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<p>APG 14- TIREOIDE</p><p>→ Estudar a morfofisiologia da tireoide</p><p>(eixo hipotálamo- hipófise)</p><p>→ Compreender a embriologia da tireoide</p><p>EMBRIOLOGIA:</p><p>→ Glândula Tireóide a Glândula Paratireóide</p><p>- Muito próximas anatomicamente</p><p>Tireoide:</p><p>→ Formada em torno de 24 dias do embrião</p><p>(4 semanas)</p><p>→ A tireoide está relacionada com o aparelho</p><p>faríngeo, que é constituído por sulco faríngeo,</p><p>bolsas faríngeas e os arcos faríngeos (possuem</p><p>origem dos folhetos embrionários).</p><p>- sulco faríngeo - ectoderma</p><p>- bolsa faríngea- endoderma</p><p>- arco faríngeo- mesoderma</p><p>→ BOLSAS FARÍNGEAS:</p><p>- São 4 bolsas faríngeas e</p><p>posteriormente terá mais duas</p><p>- Tireoide vai vir da 2 bolsa faríngea</p><p>- Paratireóide vai vir da 3 / 4 bolsa</p><p>→ Bolsa vai vir do Endoderma - amarelo</p><p>→ Região também de faringe primitiva e do</p><p>assoalho da faringe primitiva, onde surge o</p><p>primórdio da tireoide (ou divertículo tireóide).</p><p>→ Primórdio da glândula tireóide começa a se</p><p>desenvolver</p><p>→ Aparece uma estrutura fundamental no</p><p>processo de migração da tireoide, o ducto</p><p>tireoglosso.</p><p>- Próximo ao forame cego da língua</p><p>→ B: ducto tireoglosso: que é o que dá origem</p><p>ao trajeto da tireoide, passando pela região do</p><p>osso hióide para que ele chegue na laringe.</p><p>- Ainda ocorrendo no período</p><p>embrionário</p><p>→ São dois lobos separados por um istmo</p><p>Maria Eduarda Caruncho Aieta - 2 período</p><p>- Pode ter uma variação anatômica,</p><p>tendo mais um lobo chamado lobo</p><p>piramidal.</p><p>→ 10 semana, que já possui a formação de</p><p>folículos (vindos da mesoderma)</p><p>→ Tireoide é uma glândula endócrina folicular</p><p>ou vesicular</p><p>- Formada com uma bolsa de</p><p>armazenamento que armazena o</p><p>colóide.</p><p>→ Células parafoliculares (associação com a</p><p>paratireoide)</p><p>MORFOFISIOLOGIA:</p><p>→ A glândula tireoide, em formato de</p><p>borboleta, está localizada logo abaixo da</p><p>laringe. É composta pelos lobos direito e</p><p>esquerdo, um em cada lado da traqueia,</p><p>conectados por um istmo, anteriormente à</p><p>traquéia.</p><p>→ Cerca de 50% das glândulas tireóides</p><p>apresentam um pequeno terceiro lobo,</p><p>chamado de lobo piramidal, que se estende</p><p>superiormente a partir do istmo.</p><p>→ Microscópicos sacos esféricos chamados de</p><p>folículos da tireóide constituem grande parte</p><p>da glândula tireóide. A parede de cada folículo</p><p>é constituída principalmente por células</p><p>foliculares, cuja maioria se estende até o</p><p>lúmen do folículo.</p><p>→ Uma membrana basal envolve cada</p><p>folículo. Quando as células foliculares estão</p><p>inativas, seu formato varia de cúbico a</p><p>pavimentoso, porém, sob a influência do TSH,</p><p>passam a secretar ativamente e sua forma varia</p><p>de cúbica a colunar.</p><p>→ As células foliculares produzem dois</p><p>hormônios: tiroxina, também chamada de</p><p>tetraiodotironina (T4), pois contém quatro</p><p>átomos de iodo, e tri-iodotironina (T3), que</p><p>contém três átomos de iodo. T3 e T4 juntas</p><p>também são chamadas de hormônios da</p><p>tireoide.</p><p>→ Entre os folículos, podem ser encontradas</p><p>algumas células chamadas de células</p><p>parafoliculares ou células C. Elas produzem o</p><p>hormônio calcitonina (CT), que ajuda a</p><p>regular a homeostasia do cálcio.</p><p>Formação, armazenação e liberação dos</p><p>hormônios da tireoide</p><p>→ A síntese e a secreção de T3 e T4 ocorrem</p><p>da seguinte forma:</p><p>1. Retenção de iodeto→ As células foliculares</p><p>da tireoide retêm íons iodeto (I–),</p><p>transportando-os ativamente do sangue para o</p><p>citosol. Por conta disso, em geral, a glândula</p><p>tireóide contém a maioria do iodeto corporal.</p><p>2. Síntese de tireoglobulina→ Ao mesmo</p><p>tempo que retêm I–, as células foliculares</p><p>também sintetizam tireoglobulina (TGB), uma</p><p>grande glicoproteína produzida no retículo</p><p>endoplasmático rugoso, modificada no</p><p>complexo de Golgi e armazenada em vesículas</p><p>secretoras. As vesículas sofrem exocitose, o</p><p>que libera TGB para o lúmen do folículo.</p><p>3. Oxidação de iodeto→ Parte dos</p><p>aminoácidos na TGB consiste em tirosinas que</p><p>se tornarão iodadas. Entretanto, íons iodeto</p><p>com carga elétrica negativa não conseguem se</p><p>ligar à tirosina até que sofram oxidação</p><p>(remoção de elétrons) para iodeto: 2 I- → I2.</p><p>Na medida em que os íons iodeto são</p><p>oxidados, eles atravessam a membrana para o</p><p>lúmen do folículo.</p><p>4. Iodação da tirosina→ Conforme moléculas</p><p>de iodo (I2) se formam, elas reagem com as</p><p>tirosinas integrantes das moléculas de</p><p>tireoglobulina. A ligação de um átomo de iodo</p><p>produz monoiodotirosina (T1) e a de dois</p><p>produz di-iodotirosina (T2). A TGB com</p><p>átomos de iodo fixados é um material viscoso</p><p>que se acumula e é armazenado no lúmen do</p><p>folículo da tireoide, chamado de colóide.</p><p>5. Acoplamento de T1 e T2→ Durante a última</p><p>etapa da síntese dos hormônios da tireoide,</p><p>duas moléculas de T2 se juntam para formar T4</p><p>ou uma de T1 com uma de T2 se unem para</p><p>formar T3.</p><p>6. Pinocitose e digestão de colóide→</p><p>Gotículas de colóide penetram de novo nas</p><p>células foliculares por pinocitose e se juntam</p><p>aos lisossomos. Enzimas digestivas nos</p><p>lisossomos degradam a TGB, separando</p><p>moléculas de T3 e T4.</p><p>7. Secreção de hormônios da tireoide→ Como</p><p>são lipossolúveis, T3 e T4 se difundem através</p><p>da membrana plasmática para o líquido</p><p>intersticial e, em seguida, para o sangue. Em</p><p>geral, T4 é secretada em maior quantidade que</p><p>T3, mas T3 é muitas vezes mais potente. Além</p><p>disso, depois que a T4 entra no corpo celular, a</p><p>maioria dela é convertida a T3 por remoção de</p><p>um iodo.</p><p>8. Transporte no sangue → Mais de 99% de T3</p><p>e T4 se combinam a proteínas transportadoras</p><p>no sangue, principalmente à globulina</p><p>transportadora de tiroxina (TBG).</p><p>Ação dos hormônios da tireoide:</p><p>Uma vez que a maioria das células corporais</p><p>apresenta receptores para hormônios da</p><p>tireoide, T3 e T4 exercem seus efeitos por todo</p><p>o corpo:</p><p>→ Os hormônios da tireóide aumentam a taxa</p><p>metabólica basal (TMB), que consiste no</p><p>consumo de oxigênio em condições basais ou</p><p>padrão (acordado, em repouso e jejum) por</p><p>meio da estimulação do uso de oxigênio</p><p>celular na produção de ATP. Quando a taxa</p><p>metabólica basal aumenta, o metabolismo</p><p>celular dos carboidratos, lipídios e proteínas se</p><p>torna mais intenso.</p><p>→ Outro efeito importante dos hormônios da</p><p>tireoide é o de estimular a síntese de bombas</p><p>adicionais de sódio e potássio (Na+-K+</p><p>ATPase), o que utiliza grandes quantidades de</p><p>ATP para continuamente ejetar íons sódio</p><p>(Na+) do citosol no líquido extracelular e íons</p><p>potássio (K+) do líquido extracelular no</p><p>citosol. Com a produção e a utilização de mais</p><p>ATP pelas células, mais calor é liberado e a</p><p>temperatura corporal sobe. Esse fenômeno é</p><p>chamado de efeito calorigênico. Dessa</p><p>maneira, os hormônios da tireoide têm</p><p>participação importante na manutenção da</p><p>temperatura corporal normal. Mamíferos</p><p>normais são capazes de sobreviver a</p><p>temperaturas muito baixas, mas aqueles cuja</p><p>glândula tireóide foi removida não conseguem.</p><p>→ Na regulação do metabolismo, os</p><p>hormônios da tireóide estimulam a síntese de</p><p>proteína e aumentam o uso de glicose e ácidos</p><p>graxos para a produção de ATP. Além disso,</p><p>intensificam a lipólise e a excreção de</p><p>colesterol, reduzindo, desse modo, o nível de</p><p>colesterol sanguíneo.</p><p>→ Os hormônios da tireoide intensificam</p><p>algumas ações das catecolaminas</p><p>(norepinefrina e epinefrina), pois promovem a</p><p>suprarregulação dos receptores beta (β). Por</p><p>essa razão, os sinais/sintomas do</p><p>hipertireoidismo incluem frequência cardíaca</p><p>aumentada, batimentos cardíacos mais fortes e</p><p>pressão arterial elevada.</p><p>→ Junto com o hormônio do crescimento e</p><p>com a insulina, os hormônios da tireoide</p><p>aceleram o crescimento corporal, sobretudo o</p><p>crescimento dos sistemas nervoso e</p><p>esquelético. A deficiência de hormônios da</p><p>tireoide durante o desenvolvimento fetal ou</p><p>infância causa grave retardo mental e restrição</p><p>do crescimento ósseo.</p><p>Controle da secreção hormonal da tireoide:</p><p>→ O hormônio liberador de tireotrofina (TRH)</p><p>do hipotálamo e o hormônio tireoestimulante</p><p>(TSH) da adeno-hipófise estimulam a síntese e</p><p>a liberação dos hormônios da tireoide:</p><p>- Níveis reduzidos de T3 e T4 ou taxa</p><p>metabólica baixa estimulam o</p><p>hipotálamo a secretar TRH.</p><p>- O TRH entra nas veias porto-hipofisárias e</p><p>flui para a adeno-hipófise, onde estimula</p><p>os tireotrofos a secretar TSH.</p><p>- O TSH estimula praticamente todos os</p><p>aspectos da atividade celular dos</p><p>folículos da tireóide, inclusive</p><p>captação de iodeto, síntese e secreção</p><p>de hormônio e crescimento das células</p><p>foliculares.</p><p>- As células foliculares da tireoide</p><p>liberam T3 e T4 no sangue até que a</p><p>taxa metabólica volte ao normal.</p><p>- O nível elevado de T3 inibe a liberação</p><p>de TRH e TSH (inibição por feedback</p><p>negativo).</p><p>→ Condições que aumentam a demanda de</p><p>ATP – ambiente frio, hipoglicemia, altitude</p><p>elevada e gravidez – também intensificam a</p><p>secreção dos hormônios da tireoide.</p><p>Calcitonina:</p><p>→ O hormônio produzido pelas células</p><p>parafoliculares da glândula tireoide é a</p><p>calcitonina (CT). A CT diminui o nível</p><p>sanguíneo de cálcio por meio da inibição da</p><p>ação dos osteoclastos, células que degradam a</p><p>matriz celular óssea. A secreção de CT é</p><p>controlada por um sistema de feedback</p><p>negativo</p><p>Quando o nível sanguíneo de calcitonina</p><p>está elevado, ocorre queda da concentração</p><p>sanguínea de cálcio e fosfatos, com inibição da</p><p>reabsorção óssea (degradação da matriz óssea</p><p>extracelular) pelos osteoclastos e aceleração da</p><p>captação de cálcio e fosfatos na matriz óssea</p><p>extracelular. A miacalcina, um extrato da</p><p>calcitonina derivado do salmão que é 10 vezes</p><p>mais potente que a calcitonina humana, é</p><p>prescrita no tratamento da osteoporose.</p><p>Maria Eduarda Caruncho Aieta - 2 período</p>

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