2.1 ALTERAÇÕES VASCULARES .............................................................. 8</p><p>2.2 EVENTOS CELULARES (EXTRAVASAMENTO DE LEUCÓCITOS E</p><p>FAGOCITOSE) ..................................................................................................... 11</p><p>2.3 MARGINAÇÃO, ROLAMENTO, ADESÃO E TRANSMIGRAÇÃO</p><p>LEUCOCITÁRIA ................................................................................................... 12</p><p>2.4 QUIMIOTAXIA ...................................................................................... 14</p><p>2.5 ATIVAÇÃO LEUCOCITÁRIA ................................................................ 15</p><p>2.6 FAGOCITOSE ...................................................................................... 15</p><p>3. INFLAMAÇÃO CRÔNICA .......................................................................... 16</p><p>3.1 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO INFLAMATÓRIO CRÔNICO .. 17</p><p>3.2 CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA ............................................... 18</p><p>3.3 INFILTRADO CELULAR MONONUCLEAR ......................................... 19</p><p>4. MEDIADORES QUÍMICOS DA INFLAMAÇÃO DERIVADOS DE CÉLULAS</p><p>22</p><p>4.1 MEDIADORES QUÍMICOS DA INFLAMAÇÃO DERIVADOS DO</p><p>PLASMA SANGUÍNEO ......................................................................................... 25</p><p>5. FASES DA INFLAMAÇÃO ......................................................................... 27</p><p>SINAIS CARDINAIS ............................................................................... 28</p><p>6. RESULTADO DA INFLAMAÇÃO ............................................................... 29</p><p>3</p><p>Faculdade de Minas</p><p>7. CONCLUSÃO ............................................................................................ 30</p><p>8. REFERÊNCIAS ........................................................................................ 30</p><p>4</p><p>Faculdade de Minas</p><p>NOSSA HISTÓRIA</p><p>A nossa história inicia-se com a ideia visionária e da realização do sonho de</p><p>um grupo de empresários na busca de atender à crescente demanda de cursos de</p><p>Graduação e Pós-Graduação. E assim foi criado o Instituto, como uma entidade capaz</p><p>de oferecer serviços educacionais em nível superior.</p><p>O Instituto tem como objetivo formar cidadão nas diferentes áreas de</p><p>conhecimento, aptos para a inserção em diversos setores profissionais e para a</p><p>participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e assim, colaborar na sua</p><p>formação continuada. Também promover a divulgação de conhecimentos científicos,</p><p>técnicos e culturais, que constituem patrimônio da humanidade, transmitindo e</p><p>propagando os saberes através do ensino, utilizando-se de publicações e/ou outras</p><p>normas de comunicação.</p><p>Tem como missão oferecer qualidade de ensino, conhecimento e cultura, de</p><p>forma confiável e eficiente, para que o aluno tenha oportunidade de construir uma</p><p>base profissional e ética, primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no</p><p>atendimento e valor do serviço oferecido. E dessa forma, conquistar o espaço de uma</p><p>das instituições modelo no país na oferta de cursos de qualidade.</p><p>5</p><p>Faculdade de Minas</p><p>INFLAMAÇÃO</p><p>A inflamação ou processo inflamatório é uma reação do organismo a uma</p><p>infecção ou lesão dos tecidos. Em um processo inflamatório a região atingida fica</p><p>avermelhada e quente. Isso ocorre devido a um aumento do fluxo de sangue e demais</p><p>líquidos corporais migrados para o local. Na área inflamada também ocorre o acúmulo</p><p>de células provenientes do sistema imunológico (leucócitos, macrófagos e linfócitos),</p><p>com dor localizada mediada por certas substâncias químicas produzidas pelo</p><p>organismo. No processo, os leucócitos destroem o tecido danificado e enviam sinais</p><p>aos macrófagos, que ingerem e digerem os antígenos e o tecido morto. Em algumas</p><p>doenças esse processo pode apresentar caráter destrutivo.</p><p>O processo inflamatório caracteriza-se como um mecanismo de defesa do organismo,</p><p>e esta defesa constitui na ação de destruir (fagocitar), diluir (plasma extravasado) e</p><p>isolar (malha de fibrina) o agente agressor, além de que inicia o processo reparativo</p><p>de cicatrização e regeneração deste tecido que foi lesionado. A inflamação pode</p><p>lesar o próprio organismo de uma maneira mais nociva que o próprio agente agressor,</p><p>e um exemplo disto é a artrite reumatoide na medicina humana e alguns tipos de</p><p>pneumonia.</p><p>A inflamação pode também ser considerada como parte do sistema imunitário,</p><p>o chamado sistema imune inato, assim denominado por sua capacidade para</p><p>deflagrar uma resposta não-específica contra padrões de agressão previamente e</p><p>geneticamente definidos pelo organismo agredido. Esta definição se contrapõe à da</p><p>imunidade adquirida, ou aquela onde o sistema imune identifica agentes agressores</p><p>específicos segundo seu potencial antigênico. Nesse último caso, o organismo</p><p>precisa entrar em contato com o agressor, identificá-lo como estranho e</p><p>potencialmente nocivo e só então produzir uma resposta.</p><p>6</p><p>Faculdade de Minas</p><p>Com a agressão tecidual se seguem imediatamente fenômenos vasculares</p><p>mediados principalmente pela histamina. O resultado é um aumento localizado e</p><p>imediato da irrigação sanguínea, que se traduz em um halo avermelhado em torno da</p><p>lesão (hiperemia ou rubor). Em seguida tem início a produção local de mediadores</p><p>inflamatórios que promovem um aumento da permeabilidade capilar e também</p><p>quimiotaxia, processo químico pelo qual células polimorfonucleares, neutrófilos e</p><p>macrófagos são atraídos para o foco da lesão. Estas células, por sua vez, realizam a</p><p>fagocitose dos elementos que estão na origem da inflamação e produzem mais</p><p>mediadores químicos, dentre os quais estão as citocinas (como, por exemplo, o fator</p><p>de necrose tumoral e as interleucinas), quimosinas, bradicinina, prostaglandinas e</p><p>leucotrienos. Também as plaquetas e o sistema de coagulação do sangue são</p><p>ativados visando conter possíveis sangramentos. Fatores de adesão são expressos</p><p>na superfície das células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos</p><p>internamente. Estes fatores irão mediar a adesão e a diapedese de monócitos</p><p>circulantes e outras células inflamatórias para o local da lesão.</p><p>Em síntese, todos estes fatores atuam em conjunto, levando aos eventos</p><p>celulares e vasculares da inflamação. Resulta em um aumento do calibre de capilares</p><p>responsáveis pela irrigação sanguínea local, produzindo mais hiperemia e aumento</p><p>da temperatura local (calor). O edema ou inchaço ocorre a partir do aumento da</p><p>permeabilidade vascular aos componentes do sangue, o que leva ao extravasamento</p><p>do líquido intravascular para o espaço intersticial extracelular. A dor, outro sintoma</p><p>característico da inflamação, é causada primariamente pela estimulação das</p><p>terminações nervosas por algumas destas substâncias liberadas durante o processo</p><p>inflamatório, por hiperalgesia (aumento da sensibilidade dolorosa) promovida pelas</p><p>prostaglandinas e pela bradicinina, mas também em parte por compressão</p><p>relacionada ao edema.</p><p>A resposta do organismo a uma agressão, como cortes e batidas é o</p><p>desenvolvimento de uma inflamação. A inflamação pode partir, também, do sistema</p><p>imunológico. Nesse caso, são as nossas células de defesa que agridem o corpo. No</p><p>processo inflamatório, ocorre dilatação dos vasos, aumento do fluxo sanguíneo e de</p><p>7</p><p>Faculdade de</p><p>Minas</p><p>outros fluidos corporais para o local lesionado. Por isso, esse processo causa</p><p>sintomas como: Vermelhidão; Inchaço; Dor e Aquecimento da área.</p><p>A inflamação tem uma importância no organismo do homem pelo fato de alertar</p><p>sobre lesões e alterações inadequadas que acontecem no corpo humano. Dessa</p><p>forma, se não houvesse essa resposta do corpo as infecções iriam evoluir sem</p><p>controle, as queimaduras não iriam cicatrizar sem um cuidado maior, feridas iriam</p><p>permanecer abertas/ ulceradas e não iria acontecer o processo de reparo no corpo.</p><p>1.1 CAUSAS DA INFLAMAÇÃO</p><p>Agentes Biológicos: Bactérias, fungos, protozoários, vírus, etc. (Microrganismo)</p><p>Agentes Químicos: Drogas em geral.</p><p>Reações Imunológicas: Doenças autoimune e Lúpus Eritematoso.</p><p>Agentes Físicos: Queimadura solar, exposição a alta/baixas temperaturas.</p><p>Agentes Mecânicos: Traumatismo em geral. NECROSES: Qualquer tipo de necrose</p><p>tecidual.</p><p>2. INFLAMAÇÃO AGUDA</p><p>Uma resposta inflamatória aguda tem início imediato e dura pouco tempo. Pode</p><p>ser ocasionada por patógenos orgânicos, radiação ionizante, agentes químicos ou</p><p>traumas mecânicos. Os principais sinais da resposta inflamatória aguda estão</p><p>relacionados à resposta vascular com vasodilatação gerando rubor e calor, aumento</p><p>da permeabilidade vascular gerando edema, aumento da pressão tissular causando</p><p>dor (tensão e compressão às terminações nervosas), seguindo-se a perda de função.</p><p>A resposta celular na inflamação aguda é mediada por neutrófilos, basófilos,</p><p>mastócitos, eosinófilos, macrófagos, células dendríticas e epiteliais. Os principais</p><p>mediadores químicos envolvidos na inflamação aguda são bradiquinina,</p><p>fibrinopeptídeos e prostaglandinas; as proteínas do complemento (C3a, C4a e C5a),</p><p>8</p><p>Faculdade de Minas</p><p>que induzem a degranulação local dos mastócitos com libertação de histamina; as</p><p>interleucinas IL-1, IL-6, IL-8 e fator de necrose tumoral TNF-α.</p><p>Assim que ocorre a lesão, as plaquetas liberam proteínas do complemento e</p><p>os mastócitos degranulam liberando histamina e serotonina, fatores que medeiam a</p><p>vasodilatação e o aumento da permeabilidade. Os neutrófilos são os primeiros a</p><p>responder à lesão inflamatória e sua migração para o local é induzida por quimosinas</p><p>(IL-8). Estes neutrófilos fagocitam os patógenos e liberam mediadores que contribuem</p><p>na resposta inflamatória, sendo os mais importantes as quimosinas que atraem os</p><p>macrófagos para o local de inflamação. Os macrófagos, ao serem ativados,</p><p>apresentam fagocitose aumentada e liberação aumentada de mediadores</p><p>(prostaglandinas e leucotrienos) e citocinas (IL-1, IL-6 e TNF-α). São as citocinas</p><p>produzidas pelos macrófagos que atraem os leucócitos. A participação dos eosinófilos</p><p>está mais ligada a infecção por helmintos, assim como a participação dos basófilos</p><p>está mais ligada a alérgenos e parasitas.</p><p>A acumulação de células mortas e micro-organismos, em conjunto com fluidos</p><p>acumulados e várias proteínas, forma o que é conhecido com pus. Mas uma vez que</p><p>a causa da inflamação é removida, a resposta inflamatória cessa e algumas citocinas</p><p>iniciam o processo de cicatrização.</p><p>2.1 ALTERAÇÕES VASCULARES</p><p>Por definição, a inflamação é a resposta de um tecido vivo vascularizado a uma</p><p>agressão. No caso da inflamação aguda, seriam os fenômenos vascular que</p><p>acontecem nas primeiras horas da inflamação. Já que os dois principais mecanismos</p><p>da defesa do hospedeiro contra os microrganismos (anticorpos e leucócitos) se</p><p>encontram normalmente na corrente sanguínea, os fenômenos vasculares</p><p>desempenham um papel de extrema importância na inflamação aguda.</p><p>As alterações vasculares da inflamação aguda acontecem por meio dos seguintes</p><p>fenômenos:</p><p>• Alterações no fluxo e calibre vasculares (alterações hemodinâmicas):</p><p>essas alterações se iniciam logo após a lesão e se desenvolvem em graus</p><p>9</p><p>Faculdade de Minas</p><p>variáveis dependendo da sua gravidade. As alterações são asa seguintes:</p><p>vasodilatação (o que leva ao aumento focal do fluxo sanguíneo, gerando o</p><p>calor e o rubor) induzida por fatores como a histamina, serotonina, leucotrienos</p><p>e neuropeptídio substancia P; aumento da viscosidade sanguínea (devido a</p><p>maior presença de hemácias na região); acúmulo de leucócitos (especialmente</p><p>neutrófilos) na região.</p><p>• Aumento da permeabilidade vascular (extravasamento vascular): o</p><p>aumento da permeabilidade vascular, levando ao extravasamento de fluido rico</p><p>em proteínas (exsudato) para o tecido extravascular, é uma característica</p><p>fundamental da inflamação aguda. A vasodilatação (que aumenta o espaço</p><p>entre as células endoteliais) e a perda de proteínas do plasma (reduzindo a</p><p>pressão osmótica no fluido intravascular e aumento do fluido intersticial) são</p><p>dois fatores que acarretam no extravasamento acentuado de fluido dos vasos,</p><p>levando ao seu acúmulo no interstício, caracterizando o edema.</p><p>10</p><p>Faculdade de Minas</p><p>• Exsudação leucocitária: são os eventos celulares que compõem a inflamação</p><p>aguda. Os leucócitos são as células da linhagem branca sanguínea, ou seja:</p><p>linfócitos, monócitos (que em nível intersticial, passa a ser chamado de</p><p>macrófago), polimorfonucleares (neutrófilos, acidófilos e basófilos). A primeira</p><p>célula a se envolver no processo inflamatório agudo é o polimorfonuclear</p><p>neutrófilo.</p><p>11</p><p>Faculdade de Minas</p><p>2.2 EVENTOS CELULARES (EXTRAVASAMENTO DE</p><p>LEUCÓCITOS E FAGOCITOSE)</p><p>Uma das funções mais essenciais da inflamação é o encaminhamento de</p><p>leucócitos à área lesada e a ativação que desempenham suas funções normais de</p><p>defesa do hospedeiro. A sequência de eventos na jornada dos leucócitos do lúmen</p><p>vascular para o tecido intersticial (extravasamento ou exsudação leucocitária:</p><p>mecanismo pelo qual os polimorfonucleares deixam o capilar para atingir o foco</p><p>inflamatório), pode ser dividida nas seguintes etapas:</p><p>1. No lúmen, por meio da emissão de moléculas sinalizadoras pelas células</p><p>endoteliais, os polimorfonucleares passam pelas seguintes etapas: marginação,</p><p>rolamento (processo induzido pelas selectinas, que garantem uma maior eficácia</p><p>neste processo) e adesão ao endotélio (mediado pelas integrinas). Vale salientar que</p><p>o endotélio vascular normalmente não prende as células circulantes nem impede sua</p><p>passagem. Porém, na inflamação, o endotélio precisa ser ativado para permitir que</p><p>ele se ligue aos leucócitos, sendo este o passo inicial para que depois ele s saiam do</p><p>s vasos;</p><p>2. Transmigração (diapedese) através do endotélio;</p><p>12</p><p>Faculdade de Minas</p><p>3. Migração nos tecidos intersticiais em direção ao estímulo quimiotático</p><p>2.3 MARGINAÇÃO, ROLAMENTO, ADESÃO E</p><p>TRANSMIGRAÇÃO LEUCOCITÁRIA</p><p>No sangue que flui normalmente através das vênulas, os eritrócitos estão</p><p>confinados a uma coluna axial central, deslocando os leucócitos na direção da parede</p><p>vascular. Como logo no início da inflamação ocorre uma diminuição da velocidade</p><p>do fluxo sanguíneo (estas e), as condições hemodinâmicas mudam e aumenta o</p><p>número de leucócitos na periferia do fluxo, próximo à superfície vascular. Esse</p><p>processo de acúmulo dos leucócitos é chamado de marginação. Subsequentemente,</p><p>os leucócitos, inicialmente uma pequena quantidade seguida de um grande aumento</p><p>desse número, vão rolando aos saltos pelo endotélio, aderindo transitoriamente a ele</p><p>(processo chamado de rolamento) e finalmente param em um determinado ponto,</p><p>onde aderem firmemente (processo chamado de adesão). O endotélio pode ficar</p><p>virtualmente coberto de leucócitos, o que é chamado de pavimentação. A adesão</p><p>leucocitária e a transmigração são reguladas principalmente pela ligação de</p><p>moléculas de adesão complementares no leucócito e na superfície endotelial, e pelos</p><p>13</p><p>Faculdade de Minas</p><p>mediadores químicos (quimiotaxias e determina das citocinas) que afetam esses</p><p>processos modulando</p><p>a expressão na superfície ou a avidez dessas moléculas de</p><p>adesão. Os receptores de adesão envolvidos pertencem a quatro famílias</p><p>moleculares: as selectinas (P-selectina, E-selectina); a superfamília das</p><p>imunoglobulinas (IC AM-1 e VCAM-1); as integrinas (glicoproteínas como a Mac-1 e</p><p>VLA-4); e as glicoproteínas semelhante s à mucina (como o heparan sulfato). As</p><p>figuras abaixo representam o processo.</p><p>14</p><p>Faculdade de Minas</p><p>2.4 QUIMIOTAXIA</p><p>Após o extravasamento, os leucócitos migram nos tecidos em direção ao local</p><p>da lesão por um processo chamado de quimiotaxia, cuja definição mais simples é a</p><p>locomoção ao longo de um gradiente químico gerado por mediadores produzidos n o</p><p>processo inflamatório. Tanto substancias exógenas quanto endógenas podem agir</p><p>como quimiotáticos. Os a gentes exógenos mais comuns são os produtos bacterianos</p><p>(como os peptídeos que possuem o N-for mil-metionina terminal; outros são de</p><p>natureza lipídica). Agentes quimiotáticos endógenos, que serão abordados</p><p>detalhadamente mais adiante, incluem vários mediadores químicos, como:</p><p>componentes do sistema complemento (ver OB S³ mais adiante), especialmente o</p><p>C5a e C3a; produtos da via da lipoxigenase, especialmente o leucotrieno B4 (LT</p><p>B4); e citocinas, especialmente as que pertencem à família das quimiocinas (como o</p><p>IL- 8, por exemplo). Todos os agentes quimiotáticos mencionados se unem a</p><p>receptores específicos ligados à proteína G (GPCR s), que atravessam a membrana</p><p>sete vezes, na superfície dos leucócitos. Os sinais iniciados por esses receptores</p><p>resultam no recrutamento das proteínas G e na ativação de várias moléculas efetoras,</p><p>15</p><p>Faculdade de Minas</p><p>incluindo a fosfolipase C (PLCγ) e a fosfoino sitol-3 cinase (PI3K). A PLCγ e a PI3K</p><p>atuam no fosfolipídio inositol da membrana e geram mensageiro s lipídicos</p><p>secundários que aumenta o cálcio citosólico e ativam pequenas GTPases (da família</p><p>Rac/Rho/c dc42), responsáveis, entre outras funções, por induzir a polimerização da</p><p>actina do citoesqueleto celular. Desta maneira, os leucócitos são capazes de se</p><p>locomover estendendo pseudópodes até o foco inflamatório</p><p>2.5 ATIVAÇÃO LEUCOCITÁRIA</p><p>Microrganismos, produtos de células necróticas, complexos antígeno-</p><p>anticorpo e citocinas, incluindo os fatores quimiotáticos, induzem várias respostas nos</p><p>leucócitos que são parte de suas unções de defesa (neutrófilo e Monócito/macrófago)</p><p>e são incluídos sob a rubrica de ativação linfocitária. A ativação leucocitária resulta</p><p>de várias vias de sinalização iniciadas nos leucócitos, gerando um aumento na</p><p>concentração de Ca2+no citosol e na ativação de enzimas como a proteíno-cinase C</p><p>e a fosfolipase A2. As respostas funcionais induzidas na ativação dos leucócitos</p><p>incluem:</p><p>• Produção de metabólitos do ácido araquidônico (resultante da ativação da</p><p>fosfolipase A2 e do cálcio intracelular);</p><p>• Desgranulação e secreção de enzimas lisossomais e ativação do surto</p><p>oxidativo;</p><p>• Secreção de citocinas, que amplificam e regulam as reações inflamatórias;</p><p>• Modulação das moléculas de adesão leucocitárias.</p><p>2.6 FAGOCITOSE</p><p>A fagocitose e a liberação de enzimas pelos neutrófilos e macrófagos são</p><p>responsáveis pela eliminação de agentes nocivos, constituindo, assim, dois dos</p><p>maiores benefícios derivados do acúmulo de leucócitos no foco inflamatório. A</p><p>fagocitose envolve três etapas distintas, mas relacionadas entre si:</p><p>• Reconhecimento e ligação: apesar de os neutrófilos e os macrófagos serem</p><p>capazes de capturar bactérias e materiais estranhos sem a ligação de receptores</p><p>específicos, a fagocitose de microrganismos e células mortas é tipicamente iniciada</p><p>16</p><p>Faculdade de Minas</p><p>pelo reconhecimento das partículas por receptores expressos na superfície dos</p><p>leucócitos (como os receptores de manose, açúcar que constitui moléculas</p><p>encontradas na parede celular das bactérias). A eficácia da fagocitose é extrema</p><p>mente aumentada quando o organismo está opsonizado por proteínas específicas</p><p>(opsoninas, como o C5a e C3a) para as quais as células fagocitárias expressam</p><p>receptores de alta afinidade.</p><p>• Captura: a ligação de uma partícula ao receptor de um leucócito fagocitário inicia</p><p>o processo de fagocitose: extensões do citoplasma (pseudópodes) se estendem em</p><p>torno da partícula até engolfá-la em um fagossomo criado pela membrana plasmática</p><p>da célula.</p><p>• Morte e degradação: a destruição do microrganismo é desempenhada em grande</p><p>parte por mecanismos dependentes de oxigênio. A fagocitose estimula o surto de</p><p>consumo de oxigênio, glicogenólise, aumento da oxidação da glicose e a produção</p><p>de intermediários reativos do oxigênio (espécies reativas do O2). Depois que os</p><p>microrganismos são mortos, eles são degradados dentro dos fagolisossomos pelas</p><p>hidrolases armazenadas nos lisossomos</p><p>3. INFLAMAÇÃO CRÔNICA</p><p>Se o agente causador da inflamação aguda persistir dá-se início ao processo</p><p>de inflamação crônica. Este processo pode durar vários dias, meses ou anos. A</p><p>inflamação crônica é caracterizada pela ativação imune persistente com presença</p><p>dominante de macrófagos no tecido lesionado. Os macrófagos liberam mediadores</p><p>que, a longo prazo, tornam-se prejudiciais não só para o agente causador da</p><p>inflamação, mas também para os tecidos da pessoa. Como consequência, a</p><p>inflamação crônica é quase sempre acompanhada pela destruição de tecidos. Entre</p><p>os processos inflamatórios crônicos conhecidos estão: artrite, asma e processos</p><p>alérgicos, alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares, síndromes intestinais,</p><p>doença celíaca e diabetes.</p><p>https://www.infoescola.com/cardiologia/doencas-do-coracao/</p><p>17</p><p>Faculdade de Minas</p><p>A inflamação crônica é considerada um tipo de inflamação prolongada</p><p>(semanas ou meses de pois da instalação da inflamação aguda) na qual a destruição</p><p>tissular e a tentativa de reparar os danos o correm simultaneamente. Para se</p><p>entender a instalação da chamada fase crônica da inflamação, devemos descrever</p><p>os possíveis destinos do processo inflamatório agudo:</p><p>• Resolução completa</p><p>• Cicatrização pela substituição do tecido conjuntivo</p><p>• Formação de abscesso (coleção localizada de secreção purulenta, constituída</p><p>de tecido destruído, células inflamatórias e bactérias piogênicas)</p><p>• Progressão tecidual a inflamação crônica. Isso pode se seguir à inflamação</p><p>aguda, ou a reposta pode ser crônica praticamente desde o início. A transição</p><p>de aguda para crônica ocorre quando não há um a resolução da resposta</p><p>inflamatória aguda de vido à persistência do agente nocivo ou a alguma</p><p>interferência com o processo normal de cicatrização.</p><p>• Apesar de poder ser a continuação de um a inflamação aguda, como descrito</p><p>anteriormente, a inflam ação crônica frequentem ente começa de maneira</p><p>insidiosa com o uma reação pouco intensa, geral mente assintomática. Este</p><p>último tipo de inflamação crônica é a causa de dano tecidual em algumas das</p><p>doenças humanas mais comuns e debilitante s, como a artrite reumatoide,</p><p>aterosclerose, tuberculose e as doenças pulmonares crônicas.</p><p>3.1 CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO INFLAMATÓRIO</p><p>CRÔNICO</p><p>Enquanto que o processo inflamatório agudo se caracteriza por e ventos</p><p>vasculares, formação de edema e presença marcante de neutrófilos no foco</p><p>inflamatório, o processo inflamatório crônico apresenta particularidades que divergem</p><p>da inflamação aguda:</p><p>• É desencadeado por um processo inflamatório agudo prévio não eficiente, de</p><p>modo que o agente agressor ainda persista, desencadeando os mediadores</p><p>que pro movem a instalação da inflamação crônica;</p><p>18</p><p>Faculdade de Minas</p><p>• Os focos inflamatórios são caracterizados por infiltrados celulares</p><p>mononucleares: linfócitos, macrófagos (chegam com cerca de 24 – 48h depois</p><p>de instalado o processo inflamatório) e plasmócitos. Os</p><p>eosinófilos,</p><p>mastócitos e neutrófilos só surgem caso o agente agressor persista no</p><p>processo lesivo. As concentrações de neutrófilos são muito menores quando</p><p>comparadas à s da inflamação aguda;</p><p>• Proliferação de fibroblastos e vasos sanguíneos (angiogênese);</p><p>• Aumento do tecido conjuntivo com deposição de colágeno e tecido fibrosado;</p><p>• Destruição tissular: o processo inflamatório, a o tentar debelar o agente</p><p>agressor, passa a d estruir por meio de suas enzimas o tecido da região onde</p><p>o processo se instalou.</p><p>• É um processo específico (diferentemente da inflamação aguda que, mais</p><p>primitiva filogeneticamente, é inespecífica) e mais sofisticado (envolvendo</p><p>apresentações antigênicas e mais outras reações características da resposta</p><p>imune adaptativa).</p><p>3.2 CAUSAS DA INFLAMAÇÃO CRÔNICA</p><p>A inflamação crônica s urge nas seguintes situações:</p><p>• Nas infecções persistentes por determinados microrganismos, como o bacilo</p><p>da tuberculose, o Treponema pallidum (causador da sífilis) e deter minados</p><p>vírus, fungos e para sitas.</p><p>• A exposição prolongada a agentes potencialmente tóxicos e nocivos, sejam</p><p>eles endógeno s ou exógenos. Um exemplo de agente exógeno é a sílica,</p><p>material não-degradável que, quando inalado por longos períodos, causa uma</p><p>doença pulmonar inflamatória conhecida como silicose. A aterosclerose é</p><p>considerada um a doença inflamatória crônica da parede arterial induzida por</p><p>componentes endógenos (lipídios tóxicos do plasma).</p><p>• Auto-imunida de (Como é o caso das doenças autoimunes). Nessas doenças,</p><p>os auto-antígenos desencadeiam uma reação imunológica que se</p><p>autoperpetua, causando lesão tecidual e inflamação crônicas. Como exemplo:</p><p>artrite reumatoide e os lúpus eritematoso.</p><p>19</p><p>Faculdade de Minas</p><p>3.3 INFILTRADO CELULAR MONONUCLEAR</p><p>O macrófago é a célula dominante na inflamação crônica (enquanto que na</p><p>inflamação aguda, é o polimorfonuclear neutrófilo), sendo acompanhado, logo então,</p><p>por linfócitos e plasmócitos.</p><p>MACRÓFAGOS</p><p>Os macrófagos são um dos componentes do sistema fagocitário mononuclear.</p><p>Este consiste de células intimamente relaciona das que se originam na medula</p><p>óssea, incluindo monócitos sanguíneos e macrófagos tissulares. De uma forma geral,</p><p>os monócitos e os macrófagos são a mesma célula, porém os monócitos estão</p><p>localizados no sangue, a o passo em que os macrófagos, nos tecido s: os macrófagos</p><p>são derivados dos monócitos do sangue periférico que foram induzidos a migrar</p><p>através do endotélio por agentes químicos (C5a, fibrinopeptídios, citocinas, FCDP –</p><p>fator de crescimento derivado de plaquetas, etc).</p><p>Eles estão difusamente espalhados no tecido conjuntivo ou localizados em</p><p>órgãos como o fígado (células de Kupffer), baço, linfonodos, sistema nervoso central</p><p>(micróglia), alvéolos pulmonares e ossos (osteoclastos). A meia vida dos monócitos</p><p>sanguíneos é de cerca de 1 dia, enquanto um macrófago tissular sobrevive por vários</p><p>meses ou anos.</p><p>Como discutido anteriormente, os monócitos começam a migrar para os</p><p>tecidos extravasculares logo no início da inflamação aguda e, em 48 horas, podem</p><p>constituir o tipo celular predominante. O extravasamento dos monócitos também é</p><p>governado por moléculas de adesão e mediadores químicos quimiotáticos e de</p><p>ativação. Quando o monócito chega ao tecido extra vascular, transforma- se em uma</p><p>célula fagocitária maior, o macrófago.</p><p>Os macrófagos podem ser ativados por uma variedade de estímulos,</p><p>incluindo as citocinas (INF-γ, por exemplo) secretadas pelos linfócitos T ativados e</p><p>pelas células NK. Os macrófagos ativados secretam uma variedade de produtos</p><p>biologicamente ativos que, se não controlados, resultam na lesão tecidual e fibrose</p><p>20</p><p>Faculdade de Minas</p><p>características da inflamação crônica. Estes produtos agentes nocivos como os</p><p>microrganismos e iniciam o processo de reparação, além de serem responsáveis por</p><p>boa parte da lesão tecidual na inflamação crônica (uma vez que a destruição</p><p>tecidual é uma das principais características da inflamação crônica).</p><p>LINFÓCITOS</p><p>Os linfócitos são mobiliza dos tanto nas reações imunológicas humorais quanto</p><p>celulares, e até mesmo nas reações inflamatórias não-imunológica. Em algumas</p><p>reações inflamatórias crônicas intensas, o acúmulo de linfócitos, plasmócitos e células</p><p>apresentadoras de antígenos pode as sumir as características morfológicas dos</p><p>órgãos linfóides, especialmente dos linfonodos, até mesmo com centros germinativos</p><p>bem desenvolvidos. Esse padrão de organogêne se linfóide é geralmente vista na</p><p>sinóvia de paciente com atrite reumatóide de longa duração. Os linfócitos e</p><p>macrófagos interagem de maneira bidirecional e essas reações desempenham um</p><p>papel importante na inflamação crônica. Os macrófagos apresentam os antígenos</p><p>via MHC aos linfócitos T e produzem citocinas (como a IL-1 2) que estimulam a</p><p>resposta que será desencadeada por est as células T. Os linfócitos ativados</p><p>produzem citocinas e uma delas, o IFN- γ, é o principal ativador dos macrófagos.</p><p>PLASMÓCITOS</p><p>Os plasmócitos são células originadas da diferenciação dos linfócitos B.</p><p>Naquela forma, a célula é capaz de secretar anticorpos que agem como opsoninas</p><p>para auxiliar o reconhecimento e fagocitose do microrganismo que persiste no</p><p>estímulo nocivo. O plasmócito representa uma das principais células da inflamação</p><p>crônica. Seu núcleo é excêntrico (chamado pelos citologistas como em roda de</p><p>carroça), com cito plasma basófilo e um complexo de Golgi bastante desenvolvido</p><p>que aparece nos cortes histológicos como um halo claro próximo a o núcleo. É</p><p>muito comum nas conhecidas osteomielites crônicas.</p><p>EOSINÓFILOS</p><p>Os eosinófilos são abundantes nas reações imunológicas mediadas pela IgE</p><p>e nas infecções parasitárias. Eles possuem grânulos que contêm proteína básica</p><p>21</p><p>Faculdade de Minas</p><p>principal, uma proteína altamente catiônica que é tóxica para os parasitas mas</p><p>também causa lise das células epiteliais dos mamíferos.</p><p>MASTÓCITOS</p><p>Os mastócitos estão ampla mente distribuídos no tecido conjuntivo e</p><p>participam tanto da reação inflamatória aguda quanto da crônica. Elas expressam</p><p>na superfície o receptor que liga a porção Fc da IgE (FcεRI). Nas reações agudas,</p><p>IgE ligada aos receptores Fc das células reconhece os antígenos de maneira</p><p>específica e as células sofrem de granulação e liberam mediadores, como a</p><p>histamina e os produtos da oxidação do ácido araquidônico. Esse tipo de resposta</p><p>ocorre durante as reações anafilática s a alimentos, picada d e insetos ou drogas.</p><p>Tabela comparativa da inflamação aguda e crônica</p><p>OBS: Dependendo de modificações no agente agressor ou na capacidade de</p><p>resposta do hospedeiro, a inflamação aguda pode cronificar ou a inflamação crônica</p><p>pode agudizar. Existem situações aonde são observadas características de ambas e,</p><p>portanto, são denominadas de inflamação crônica com agudização.</p><p>22</p><p>Faculdade de Minas</p><p>4. MEDIADORES QUÍMICOS DA INFLAMAÇÃO DERIVADOS</p><p>DE CÉLULAS</p><p>Os mediadores químicos da inflamação derivados de células podem estar pré-</p><p>formados em grânulos no interior das células, ou então, podem ser sintetizados</p><p>localmente no sítio da inflamação quando há um estímulo.</p><p>Dentre as células capazes de produzir e liberar diferentes mediadores</p><p>químicos no local da inflamação estão os macrófagos teciduais, os mastócitos, as</p><p>células endoteliais, os leucócitos recrutados da corrente sanguínea em direção ao</p><p>sítio da inflamação.</p><p>Este grupo de mediadores químicos influi as aminas vasoativas (histamina e</p><p>serotonina) os metabólitos do ácido araquidônico (prostaglandinas, leucotrienos e</p><p>lipoxinas), as citocinas (fator de necrose tumoral, interleucina-1 e quimiocinas), as</p><p>espécies reativas do oxigênio (ERO), o óxido nítrico (NO), as enzimas lisossômicas</p><p>dos leucócitos e os neuropeptídeos (substância P).</p><p>AMINAS VASOATIVAS</p><p>São duas as aminas vasoativas: histamina e serotonina. Ambas encontram-se</p><p>pré-formadas em grânulos citoplasmáticos de células.</p><p>A histamina é sintetizada por diferentes tipos celulares, especialmente pelos</p><p>mastócitos adjacentes aos vasos, pelos basófilos e plaquetas circulantes. Esse</p><p>mediador é liberado das células em resposta a um estímulo, como lesão física,</p><p>reações imunes e na presença de outros mediadores químicos, como citocinas,</p><p>anafilatoxinas e neuropeptídeos. Esta molécula leva à dilatação arteriolar,</p><p>aumentando a permeabilidade do vaso e, consequentemente, facilitando a saída de</p><p>leucócitos para o sítio inflamatório.</p><p>A serotonina, também chamada de 5-hidroxitriptamina, apresenta efeitos</p><p>similares aos da histamina. É encontrado primariamente em grânulos plaquetários e</p><p>liberada durante a agregação das plaquetas.</p><p>METABÓLITOS DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO (AA)</p><p>23</p><p>Faculdade de Minas</p><p>Os metabólitos do ácido araquidônico, também chamados de eicosanoides,</p><p>podem mediar, praticamente, cada etapa do processo inflamatório agudo. Sua</p><p>produção é intensificada nos locais da resposta inflamatória. As principais células</p><p>fontes de metabólitos do AA na inflamação são os leucócitos, mastócitos, células</p><p>endoteliais e plaquetas.</p><p>São formados por duas vias principais:</p><p>• Via da ciclooxigenase: esta via resulta na produção de prostaglandinas,</p><p>prostaciclinas e tromboxano. As duas primeiras levam à vasodilatação, inibição</p><p>da agregação plaquetária e estão envolvidas na patogenia da dor e febre no</p><p>processo inflamatório. O último está relacionado com o processo de</p><p>coagulação, uma vez que leva à vasoconstrição e promove a agregação</p><p>plaquetária.</p><p>• Via da lipoxigenase: resulta na produção de leucotrienos e lipoxinas. Os</p><p>primeiros são produzidos por neutrófilos e alguns macrófagos, sendo</p><p>quimiotático para neutrófilos, além de causar broncoespasmo, vasodilatação e</p><p>aumento da permeabilidade vascular. As lipoxinas funcionam basicamente</p><p>como inibidores da inflamação, ou seja, atuando como antagonistas</p><p>endógenos dos leucotrienos, uma vez que inibem a adesão leucocitária no</p><p>endotélio vascular e, consequentemente, a migração dessas células ao sítio</p><p>inflamatório.</p><p>FATOR DE ATIVAÇÃO PLAQUETÁRIA (FAP)</p><p>Este mediador químico é derivado dos fosfolipídeos de membrana de</p><p>neutrófilos, monócitos, basófilos, células endoteliais e plaquetas, dentre outras,</p><p>atuando diretamente sobre as células-alvo. Atua estimulando as plaquetas, causam</p><p>vasoconstrição e broncoconstrição.</p><p>O FAP pode promover a maior parte das reações inflamatórias, englobando o</p><p>aumento de adesão dos leucócitos, a quimiotaxia, a degranulação leucocitária e os</p><p>surtos oxidativo, além de estimular a produção de outros mediadores químicos,</p><p>especialmente, os eicosanoides.</p><p>CITOCINAS</p><p>24</p><p>Faculdade de Minas</p><p>Consistem em polipeptídeos sintetizados por diferentes tipos celulares, que</p><p>estão envolvidas na resposta inflamatória imune inata a estímulos nocivos e nas</p><p>respostas imunes adaptativas aos microrganismos.</p><p>As principais citocinas envolvidas na resposta inflamatória aguda são:</p><p>• Fator de necrose tumoral (TNF) e interleucina-1 (IL-1): sintetizados por</p><p>macrófagos ativados, mastócitos, células endoteliais, dentre outras células.</p><p>Necessitam de um estímulo para serem liberadas, como endotoxinas</p><p>bacterianas, imunocomplexos e produtos dos linfóticos T gerados durante as</p><p>respostas imunes. O principal papel destes mediadores químicos é a ativação</p><p>endotelial.</p><p>• Quimiocinas: atuam primariamente como quimioatraentes para diversos</p><p>leucócitos para o local da inflamação. Esta citocina ativa os leucócitos,</p><p>aumentando a afinidade das integrinas presentes na superfície dessas células</p><p>e das células endoteliais.</p><p>ESPÉCIES REATIVAS DO OXIGÊNIO (ERO)</p><p>São enzimas sintetizadas através da via NADPH-oxidase, sendo liberadas dos</p><p>macrófagos ativados e neutrófilos na presença de estímulos como bactérias,</p><p>imunocomplexos, citocinas e diversos estímulos inflamatórios.</p><p>Quando produzidos no interior dos lisossomos dos neutrófilos e macrófagos,</p><p>atuam destruindo microrganismos fagocitados e células necróticas. Quando liberados</p><p>das células em baixos níveis podem aumentar a expressão das moléculas de adesão</p><p>e citocinas, amplificando, deste modo, a cascata de mediadores químicos. Quando</p><p>em concentrações maiores, esses mediadores podem levar à lesão endotelial e de</p><p>outros tipos de células.</p><p>ÓXIDO NÍTRICO (NO)</p><p>O NO consiste em um gás radical livre, solúvel, de curta duração, sintetizado</p><p>por diferentes tipos de células. Os macrófagos usam o NO como um metabólito</p><p>citotóxico, visando destruir microrganismos e células neoplásicas. Quando</p><p>sintetizados pelas células endoteliais, levam ao relaxamento do músculo liso dos</p><p>vasos e consequente vasodilatação.</p><p>25</p><p>Faculdade de Minas</p><p>Dentre suas funções na inflamação estão:</p><p>• Relaxamento do músculo liso vascular;</p><p>• Antagonismo a todos os estágios da ativação plaquetária,</p><p>• Diminuição do recrutamento de leucócitos para os sítios inflamatórios;</p><p>• Agente microbicida em macrófagos ativados.</p><p>ENZIMAS LISOSSÔMICAS DOS LEUCÓCITOS</p><p>Os neutrófilos e os monócitos possuem grânulos nos quais estão contidas</p><p>muitas moléculas que participam do processo inflamatório agudo. Costumam ser</p><p>liberados após a morte dessas células, bem como por extravasamento durante a</p><p>formação do fagossomo, ou durante as tentativas frustradas de fagocitar superfícies</p><p>grandes.</p><p>As enzimas lisossômicas mais importantes são:</p><p>• Proteases ácidas: possuem pH ótimo e normalmente são ativas somente no</p><p>interior dos fagolisossomos.</p><p>• Proteases neutras: costumam ser ativas na matriz extracelular e levam à lesão</p><p>destrutiva e deformante por degradarem elastina, colágeno e membrana basal.</p><p>NEUROPEPTÍDEOS</p><p>Consistem em diminutas proteínas, capazes de iniciar as respostas</p><p>inflamatórias. Um exemplo é a substância P, responsável por transmitir os sinais</p><p>dolorosos, regular os tônus do vaso sanguíneo e modular a permeabilidade vascular.</p><p>As fibras nervosas que liberam neuropeptídios são abundantes no pulmão e trato</p><p>gastrointestinal.</p><p>4.1 MEDIADORES QUÍMICOS DA INFLAMAÇÃO</p><p>DERIVADOS DO PLASMA SANGUÍNEO</p><p>Os mediadores químicos da inflamação derivados do plasma sanguíneo são,</p><p>na sua maior parte, sintetizados no fígado e encontram-se circulando no plasma, na</p><p>sua forma inativa, sendo ativados no sítio da inflamação.</p><p>26</p><p>Faculdade de Minas</p><p>As proteínas circulantes de três sistemas inter-relacionados estão ligados em</p><p>diversos aspectos da reação inflamatória. São eles:</p><p>• Sistema complemento;</p><p>• Sistema das cininas;</p><p>• Sistema da coagulação.</p><p>Sistema Complemento</p><p>Este sistema refere-se a proteínas plasmáticas que atuam na defesa do</p><p>hospedeiro e no processo inflamatório.</p><p>Quando ativas, as proteínas do sistema complemento revestem as partículas</p><p>invasoras, deixando-as mais atrativas para os leucócitos, facilitando a fagocitose das</p><p>mesmas, processo chamado de opsonização. Além disso, aumentam a</p><p>permeabilidade vascular e a quimiotaxia dos leucócitos. A ativação desse sistema</p><p>também dá origem ao complexo de ataque à membrana (MAC), dando origem a</p><p>canais cilíndricos nas membranas plasmáticas dos microrganismos invasores,</p><p>resultando na sua lise.</p><p>Sistema Da Coagulação e das Cininas</p><p>A ativação do fator XII da cascata da coagulação, também conhecido como</p><p>fator de Hageman, trata-se do evento central na geração de diversos mediadores</p><p>circulantes da inflamação. Quando o fator de Hageman é ativado, inicia-se quatro</p><p>sistemas envolvidos no processo inflamatório, que são:</p><p>• Sistema das cininas, na qual há a produção de cininas ativas, como a</p><p>bradicinina, que provoca o aumento da permeabilidade vascular, dilatação</p><p>arteriolar, contração do músculo liso dos brônquios e dor quando injetada na</p><p>pele;</p><p>• Sistema de coagulação,</p><p>resultando na ativação de trombina, que cliva e</p><p>fibrinogênio solúvel circulante, produzindo um coágulo de fibvrina insolúvel.</p><p>Além disso, durante a clivagem do fibrinogênio, a fibrina gerafibrinopeptídeos,</p><p>que aumentam a permeabilidade vascular e são quimiotáticos para leucócitos;</p><p>27</p><p>Faculdade de Minas</p><p>• Sistema fibrinolítico, visando limitar o processo de coagulação, por meio da</p><p>clivagem da fibrina, solubilizando assim o coágulo de fibrina. Sem a fibrinólise</p><p>e os outros mecanismos reguladores, o início da cascata da coagulação</p><p>poderia resultar em coagulação contínua e irrevogável de toda a</p><p>vascularização;</p><p>• Sistema complemento, produzindo anafilatoxinas. A plasmina também pode</p><p>ativar o fator de Hageman, amplificando assim todo o conjunto de respostas.</p><p>5. FASES DA INFLAMAÇÃO</p><p>A inflamação é um mecanismo de defesa local, exclusivo de tecidos</p><p>mesenquimais lesados (tecido conjuntivo, o tecido ósseo e cartilaginoso, os vasos</p><p>sanguíneos e linfáticos e o tecido muscular). É a resposta local do tecido</p><p>vascularizado agredido, caracterizada por alterações do sistema vascular, dos</p><p>componentes líquidos e celulares, também por adaptações do tecido conjuntivo</p><p>vizinho.</p><p>Existem alguns fenômenos básicos comuns a qualquer tipo de inflamação e</p><p>não importando qual seja o agente inflamatório. Apesar desses fenômenos estarem</p><p>divididos em cinco fases todos eles acontecem como um processo único e conjunto,</p><p>o que faz da inflamação um processo dinâmico. As fases são:</p><p>Fase irritativa: ocorrem modificações morfológicas e funcionais dos tecidos</p><p>agredidos que promovem a liberação de mediadores químicos, que irão desencadear</p><p>as outras fases inflamatórias.</p><p>Fase vascular: alterações hemodinâmicas da circulação e de permeabilidade</p><p>vascular no local da agressão.</p><p>Fase exsudativa: essa fase é característica do processo inflamatório, e é formada</p><p>pelo exsudato celular e plasmático (migração de líquidos e células para o foco</p><p>inflamatório) oriundos do aumento da permeabilidade vascular.</p><p>28</p><p>Faculdade de Minas</p><p>Fase degenerativa-necrótica: composta por células com alterações degenerativas</p><p>reversíveis ou não (neste caso, originando um material necrótico), derivadas da ação</p><p>direta do agente agressor ou das modificações funcionais e anatômicas consequentes</p><p>das três fases anteriores.</p><p>Fase produtiva-reparativa: aumento na quantidade dos elementos teciduais -</p><p>principalmente células, resultado das fases anteriores. O objetivo é destruir o agente</p><p>agressor e reparar o tecido agredido.</p><p>SINAIS CARDINAIS</p><p>Existem também cinco sinais clássicos do processo inflamatório, chamados</p><p>de Sinais Cardinais.</p><p>São eles: edema, calor, rubor, dor e perda da função.</p><p>• O edema é causado principalmente pela fase exsudativa e produtiva-</p><p>reparativa, por causa do aumento de líquido e de células.</p><p>• O calor vem da fase vascular, onde há hiperemia arterial (que é o aumento</p><p>do volume sanguíneo no local) e, consequentemente, aumento da</p><p>temperatura local.</p><p>• O rubor é a vermelhidão, que também decorre da hiperemia.</p><p>• A dor é originada por mecanismos mais complexos que incluem compressão</p><p>das fibras nervosas locais devido ao edema, agressão direta às fibras nervosas</p><p>e ação farmacológica sobre as terminações nervosas. Envolve no mínimo três</p><p>fases da inflamação (irritativa, vascular e exsudativa).</p><p>29</p><p>Faculdade de Minas</p><p>• Finalmente, a perda de função é decorrente do edema (principalmente em</p><p>articulações, impedindo a movimentação) e da dor, que dificultam as atividades</p><p>locais.</p><p>6. RESULTADO DA INFLAMAÇÃO</p><p>Regeneração: Ocorre se houver a proliferação de células da mesma origem das</p><p>células que estavam presentes no parênquima lesado.</p><p>Cicatrização: Ocorre quando se teve uma lesão tecidual com muita necrose celular</p><p>do tecido conjuntivo, com proliferação de tecido fibroso, fibroblastos, que pode levar</p><p>uma perda de função da área lesada.</p><p>30</p><p>Faculdade de Minas</p><p>7. CONCLUSÃO</p><p>O processo inflamatório é uma resposta do organismo humano, frente a algum</p><p>agente etiológico. Esse processo é essencial para manter a hemostasia do corpo,</p><p>pois caso o processo inflamatório não acontecesse, lesões simples do dia a dia iriam</p><p>se tornar um grande problema.</p><p>O estudo desse processo, é essencial para todos os profissionais da área de</p><p>saúde, pois o conhecimento sobre os diferentes tipos de inflamação, faz com que o</p><p>profissional/estudante tenha uma visão geral sobre o assunto, podendo entender</p><p>como funciona a teoria do processo inflamatório e como ele pode se manifestar</p><p>clinicamente.</p><p>8. REFERÊNCIAS</p><p>BATLOUNI, Michel. Anti-Inflamatórios Não Esteróides: Efeitos</p><p>Cardiovasculares, CérebroVasculares e Renais. Revista da Sociedade</p><p>31</p><p>Faculdade de Minas</p><p>Brasileira de Cardiologia. São Paulo, vol. 94, n. 4, p. 556-563, fev./2010.</p><p>Disponível em:Acesso em: 19 de set. 2012.</p><p>CARVALHO, Wilson Andrade. Antinflamatórios Não Esteroides,</p><p>Analgésicos, Antipiréticos e Drogas Utilizadas na Tratamento da Gota. In:</p><p>SILVA, Penildo.Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010.</p><p>Cap. 45, p. 439-466.</p><p>ERRANTE, PR; FRAZÃO, JB; CONTINO-NETO, A. Deficiência da adesão</p><p>leucocitária tipo I. Rev. bras. alerg. imunopatol. Vol. 34. N° 6, 2011. Disponível</p><p>em: http://www.asbai.org.br/revistas/vol346/V34N6- ar01.pdf. Acesso em: 30</p><p>jun. 2020.</p><p>FORTES, Z.B. Aspectos Vasculares da Inflamação. In: Anais do XIV Simpósio</p><p>Anual da Academia de Ciências do Estado de São Paulo, 1989, pp. 139-150.</p><p>FRANCISCHETTI, I; MORENO, JB; SCHOLZ, M; YOSHIDA, WB. Os</p><p>leucócitos e a resposta inflamatória na lesão de isquemia-reperfusão. Rev</p><p>Bras Cir Cardiovasc 2010; 25(4): 575-584. Disponível em:</p><p>http://www.scielo.br/pdf/rbccv/v25n4/v25n4a23.pdf. Acesso em: 29 jun. 2020.</p><p>GUERREIRO, R; SANTOS-COSTA, Q; AZEVEDO-PEREIRA, JM. As</p><p>quimiocinas e os seus receptores- Características e Funções Fisiológicas.</p><p>Acta Med Port. 2011; 24(S4):967- 976. Disponível em:</p><p>http://www.actamedicaportuguesa.com/revista/inde</p><p>x.php/amp/article/view/1571/1155. Acesso em: 29 jun. 2020.</p><p>LIMA, RR; COSTA, AMR; SOUZA, RD; GOMESLEAL, W. Inflamação em</p><p>doenças neurodegenerativas. Rev. Para. Med. [online]. 2007, vol.21, n.2, pp.</p><p>29-34. ISSN 0101-5907. Disponível em:</p><p>http://scielo.iec.pa.gov.br/pdf/rpm/v21n2/v21n2a06 .pdf Acesso em: 28 jun.</p><p>2020.</p><p>OLIANE, SM; GIL, CD. Proteína antiinflamatória anexina 1: mecanismos</p><p>celulares e relevância clínica. Arq Ciênc Saúde 2006 out/dez;13(4):186- 191.</p><p>Disponível em: http://www.cienciasdasaude.famerp.br/racs_ol/vol13-</p><p>4/Famerp%2013(4)%20ID%20144-12.pdf. Acesso em: 30 jun. 2020.</p><p>32</p><p>Faculdade de Minas</p><p>PEREIRA, J. M. S. Imunologia. Disponível em:</p><p>SCHNEIDER, A., Barros, C. C. Resposta inflamatória – Parte 1. Universidade</p><p>Federal de Pelotas. Disponível em:</p><p>SCHNEIDER, A., Barros, C. C. Resposta inflamatória – Parte 2. Universidade</p><p>Federal de Pelotas. Disponível em:</p><p>VOLTARELLI, J. C.; FALCÇO R. P. Febre: patogenia, fisiopatologia e sig</p><p>nificado clínico. Medicina, Ribeirão Preto, v. 17, p. 181-201, 1984.</p><p>WITTE MB, Barbul A. Princípios gerais da cicatrização das feridas. Clin Cir</p><p>Am North. 1997; 77:509-27.</p>

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