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livro IMAGINOLOGIA

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<p>(</p><p>Indaial</p><p>–</p><p>2022</p><p>1</p><p>a</p><p>Edição</p><p>)DIAGNÓsTICO POR</p><p>IMAGEM</p><p>Prof.ª Fernanda do Nascimento</p><p>Elaboração:</p><p>Prof.ª Fernanda do Nascimento</p><p>Copyright © UNIASSELVI 2022</p><p>Revisão, Diagramação e Produção: Equipe Desenvolvimento de Conteúdos EdTech</p><p>Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI</p><p>Ficha catalográfica elaborada pela equipe Conteúdos EdTech UNIASSELVI</p><p>(</p><p>N244d</p><p>Nascimento,</p><p>Fernanda</p><p>do</p><p>Diagnóstico</p><p>por</p><p>imagem.</p><p>/</p><p>Fernanda</p><p>do</p><p>Nascimento</p><p>–</p><p>Indaial:</p><p>UNIASSELVI,</p><p>2022.</p><p>163</p><p>p.;</p><p>il.</p><p>ISBN</p><p>978-85-515-0498-7</p><p>1.</p><p>Biomedicina.</p><p>-</p><p>Brasil.</p><p>II.</p><p>Centro</p><p>Universitário</p><p>Leonardo</p><p>da</p><p>Vinci.</p><p>CDD</p><p>610</p><p>)</p><p>Impresso por:</p><p>(</p><p>APRESENTAÇÃO</p><p>)Olá, acadêmico! Seja bem-vindo ao Livro Didático Diagnóstico por imagem. A Biomedicina é uma das áreas da saúde que está em grande expansão. Voltada para a pesquisa e a análise de doenças humanas, a Biomedicina tem como objetivo compreender as causas, os efeitos, os fatores ambientais e epidemiológicos que influenciam na ocorrência de patologias, assim como desenvolver ou aprimorar diagnósticos e tratamentos. A imagenologia é uma especialidade que estuda os órgãos e os sistema do corpo humano através de exames de imagem, auxiliando no diagnóstico médico. O biomédico que escolher a habilitação em imagenologia, poderá trabalhar com todas as modalidades de diagnóstico por imagem e terapia.</p><p>Para melhor entendermos esses pontos, a Unidade 1 abordará a Legislação relacionada ao biomédico imagenologista, proporcionando o conhecimento das leis que regem o profissional biomédico no setor de diagnóstico por imagem, em quais serviços o profissional é habilitado, suas responsabilidades no setor, manipulação de protocolos e operação de equipamentos.</p><p>Em seguida, na Unidade 2, estudaremos os procedimentos para identificação de alterações anatômicas e estruturais, como as bases e as aplicações em todo o setor de radiodiagnóstico e terapia, como a tomografia computadorizada, a ressonância magnética, medicina nuclear, radioterapia e radiologia.</p><p>Por fim, na Unidade 3, aprenderemos sobre a interpretação de exames de imagem, visto que é de extrema importância saber interpretar os laudos e imagens corretamente, para um diagnóstico preciso dos exames detomografia computadorizada, ressonância magnética, medicina nuclear e radiologia e das técnicas de tratamento em radioterapia.</p><p>Esperamos que o estudo deste livro didático seja capaz de agregar mais valor</p><p>ao seu conhecimento.</p><p>Bons estudos!</p><p>Prof.ª Fernanda do Nascimento</p><p>GIO</p><p>Olá, eu sou a Gio!</p><p>No livro didático, você encontrará blocos com informações adicionais – muitas vezes essenciais para o seu entendimento acadêmico como um todo. Eu ajudarei você a entender melhor o que são essas informações adicionais e por que você poderá se beneficiar ao fazer a leitura dessas informações durante o estudo do livro. Ela trará informações adicionais e outras fontes de conhecimento que complementam o assunto estudado em questão.</p><p>Na Educação a Distância, o livro impresso, entregue a todos os acadêmicos desde 2005, é o material-base da disciplina. A partir de 2021, além de nossos livros estarem com um novo visual – com um formato mais prático, que cabe na bolsa e facilita a leitura –, prepare-se para uma jornada também digital, em que você pode acompanhar os recursos adicionais disponibilizados através dos QR Codes ao longo deste livro. O conteúdo continua na íntegra, mas a estrutura interna foi aperfeiçoada com uma nova diagramação no texto, aproveitando ao máximo o espaço da página – o que também contribui para diminuir a extração de árvores para produção de folhas de papel, por exemplo.</p><p>Preocupados com o impacto de ações sobre o meio ambiente, apresentamos também este livro no formato digital. Portanto, acadêmico, agora você tem a possibilidade de estudar com versatilidade nas telas do celular, tablet ou computador.</p><p>Preparamos também um novo layout. Diante disso, você verá frequentemente o novo visual adquirido. Todos esses ajustes foram pensados a partir de relatos que recebemos nas pesquisas institucionais sobre os materiais impressos, para que você, nossa maior prioridade, possa continuar os seus estudos com um material atualizado e de qualidade.</p><p>(</p><p>QR</p><p>CODE</p><p>Olá,</p><p>acadêmico!</p><p>Para</p><p>melhorar</p><p>a</p><p>qualidade</p><p>dos</p><p>materiais</p><p>ofertados</p><p>a</p><p>você</p><p>–</p><p>e</p><p>dinamizar,</p><p>ainda</p><p>mais,</p><p>os</p><p>seus</p><p>estudos</p><p>–,</p><p>nós</p><p>disponibilizamos</p><p>uma</p><p>diversidade</p><p>de</p><p>QR</p><p>Codes</p><p>completamente</p><p>gratuitos</p><p>e</p><p>que</p><p>nunca</p><p>expiram.</p><p>O</p><p>QR</p><p>Code</p><p>é</p><p>um</p><p>código</p><p>que</p><p>permite</p><p>que</p><p>você</p><p>acesse</p><p>um</p><p>conteúdo</p><p>interativo</p><p>relacionado</p><p>ao</p><p>tema</p><p>que</p><p>você</p><p>está</p><p>estudando.</p><p>Para</p><p>utilizar</p><p>essa</p><p>ferramenta,</p><p>acesse</p><p>as</p><p>lojas</p><p>de</p><p>aplicativos</p><p>e</p><p>baixe</p><p>um</p><p>leitor</p><p>de</p><p>QR</p><p>Code.</p><p>Depois,</p><p>é</p><p>só</p><p>aproveitar</p><p>essa</p><p>facilidade</p><p>para</p><p>aprimorar</p><p>os</p><p>seus</p><p>estudos.</p><p>)</p><p>(</p><p>ENADE</p><p>Acadêmico, você sabe o que é o ENADE? O Enade é um</p><p>dos meios avaliativos dos cursos superiores no sistema federal de</p><p>educação superior. Todos os estudantes estão habilitados a participar</p><p>do ENADE (ingressantes e concluintes das áreas e cursos a serem</p><p>avaliados). Diante disso, preparamos um conteúdo simples e objetivo</p><p>para complementar a sua compreensão acerca do ENADE. Confira,</p><p>acessando</p><p>o</p><p>QR</p><p>Code</p><p>a</p><p>seguir.</p><p>Boa</p><p>leitura!</p><p>)</p><p>(</p><p>LEMBRETE</p><p>Olá, acadêmico! Iniciamos agora mais uma</p><p>disciplina</p><p>e</p><p>com</p><p>ela</p><p>um</p><p>novo</p><p>conhecimento.</p><p>Com o objetivo de enriquecer seu conheci-</p><p>mento, construímos, além do livro que está em</p><p>suas mãos, uma rica trilha de aprendizagem,</p><p>por</p><p>meio</p><p>dela</p><p>você</p><p>terá</p><p>contato</p><p>com</p><p>o</p><p>vídeo</p><p>da disciplina, o objeto de aprendizagem, materiais complementa-</p><p>res,</p><p>entre</p><p>outros,</p><p>todos</p><p>pensados</p><p>e</p><p>construídos</p><p>na</p><p>intenção</p><p>de</p><p>auxiliar</p><p>seu</p><p>crescimento.</p><p>Acesse</p><p>o</p><p>QR</p><p>Code,</p><p>que</p><p>levará</p><p>ao</p><p>AVA,</p><p>e</p><p>veja</p><p>as</p><p>novidades</p><p>que</p><p>preparamos</p><p>para</p><p>seu</p><p>estudo.</p><p>Conte</p><p>conosco,</p><p>estaremos</p><p>juntos</p><p>nesta</p><p>caminhada!</p><p>)</p><p>(</p><p>SUMÁRIO</p><p>)UNIDADE 1 - LEGISLAÇÃO RELACIONADA AO BIOMÉDICO</p><p>IMAGENOLOGISTA	1</p><p>TÓPICO 1 - LEGISLAÇÃO BIOMÉDICA SOBRE IMAGENOLOGIA	3</p><p>1 INTRODUÇÃO	3</p><p>2 LEI FEDERAL Nº 6.684/1979	4</p><p>3 LEI FEDERAL Nº 7.394/1985	7</p><p>4 RESOLUÇÃO CFBM Nº 78/2002	8</p><p>5 RESOLUÇÃO Nº 234/2013	10</p><p>RESUMO DO TÓPICO 1	12</p><p>AUTOATIVIDADE	13</p><p>TÓPICO 2 - ATUAÇÃO DO BIOMÉDICO IMAGENOLOGISTA	15</p><p>1 INTRODUÇÃO	15</p><p>2 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA	15</p><p>3 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA	16</p><p>4 MEDICINA NUCLEAR	17</p><p>5 RADIOTERAPIA	18</p><p>6 RADIOLOGIA GERAL	20</p><p>RESUMO DO TÓPICO 2	22</p><p>AUTOATIVIDADE	23</p><p>TÓPICO 3 - PROCEDIMENTOS DO BIOMÉDICO IMAGENOLOGISTA	25</p><p>1 INTRODUÇÃO	25</p><p>2 OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM SERVIÇOS DE DIAGNÓSTICO	25</p><p>3 MANIPULAÇÃO DE PROTOCOLOS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM	26</p><p>3.1 PROTOCOLOS DE EXAMES DE RADIOGRAFIA CONVENCIONAL	26</p><p>3.2 PROTOCOLOS DE EXAMES DE TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA	27</p><p>3.3 PROTOCOLOS DE EXAMES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA	27</p><p>3.4 PROTOCOLOS DE EXAMES DE MEDICINA NUCLEAR	28</p><p>3.5 PROTOCOLOS DE EXAMES DE RADIOTERAPIA	28</p><p>4 COORDENAÇÃO E GESTÃO DE SERVIÇOS DE DIAGNÓSTICOS	29</p><p>5 ANAMNESE, PREPARO DO PACIENTE E REALIZAÇÃO DE PROTOCOLO	30</p><p>5.1 CONTRAINDICAÇÕES AO EXAME	32</p><p>5.2 PREPARO DO PACIENTE E REALIZAÇÃO DE PROTOCOLO	33</p><p>6 PREPARO DE LAUDOS E LIBERAÇÃO DE IMAGENS	33</p><p>LEITURA COMPLEMENTAR	35</p><p>RESUMO DO TÓPICO 3	40</p><p>AUTOATIVIDADE	41</p><p>REFERÊNCIAS	43</p><p>UNIDADE 2 — PROCEDIMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE</p><p>ALTERAÇÕES ANATÔMICAS E ESTRUTURAIS	47</p><p>TÓPICO 1 — TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA	49</p><p>1 INTRODUÇÃO	49</p><p>NOÇÕES TÉCNICAS SOBRE A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA	50</p><p>CLASSIFICAÇÃO DOS TOMÓGRAFOS	50</p><p>PRINCÍPIOS DE RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM	52</p><p>COMPONENTES DO EQUIPAMENTO	53</p><p>PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)	54</p><p>RESUMO DO TÓPICO 1	56</p><p>AUTOATIVIDADE	57</p><p>TÓPICO 2 - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA	59</p><p>INTRODUÇÃO	59</p><p>NOÇÕES TÉCNICAS SOBRE A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA	60</p><p>COMPONENTES DO EQUIPAMENTO	61</p><p>PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)	62</p><p>RESUMO DO TÓPICO 2	64</p><p>AUTOATIVIDADE	65</p><p>TÓPICO 3 - MEDICINA NUCLEAR	67</p><p>INTRODUÇÃO	67</p><p>NOÇÕES TÉCNICAS SOBRE A MEDICINA NUCLEAR	67</p><p>PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM</p><p>a coleta das informações, pois, no setor de exames, deve-se lidar com todos os tipos de pacientes, de várias idades e alguns com limitações, o que pode dificultar na realização das respostas, quando estão sozinhos, por isso é importante que o profissional o auxilie no que for necessário.</p><p>A primeira etapa da coleta de informações consiste na identificação do paciente, no qual são adquiridas informações como: nome, idade, sexo, data de nascimento, peso e profissão.</p><p>Nesse início de etapa, é importante que o profissional faça uma observação visual e verbal cuidadosa durante as perguntas, para descobrir o perfil do paciente entrevistado, se ele possui alguma dificuldade com a função motora ou com a linguagem, a memória e a orientação e também se responde às questões de maneira clara e coerente. A partir dessa observação, é possível saber fazer as perguntas de maneira que o paciente compreenda o que está sendo perguntado.</p><p>A segunda etapa é formada com questões mais direcionadas ao motivo que o levou a essa solicitação do exame, como sintoma, duração do sintoma, se está realizando algum outro tratamento, se possui algum exame anterior da região, se realizou alguma cirurgia (se sim, qual o motivo) e se possui algum objeto metálico, como prótese ou pino.</p><p>Essa etapa é importante para auxiliar o médico radiologista na avaliação da imagem, para a obtenção do laudo, orientando a olhar com mais foco para encontrar a causa do sintoma (REGINALDO, 2017).</p><p>A terceira etapa mostra as questões a respeito da utilização do meio de contraste. Quando for necessária a utilização do meio de contraste, que estará solicitado no pedido médico, é indicado informar na ficha, bem como qual meio de contraste será</p><p>utilizado, qual a via (oral, endovenosa, intratecal, endocavitário ou intracavitário) e se será administrado manualmente ou pela bomba injetora. Sabendo da necessidade ou não da administração do meio de contraste, então, passa-se para a quarta etapa, em que as questões são direcionadas ao histórico do paciente, portanto, sendo de extrema importância para evitar as possíveis reações adversas. Algumas perguntas podem ser:</p><p>· Já utilizou meio de contraste iodado em algum exame anterior?</p><p>· Já apresentou alguma reação ou problema devido ao uso do meio de contraste?</p><p>· Já teve alguma reação a algum medicamento iodado?</p><p>· Utilizou o meio de contraste nas últimas horas?</p><p>· Tem asma, bronquite ou alguma doença pulmonar (se sim, quanto tempo e qual tratamento está fazendo)?</p><p>· É diabético? Faz uso de medicamentos como metformina?</p><p>· Já teve alergia a algum medicamento (quais?)</p><p>· Já teve alergia a algum alimento (quais?)</p><p>· Tem alguma doença cardiovascular?</p><p>· Tem pressão alta?</p><p>· Tem insuficiência renal?</p><p>· Tem mieloma múltiplo?</p><p>· Tem miastenia grave?</p><p>· Tem alguma doença na tireoide?</p><p>· Tem alguma outra doença não citada?</p><p>Após o questionário estar devidamente preenchido com todas as informações, é importante que o paciente, ou o acompanhante, assine-o para atestar que afirma que as informações contidas são verdadeiras e autoriza a realização do exame.</p><p>Desse modo, demonstra-se a importância de cada instituição estar atenta a essas informações, ao elaborarem seus questionários de anamnese, resguardando que eles tragam ao contexto da realização do exame, todos os fatores de riscos envolvidos, a fim de evitar possíveis danos à saúde do paciente (REGINALDO, 2017).</p><p>5.1 CONTRAINDICAÇÕES AO EXAME</p><p>No diagnóstico por imagem, alguns exames podem possuir algumas contraindicações e podem ser classificados de acordo com a radiação ionizante, equipamentos e administração de contrastes iodados (REGINALDO, 2017). As contraindicações relacionadas às radiações ionizantes são gravidez ou suspeita de gravidez, pois estudos demonstraram que a radiação ionizante pode causar efeitos nocivos ao feto. A paciente só deverá ser examinada com autorização médica e, se for extremamente necessário, quando os prós superem os contras. Os possíveis efeitos nocivos vão desde um possível aborto espontâneo até malformações congênitas ou aumento do risco de desenvolvimento de tumores (SILVA et al., 2013).</p><p>Outra contraindicação está relacionada a pacientes obesos, pois, devido ao sobrepeso, os valores permitidos pelo aparelho não podem ser ultrapassados. Nesses casos, a inspeção não é possível, porque a mesa se move durante a aquisição e pesa mais do que o permitido, podendo danificar o equipamento. Os pesos permitidos variam, em média, de 150 a 200 kg. Para casos de pacientes obesos acima de 200 kg, já existem equipamentos que suportam esse peso, mas isso depende da variedade disponível em cada instituição. Portanto, as contraindicações ao meio do contraste variam devido a vários fatores, desde o histórico alérgico até outras especificidades a serem observadas.</p><p>5.2 PREPARO DO PACIENTE E REALIZAÇÃO DE PROTOCOLO</p><p>Para os exames de imagem, é necessário que o paciente colabore e permaneça imóvel durante o período de realização do exame, para que a formação das imagens com precisão de milímetros não seja prejudicada. Quando o exame é feito em campo fechado, como na tomografia e ressonância magnética, o paciente pode sentir desconforto por claustrofobia e pelo barulho gerado pelo equipamento. Nesse caso, é de extrema importância que o biomédico oriente o paciente sobre cada passo a ser feito durante a aquisição das imagens, para o deixar o mais confortável possível, o que permitirá a sua colaboração e um exame mais eficaz.</p><p>Durante todo o tempo dos exames de imagem, como os exames computacionais possuem um tempo maior de aquisição de imagens, o paciente fica em contato com o biomédico através de campainhas ou mesmo por microfone que ficam dentro da sala de comando. Somente nos casos das radiografias não há essa necessidade, pois as incidências são rápidas e não geram desconforto ao paciente.</p><p>6 PREPARO DE LAUDOS E LIBERAÇÃO DE IMAGENS</p><p>O biomédico, habilitado em imagenologia, está apto a várias atribuições dentro do setor de diagnóstico por imagem. Na manipulação dos equipamentos, pode operar uma variedade de equipamentos, como aparelhos de ressonância magnética, tomografia computadorizada, equipamentos de medicina nuclear como SPECT e PET/ CT, ultrassonografia, radiografia e radioterapia. Cada especialidade contém um tipo de protocolo específico para cada exame solicitado e, através deles, as imagens são adquiridas, sendo, assim, permitido o estudo da anatomia e o diagnóstico de anomalias e patologias. Após a aquisição das imagens, o biomédico fará preparo dessas imagens, observando o protocolo adequado para a reconstrução de cada uma. Essa etapa é muito importante, pois, para a visualização das patologias e um laudo eficaz, é importante ter todos os detalhes de cada paciente, em perfeito estado.</p><p>Após o preparo, o biomédico fará a gravação das imagens. Algumas instituições trabalham com impressão dos filmes gravados, gravação de CD ou enviados somente via PACS para o sistema, fazendo a liberação das imagens para o setor de laudos.</p><p>De acordo o Conselho Regional de Biomedicina, o profissional biomédico não pode atuar na interpretação e assinatura de laudos, sendo essas responsabilidades privativas do médico radiologista (CRMB1, 2018).</p><p>É de extrema importância que profissional biomédico tenha amplo conheci- mento em anatomia, patologia, bioquímica e biofísica. A atualização contínua, o estudo e o acompanhamento das novas tecnologias em diagnóstico/pesquisa por métodos de imagem são indispensáveis, pois, cada vez mais, são divulgados novos protocolos e no- vas possibilidades diagnósticas, principalmente em medicina nuclear. A imagenologia é uma área em constante evolução.</p><p>LEITURA</p><p>COMPLEMENTAR</p><p>UTILIZAÇÃO DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA PARA DIAGNÓSTICO DA ESCLEROSE MÚLTIPLA</p><p>Daniel Lopes Araújo Bruno Abilio da Silva Machado Carla Patricia Moreira Falcão</p><p>Lilian Lattiere Bezerra Lemos Marques Maxsuel Pereira do Nascimento Marina Dantas Soares Silva Ana Carla Felipe da Silva</p><p>Michael Gabriel Agustinho Barbosa</p><p>Maria Clara Teles de Souza Andresa Salinny Carvalho Fernandes Maria das Graças</p><p>de Azevedo Diniz Gudemberto Vieira da Silva</p><p>Jucilene da Silva Souza</p><p>RESUMO</p><p>A esclerose múltipla (EM) é um tipo de doença neurológica comumente diagnosticada em pacientes jovens adultos, com causas muitas vezes desconhecidas e que podem implicar na qualidade de vida da pessoa acometida. O objetivo desse estudo é apresentar as peculiaridades e aplicações dos exames de diagnóstico por imagem, mais especificadamente a ressonância magnética no diagnóstico da esclerose múltipla através de uma revisão de literatura. O presente trabalho trata-se de uma proposta de pesquisa delineada e embasada em estudos de revisão de literatura, para realização de uma revisão integrativa. Onde resultou que o exame de ressonância magnética por apresentar imagens com alta resolução tem vindo a desencadear um papel cada vez maior e único no diagnóstico e tratamento de doentes com esclerose múltipla, possibilitando a detecção de lesões com pequenas dimensões. Conclui-se que a RM pode ser considerada como um recurso importante para auxílio ao diagnóstico da esclerose múltipla, devido suas relações entre as combinações de diferentes tipos de sequências de pulsos e protocolos, que possibilitam visualizar as lesões, confirmar o quadro de EM e excluir os supostos diagnósticos alternativos que se assemelham.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Levando em consideração os contextos sociais em que vivemos na atualidade, é cada vez mais visível o crescimento do panorama de incidências de doenças cerebro- vasculares, principalmente quando as mesmas podem estar associadas a outros qua- dros correlacionados como síndromes cardiopáticas, diabetes, tabagismo, sedentaris- mo e até mesmo dieta nutricional desregrada. Esses tipos de fisiopatologias não estão ligados as principais causas de óbitos nos pacientes acometidos, na maioria dos casos, mas podem ser responsáveis por uma gama de complicações de ordens diversas, sejam elas neuromusculares, cognitivas, ou até mesmo problemas emocionais, podendo se estender não somente para o paciente, mas para toda sua família (SANTOS, 2019).</p><p>A esclerose múltipla (EM) é considerada uma doença neurodegenerativa, au- toimune, que afeta o cérebro, os nervos ópticos e a medula espinhal (sistema nervoso central). Isso acontece pelo fato de o sistema imunológico do corpo confundir as células saudáveis com células intrusas, e as atacar provocando um tipo de lesão. O sistema imune do organismo do paciente acaba corroendo a bainha de mielina, que tem a fun- ção de recobrir e proteger os nervos. Os danos causados a essa bainha podem acabar acarretando em uma interferência entre o cérebro, a medula e o restante das estrutu- ras do SNC. Essa condição pode ocasionar a deterioração dos próprios nervos, em um processo potencialmente irreversível (ERRANTE, 2016; HENRIQUES, 2019; SILVA, 2020).</p><p>É importante salientar que existem algumas classificações de esclerose múltipla de acordo com a severidade sintomática e a frequência com que as mesmas ocorrem. São eles: surtoremissão (EMSR), progressiva primária (PP), progressiva secundária (PS) e progressiva recorrente (PR). Cada uma delas possui diferentes perfis clínicos e fisiopatológicos. O comprometimento cognitivo em cada diferente subtipo parece ser também diferenciado (MACHADO, 2017; GODINHO, 2017).</p><p>São vários os métodos de diagnóstico para a esclerose múltipla, que levam em consideração a análise da avaliação dos sintomas relatados pelo paciente. A comprovação da doença pode ser confirmada por exames radiológicos de ressonância magnética (RM), tomografia computadorizada (TC), estudo biológico do líquido cefalorraquidiano e outros testes complementares (LORENZONI, 2017; FIGUEIREDO, 2020).</p><p>O objetivo deste estudo é apresentar as peculiaridades e aplicações dos exames de diagnóstico por imagem, mais especificadamente da ressonância magnética no diagnóstico da esclerose múltipla, através de uma revisão de literatura.</p><p>RESULTADOS E DISCUSSÃO</p><p>Para que diagnosticar a esclerose múltipla (EM), é necessário considerar alguns detalhes bastante criteriosos: os sintomas precisam estar associados à dificuldade de funcionamento da substância branca no SNC, devem ocorrer múltiplas lesões</p><p>separadas em partes do sistema nervoso central, no exame neurológico deve existir déficits objetivos, diante de tudo isso, é preciso realizar uma cuidadosa investigação para que não possa confundir esses aspectos com outros tipos de doenças que se assemelham com a EM.</p><p>Assim, é necessário o conhecimento dos tipos de esclerose múltipla, conforme</p><p>apresentado na tabela a seguir (NOGUEIRA, 2018; MOREIRA, 2018).</p><p>FONTE: Adaptada de Pinto (2017)</p><p>A evolução natural da EM é expressa de acordo com a forma de instalação e progressão dos sintomas neurológicos. A EMRR é caracterizada pela presença de surtos definidos por manifestações neurológicas de instalação aguda ou subaguda indicativas de comprometimento de substância branca. A EMPS apresenta uma evolução da forma remitente-recorrente que piora lenta e progressivamente. A EMPP apresenta uma progressão de sintomas e comprometimento (sequelas) desde o seu aparecimento. Já a EMPR caracteriza-se por apresentar sintomas que progridem desde o início do quadro. Entretanto, diferentemente da EMPP, consegue-se identificar os períodos de surtos, seguidos de remissões com recuperação total ou parcial dos sintomas. A EMB é caracterizada por dois ou mais ataques com remissões seguidas por uma recuperação completa e a EMM é caracterizada por uma inflamação no sistema nervoso central em um curto período de tempo, geralmente um prazo de cinco anos após o início dos sintomas (PINTO, 2017).</p><p>Segundo alguns critérios correlacionados com o processo de diagnóstico da EM, o paciente poderá ser avaliado como “sem esclerose múltipla”, “possível esclerose múltipla” ou “esclerose múltipla”. Entretanto, apenas 5% dos pacientes podem apresentar lesões não tão visíveis no exame de ressonância magnética, ficando, assim, como o método mais eficaz para seu diagnóstico. As técnicas convencionais de imagem por</p><p>ressonância magnética, como sequências ponderadas em T2 e sequências ponderadas em T1 com gadolínio, são altamente sensíveis na detecção de placas de EM e podem acabar fornecendo uma avaliação quantitativa da atividade inflamatória e da carga das lesões (REIS, 2016; BERNADES, 2018).</p><p>A técnica de ressonância magnética tem vindo a desencadear um papel cada vez maior e único no diagnóstico e tratamento de doentes com esclerose múltipla, desde o início da sua aplicação neste domínio. Nos últimos anos, tem havido certas mudanças nos critérios de diagnóstico de EM, onde a rapidez e a precisão de detecção tornaram-se mais elevadas, sendo visíveis através da RM lesões de pequenas dimensões e o diagnóstico precoce, melhorando a qualidade de vida dos doentes e permitindo o controle da progressão da doença.</p><p>Um sistema de ressonância magnética (RM) é composto basicamente por seis módulos fundamentais: magneto, bobinas de gradiente, bobinas de radiofrequência, suporte eletrônico, computador e console. A RM é um equipamento que faz uso de campos magnéticos e ondas de rádio para obtenção de uma imagem com grande resolução das estruturas do corpo (FELIX, 2015).</p><p>Em vários estudos que utilizaram a RM como método diagnóstico da EM, pôde- se observar resultados semelhantes, onde se verificou maior percentual de lesões na substância branca periventricular, que correspondem entre 86 a 96% dos casos. Lesões nos centros semiovais e no corpo caloso também podem ser bastante comuns (FONTES, 2016; FESTUGATO, 2019).</p><p>Em imagens ponderadas em T1, o contraste entre tecidos é otimizado quando se utilizam o tempo de eco (TE) e o tempo de repetição (TR) curtos. Quando se trata de imagens do crânio, quanto à visualização dos tecidos cerebrais, a substância branca é visualizada com o aspecto hiperintenso (maior intensidade de sinal) e a água e os líquidos representados pela substância cinza ficam hipointensos (menor intensidade de sinal). Já nas imagens ponderadas em T2 existe maior relação de contraste entre os tecidos quanto</p><p>se utiliza TR e TE longos. Para a anatomia da região cerebral, as áreas que concentram uma maior quantidade de líquido (substância cinza) irão ser visualizadas com hipersinal (maior intensidade de sinal), já a substância branca apresentará hipossinal (menor intensidade de sinal) (KLEIN, 2016; FELIX, 2015).</p><p>Existe um protocolo que é muito abrangente para auxílio ao diagnóstico de EM, podendo incluir uma varredura localizadora e as sequências de pulso: FLAIR sagital, T2 e FLAIR axial, axial T1 pré e pós-contraste. Já para aquisições de visualização das estruturas do crânio e tecido cerebral, utilizam-se as sequências sagitais T1, axial T2, coronal T2, axial T2*, axial difusão (CBR, 2018).</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Este estudo pôde descrever algumas características da esclerose múltipla, bem como as principais contribuições da ressonância magnética para a visualização e a análise dos achados radiológicos, quanto ao auxílio da identificação da lesão de EM. Atualmente, a RM pode ser considerada como um recurso importante para auxílio ao diagnóstico da esclerose múltipla, pelas relações entre as combinações de diferentes tipos de sequências de pulsos e protocolos, que possibilitam visualizar as lesões, confirmar o quadro de EM e excluir os supostos diagnósticos alternativos que se assemelham.</p><p>FONTE: Adaptada de ARAÚJO, D. L. et al. Utilização da ressonância magnética para diagnóstico da esclerose múltipla. Research, Society and Development, Vargem Grande Paulista, v. 9, n. 8, p. 1-13, 2020. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/5936/5144. Acesso em: 27 jan. 2022.</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>3</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· O serviço de diagnóstico por imagem tem como objetivo principal de qualidade a</p><p>segurança oferecida junto à realização dos exames.</p><p>· Os equipamentos de imagem precisam ser “ajustados” de forma diferente para cada patologia a ser estudada, a fim de avaliá-la adequadamente; caso contrário, o exa- me pode não ser útil para o seu estudo. Isso se aplica a todos os tipos de exames de imagem.</p><p>· A ficha de anamnese é de extrema importância, tornando-se necessário o preen- chimento correto e preciso das informações coletadas, para evitar equívocos que possam ocasionar danos irreversíveis ao paciente.</p><p>· As especialidades têm um tipo de protocolo específico para cada exame solicitado, por meio dos quais as imagens são adquiridas, sendo permitido o estudo da anatomia e o diagnóstico de anomalias e patologias.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 O biomédico, na operação de equipamentos, tem como responsabilidade, dentro do setor, sempre verificar o bom funcionamento dos equipamentos que irá operar. O objetivo do serviço de diagnóstico por imagem é sempre a qualidade do setor para o paciente, a qual irá depender de determinados fatores. Assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Dependerá sempre do bom funcionamento dos equipamentos.</p><p>b) ( ) Essa cultura depende de fatores e processos padronizados e tecnologias</p><p>integradas.</p><p>c) ( ) Dependerá de sinalizações sobre quebra de equipamentos e acidentes.</p><p>d) ( ) Dependerá de notificações sobre a operação dos equipamentos.</p><p>2 O biomédico, habilitado em imagenologia, está apto a várias atribuições dentro do setor de diagnóstico por imagem. Na manipulação dos equipamentos, são utilizados vários passos desde a aquisição das imagens até a emissão de laudos. Considerando o passo que deve ser realizado após a aquisição e o preparo da imagem, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Emissão dos laudos.</p><p>b) ( ) Gravação da imagem, em filme ou em CD.</p><p>c) ( ) Reconstrução da imagem.</p><p>d) ( ) Visualização das imagens.</p><p>3 A ficha de anamnese é muito importante para o profissional biomédico no setor de diagnóstico por imagem, pois tem como objetivo descobrir se o paciente é alérgico ou é propenso a ter uma reação alérgica. Com base no questionário de exames, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I- A terceira etapa é formada por questões mais direcionadas ao motivo que levou à solicitação do exame.</p><p>II- Na quarta etapa, as questões ficam direcionadas ao histórico do paciente.</p><p>III- A primeira etapa é formada por questões mais direcionadas ao motivo que levou à solicitação do exame, além dos dados pessoais do paciente.</p><p>Assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Somente a afirmativa I está correta.</p><p>b) ( ) As afirmativas II e III estão corretas.</p><p>c) ( ) Somente a afirmativa II está correta.</p><p>d) ( ) As afirmativas I e III estão corretas.</p><p>4 O setor de diagnóstico por imagem passou por diversas mudanças tecnológicas ao longo dos anos, sendo necessário o acompanhamento das padronizações de novos protocolos para a realização de exames. No caso da tomografia computadorizada, qual ponto é importante para uma boa aquisição?</p><p>5 Na imagenologia, o biomédico pode atuar em vários setores de radiologia, como na gestão, em que o biomédico atua na organização do serviço de diagnóstico por imagem. Dentro do serviço de gestão, qual é a responsabilidade do biomédico?</p><p>(</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>)ARAÚJO, D. L. et al. Utilização da ressonância magnética para diagnóstico da esclerose múltipla. Research, Society and Development, Vargem Grande Paulista,</p><p>v. 9, n. 8, p. 1-13. 2020. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/ view/5936/5144. Acesso em: 27 jan. 2022.</p><p>BRASIL. Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l4024. htm. Acesso em: 27 jan. 2022.</p><p>BRASIL. Lei Federal nº 6.684, de 3 de setembro de 1979. Regulamenta as profissões de Biólogo e de biomédico, cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Biologia e Biomedicina, e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1979a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/1970-1979/L6684.htm. Acesso em: 26 jan. 2022.</p><p>BRASIL. Lei nº 6.686, de 11 de setembro de 1979. Dispõe sobre o exercício da análise clínico-laboratorial. 1979b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ leis/1970-1979/l6686.htm. Acesso em: 26 jan. 2022.</p><p>BRASIL. Decreto nº 88.439, de 28 de junho de 1983. Dispõe sobre a regulamentação do exercício da profissão de biomédico de acordo com a Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979 e de conformidade com a alteração estabelecida pela Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982. 1983a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1980-1989/ d88439.htm. Acesso em: 25 jan. 2022.</p><p>BRASIL. Lei nº 7.135, de 26 de outubro de 1983. Altera a redação da Lei nº 6.686, de 11 de setembro de 1979, que dispõe sobre o exercício da análise clínico-laboratorial, e determina outras providências. 1983b. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/leis/l7394. Acesso em: 25 jan. 2022.</p><p>BRASIL. Lei no 7.394, de 29 de outubro de 1985. Regula o Exercício da Profissão de Técnico em Radiologia, e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 1985. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l7394. Acesso em: 25 jan. 2022.</p><p>BRASIL. Resolução nº 86 de 1986. Suspende a execução de expressões contidas no artigo 1º da Lei nº 6.686, de 11 de setembro de 1979, na redação que lhe deu o artigo 1º da Lei nº 7.135, de 26 de outubro de 1983 e a execução do artigo 2º desta última Lei. Brasília: Senado Federal, 1986. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ Constituicao/Congresso/RSF/ResSF86-1986.htm. Acesso em: 11 fev. 2022.</p><p>BRASIL. Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998. Dispõe sobre a organização da Presidência da República e dos Ministérios, e dá outras providências. Disponível em: http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9649cons.htm. Acesso em: 11 fev. 2022.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. RDC Anvisa nº 38, de 4 de junho de 2008. Dispõe sobre a instalação e o funcionamento de Serviços de Medicina Nuclear “in vivo”. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/ saudelegis/anvisa/2008/res0038_04_06_2008.html. Acesso em: 8 jan. 2022.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. INCA</p><p>– Instituto Nacional do Câncer. Manual para técnicos em radioterapia. Brasília: INCA, 2020. Disponível em: https://www.inca.gov.br/ publicacoes/manuais/manual-para-tecnicos-em-radioterapia. Acesso em: 8 jan. 2022.</p><p>CFBM – CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA. Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002. Dispõe sobre o Ato Profissional biomédico, fixa o campo de atividade do biomédico e cria normas de Responsabilidade Técnica. Brasília, 2002. Disponível em: https://crbm1. gov.br/RESOLUCOES/Res_78de29abril2002.pdf. Acesso em: 25 jan. 2022.</p><p>CFBM. Código de Ética da Profissão de biomédico. Resolução nº 198, de 21 de fevereiro de 2011. Brasília: CFBM, 2011. Disponível em: https://cfbm.gov.br/codigo-de- etica-da-profissao-de-biomedico. Acesso em: 11 fev. 2022.</p><p>CFBM. Resolução nº 234, de 5 de dezembro de 2013. Dispõe sobre as atribuições do biomédico habilitado na área de imagenologia, radiologia, biofísica, instrumentação médica que compõe o diagnóstico por imagem e terapia. Brasília, 2013. Disponível em: https://cfbm.gov.br/wp-content/uploads/2013/12/RESOLUCAO-CFBM-No-234-DE- 05-DE-DEZEMBRO-DE-2013.pdf. Acesso em: 26 jan. 2022.</p><p>CORREA, M. B. R. Radiologia. São Paulo: DCL, 2010.</p><p>COSTA, G. et al. Inserção do biomédico na área da Imagenologia em Hospitais e Clínicas no Rio Grande do Sul. Rev. Saúde. Com., Jequié, v. 3, n. 13, p. 951-955, 2017. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/rsc/article/view/3328/3444. Acesso em: 11 fev. 2022.</p><p>CRBM1. Conselho Regional de Biomedicina 1ª região, 5 nov. 2018. Atuação profissional, dúvidas. Disponível em: https://crbm1.gov.br/duvidas/o-profissional-biomedico-pode- fazer-laudos-de-exames-de-imagenologia/. Acesso em: 23 mar. 2022.</p><p>CRBM5. Conselho Regional de Biomedicina 5ª Região, 6 dez. 2019. Imagenologia: o corpo humano sob outro ponto de vista. Disponível em: https://crbm5.gov.br/ imagenologia-o-corpo-humano-sob-outro-ponto-de-vista/. Acesso em: 23 mar. 2022.</p><p>FERREIRA, E. C. et al. Manual de Atendimento Clínico em Semiologia. Faculdade de Medicina da UFMG, Belo Horizonte, 2008. Disponível em: https://ftp.medicina.ufmg. br/clm/2013/Manual_de_Atendimento_Clinico_Semiologia_I_26082013.pdf. Acesso em: 11 fev. 2022.</p><p>JUNIOR, A. C. Posicionamento Radiológico. São Paulo: Editora Rideel, 2012.</p><p>MATTOS, F. R. de. SPECT (Single photon emission tomography): Gama câmara, reconstrução tomográfica e características funcional. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Física Médica) – Universidade Estadual Paulista, Instituto de Biociências de Botucatu, 2009. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/handle/11449/119908. Acesso em: 11 fev. 2022.</p><p>MOURÃO, A. P. Tomografia Computadorizada: tecnologia e aplicações. São Paulo: Ed. Difusão, 2015.</p><p>NASCIMENTO, C. Ressonância Magnética Nuclear. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda., 2018.</p><p>REGINALDO, M. A. Ficha de anamnese em tomografia computadorizada: uma avaliação dos serviços de diagnóstico por imagem da cidade de Florianópolis. Trabalho de Conclusão de Curso (Tecnólogo em Radiologia), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina, Florianópolis, 2017. Disponível em: https://bit. ly/3x9eMMh. Acesso em: 11 fev. 2022.</p><p>RIBEIRO, E. C. O. et al. Perfil de competência do(a) biomédico(a) com ênfa- se em Imagenologia: norma 1.5. São Paulo: Hospital Sírio-Libanês, 2018.</p><p>SILVA, A. G. et al. Orientação as Gestantes quanto o uso da Radiação Ionização nos exames de raios-X. Curso de Radiologia das Faculdades Integradas de Três Lagoas da Associação de Ensino e Cultura de Mato Grosso do Sul (AEMS), 2013. Disponível em: https://silo.tips/download/orientaao-as-gestantes-quanto-o-uso-da-radiaao- ionizaao-nos-exames-de-raios-x. Acesso em: 11 fev. 2022.</p><p>(</p><p>CHAMADA</p><p>Preparado</p><p>para</p><p>ampliar</p><p>seus</p><p>conhecimentos?</p><p>Respire</p><p>e</p><p>vamos</p><p>em</p><p>frente!</p><p>Procure</p><p>um</p><p>ambiente</p><p>que</p><p>facilite</p><p>a</p><p>concentração,</p><p>assim</p><p>absorverá</p><p>melhor</p><p>as</p><p>informações.</p><p>)</p><p>(</p><p>—</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>2</p><p>)PROCEDIMENTOS PARA IDENTIFICAÇÃO DE ALTERAÇÕES ANATÔMICAS</p><p>E ESTRUTURAIS</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM</p><p>A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:</p><p>· dominar a base e aplicação da tomografia computadorizada (TC);</p><p>· dominar a base e aplicação da ressonância magnética (RM);</p><p>· dominar a base e aplicação da medicina nuclear (MN);</p><p>· dominar a base e aplicação da radioterapia (RT);</p><p>· dominar a base e aplicação da radiologia médica.</p><p>PLANO DE ESTUDOS</p><p>Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer dela, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.</p><p>TÓPICO 1 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA TÓPICO 2 – RESSONÂNCIA MAGNÉTICA TÓPICO 3 – MEDICINA NUCLEAR</p><p>TÓPICO 4 – RADIOTERAPIA TÓPICO 5 – RADIOLOGIA</p><p>CONFIRA</p><p>A TRILHA DA UNIDADE 2!</p><p>Acesse o</p><p>QR Code abaixo:</p><p>(</p><p>—</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>2</p><p>TÓPICO</p><p>1</p><p>)TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A tomografia computadorizada é um método de diagnóstico por imagem que, atualmente, tem sido cada vez mais utilizado na prática médica. O início do desenvolvimento dos estudos relacionados a esse método ocorreu na década de 1960, porém de modo lento por falta de um apoio matemático.</p><p>A primeira demonstração foi realizada pelo neurologista William Henry Oldendorf, em 1961, na qual foi produzido manualmente, um sistema de construção de uma seção transversal de um objeto feito de argolas de ferro e alumínio. Embora tenha sido uma invenção e um estudo experimental, foi um método considerado impraticável, pois era necessária uma análise extensa. Foi quando o físico e matemático Allan McLeod Cormack, em 1963, contribuiu com o estudo matemático sendo fundamental para os problemas de reconstrução. Em 1972, o engenheiro eletrônico Godfrey N. Hounsfield e Ambrose apresentaram um novo método para a utilização da radiação para medir a descontinuidade das densidades, gerando imagens com a finalidade diagnóstica. Após vários estudos e experimentos, Hounsfield e Ambrose apresentaram os resultados da experiência em artigos publicados (DAMAS, 2010).</p><p>(</p><p>IMPORTANTE</p><p>Em 1977, o primeiro tomógrafo do Brasil foi instalado no Hospital</p><p>Beneficência</p><p>Portuguesa</p><p>de</p><p>São</p><p>Paulo.</p><p>Pouco</p><p>tempo</p><p>depois,</p><p>em</p><p>28</p><p>de julho desse mesmo ano, um primeiro equipamento de tomografia</p><p>começou</p><p>a</p><p>funcionar</p><p>na</p><p>Santa</p><p>Casa</p><p>de</p><p>Misericórdia,</p><p>no</p><p>Rio</p><p>de</p><p>Janeiro.</p><p>A tecnologia continuou a evoluir com a criação de equipamentos</p><p>de</p><p>segunda,</p><p>terceira</p><p>e</p><p>quarta</p><p>gerações</p><p>e</p><p>modelos</p><p>helicoidais,</p><p>com</p><p>tempos de exames mais curtos, imagens mais velozes e refinadas,</p><p>com</p><p>custos</p><p>de</p><p>produção</p><p>mais</p><p>baixos</p><p>e</p><p>com</p><p>uma</p><p>baixa</p><p>significativa</p><p>no</p><p>valor dos equipamentos e exames. Atualmente, já existem na prática</p><p>médica</p><p>tomógrafos</p><p>multidetectores</p><p>de</p><p>64,</p><p>128</p><p>e</p><p>320</p><p>canais,</p><p>o</p><p>que</p><p>transformou</p><p>a</p><p>pesquisa</p><p>cardíaca</p><p>em</p><p>radiologia.</p><p>)</p><p>A utilização do equipamento diagnóstico de tomografia permite observar as</p><p>estruturas internas do corpo humano através de imagens de cortes anatômicos.</p><p>(</p><p>100</p><p>)</p><p>(</p><p>49</p><p>)</p><p>FIGURA 1 – EQUIPAMENTO TOMÓGRAFO COM SEUS COMPONENTES</p><p>FONTE: . Acesso em: 1 mar. 2022.</p><p>Essas imagens que permitem estudar alterações nos tecidos, visando ao diagnóstico. Assim, quando há suspeita de alteração em um órgão, a aquisição de uma série sucessiva de imagens de corte desse órgão permite observar todo o seu volume e encontrar alterações.</p><p>2 NOÇÕES TÉCNICAS SOBRE A TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA</p><p>Desde seu aparecimento até os dias atuais, a tomografia computadorizada evoluiu e contribuiu muito para a redução do tamanho dos equipamentos e do tempo da aquisição das imagens, melhorando a qualidade da imagem, o surgimento de novas aplicações e maior flexibilidade.</p><p>Os equipamentos de tomografia computadorizada são representados de acordo com as evoluções tecnológicas, conhecidos como primeira geração, segunda geração, terceira geração, quarta geração, helicoidais e multislice.</p><p>2.1 CLASSIFICAÇÃO DOS TOMÓGRAFOS</p><p>Conforme o movimento de varredura, os tomógrafos são classificados em:</p><p>· Primeira geração: continha um feixe em forma de lápis que se deslocava a 180°, de 2 em 2°, acompanhados por um detector, devido ao sistema de cabos, os quais impediam a rotação contínua dos tubos, com um tempo de varredura entre 4 e 5 minutos.</p><p>· Segunda geração: sofreu pequenas alterações na abertura do campo, que ficou com o feixe laminar em forma em leque, múltiplos detectores (cerca de 30), mo- vimento linear do sistema tubo/detector com rotações maiores de 30°, tempo de varredura em torno de 20 a 60 segundos.</p><p>· Terceira geração: continha a tecnologia da ampola realizar uma volta de 360° (perdeu os cabos de força), permitindo voltas contínuas em um anel. A diferença da potencialidade foi aplicada diretamente no anel, possibilitando que o conjunto de detectores girasse a 180° paralelamente à ampola, permitindo uma divergência de leque de até 45°, com tempo de aquisição das imagens (cortes de 3 a 5 segundos) de 20 cortes *5 = 100 segundos; assim como na segunda geração, contém uma pequena variação na resposta dos detectores, causando artefatos nas imagens no final se não forem corrigidas.</p><p>· Quarta geração: apresenta um anel de detectores fixo que cobre de 360° ao redor do paciente e somente o tubo de raios X gira 360° em torno do paciente, emitindo um feixe delgado em forma de leque, contendo múltiplos detectores, os quais são fixos, e o tempo de varredura varia em torno de 1 a 2 segundos.</p><p>· Aparelhos helicoidais: o diferencial deste tipo de exame é a aquisição volumétrica de dados, feita de modo contínuo, enquanto a mesa é movimentada para o interior do gantry, com uma velocidade constante e com a radiação ionizante, desenvolvendo uma trajetória em espiral. Novos conceitos foram introduzidos, como:</p><p>· revolução é o giro de 360° do conjunto dos tubos detectores. O tempo de aquisição dos cortes influencia a velocidade de rotação do conjunto tomográfico helicoidal com o tempo de revolução médio de 1 segundo;</p><p>· pitch é definido como distância percorrida pela mesa durante um giro de 360°, dividida pela colimação do feixe de raios X, o que representa a razão entre o deslocamento da mesa e a espessura de corte. Nas aquisições de imagens helicoidais 1:1, observa-se que a mesa se desloca na mesma proporção da espessura do corte em cada revolução. Se a relação do pitch for alterada para 2:1, a mesa se deslocará a uma distância equivalente ao dobro da espessura do corte por revolução. Nessas circunstâncias, é possível concluir que o tempo necessário para aquisição de 20 imagens será de 10 segundos, considerando um tempo de revolução de 1 segundo. Quanto maior for o pitch, menor será o tempo de aquisição e qualidade da imagem;</p><p>· interpolação é utilizada em casos em que o pitch é superior 1:1, com o objetivo de evitar que as espessuras de corte apresentem variações muito amplas; existem variações muito amplas, alguns dispositivos só adquirem dados em 180° de movimentação do tubo, interpolando os dados nos próximos 180°, calculados por computador com base nas informações obtidas na primeira parte da aquisição.</p><p>· Multislice: os equipamentos de tomografia possuem um tubo de raios X mais potente e ultramoderno, mais de uma fileira de detectores estrategicamente emparelhados; dessa forma, a cada revolução, em um giro do gantry de 360°, são gerados vários cortes, com espessura menor que 1 mm. Os equipamentos multislice podem ser encontrados em 2, 4, 8, 16, 32, 40 ou 64 canais, mas há também aqueles considerados “premium”, com 128, 256 ou 320 canais.</p><p>2.2 PRINCÍPIOS DE RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM</p><p>O equipamento de tomografia computadorizada possibilita criar imagens com corte anatômico axial, utilizando um computador. Diferentemente da tomografia convencional, esse método usa um tubo gerador de raios X, que emite radiação enquanto se move em círculo ou semicírculo em torno do objeto do qual se deseja gerar a imagem. Em vez de gerar a imagem diretamente sobre o filme radiográfico, a radiação que atravessa o objeto, sendo captada por detectores posicionados em oposição à fonte de radiação após o objeto (MOURÃO, 2015).</p><p>As imagens geradas são reconstruídas através de um grande número de mediações em diversas posições do tubo detector em relação ao objeto. Os dados que os detectores coletam são convertidos em um sinal digital e enviados ao computador.</p><p>As imagens de tomografia possuem pixel, voxel e matriz como elementos</p><p>básicos da imagem digital:</p><p>· pixel: é a menor unidade da imagem representada na tomografia por um ponto quadrado de escala de cinza atenuado pelo feixe de raios X,, assim, uma imagem é formada por inúmeros pixels. O conjunto de pixels está distribuído em colunas e linhas que formam a matriz.</p><p>· voxel: é o pixel com volume e profundidade, sendo uma imagem tridimensional representada pela espessura de corte. Poderá ser isotrópico, quando apresentar as mesmas dimensões entre a sua largura × altura × profundidade, ou anisotrópico, quando essas medidas forem diferentes;</p><p>· matriz: é representada pelo número de linhas ou colunas de pixels que constituem a imagem. Quando aparecem em matriz quadrada, geralmente, as imagens contêm entre 256 e 1.024, sendo a de 512 a matriz mais utilizada. Quanto maior for a matriz, maior será a resolução espacial da imagem, o que exigirá um maior poder de processamento por parte do equipamento, podendo alterar o tempo de exame.</p><p>A matriz utilizada na tomografia é definida como quadrada, logo o número de linhas será igual ao número de colunas. As matrizes mais comuns são:</p><p>· 128 × 128 = 16.384.</p><p>· 256 × 256 = 65.536.</p><p>· 512 × 512 = 262.144.</p><p>· 1024 × 1024 = 1.048.576.</p><p>Fov é o campo de visão que representa o tamanho máximo do objeto em estudo que ocupa a matriz. O fov caracteriza o tamanho máximo que um objeto pode ocupar dentro de uma matriz; não se deve compensar o uso de um fov grande com o uso do zoom, que é um ajuste computacional que distorce a imagem, diminuindo a sua resolução.</p><p>3 COMPONENTES DO EQUIPAMENTO</p><p>O gantry é a parte maior da instalação de um equipamento de tomografia. É um dispositivo com um formato de uma enorme rosca, que, em seu interior, tem o tubo gerador do feixe de raios X, os detectores, os conversores analógico e digital, as fontes e os componentes mecânicos necessários para as movimentações de varredura, as quais permitem a aquisição de dados, além de parte do sistema eletrônico utilizado no controle desses elementos.</p><p>O gantry possui uma abertura em formato circular com diâmetro, que varia entre 60 e 70 cm, na qual o paciente, após devidamente acomodado na mesa, é introduzido e posicionado em relação à linha de passagem do feixe de raios X emitido pelo tubo, com auxílio de lasers de posicionamento. Após o posicionamento do paciente e do início do processo de aquisição de dados, o tubo realiza uma série de movimentações predeterminadas, que dependerá do modelo do equipamento e da programação previamente estabelecida. Dentro do gantry, estão também os sistemas de refrigeração do tubo de raios X e os motores para angulação do conjunto (MOURÃO, 2015).</p><p>A mesa permite utilizar acessórios para uma melhor acomodação do paciente, em função da região de estudo, de maneira que ele fique o mais estático e confortável possível durante a aquisição dos dados, para geração da imagem. A mesa deve ser composta por um material resistente, para suportar o peso do paciente, e rígido o suficiente, para não flexionar à medida que se desloca para dentro da abertura do gantry.</p><p>Como qualquer outro equipamento de raios X, os equipamentos de tomografia computadorizada contam com um tubo para a geração do feixe de raios X. O tubo tem princípio de funcionamento similar aos de aparelhos convencionais de raios X, porém, diferentemente dos demais equipamentos de raios X, nos quais o tubo permanece estático durante a geração do feixe, nos equipamentos de tomografia, o tubo está em movimento circular no interior do gantry durante seu funcionamento (DAMAS, 2010).</p><p>Os tubos de raios X dos equipamentos de tomografia trabalham alimentados com valores de alta tensão em corrente contínua, e os</p><p>ânodos são semelhantes aos equipamentos de raios X e também utilizam alvo de tungstênio.</p><p>Os detectores de radiação são responsáveis pela captação da radiação que ultrapassa no objeto, transformando essa informação em um sinal elétrico, que, após digitalizado, pode ser reconhecido pelo computador. Permitem determinar a quantidade de radiação que conseguiu atravessar o objeto sem interagir e, dessa forma, o compu- tador obtém a parcela do feixe absorvida no trajeto por ele percorrido (MOURÃO, 2015).</p><p>Os equipamentos de tomografia podem utilizar alguns tipos de detectores de</p><p>radiação:</p><p>· os detectores de câmara de ionização são compostos por pequenos tubos, que contêm gás nobre em seu interior, frequentemente, gás xenônio, que, na presença de radiação, sofre uma ionização temporária, surgindo uma pequena corrente elétrica que levará a informação para o computador. Essa corrente será proporcional à ionização gerada no interior do detector, refletindo na intensidade da radiação residual na sua trajetória (MOURÃO, 2015);</p><p>· os detectores de cristais luminescentes são criados a partir de cristais de iodeto de sódio, unidos a pequenas câmaras fotomultiplicadoras. Quando o feixe interage com esses cristais, uma pequena quantidade de luz é emitida proporcionalmente à intensidade de radiação incidente;</p><p>· os detectores de estado sólido são compostos por materiais de terras raras, cristais luminescentes (iodeto de césio, sódio, cadmio, dopado com tálio), absorvem os raios X e emitem luz proporcionalmente aos raios X incidentes. Os detectores devem ser calibrados para reconhecer os demais tecidos.</p><p>O sistema de computação tem como responsabilidade a geração de imagens tomográficas, a partir do processamento dos sinais enviados pelos detectores de radiação. Possui um software próprio com algoritmos especiais, capazes de obter imagens digitalizadas a partir dos sinais enviados pelos detectores (DAMAS, 2010).</p><p>Essa imagem é armazenada no computador, o que possibilita sua manipulação. O computador também tem como responsabilidade realizar toda a programação do equipamento, permitindo fazer testes de calibração para o funcionamento do sistema. A programação possibilita definir os parâmetros de alimentação do tubo, posições de planos de corte, distância entre eixos de cortes, ou seja, é através do computador que se faz todo o controle do sistema da geração de imagens e de programação dos exames (DAMAS, 2010).</p><p>O painel de controle permite o comando do equipamento de tomografia computadorizada, realizado através do console de seu computador, com o auxílio de um teclado, para a introdução de dados, e de um monitor, que permite visualizar a programação, a aquisição de dados e as imagens obtidas, além de mouse para facilitar a manipulação das imagens.</p><p>4 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)</p><p>O Procedimento Operacional Padrão (POP) é um manual descritivo para a realização das tarefas e dos procedimentos dentro do setor de diagnóstico por imagem, com objetivo de informar os profissionais envolvidos nos processos sobre as diretrizes, padronizando os fluxos existentes e determinando o que, como, por quem e quando determinada atividade deve ser realizada (EBSERH, 2020).</p><p>Na área de diagnóstico por imagem, a qualidade, a eficiência e a eficácia de uma série de operações devem seguir os critérios técnicos, obedecendo às normas e à legislação relacionadas a cada setor ou atividade.</p><p>Cada instituição possui um POP, de acordo com as suas diretrizes, por isso é fundamental que, em cada rotina, todos os colaboradores que possuam contato direto com os processos tenham pleno conhecimento sobre o conteúdo do manual descritivo, além de se manterem informados sobre as revisões e as atualizações desse material (EBSERH, 2020).</p><p>A partir desse manual, os colaboradores obtêm um importante auxílio para a consulta da descrição dos procedimentos. Em geral, o POP, para setor de tomografia computadorizada, deve conter uma checklist de informações, para descrever a rotina a ser documentada, apresentando:</p><p>· nome da instituição;</p><p>· nome do procedimento;</p><p>· responsável pela elaboração do POP;</p><p>· setor;</p><p>· público-alvo, descrito pelos cargos ou pela função;</p><p>· descrição dos materiais envolvidos na tarefa;</p><p>· descrição das siglas;</p><p>· gráficos, fluxogramas e imagens, quando necessários;</p><p>· documentações de referência;</p><p>· passo a passo do procedimento;</p><p>· validação e revisão (EBSERH, 2020).</p><p>No setor de tomografia, a equipe envolvida nos processos deve ser composta por:</p><p>· Biomédico: responsável pela operação dos equipamentos e pela execução dos exames, pode realizar a admissão, a anamnese e a administração do contraste ao paciente.</p><p>· Enfermagem: responsável por admissão, anamnese, acesso venoso, administração</p><p>de contraste e acompanhamento do paciente junto ao profissional biomédico.</p><p>· Médico	radiologista:	responsável	pela	prescrição	do	contraste,	pelo acompanhamento na execução dos exames, pelo laudo etc.</p><p>· Recepção: responsável pelo cadastro em sistema e pela orientação do paciente no preenchimento dos documentos, como questionários e termos de consentimento.</p><p>· Farmácia: responsável pelo fornecimento dos materiais utilizados no setor, bem</p><p>como pelos medicamentos a serem administrados.</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>1</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· A tomografia computadorizada é um método de diagnóstico por imagem que, nos dias atuais, tem sido cada vez mais utilizado na prática médica.</p><p>· As imagens geradas são reconstruídas, através de um grande número de mediações, em diversas posições do tubo detector em relação ao objeto.</p><p>· É essencial que todos os componentes do equipamento estejam em bom alinhamen- to para que se tenha uma boa aquisição da imagem tomográfica.</p><p>· Cada instituição possui um POP, de acordo com as suas diretrizes.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 A tomografia computadorizada, até os dias atuais, evoluiu e contribuiu muito para a redução do tamanho dos equipamentos e do tempo da aquisição das imagens. Comparando a primeira e a segunda gerações de equipamentos de tomografia, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) A eliminação do movimento de translação foi uma vantagem na segunda geração.</p><p>b) ( ) O feixe de raios X na forma de leque foi mantido na segunda geração.</p><p>c) ( ) A evolução no tubo de raios X, na segunda geração, melhorou a qualidade da</p><p>imagem.</p><p>d) ( ) O uso de vários detectores resultou em um número menor de rotações por</p><p>varredura e, portanto, em menor tempo de varredura.</p><p>2 O gantry é a maior parte da instalação de um equipamento de tomografia. É um dispositivo com formato de uma enorme rosca, que contém vários componentes fundamentais para o bom funcionamento do equipamento. Entre os vários componentes encontrados no gantry, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Tubo de raios X, motor para rotação e painel.</p><p>b) ( ) Placas de componentes eletrônicos e detectores.</p><p>c) ( ) Tubo de raios X, detectores e conversores analógico e digital.</p><p>d) ( ) Workstation, dispositivo de laser e tubo de raios X.</p><p>3 A evolução das tecnologias da tomografia computadorizada trouxe mudanças significativas nos equipamentos de terceira geração, porém ainda há uma semelhança com os de segunda direção. Sobre essa semelhança, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Executa apenas um movimento em relação aos dados.</p><p>b) ( ) Apresenta pequenas variações entre as respostas dos detectores que, se não</p><p>forem corrigidas, causam artefatos nas imagens.</p><p>c) ( ) Velocidade na aquisição das imagens.</p><p>d) ( ) Apresentam uma fileira de detectores.</p><p>4 A tomografia computadorizada, até os dias atuais, evoluiu e contribuiu muito para a redução do tamanho dos equipamentos e do tempo da aquisição das imagens, melhorando a qualidade da imagem, o surgimento de novas aplicações e apresentando maior flexibilidade. Disserte sobre a evolução dos equipamentos de segunda geração para equipamento multislice.</p><p>5 As imagens tomográficas são reconstruídas através de um grande número de me- diações em diversas posições do sistema tubo detector em relação ao objeto. Os</p><p>dados coletados pelos detectores são convertidos em um sinal digital e enviados ao computador. Um dos elementos básicos da imagem digital é conhecido como matriz. Qual a influência da matriz na imagem de tomografia computadorizada?</p><p>(</p><p>-</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>2</p><p>TÓPICO</p><p>2</p><p>)RESSONÂNCIA MAGNÉTICA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A ressonância magnética fundamenta-se no uso de campos magnéticos e ondas de rádio para a obtenção de uma imagem. Trata-se de um método diagnóstico que permite a avaliação dos diversos sistemas do organismo humano. Possui a capacidade de diferenciar tecidos e explorar aspectos anatômicos e funcionais com excelentes resultados, não havendo emissão de radiação.</p><p>A ressonância magnética é conhecida desde 1940. Foi descoberta por Edward</p><p>Mills Purcell e Felix Bloch que receberam um prêmio Nobel de física, em 1952.</p><p>FIGURA 2 – IMAGEM DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA COM CORTES AXIAL, CORONAL E SAGITAL</p><p>FONTE: . Acesso em: 1 mar. 2022.</p><p>O equipamento de ressonância magnética possui um campo magnético que funciona como um grande imã. Na radiologia convencional e na tomografia computadorizada, as imagens resultam das diferenças entre raios X absorvidos e não absorvidos pelos elétrons por efeito fotoelétrico; a radiação ionizante interage com os elétrons da região estudada e o contraste final, depende dos diferentes coeficientes de atenuação dos tecidos, ou seja, quanto mais branca a imagem, maior densidade do tecido, ao mesmo tempo que, quanto mais escura a imagem, menor densidade do tecido (DAMAS, 2010).</p><p>2 NOÇÕES TÉCNICAS SOBRE A RESSONÂNCIA MAGNÉTICA</p><p>Na ressonância magnética, a compreensão das imagens não é tão simples, pois uma determinada patologia pode aparecer branca, mas, em algumas imagens, em uma densidade mais escura. A imagem de ressonância magnética depende não somente da densidade dos tecidos, mas também da sequência de pulsos (DAMAS, 2010).</p><p>Para obter um efeito de ressonância, é preciso que a frequência periódica das ondas eletromagnéticas seja igual à frequência de movimento, isto é, a ressonância magnética é um fenômeno físico de troca de energia entre as forças periódicas e o corpo em movimento, baseando-se na troca de energia entre os núcleos do átomo de hidrogênio com as ondas eletromagnéticas criadas dos campos magnéticos oscilatórios (NASCIMENTO, 2018).</p><p>A obtenção da ressonância magnética a partir do hidrogênio se deve ao fato de tal elemento apresentar resposta a campos magnéticos externos e também ser um dos principais constituintes da matéria orgânica, chegando a representar 70% do corpo humano. A obtenção de imagens a partir de outros elementos, como sódio, flúor e fósforo, também é possível.</p><p>Para entender a ressonância magnética, é necessário conhecer alguns conceitos:</p><p>· ondas eletromagnéticas: são fenômenos eletromagnéticos, nos quais as correntes de deslocamento são preponderantes as de condução. Os campos eletromagnéticos são regidos por equações de ondas, cujas derivadas de segunda ordem em relação ao espaço são proporcionais à derivada segunda em relação ao tempo (DAMAS, 2010);</p><p>· forças magnéticas: provoca mudança na direção da partícula em movimentos que continuam com a mesma velocidade. A força magnética atua sobre os elétrons livres que constituem a corrente elétrica. Como os elétrons estão dentro do condutor, a força é transferida ao condutor e há a realização de trabalho. As forças magnéticas sobre partículas carregadas e que conduzem a corrente resultam em campo magnético; para contrapor essas forças, restabelecendo o equilíbrio, é preciso aplicar forças iguais e opostas (DAMAS, 2010);</p><p>· hidrogênio: é um átomo abundante na matéria orgânica, possui apenas um próton, apresenta movimento de rotação em torno do seu eixo, conhecido como spin nuclear, e, quando submetido ao externo, altera suas características e inicia um movimento chamado de precessão;</p><p>· movimento de precessão: em um campo magnético forte, o átomo de hidrogênio sofre alteração nas suas características. Nessas condições, o núcleo altera o seu eixo giratório de uma linha para um cone, resultando na força externa que atua sobre o átomo e assemelha-se ao movimento giratório de um peão ao perder a sua força (NASCIMENTO, 2018);</p><p>· magnetização longitudinal: sob ação de um campo magnético externo, o hidrogênio passa a ter a força magnética, conhecida como força microscópica. Uma grande quantidade de hidrogênio com força magnética microscópica, alinhada a um campo magnético externo, resulta em uma força maior, chamada de magnetização longitudinal, que é o vetor magnético utilizado na ressonância magnética para a indução de correntes elétricas posicionadas junto ao sinal;</p><p>· equilíbrio dinâmico: quando o paciente é colocado no interior do equipamento de ressonância magnética, os átomos de hidrogênio do seu corpo são orientados para a linha de força do campo magnético. A maioria dos átomos de hidrogênio é orientada em uma direção do eixo longitudinal, conhecida como população de baixa energia. A menor parte dos átomos de hidrogênio com maior energia é posicionada em direção oposta, conhecida como população de alta energia. A magnetização longitudinal é a somatória vetorial de ambas as populações de hidrogênio e surge, inicialmente, na direção da população de menor energia (DAMAS, 2010).</p><p>Os hidrogênios de baixa carga absorvem energia e saltam para o lado mais energético, enquanto os de maior carga passam por um processo de liberação de energia e saltam para os de baixa energia.</p><p>3 COMPONENTES DO EQUIPAMENTO</p><p>Um sistema de ressonância magnética possui os seguintes componentes</p><p>fundamentais para o seu funcionamento:</p><p>· O magneto produz o campo magnético, ou seja, fornece um campo magnético de força estática, medido em unidades tesla (1 tesla é igual a 10.000 Gauss). Por exemplo, o campo magnético da terra é de 0,00005 tesla e a potência do equipamento de ressonância magnética varia de 0,1 a 3 teslas (NASCIMENTO, 2018). Os magnetos podem ser:</p><p>· resistivos: o campo magnético é criado pela passagem de uma corrente elétrica através de uma bomba de fio e necessita de grandes quantidades de energia para a produção de campos magnéticos de até 0,3 tesla;</p><p>· permanentes: são magnetos com propriedades magnéticas permanentes, como um ímã de geladeira. Podem ter campos magnéticos de até 0,3 tesla;</p><p>· supercondutores: são magnetos que utilizam um material supercondutor, que não possui resistência à corrente elétrica e permite que essa corrente possa ser mantida sem uso de energia elétrica. Necessitam ser resfriados com criogênicos, como nitrogênio líquido e hélio líquido. Produzem campos magnéticos de até 3 teslas.</p><p>· A bobina tem como função captar sinal elétrico até ir para a frente e produzir imagem.</p><p>As bobinas podem ser de vários tipos, como:</p><p>· bobina de gradiente: causam precessão em diferentes partes do corpo do paciente, possuem apenas uma fração da potência do campo magnético principal. Tem como função mapear o sinal de ressonância magnética, codificando o sinal emitido pelo paciente ao longo de três direções perpendiculares (X, Y e Z). Também são necessárias para a seleção do plano espessura do corte;</p><p>· bobinas de radiofrequência: são antenas que produzem e detectam a radiofrequência. São utilizadas para excitar uma determinada região com pulsos de radiofrequência e medir o sinal emitido pelos tecidos, influenciando decisivamente na qualidade das imagens;</p><p>· bobina corporal: de grandes dimensões, é utilizada nos exames que requerem grandes campos de exploração; está localizada no corpo do magneto principal e é empregada em exames da região abdominal e tórax;</p><p>· bobinas de superfície: são receptoras de sinal e adaptam-se às regiões estudadas, sendo exemplos as bobinas para joelho, ombro, coluna etc.;</p><p>· bobinas de quadratura: de superfícies planas, sendo duas ou mais conjugadas e posicionadas em contato com a região anatômica a ser estudada;</p><p>· bobinas de arranjo de fase: são constituídas de múltiplas bobinas, que são conjugadas e aumentam a qualidade da imagem gerada;</p><p>· bobina de crânio: utilizada para exames</p><p>de crânio, módulo TPM (sigla do inglês Total Productive Maintenance, que pode ser traduzida como manutenção produtiva total), também pode ser utilizada para exames de mão;</p><p>· bobina cardíaca: usada para a área cardíaca e também para parte pélvica, abdome superior.</p><p>· O suporte eletrônico é responsável pelo fornecimento de energia e pela recepção da radiofrequência, produz a voltagem e corrente para magneto, bobina de gradiente, sistema de resfriamento e computador. Também envia os pulsos de radiofrequência e recebe os sinais emitidos pelo paciente. O consumo varia de 25 a 150 quilowatts (NASCIMENTO, 2018).</p><p>· O computador processa as informações de todo o sistema de ressonância magnética, realiza a aquisição e a reconstrução da imagem; possui um console que controla e opera o sistema.</p><p>· O espaço k não é um local físico no equipamento de ressonância magnética; trata- se de um conceito abstrato, que auxilia no entendimento de sequências de pulso modernas e metodologias de aquisição, podendo ser útil visualizar o espaço k como uma matriz.</p><p>4 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)</p><p>O POP é um manual descritivo para a realização das tarefas e dos procedimentos dentro do setor de diagnóstico por imagem, com objetivo de informar os profissionais envolvidos nos processos sobre as diretrizes, padronizando os fluxos existentes e determinando o que, como, por quem e quando determinada atividade deve ser realizada (EBSERH, 2020).</p><p>Na área de diagnóstico por imagem, a qualidade, a eficiência e a eficácia de uma série de operações devem seguir os critérios técnicos, obedecendo às normas e à legislação relacionadas a cada setor ou atividade.</p><p>Cada instituição possui um POP, de acordo com as suas diretrizes, por isso é fundamental que, em cada rotina, todos os colaboradores que possuam contato direto com os processos tenham pleno conhecimento sobre o conteúdo do manual descritivo, além de se manterem informados sobre as revisões e as atualizações desse material (EBSERH, 2020).</p><p>A partir do manual, os colaboradores podem obter um importante auxílio para a consulta da descrição dos procedimentos. Em geral, o POP, para o setor de ressonância magnética, deve conter uma checklist de informações, para descrever a rotina a ser documentada, apresentando:</p><p>· nome da instituição;</p><p>· nome do procedimento;</p><p>· responsável pela elaboração do POP;</p><p>· setor;</p><p>· público-alvo, descrito pelos cargos ou pela função;</p><p>· descrição dos materiais envolvidos na tarefa;</p><p>· descrição das siglas;</p><p>· gráficos, fluxogramas e imagens, quando necessários;</p><p>· documentações de referência;</p><p>· passo a passo do procedimento;</p><p>· validação e revisão (EBSERH, 2020).</p><p>No setor de ressonância, a equipe envolvida nos processos deve ser</p><p>composta por:</p><p>· Biomédico: responsável pela execução dos exames e pela operação dos equipamentos, podendo realizar a admissão, a anamnese e a administração do contraste ao paciente.</p><p>· Enfermagem: responsável por admissão, anamnese, acesso venoso, administração</p><p>de contraste e acompanhamento do paciente junto ao profissional biomédico.</p><p>· Médico	radiologista:	responsável	pela	prescrição	do	contraste,	pelo acompanhamento na execução dos exames, pelo laudo etc.</p><p>· Recepção: responsável pelo cadastro do paciente em sistema e por sua orientação no preenchimento dos documentos, como questionários e termos de consentimento.</p><p>· Farmácia: responsável pelo fornecimento dos materiais utilizados no setor, bem</p><p>como dos medicamentos a serem administrados.</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>2</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· A ressonância magnética é um método diagnóstico que permite a avaliação dos</p><p>diversos sistemas do organismo humano.</p><p>· A imagem de ressonância magnética depende não somente da densidade dos</p><p>tecidos, mas também da sequência de pulsos.</p><p>· É essencial que todos os componentes do equipamento estejam em bom alinhamento para que se tenha uma boa aquisição de uma imagem na ressonância magnética.</p><p>· Cada instituição possui um POP, de acordo com as suas diretrizes.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 A ressonância magnética fundamenta-se no uso de campos magnéticos e ondas de rádio para a obtenção de uma imagem. Trata-se de um método diagnóstico que permite a avaliação dos diversos sistemas do organismo humano. Sobre os métodos de ressonância magnética, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Assim como o ultrassom, a ressonância tornou-se um método importante pela ausência de radiação ionizante, que pode provocar lesões nas células.</p><p>b) ( ) Assim como a cintilografia, a ressonância tornou-se um método importante pela ausência de radiação ionizante, que pode provocar lesões nas células.</p><p>c) ( ) Assim como o ultrassom, a ressonância tornou-se um método importante pela ausência de radiação não ionizante, que pode provocar lesões nas células.</p><p>d) ( ) Assim como a cintilografia, a ressonância tornou-se um método importante pela ausência de radiação não ionizante, que pode provocar lesões nas células.</p><p>2 A ressonância magnética possui uma tecnologia moderna, que pode diagnosticar várias patologias com maior precisão, quando comparada com os outros exames de imagem, como os raios X e a tomografia computadorizada. Sobre uma característica importante da ressonância magnética, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Sua capacidade de distinguir tecidos moles com nitidez.</p><p>b) ( ) Sua incapacidade de distinguir tecidos moles com nitidez.</p><p>c) ( ) Sua capacidade de distinguir tecidos densos com nitidez.</p><p>d) ( ) Sua incapacidade de distinguir tecidos densos com nitidez.</p><p>3 A ressonância magnética é um fenômeno físico de troca de energia entre as forças periódicas e o corpo em movimento, com base em vários fatores e conjuntos para se obter uma troca de energia. Com relação às características da ressonância magnética, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) A ressonância magnética utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para a geração das imagens a partir da eletrosfera do átomo, pela atenuação dos feixes de elétrons.</p><p>b) ( ) A ressonância magnética utiliza campos magnéticos e raios X para a geração de</p><p>imagem a partir da eletrosfera do átomo, pela atenuação dos feixes de elétrons.</p><p>c) ( ) Ressonância magnética utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para a geração de imagens a partir do núcleo atômico, utilizando-se do sinal produzido pela razão giromagnética desse núcleo.</p><p>d) ( ) A ressonância magnética faz uso de colimadores e ondas de rádio para a obtenção de imagens a partir do núcleo atômico, utilizando-se do sinal produzido pela razão giromagnética desse núcleo.</p><p>4 Um sistema de ressonância magnética possui vários componentes fundamentais para o seu funcionamento, como o magneto, que produz o campo magnético. Diferencie os magnetos resistivos, permanentes e supercondutores.</p><p>5 Para que haja efeito de ressonância, é necessário que a frequência periódica das ondas eletromagnéticas seja igual à frequência de movimento dos corpos, com base na troca de energia entre núcleo de átomo e ondas eletromagnéticas. Qual átomo é o mais utilizado e por quê?</p><p>(</p><p>-</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>2</p><p>TÓPICO</p><p>3</p><p>)MEDICINA NUCLEAR</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza pequenas quanti- dades de material radioativo combinadas a fármacos para obter imagens do organis- mo. Permite avaliação funcional e realiza estudos fisiológicos, a fim de diagnosticar ou tratar doenças.</p><p>Em 1896, Antoine Henri Becquerel descobriu que o urânio emitia radiação capaz de atravessar corpos opacos. Em 1903, um grupo de Manchester estabeleceu três postulados:</p><p>· o elemento radioativo transmuta-se espontaneamente de uma espécie química para outra diferente;</p><p>· a transmissão ocorre simultaneamente com a emissão de radiação;</p><p>· a radioatividade é um processo de caráter subatômico, tendo origem no íntimo do átomo.</p><p>Em 1948, cientistas descobriram que os raios gama poderiam ser detectados por tubos fotomultiplicadores, trabalhando no desenvolvimento de um equipamento com esses tubos, transformando os raios detectados em raios gama.</p><p>2 NOÇÕES TÉCNICAS SOBRE</p><p>A MEDICINA NUCLEAR</p><p>Na medicina nuclear, ao contrário da radiologia convencional, o paciente é a fonte de radiação. Para entendermos melhor a medicina nuclear, é importante conhecermos alguns conceitos. A radiação é a propagação de energia através de partículas ou ondas eletromagnéticas com uma determinada velocidade. Podem ser geradas por fontes naturais ou equipamentos emissores. Sua energia varia de acordo com a fonte emissora podendo ser baixa ou de alta dose.</p><p>Os tipos de radiação são:</p><p>· não ionizante: baixa dose, não produzem interação com a molécula, não alterando a mesma (luz, calor, ondas de rádio);</p><p>· radiação ionizante: a radiação consiste em ondas eletromagnéticas com energia suficiente para alterar a estruturas do elétron num processo conhecido como ionização.</p><p>Átomo é a unidade básica de toda a matéria (partícula fundamental) e a integração deles forma a matéria. Os prótons e os elétrons são partículas eletricamente carregadas. Os prótons e nêutrons têm aproximadamente a mesma massa. Os elétrons possuem massa aproximadamente 2.000 vezes menor que a de um próton e, portanto, ela é desprezível em relação a massa atômica.</p><p>O número de prótons determina o elemento químico. Prótons mais nêutrons determinam a massa do elemento químico. Isótopos sempre possuem o mesmo número de prótons número Z, mesmo elemento químico, mas diferem em número de nêutrons. Isótonos possuem mesmo número de nêutrons no núcleo, mas diferem em número de prótons (elementos diferentes). Isóbaros possuem o mesmo número de massa (a soma de prótons mais nêutrons), mas diferenciam no número atômico (elementos químicos diferentes).</p><p>A radioatividade é a propriedade dos átomos de se desintegrarem espontaneamente para se tornarem estáveis e, assim, emitirem radiação.</p><p>Radiofármaco é a interação de um radioisótopo, elemento que produz radioatividade absorvida pelos cristais cintiladores com o fármaco, medicação responsável por levar o radioisótopo ao local alvo. Todos os radioisótopos são criados em reatores nucleares ou aceleradores lineares ou cíclotrons. Um isótopo radioativo tem como características possuir instabilidades nucleares que são eliminadas por emissão de partículas (neutras ou carregadas) ou de fótons, para que o átomo decaia para um núcleo de menor número atômico, instável ou estável (não radioativo) (MATTOS, 2009).</p><p>São utilizados vários radiofármacos, cada um com uma finalidade no diagnóstico,</p><p>tendo um tempo de meia-vida que varia de dias a anos.</p><p>2.1 PRINCÍPIOS DE FORMAÇÃO DA IMAGEM EM MEDICINA NUCLEAR</p><p>A radiação é emitida pelo paciente. Acontece a transformação da energia dos raios gama em fótons de luz. A intensificação dos fótons com tubos fotomultiplicadores é capaz de detectar milhões de fótons por segundos e essa conversão dos fótons é gerada em imagens através do computador.</p><p>Como sequência, para se obter um exame eficaz, o paciente deverá primeiro ter administração do fármaco, aguardar o seu tempo de concentração, a aquisição da imagem e o processamento da imagem.</p><p>2.2 TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE FÓTON ÚNICO (SPECT)</p><p>Uma câmara SPECT é similar à de uma câmara planar, mas com duas características adicionais. Primeiro, a câmara SPECT é feita para que a cabeça possa girar gradual ou continuamente sobre o paciente, adquirindo múltiplas imagens. Em segundo lugar, é utilizado um computador que integra as múltiplas imagens para produzir uma visão seccional do órgão.</p><p>As câmaras de uma cabeça devem girar uma volta inteira (360°) para obter todas as imagens necessárias da maioria dos órgãos. Já as câmaras de cabeça dupla necessitam girar apenas até a metade (180°), para obter uma mesma imagem, enquanto uma câmera de três cabeças necessita girar apenas 120° para obter uma mesma visão.</p><p>Com base em uma determinada dose de um radiofármaco, são geradas melho- res imagens utilizando altas contagens a partir de longas aquisições. Contudo, o con- forto e a cooperação dos pacientes limitam o tempo de aquisição, para melhor formação das imagens. Tempos de aquisição entre 20 e 40 segundos por imagem de projeção são utilizados como padrão.</p><p>Em quase todos os equipamentos SPECT, encontramos um sistema de detecção da gama câmara com uma junção do gantry rotacional, que é suficiente para obter os dados necessários para uma imagem tomográfica. Os detectores têm como função fazer a câmara gama detectar a origem espacial de radiofármacos emitida pelo paciente, podendo ser divididas em zonas frias (pouca absorção de radiofármaco) e zonas quentes (alta absorção de radiofármaco).</p><p>2.3 TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS (PET/CT)</p><p>A tomografia por emissão de prótons (PET/CT) é uma técnica tomográfica que mede, em três dimensões, a distribuição de emissores pósitrons marcados com radiofármaco. Essa técnica permite uma avaliação quantitativa e qualitativa dos processos fisiológicos e bioquímicos de forma não invasiva.</p><p>FIGURA 3 – IMAGEM PET/CT DO CRÂNIO COM CORTES AXIAIS</p><p>FONTE: . Acesso em: 1 mar. 2022.</p><p>A PET/CT usa radiotraçadores que emitem pósitrons (partículas beta), os quais ocorrem quando um átomo tem excesso de prótons, tornando- se instável. Para que esse átomo se torne estável, um próton se transforma em um nêutron, emitindo um antineutrino e uma partícula chamada de pósitron. Logo após ser emitido, o pósitron se aniquila com um elétron, sendo gerados dois raios gama de 511 keV em direções opostas. Assim, detectores de cintilação são colocados em frente à fonte de emissora de pósitrons.</p><p>Esse processo resulta na detecção de um evento de coincidência, que localiza um evento de aniquilação em algum lugar ao longo da linha de resposta, unindo os dois detectores. Em um equipamento de PET, existem centenas desses pontos de bancos de detectores em forma de anel em torno do paciente, 360° (MENEZES, 2015). O detector é o coração do equipamento PET.</p><p>3 COMPONENTES DO EQUIPAMENTO</p><p>Os equipamentos utilizados na medicina nuclear SPECT e PET contêm os</p><p>seguintes componentes:</p><p>· o equipamento SPECT possui, em sua composição, duas cabeças, sendo um colimador na parte inferior e um detector de cristal cintilador na parte superior. O colimador é constituído por uma placa de chumbo, que contém um grande número de furos que “controla” quais fótons serão aceitos, obtendo uma imagem projetada na superfície do cristal. Todos os fótons de luz gerados pelo cristal são detectados pela matriz de fotomultiplicadora e posicionados na imagem por um circuito de posicionamento lógico, feito através de uma média ponderada dos sinais recebidos;</p><p>· o equipamento de PET/CT possui, em sua composição, um detector composto por um cristal, um tubo fotomultiplicador e uma eletrônica de processamento de sinais. Quando dois fótons interagem com dois cristais cintiladores em direções opostas dentro um intervalo de tempo (janela de coincidência), esses são reconhecidos e chamados de eventos de coincidência.</p><p>4 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)</p><p>O POP é um manual descritivo para a realização das tarefas e dos procedimentos dentro do setor de diagnóstico por imagem, com objetivo de informar os profissionais envolvidos nos processos sobre as diretrizes, padronizando os fluxos existentes e determinando o que, como, por quem e quando determinada atividade deve ser realizada (EBSERH, 2020).</p><p>Na área de medicina nuclear, a qualidade, a eficiência e a eficácia de uma série de operações devem seguir os critérios técnicos, obedecendo às normas e à legislação relacionada a cada setor ou atividade.</p><p>Cada instituição possui um POP, de acordo com as suas diretrizes, por isso é fundamental que, em cada rotina, todos os colaboradores que possuam contato direto com os processos tenham pleno conhecimento sobre o conteúdo do manual descritivo, além de se manterem informados sobre as revisões e as atualizações desse material (EBSERH, 2020).</p><p>A partir do manual, os colaboradores podem obter um importante auxílio para a consulta da descrição dos procedimentos. Em geral, o POP, para setor de medicina nuclear, deve conter uma checklist de informações, para descrever</p><p>a rotina a ser documentada, apresentando:</p><p>· nome da instituição;</p><p>· nome do procedimento;</p><p>· responsável pela elaboração do POP;</p><p>· setor;</p><p>· público-alvo, descrito pelos cargos ou pela função;</p><p>· descrição dos materiais envolvidos na tarefa;</p><p>· descrição das siglas;</p><p>· gráficos, fluxogramas e imagens, quando necessários;</p><p>· documentações de referência;</p><p>· passo a passo do procedimento;</p><p>· validação e revisão (EBSERH, 2020).</p><p>No setor de medicina nuclear, a equipe envolvida nos processos deve ser composta por:</p><p>· Biomédico: responsável pela operação dos equipamentos, execução dos exames,</p><p>podendo realizar a admissão, anamnese e administração do contraste ao paciente.</p><p>· Enfermagem: responsável por operar equipamentos de medicina nuclear, PET/CT e SPECT, realizar estudos in vivo e in vitro, e auxiliar o médico nos procedimentos terapêuticos, definir protocolos de exame, assim como realizar os procedimentos da radiofarmácia.</p><p>· Médico radiologista: responsável pela prescrição dos radiofármacos, pelo acompanhamento na execução dos exames, pelo laudo etc.</p><p>· Recepção: responsável pelo cadastro do paciente em sistema e pela sua orientação no preenchimento dos documentos, como questionários e termos de consentimento.</p><p>· Farmácia: responsável pelo fornecimento dos materiais utilizados no setor, bem</p><p>como dos medicamentos para ser administrados.</p><p>(</p><p>DICAS</p><p>A medicina nuclear, como especialidade de obtenção de imagens</p><p>médicas,</p><p>é</p><p>um</p><p>dos</p><p>principais</p><p>procedimentos</p><p>utilizados</p><p>nos</p><p>centros</p><p>de saúde, tendo como grande vantagem a capacidade de analisar o</p><p>comportamento metabólico do paciente. A evolução das tecnologias</p><p>na</p><p>modalidade</p><p>PET/CT</p><p>auxilia</p><p>no</p><p>acompanhamento</p><p>e</p><p>diagnóstico</p><p>dos</p><p>pacientes e para o profissional biomédico, é fundamental que esteja</p><p>atualizado</p><p>sobre</p><p>as</p><p>tecnologias</p><p>no</p><p>diagnóstico</p><p>por</p><p>imagem.</p><p>Leia o artigo</p><p>Processamento de estruturas tridimensionais de Medicina</p><p>Nuclear na modalidade</p><p>PET</p><p>, que mostra a evolução das tecnologias</p><p>que, para o profissional biomédico, são de extrema importância na</p><p>atualidade.</p><p>Acesse:</p><p>https://bit.ly/3x1cq1R.</p><p>)</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>3</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· A medicina nuclear é uma especialidade que utiliza material radioativo combinado a fármacos para obter imagens do organismo, com o objetivo de diagnosticar ou tratar doenças.</p><p>· Na medicina nuclear, ao contrário da radiologia convencional, o paciente é a fonte de radiação.</p><p>· Na medicina nuclear, são utilizados dois tipos de equipamentos: SPECT e PET/CT, de</p><p>acordo com a indicação clínica do paciente.</p><p>· Cada instituição possui um POP, de acordo com as suas diretrizes.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 A medicina nuclear é uma especialidade médica, que utiliza pequenas quantidades de material radioativo combinadas a fármacos, para obter imagens do organismo, ocorrendo em uma transformação da energia dos raios gama em fótons de luz. Quanto a uma característica da formação da imagem de medicina nuclear, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) A fonte de radiação está dentro do corpo do paciente, ao contrário das técnicas que utilizam raios X.</p><p>b) ( ) A fonte de radiação está fora do corpo do paciente, ao contrário das técnicas que utilizam raios X.</p><p>c) ( ) A fonte de radiação está dentro do corpo do paciente, como nas técnicas que utilizam raios X.</p><p>d) ( ) A fonte de radiação está fora do corpo do paciente, como nas técnicas que utilizam raios X.</p><p>2 A PET/CT é uma técnica que usa radiotraçadores que emitem pósitrons, os quais são emitidos quando um átomo tem excesso de prótons, tornando- se instável. Para que esse átomo se torne estável, um próton se transforma em um nêutron, emitindo um antineutrino e uma partícula chamada de pósitron. Nesse processo, ocorre um evento de aniquilação. Sobre a sua definição, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Evento que ocorre quando duas antipartículas se encontram, por exemplo, o elétron e o pósitron. No lugar das partículas, devido à aniquilação, aparecem dois fótons de raios gama, com energia de 511 keV cada um em direções diametralmente opostas.</p><p>b) ( ) Evento que ocorre quando duas partículas se separam, por exemplo, o elétron e o pósitron. No lugar das partículas, devido à aniquilação, aparecem dois fótons de raios gama, com energia de 511 keV cada um em direções diametralmente opostas.</p><p>c) ( ) Evento que ocorre quando duas antipartículas se encontram, por exemplo, o elé- tron e o nêutron. No lugar das partículas, devido à aniquilação, aparece um fóton de raio gama, com energia de 300 keV cada um em direções diametralmente opostas.</p><p>d) ( ) Evento que ocorre quando duas antipartículas se separam, por exemplo, o elétron e o nêutron. No lugar das partículas, devido à aniquilação, aparece um fóton de raio gama com energia de 300 keV em um mesmo curso de direção.</p><p>3 Utilizam-se dois equipamentos na medicina nuclear, de acordo com a indicação clínica do paciente. Para a maioria das indicações, utiliza-se o equipamento SPECT, que obtém imagens do paciente a partir dos raios gama. Quanto ao equipamento SPECT, sobre o componente que emite os raios gama do corpo do paciente, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Gantry.</p><p>b) ( ) Gama câmara.</p><p>c) ( ) Geiger Muller.</p><p>d) ( ) Curiômetro.</p><p>4 Na medicina nuclear, o equipamento SPECT evoluiu ao longo dos anos, passando de primeira geração, que continha apenas um detector com uma cabeça, ao equipamento SPECT mais moderno, com duas cabeças. Em uma gama câmara de duas cabeças SPECT, quais componentes encontramos e quais as suas funções?</p><p>5 Em medicina nuclear, as formações das imagens ocorrem a partir da radiação emitida pelo paciente, transformando a energia dos raios gama em fótons de luz, capaz de detectar milhões de fótons por segundos e convertendo em imagens através do computador. Sobre os princípios de formação das imagens, como deve ser a sequência correta para a sua aquisição?</p><p>(</p><p>-</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>2</p><p>TÓPICO</p><p>4</p><p>)RADIOTERAPIA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A radioterapia é uma modalidade terapêutica que utiliza radiações ionizantes</p><p>no tratamento de tumores malignos e ocasionalmente, de tumores benignos.</p><p>A radioatividade foi descoberta e anunciada em Paris, no dia 1º de março de 1896, por Antoine-Henri Becquerel, professor de física, que desenvolveu um negativo fotográfico previamente colocado sob uma amostra de um sal duplo de sulfato de urânio-potássio. Becquerel apresentou a descoberta à Academia Francesa de Ciências e publicou um artigo no qual relatava que certos elementos, como urânio e tório, emitem espontaneamente radiação semelhante aos raios X, porém mais penetrantes. Enquanto isso, Silvanus Thompson realizou um experimento semelhante em Londres, usando nitrato de urânio. Em 26 de dezembro de 1898, os Curie anunciaram a descoberta do rádio na Academia de Ciências de Paris. Nessa época, Marie Curie também estava provando que a radiação descoberta por Becquerel poderia ser medida usando técnicas baseadas no efeito de ionização (INCA, 2010).</p><p>FIGURA 4 – ACELERADOR LINEAR COM ACESSÓRIOS PARA TRATAMENTO RADIOTERÁPICO</p><p>FONTE: . Acesso em: 1 mar. 2022.</p><p>O eletrômetro de Curie, um fenômeno descoberto por Pierre Curie e seu irmão, baseado no efeito piezoelétrico do cristal de quartzo, era equipado com uma câmara de ionização, capaz de detectar as radiações e mostrar que a sua intensidade era</p><p>proporcional à massa de urânio presente. Foram muitas as substâncias estudadas e o casal Curie, diante desses estudos, pôde ver que apenas os compostos do tório tinham propriedades parecidas com o urânio e que um mineral, a pitchblende, apresentava uma maior intensidade de radiação. Em julho de 1898, foi descoberto o elemento radioativo polônio (INCA, 2000).</p><p>Madame Curie contribuiu bastante para o desenvolvimento da ciência das radiações, junto com seu marido Pierre, que morreu tragicamente em um acidente de rua, em 1906, com 47 anos de idade. Madame Curie foi a mais brilhante e respeitada cientista feminina do seu tempo e, provavelmente, de todo o século</p><p>EM MEDICINA NUCLEAR	68</p><p>TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE FÓTON ÚNICO (SPECT)	69</p><p>TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PÓSITRONS (PET/CT)	69</p><p>COMPONENTES DO EQUIPAMENTO	70</p><p>PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)	70</p><p>RESUMO DO TÓPICO 3	73</p><p>AUTOATIVIDADE	74</p><p>TÓPICO 4 - RADIOTERAPIA	77</p><p>INTRODUÇÃO	77</p><p>NOÇÕES TÉCNICAS SOBRE A RADIOTERAPIA	78</p><p>RAIOS X: SUPERFICIAL E DE ORTOVOLTAGEM	78</p><p>TELECOBALTOTERAPIA	79</p><p>ACELERADOR LINEAR	79</p><p>SIMULADORES DE TRATAMENTO	80</p><p>SIMULADOR CONVENCIONAL	80</p><p>TOMÓGRAFO SIMULADOR	81</p><p>COMPONENTES DO EQUIPAMENTO	81</p><p>PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)	82</p><p>RESUMO DO TÓPICO 4	84</p><p>AUTOATIVIDADE	85</p><p>TÓPICO 5 - RADIOLOGIA	87</p><p>INTRODUÇÃO	87</p><p>NOÇÕES TÉCNICAS SOBRE A RADIOLOGIA	88</p><p>COMPONENTES DO EQUIPAMENTO	89</p><p>PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)	90</p><p>LEITURA COMPLEMENTAR	92</p><p>RESUMO DO TÓPICO 5	99</p><p>AUTOATIVIDADE	100</p><p>REFERÊNCIAS	101</p><p>UNIDADE 3 — INTERPRETAÇÃO DE EXAMES DE IMAGEM	103</p><p>TÓPICO 1 — TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA	105</p><p>INTRODUÇÃO	105</p><p>ESCALA DE HOUNSFIELD	105</p><p>DOSIMETRIA	107</p><p>APLICAÇÕES MÉDICAS	109</p><p>IMAGENS DIAGNÓSTICAS	111</p><p>RESUMO DO TÓPICO 1	114</p><p>AUTOATIVIDADE	115</p><p>TÓPICO 2 - RESSONÂNCIA MAGNÉTICA	117</p><p>INTRODUÇÃO	117</p><p>GERAÇÃO DE DADOS	117</p><p>SELEÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE CORTE	118</p><p>LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DO SINAL	120</p><p>APLICAÇÕES MÉDICAS	121</p><p>RESUMO DO TÓPICO 2	123</p><p>AUTOATIVIDADE	124</p><p>TÓPICO 3 - MEDICINA NUCLEAR	125</p><p>INTRODUÇÃO	125</p><p>APARELHOS DE TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE FÓTON ÚNICO (SPECT)	125</p><p>APARELHOS DE TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PRÓTONS (PET)	127</p><p>APARELHOS COMPOSTOS	128</p><p>APLICAÇÕES CLÍNICAS	129</p><p>RESUMO DO TÓPICO 3	132</p><p>AUTOATIVIDADE	133</p><p>TÓPICO 4 - RADIOTERAPIA	135</p><p>INTRODUÇÃO	135</p><p>TELETERAPIA	135</p><p>IMOBILIZADORES RADIOTERÁPICOS	137</p><p>BRAQUITERAPIA	139</p><p>TÉCNICAS DE IMPLANTES	141</p><p>TAXA DE DOSE	141</p><p>EFEITOS ADVERSOS	142</p><p>INDICAÇÕES DA RADIOTERAPIA	144</p><p>RESUMO DO TÓPICO 4	145</p><p>AUTOATIVIDADE	146</p><p>TÓPICO 5 - RADIOLOGIA	149</p><p>INTRODUÇÃO	149</p><p>O FILME RADIOGRÁFICO	150</p><p>SISTEMAS DIFUSORES	151</p><p>IMAGENS DIAGNÓSTICAS	151</p><p>RADIOGRAFIA DIGITAL	152</p><p>LEITURA COMPLEMENTAR	155</p><p>RESUMO DO TÓPICO 5	160</p><p>AUTOATIVIDADE	161</p><p>REFERÊNCIAS	163</p><p>(</p><p>-</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>1</p><p>)LEGISLAÇÃO RELACIONADA</p><p>AO BIOMÉDICO IMAGENOLOGISTA</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM</p><p>A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:</p><p>· conhecer a legislação vigente da Biomedicina no que cerne a imagenologia;</p><p>· identificar como e quando o biomédico pode atuar em imagem;</p><p>· ter embasamento sobre os procedimentos que podem ser realizados e acompanhados</p><p>por biomédicos;</p><p>· entender sobre a emissão de laudos e as perspectivas futuras.</p><p>PLANO DE ESTUDOS</p><p>Esta unidade está dividida em três tópicos. No decorrer dela, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.</p><p>TÓPICO 1 – LEGISLAÇÃO BIOMÉDICA SOBRE IMAGENOLOGIA TÓPICO 2 – ATUAÇÃO DO BIOMÉDICO IMAGENOLOGISTA TÓPICO 3 – PROCEDIMENTOS DO BIOMÉDICO IMAGENOLOGISTA</p><p>(</p><p>CHAMADA</p><p>Preparado</p><p>para</p><p>ampliar</p><p>seus</p><p>conhecimentos?</p><p>Respire</p><p>e</p><p>vamos</p><p>em</p><p>frente!</p><p>Procure</p><p>um</p><p>ambiente</p><p>que</p><p>facilite</p><p>a</p><p>concentração,</p><p>assim</p><p>absorverá</p><p>melhor</p><p>as</p><p>informações.</p><p>)1</p><p>CONFIRA</p><p>A TRILHA DA UNIDADE 1!</p><p>Acesse o</p><p>QR Code abaixo:</p><p>(</p><p>UNIDADE</p><p>1</p><p>TÓPICO</p><p>1</p><p>) (</p><p>-</p><p>)LEGISLAÇÃO BIOMÉDICA SOBRE IMAGENOLOGIA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A Biomedicina é uma área dedicada ao estudo e à pesquisa voltados ao apoio ao diagnóstico em vários tipos de doenças, incluindo patologias, até então, desconhecidas, contribuindo na prevenção e no desenvolvimento de tratamentos a novas doenças. Tem uma ampla atuação no mercado, com papel fundamental na prevenção e no controle de doenças.</p><p>O biomédico é regulamentado, podendo exercer a profissão apenas com o porte da carteira de identidade profissional, expedida pelo Conselho Regional de Biomedicina. São totalmente capacitados para trabalhar em vários setores, como em pesquisas em desenvolvimento e no desempenho prático do conhecimento, para enfrentar as diversas situações de novas epidemias que são apresentadas no dia a dia.</p><p>A Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961 (BRASIL, 1961), elaborava as Diretrizes e Fundamentos Nacionais da Educação (LDB) e definia a organização dos cursos de graduação e pós-graduação em Biomedicina nos Capítulos III e IV. Em julho de 1965, foi aprovado um novo regimento e a federalização da Escola Paulista de Medicina. A Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979 (BRASIL, 1979a), regulamenta, conjuntamente, os biólogos e a profissão biomédica, seguida pela Lei nº 6.686, de 11 de setembro de 1979 (BRASIL, 1979b), que regulamenta as análises biomédicas em laboratórios clínicos.</p><p>O Decreto nº 88.439, de 28 de junho de 1983 (BRASIL, 1983), passou a regulamentar a indústria biomédica. O Capítulo de Regulamentações Provisórias estabelece as restrições impostas pela Lei nº 6.686/1979 às análises laboratoriais clínicas. A aplicação e a perpetuação dessa disposição prejudica injustamente os interesses e a competência profissional da classe. Em busca de uma solução, foi aprovada a Lei nº 7.135, de 26 de outubro de 1983, que previa apenas uma solução para esse problema. A Lei nº 1.256-5 DF, de 20 de novembro de 1985, é inconstitucional. A Lei nº 7.017, de 30 de agosto de 1982, desmembrou as categorias de biólogos e biomédicos, autorizando a criação dos Conselhos Federais e Regionais de cada profissão e revogando o limite imposto aos biomédicos.</p><p>O Senado Federal editou a Resolução nº 86, de 24 de junho de 1986:</p><p>(</p><p>10</p><p>)</p><p>(</p><p>101</p><p>)</p><p>É suspensa, por inconstitucionalidade, nos termos do artigo 42, inciso VII, da Constituição Federal e, em face da decisão definitiva do Supremo Tribunal Federal, proferida em sessão plenária de 20 de novembro de 1985, nos autos da Representação nº 1.256-5, do Distrito Federal, a execução da expressão atuais e das expressões bem como os diplomados que ingressarem nesse curso em vestibular realização até julho de 1983, todas contidas no artigo 1º da Lei nº 6.686, de 11 de setembro de 1979, na redação que lhe deu o artigo 1º da Lei nº 7.135, de 26 de outubro de 1983 e a execução do artigo 2º desta última Lei.</p><p>O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) e os Conselhos Regionais de Biomedicina (CRBMs) são de natureza legalmente autoritária federal, com o objetivo de dirigir, regular e examinar o trabalho da profissão biomédica. Posteriormente, com a promulgação da Lei nº 9.649, de 27 de maio de 1998, o CFBM e o CRBM tornaram-se pessoas jurídicas de direito privado sob a alçada do poder público, continuando a exercer o trabalho de examinar a profissão biomédica e fiscalizar os profissionais responsáveis, resguardando-os direitos e, quando necessário, punir abusos e violações cometidos no trabalho profissional para preservar a comunidade. As atividades biomédicas são regulamentadas pelas Resoluções nº 78 e nº 83, de 29 de abril de 2002, nº 135, de 3</p><p>de abril de 2007, nº 140, de 4 de abril de 2007, e nº 145, de 8 de abril de 2007. O CFBM 30/07 regulamenta a Lei da Profissão Biomédica, define áreas de atuação e cria normas de responsabilidade técnica.</p><p>Neste tópico, estudaremos a Lei Federal nº 6.684/1979, a Lei nº 7.394, de 29 de outubro de 1985, a Resolução nº 78, de 29 de abril de 2002, e a Resolução nº 234, de 5 de dezembro de 2013.</p><p>2 LEI FEDERAL Nº 6.684/1979</p><p>A Lei nº 6.684/1979 atua na regulamentação dos profissionais biomédicos e biólogos, trabalhando em conjunto nas duas profissões e fala sobre os Conselhos e suas condutas (BRASIL, 1979a).</p><p>Para os profissionais de biomedicina, essa lei descreve sobre o exercício da profissão. Trata-se de uma legislação de extrema importância para o profissional de Ciências Biomédicas, pois, a partir dela, o profissional terá o conhecimento de suas atribuições legais.</p><p>Para o biomédico, o Capítulo II descreve o exercício profissional:</p><p>Art. 3º O exercício da profissão de biomédico é privativo dos</p><p>portadores de diploma:</p><p>I- Devidamente registrado, de bacharel em curso oficialmente</p><p>reconhecido de Ciências Biológicas, modalidade médica.</p><p>II- Emitido por instituições estrangeiras de ensino superior, devidamente revalidado e registrado como equivalente ao diploma mencionado no inciso anterior.</p><p>Art. 4º Ao biomédico compete atuar em equipes de saúde,</p><p>XX (INCA, 2010).</p><p>2 NOÇÕES TÉCNICAS SOBRE A RADIOTERAPIA</p><p>No tratamento radioterápico, são utilizados feixes de radiações ionizantes, produzidos por equipamentos de raios X superficiais e de ortovoltagem, aceleradores lineares ou equipamentos com fontes radioativas, com altas doses de radiação fracionadas para eliminar as células tumorais. Quando é corretamente indicada e aplicada, é uma eficiente técnica para tratar o câncer.</p><p>2.1 RAIOS X: SUPERFICIAL E DE ORTOVOLTAGEM</p><p>Os protocolos básicos de tratamento, de dosimetria clínica e física, de técnicas de simulação e posicionamento, foram criados a partir da experiência acumulada com o uso dos equipamentos de terapia superficial e ortovoltagem. São utilizados tubos de raios X convencional, cujas especificações do feixe são determinadas por parâmetros como:</p><p>· a corrente elétrica do tubo para o rendimento do feixe;</p><p>· a tensão para a energia ou penetração do feixe;</p><p>· a filtração adicional para a qualidade do feixe obtido;</p><p>· o tempo de tratamento para administração da dose adequada.</p><p>Para utilizar os equipamentos de raios X no tratamento de radioterapia, foram criados acessórios específicos, tanto para os equipamentos de terapia superficial como para os de ortovoltagem.</p><p>A maioria dos equipamentos raios X superficiais utilizava cones aplicadores, ao passo que a maioria dos de ortovoltagem usava tanto cones aplicadores como colimadores luminosos. Normalmente, esses cones existiam em duas ou três distâncias fonte-superfícies (DFS): terapia superficial (DFS de 10, 15 e 25 cm) e ortovoltagem (DFS de 30, 40 e 50 cm) (INCA, 2010).</p><p>Os aparelhos de ortovoltagem ficaram obsoletos com o surgimento dos de Co- 60 e, posteriormente, dos aceleradores lineares de fótons e elétrons para uso médico. Entretanto, ainda há hospitais que utilizam aparelhos de ortovoltagem para o tratamento de lesões superficiais.</p><p>2.2 TELECOBALTOTERAPIA</p><p>A criação de equipamentos com fontes de Co-60 foi um grande avanço para a radioterapia. Por serem aparelhos com feixes mais energéticos, permitiram o tratamento de lesões mais profundas.</p><p>Os primeiros equipamentos de Co-60 foram construídos em montagens com apenas uma estativa e um cabeçote, deslocando-se verticalmente nessa estativa. Com esse movimento, era definida a distância fonte-pele ou DFS (INCA, 2000).</p><p>Um equipamento com montagem isocêntrica é construído de maneira que o braço gire sempre em torno de um eixo central, no qual será definido o seu isocentro, isto é, um determinado ponto, definido como a junção entre o eixo central de rotação e o eixo central do feixe de radiação. Os equipamentos isocêntricos mais antigos trabalham com distâncias da fonte ao isocentro (DFIs) de 60 ou 80 cm. Os equipamentos mais modernos trabalham com DFIs de 80 ou 100 cm. Já os aparelhos modernos de Co- 60 permitem vários graus de liberdade de movimentação, tanto do cabeçote como da mesa (INCA, 2000), e o seu isocentro é diferente, 80 cm menor que o acelerador linear, ficando mais próximo ao paciente.</p><p>Os equipamentos isocêntricos facilitam muito nos tratamentos, já que o paciente, uma vez posicionado na mesa, não precisa ser movimentado para localização e irradiação de cada um de seus campos de tratamento, garantindo uma melhor reprodutibilidade.</p><p>O cobalto emite energia baixa. Como existe uma fonte radioativa dentro do equipamento, ele continua emitindo radiação mesmo desligado, a chamada radiação de fundo na sala de telecobalto.</p><p>2.3 ACELERADOR LINEAR</p><p>O acelerador linear foi um avanço para as aplicações médicas no tratamento de radioterapia, pois seus equipamentos permitem a realização de tratamentos tanto com feixes de elétrons, bem melhores do que os obtidos pelos antigos betatrons, quanto com feixes de fótons de altas energias (4 a 25 MV). Como nos equipamentos de terapia superficial e ortovoltagem, os aceleradores lineares também utilizam tratamento com elétrons com um alvo metálico para a produção dos fótons (INCA, 2010).</p><p>Nos aceleradores lineares, para acelerar os elétrons a grandes velocidades (4 a 25 MeV), são utilizadas micro-ondas em um tubo com vácuo. Em uma extremidade do tubo, os elétrons estão muito mais velozes, chocando-se com um alvo metálico de alto número atômico, produzindo feixes de raios X, ou atingindo uma folha espalhadora, produzindo feixes de elétrons. Essa característica possibilita a irradiação de tumores profundos com doses altas e baixos efeitos na pele.</p><p>Os aceleradores lineares para fótons e elétrons são equipamentos complexos, que usam a tecnologia avançada para a produção de feixes com propriedades dosimétricas e simétricas bem definidas.</p><p>2.4 SIMULADORES DE TRATAMENTO</p><p>Os simuladores de tratamento foram criados com o objetivo de melhorar a qualidade da localização do tumor, do planejamento dos campos de tratamento e do posicionamento do paciente.</p><p>A etapa de simulação acontece através dos seguintes fatores:</p><p>· localização e definição do volume a ser tratado;</p><p>· localização dos órgãos de risco a serem protegidos;</p><p>· definição da técnica empregada;</p><p>· escolha dos acessórios adequados à localização e à imobilização do paciente.</p><p>2.5 SIMULADOR CONVENCIONAL</p><p>No simulador convencional, definem-se o isocentro do tratamento, os campos de irradiação para a região a ser tratada e os acessórios de posicionamento e imobilização do paciente para o determinado tipo de tratamento, garantindo a reprodutibilidade durante todo o tratamento. Todo esse processo de localização do tumor e definição do tamanho dos campos de irradiação é feito com base em parâmetros ósseos, que também definem as regiões a serem protegidas.</p><p>Os campos de irradiação são estabelecidos com auxílio de colimadores lumi- nosos. O simulador convencional reproduz as condições simétricas do tratamento a ser realizado na unidade de teleterapia.</p><p>O processo de simulação convencional é realizado com imagens radiográficas em filmes ou imagens de fluoroscopia. Quando finalizada a simulação, as imagens radio- gráficas do paciente são enviadas para os cálculos da dose e do tempo de tratamento desse paciente.</p><p>2.6 TOMÓGRAFO SIMULADOR</p><p>O tomógrafo simulador é um equipamento de tomografia computadorizada adaptado para uso em radioterapia. Os tomógrafos podem ser utilizados tanto em radiodiagnóstico como em radioterapia, porém precisam ser adaptados a uma mesa plana especial, parecida com as das unidades de tratamento, além de lasers fixos em sua sala, para auxiliar na localização do paciente e na determinação do isocentro de simulação. O gantry é mais largo para acomodar acessórios como a “rampa de mama” (breast board).</p><p>As imagens geradas no tomógrafo contém todas as informações anatômicas do paciente e são enviadas para uma estação de workstation, que é acoplado na sala do CT simulador e equipado com um programa específico, denominado sistema de planejamento de tratamento.</p><p>O conjunto de imagens tomográficas é processado e reconstruído em três dimensões (3D). Com essa imagem tridimensional do paciente, podem ser determinados:</p><p>· o isocentro de tratamento (normalmente definido no centro do tumor);</p><p>· os tamanhos dos campos de irradiação;</p><p>· as regiões a serem protegidas.</p><p>Tanto as radiografias na simulação convencional como as digitalmente recons- truídas (DRRs) têm papéis importantes como parâmetros para verificar o posicionamen- to do paciente e da definição correta dos limites dos campos de irradiação. As DRRs são feitas a partir das imagens tomográficas, utilizando um sistema de planejamento.</p><p>3 COMPONENTES DO EQUIPAMENTO</p><p>Na radioterapia, são utilizados vários tipos de equipamentos, sendo que cada</p><p>tipo possui uma particularidade de componentes.</p><p>Os equipamentos de terapia superficial e ortovoltagem são constituídos por um cabeçote com tubo de raios X, estativa, console de comando e uma mesa para posicionar o paciente. Esses aparelhos funcionam seguindo os mesmos princípios físicos, geométricos e eletrônicos dos equipamentos de raios X para fins diagnósticos.</p><p>O equipamento de Co-60 é constituído por uma estativa ou base fixa, uma parte móvel ou braço (gantry) com um cabeçote</p><p>(onde fica a fonte de Co-60), uma mesa móvel e um console de comando. O cabeçote é a parte principal do equipamento de telecobaltoterapia. Esse componente contém uma fonte selada de Co-60 dentro de uma blindagem de urânio exaurido.</p><p>Os aceleradores lineares são constituídos por uma estativa e uma parte móvel, ou gantry, com um cabeçote. No suporte, estão instalados os sistemas de refrigeração, os componentes elétricos geradores das micro-ondas (magnetrons ou klystrons) e os demais componentes eletrônicos.</p><p>No gantry, temos a seção aceleradora e o cabeçote com os colimadores, com os seguintes componentes:</p><p>· canhão de elétrons (gun): gera os elétrons que serão acelerados;</p><p>· tubo acelerador: responsável por acelerar os elétrons até a velocidade desejada;</p><p>· chave de energia: influencia na sintonia do tubo, para que possa ser utilizado em</p><p>energias diferentes das que foi projetado;</p><p>· target: alvo, para que ocorra a colisão dos elétrons e a geração de fótons;</p><p>· bend magnet: responsável por direcionar os elétrons em uma curva de 270° em direção ao alvo;</p><p>· carrossel: responsável por posicionar diferentes filtros ou espalhadores de elétrons</p><p>na direção do feixe;</p><p>· câmara de ionização: faz a medição dos parâmetros do feixe que sai do acelerador;</p><p>· colimadores: colimam o feixe para que somente a área desejada seja irradiada. Os colimadores são simétricos e assimétricos.</p><p>Os simuladores convencionais são constituídos por um tubo de raios X diagnóstico (convencional ou para fluoroscopia), preso em um gantry com montagem isocêntrica semelhante à dos equipamentos de tratamento, e mesa com os mesmos movimentos da mesa de tratamento.</p><p>O tomógrafo simulador é composto por um gantry mais largo para acomodar</p><p>acessórios (60 a 70 cm), mesa plana e sistema de lasers móveis.</p><p>Workstation de processamento de imagens e delineamento de estruturas</p><p>(planejamento) é acoplado à sala do CT simulador.</p><p>4 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)</p><p>O POP é um manual descritivo para a realização das tarefas e procedimentos dentro do setor de radioterapia, com objetivo de informar os profissionais envolvidos nos processos sobre as diretrizes, padronizando os fluxos existentes e determinando o que, como, por quem e quando determinada atividade deve ser realizada (EBSERH, 2020).</p><p>Na área de radioterapia, a qualidade, eficiência e eficácia de uma série de operações devem seguir os critérios técnicos obedecendo as normas e legislação relacionada a cada setor ou atividade.</p><p>Cada instituição possui um POP, de acordo com as diretrizes da instituição, por isso é fundamental que, em cada rotina, todos os colaboradores que possuam contato direto com os processos tenham pleno conhecimento sobre o conteúdo do manual descritivo, além de se manterem informados sobre as revisões e atualizações desse material (EBSERH, 2020).</p><p>A partir do manual, os colaboradores podem obter um importante auxílio para a consulta da descrição dos procedimentos. Em geral, o POP deve conter uma checklist de informações, para descrever a rotina a ser documentada, apresentando:</p><p>· nome da instituição;</p><p>· nome do procedimento;</p><p>· responsável pela elaboração do POP;</p><p>· setor;</p><p>· público-alvo, descrito pelos cargos ou pela função;</p><p>· descrição dos materiais envolvidos na tarefa;</p><p>· descrição das siglas;</p><p>· gráficos, fluxogramas e imagens, quando necessários;</p><p>· documentações de referência;</p><p>· passo a passo do procedimento;</p><p>· validação e revisão (EBSERH, 2020).</p><p>No setor de radioterapia, a equipe envolvida nos processos deve ser composta por:</p><p>· Biomédico: responsável por verificar o posicionamento anatômico do paciente e</p><p>pela entrega da dose de radiação ao paciente oncológico.</p><p>· Enfermagem: responsável por acolhimento ao paciente oncológico, anamnese, orientações ao paciente, bem como o seu acompanhamento.</p><p>· Médico radio-oncologista: responsável por acompanhar o paciente desde o início do tratamento.</p><p>· Recepção: responsável pelo cadastro do paciente em sistema, bem como pela orientação sobre o preenchimento de documentos, como termos de consentimento.</p><p>· Físico médico: responsável pelo planejamento das doses de tratamento, bem como, em conjunto com o biomédico, fazer o acompanhamento dessa entrega de dose ao paciente.</p><p>· Equipe multidisciplinar: responsável por acompanhar o paciente em todos os seus processos, é composta por médico, assistente social, nutricionista e psicólogo.</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>4</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· A radioterapia é uma modalidade terapêutica que utiliza radiações ionizantes no</p><p>tratamento de tumores malignos e benignos.</p><p>· São utilizados vários tipos de equipamentos, sendo que cada tipo possui uma</p><p>particularidade de componentes.</p><p>· O acelerador linear foi um avanço para as aplicações médicas no tratamento de radioterapia, permitindo a realização de tratamentos tanto com feixes de elétrons como de fótons.</p><p>· Cada instituição possui um POP, de acordo com as suas diretrizes.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 A radioterapia é uma técnica de tratamento que utiliza feixes de radiações ionizantes, produzidos por equipamentos de raios X superficiais e de ortovoltagem, aceleradores lineares ou equipamentos com fontes radioativas. Considerando os primórdios da radioterapia, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) O acelerador linear foi uma inovação tecnológica disponível apenas nos anos 1980.</p><p>b) ( ) Foi idealizada a partir dos esforços e dos progressos científicos obtidos pelo</p><p>casal Pierre e Marie Curie.</p><p>c) ( ) É uma modalidade terápica, que, desde o princípio, foi direcionada ao tratamento do câncer.</p><p>d) ( ) Sempre, desde os primórdios, houve precisão dosimétrica nos procedimentos.</p><p>2 Na radioterapia, são utilizados vários tipos de equipamentos, sendo que cada tipo possui uma particularidade de componentes. Para a simulação de tratamentos radioterápicos, utilizamos o tomógrafo, que é fundamental para o início desse tratamento. Sobre o tomógrafo simulador e o tomógrafo convencional, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) O tomógrafo simulador permite a produção de imagens volumétricas com uso</p><p>de radionuclídeos.</p><p>b) ( ) O tomógrafo convencional possui mesa plana, enquanto o tomógrafo simulador</p><p>tem mesa côncava.</p><p>c) ( ) O tomógrafo simulador não possui laser para a localização do paciente, mas o</p><p>tomógrafo convencional sim.</p><p>d) ( ) Não é possível confeccionar imobilizadores no tomógrafo simulador.</p><p>3 O equipamento de tratamento um acelerador linear contém vários acessórios, como uma estativa e uma parte móvel, ou gantry com um cabeçote. Dentro do cabeçote, temos o bend magnet. Sobre a sua função, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) É responsável pela geração dos elétrons que serão acelerados.</p><p>b) ( ) Posiciona diferentes filtros ou espalhadores de elétrons na direção do feixe.</p><p>c) ( ) Mede os parâmetros do feixe que sai do acelerador.</p><p>d) ( ) Direciona os elétrons em uma curva de 270° em direção ao alvo.</p><p>4 Os aceleradores lineares possibilitaram a realização de tratamentos tanto com feixes de elétrons, bem melhores do que os obtidos pelos antigos betatrons, quanto com feixes de fótons de altas energias. Como é o funcionamento de um acelerador linear de partículas? Justifique por que os elétrons são acelerados.</p><p>5 Na radioterapia, todos os cuidados devem ser tomados desde a simulação até o tratamento do paciente, para que o feixe de radiação entre corretamente no local alvo. Nas evoluções dos equipamentos, surgiram equipamentos que são isocêntricos. Qual a vantagem desses equipamentos isocêntricos para o paciente?</p><p>(</p><p>-</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>2</p><p>TÓPICO</p><p>5</p><p>)RADIOLOGIA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A radiologia é um método diagnóstico que utiliza a radiação ionizante com a finalidade de dar apoio ao diagnóstico médico.</p><p>Sua descoberta ocorreu em 1985, por Wilhelm Conrad Röentgen, professor de física da Universidade de Würzburg, Alemanha, onde trabalhava com um tubo catódico em seu laboratório quando observou um brilho fluorescente de cristais em uma mesa próxima do tubo. Este consistia em um invólucro de vidro com eletrodos positivos e negativos, encapsulados,</p><p>sendo que o ar do tubo tinha sido eliminado quando uma alta voltagem era aplicada, produzindo, ao mesmo tempo, um brilho fluorescente. Röentgen protegeu um tubo com papel pesado e negro, e descobriu, então, uma luz verde fluorescente, gerada por um material próximo ao tubo (CORREA, 2010).</p><p>Röentgen concluiu que o tipo de radiação emitida passava pelo tubo e era capaz de atravessar a proteção de papel pesado, estimulando os materiais fosforescentes na sala. Descobriu também que essa nova radiação conseguia atravessar a maioria das substâncias e projetar sombras de objetos sólidos. O uso de uma placa fotográfica em lugar da peça de vidro foi o segundo passo de Röentgen, cujo resultado foi a visualiza- ção dos ossos da mão de sua mulher, que serviu de cobaia, ficando exposta à radiação por 15 minutos.</p><p>FIGURA 5 – INCIDÊNCIAS RADIOGRÁFICAS DO CRÂNIO, TÓRAX, JOELHO, OMBRO, MÃO, COTOVELO, PÉS, BACIA E COLUNA CERVICAL</p><p>FONTE: . Acesso em: 1 mar. 2022.</p><p>Em 1901, Röentgen foi o primeiro a receber o Prêmio Nobel de Física pela descoberta dos raios X, que foi reconhecida de imediato sendo reproduzida em diversos outros lugares, devido ao já conhecimento dos tubos catódicos.</p><p>Antes de 1912, os exames radiológicos eram utilizados para fins medicinais e odontológicos. Devido à fragilidade dos tubos das ampolas, que se partiam com facilidade, não era possível o uso industrial. Em 1913, William Coolidge, um físico norte americano, conseguiu aprimorar o invento, fazendo com que operassem a 100.000 volts (100 kV). Em 1922, a indústria radiográfica deu um novo salto ao produzir tubos com capacidade para 200 kV, aumentando a eficiência dos equipamentos. Tal evolução prosseguiu até os dias de hoje, pois há equipamentos computadorizados capazes de produzir uma imagem radiológica com maior nitidez e qualidade (DAMAS, 2010).</p><p>2 NOÇÕES TÉCNICAS SOBRE A RADIOLOGIA</p><p>Os raios X são gerados através de uma ampola que possui o ânodo (polo positivo) e o cátodo (polo negativo). Dessa junção, 99% são transformados em calor e somente 1% produz os raios X. Atualmente, as ampolas são produzidas para eliminar o calor rapidamente e aumentar a produção dos raios X (CORREA, 2010).</p><p>Para a produção dos raios X, uma alta voltagem é emitida com o objetivo de fazer o filamento do cátodo esquentar os elétrons, ganhando energia para se afastar do cátodo e se dirigir ao ânodo, conhecido como efeito termiônico.</p><p>Isso acontece devido à alta voltagem criar uma diferença no potencial entre os eletrodos, levando-os a se encontrarem com o ânodo giratório, o qual é revestido de tungstênio, suportando altas temperaturas (3.370 °C) e funcionando como alvo para os elétrons.</p><p>No choque com o ânodo, a maior parte dessa energia se transforma em raios X,</p><p>por meio de três fenômenos:</p><p>· Radiação característica: acontece quando um elétron da camada externa se choca com o elétron da camada interna (por causa do choque com o ânodo); após esse choque, o elétron fica instável, passando da camada mais externa para a camada mais interna. Ele libera fóton em forma de radiação, energia que corresponde à diferença de energias entre as duas camadas (interna e externa) da órbita (DAMAS, 2010).</p><p>· Efeito Bremsstrahlung: após terem colidido com o ânodo, os elétrons, que vêm do cátodo, mudam de camada (da externa para a interna), desviados pela positividade do núcleo. Esse efeito produz uma desaceleração do elétron e um desvio da sua trajetória, produzindo os raios X (CORREA, 2010).</p><p>· Choque nuclear: o elétron se choca com o núcleo atômico e aumenta sua energia, transformando-se em raios X.</p><p>Nas ampolas de raios X, o fenômeno que ocorre com maior incidência é o efeito Bremsstrahlung. O elétron incidente é aquele que ganhou energia pelo cátodo e se chocou com o ânodo. Ele muda da camada mais externa para a mais interna e se choca com a positividade do núcleo, o que o faz mudar de direção e formar um ângulo, produzindo o raio de fretamento. O elétron que muda de direção é chamado de elétron freado (CORREA, 2010).</p><p>(</p><p>IMPORTANTE</p><p>Além desses fenômenos de radiação, existem outros fenômenos como o</p><p>efeito</p><p>fotoelétrico,</p><p>a</p><p>produção</p><p>de</p><p>pares,</p><p>produção</p><p>de</p><p>tripleto,</p><p>a</p><p>interação</p><p>fotonuclear e os processos de espalhamento Compton e Rayleigh, que</p><p>também</p><p>podem</p><p>ocorrer</p><p>com</p><p>o</p><p>feixe</p><p>de</p><p>radiação.</p><p>)</p><p>3 COMPONENTES DO EQUIPAMENTO</p><p>Um aparelho de raios X é formado pelos seguintes componentes:</p><p>· mesa de exames: é desenvolvida com uma tampa móvel ou fixa, com uma linha de centralização, facilitando o posicionamento do paciente;</p><p>· estativa: é um apoio para realizar os exames em ortostático, também possui uma linha de centralização;</p><p>· grade antidifusora: são compostas por tiras de materiais radiopacos, possui a função de absorver a radiação secundária no paciente, que afeta a nitidez e resolução da imagem, a grade está na mesa como na estativa;</p><p>· bucky: é uma gaveta que desliza sobre trilhos com travas para fixar os chassis e</p><p>cassetes, também está na mesa e estativa;</p><p>· torre e braço: é onde fica fixada a ampola de raios X, auxiliando no seu movimento;</p><p>· colimador: é um dispositivo que está acoplado na ampola com a função de delimitar a área que está sendo irradiada, possui lâminas de chumbo que se ajustam do tamanho da área de estudo (CORREA, 2010);</p><p>· mesa de comando: local onde são ajustados todos os circuitos eletrônicos, botões, o painel que mostra kV, mA, tempo, botões de preparo e disparo;</p><p>· ampola de raios X: é onde a radiação será produzida, ela tem dentro do seu interior o ânodo (polo positivo) e o cátodo (polo negativo) sob um vácuo. Normalmente, o tubo de raios X é composto por uma ampola de vidro com uma alta resistência ao calor, em que o vácuo reduz o problema da colisão dos elétrons com as moléculas de ar, absorvendo-os e fazendo um isolamento entre o ânodo e cátodo (CASTRO JR., 2012):</p><p>· cátodo: é o eletrodo negativo do tubo, serve como fonte de elétrons; na sua composição, temos o filamento e o copo focalizador. O filamento, geralmente feito de tungstênio, tem alto ponto de fusão e emite os elétrons, quando aquecidos a uma temperatura elevada. Quanto mais aquecido ficar o filamento, mais elétrons serão produzidos e emitidos. O copo serve para direcionar os elétrons que saem do cátodo e faz com que eles batam no ânodo (CASTRO JR., 2012).</p><p>· ânodo: é o polo positivo do tubo, serve de suporte para o alvo, sendo o seu material o tungstênio, devido ao seu alto ponto de fusão 3.400° e à boa condutividade térmica; podemos ter o ânodo fixo ou giratório, que atua também como condutor de calor (CASTRO JR., 2012).</p><p>· ponto focal: o ponto focal é a área do alvo bombardeado pelos elétrons, quanto menor o ponto focal, melhor serão os detalhes da imagem;</p><p>· filtro adicional: para diminuir a dose de radiação emitida no paciente, é utilizado um filtro de alumínio na saída do feixe primário;</p><p>· cabeçote: onde fica o tubo de raios X e os demais acessórios, é revestido de chumbo. O espaço entre o cabeçote e a ampola é preenchido com óleo que atua como isolante térmico e elétrico.</p><p>4 PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO (POP)</p><p>O POP é um manual descritivo para a realização das tarefas e procedimentos dentro do setor de diagnóstico por imagem, com objetivo de informar os profissionais envolvidos nos processos sobre as diretrizes, padronizando os fluxos existentes e determinando o que, como, por quem e quando determinada atividade deve ser realizada (EBSERH, 2020).</p><p>Na área de diagnóstico por imagem, a qualidade, a eficiência e a eficácia de uma série de operações devem seguir os critérios técnicos obedecendo as normas e legislação relacionada a cada setor ou atividade.</p><p>Cada instituição possui um POP, de acordo com as suas diretrizes, por isso é fundamental que, em cada rotina, todos os colaboradores que possuam contato direto com os processos tenham pleno conhecimento sobre o conteúdo do manual descritivo, além de se manterem informados sobre as revisões e atualizações (EBSERH, 2020).</p><p>A partir do manual, os colaboradores podem obter um importante auxílio</p><p>para a consulta da descrição dos procedimentos. Em geral, o POP do setor de radiologia deve conter uma checklist de informações, para descrever a rotina a ser documentada, apresentando:</p><p>· nome da instituição;</p><p>· nome do procedimento;</p><p>· responsável pela elaboração do POP;</p><p>· setor;</p><p>· público-alvo, descrito pelos cargos ou função;</p><p>· descrição dos materiais envolvidos na tarefa;</p><p>· descrição das siglas;</p><p>· gráficos, fluxogramas e imagens, quando necessários;</p><p>· documentações de referência;</p><p>· passo a passo do procedimento;</p><p>· validação e revisão (EBSERH, 2020).</p><p>No setor de radiologia, a equipe envolvida nos processos deve ser composta por:</p><p>· Biomédico: responsável pela execução dos exames, por operar os equipamentos de radiografias convencionais, computadorizadas e digitais, admissão e anamnese do paciente.</p><p>· Médico radiologista: responsável pela realização dos laudos, quando solicitado.</p><p>· Recepção: responsável pelo cadastro do paciente em sistema e pela sua orientação no preenchimento dos documentos.</p><p>LEITURA</p><p>COMPLEMENTAR</p><p>AQUISIÇÃO E MANIPULAÇÃO DE IMAGENS POR TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DA REGIÃO MAXILOFACIAL VISANDO À OBTENÇÃO DE PROTÓTIPOS BIOMÉDICOS</p><p>Maria Inês Meurer Eduardo Meurer</p><p>Jorge Vicente Lopes da Silva Ailton Santa Bárbara Luiz Felipe Nobre</p><p>Marília Gerhardt de Oliveira Daniela Nascimento Silva</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>A precisão no diagnóstico e planejamento do tratamento de pacientes é um desafio para as equipes cirúrgicas, especialmente nos casos mais complexos, como nas deformidades da face. As deformidades faciais são relativamente frequentes e seu tratamento é demorado, complexo e oneroso. Os gastos na reabilitação funcional, estética e social de portadores de deformidades faciais são exorbitantes e decorrentes de fatores como longo tempo de hospitalização, custos com previdência social durante a recuperação, número de cirurgias reconstrutivas, tempo das equipes cirúrgicas interdisciplinares e pessoal auxiliar. Além das causas congênitas, acidentes associados ao trabalho, ao trânsito e à violência social figuram como causas adquiridas.</p><p>No Brasil, o número de internações relacionadas a acidentes e violência é alarmante. Além disso, pacientes com alterações faciais graves frequentemente apresentam baixo nível de integração social, pois a dificuldade de inserção dessas pessoas na sociedade geralmente é maior que a de pessoas com alterações em membros ou outras partes do corpo. Entre as técnicas de diagnóstico por imagem usadas para a avaliação pré-operatória desses pacientes, destaca-se a tomografia computadorizada (TC). Além da essencial avaliação das imagens bidimensionais (2D), a visualização tridimensional (3D) proporciona acesso privilegiado às estruturas de interesse, especialmente para o cirurgião, explicitando alguns aspectos que de outra forma só estariam acessíveis pela “reconstrução mental” das imagens tomográficas. Apesar das imagens 3D virtuais fornecerem informações indiscutivelmente elucidativas, persiste algum distanciamento entre o modelo virtual e o real manejo das estruturas anatômicas no ato cirúrgico.</p><p>A obtenção de protótipos biomédicos, a partir de imagens de TC, tem se mos- trado uma solução inovadora para reduzir este distanciamento. Analogamente à ma- nufatura de produtos, em que protótipos são utilizados para melhorar a qualidade final, permitindo detectar erros nos primeiros estágios do ciclo de desenvolvimento dos produtos, a obtenção de protótipos biomédicos permite construir objetos físicos que reproduzem estruturas anatômicas. A produção desses protótipos só é possível por intermédio da integração das tecnologias de aquisição e manipulação de imagens médicas com os sistemas computer-aided design (CAD) e os sistemas de prototipa- gem rápida (PR), envolvendo, portanto, equipes multidisciplinares.</p><p>Com a visualização e manipulação direta de uma réplica anatômica das es- truturas ósseas, os protótipos biomédicos permitem, por exemplo, a mensuração de estruturas e a simulação de osteotomias e de técnicas de ressecção com excelente precisão. Como consequência, observa-se redução do tempo cirúrgico, do período de anestesia e do risco de infecção, com diminuição no custo global do tratamento e me- lhores resultados finais. Além disso, a utilização desses protótipos melhora a comuni- cação entre o profissional e o paciente, auxiliando na explicação sobre o procedimento cirúrgico e na obtenção do termo de consentimento livre e esclarecido, podendo ainda servir como base para a fabricação de implantes protéticos personalizados.</p><p>Os protótipos podem ainda ser utilizados com objetivos didáticos. O processo de fabricação de protótipos biomédicos exige forte interação das ciências biomédicas, informática e engenharia. Para a compreensão do processo, e também para a comunicação entre os profissionais envolvidos, é preciso que engenheiros entendam conceitos de diagnóstico por imagens e cirurgia, e que radiologistas e cirurgiões trafeguem pelo mundo da informática e dos processos de fabricação.</p><p>O objetivo deste artigo é apresentar uma revisão dos pontos-chave na construção de protótipos biomédicos. As considerações aqui elencadas são resultado da integração de uma equipe de pesquisa composta por cirurgiões vinculados ao Programa de Pós- graduação em Cirurgia e Traumatologia.</p><p>ETAPAS PARA A CONSTRUÇÃO DE PROTÓTIPOS BIOMÉDICOS</p><p>1. Seleção do paciente</p><p>A opção pela construção do protótipo, em detrimento de técnicas menos onerosas, deve ser reservada apenas aos casos em que houver real benefício ao paciente, desconsiderando o modismo e o mercantilismo. A maior valia será em procedimentos cirúrgicos em que não existam técnicas cirúrgicas consagradas, ou quando essas necessitem ser modificadas e/ou melhoradas. Com um protótipo, o cirurgião pode, durante a fase de planejamento, elaborar a técnica, avaliar detalhes, otimizar o procedimento, antecipar dificuldades e, principalmente, a solução para estas. A experiência da utilização de protótipos biomédicos na CTBMF-PUCRS demonstrou</p><p>que as dificuldades observadas durante a simulação do procedimento cirúrgico no biomodelo são muito semelhantes às encontradas no ato cirúrgico, o que ilustra a validade desses protótipos durante o planejamento.</p><p>2. Aquisição das imagens</p><p>Na aquisição das imagens, é desejável a obtenção de um volume único de todo o segmento a ser estudado, utilizando cortes finos. É fundamental considerar que a exposição do paciente à radiação é um fator limitador, sendo responsabilidade do radiologista a escolha do melhor protocolo de obtenção, buscando um equilíbrio entre qualidade do protótipo e dose de radiação. Alguns cuidados são necessários a fim de otimizar a aquisição das imagens para o pós-processamento computadorizado:</p><p>· Teoricamente, a espessura de corte deve ser a menor possível para uma boa reconstrução 3D (com espessura de 1 mm obtêm-se excelentes resultados). Entretanto, se a área a ser escaneada for muito extensa, muitas vezes não é tecnicamente possível obter os dados com esta espessura de corte.</p><p>· No caso de a área de interesse ser apenas a face, a mudança no plano de aquisição de axial para coronal pode diminuir substancialmente o número de cortes.</p><p>· Em modo helicoidal, o aumento do pitch pode permitir a obtenção de um volume com maior extensão, mantendo-se cortes finos, sobretudo nos aparelhos com múltiplas camadas de detectores. Esta é uma solução melhor do que o aumento da espessura de corte. Se o aumento na espessura de corte for inevitável, deve-se optar pela for- mação do volume com o menor intervalo de reconstrução possível entre as imagens.</p><p>· O field of view (FOV) deve englobar toda a região de interesse. Para face e crânio, um FOV em torno de 250 mm é suficiente; pode-se trabalhar com FOVs menores, dependendo da área a ser representada no protótipo. Quanto menor o FOV, maior a qualidade da imagem, pois, assim, aplica-se a matriz disponível a uma área menor, diminuindo o tamanho do pixel e, consequentemente, o efeito de volume parcial.</p><p>· O gantry, em princípio, não deve ser inclinado durante a aquisição</p><p>das imagens, pois alguns softwares de manipulação das imagens ainda não permitem a compensação dessa inclinação, produzindo protótipos com alterações dimensionais.</p><p>· A utilização de filtros de imagem durante a aquisição é controversa. Alguns estudos têm reportado maior formação de artefatos com o emprego de filtro para osso durante a aquisição.</p><p>· Artefatos relacionados a restaurações dentárias metálicas precisam ser posterior- mente removidos por instrumentos de computação gráfica, sendo um processo de- morado, enfadonho, e que muitas vezes interfere negativamente no resultado final. Visando a minimizar a produção desses artefatos, deve-se posicionar o paciente com o plano oclusal (linha de oclusão dos dentes) paralelo ao plano de corte axial, tal ma- nobra restringe os artefatos à região das coroas dentárias, diminuindo o número de cortes a ser editado manualmente.</p><p>3. Armazenamento e transferência dos arquivos de imagem</p><p>A falta de padronização dos formatos de imagem é um dos problemas que pode ser encontrado. O formato digital imaging and communications in medicine (DICOM) é hoje um padrão da indústria de equipamentos médicos e, por ser mundialmente aceito, é o que confere maior interoperabilidade entre sistemas computacionais e equipamentos médicos. Nem todos os tomógrafos exportam arquivos no padrão DICOM (particularmente os equipamentos mais antigos). Assim, é importante verificar, previamente, junto ao centro de prototipagem, a compatibilidade entre o formato das imagens e o software para tratamento e edição destas.</p><p>Os arquivos podem ser armazenados em qualquer mídia disponível, desde que esta apresente capacidade para grandes volumes de dados. Normalmente, são utilizados como mídia CDs, fitas DAT e discos óticos. Os CDs regraváveis (tipo R/W) devem ser evitados, pois podem não ser reconhecidos por alguns softwares de edição, ou mesmo apresentar uma volatilidade maior no arquivamento dos dados, dificultando sua futura recuperação.</p><p>Na transferência dos arquivos de imagem, o volume de dados pode ser um problema. Cada imagem em formato DICOM com matriz de aquisição de 512 × 512 pixels gera um arquivo de 512 Kbytes por corte. Uma TC de crânio, cumprindo-se as exigências para a construção de um bom protótipo, pode gerar um volume de dados próximo a 100 Mbytes. Assim, ferramentas de compactação podem ser úteis no momento da transferência. Redes de banda larga permitem a transferência via internet utilizando o protocolo file transfer protocol (FTP) diretamente para o centro de prototipagem. A disponibilização dos arquivos em redes locais de acesso restrito (permitindo o download pelo centro de prototipagem), ou ainda o envio das imagens em CD via correio são opções adicionais para a transferência das imagens. O envio dos arquivos anexados em e-mails também pode ser uma opção, embora a recusa do arquivo pelo servidor seja frequente, em razão do tamanho do arquivo. Questões relacionadas à segurança no acesso aos dados devem ser consideradas.</p><p>4. Manipulação das imagens</p><p>A manipulação ou edição das imagens é realizada em softwares específicos, sendo salutar, nesta etapa, estreita interação entre as especialidades biomédicas e a engenharia. A meta é a segmentação das imagens, processo que visa a separar os dados de interesse do conjunto de informações disponibilizadas pela TC. No caso dos protótipos para cirurgias bucomaxilofaciais, em que o objeto de estudo é a peça óssea, a segmentação visa à separação da porção óssea dos tecidos adjacentes.</p><p>Entre as ferramentas disponíveis para a segmentação das imagens, o threshold é bastante utilizado e baseia-se na definição de intervalos de densidade que expressem, por exemplo, somente os voxels que correspondam a tecido ósseo. Se este intervalo</p><p>for determinado incorretamente, irá ocorrer um efeito chamado dumb-bell, podendo resultar na supressão ou alteração de estruturas durante o processo. Em alguns casos, é necessária a edição manual das imagens, com ferramentas como cortar, apagar e selecionar; esta edição é especialmente útil em áreas com artefatos de imagem provenientes de próteses ou restaurações dentárias.</p><p>O CenPRA, por meio do projeto Prototipagem Rápida na Medicina (Promed), de- senvolveu o software InVesalius, pioneiro no Brasil para o processamento de imagens médicas visando à produção de biomodelos. Sua primeira versão já está disponível aos profissionais e às instituições de saúde da área biomédica, seguindo a política do software livre (licenças gratuitas podem ser solicitadas em: http://www.cenpra.gov.br/ promed). Na elaboração do InVesalius, foram implementados algoritmos que disponibi- lizam recursos de visualização 3D, segmentação e reformatações 2D e 3D. O software oferece ainda uma função adicional, o processo de conversão, permitindo a exportação de imagens para um formato que seja reconhecido pelos equipamentos de PR.</p><p>A integração dos sistemas CAD aos sistemas médicos facilita a manipulação e modelagem de objetos, permitindo que imagens virtuais de estruturas segmentadas possam ser manipuladas como se fossem peças de um quebra-cabeça ou de um protótipo biomecânico. Além disso, sistemas CAD são adequados para definir procedimentos de espelhamento utilizando a simetria contralateral da face, permitindo o planejamento e a obtenção de próteses personalizadas, inclusive com a simulação da montagem da prótese virtual no modelo 3D. A construção da prótese personalizada pode ser feita pela modelagem da estrutura que substituirá a área lesada ou por meio de operações nos sistemas CAD, pela geração de um modelo 3D do molde; o molde obtido por PR é então utilizado para dar forma ao material que será implantado (normalmente polímeros ou materiais cerâmicos implantáveis). É importante considerar contrações típicas de alguns desses materiais na confecção dos moldes. Para materiais metálicos implantáveis, pode-se utilizar o molde no intuito de gerar modelos em cera para processos de microfusão, por exemplo.</p><p>5. Conversão das imagens</p><p>As imagens adquiridas pelo tomógrafo não podem ser processadas diretamente pelos aparelhos de prototipagem, por dois motivos principais: primeiro, o formato do arquivo fornecido pelo tomógrafo não é reconhecido pelos equipamentos de prototipagem; segundo, a espessura dos cortes tomográficos geralmente varia de 1 a 5 mm, sendo consideravelmente maior que a espessura das fatias utilizadas em PR, em torno de 0,1 mm. Além disso, os processos de PR utilizam dados originados de sistemas CAD-3D modelados por superfícies ou sólidos, ao passo que as imagens tomográficas são representadas por voxels. Assim, as imagens tomográficas 2D precisam ser reformatadas tridimensionalmente e convertidas para um formato de imagem utilizado nos processos de PR; o formato padrão é o STL, representando-se o modelo por malhas de triângulos não uniformes. O arquivo STL é então trabalhado em software específico</p><p>para prototipagem, para a correção de eventuais inconsistências na superfície, no fechamento dos triângulos, na otimização do número de triângulos, e na escolha da orientação de construção mais apropriada à geometria da peça em questão – etapa conhecida como planejamento de processo. Após esta etapa, o modelo virtual em formato STL é refatiado em camadas paralelas, para permitir a construção do protótipo.</p><p>Para que uma estrutura complexa como um crânio humano possa ser representada adequadamente, o modelo terá centenas a milhares de facetas triangulares, podendo gerar arquivos de tamanho excessivamente grande, dificultando o processamento.</p><p>6. Construção do protótipo</p><p>Para a construção, os arquivos STL devem ser transmitidos para o computador da estação de prototipagem (comumente o computador de processamento das imagens não se encontra no mesmo local que o computador do sistema de prototipagem). A transmissão pode ser feita por meio que suporte a transmissão desses dados (CD, e-mail, FTP, rede local). Após a transferência, a construção do modelo é automática na maioria dos processos. A construção pode levar várias horas, dependendo</p><p>do número de camadas e da altura do protótipo superficial das vantagens e desvantagens dos processos mais utilizados no Brasil para as aplicações biomédicas. Aintenção desta tabela não é a de depreciar ou valorizar equipamentos ou fabricantes, mas sim a de fornecer informações concisas que possam auxiliar o profissional da área de saúde a decidir por um ou outro processo, dentro dos seus requisitos e condições de investimento. Deve ser considerado que o custo de aquisição e operação dos equipamentos é alto, exigindo pessoal especializado, e nem sempre o retorno do investimento é compensador. Por este motivo, a grande maioria dos usuários opta por adquirir os serviços, e não os equipamentos.</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Os protótipos biomédicos apresentam grande potencial na escolha de novas abordagens terapêuticas, muitas vezes alternativas aos tratamentos atuais. A utilização desses protótipos no Brasil ainda é restrita, particularmente por causa dos custos envolvidos na produção e da pouca disponibilidade de equipamentos no país. A natureza demorada do processo (da obtenção da imagem à produção do protótipo), associada ao alto custo, dificulta a sua aplicação em procedimentos cirúrgicos de rotina, mesmo quando há indicação. É provável que essas limitações sejam superadas em um curto espaço de tempo, seja pelo avanço tecnológico, seja pela utilização interdisciplinar da tecnologia de PR em centros especializados e públicos, tornando os protótipos biomédicos mais acessíveis.</p><p>Não se pode também, tratando-se de perspectivas futuras, deixar de salientar a importância dessa tecnologia na engenharia tecidual. Este é também um domínio multidisciplinar da ciência que combina e aplica os princípios da engenharia com as ciências da vida, buscando o desenvolvimento de substitutos biológicos para restaurar, manter ou melhorar as funções de um determinado tecido. Já existem relatos, na literatura, demonstrando que tecidos podem ser realmente gerados a partir dessa técnica. A produção de um modelo por prototipagem rápida, na forma específica desejada e com estrutura apropriada para a adesão e reprodução celular, poderá ser uma solução viável para tratamentos reconstrutivos em humanos. Um avanço ainda mais espetacular é a possibilidade da produção direta de órgãos por mecanismos similares à prototipagem rápida, chamados de bioimpressão.</p><p>FONTE: Adaptada de MEURER, M. I. et al. Aquisição e manipulação de imagens por tomografia computado- rizada da região maxilofacial visando à obtenção de protótipos biomédicos. Radiologia Brasileira, v. 41,</p><p>n. 1, p. 49-54, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/VNtcxYxcPJ75wK3GFTCfwyK/?lang=pt.</p><p>Acesso em: 20 jan. 2022.</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>5</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· A radiologia é um método diagnóstico que utiliza radiação ionizante com a finalidade</p><p>de dar apoio ao diagnóstico médico.</p><p>· Os raios X são gerados por uma ampola que possui o ânodo e o cátodo e, a partir dessa junção, 99% são transformados em calor e somente 1% produz os raios X.</p><p>· É essencial que todos os componentes do equipamento estejam em bom alinhamento para a produção de raios X.</p><p>· Cada instituição possui um POP, de acordo com as suas diretrizes.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 Quando é emitida por um equipamento de raios X e direcionada a uma determinada estrutura do corpo do paciente, a radiação atenua, produzindo uma imagem. Pode ter maior ou menor dificuldade em atravessar os tecidos. Com base no motivo que isso ocorre, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Densidade e da estrutura.</p><p>b) ( ) Concentração e da espessura.</p><p>c) ( ) Densidade e da viscosidade.</p><p>d) ( ) Espessura e da pressão.</p><p>2 A produção de raios X no interior do tubo do equipamento se dá a partir de diferenças de potências elétricas. Além disso, a produção de raios X no interior da ampola é feita por um polo positivo e outro negativo. Quanto à sequência correta da estrutura da ampola, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Filamento, copo focal, ânodo e alvo.</p><p>b) ( ) Filamento, alvo, copo focal e ânodo.</p><p>c) ( ) Ânodo, alvo, filamento e copo focal.</p><p>d) ( ) Ânodo, cátodo, filamento e copo focal.</p><p>3 Nos equipamentos de raios X, cada componente possui uma finalidade, que será de extrema importância para a produção dos raios X emitidos. O tubo é um dos principais componentes dessa composição. Sobre a função do tubo de raios X, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Blindar os raios X emitidos em direções diferentes das da janela.</p><p>b) ( ) Sustentar a ampola.</p><p>c) ( ) Produzir raios X.</p><p>d) ( ) Proteger o paciente.</p><p>4 Para a produção dos raios X, é emitida uma alta voltagem para o filamento do cátodo, esquentando os elétrons, que ganham energia para abandonar o cátodo e se dirigirem ao ânodo. No seu choque, o ânodo produz raios X a partir de três fenômenos: radiação característica, efeito Bremsstrahlung e choque nuclear. Qual a finalidade da radiação característica?</p><p>5 A radiação será produzida na ampola de raios X, que contém, em seu interior, o ânodo (polo positivo) e o cátodo (polo negativo) sob um vácuo. O cátodo é o eletrodo negativo do tubo, que serve como fonte de elétrons, e possui, em sua composição, o filamento. Qual é a composição e a função do filamento?</p><p>(</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>)CASTRO JR., A. Posicionamento radiológico. São Paulo: Rideel, 2012. CORREA, M. B. R. Radiologia. São Paulo: DCL, 2010.</p><p>DAMAS, K. F. Tratado Prático de Radiologia. 3. ed. São Caetano do Sul: Yendis, 2010.</p><p>EBSERH – EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES. Procedimento</p><p>operacional padrão. Ministério da Educação. Brasília, 2020. Disponível em: https:// www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-nordeste/hulw-ufpb/ acesso-a-informacao/gestao-documental/pop-procedimento-operacional-padrao. Acesso em: 31 jan. 2022.</p><p>INCA – INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. Ministério da Saúde. Manual para Técnicos em radioterapia. Rio de Janeiro: INCA, 2000. Disponível em: https://www.inca.gov.br/ publicacoes/manuais/manual-para-tecnicos-em-radioterapia. Acesso em: 8 jan. 2022.</p><p>INCA. Ministério da Saúde. Atualização para Técnicos em radioterapia. Rio de Janeiro: INCA, 2010. E-book. Disponível em: https://www.inca.gov.br/publicacoes/ livros/atualizacao-para-tecnicos-em-radioterapia. Acesso em: 8 jan. 2022.</p><p>MATTOS, F. R. SPECT (Single photon emission tomography): Gama câmara, reconstrução tomográfica e características funcional. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em Física Médica) – Instituto de Biociências, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP), Botucatu, 2009. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/bitstream/handle/11449/119908/mattos_fr_tcc_bot. pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 31 jan. 2022.</p><p>MENEZES, V. O. Otimização de protocolos PET/CT oncológico com FDG F18 baseado na análise de multiparâmetros. Tese (Doutorado em Biotecnologia) – Instituto de Ciências da Saúde, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2015. Disponível em: https://bit.ly/3LFnfL8. Acesso em: 31 jan. 2022.</p><p>MEURER, M. I. et al. Aquisição e manipulação de imagens por tomografia computadorizada da região maxilofacial visando à obtenção de protótipos biomédicos. Radiologia Brasileira, v. 41, n. 1, p. 49-54, 2008. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/</p><p>VNtcxYxcPJ75wK3GFTCfwyK/?lang=pt. Acesso em: 20 jan. 2022.</p><p>MOURÃO, A. P. Tomografia Computadorizada – Tecnologia e Aplicações. Rio de Janeiro: SENAC-RJ, 2015.</p><p>NASCIMENTO, C. Ressonância magnética nuclear. São Paulo: Edgard Blucher Ltda., 2018.</p><p>PACHECO, E. F.; FURUIE, S. S. Processamento de estruturas tridimensionais de Medicina Nuclear na modalidade PET. Rev. Bras. Eng. Biom., v. 29, n. 1, p. 70-85, mar. 2013. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbeb/a/55RhWmGGSzvQ6s4mVgwGnpp</p><p>/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 31 jan. 2022.</p><p>(</p><p>CHAMADA</p><p>Preparado</p><p>para</p><p>ampliar</p><p>seus</p><p>conhecimentos?</p><p>Respire</p><p>e</p><p>vamos</p><p>em</p><p>frente!</p><p>Procure</p><p>um</p><p>ambiente</p><p>que</p><p>facilite</p><p>a</p><p>concentração,</p><p>assim</p><p>absorverá</p><p>melhor</p><p>as</p><p>informações.</p><p>)</p><p>(</p><p>—</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>3</p><p>)INTERPRETAÇÃO DE EXAMES</p><p>DE IMAGEM</p><p>OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM</p><p>A partir do estudo desta unidade, você deverá ser capaz de:</p><p>· interpretar laudos e imagens de tomografia computadorizada (TC);</p><p>· interpretar laudos e imagens de ressonância magnética (RM);</p><p>· interpretar laudos e imagens de medicina nuclear (MN);</p><p>· interpretar laudos e imagens de radioterapia (RT);</p><p>· interpretar laudos e imagens de radiologia médica.</p><p>PLANO DE ESTUDOS</p><p>Esta unidade está dividida em cinco tópicos. No decorrer dela, você encontrará autoatividades com o objetivo de reforçar o conteúdo apresentado.</p><p>TÓPICO 1 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA TÓPICO 2 – RESSONÂNCIA MAGNÉTICA TÓPICO 3 – MEDICINA NUCLEAR</p><p>TÓPICO 4 – RADIOTERAPIA TÓPICO 5 – RADIOLOGIA</p><p>CONFIRA</p><p>A TRILHA DA UNIDADE 3!</p><p>Acesse o</p><p>QR Code abaixo:</p><p>(</p><p>—</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>3</p><p>TÓPICO</p><p>1</p><p>)TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>As principais aplicações da tomografia computadorizada são o estudo que en- volve o sistema nervoso central e periférico, o sistema digestório e o sistema musculo- esquelético.</p><p>A obtenção da imagem digitalizada de tomografia computadorizada é feita após o processamento de cada informação captada pelos detectores, sinalizando a atenuação do feixe, promovida pelas fileiras dos voxels atravessados.</p><p>Todos os equipamentos de tomografia possuem um sistema de geração de dados, um sistema para o processamento desses dados, um sistema de reconstrução da imagem e um sistema de visualização e armazenagem.</p><p>2 ESCALA DE HOUNSFIELD</p><p>A construção da imagem digital em equipamentos de tomografia computadorizada é feita após o processamento de cada informação captada pelos detectores, com o objetivo de definir a atenuação gerada por cada fileira de voxels. Após a radiação primária atravessar o objeto em estudo, ela é captada por cada detector, como os valores dos parâmetros de alimentação do tubo de raios X que são conhecidos. A intensidade do feixe que sai do tubo também é conhecida.</p><p>De posse do valor captado pelo detector, o computador determina a parcela do feixe atenuada pelo tecido atravessado por ele, ou seja, a atenuação gerada pela fileira de voxels é atravessada. A tonalidade de cinza, que irá colorir cada pixel, corresponde à atenuação promovida por cada um dos voxels atravessados, que dependem dos coeficientes de atenuação linear dos tecidos (DAMAS, 2006).</p><p>O sistema computacional processará os dados coletados sequencialmente pelos diversos canais de detectores durante a rotação completa do tubo em torno do objeto, definindo a atenuação promovida por cada voxel que compõe a fatia irradiada. Esses valores mostrarão as diferentes densidades teciduais possíveis pela medida dos índices de atenuação. Os índices de atenuação são representados em uma escala chamada Hounsfield, composta de 1.000 níveis de cinza. O olho humano consegue distinguir apenas 64 níveis de cinzas, sendo necessário selecionar um nível ideal de</p><p>(</p><p>106</p><p>)</p><p>(</p><p>105</p><p>)</p><p>atenuação que permita uma contrastação dos tecidos avaliados. Selecionando um nível e uma abertura de janela adequada, será possível observarmos as estruturas ósseas ou os detalhes anatômicos das partes moles.</p><p>O coeficiente de atenuação é diretamente proporcional à densidade das estruturas, então, quanto maior a densidade, maior a atenuação da estrutura – por exemplo, o osso compacto é hiperdenso e possui o valor de 1.000 UH na escala Hounsfield – e, quanto menor a densidade, menor a atenuação da estrutura – portanto, o ar é hipodenso e possui o valor de -1.000 UH na escala Hounsfield.</p><p>Os diferentes coeficientes de atenuação têm como referência o ar com -1.000 UH, a água com 0 UH e o osso compacto com 1.000 UH. O tom de cinza de um pixel é definido de acordo com a escala de cinza de Hounsfield (número CT – nCT), sendo:</p><p>· nCT = unidade Hounsfield (HU);</p><p>· 1.000 = tecido ósseo (branco);</p><p>· 0 = água;</p><p>· -1.000 = ar (preto).</p><p>Logo, o número de Hounsfield (número CT) corresponde a:</p><p>nCT tecido =</p><p>Existem estruturas externas ao corpo humano que apresentam um coeficiente de atenuação linear muito maior e, nesse caso, o valor de atenuação promovido será maior que +1.000H. O meio de contraste diluído, por exemplo, apresenta valores entre</p><p>+2.000H e +3.000H, dependendo da diluição. No entanto, quando se injeta no paciente e se mistura com o sangue, aumenta-se o valor do coeficiente de atenuação linear no sangue e, consequentemente, os valores de Hounsfield para uma faixa entre +200H e</p><p>+600H.</p><p>Os objetos metálicos, por apresentarem coeficiente de atenuação maiores que os do meio de contraste, têm valores Hounsfield ainda maiores, mas, na observação de estruturas metálicas, são necessários equipamentos específicos da área industrial. Determinados os valores de atenuação na escala Hounsfield, é realizada uma correlação entre esses valores numéricos e a escala de cinzas. Quando a escala de cinza é distribuída de -1.000 a +1.000 na escala Hounsfield, nas escalas de cinzas, o osso cortical se apresenta em tom branco, a água cinza médio, o metal branco brilhante (+1.000H) e o ar preto (-1.000H) (MOURÃO, 2007).</p><p>Como a maioria dos tecidos que compõem o corpo humano possui uma grande quantidade de água, a característica de absorção de raios X por esses tecidos não apresenta grande variação, com exceção dos tecidos ósseos, por isso, para obter o contraste entre os tecidos moles, é comum a utilização da escala de cinzas variando</p><p>entre os valores de -100 a +100H, o que permite realçar mais o contraste entre esses tecidos. No entanto, os tecidos ósseos que são mais absorventes aparecerão saturados na cor branca, perdendo o contraste. A utilização das escalas de cinza em outros valores também pode ocorrer para realçar, por exemplo, o contraste dos tecidos ósseos e, nesse caso, haverá uma saturação dos tecidos moles, para tons escuros (MOURÃO, 2007).</p><p>A Tabela 1 demonstra a escala de cinza para as diversas estruturas do corpo humano. Em termos de visualização da imagem digital e manipulação de sua escala de cores, o mais comum é usar monitores especiais (que possam ter a sua qualidade controlada), para garantir a qualidade do diagnóstico.</p><p>TABELA 1 – ESCALA DE HOUNSFIELD</p><p>Tecido</p><p>Valor</p><p>Pulmões</p><p>-900 a -450</p><p>Gordura</p><p>-110 a -65</p><p>Rins</p><p>20 a 40</p><p>Pâncreas</p><p>30 a 50</p><p>Sangue</p><p>35 a 55</p><p>Sangue coagulado</p><p>70 a 80</p><p>Músculo</p><p>40 a 60</p><p>Fígado</p><p>50 a 75</p><p>Ossos porosos</p><p>100 a 200</p><p>Ossos corticais</p><p>250 a 900</p><p>FONTE: Adaptada de Mourão (2007)</p><p>3 DOSIMETRIA</p><p>Apesar da alta capacidade de diagnóstico da tomografia computadorizada, o método proporciona doses altas de radiação em relação a outros exames de diagnóstico radiológico. A elevada dose na tomografia tem sido fonte de preocupação para as agências e comissões de proteção radiológica, que percebem a necessidade de minimizar a dose para uma mesma qualidade de informação radiológica através da otimização das condições técnicas.</p><p>Segundo dados epidemiológicos, as doses absorvidas pelos tecidos, em decorrência dos exames de tomografia, são altas, excedendo os níveis que promovem o aumento da probabilidade de incidência de câncer. Em um exame de tórax, uma dose equivalente de aproximadamente 8 mSv cerca de 400 vezes a dose gerada por uma radiografia anteroposterior (AP) de tórax, que é cerca de 0,02 mSv. Observa-se, claramente, que as doses em equipamentos de tomografia são bem maiores, porém se deve ressaltar que, apesar de terem correlação, as imagens geradas em equipamentos de tomografia e equipamentos de raios X cumprem objetivos diferenciados no processo diagnóstico.</p><p>A dose absorvida em equipamentos de tomografia para as imagens de tórax é de 30 mGy por corte, chegando a 650 mGy para o exame completo. Esse tipo de exame promove uma dose na mama entre 20 e 50 mGy, mesmo não sendo o tecido mamário o tecido objeto do exame. Uma dose absorvida de 1 Gy corresponde a deposição de 1 J de energia em 1 kg de massa. A energia total liberada em um paciente dependerá diretamente do volume de varredura.</p><p>Assim como as mamas, outros tecidos considerados mais sensíveis à radiação também são preocupantes,</p><p>quando se trata da dose absorvida pelo paciente. O cristalino dos olhos recebe uma dose alta na varredura de crânio, a tireoide na varredura de coluna cervical, os ovários na varredura de abdome e a pelve e os testículos na varredura de pelve. Além dessa irradiação direta associada à imagem do corte na região, esses tecidos também são indiretamente irradiados devido ao espalhamento da radiação secundária, quando existe irradiação de cortes nas suas proximidades.</p><p>O uso de equipamentos helicoidais de tomografia pode proporcionar menores doses no paciente que os equipamentos convencionais de tomografia computadorizada, dependendo da escolha apropriada dos parâmetros de alimentação do tubo de raios</p><p>X. Na prática, verifica-se uma dose maior no paciente em função dos parâmetros escolhidos. O equipamento de tomografia computadorizada multicortes provoca um aumento de 10% a 30% na dose, devido à irradiação de tecidos e ao posicionamento dos conjuntos de detectores.</p><p>Para gerenciar a dose em pacientes, existe a necessidade de um controle de todo o processo que envolve a realização de exames em equipamentos de tomografia, desde sua solicitação até o término do procedimento gerador da imagem. Esse objetivo deve nortear as atividades dos diversos profissionais envolvidos, sejam os médicos que demandam os exames, os responsáveis pela aquisição das imagens, a geração dos laudos diagnósticos ou os fabricantes de equipamentos.</p><p>Cabe ao executor do procedimento gerador de imagem diagnóstica limitar o volume a ser examinado e reduzir a corrente de alimentação do tubo mA. O uso do controle automático de exposição com definição dos parâmetros de alimentação do tubo de raios X, de acordo com a região em que será feita a aquisição de dados,</p><p>promove uma redução de dose da ordem de 10% a 50%, sem perda considerável na qualidade da imagem gerada. Ao utilizar equipamentos helicoidais de tomografia, deve- se observar se a espessura do feixe não é maior do que o passo da mesa, pitch maior ou igual a 1, garantindo, dessa forma, que a dose não ultrapasse as doses geradas pelos equipamentos convencionais de tomografia. Assim, ao escolher um passo da mesa de 10 mm, a espessura do feixe deve ser no máximo igual a 10 mm, promovendo um pitch maior ou igual a 1. Quando os órgãos mais sensíveis à radiação, como a tireoide, o cristalino, as gônadas e as mamas, não forem objetos de pesquisa da imagem gerada, pode-se optar pela proteção superficial, principalmente em crianças e mulheres jovens. Esse procedimento resulta em uma redução de 30% a 60% da dose o órgão protegido.</p><p>As referências em dosimetria para os equipamentos de tomografia requerem segurança no controle de qualidade, que visa a conhecer as doses recebidas pelo paciente durante o processo de aquisição de imagens em tomografia. São utilizados três parâmetros: CTDIw, que é o índice de dose para tomografia; CTDIvol, o índice de dose para tomografia ponderado para o volume da varredura; e DLP, um índice que representa o produto final da dose em paciente. Esses três índices de dosimetria são utilizados como parâmetros para a otimização da proteção radiologia em paciente (MOURÃO, 2007).</p><p>(</p><p>INTERESSANTE</p><p>A</p><p>tomografia</p><p>computadorizada</p><p>foi</p><p>introduzida,</p><p>na</p><p>prática</p><p>clínica,</p><p>em</p><p>1972,</p><p>e proporcionou um grande avanço no radiodiagnóstico médico, sendo</p><p>reconhecida pelo alto potencial de diagnóstico, possibilitando a investigação</p><p>de</p><p>regiões</p><p>do</p><p>corpo</p><p>humano,</p><p>até</p><p>então,</p><p>não</p><p>reproduzidas</p><p>pelos</p><p>métodos</p><p>convencionais. Além disso, essa nova técnica substituiu alguns exames que</p><p>traziam muito desconforto e determinados procedimentos que acarretavam</p><p>elevado</p><p>risco</p><p>ao</p><p>paciente.</p><p>)</p><p>4 APLICAÇÕES MÉDICAS</p><p>As imagens obtidas nos equipamentos de tomografia computadorizada apresentam grande facilidade em sua manipulação, por serem digitais, permitindo variação de brilho, contraste e intensidade. A mudança na escala de cinza permite uma redistribuição da escala, sendo muito útil quando se deseja observar alguma região onde a variação de absorção do feixe de raios X entre tecidos vizinhos não é muito grande.</p><p>Existem várias ferramentas como a ampliação, as reconstruções, geração de outros cortes, além dos cortes axiais e softwares para protocolos específicos que melhoram muito a qualidade da imagem e, consequentemente, o processo de diagnóstico. Esses tipos de controles na imagem são possíveis em qualquer equipamento</p><p>digital. Outros recursos como reconstruções 3D, a subtração de estruturas e a coloração da imagem podem ser incluídos de acordo com a aquisição de pacotes específicos e softwares. A qualidade das imagens geradas pode ficar limitada devido à tecnologia de cada equipamento, uma vez que os mais antigos podem ter muitas restrições e não ser capazes de efetuar muitas das aplicações.</p><p>As imagens de tomografia computadorizada tornaram-se uma importante ferramenta para o auxílio no processo diagnóstico, representando um padrão-ouro para identificar uma série de patologias ou alterações anatômicas, além de permitir detectar suspeitas suscitadas durante o processo diagnóstico. Por exemplo, imagens de tomografia crânio encefálicas são indicadas no diagnóstico de traumas e hemorragias intracranianas. A varredura deve ser realizada sem o uso do meio de contraste, pois o sangramento é espontaneamente hiperdenso, além do meio de contraste simular um sangramento em algumas ocasiões.</p><p>Geralmente, o exame de tomografia não exclui o infarto na sua fase aguda, mas é muito útil para excluir a possibilidade de um sangramento. Também é indicada para detectar tumores na cabeça, sendo que o uso do meio de contraste pode melhorar esse tipo de diagnóstico. Pode ainda ser utilizada para detectar causas de um aumento da pressão intracraniana, previamente à colocação de cateteres, para alívio da pressão e, ainda, para diagnóstico de fraturas dos ossos da face ou do crânio. A utilização para a detecção de aneurismas e cistos intracranianos é de grande eficácia.</p><p>Na região da face e do pescoço, as imagens de tomografia podem ser muito úteis, tanto no planejamento de cirurgias quanto na avaliação de alguns tipos de cistos e tumores de mandíbula, seios da face, cavidade nasal, globos oculares e órbitas, além do planejamento de implantes dentários para recomposição das funções de mastigação.</p><p>As imagens de tórax detectam alterações agudas ou crônicas do parênquima pulmonar e para a observação das cavidades de aeração na observação de pneumonias ou tumores. Na maioria das vezes, uma varredura simples, sem o uso de meio de contraste é satisfatória. Ainda é utilizada na avaliação de processos crônicos como enfisemas e fibroses, quando se utilizam sequências com maior número de cortes, para possibilitar reconstruções espaciais de boa qualidade. Na avaliação da região do mediastino, é recomendado o uso do meio de contraste.</p><p>As imagens angiográficas de tomografia do pulmão são muito eficazes para a detecção de embolismo pulmonar e dissecção da aorta, sendo necessário um equipamento de alta velocidade de aquisição.</p><p>As imagens de tomografia da região abdominal e pélvica são utilizadas para diagnóstico do sistema urinário, em estenoses uretrais, cálculos renais, apendicites, pancreatites, diverticulites, aneurisma de aorta abdominal e obstrução intestinal, além da verificação de lesões nos órgãos internos gerados por traumas. A utilização do meio</p><p>de contraste via oral ou retal é frequentemente recomendada, sendo que, na maioria das vezes, se opta pelo meio de contraste à base de iodo (MOURÃO, 2007). Para as tomografias de extremidades, são utilizadas no diagnóstico de fraturas complexas que promovam o deslocamento das partes fraturadas ou esmagamento da estrutura óssea.</p><p>5 IMAGENS DIAGNÓSTICAS</p><p>A qualidade das imagens diagnósticas varia de acordo com a evolução tecnológica do equipamento e com a técnica de aquisição utilizada. A demanda do exame de tomografia é que vai definir a imagem a ser gerada. O topograma é uma imagem gerada no equipamento de tomografia semelhante a uma</p><p>imagem gerada em equipamentos convencionais de raios X, na qual o tubo de raios X e os detectores permanecem fixos, enquanto a mesa se desloca continuamente para fazer a aquisição da imagem. No caso da imagem lateral, o tubo e os detectores são posicionados em oposição lateralmente ao objeto e no caso de imagem frontal o tubo de raios x e os detectores são posicionados acima e abaixo do paciente.</p><p>O topograma é também conhecido como Scout, e é uma imagem de base utilizada para fazer a programação da aquisição das imagens de corte, permitindo a marcação do início e final dos cortes no eixo Z e as distâncias entre os eixos de corte. As marcações dos eixos de corte são feitas sobre o topograma e numeradas sequencialmente do início ao final do volume determinado para varredura. Essa numeração dos eixos de corte permite identificar a localização do corte no volume que está sofrendo a varredura.</p><p>Quando se utiliza o topograma frontal para a marcação dos cortes, o gantry fica angulado perpendicular em relação à mesa, mas no caso do topograma lateral, os eixos dos cortes axiais podem não ser perpendiculares à mesa na qual o paciente está acomodado. Dependendo do objetivo do exame no momento de fazer a aquisição dos dados, o gantry será automaticamente inclinado para a angulação programada através do topograma, permitindo que a estrutura em pesquisa tenha preferência em detrimento de outras estruturas vizinhas.</p><p>Após a acomodação do paciente na mesa para a geração do topograma, não deverá mais ser deslocado sobre a superfície da mesa, pois toda a programação dos eixos de corte para a varredura de aquisição das imagens de corte é baseada no posicionamento em que foi feito para a obtenção do topograma. Por isso, após o paciente ser acomodado sobre a mesa deverá manter o posicionamento até o final do processo de aquisição de dados.</p><p>A principal aplicação dos equipamentos de tomografia computadorizada está relacionada a geração de imagens em cortes axiais, que são as mais utilizadas para a produção do laudo diagnóstico. Na geração do filme para o acompanhamento do laudo diagnóstico, as imagens dos cortes axiais são as que ocupam quase a totalidade do filme para a maioria dos exames.</p><p>Apesar das imagens axiais serem as mais úteis no processo diagnóstico em tomografia computadorizada, por conterem a maior quantidade de informação e por serem as imagens tradicionais de tomografia computadorizada, as imagens com cortes com outras orientações podem ser muito importantes também e por isso, são frequentemente reconstruídas a partir dos cortes axiais.</p><p>O processo de reconstrução que permite gerar as imagens de outros cortes anatômicos a partir de cortes axiais é conhecido como reconstrução multiplanar ou MPR, que permite gerar a imagem de uma série. A partir do volume obtido, o computador é capaz de gerar a imagem de um outro corte anatômico, em qualquer plano desejado, coronal, sagital ou oblíquos, dependendo do software que está disponível no equipamento. Quanto menor a distância entre os eixos de cortes axiais, melhor será a qualidade da imagem gerada na reconstrução multiplanar. Quanto maior o número de cortes axiais utilizados para a reconstrução do volume, mais próxima a forma do volume reconstruído estará da forma do objeto.</p><p>Da mesma maneira, os cortes obtidos a partir do volume reconstruído apresentam alterações em relação ao objeto e essas alterações serão tão menores quanto mais cortes transversos forem utilizados para a reconstrução. Portanto, para evitar esse tipo de deformação, a distância entre os eixos de cortes axiais deve ser pequena. A reconstrução se apresenta com uma relação direta entre as imagens e valores da escala de Hounsfield obtidos na varredura para a obtenção dos cortes axiais, essa forma de reconstrução permite uma fácil orientação do corte no volume de varredura, permitindo uma avaliação interativa através da tela do monitor, sendo também a base para as reconstruções de imagens volumétricas (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015).</p><p>FIGURA 1 – TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA DE TÓRAX COM CORTE AXIAL E RECONSTRUÇÃO CORO- NAL E SAGITAL</p><p>FONTE: . Acesso em: 18 fev. 2022.</p><p>As imagens volumétricas de estruturas anatomias permitem a visualização da superfície externa de um órgão ou região por vários ângulos de observação, portanto, ao reconstruir um volume, é necessário definir a região que se deseja observar.</p><p>A reconstrução de superfície ou SSD são métodos de geração de imagem 3D. Nesse método, cada voxel de um determinado conjunto de dados é definido como parte ou não da estrutura que se deseja reconstruir. Normalmente, no caso da tomografia computadorizada, a escolha é feita através da comparação do valor de Hounsfield do voxel com um valor determinado como limite. A partir dos dados selecionados, é definido a superfície do objeto a ser reconstruído. Os contornos são modelados como uma coleção de polígonos e apresentados como uma superfície sombreada.</p><p>A reconstrução por projeção de intensidade máxima (MIP) é uma técnica utilizada particularmente em angiografias por tomografia ou ressonância. O algoritmo de MIP avalia o valor de cada voxel ao longo de uma fileira, orientado pelo observador da imagem, e seleciona o voxel que apresenta o valor máximo, no caso da tomografia, o de maior valor Hounsfield; esse voxel será escolhido como o pixel correspondente a ser exibido na imagem reconstruída. Ao contrário da técnica de reconstrução de superfície, em que a menor informação dentro da faixa de densidade escolhida é retida, a técnica MIP retém a informação de todos os voxels do volume que apresentam a mais alta densidade. As imagens resultantes não aparecem como uma superfície opaca que oculta outras estruturas, permitindo perceber a profundidade da estrutura reconstruída, que é difícil de ser observada na reconstrução 3D de superfície (SSD).</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>1</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· O coeficiente de atenuação é diretamente proporcional à densidade das estruturas,</p><p>ou seja, quanto maior a densidade, maior a atenuação da estrutura.</p><p>· A elevada dose na tomografia tem sido fonte de preocupação para agências e comissões de proteção radiológica, que percebem a necessidade de minimizar a dose para uma mesma qualidade de informação radiológica através da otimização das condições técnicas.</p><p>· A mudança na escala de cinza permite uma redistribuição da escala, sendo muito útil quando se deseja observar alguma região cuja variação de absorção do feixe de raios X entre tecidos vizinhos não é muito grande.</p><p>· A qualidade das imagens diagnósticas varia de acordo com a evolução tecnológica</p><p>do equipamento e com a técnica de aquisição utilizada.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 Apesar da alta capacidade de diagnóstico da tomografia computadorizada, o método proporciona doses altas de radiação em relação a outros exames de diagnóstico radiológico. As doses em equipamentos de tomografia são bem maiores que as doses geradas no equipamento de raios X. Em um exame de tomografia de tórax, quanto à dose em mSv o paciente recebe, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) 0,02 mSv.</p><p>b) ( ) 8 mSv.</p><p>c) ( ) 6 mSv.</p><p>d) ( ) 10 mSv.</p><p>2 As imagens de tomografia computadorizada tornaram-se uma importante ferramenta para o auxílio no processo diagnóstico, representando um padrão-ouro para identificar uma série de patologias ou alterações anatômicas, além de permitir detectar suspeitas suscitadas durante o processo diagnóstico. No exame de angiotomografia de tórax, quanto a sua possibilidade de detecção, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Covid-19.</p><p>b) ( ) Pneumonia.</p><p>c) ( ) Dissecção da aorta.</p><p>d) ( ) Bronquite.</p><p>3 Além das reconstruções multiplanares, os softwares dos equipamentos de tomografia computadorizada permitem outros tipos de reconstruções que também auxiliam em um diagnóstico preciso. Quanto às ferramentas que tornam as imagens em volumétricas, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Reconstrução de superfície.</p><p>b) ( ) Reconstrução bidimensional.</p><p>c) ( ) Reconstrução</p><p>óssea.</p><p>d) ( ) Reconstrução diagnóstica.</p><p>4 O coeficiente de atenuação é diretamente proporcional à densidade das estruturas, ou seja, quanto maior a densidade, maior a atenuação da estrutura. Os diferentes coeficientes de atenuação têm como referência o ar, a água e o osso compacto. Na escala de Hounsfield, qual a referência do contraste ao ser misturado com o sangue no paciente?</p><p>5 As imagens obtidas nos equipamentos de tomografia computadorizada apresentam grande facilidade em sua manipulação, estando relacionadas à geração de imagens em cortes axiais. Para auxiliar o médico radiologista no laudo, quais as ferramentas devem ser utilizadas para uma melhor manipulação das imagens?</p><p>(</p><p>-</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>3</p><p>TÓPICO</p><p>2</p><p>)RESSONÂNCIA MAGNÉTICA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>Uma imagem constitui a representação da distribuição de alguma propriedade, de um objeto ou sistema físico. As imagens mais familiares são aquelas formadas diretamente por instrumentos óticos, empregando luz visível refletida ou transmitida por um objeto.</p><p>São exigidos padrões diferentes dos tecidos biológicos para gerar uma imagem em ressonância magnética. Em resumo, a imagem é uma exibição dos sinais de radiofrequência emitidos e captados no processo da aquisição da imagem.</p><p>Em muitas aplicações que requerem uma imagem, é possível realizar somente medidas indiretas, submetendo o objeto à radiação invisível ou interpretando tal radiação por ele emitida. O campo magnético produzido pelo equipamento de ressonância magnética é uniforme e de igual valor em toda a sua extensão.</p><p>2 GERAÇÃO DE DADOS</p><p>A ressonância magnética, por ser uma modalidade de imagem não invasiva, é muito utilizada no diagnóstico de uma variedade de patologias. A princípio, a imagem é gerada em três etapas:</p><p>· alinhamento: a propriedade magnética dos núcleos de alguns átomos do corpo humano é orientada em paralelo a um campo magnético muito forte, no qual o paciente é colocado. Alguns núcleos específicos no corpo absorvem, reemitindo ondas de radiofrequências específicas no momento que esses núcleos estão sob influência de um campo magnético. Esses sinais que são reemitidos, possuem informações sobre o paciente, capturadas por um receptor ou antena. O sinal elétrico da antena é transmitido por um conversor analógico-digital (CAD) e transmitido para um computador, no qual a imagem é adquirida e reconstruída matematicamente;</p><p>· excitação: o equipamento de ressonância magnética emite uma onda eletromagnética na frequência de cada núcleo de hidrogênio, mudando a direção da sua energia. A produção das imagens ocorre na interação da radiação com os elétrons, envolvendo o núcleo dos átomos, e, na ressonância magnética, ocorre o envolvimento da interação das ondas de rádio com o núcleo sozinho. Nem todos os núcleos respondem aos campos magnéticos, a maioria da produção de imagem, atualmente, é feita com núcleos de hidrogênio (prótons individuais);</p><p>· detecção de radiofrequência (RF): quando os núcleos de hidrogênio voltam ao seu estado normal, emitem ondas eletromagnéticas, captadas pelo equipamento. A ressonância magnética é possível porque um núcleo magnético precessa sobre um forte campo magnético estático, ou seja, ele não muda. O fenômeno de precessão ocorre sempre que um objeto que está girando sofre alguma ação de uma força externa. Na ressonância magnética, o próton giratório (núcleo de hidrogênio) precessa quando é colocado em um campo magnético forte. A taxa de precessão de um próton em um campo magnético vai aumentando conforme a força do campo magnético aumenta (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015).</p><p>Depois que o campo magnético estático é aplicado, a precessão do núcleo do paciente pode ser influenciada mais pelas ondas de rádio, porque a onda contém um campo magnético que varia com o tempo. Um dos efeitos das ondas de rádio é a pre- cessão dos núcleos atômicos em ângulos maiores; quanto mais tempo as ondas de rádio forem aplicadas ao paciente, maior será o ângulo de precessão. No entanto, mesmo que a duração das ondas de rádio seja longa o suficiente para mover a precessão dos núcle- os para perto da horizontal, ela parece ser pequena em comparação aos eventos coti- dianos. As ondas de rádio são aplicadas ao paciente em pulsos, que devem durar uma fração de segundo durante a fase de “envio” do processo de ressonância magnética.</p><p>3 SELEÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DE CORTE</p><p>Quando um pulso de frequência é enviado com a mesma frequência de preces- são dos prótons de hidrogênio do volume que está sob estudo, um sinal com informa- ções de todo esse volume é adquirido. Não sendo possível definir de que porção foi ad- quirido, introduziu-se, ao sistema de ressonância magnética, uma técnica que permite mapear esse sinal, selecionando apenas o corte que se pretende estudar, atribuindo-lhe uma matriz na qual, para cada elemento, é atribuído um valor de intensidade de sinal.</p><p>A técnica de seleção de corte surgiu devido à entrada de gradientes de campo magnético, permitindo que, ao longo desse campo, exista uma variação de intensidade linear, numa determinada direção. Em cada posição, a intensidade do campo será igual à intensidade do campo inicial com a soma da intensidade do gradiente aplicado em uma determinada direção.</p><p>O campo magnético produzido por um equipamento de ressonância magnética é uniforme e de igual valor em toda a sua extensão; espera-se que, quando um pulso enviado com frequência igual à frequência da precessão dos prótons de hidrogênio no volume em estudo, um sinal seja obtido para todo o volume de informações, não sendo possível identificar de qual parte foi comprado. Desse modo, no sistema de ressonância</p><p>magnética, é introduzida uma técnica que permite mapear esse sinal adquirido, permitindo selecionar apenas as fatias a serem estudadas e atribuir uma matriz, em que para cada elemento é atribuído um valor de intensidade de sinal.</p><p>A técnica de seleção de corte envolve a introdução de um gradiente de campo magnético, que permite uma variação linear de intensidade em uma determinada direção ao longo do campo magnético. Portanto, em cada local, a intensidade do campo será igual à soma da intensidade do campo inicial mais a intensidade do gradiente aplicada em uma determinada direção. Como existe uma variação da frequência do campo provocada pelo gradiente, cada parte do tecido terá uma frequência de precessão diferente. É através dessa frequência de precessão que se localiza, espacialmente, o sinal que será recolhido.</p><p>Além da seleção do corte, para a codificação do sinal, é necessário realizar mais duas etapas: a codificação de fase e a codificação de frequência. Cada etapa é constituída na ativação de um gradiente em uma determinada direção (se a seleção de corte for feita segundo o eixo Z, a codificação de fase e a frequência ocorrerão segundo os eixos X e Y). Quanto ao gradiente de codificação de fase, a ativação deste resulta numa alteração de fase dos spins (alteração proporcional à sua localização). O gradiente de frequência é ativado no momento que ocorre a leitura desse sinal. Como os gradientes de codificação de frequência e fase trabalham em diferentes direções e correspondem, respectivamente, aos eixos de coordenadas X e Y, a partir disso se forma a matriz, conhecida como espaço K. O espaço K é um conceito abstrato, no qual cada linha dessa matriz é preenchida por um eco adquirido na sequência de pulsos.</p><p>Portanto, cada pedaço de tecido terá uma frequência diferente de precessão, devido às mudanças de frequência de campo induzidas por gradiente. É justamente por meio da frequência de precessão que o sinal coletado é posicionado espacialmente.</p><p>Toda vez que o gradiente codificado por fase mudar a sua magnitude, ocorre uma mudança de linha no espaço K, passada para o preenchimento da próxima linha. No caso de uma matriz de 256 × 256, existem 256 ativações de diferentes magnitudes desse gradiente. Assim, cada linha do espaço K será preenchida com ecos codificados por diferentes amplitudes do gradiente de fase. Deve-se notar que, quanto mais linhas no espaço K, maior</p><p>a nível tecnológico, nas atividades complementares de diagnósticos.</p><p>Art. 5º Sem prejuízo do exercício das mesmas atividades por outros profissionais igualmente habilitados na forma da legislação específica, o biomédico poderá:</p><p>I- Realizar análises físico-químicas e microbiológicas de interesse</p><p>para o saneamento do meio ambiente.</p><p>II- Realizar serviços de radiografia, excluída a interpretação.</p><p>III- Atuar, sob supervisão médica, em serviços de hemoterapia, de radiodiagnóstico e de outros para os quais esteja legalmente habilitado.</p><p>IV- Planejar e executar pesquisas científicas em instituições públicas e privadas, na área de sua especialidade profissional.</p><p>Parágrafo único. O exercício das atividades referidas nos incisos I a IV deste artigo fica condicionado ao currículo efetivamente realizado que definirá a especialidade profissional (BRASIL, 1979a).</p><p>O Capítulo III descreve o trabalho dos Conselhos (CFBM e CRBM), com o objetivo de fiscalizar e dar orientações aos profissionais. Determina todo o processo que compete aos conselhos, desde seus membros e eleição até suas competências perante os profissionais, tendo como responsabilidade:</p><p>· o Art. 7º fala sobre os membros do conselho e seus suplentes, prazos de mandato, seguido do Art. 8º, que descreve o mandato, com validade de quatro anos, sendo passível de multa se deixar de votar sem causa injustificada. O Art. 9º informa sobre perda ou extinção de mandato do membro do conselho, que poderá ocorrer devido alguns motivos (BRASIL, 1979);</p><p>· o Art. 10º relata sobre a competência do Conselho Federal, que tem como responsabilidade:</p><p>I- Eleger, dentre os seus membros, por maioria absoluta, o seu Presidente e o Vice-Presidente, cabendo ao primeiro, além do voto comum, o de qualidade.</p><p>II- Exercer função normativa, baixar atos necessários à interpretação e execução do disposto nesta Lei e à fiscalização do exercício profissional, adotando providências indispensáveis à realização dos objetivos institucionais.</p><p>III- Supervisionar a fiscalização do exercício profissional em todo o</p><p>território nacional.</p><p>IV- Organizar, propor instalação, orientar e inspecionar os Conselhos Regionais, fixar-lhes jurisdição, e examinar suas prestações de contas, neles intervindo desde que indispensável ao restabelecimento da normalidade administrativa ou financeira ou à garantia da efetividade ou princípio da hierarquia institucional.</p><p>V- Elaborar e aprovar seu Regimento, ad referendum do Ministro do Trabalho.</p><p>VI- Examinar e aprovar os Regimentos dos Conselhos Regionais, modificando o que se fizer necessário para assegurar unidade de orientação e uniformidade de ação.</p><p>VII- Conhecer e dirimir dúvidas suscitadas pelos Conselhos Regionais e prestar-lhes assistência técnica permanente.</p><p>VIII- Apreciar e julgar os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos Regionais.</p><p>IX- Fixar o valor das anuidades, taxas, emolumentos e multas devidos pelos profissionais e empresas aos Conselhos Regionais a que estejam jurisdicionados.</p><p>X- Aprovar sua proposta orçamentária e autorizar a abertura de créditos adicionais, bem como operações referentes a mutações patrimoniais.</p><p>XI- Dispor, com a participação de todos os Conselhos Regionais, sobre o Código de Ética Profissional, funcionando como Conselho Superior de Ética Profissional.</p><p>XII- Estimular a exação no exercício da profissão, velando pelo</p><p>prestígio e bom nome dos que a exercem.</p><p>XIII- Instituir o modelo das carteiras e cartões de identidade</p><p>profissional.</p><p>XIV- Autorizar o Presidente a adquirir, onerar ou alienar bens imóveis.</p><p>XV- Emitir parecer conclusivo sobre prestação de contas a que esteja obrigado.</p><p>XVI- Publicar, anualmente, seu orçamento e respectivos créditos adicionais, os balanços, a execução orçamentária e o relatório de suas atividades (BRASIL, 1979a).</p><p>Os Conselhos Regionais são organizados a partir do CFBM e trabalham com auxílio ao profissional, exercendo função administrativa, na organização e na disciplina do registro do profissional. Os Conselhos Regionais são responsáveis pela criação das Câmaras Especializadas, que têm como objetivo tratar assuntos de fiscalização de profissionais e infrações ao Código de Ética. São articuladas pelos Conselhos Regionais, com a condição de que haja pelo menos três conselhos de uma mesma modalidade, tendo as responsabilidades de:</p><p>I- Julgar os casos de infração à presente Lei, no âmbito de sua competência profissional específica.</p><p>II- Julgar as infrações ao Código de Ética.</p><p>III- Aplicar as penalidades e multas previstas.</p><p>IV- Apreciar e julgar os pedidos de registro de profissionais, das firmas, das entidades de direito público, das entidades de classe e das escolas ou faculdades na Região.</p><p>V- Elaborar as normas para a fiscalização das respectivas modalidades.</p><p>VI- Opinar sobre os assuntos de interesse comum a duas ou mais modalidades, encaminhando-os ao Conselho Regional (BRASIL, 1979a).</p><p>O Capítulo IV descreve o exercício da profissão, o qual só é permitido àquele que tem carteira profissional de habilitação expedida pelos órgãos de sua competência. É de extrema necessidade portar sempre a habilitação para que, em caso de fiscalização na instituição, seja possível apresentar a carteira profissional emitida pelo respectivo Conselho.</p><p>O Capítulo V descreve ser obrigatório, para o profissional poder exercer a profissão legalmente, o pagamento da anuidade. O atraso de pagamento acarretará multa prevista no regulamento ao profissional, sendo passível de infração disciplinar nos seguintes casos:</p><p>I- Transgredir preceito do Código de Ética Profissional.</p><p>II- Exercer a profissão, quando impedido de fazê-lo, ou facilitar, por</p><p>qualquer meio, o seu exercício aos não registrados ou aos leigos.</p><p>III- Violar sigilo profissional.</p><p>IV- Praticar, no exercício da atividade profissional, ato que a lei defina</p><p>como crime ou contravenção.</p><p>V- Não cumprir, no prazo assinalado, determinação emanada de órgãos ou autoridade do Conselho Regional, em matéria de competência deste, após regularmente notificado.</p><p>VI- Deixar de pagar, pontualmente ao Conselho Regional, as contribuições a que está obrigado.</p><p>VII- Faltar a qualquer dever profissional prescrito nesta Lei.</p><p>VIII- Manter conduta incompatível com o exercício da profissão (BRASIL, 1979a).</p><p>As penas disciplinares, perante os profissionais infratores, são:</p><p>I- Advertência. lI- Repreensão.</p><p>III- Multa equivalente a até dez vezes o valor da anuidade.</p><p>IV- Suspensão do exercício profissional pelo prazo de até três anos,</p><p>ressalvada a hipótese prevista no § 7º deste artigo.</p><p>V- Cancelamento do registro profissional (BRASIL, 1979a).</p><p>O Capítulo VII descreve as disposições gerais sobre gratificações por direito dos membros dos Conselhos, a aplicação dos servidores do Conselho sobre o regime jurídico das leis trabalhistas, a estimulação dos Conselhos perante os profissionais e classes, as realizações de natureza cultural e os estabelecimentos de ensino superior que têm, como obrigação, enviar ao Conselho Regional, até 6 meses da conclusão da graduação dos alunos, a ficha de cada aluno para a conferência do diploma e certificado.</p><p>O Capítulo VIII descreve sobre a carteira profissional que terá prazo de efetiva- ção de 180 dias. Os Conselhos são instalados em um número capaz de dar suporte a todos os profissionais, em solicitação do Ministro do Trabalho, cabendo aos profissionais seguirem adequadamente o que é proposto pela Lei e pelos Conselhos, para que não ocorram infrações ao Código de Conduta e Ética profissional.</p><p>3 LEI FEDERAL Nº 7.394/1985</p><p>A Lei nº 7.394, de 29 de outubro de 1985 (BRASIL, 1985), atua na regulamentação dos profissionais técnicos em Radiologia, tendo como responsabilidade sancionar o exercício da profissão nos setores de radiodiagnóstico e terapia.</p><p>Os artigos descritos na lei têm como objetivo orientar acadêmicos e profissionais em relação à escolaridade mínima permitida para o exercício da profissão, indicando a qual conselho o profissional deverá se reportar. Para os profissionais de Radiologia, existem dois conselhos: o Conselho Nacional de Técnicos em Radiologia (CONTER)</p><p>a quantidade de semáforos coletados.</p><p>A direção de preenchimento de uma linha do espaço K pode ser definida pela polaridade positiva ou negativa do gradiente: podemos começar a preencher uma linha com um gradiente negativo, mas, com a maior magnitude, diminuir gradualmente até zero, aumentar novamente até atingir a magnitude máxima e vice-versa.</p><p>FIGURA 2 – RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DO CRÂNIO COM CORTES AXIAL, CORONAL E SAGITAL</p><p>FONTE: . Acesso em: 28 fev. 2022.</p><p>Quando o espaço K está completamente preenchido, isso significa que 1 NEX (número de excitações) é usado. O ruído da imagem é uma consequência do aumento do tempo de aquisição em dobro. Assim, torna-se uma das técnicas utilizadas para redução do tempo de aquisição e a redução no número de linhas a serem preenchidas no espaço K. Entretanto, essa medida reduz a qualidade de imagem obtida, uma vez que requer que a informação restante seja extrapolada, não sendo mostrada como a imagem real (DAMAS, 2006).</p><p>4 LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DO SINAL</p><p>Como o núcleo é um pequeno ímã, ele emite ondas eletromagnéticas à medida que gira. Durante a fase “receptora” do procedimento de ressonância magnética, essas ondas, emitidas por núcleos dentro do tecido corporal, são captadas por uma antena ou bobina receptora. Esse sinal elétrico obtido pela bobina receptora é enviado ao computador. A imagem do paciente é reconstruída por um computador. As ondas de rádio recebidas podem ser visualizadas usando várias técnicas matemáticas, sendo algumas semelhantes às utilizadas na tomografia computadorizada.</p><p>O sinal recebido é descrito em relação aos sinais sobrepostos aleatoriamente, captados pela antena. Esses sinais aleatórios são chamados de “ruído”. A relação sinal- ruído (SNR, ou S/N) é usada para descrever as contribuições relativas do sinal verdadeiro do tecido e do ruído aleatório.</p><p>Quando o pulso de RF é enviado para o núcleo termina, os núcleos precedem juntos em fase. Logo que o pulso RF é desligado, os núcleos começam a retornar para uma configuração mais randômica em um processo chamado de relaxamento. Enquanto os núcleos relaxam, o sinal de ressonância magnética recebido dos núcleos precessando diminui. A taxa de relaxamento sobre tecido normal e processos patológicos dentro do tecido influenciam na aparência da imagem. O relaxamento pode ser dividido em duas categorias, comumente referidas como relaxamento T1 e T2 (DAMAS, 2006).</p><p>· Relaxamento em T1: ocorre quando o núcleo, que está excitado, começa a precessar (girar) em ângulos maiores e menores, isto é, de uma precessão quase horizontal ou transversal para uma mais vertical. Esse processo, conhecido como tipo de relaxamento longitudinal ou rede de spin (T1), faz o sinal de ressonância magnética diminuir em força. O tempo necessário para o sinal diminuir para 63% do seu valor máximo é definido como T1.</p><p>· Relaxamento em T2: quando giros começam a precessar fora da fase com os outros, o resultado é chamado de relaxamento transversal, ou spin-spin, conhecido como relaxamento T2. Enquanto esse relaxamento em T2 ocorre, o sinal da ressonância diminui em força. O tempo necessário para o sinal ressonância magnética diminuir para 37% do seu valor máximo é definido como T2.</p><p>A taxa desses dois tipos de relaxamento (T1 e T2) altera, e, depois da exposição à radiofrequência, constitui a base primária da qual a imagem é reconstruída. Entretanto, um terceiro fator, a densidade de giro, também desempenha um pequeno papel para determinar a aparência da imagem ressonância magnética.</p><p>Ao contrário das imagens pesadas em T1 e T2, a imagem de densidade protônica não exibe as características magnéticas dos núcleos de hidrogênio, mas, sim, o número de núcleos de hidrogênio na área examinada. Para realizar uma imagem pesada em densidade protônica, precisamos minimizar a contribuição de ambos os contrastes T1 e T2. O T1 é minimizado com um TR longo (alto sinal e baixo contraste T1), enquanto o T2 é minimizado com um TE curto (alto sinal e baixo contraste T2).</p><p>Um sinal mais forte é recebido quando a quantidade de núcleos de hidrogênio, presentes em um determinado volume de tecido, aumenta. Entretanto, essa quantidade, chamada de densidade de prótons ou densidade de spin, tem pouco efeito sobre a aparência das imagens de ressonância, porque a organização das varreduras de prótons (núcleos de hidrogênio) não difere significativamente na densidade de spin. Como visto anteriormente, uma consideração mais importante é que os núcleos, que formam diferentes tecidos in vivo, respondem com diferentes taxas de relaxamento.</p><p>5 APLICAÇÕES MÉDICAS</p><p>A ressonância magnética pode ser aplicada em todas as partes do corpo huma- no: crânio, coluna cervical, medula espinhal, tórax, coração, abdome, articulações e va- sos sanguíneos. Alguns exemplos de exames de ressonância magnética são: ressonân- cia magnética funcional (RMF) do cérebro, ressonância magnética da mama, angiografia por ressonância magnética arterial (angiografia por ressonância magnética), venografia por ressonância magnética (VRM) e ressonância magnética cardíaca (RMC).</p><p>A RMF do encéfalo é uma modalidade diagnóstica de ressonância magnética usada para mapear áreas funcionais do cérebro e alterações no fluxo sanguíneo em resposta à atividade neural. Para ser realizada, os pacientes devem efetuar atividades específicas, e a máquina escaneia imagens detalhadas do cérebro, mostrando a locali- zação dos sinais relacionados à atividade cerebral (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015).</p><p>A ressonância magnética da mama pode detectar alterações como o câncer de mama. Além disso, é considerado um exame mais sensível que a mamografia e o ultrassom.</p><p>A angiorressonância arterial é uma modalidade que pode avaliar alterações anatômicas, estenose, oclusão e complicações vasculares arteriais. Além de ser considerada um teste não invasivo de fácil execução, também pode avaliar o parênquima de órgãos adjacentes de interesse diagnóstico.</p><p>A VRM é uma modalidade de diagnóstico que permite produzir imagens detalhadas da região das veias. É considerada muito sensível e utiliza a diferença de sinais entre o sangue fluindo e o coágulo estacionado.</p><p>A ressonância magnética do coração é uma modalidade que permite adquirir imagens detalhadas das estruturas cardíacas. É um procedimento diagnóstico não invasivo, que captura imagens anatômicas e dinâmicas do funcionamento do coração sob diversos ângulos.</p><p>Na ressonância, existem algumas contraindicações absolutas para os pacientes que fazem uso de marca-passos, clipes de aneurisma ferromagnético, fragmentos metálicos no olho, implante coclear, válvula protética do coração Starr- Edwards pré-modelo 6000, bombas de infusão de medicamento interna, bombas internas de analgésico (a menos que certificada como segura para ressonância magnética), neuroestimuladores, estimuladores de crescimento ósseo e clipe cirúrgico gastrointestinal ferromagnético.</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>2</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· A imagem de ressonância magnética é gerada a partir de três etapas: alinhamento,</p><p>excitação e detecção de radiofrequência.</p><p>· Existe uma técnica de ressonância magnética que possibilita mapear esse sinal adquirido, permitindo selecionar apenas os cortes que devem ser estudados e atribuir a ele uma matriz, na qual cada elemento recebe um valor de intensidade de sinal.</p><p>· Na ressonância magnética, as ondas são emitidas por núcleos dentro do tecido corporal e recebidas por uma antena ou bobina receptora durante a fase “receptora” do procedimento.</p><p>· A aplicação da ressonância magnética pode ser feita em todas as partes do corpo</p><p>humano.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 Uma imagem gerada por ressonância magnética exibe padrões distintos dos tecidos biológicos. Em síntese, a imagem é uma exibição dos sinais de radiofrequência emitidos e captados no processo da geração da imagem. Quanto às etapas para a geração das imagens, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Excitação, tempo de relaxamento e alinhamento.</p><p>b) ( ) Radiofrequência,</p><p>bobina e excitação.</p><p>c) ( ) Alinhamento, excitação e detecção de radiofrequência.</p><p>d) ( ) Redução, ionização e geração da imagem.</p><p>2 A taxa de relaxamento em ressonância magnética informa se um tecido está normal ou se há alguma patologia. Quando os giros começam a precessar fora de fase com os outros, esse processo é chamado de relaxamento transversal. Sobre esse tipo de relaxamento, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Relaxamento T1.</p><p>b) ( ) Relaxamento T3.</p><p>c) ( ) Relaxamento T2.</p><p>d) ( ) Relaxamento DP.</p><p>3 A aplicação da ressonância magnética se estende a todas as partes do corpo humano, sendo uma modalidade muito procurada por detectar lesões articulares, capsulares, além de outras patologias. Sobre a finalidade da venografia por ressonância magnética, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Visualização da aorta.</p><p>b) ( ) Visualizar imagens detalhadas das veias.</p><p>c) ( ) Visualizar os brônquios principais.</p><p>d) ( ) Visualizar as artérias carótidas.</p><p>4 Ao enviar um pulso de frequência igual à frequência de precessão dos prótons de hidrogênio do volume em estudo, será adquirido sinal com a informação de todo esse volume, não sendo possível definir de qual porção ele foi adquirido. Diante desse pulso, no que consiste a técnica de seleção de corte?</p><p>5 Além das indicações da ressonância magnética para auxílio do diagnóstico médico, o exame possui algumas restrições absolutas. Quais são as contraindicações absolutas para a ressonância magnética?</p><p>(</p><p>-</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>3</p><p>TÓPICO</p><p>3</p><p>)MEDICINA NUCLEAR</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>As tecnologias em medicina nuclear possibilitam um diagnóstico preciso através das modalidades de tomografia por emissão de fóton único (SPECT, sigla do inglês single photon emission computed tomography), tomografia por emissão de prótons (PET, do inglês positron emission tomography) e das fusões do SPECT/CT, PET/CT e PET/RM.</p><p>Nesse sentido, para um melhor diagnóstico e prognóstico na área médica, é necessário o desenvolvimento de múltiplos métodos de imagem.</p><p>O tipo de técnica a ser usada depende do que se deseja de uma determinada área do corpo e de quão sensível o profissional é para detectar o problema. Com referência às imagens fisiológicas, a medicina nuclear tem alta sensibilidade na medição de processos fisiológicos em organismos humanos.</p><p>2 APARELHOS DE TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE FÓTON ÚNICO (SPECT)</p><p>O design mais simples da câmara de visualização SPECT é semelhante a uma câmara plana, mas com duas funções adicionais.</p><p>FIGURA 3 – SPECT PARA ESTUDO DO CRÂNIO</p><p>FONTE: . Acesso em: 19 fev. 2022.</p><p>Primeiramente, a câmara SPECT é construída de forma que a cabeça possa girar gradual ou continuamente sobre o paciente, para adquirir múltiplas imagens. Em segundo lugar, o aparelho está equipado com um computador, que integra múltiplas imagens, para gerar vistas transversais do órgão.</p><p>Os modelos tecnológicos mais avançados da câmara SPECT possuem mais de uma cabeça ou são construídos somente com um anel de detectores. As câmaras com uma cabeça de detecção ou múltiplas cabeças de detecção são desenvolvidas para girar em volta do paciente, para obter múltiplas imagens de projeção. O anel de detecção possui um anel de pequenos cristais individuais ou apenas um cristal que não rotaciona. As câmaras de duas cabeças têm uma configuração paralela fixa ou perpendicular fixa. As câmaras com cabeças fixas paralelas ou com oposição das ca- beças podem ser usadas para visualizar, ao mesmo tempo, imagens planares anterior e posterior ou podem rotacionar em torno do paciente como uma unidade de aquisi- ção SPECT. As câmaras que possuem cabeças fixas em ângulo reto com formato de “L”, sendo utilizadas, quase exclusivamente, no estudo de SPECT cardíaco ou cerebral. As câmaras com cabeças ajustáveis permitem o posicionamento com ângulos dife- rentes. O movimento da cabeça pode ser realizado por aproximação ou distancia- mento do anel de detecção da outra cabeça, estando elas dispostas paralelamente, perpendicularmente ou separadas por um determinado ângulo. Assim, o ajuste das câmaras de duas cabeças pode ser usado para a visualização planar e para tomografia de pequenos e grandes órgãos (MATTOS, 2009).</p><p>Câmaras gama são capazes de fazer imagens para a medicina nuclear em vários formatos. O tipo mais simples de imagem, chamado de planar ou imagem estática, aparece como uma única “fotografia instantânea” da anatomia visada. Imagens dinâmicas fornecem uma série de imagens que demonstram o fluxo sanguíneo no corpo e em órgãos específicos. Imagens tridimensionais (3D) também podem ser conseguidas através de uma câmara gama. A câmara aponta ou gira os detectores em volta do paciente, enquanto faz as imagens em um processo chamado de SPECT. Uma SPECT fornece visualizações 3D da anatomia e usa entre uma e três câmaras detectoras de raios gama, que podem girar até 360° em volta do paciente, para coletar diversas imagens. Essa informação é reconstruída por um computador, através de várias perspectivas seccionais que produzem imagens fatiadas da anatomia. Algumas câmaras gama contêm sistemas de tomografia computadorizada, para que possam fazer uma imagem em fusão ao sobrepor a anatomia de tomografia, com a função da imagem da câmara gama.</p><p>3 APARELHOS DE TOMOGRAFIA POR EMISSÃO DE PRÓTONS (PET)</p><p>PET é uma técnica única de imagem tomográfica tridimensional, capaz de demonstrar a função bioquímica dos órgãos e tecidos do corpo, diferentemente de outros métodos de imagem (raios X, ultrassom, RM) que mostram primariamente as estruturas do corpo.</p><p>A informação obtida dos procedimentos com PET é importante, pois o metabo- lismo bioquímico e a função dos órgãos e tecidos podem revelar se estão doentes ou saudáveis. Em geral, a PET pode detectar doenças em estados iniciais e medir as res- postas à terapia durante o tratamento, auxiliando os médicos a planejarem o tratamento adequado para o paciente.</p><p>FIGURA 4 – PET SCAN DO CORPO HUMANO EM CORTE CORONAL</p><p>FONTE: . Acesso em: 19 fev. 2022.</p><p>PET é similar aos procedimentos de emissão de radioisótopos da medicina nuclear, uma vez que ambos produzem imagens que representam a distribuição do radiofármaco através do corpo. Nessas modalidades, os compostos radioativos ou “radiofármacos” são administrados em um paciente através de injeção ou inalação, para que o escâner PET detecte a radiação emitida pelo radiofármaco dentro da anatomia do paciente. Com o uso de computadores especiais, uma imagem tomográfica 3D da distribuição do radiofármaco radioativo no corpo é produzida e reflete os processos bioquímicos que ocorrem em diferentes órgãos e tecidos.</p><p>Em contraste com a medicina nuclear, PET usa compostos radioativos que emitem pósitrons (elétrons positivos) durante o processo de diminuição radioativa. Quando um composto radioativo PET passa pela diminuição radioativa, emite um pósitron a partir do núcleo. Assim que o pósitron descansa, ele se combina com um elétron e passa por um processo chamado de radiação de aniquilação, que se refere ao</p><p>desaparecimento do par elétron-pósitron e, em seu tempo, o surgimento de dois fótons de 511 keV (0,511 MeV), que viajam em direções opostas. Os dois fótons de 511 keV são emitidos a 180° de um para o outro e são detectados por matrizes de detectores ao redor do paciente (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015).</p><p>4 APARELHOS COMPOSTOS</p><p>A tecnologia SPECT/CT evoluiu rapidamente na última década. Não está amplamente disponível nos departamentos de medicina nuclear, mas, hoje, é usado rotineiramente em diagnóstico por imagem. O SPECT/CT significa um escâner híbrido, no qual a câmara gama, conhecida também como “gantry”, inclui um escâner de SPECT e um escâner de tomografia computadorizada. Essa tecnologia elimina o problema de um paciente precisar ser movido para realizar exames em dois equipamentos separados.</p><p>Utilizado para diagnosticar problemas cardíacos e distúrbios esqueléticos e gastrointestinais, os exames SPECT permitem que os médicos analisem a função e os processos fisiológicos dos órgãos internos, com</p><p>a injeção de uma substância radioativa e uso de uma câmara especial para capturar imagens em 2D ou 3D. Com a junção das imagens 3D da tomografia computadorizada, os radiologistas conseguem identificar com precisão a localização anatômica. Os scans feitos com SPECT/CT esclarecem questões nas aplicações cardíacas, na medicina nuclear geral, nas aplicações oncológicas e neurológicas, uma vez que os escaneamentos apenas com SPECT eram inconclusivos (MATTOS, 2009).</p><p>Os SPECT/CT não são os únicos escâneres híbridos usados no diagnóstico por imagem. De acordo com o órgão ou o tecido em estudo, a PET, em conjunto com a tomografia computadorizada (TC), pode diagnosticar alterações no nível celular e, possivelmente, detectar o início precoce de uma doença. A diferença entre o estudo com SPECT/CT e PET/CT é o tipo de marcador utilizado para gerar imagens: SPECT usa um único emissor de fótons, enquanto a PET usa um emissor de pósitrons que emite dois fótons em 180 segundos em direções opostas. O SPECT/CT é um equipamento híbrido, portanto, pode otimizar o tempo de médicos, radiologistas, técnicos e, sem dúvida, do paciente, permitindo:</p><p>· clareza no diagnóstico: quando outros resultados de diagnóstico por imagem se mostraram inconclusivos, o SPECT/CT é um próximo passo viável para ajudar radiologistas e médicos a realizarem um diagnóstico preciso;</p><p>· melhor detecção de lesões: um estudo mostrou que SPECT/CT teve melhor desempenho na avaliação de tumores endócrinos e neuroendócrinos, com melhor visualização e caracterização das lesões;</p><p>· aquisição de imagem mais rápida: alguns exames SPECT/CT levam de 30 a 45 minutos, embora isso dependa do tipo de aquisição administrada. Por outro lado, a aquisição do PET/CT pode levar até duas horas;</p><p>· tempos de varredura mais curtos: algumas varreduras SPECT/CT levam de 30 a 45 minutos, embora isso dependa do tipo de varredura a ser realizada. Por outro lado, um exame PET/CT pode levar até duas horas.</p><p>A fusão tecnológica da PET ocorre quando a PET é combinada com outras modalidades de imagem, para melhorar o diagnóstico de uma condição específica. O exemplo mais comum é o escâner híbrido PET/TC. Visto que as imagens produzidas por um escâner PET demonstram, primeiramente, as funções bioquímicas que ocorrem no corpo, em geral, é útil ter uma informação anatômica correspondente, obtida com um escâner de tomografia computadorizada ou ressonância magnética.</p><p>A nova tecnologia que incorpora um escâner PET com um de tomografia em um único sistema de imagem produziu a habilidade de adquirir PET funcional e tomo- grafia computadorizada anatômica durante uma única sessão de imagem. Esses dois conjuntos de dados de imagem podem ser exibidos em um único volume, no qual os dados são diretamente fundidos em uma imagem de tomografia computadorizada. A localização direta e precisa da patologia encontrada em uma PET é permitida. Adicio- nalmente, unidades PET/TC híbridas permitem a atenuação da correção a ser realizada pelo escâner de tomografia computadorizada. A correção da tomografia, baseada na atenuação, é mais rápida e sem a necessidade de fontes seladas dedicadas, as quais são utilizadas em um escâner PET não híbrido (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015).</p><p>O PET/RM é a fusão da tomografia por emissão de pósitrons com a ressonância magnética, ambas primordiais para um diagnóstico rápido e preciso. A PET, com sua sensibilidade, faz a detecção de alterações metabólicas, porém apresenta uma resolução espacial limitada, já a ressonância magnética apresenta uma boa resolução espacial, que permite avaliar estruturas anatômicas das partes moles com excelente contraste. Assim, consegue-se um importante estudo funcional fisiológico pela PET, com excelente detalhamento anatômico por ressonância simultaneamente.</p><p>A diferença entre o PET/RM e PET/CT é a diminuição do uso da radiação ionizante e a qualidade da imagem adquirida, uma vez que, pela ressonância magnética, a imagem tem uma resolução muito superior à adquirida na tomografia computadorizada, em relação à visualização de tecidos moles.</p><p>5 APLICAÇÕES CLÍNICAS</p><p>Os exames de medicina nuclear são aplicados de diversas formas para o diagnós-</p><p>tico do paciente. Pelo equipamento SPECT, podemos visualizar para os seguintes estudos:</p><p>· cintilografia óssea: avalia o sistema esquelético para detectar anormalidade como metástase, fratura por estresse ou uma prótese solta (equipamento ortopédico implan- tado no corpo). Uma cintilografia pode detectar uma fratura dois anos após o ferimento;</p><p>· estudos geniturinários: ambas as avaliações anatômicas e funcionais dos rins podem ser obtidas com estudos nucleares geniturinários. Essa modalidade é excelente para avaliar um transplante de rim;</p><p>· estudos gastrintestinais: realizados mais frequentemente no departamento de medicina nuclear, são esvaziamentos gástricos e varreduras hepatobiliares. Um estudo do esvaziamento gástrico pode avaliar a motilidade dos sólidos e líquidos através do trato gastrintestinal;</p><p>· estudos do coração: cintilografia de perfusão cardíaca, também chamada de imagem cardíaca de estresse/repouso engloba aproximadamente metade de todas as imagens realizadas na medicina nuclear;</p><p>· cintilografia pulmonar: observa a ventilação, ou fluxo de ar e a perfusão, ou fluxo sanguíneo, dos pulmões, para identificar, mais frequentemente, um embolismo pulmonar. Em geral, a verificação da ventilação é realizada primeiro, seguida da perfusão. Ambos os conjuntos de imagens usam radiofármacos de tecnécio-99m (TC-99m), para que o número de contagens das imagens de perfusão possa ser triplicado para ofuscar a contagem a partir das imagens da ventilação;</p><p>· estudo da captação tireoidiana: avalia as funções da glândula por meio das medições de absorção da tireoide. O radiofármaco iodeto de sódio (123I) é ingerido por via oral, e as imagens são obtidas horas depois da ingestão, com a quantidade de iodo radioativo absorvida pela tireoide, avaliada às seis e 24 horas. A captação de hipertireoidismo (tireoide superativa) pode indicar doença de Graves (bócio tóxico nodular múltiplo, também conhecido como doença de Plummer) (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015).</p><p>A PET é utilizada nos estudos de:</p><p>· oncologia: a PET é uma ferramenta valiosa para analisar o metabolismo dos tumores. Geralmente, células malignas têm um metabolismo de glicose acelerado, devido ao seu crescimento irregular, porque usam açúcar como uma fonte de energia. O análogo de glicose (fluordeoxiglicose – FDG) também é prontamente captado por tumores ativos;</p><p>· doença arterial coronariana: a causa principal de insuficiência cardíaca é a doença na artéria coronária, que inicia quando o fluxo sanguíneo é obstruído. Dor no peito, ataque cardíaco e morte podem ocorrer como um resultado dessa doença. A PET pode ser usada para avaliar como a doença afeta o funcionamento normal do coração. Um rastreador de perfusão PET, como um 13N-amônia ou cloreto de rubídio Rb-82, é usado para investigar se certas áreas do coração recebem fluxo sanguíneo suficiente (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015);</p><p>· epilepsia: a PET pode ser usada para investigar a localização de convulsões em pacientes epilépticos que não respondem ao tratamento medicamentoso, medindo- se as mudanças no cérebro com o uso do traçador de açúcar (FDG) nas áreas afetadas. A PET pode detectar locais de convulsões dentro do cérebro, independentemente de o paciente estar ou não tendo uma convulsão no momento do exame;</p><p>· mapeamento cerebral: as lesões são descritas como anormalidades envolvendo os tecidos ou órgãos que resultam em doença ou ferimento. Quando as lesões são encontradas em áreas do cérebro vitais para o desempenho do comportamento envolvido em linguagem, memória, visão e movimento, a neurocirurgia é associada ao risco de invalidez permanente. As técnicas PET de mapeamento cerebral são capazes de minimizar o risco de prejuízos para uma região motora ou sensorial- chave do cérebro, ao permitir a avaliação de pacientes antes da cirurgia, para que a localização dessas áreas vitais possa ser conhecida.</p><p>· imagem</p><p>de tumor no sistema nervoso central: PET pode ser usada para descrever um tumor no sistema nervoso central do mesmo modo que é feito para tumores em outras partes do corpo. Tumores ativos e crescentes no cérebro concentram FDG. Adicionalmente ao FDG, outro rastreador, a 11C-metionina, pode ser usado para avaliar o metabolismo dos aminoácidos. Esse agente é muito mais sensível à presença de tumores de baixo nível. Ao combinar o 11C-metionina com o FDG, é possível detectar a presença de um tumor e determinar o quão agressivo é;</p><p>· avaliação de demência: o escâner PET é capaz de avaliar e descrever vários tipos de demências, como a doença de Alzheimer. Usando FDG, a PET pode medir o metabolismo da glicose no cérebro. Durante o processo natural de envelhecimento, o metabolismo da glicose diminui, de forma natural, uniformemente em todo o cérebro. Em pacientes com a doença de Alzheimer, o metabolismo da glicose diminui drasticamente em diversas áreas do cérebro. A PET pode ajudar a confirmar o diagnóstico da doença de Alzheimer e monitorar os efeitos do tratamento.</p><p>Para cada tipo de indicação dos estudos metabólicos, são utilizados fármacos com finalidades específicas em cada função dos órgãos do corpo humano, auxiliando em um diagnóstico fidedigno.</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>3</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· A câmara SPECT é construída para que a cabeça possa girar, gradualmente ou em modo contínuo, sobre o paciente, fazendo com que sejam criadas múltiplas imagens.</p><p>· A PET é uma técnica única de imagem tomográfica tridimensional, capaz de</p><p>demonstrar a função bioquímica dos órgãos e dos tecidos do corpo.</p><p>· As fusões do SPECT e PET com equipamentos de tomografia computadorizada e ressonância magnética têm como objetivo melhorar o diagnóstico de uma condição específica.</p><p>· Os exames de medicina nuclear são aplicados, de diversas formas, para o diagnóstico do paciente.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 No equipamento SPECT, os tipos de câmaras gama possuem uma finalidade diferente para cada tipo de exame. A câmara SPECT é construída para que a cabeça possa girar, gradualmente ou em movimento contínuo, sobre o paciente, fazendo com que sejam geradas múltiplas imagens. As câmaras que possuem cabeças fixas em ângulo reto, com formato de “L”, são utilizadas exclusivamente para determinado tipo de exame. Sobre essa câmara e o tipo de exame, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) SPECT pulmonar.</p><p>b) ( ) SPECT cardíaca ou cerebral.</p><p>c) ( ) SPECT ósseo.</p><p>d) ( ) SPECT tireoide.</p><p>2 Os exames de medicina nuclear são aplicados, de diversas formas, para o diagnóstico do paciente. Pelo equipamento SPECT, são realizados vários estudos das estruturas, de acordo com a região a ser avaliada. Sobre o estudo para a avaliação renal, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Estudo de cintilografia.</p><p>b) ( ) Estudos geniturinários.</p><p>c) ( ) Estudo endócrino.</p><p>d) ( ) Estudo de vias urinárias.</p><p>3 PET é uma técnica única de imagem tomográfica tridimensional capaz de demonstrar a função bioquímica dos órgãos e de tecidos do corpo, diferentemente das outras modalidades de imagem. Através do estudo de PET, sobre o que pode ser avaliado, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) A função e a fisiologia dos órgãos saudáveis.</p><p>b) ( ) O metabolismo bioquímico e a função dos órgãos e dos tecidos, revelando se</p><p>estão doentes ou saudáveis.</p><p>c) ( ) Se uma célula está doente ou não.</p><p>d) ( ) O metabolismo celular, revelando se está doente ou saudável.</p><p>4 PET pode detectar doenças em estados iniciais e medir as respostas à terapia durante o tratamento, auxiliando os médicos a planejarem o tratamento adequado para o paciente, uma vez que são realizados para diagnosticar várias patologias. Qual é a finalidade do exame PET/CT na oncologia?</p><p>5 A fusão tecnológica da PET ocorre quando esta é combinada com outras modalidades de imagem, como a tomografia computadorizada (PECT/CT) e a ressonância magnética (PET/RM), com o objetivo de melhorar o diagnóstico de uma condição específica. Qual é a diferença entre PET/RM e PET/CT?</p><p>(</p><p>-</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>3</p><p>TÓPICO</p><p>4</p><p>)RADIOTERAPIA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A radioterapia é o uso de radiação ionizante para destruir ou inibir o crescimento de células anormais que formam tumores. Existem vários tipos de radiação, porém os mais comuns são os eletromagnéticos (raios X ou raios gama) e os elétrons (disponíveis em aceleradores lineares de alta energia).</p><p>Embora as células normais também possam ser danificadas pela radioterapia, muitas vezes, elas podem se reparar, enquanto as células cancerígenas não. Nesse sentido, a radioterapia é sempre cuidadosamente planejada para proteger o tecido saudável o máximo possível. No entanto, os tecidos saudáveis sempre poderão ser afetados pelo tratamento, causando possíveis efeitos colaterais.</p><p>Existem vários tipos de radioterapia, cada uma com indicações específicas,</p><p>dependendo do tipo de tumor e do estágio da doença.</p><p>2 TELETERAPIA</p><p>A teleterapia é um tratamento cuja fonte radioativa é externa ao paciente. O tratamento pode ser realizado com raios X, raios gama e elétrons. Na dependência da energia, a teleterapia é denominada como:</p><p>· ortovoltagem: quando são utilizados equipamentos que fornecem energia menor que 1 MeV. São aparelhos de raios X que operam entre 10 e 100 kVp (raios X superficial) e 100 e 250 kVp. Tratam lesões e metástases ósseas até uma profundidade de cerca de 3 cm. O equipamento de terapia de superfície e voltagem positiva é composto por uma cabeça com tubo de raios X, um suporte, um console de comando e uma mesa para posicionamento do paciente. Esses dispositivos funcionam com os mesmos princípios físicos, geométricos e eletrônicos dos dispositivos de raios X usados para diagnóstico;</p><p>· megavoltagem: quando são utilizados aparelhos que fornecem energia maior que 1</p><p>MeV, como as unidades de telecobaltoterapia ou aceleradores lineares. Dentro da teleterapia, encontramos os seguintes equipamentos:</p><p>· Telecobaltoterapia Co-60: utiliza fontes de cobalto-60, que liberam raios gama em energias de 1,17 a 1,33 MeV. Como a fonte é radioativa, a emissão de raios gama é contínua, mesmo com a máquina desligada. Dessa forma, é necessária uma</p><p>blindagem para bloquear a saída de raios gama. O equipamento de cobalto-60 é constituído com uma estativa ou base fixa, uma parte móvel ou braço, que é o gantry com um cabeçote (onde fica a fonte de Co-60), uma mesa que se move e um console de comando. O cabeçote é o coração do equipamento. É semelhante ao acelerador linear, possui uma urna de chumbo dentro de uma fonte radioativa e fica acomodado em uma gaveta, com desestabilidade muito grande, motor elétrico que gira a fonte e move o calibrador, e outro que gira a fonte. O isocentro é um ponto fixo no espaço e, independentemente da posição do gantry, sua distância em relação ao ponto focal sempre será a mesma. É uma grandeza física da sala de tratamento, é um ponto fixo na sala. O isocentro é diferente, 80 cm menor que o acelerador linear, ficando mais próximo ao paciente.</p><p>· Acelerador linear (AL): nos equipamentos que utilizam tubos de raios X, a energia, que fica com disponibilidade máxima, se limita a algumas centenas de KV, devido a problemas principalmente de isolação dessa tensão e à produção de energia térmica (calor). Como os equipamentos de terapia superficial e ortovoltagem, os aceleradores lineares também utilizam a interação dos elétrons com um alvo metálico, para a produção dos fótons. O atingimento desses feixes é 1 mil vezes mais energético que os de ortovoltagem. Nos aceleradores lineares, os elétrons são acelerados a grandes velocidades (4 a 25 MeV) com alto número, o que produz feixes de raios X atingindo uma folha espalhadora, produzindo feixes. Os aceleradores lineares utilizam micro- ondas para acelerar os elétrons a grandes velocidades no interior de um tubo de vácuo, chocando-os a um alvo de alto número atômico. Os aceleradores lineares podem ser monoenergéticos, quando apenas uma energia e um tipo de radiação, ou polienergéticos, quando utilizam dois</p><p>tipos de radiação (raios x e elétrons) com várias energias (6, 15 ou 18 MeV de raios X; e 6, 9, 12, 15 e 18 MeV de elétrons).</p><p>A acelerador linear possui em sua composição:</p><p>· aceleradores de elétrons: 6 MeV guia de onda curta e 18 MeV guia de onda longa;</p><p>· tubo acelerador: 30 cm para 4 MeV a 230 cm para 20 MeV; 2.998 GHz para 4 MeV e 2.856 GHz para energias de 20 MeV; e 99,3% da velocidade da luz para 4 MeV e 99,97% para 20 MeV;</p><p>· canhão de elétrons: tem como responsabilidade a geração dos elétrons que serão acelerados;</p><p>· tubo acelerador: é uma estrutura que objetiva acelerar os elétrons até a energia desejada;</p><p>· chave de energia: responsável pelo controle da sintonia do tubo, para que possam</p><p>ser utilizadas energias diferentes das que foi projetado;</p><p>· target: que é um alvo para a colisão de elétrons e a geração de fótons;</p><p>· bend magnet: responsável por direcionar os elétrons em uma curva de 270° em direção ao alvo;</p><p>· carrossel: responsável por posicionar os diferentes filtros ou os espalhadores de</p><p>elétrons na direção do feixe;</p><p>· câmara de ionização: tem como objetivo medir os parâmetros do feixe que saem</p><p>do acelerador;</p><p>· colimadores: com responsabilidade de colimar o feixe, para que atinja somente a área desejada;</p><p>· modificadores de feixe: são os colimadores (simétricos e assimétricos, blocos de</p><p>colimação, colimadores multifolhas [multileaf]), os filtros e os filtros dinâmicos.</p><p>2.1 IMOBILIZADORES RADIOTERÁPICOS</p><p>Na teleterapia, são utilizados acessórios que auxiliam o paciente durante o tratamento, com três principais funções básicas: oferecer conforto ao paciente, pois alguns pacientes ficam em estado clínico muito deteriorado, por isso a importância de oferecer conforto ao paciente, em um colchão casca de ovo, podendo também ser utilizado trocador de bebê – auxilia muito em acidentes com estado clínico ruim; permitir a realização do tratamento, uma vez que o imobilizador não pode interferir no feixe de tratamento; e garantir a reprodutibilidade, para a realização do tratamento.</p><p>FIGURA 5 – MÁSCARA TERMOPLÁSTICA PARA TRATAMENTO DE CABEÇA E PESCOÇO</p><p>FONTE: . Acesso em: 19 fev. 2022.</p><p>São acessórios usados no tratamento radioterápico:</p><p>· apoios de cabeça: utilizados como bases, com conformações variadas, com o objetivo de imobilizar a extensão da coluna cervical de acordo com o tratamento a ser realizado. São identificados com letras que, no momento de registro na ficha de tratamento, facilitam na identificação no momento da aplicação;</p><p>· máscara termoplástica: constituída de material sintético, que contém uma propriedade de amolecer com o aquecimento. É disponibilizada em forma de placas sustentadas por moldura plástica, sendo a máscara submersa em um recipiente com água quente e imediatamente aplicada sobre a região a ser imobilizada. É utilizada em qualquer tipo de tratamento: pelve, membros, mama, cabeça e pescoço;</p><p>· rampa de mama: é uma prancha apoiada em uma base, que auxilia na angulação do paciente no momento do tratamento, além de ser apoio para suportes nos quais o braço precisa de repouso ao ser elevado, de acordo com o posicionamento do paciente no momento do tratamento. Esses suportes também contêm numerações e letras, que devem ser registradas na ficha de tratamento, para guiar o posicionamento diário do paciente;</p><p>· belly board: no caso da terapia em decúbito ventral, a imobilização do paciente com avental ao redor do abdome fica comprometida, pois, nessa posição, o abdome torna-se um obstáculo, impedindo a imobilização. Nesses casos, pode ser utilizado o acessório, que consiste em uma mesa com orifício central para acomodar o abdome do paciente, evitando oscilações. Esse acessório pode ser feito na loja de moldes sem qualquer dificuldade;</p><p>· retrator de ombros: é um acessório de posicionamento para pacientes de cabeça e pescoço, cuja abordagem na região lateral do pescoço é otimizada com a retirada do ombro da área de tratamento. Com o paciente em decúbito dorsal, as duas cintas são colocadas nos pés, os ombros são puxados e removidos da região do pescoço. Também pode ser usado em outras posições, pois alinha melhor o paciente na mesa. A configuração do retrator é registrada em folha de tratamento para reprodutibilidade diária. A utilização de acessórios adaptados, como uma corda com manetes amarradas em posições diferentes, também confere resultado satisfatório ao posicionamento;</p><p>· bólus: o acessório é composto por um conjunto de lâminas de polímero com densidade semelhante à do corpo humano e de espessuras variadas, ideal para uso em superfícies planas. Seu uso otimiza o atendimento diário ao paciente e reduz o custo de fabricação de pellets de cera personalizados, sem comprometer a qualidade. Para localizá-lo, basta colocar a placa na área a ser manuseada, respeitando a margem de segurança;</p><p>· suporte para os pés/tornozelos: confeccionados em isopor ou poliviníaco (plásticos), são posicionados na região posterior dos tornozelos, com a função de estabilizar os membros inferiores, mantendo a abertura desses membros sempre igual. Utilização indicada para vários tratamentos, desde cabeça e pescoço até pelve e colunas em decúbito dorsal;</p><p>· suporte para joelhos: auxilia na imobilização da pelve. São estruturas de espuma cobertas que ficam sob os joelhos e mantém a região pélvica no lugar, garantindo um o posicionamento planejado;</p><p>· suporte para tratamento com braços elevados: é utilizado no tratamento quando o tórax e abdome superior requerem uma posição lateral ou oblíqua e precisa elevar a extremidade superior. Essa posição é muito desconfortável e afeta a imobilização, porque o paciente não está apoiado. O acessório é um suporte mais confortável para o paciente segurar e manter a posição. Pode acomodar apoio de cabeça e pescoço, configurando-se como um acessório completo nesse posicionamento;</p><p>· alfa cradle (vac-lok): é um recipiente cheio de partículas de polímero sintético, montado a partir dos contornos do paciente e que, ao ser retirado, permanece com ar em seu interior. Existe também um tipo de alfa cradle que não utiliza o vácuo para definir os contornos do paciente, apresentando um polímero especial que, ao secar,</p><p>fica com os contornos do paciente, porém não é possível o seu reaproveitamento. Esses acessórios de imobilização auxiliam muito na reprodutibilidade do tratamento, além de propiciar conforto e segurança para o paciente e agilidade no posicionamento;</p><p>· protetores testiculares: por seu efeito de esterilização reprodutiva, em muitos ca- sos, a irradiação de áreas próximas aos testículos aumenta os riscos desse efeito cola- teral. Assim, são utilizados os protetores testiculares para a proteção nos casos em que a irradiação dos testículos não é indicada e que a sua proteção não implica comprome- timento da técnica proposta de tratamento de estruturas adjacentes. São compostos por um invólucro de chumbo, que envolvem e protegem essa estrutura anatômica;</p><p>· travesseiro para decúbito ventral: quando o paciente tem a necessidade de ser tratado em posição de decúbito ventral, é utilizado o travesseiro para o decúbito, que é um suporte com a base vazada no qual o paciente acomoda a face, além de poder inclinar a sua porção inferior para acomodar o contorno do tórax;</p><p>· protetores oculares: em casos de lesões perioculares com indicação de radioterapia, preservar a visão é algo fundamental na qualidade do tratamento. Esses acessórios são formados por lentes de chumbo revestidas de cerâmica, posicionadas sobre a córnea do paciente, para proteger o cristalino e diminuir os riscos de catarata actínica.</p><p>3 BRAQUITERAPIA</p><p>A braquiterapia é um tratamento radioterápico feito por meio de radionuclídeos radioativos, cuja fonte de radiação fica a uma curta distância, em contato ou, até mesmo, implantada na região que deve receber dose, ou seja, é uma modalidade cuja fonte radioativa fica em contato com a lesão que se pretende tratar.</p><p>A palavra braquiterapia tem origem grega (brachys = curto; terapia = trata- mento) e define uma forma de tratamento desenvolvida</p><p>pela colocação de materiais radioativos no tumor.</p><p>A história da braquiterapia teve início em 1901, quando, em razão de uma queimadura acidental de Antoine Henri Becquerel, Pierre Curie espalhou rádio impuro na lesão, com fins terapêuticos. A pele de Becquerel tornou-se vermelha, desenvolveu úlceras e crostas, totalizando 52 dias para se restabelecer. Nos primórdios, a braquiterapia se limitava a inserir grandes tubos com rádio no interior dos tumores por um determinado período e retirá-los. Nos anos 1930, surgiu o conceito de dose. Quando não havia o conceito de dose, mantinha-se a fonte radioativa em contato com a lesão, e o médico dava alta ao paciente quando a lesão ficava vermelha.</p><p>São utilizadas várias fontes em braquiterapia, sendo elas:</p><p>· Rádio-226: possui uma grande importância histórica, haja vista a experiência clínica e dosimétrica estar baseada na utilização deste isótopo. O rádio-226 apresenta- se na forma de um sal, normalmente o sulfato de rádio, e, para sua utilização em braquiterapia, é acondicionado em recipientes no formato de agulhas ou tubos. É</p><p>importante ressaltar que tais recipientes, obrigatoriamente, necessitam ser selados para evitar que o gás radônio, resultante do decaimento do Ra-226, escape. O rádio-226 emite raios beta e alfa, filtrados com 1 milímetro de platina; e gama, que varia de 0,184 a 2,45 MeV, com média de 0,83 MeV, filtrados com 0,5 mm de platina.</p><p>· Césio-137: o processo de obtenção do césio-137 é dado por fissão nuclear; o seu decaimento deriva para o bário-137 e envolve a emissão de partículas beta de duas energias e emissão monoenergética de 0,662 MeV de raios gama. As fontes de césio-137 podem ser constituídas por microesferas de cerâmica ou na forma de pó, duplamente encapsulado em aço ou platina. Essa blindagem tem o papel de absorver a radiação beta e possui formato de agulhas e/ou tubos. O césio-137 tem sido o substituto do rádio-226 nos procedimentos intracavitários, possuindo uma dose de distribuição muito semelhante ao seu antecessor.</p><p>· Cobalto-60: também utilizado como substituto ao Ra-226, possui alta atividade específica, podendo-se, assim, obter pequenas fontes com altas atividades. O cobalto emite raios gama de 1,17 e 1,33 MeV e meia-vida de 5,26 anos, fato que motiva a alta frequência de reposição de fontes. Isso inviabiliza sua utilização em braquiterapia, sendo raramente utilizado para esses fins nos dias atuais. O Co-60 tem como principal utilização os tratamentos de lesões oculares.</p><p>· Irídio-192: apresenta um complexo espectro de raios gama, com energia de 397 keV e meia-vida de 73,83 dias. Sua principal aplicação é destinada aos implantes intersticiais temporários. É produzido na forma de uma semente, sendo aplicado por um cabo de aço 2 metros, com a fonte na ponta. Fica enrolado em um equipamento fonte de chumbo, revestido de ácido oxidado, com irídio-192 dentro desse equipamento, nos fios do aparelho, introduz-se o cateter de 1,5 metro. A fonte sai do cabeçote, entra no cateter e vai para o local de tratamento. A fonte fica dentro do cateter, em contato com o paciente o tempo necessário para entregar a dose e depois ser retirado. Os fios são flexíveis e possuem constituição central de 25% de irídio e 75% de platina, sendo encapsulado por 0,1 mm de platina, responsável pela absorção da radiação beta. O aparelho utilizado em leito fica dentro da sala.</p><p>· Iodo-125: tem conquistado espaço na escolha por implantes permanentes. As vantagens, em relação ao ouro coloidal radioativo (Au-198), são a longa meia-vida (60 anos e 2 dias), consequente da facilidade de estocagem, e a baixa energia média (28,5 keV, sendo 93% de raios X característicos e 7% de raios gama). Esse radionuclídeo é apresentado na forma de sementes, em três modelos: 6701, 6702 e 6711. O modelo 6701 trata-se de um modelo obsoleto, que não tem sido mais produzido. Os modelos 6702 e 6711 são compostos por uma cápsula com finas paredes de titânio, com espessura de 0,05 mm e formato cilíndrico médio de 4,5 mm de comprimento por 0,8 mm de diâmetro. O iodo-125 tem conquistado espaço na escolha por implantes permanentes.</p><p>3.1 TÉCNICAS DE IMPLANTES</p><p>Em braquiterapia, as fontes radioativas são aplicadas por cinco vias: aplicadores externos ou moldes de superfície, implantes intersticiais, intracavitária, endoluminal e intravascular. A escolha de uma técnica é focada, primeiramente, no tamanho e na localização da lesão a ser tratada.</p><p>· Moldes de superfície: são indicados no tratamento de lesões pequenas e superfi- ciais, localizadas na epiderme e mucosas. Normalmente, são opções de substituição a cirurgias em locais de difícil ressecção.</p><p>· Aplicadores externos: são moldados conforme a superfície a ser tratada. A distân- cia entre a superfície de tratamento e a fonte é normalmente de 0,5 a 1 cm.</p><p>· Implantes intersticiais: nos implantes intersticiais, a fonte radioativa é inserida</p><p>diretamente no tumor. Há, basicamente, dois tipos de braquiterapia intersticial:</p><p>· implantes temporários são indicados para o tratamento curativo de tumores acessíveis, destacando pele, mama, pescoço, língua, amígdala, assoalho de boca, lábio e extremidades. Esses implantes caracterizam-se pela retirada total do material radioativo, quando alcançada a dose almejada. Consistem em inserir os tubos, sem o material radioativo na região tumoral. Em seguida, no quarto ou em local previamente determinado (sala de braquiterapia), esses tubos são utilizados para a inserção dos fios de irídio-192. Nesse procedimento, não há exposição da equipe hospitalar;</p><p>· implantes intersticiais permanentes são utilizados desde o início do século passado, quando foram introduzidas sementes de randônio. Cada semente era introduzida no tumor através de uma agulha, acarretando uma alta exposição no pessoal que a manuseava e no paciente.</p><p>· Braquiterapia intracavitária: é um método largamente utilizado nos tumores gine- cológicos. Consiste na utilização de fontes seladas, emissoras de raios gama, intro- duzidas nas cavidades naturais ou artificiais do corpo humano. As fontes são sempre removidas no final do tratamento. A principal vantagem desse procedimento é a inser- ção das fontes e a principal desvantagem e a baixa dose profunda, pois o declínio de dose é muito rápido. Utiliza-se a técnica de pós-carga com aplicadores ginecológicos que possibilita a diminuição da exposição à radiação dos profissionais envolvidos.</p><p>· Braquiterapia endoluminal: é uma técnica que consiste na colocação de pelo menos um cateter na luz do órgão a ser tratado, a ser inserido na fonte radioativa, responsável pela irradiação do volume-alvo. Trata-se de um procedimento indicado, principalmente, nos casos que apresentam lesão vegetante, obstrutiva e sintomática em órgãos como esôfago, brônquios e vias biliares.</p><p>3.2 TAXA DE DOSE</p><p>Os diversos sistemas utilizam radioisótopos de atividade baixa, médias e altas,</p><p>possibilitando o tratamento com baixa, média ou alta taxa de dose.</p><p>Os sistemas que utilizam radioisótopos de baixa atividade substituem a radiomoldagem convencional apenas no aspecto de proteção radiológica do pessoal envolvido, pois possibilitam a remoção das fontes durante os cuidados dos pacientes.</p><p>Os equipamentos de média taxa de dose possibilitam a realização de tratamentos</p><p>em tempo menor, diminuindo, assim, o período de internação do paciente.</p><p>Os aparelhos de alta taxa de dose permitem realizar o tratamento em regime ambulatorial, propiciando uma melhor proteção radiológica aos profissionais envolvidos e menor custo, já que não há internação do paciente.</p><p>3.3 EFEITOS ADVERSOS</p><p>Os efeitos colaterais que acontecem na radioterapia estão ligados diretamente à região do corpo que irradiada, com a dose administrada, o tipo de radiação e a capacidade das células saudáveis em reparar o dano tendo muita relação também com a imunidade do paciente. Como esses efeitos são cumulativos, as reações podem começar na terceira semana de tratamento. Nessa fase, pode surgir um processo inflamatório e, dependendo da estrutura envolvida, acontecer alguns efeitos colaterais</p><p>específicos. Em alguns pacientes, os efeitos colaterais aparecem leves, enquanto em outros os efeitos colaterais podem ser mais graves. A teleterapia possui uma tendência de provocar mais efeitos colaterais que a braquiterapia. Os efeitos colaterais mais frequentes do tratamento com radioterapia são:</p><p>· fadiga: acontece como resultado da reparação do corpo aos danos causados às célu- las saudáveis, mas, em geral, desaparece gradualmente após o término do tratamento;</p><p>· reações na pele: na área irradiada, a pele pode ficar vermelha, tornando-se dolorida,</p><p>seca, escamosa ou com coceiras algumas semanas após o início da radioterapia;</p><p>· queda de cabelo: é um efeito comum em pacientes que realizam radioterapia na região de cabeça e pescoço, geralmente ocorre de 2 a 3 semanas após o início do tratamento. As doses menores de radiação apresentam uma queda temporária de cabelo, já a queda permanente é mais comum em pacientes que recebem doses de radiação mais altas. Quando o cabelo volta a crescer, cerca de 3 a 6 meses após o término do tratamento, a cor ou a textura podem ser diferentes de antes;</p><p>· náuseas e vômitos: podem ser efeitos colaterais da teleterapia, especialmente se a área de tratamento for próxima à região do estômago e do abdome. Também pode ocorrer como um efeito colateral geral, independentemente da área tratada;</p><p>· perda de apetite: pode ser uma consequência de outros efeitos colaterais, como machucados na região bucal, boca seca, problemas de deglutição, náuseas e vômitos. O tratamento na região da cabeça e do pescoço pode provocar alterações temporárias no paladar ou no olfato, tornando os alimentos menos apetitosos.</p><p>Normalmente, pacientes com tumores cerebrais realizam o tratamento com radiocirurgia estereotáxica, concentrando uma alta dose de radiação em uma peque- na parte do cérebro. Os efeitos colaterais da irradiação nessa região dependem da área que foi irradiada, embora as doses geralmente sejam mais baixas. Os efeitos colaterais que podem ocorrer são: problemas de pele, perda de cabelo, inchaço do cé- rebro (aumento da pressão intracraniana), convulsão, dor de ouvido, perda de audição, dor de cabeça, náuseas e vômitos, perda de apetite, problemas cognitivos (como de memória e fala), fadiga, alterações na pele e no couro cabeludo, problemas neurológi- cos e problemas hormonais.</p><p>Na região da cabeça e pescoço, a radioterapia pode afetar a região da boca, garganta e a parte superior do esôfago. Também pode afetar outras estruturas na área de tratamento. Os efeitos colaterais que podem ocorrer são: problemas de pele, perda de cabelo, aftas, boca seca, alterações no paladar, problemas de deglutição, dor de ouvido, alteração na voz, problemas na visão, olhos secos e perda de visão, mandíbula rígida (trismo), perda de apetite, problemas dentários, náuseas e vômitos, problemas hormonais, problemas neurológicos e osteorradionecrose.</p><p>Na região torácica, a radioterapia, para o tratamento de linfomas e câncer de pulmão, câncer de esôfago, câncer de mama e medula óssea, é frequentemente direcionada para estruturas na região torácica, podendo afetar garganta, esôfago, coração e pulmões. Os efeitos colaterais que podem ocorrer são: problemas na pele, perda de pelos do corpo, dor de garganta, problemas de deglutição, azia, rouquidão, náuseas e vômitos, alteração no paladar, perda de apetite, tosse, pneumonite por radiação, falta de ar, dor ou inchaço da mama, fibrose pulmonar e problemas cardíacos.</p><p>Na região abdominal, a radioterapia pode afetar o esôfago e o estômago. A radiação na parte abdominal inferior tem maior chance de afetar os intestinos delgado e grosso. Os pacientes têm maiores chances de apresentar efeitos colaterais se uma grande parte do abdome for tratada. Os efeitos colaterais que ocorrem nessa região são: problemas na pele, perda de pelo do corpo, náuseas e vômitos, indigestão, gases, perda de apetite, diarreia ou constipação, úlceras estomacais, enterite por radioterapia e problemas renais.</p><p>Na região da pelve, a radioterapia pode afetar parte dos intestinos grosso e delgado, acarretando problemas digestivos. Também pode afetar a região da bexiga afetando os órgãos reprodutivos. Os efeitos colaterais que ocorrem nestas regiões são: problemas de pele, perda de pelo do corpo, diarreia ou constipação, náuseas e vômitos, hemorragia retal, inflamação do reto ou ânus, dor ao evacuar, incontinência intestinal, enterite por radiação, cistite, dor ao urinar, sangue na urina, necessidade de urinar com frequência, incontinência urinária, infertilidade e problemas sexuais.</p><p>4 INDICAÇÕES DA RADIOTERAPIA</p><p>A radioterapia pode ser utilizada para o tratamento do câncer com diferentes finalidades de tratamento. São eles:</p><p>· radioterapia paliativa: controle do tumor primário ou metástase (quando não há chance de cura). A dose aplicada é menor que a permitida, utilizada para proporcionar qualidade de vida;</p><p>· radioterapia adjuvante ou concomitante: visa a associar duas ou mais terapias</p><p>(quimioterapia ou cirurgia), a fim de potencializar os resultados positivos;</p><p>· radioterapia previa, citorredutora ou pré-operatória: visa a diminuir as margens do tumor para facilitar a cirurgia;</p><p>· radioterapia profilática ou pós-operatória: utilizada para evitar recidivas tumorais;</p><p>· radioterapia curativa: visa à cura do paciente, cuja dose utilizada é, geralmente,</p><p>a máxima;</p><p>· radioterapia ablativa: quando se administra a radiação, para suprimir a função de um órgão, por exemplo: hormonioterapia ablativa, com a finalidade de suprimir a produção hormonal ovariana. Aplica-se somente aos casos de câncer de mama e endométrio. O bloqueio da função ovariana provoca queda brusca na produção de estrógeno, privando as células tumorais do estímulo para se multiplicar;</p><p>· radioterapia antálgica: tratamento para alívio da dor;</p><p>· radioterapia anti-hemorrágica: radioterapia paliativa com a finalidade específica de controle hemorrágico. Como é de finalidade paliativa, a dose total é menor que a máxima permitida para a área;</p><p>· radioterapia sistêmica TBI (total body irradiation): visa a erradicar todo o corpo do paciente, a fim de diminuir a sua imunidade. Utilizada antes do transplante de medula óssea.</p><p>Cada tipo de tratamento é escolhido pelo médico, conforme a particularidade do paciente, sendo fundamental para auxiliar na sua qualidade de vida.</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>4</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· O tratamento de teleterapia pode ser realizado com raios X, raios gama e elétrons, utilizando acessórios que auxiliam o paciente durante o tratamento, possuindo três principais funções básicas: oferecer conforto ao paciente, permitir a realização do tratamento e garantir a reprodutibilidade.</p><p>· A braquiterapia é uma modalidade cuja fonte radioativa fica em contato com a lesão</p><p>que se pretende tratar.</p><p>· Os efeitos colaterais da radioterapia estão diretamente relacionados com a região do corpo irradiada, com a dose administrada, o tipo de radiação e a capacidade das células saudáveis em reparar o dano.</p><p>· A radioterapia pode ser empregada no tratamento do câncer com diversos objetivos.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 Existem vários tipos de radioterapia e cada um deles tem uma indicação específica, dependendo do tipo de tumor e do estadiamento da doença. A teleterapia é uma modalidade cuja fonte radioativa é externa ao paciente. Com base nos equipamentos de ortovoltagem, analise as sentenças a seguir:</p><p>I- Os equipamentos de ortovoltagem tratam lesões até cerca de 5 cm de profundidade e metástases ósseas.</p><p>II- São equipamentos de raios X que operam entre 10 e 100 kVp (raio X superficial) e 100</p><p>e 250 kVp.</p><p>III- Tratam lesões profundas e auxiliam na betaterapia.</p><p>Assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Somente a sentença I está correta.</p><p>b) ( ) As sentença II e III estão corretas.</p><p>c) ( ) Somente a sentença II está correta.</p><p>d) ( ) As sentenças I e III estão corretas.</p><p>2 A braquiterapia é um tratamento radioterápico feito por meio de radionuclídeos radioativos, cuja fonte de radiação fica a uma curta distância, em</p><p>contato ou, até mesmo, implantada na região que deve receber dose. Quanto ao radionuclídeo utilizado para os implantes intersticiais temporários, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Iodo-130.</p><p>b) ( ) Cobalto-60.</p><p>c) ( ) Irídio-192.</p><p>d) ( ) Au-198.</p><p>3 A radioterapia pode ser utilizada para o tratamento do câncer com diferentes finalidades, algumas com o objetivo de matar células, outras para auxiliar na melhora da qualidade de vida do paciente. Sobre a radioterapia, que visa a erradicar todo o corpo do paciente, a fim de diminuir a sua imunidade, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Radioterapia adjuvante.</p><p>b) ( ) Radioterapia TBI.</p><p>c) ( ) Radioterapia ablativa.</p><p>d) ( ) Radioterapia curativa.</p><p>4 Na teleterapia, assim como nos equipamentos de terapia superficial e equipamentos de ortovoltagem, os aceleradores lineares também utilizam a interação dos elétrons com um alvo metálico para a produção dos fótons. Os aceleradores lineares podem trabalhar com quais tipos de energia?</p><p>5 Os efeitos colaterais da radioterapia estão diretamente relacionados com a área do corpo irradiada, a dose administrada, o tipo de radiação e a capacidade das células saudáveis em reparar o dano. Na região pélvica, a radioterapia pode irritar os órgãos, causando quais efeitos colaterais no paciente?</p><p>(</p><p>-</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>3</p><p>TÓPICO</p><p>5</p><p>)RADIOLOGIA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>As radiografias são utilizadas pela medicina com o objetivo de oferecer diagnósticos cada vez mais fidedignos e os tratamentos certos para a saúde dos pacientes. Esses exames são fundamentais para o início da ação terapêutica. Dessa forma, quanto mais precoce a identificação da doença, mais adequado e rápido será o tratamento de saúde prescrito ao paciente.</p><p>Quando o equipamento é acionado, emite uma radiação ionizante; as partículas que atravessam o corpo do paciente são absorvidas pelas estruturas anatômicas e refletem no filme radiográfico ou nas placas de fósforo, colocados sob o paciente e cujo material é sensível à radiação. Esse processo é o que garante o registro das imagens.</p><p>FIGURA 6 – IMAGENS RADIOGRÁFICAS DO CRÂNIO, PÉ, BACIA, JOELHOS E MÃO</p><p>FONTE: . Acesso em: 20 fev. 2022.</p><p>As imagens adquiridas aparecem em diversos tons (tons de cinza, preto e branco), que auxiliam no grau de dificuldade que a radiação atravessa o corpo. Isso ocorre devido à radiação chegar de diferentes formas e intensidades nos diversos tecidos que compõem o corpo. Os tecidos mais densos, como os ossos, por exemplo, são os que absorvem maior quantidade de radiação, gerando imagens mais claras. Por outro lado, os tecidos mais moles, como os órgãos, aparecem num tom mais escuro (CORREA, 2010).</p><p>2 O FILME RADIOGRÁFICO</p><p>Os filmes radiográficos são utilizados na realização da radiografia convencional, referidos especificamente como um pedaço físico de material, no qual uma imagem la- tente (não processada) da radiografia é guardada. O filme radiográfico é constituído por:</p><p>· camadas protetoras: tem como finalidade a proteção na emulsão do contato com as forças mecânicas durante a manipulação do filme, sendo constituídas de uma fina camada de gelatina;</p><p>· emulsão: é como uma gelatina (substância coloide gomosa), grudada em minúsculos cristais de sais halogenados de prata, que não se dissolve em água fria, mas estufa e absorve água, permitindo que os produtos químicos (do processamento) penetrem em seu interior e modifiquem os cristais de prata sensibilizados pelos raios X, revelando, assim, a imagem radiográfica;</p><p>· camada adesiva: tem como objetivo fixar a emulsão na base do filme;</p><p>· base: possui o objetivo de sustentar a emulsão de sais de prata no filme radiográfico.</p><p>Os filmes radiográficos possuem as características de um material rígido, para permitir que o filme seja manipulado. É constituído de plástico poliéster fino e transparente, com espessura de 0,2 mm.</p><p>Os filmes podem ser classificados por sua sensibilidade na luz: filmes não cromatizados, em que o filme é sensível ao espectro azul, também chamados de monocromáticos; e filmes cromatizados, cujo filme sensível ao espectro é verde e possui outras cores, podendo ser chamados de policromáticos. São classificados também quanto ao tamanho dos cristais e à velocidade do filme, dependendo dos cristais. Os filmes de alta velocidade possuem cristais maiores, precisando de menos tempo de exposição, apresentam radiografia de aspecto granulado, são mais sensíveis e possuem menos nitidez; já os filmes de baixa velocidade possuem cristais menores, sua utilização é mais comum em estruturas finas, menos sensíveis, com melhor nitidez, sendo aplicados com maior dose de radiação (CORREA, 2010).</p><p>Quando o feixe de radiação se encontra no filme, ocorre um fenômeno físico que faz as estruturas físicas dos microcristais de haleto de prata serem alteradas, formando uma imagem latente.</p><p>A visualização da imagem obtida só será possível após o processo de revelação, feito com os químicos na processadora, em que os microcristais se transformam em prata metálica enegrecida. Quando a prata for enegrecida e suspensa na gelatina, tem-se uma imagem visível na radiografia convencional, contendo as informações da estrutura irradiada (BONTRAGER; LAMPIGNANO, 2015).</p><p>3 SISTEMAS DIFUSORES</p><p>O sistema difusor possui uma grade antidifusora que apresenta um apoio na realização de exames de raios X, utilizada para que a radiação não seja dispersada do local indicado, impedindo que a radiação altere o resultado de um exame negativamente. Os exames de raios X são muito usados na área da saúde para a visualização de infecções, ossos, entre demais finalidades, o nível de radiação é contido por meio da grade difusora.</p><p>Para proteger o paciente da exposição a uma grande quantidade de radiação, é utilizada uma grade antidifusora próxima ao filme de raios X. Caso o filme de raios X seja exposto a uma grande quantidade de radiação, os resultados do exame podem ser alterados devido à radiação, um tipo de onda eletromagnética cujo poder de propagação é muito grande, com velocidade rápida e energia grande. Os efeitos da matéria em contato com essas partículas são vários, e a matéria interage com a radiação.</p><p>Devido à radiação secundária, é necessária uma placa antidifusora, para que essa radiação secundária seja filtrada no momento que ocorre; caso não seja filtrada, isso pode alterar o objetivo do procedimento, modificando a imagem final do filme de raios X.</p><p>4 IMAGENS DIAGNÓSTICAS</p><p>Além de permitir exames rápidos, a radiografia convencional possibilita obter imagens de alta qualidade, mesmo em áreas de difícil exame, como vasos sanguíneos e trato gastrointestinal, assim como procedimentos para posterior validação de imagens e diagnósticos médicos.</p><p>O contraste é utilizado no processo de obtenção de imagens, aplicado no paciente antes do exame, para alterar a capacidade do tecido de absorver radiação ionizante, o que normalmente não resulta em uma imagem nítida na radiografia convencional. Nem todos os exames de raios X utilizam meio de contraste, apenas se o exame for feito em áreas em que a clareza da imagem pode ser comprometida, como região abdominal, sistema digestivo, trato urinário e sistema reprodutor.</p><p>FIGURA 7 – EXAME DE RADIOGRAFIA DE UM ENEMA OPACO COM CONTRASTE BARITADO</p><p>FONTE: . Acesso em: 20 fev. 2022.</p><p>Para cada área do corpo humano, são utilizados os estudos radiológicos, para</p><p>acompanhamento de patologias.</p><p>No estudo radiológico do abdome, podem ser diagnosticadas patologias da região do trato digestivo, além de ser considerado um exame bastante completo por abranger órgãos como rins, intestinos, bexiga, fígado e estômago. Outro diagnóstico que pode ser realizado a partir do exame de raios X de abdome é o de pedra nos rins.</p><p>No estudo radiológico do tórax, podem ser diagnosticados processos infeccio- sos, como pneumonia ou tuberculose, e ainda câncer de pulmão, doença pulmonar obs- trutiva crônica ou fraturas causadas por trauma. Outras patologias identificadas com os exames de raios X do tórax são o coração aumentado</p><p>e os vasos sanguíneos bloqueados.</p><p>No estudo radiológico da coluna vertebral, é possível detectar patologias como hérnias, abaulamentos ou possíveis traumas. É utilizado para avaliar tanto as vértebras quanto os espaços intervertebrais.</p><p>O estudo radiológico para a região da face, além de ser utilizado na odontologia, normalmente para identificar cáries, visualizar a posição de dentes, como os sisos, e realização de extrações, pode ser utilizado para identificar patologias nos seios da face, como sinusopatias e obstruções.</p><p>No estudo radiológico do crânio, podem ser diagnosticadas diversas alterações, como traumas encefálicos, anomalias congênitas, tumores benignos e malignos, calcificação, entre outros.</p><p>No estudo radiológico da bacia, é possível diagnosticar traumas, como fraturas e luxações, podendo ser detectadas outras patologias como a doença de Paget (conhecida como ossos frágeis), inflamação no sacro ou osso ilíaco, osteoporose, artrose, espondilite anquilosante (uma espécie de artrite inflamatória na região) e tumores.</p><p>5 RADIOGRAFIA DIGITAL</p><p>A radiologia computadorizada (CR) marca a primeira versão do que se conhece como digital, sendo também a antecessora dessa tecnologia, que passará a ser predominante.</p><p>Introduzida no início dos anos 1980 e aperfeiçoada ao longo da década de 1990, ela tem como principal característica o uso de chassis com placas de fósforo, em vez do filme radiográfico convencional. Na CR, é utilizado o mesmo mecanismo para formação de imagem da radiologia convencional (CORREA, 2010).</p><p>Para realizar o procedimento, o chassi é exposto à radiação e a energia dos raios X é direcionada ao paciente, interagindo com a estrutura a ser visualizada. Dentro do chassi, os fósforos são ionizados e armazenam elétrons de alta energia, que diferenciam o tecido corporal irradiado no exame do haleto de prata na radiologia tradicional. O chassi é introduzido em um dispositivo chamado leitor de CR. A leitura a laser é realizada quando o chassi é inserido no dispositivo. Esse laser faz os elétrons liberarem energia na forma de luz, sendo esta emitida pelos elétrons e captada por um sistema que converte a luz em sinais elétricos (analógicos). Por sua vez, esses sinais são direcionados para um decodificador, que converte o sinal analógico em digital, que é, então, convertido em imagem, visível por um computador na tela da estação de trabalho, conhecida como workstation (CORREA, 2010).</p><p>A workstation contém uma permissão para as imagens serem manipuladas, como introduzir um texto, inserir uma marcação, inverter cores, dar zoom e distribuir os arquivos de imagem para o sistema RIS do hospital ou clínica. A CR também é conhecida como radiologia indireta.</p><p>No final da dos anos 1990, foi introduzida no mercado a radiologia digital (DR), que passou a utilizar detectores em substituição aos chassis eletrônicos.</p><p>Na DR, não se utilizam chassis, como na radiografia computadorizada. O equipamento de radiografia digital é diferente dos outros utilizados na CR e na radiografia convencional. O exame é realizado da mesma forma, com o paciente posicionado para o exame, porém o equipamento possui um arco e, no final desse arco, há um receptor de imagem. O receptor de imagem é móvel, podendo ser movimentado de acordo com o exame pretendido.</p><p>A DR surgiu como um avanço da tecnologia no setor de radiodiagnóstico. O receptor de imagem do equipamento possui um sistema que captura a intensidade da radiação depois da interação com os tecidos do corpo e transforma diretamente na imagem, para o diagnóstico na tela da workstation. Esse sistema funciona por conta de três elementos:</p><p>· Captura: é o receptor do sistema de imagem digital. É chamado de dispositivo de carga acoplada (DCA), constituído de elementos sensíveis à luz. Essa sensibilidade tem a capacidade de capturar baixas variações de ondas eletromagnéticas, detectando baixos estímulos de radiação. Outra característica importante do DCA é capturar uma grande faixa de energia, o que representa uma detecção de estímulos muito baixos (com imagens claras) e estímulos muito altos (com imagens escuras).</p><p>· Detecção: é realizada a leitura das informações capturadas pelo DCA, que foram enviadas pelo elemento de acoplamento. Essas informações são transformadas diretamente em imagem, por meio de sistemas computadorizados. As imagens digitais podem ser distribuídas para qualquer setor do hospital ou da clínica e enviadas para ser laudadas em outros locais fora do hospital.</p><p>· Acoplamento: elemento que transfere o sinal gerado pelos raios X até o detector.</p><p>A radiologia digital, além de ser uma tecnologia de ponta, que conta com uma excelente qualidade na imagem, também contribui muito com a instituição, pois possui um tempo de aquisição de imagem muito rápido, favorecendo para um diagnóstico mais preciso.</p><p>LEITURA</p><p>COMPLEMENTAR</p><p>INDICAÇÕES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DAS MAMAS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA EM ONCOLOGIA</p><p>Elvira Ferreira Marques Maria Luiza Leite de Medeiros Juliana Alves de Souza</p><p>Maira Coltrone Mendonça Almir Galvão Vieira Bitencourt</p><p>Rubens Chojniak</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>O câncer de mama é a principal causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. No entanto, se diagnosticado e tratado precocemente, pode ter um bom prognóstico. O principal método diagnóstico na avaliação do câncer de mama é a mamografia, com sensibilidade de 60% a 90%. Ela é utilizada para rastreamento em mulheres acima de 40 anos, em razão da sua alta sensibilidade, baixo custo e pequena exposição à radiação. Programas de detecção precoce por mamografias periódicas reduzem a mortalidade por câncer de mama em 25% a 32%.</p><p>A ultrassonografia (US) também se tornou ferramenta de avaliação importante no manejo do câncer de mama, sendo capaz de identificar nódulos pequenos e de elu- cidar lesões inconclusivas na mamografia. Entretanto, a principal desvantagem desse método é ser altamente dependente do operador. Além da mamografia e US, outros mé- todos que possibilitem o diagnóstico precoce do câncer de mama têm sido estudados.</p><p>O mais utilizado desses métodos é a ressonância magnética (RM), que permite o estudo da vascularização das lesões mediante a administração intravenosa de contraste paramagnético. A RM apresenta maior sensibilidade (94% a 99%), porém, tem grande variação da especificidade (37% a 86%) nos estudos publicados. Essa variação na especificidade ocorre por vários fatores, principalmente relacionados à falta de padronização nos protocolos de aquisição das imagens e as indicações do exame. Como a RM das mamas foi popularizada na década de 1990, ainda há uma falta de padronização do método e cada serviço tem diferentes indicações para pacientes com o mesmo perfil clínico-radiológico. O objetivo principal deste estudo é avaliar e discutir o perfil de indicações de RM das mamas em um centro de referência em oncologia.</p><p>MATERIAIS E MÉTODOS</p><p>Trata-se de um estudo retrospectivo, em que foram incluídas mulheres que realizaram exames de RM das mamas no período de 1º de julho de 2008 a 31 de julho de 2009. Um formulário padrão foi preenchido para todas as pacientes do estudo, com dados demográficos e clínicos, incluindo resultados de exames de imagem anteriores e indicação da RM mamária. Resultados mamográficos anteriores à RM foram categorizados de acordo com o léxico Breast Imaging Reporting and Data System (BIRADS®). As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio do software SPSS for Windows, versão 17.0 (SPSS Inc.; Chicago, IL, EUA). Análise descritiva incluiu frequências absolutas e relativas. As variáveis contínuas foram expressas como média e desvio- padrão, se distribuição normal.</p><p>RESULTADOS</p><p>Foram incluídos 529 exames de RM das mamas. A média de idade das pacientes foi de 49 anos, variando de 17 a 86 anos.</p><p>Duzentas e dezenove mulheres (41,4%) tinham história pessoal relacionada a risco aumentado para câncer de mama, que inclui câncer de mama prévio (n = 125; 23,6%), câncer de ovário (n = 6; 1,2%), cirurgia mamária (n = 201; 38,1%), achados pré- malignos em biópsias percutâneas (n</p><p>= 13; 2,5%) e história de irradiação torácica (n = 30; 5,7%). História familiar de câncer de mama e/ou câncer de ovário esteve presente em 162 pacientes (30,6%), sendo 110 (20,7%) em parentes de primeiro grau. Exames de mamografia anterior estavam disponíveis em 415 pacientes (78,4%).</p><p>As indicações mais comuns de RM das mamas foram: achados inconclusivos na mamografia e/ou US; avaliação de recidiva tumoral/tecido fibrocicatricial após cirurgias mamárias; e estadiamento/planejamento cirúrgico. Em 17 pacientes (3,2%) não foi possível encontrar esta informação. No grupo de pacientes cuja indicação para RM das mamas foi baseada nos resultados inconclusivos da mamografia e/ou US, os achados mais frequentes foram nódulos em 114 dos 258 exames (44%), seguidos por distorção arquitetural e assimetria focal em 59 (23%), cada.</p><p>DISCUSSÃO</p><p>A RM das mamas é um exame caro, com potenciais resultados falso-positivos e alta frequência de achados incidentais que podem necessitar de investigação adicional. A avaliação diagnóstica com mamografia e US deve ser esgotada antes de considerar a necessidade da RM. A Sociedade Europeia de Especialistas em Câncer de Mama recomenda que a RM mamária deve ser realizada em serviços de radiologia com experiência em imaginologia mamária convencional (mamografia e US), em biópsias percutâneas e em US second-look direcionada para achados detectados na RM.</p><p>Os fatores de maior impacto na interpretação dos exames de RM mamária são a correlação com dados clínicos e exames convencionais, assim como a presença de indicações precisas, direcionando a investigação. Em um estudo multicêntrico realizado nos Estados Unidos, em 2008, em que 754 radiologistas especializados em imagem da mama foram entrevistados, a maioria (84,1%) respondeu que nunca (46,5%) ou raramente (37,6%) interpreta RM das mamas sem correlacionar com os achados da mamografia ou de US. Nesse mesmo estudo, as indicações mais comuns para RM mamária foram avaliar a extensão da doença (93,8%) e os achados inconclusivos em métodos de imagem convencionais (72,2%).</p><p>Nossa amostra teve alta prevalência de antecedentes pessoais e familiares relacionados ao câncer de mama, o que é esperado em pacientes submetidos a RM das mamas, especialmente em um centro de referência oncológico. As principais indicações para RM encontradas nesse estudo são consistentes com os achados da literatura e diretrizes internacionais. Em cerca de metade dos pacientes, a indicação de RM foi para esclarecer o diagnóstico de resultados inconclusivos em métodos de imagem convencionais, seguido de diferenciação entre recorrência tumoral e cicatriz cirúrgica em pacientes previamente tratados, estadiamento e planejamento pré-operatório em pacientes com câncer confirmado e rastreamento de pacientes de alto risco.</p><p>No entanto, apesar de ser a indicação mais comum, não há nenhuma evidência na literatura que justifique o uso da RM mamária como ferramenta diagnóstica para achados inconclusivos nos exames de imagem convencionais, principalmente quando procedimentos percutâneos podem ser realizados. O valor preditivo negativo da RM não é suficiente para evitar a biópsia de uma alteração clínica ou radiológica suspeita que não apresente achado correspondente na RM.</p><p>A seleção cuidadosa de pacientes com achados mamográficos inconclusivos que necessitem avaliação adicional com RM é importante. Moy et al. avaliaram 115 exames de RM realizados com esta indicação e constataram que em 87% dos casos a RM não revelou nenhuma anormalidade correspondente e apenas 0,7% mostrou lesões malignas. No entanto, em casos selecionados, a RM pode ser utilizada para contribuir na elucidação de achados inconclusivos na mamografia e/ou US. Esses casos incluem o diagnóstico diferencial de cistos com conteúdo ecogênico na US, assimetrias focais ou distorções arquiteturais sem calcificações na mamografia, alterações mamografias vistas em apenas uma incidência, múltiplas lesões nodulares de etiologia indefinida na mamografia e US, e suspeita de recidiva tumoral na cicatriz cirúrgica.</p><p>Avaliação de mama no período pós-operatório é uma das indicações mais citadas na literatura, já que a cirurgia e/ou radioterapia podem causar espessamento da pele, edema, massas, cicatrizes e distorção arquitetural. Esses aspectos tornam difícil a análise dos exames de mamografia e US, podendo conduzir a procedimentos desnecessários. Essas pacientes podem se beneficiar da RM mamária em razão das características de impregnação pelo contraste paramagnético dos diferentes tecidos.</p><p>A presença de cicatriz sem realce na RM tem alto valor preditivo negativo para câncer recorrente. No entanto, o aumento normal da vascularização pode ser visto no sítio cirúrgico por até 18 meses após o tratamento radioterápico.</p><p>Vários autores também já descreveram a importância da RM das mamas no estadiamento pré-operatório, uma vez que este exame é mais sensível do que os de imagem convencionais na avaliação da extensão do tumor, mesmo para o carcinoma ductal in situ e o carcinoma lobular invasivo. Além disso, a RM tem alta sensibilidade na detecção de tumores multifocais, multicêntricos e contralaterais. A RM pode identificar tumores adicionais em 15 a 27% das pacientes na mesma mama e em 3 a 10% na mama contralateral. Avaliação pré-operatória por RM modifica o tratamento em até um terço das pacientes com câncer de mama.</p><p>Para rastreamento de câncer de mama, a American Cancer Society recomenda a RM anual associada à mamografia para pacientes com mutação BRCA ou que têm parentes de primeiro grau com mutação BRCA; pacientes com risco de 20 a 25% ou maior para desenvolvimento de câncer de mama durante a vida, baseado em ferramentas de avaliação de risco; mulheres com história de irradiação torácica entre 10 e 30 anos; e pacientes com doenças genéticas que aumentem o risco de câncer de mama, como síndrome de Li-Fraumeni, Cowden ou Bannayan-Riley-Ruvulcaba. Por outro lado, não há evidências suficientes para recomendar a RM das mamas em mulheres com risco de 15 a 20% para desenvolvimento de câncer de mama durante a vida; com carcinoma lobular in situ ou hiperplasia ductal ou lobular atípica; mulheres com mamas heterogêneas ou extremamente densas na mamografia ou com antecedente de câncer de mama, incluindo carcinoma ductal in situ.</p><p>Outras indicações menos comuns para a RM mamária, citadas nesse estudo, foram avaliação de implantes mamários, quimioterapia neoadjuvante e tumor primário oculto em pacientes com metástase ganglionar. Para avaliação de implantes mamários, a RM deve ser indicada para confirmar ou excluir ruptura apenas em pacientes sintomáticos sem alterações nos exames de imagem convencionais. Quimioterapia neoadjuvante é utilizada rotineiramente em cânceres de mama avançados para reduzir o tamanho do tumor e, em alguns casos, possibilitar a realização de cirurgias conservadoras. A RM tem-se mostrado melhor do que o exame físico, a mamografia e a US para avaliação de doença residual após a quimioterapia neoadjuvante, contribuindo para um melhor planejamento cirúrgico nesses casos. Tumores ocultos nos exames convencionais em mulheres com metástase isolada para os linfonodos axilares representam menos de 1% dos casos de carcinoma de mama e a RM pode identificar o tumor primário em 62% a 86% desses casos.</p><p>Em conclusão, é importante conhecer as indicações adequadas para RM de mamas. Como esse método tem alta sensibilidade e percentual de resultados falso- positivos, só deve ser recomendado nos casos em que há uma questão específica a ser respondida, evitando a realização de procedimentos desnecessários, como biópsias e exames de controle. Se bem indicada, a RM das mamas contribui, de maneira importante, no processo diagnóstico e constitui uma ferramenta fundamental na avaliação por imagem da mama.</p><p>FONTE: Adaptada de MARQUES, E. F. et al. Indicações de ressonância magnética das mamas em um centro de referência em oncologia. Radiologia Brasileira, v. 44, n. 6, p. 363-366, 2011. Disponível em: https://www. scielo.br/j/rb/a/VR9ckfmDQyW3TSqSMCvCByC/?format=pdf&lang=pt.</p><p>e</p><p>Conselho Regional de Técnicos em Radiologia (CRTR). Essa lei também esclarece os requisitos que as escolas técnicas precisam oferecer aos acadêmicos, os programas de ensino permitidos pelo Ministério da Educação (MEC).</p><p>Para que o acadêmico possa concluir o curso e se habilitar, é obrigatória a conclusão do estágio prático supervisionado, indispensável para a prática profissional. Para a criação de escolas técnicas, é necessário passar por um processo de legalização, para que possam atuar de acordo com o que a lei determina, sendo que os diplomas precisam ser reconhecidos pelo MEC.</p><p>Além de descrever as instituições que fornecem o curso técnico, a lei fala também sobre as obrigações e os deveres profissionais dos operadores de raios X, sobre a competência do técnico como supervisor de aplicações de técnicas radiológicas.</p><p>De acordo com a lei, são decretados os direitos dos técnicos de raios X:</p><p>1º Os profissionais que se acharem devidamente registrados na Divisão Nacional de Vigilância Sanitária de Medicamentos – DIMED, não possuidores do certificado de conclusão de curso em nível de 2º Grau, poderão matricular-se nas escolas criadas, na categoria de ouvinte, recebendo, ao terminar o curso, certificado de presença, observadas as exigências regulamentares das Escolas de Radiologia. 2º Os dispositivos desta Lei aplicam-se, no que couber, aos Auxiliares de Radiologia que trabalham com câmara clara e escura (BRASIL, 1985).</p><p>A jornada de trabalho, decretada pela lei, é de 24 horas semanais, com salário- base de dois salários-mínimos, com adicional de 40% de insalubridade aos profissionais que atuam nas radiações ionizantes.</p><p>4 RESOLUÇÃO CFBM Nº 78/2002</p><p>A Resolução nº 78/2002, atua na regulamentação do exercício profissional do biomédico, no que tange as responsabilidades perante a profissão e seus campos de atuação; suas atribuições referidas de acordo com o CFBM:</p><p>CONSIDERANDO que, através da Resolução nº 287, de 8 de outubro de 1998, do Conselho Nacional de Saúde, o biomédico foi oficialmente reconhecido como profissional da área de saúde;</p><p>CONSIDERANDO os avanços tecnológicos na área de saúde, bem como da existência de várias profissões regulamentada na referida área;</p><p>CONSIDERANDO a necessidade de fixar o campo das atividades que</p><p>o biomédico possui legitimidade para atuar;</p><p>CONSIDERANDO a necessidade de normatizar a Responsabilidade Técnica dos biomédicos em estabelecimentos inerentes às suas atividades;</p><p>CONSIDERANDO a efetiva necessidade de dar a devida interpretação jurídica à Lei nº 6.684/1979 e Decreto nº 88.439/1983, mantendo-se atualizada sua regulamentação (CBFM, 2002, p. 1).</p><p>O Capítulo I trata do ato do profissional de biomedicina, sendo definido que necessita ser realizado por um profissional biomédico habilitado e capacitado em atividades como: “§1º Atividades que envolvam procedimentos de apoio diagnóstico.</p><p>§2º Atividades de coordenação, direção, chefia, perícia, auditoria, supervisão e ensino.</p><p>§3º Atividades de pesquisa e investigação” (CBFM, 2002, p. 1).</p><p>O Capítulo II descreve o campo para atuação do profissional, ficando decretado que:</p><p>§1º O biomédico, poderá, desde que comprovado a realização de Estágio com duração igual ou superior a 500 (quinhentas) horas, em instituições oficiais ou particulares, reconhecidas pelo órgão competente do Ministério da Educação ou em laboratório conveniado com Instituições de nível superior ou cursos de especialização ou pós-graduação, reconhecidos pelo MEC (CBFM, 2002, p. 1).</p><p>O exercício da profissão dos biomédicos habilitados em imagenologia é amplo, abrangendo desde o serviço de diagnóstico até serviço de terapia sob supervisão médica, ficando considerado perante a lei que:</p><p>§1º Considera-se como atividades em Radiodiagnóstico, os profissionais que atuarem, sob supervisão médica, na operação de equipamentos e sistemas médicos de diagnóstico por imagem, nas seguintes modalidades:</p><p>I- tomografia computadorizada;</p><p>II- ressonância magnética;</p><p>III- Ultrassonografia;</p><p>IV- Radiologia Vascular e Intervencionista;</p><p>V- Radiologia Pediátrica;</p><p>VI- Mamografia;</p><p>VII- Densitometria Óssea;</p><p>VIII- Neuroradiologia;</p><p>IX- Medicina Nuclear;</p><p>X- Outras modalidades que possam complementar esta área de atuação. 2º Poderão exercer as atividades descritas acima, os profissionais legalmente habilitados em Radiologia, Imagenologia, Biofísica e/ou Instrumentação Médica.</p><p>3º Considera-se como atividade em Radioterapia, os profissionais que atuarem, sob supervisão médica, na operação de equipamentos de diferentes fontes de energia, para tratamentos que utilizam radiações ionizantes (CBFM, 2002, p. 3).</p><p>A responsabilidade técnica do profissional precisa estar inscrita no Conselho Regional de Biomedicina, preenchendo o Termo de Responsabilidade Técnica. A emis- são do certificado profissional é de responsabilidade do Conselho Regional de Biomedi- cina e, no local de trabalho, precisa estar visível. O profissional biomédico tem como res- ponsabilidade manter o bom funcionamento perante o local de trabalho, sob supervisão e coordenação dos serviços que são subordinados pela hierarquia do estabelecimento.</p><p>Sobre a responsabilidade técnica do biomédico e da instituição, o profissional poderá ser responsável por, no máximo, duas instituições, independentemente de serem filiais ou não. Se, no caso, o profissional deixar de ser o responsável técnico da instituição, é de responsabilidade dele comunicar ao Conselho Regional de Biomedicina, no prazo máximo de 15 dias.</p><p>Em alguns casos, pode ocorrer a extinção do responsável técnico, quando</p><p>(CBFM, 2002):</p><p>· for requerido por escrito pelo profissional ou pela pessoa jurídica ao CRBM a extinção</p><p>ou a substituição da responsabilidade técnica;</p><p>· o profissional for suspenso do exercício da profissão;</p><p>· mudar o profissional de residência para local que, a juízo do CRBM, torne impraticável</p><p>o exercício.</p><p>(</p><p>INTERESSANTE</p><p>O código de ética é uma ferramenta de realização da filosofia do profissional,</p><p>de</p><p>sua</p><p>visão,</p><p>missão</p><p>e</p><p>valores.</p><p>A</p><p>Resolução</p><p>nº</p><p>198,</p><p>de</p><p>21</p><p>de</p><p>fevereiro</p><p>de</p><p>2011,</p><p>regulamenta sobre o novo Código de Ética para o Profissional biomédico,</p><p>sendo essencial para o profissional ter uma base de suas missões. Acesse o</p><p>link a seguir e aperfeiçoe os seus valores perante a profissão:</p><p>https://cfbm.</p><p>gov.br/codigo-de-etica-da-profissao-de-biomedico/</p><p>.</p><p>)</p><p>5 RESOLUÇÃO Nº 234/2013</p><p>A Resolução nº 234, de 5 de dezembro de 2013, atua na regulamentação das aptidões dos biomédicos habilitados em imagem, nos setores que compõem o diagnóstico e a terapia, tendo como responsabilidade estabelecer normas, com o objetivo de acompanhar os avanços da tecnologia no diagnóstico por imagem e do profissional biomédico habilitado em imagem, ficando considerado que:</p><p>CONSIDERANDO que através da Resolução nº 287, de 8 de outubro de 1998, do Conselho Nacional de Saúde, o biomédico foi oficialmente reconhecido como profissional da área de saúde;</p><p>CONSIDERANDO a necessidade de fixar o campo das atividades que</p><p>o biomédico possui legitimidade para atuar;</p><p>CONSIDERANDO os avanços tecnológicos na área de saúde, em especial no diagnóstico por imagem e terapia, bem como da existência de profissões regulamentada na referida área; CONSIDERANDO a necessidade de normatizar a Habilitação de imagenologia, radiologia, biofísica, instrumentação médica, dos biomédicos em estabelecimentos inerentes às suas atividades;</p><p>CONSIDERANDO a mudança de nomenclatura decorrente da evolução tecnológica que sofreu o diagnóstico por imagem e terapia nos últimos vinte anos;</p><p>CONSIDERANDO a efetiva necessidade de dar a devida interpretação jurídica à Lei nº 6.684/79 e Decreto nº 88.439/83, mantendo-se atualizada sua regulamentação (BRASIL, 2013, p. 1).</p><p>São diversas as atribuições do profissional biomédico habilitado em imageno- logia nas funções do diagnóstico e terapia, tendo como responsabilidade os setores:</p><p>· tomografia computadorizada: o biomédico estará habilitado desde a operação de</p><p>equipamentos de tomografia computadorizada até em cargos de gestão e supervisão;</p><p>· ressonância</p><p>Acesso em: 15 fev. 2022.</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>5</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· A visualização da imagem por radiografia convencional só será possível após o processo de revelação, realizado com elementos químicos na processadora.</p><p>· A radiação é uma onda eletromagnética e o seu poder de propagação é muito grande, com uma velocidade alta e grande energia, e os efeitos, quando ocorre o contato da matéria com essas partículas, são variados, com interação entre a matéria e a radiação.</p><p>· A radiografia contrastada é um procedimento que utiliza o meio de contraste na</p><p>aquisição das imagens.</p><p>· Na radiologia digital, não são utilizados chassis, como na radiografia computadorizada.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 O filme radiográfico é utilizado para realizar a radiografia convencional, referido, especificamente, a um pedaço físico de material, no qual uma imagem latente (não processada) da radiografia é guardada. Sobre a função da camada protetora no filme radiográfico, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Fixar a emulsão à base do filme.</p><p>b) ( ) Proteger a emulsão do contato com as forças mecânicas durante a manipulação do filme.</p><p>c) ( ) Modificar os cristais de prata sensibilizados pelos raios X.</p><p>d) ( ) Sustentar a emulsão de sais de prata no filme radiográfico.</p><p>2 Na radiografia digital, não são utilizados chassis, como na radiografia computadorizada. O exame é realizado da mesma maneira, com o paciente posicionado para o exame, porém o aparelho possui um arco, com o receptor de imagem no final do arco. Para que essa imagem seja gerada no receptor, são necessários três elementos. Sobre eles, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Detecção, workstation e acoplamento.</p><p>b) ( ) Captura, detecção e acoplamento.</p><p>c) ( ) Captura, workstation e detecção.</p><p>d) ( ) Acoplamento, detecção e Pacs.</p><p>3 A radiação é uma onda eletromagnética e o seu poder de propagação é muito grande, com uma velocidade alta e grande energia, e os efeitos, quando ocorre o contato da matéria com essas partículas, são variados, com interação entre a matéria e a radiação. Sobre a finalidade da grade antidifusora na radiologia, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) É utilizada para que a radiação não se disperse do local indicado.</p><p>b) ( ) É utilizada para filtrar a radiação emitida.</p><p>c) ( ) É utilizada para que a radiação seja dispersada do local indicado.</p><p>d) ( ) É utilizada no auxílio da radiação para sofrer o efeito anódico.</p><p>4 A radiografia convencional permite obter imagens de qualidade, mesmo em órgãos que são mais difíceis de visualizar, como os vasos sanguíneos e o trato gastrointestinal, casos em que são utilizados os meios de contraste. Qual é a finalidade da radiografia contrastada?</p><p>5 Para cada área do corpo humano, são utilizados os estudos radiológicos, de acordo com a suspeita de alguma patologia ou até para acompanhamento da evolução de alguma patologia em tratamento. A radiografia da face é utilizada para qual finalidade?</p><p>(</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>)BONTRAGER, K. L.; LAMPIGNANO, J. P. Tratado de Posicionamento Radiográfico e</p><p>Anatomia Associada. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. CORREA, M. B. R. Radiologia. São Paulo: DCL, 2010.</p><p>DAMAS, K. F. Tratado prático de Radiologia. 3. ed. São Paulo: Yendis Editora, 2006.</p><p>HIRONAKA, F. et al. Medicina Nuclear – Princípios e aplicações. Rio de Janeiro: Editora Ateneu, 2017.</p><p>JUNIOR, A. C. Posicionamento radiológico. São Paulo: Editora Rideel, 2012.</p><p>MARQUES, E. F. et al. Indicações de ressonância magnética das mamas em um centro de referênciaemoncologia. RadiologiaBrasileira,v. 44, n. 6, p. 363-366, 2011. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rb/a/VR9ckfmDQyW3TSqSMCvCByC/?format=pdf&lang=pt. Acesso em: 15 fev. 2022.</p><p>MATTOS, F. R. SPECT (Single photon emission tomography): Gama Câmara, Reconstrução Tomográfica e Características Funcionais. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharelado em Física Médica) – Instituto de Biociências de Botucatu, Universidade Estadual Paulista, Botucatu, 2009. Disponível em: https://repositorio.unesp.br/ bitstream/handle/11449/119908/mattos_fr_tcc_bot.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 22 fev. 2022.</p><p>MOURÃO, A. P. Tomografia Computadorizada: Tecnologia e Aplicações. São Paulo: Editora Difusão, 2007.</p><p>NASCIMENTO, C. ressonância magnética Nuclear. São Paulo: Editora Edgard Blucher Ltda., 2018.</p><p>image5.png</p><p>image95.png</p><p>image96.png</p><p>image97.png</p><p>image98.png</p><p>image99.png</p><p>image100.png</p><p>image101.png</p><p>image102.png</p><p>image103.png</p><p>image104.png</p><p>image6.png</p><p>image105.png</p><p>image106.png</p><p>image107.png</p><p>image108.png</p><p>image109.png</p><p>image110.png</p><p>image111.png</p><p>image112.png</p><p>image113.png</p><p>image114.png</p><p>image7.png</p><p>image115.png</p><p>image116.png</p><p>image117.png</p><p>image118.png</p><p>image119.png</p><p>image120.png</p><p>image121.png</p><p>image122.png</p><p>image123.png</p><p>image124.png</p><p>image8.png</p><p>image125.png</p><p>image126.png</p><p>image127.png</p><p>image128.png</p><p>image129.png</p><p>image130.png</p><p>image131.png</p><p>image132.png</p><p>image133.png</p><p>image134.png</p><p>image9.png</p><p>image135.png</p><p>image136.png</p><p>image137.png</p><p>image138.png</p><p>image139.png</p><p>image140.png</p><p>image141.png</p><p>image142.png</p><p>image143.png</p><p>image144.png</p><p>image10.png</p><p>image145.png</p><p>image146.png</p><p>image147.png</p><p>image148.png</p><p>image149.png</p><p>image150.png</p><p>image151.png</p><p>image152.png</p><p>image153.png</p><p>image154.png</p><p>image11.png</p><p>image155.png</p><p>image156.png</p><p>image157.png</p><p>image158.png</p><p>image159.png</p><p>image160.png</p><p>image161.png</p><p>image162.png</p><p>image12.png</p><p>image163.png</p><p>image164.png</p><p>image165.png</p><p>image166.png</p><p>image167.png</p><p>image168.png</p><p>image169.png</p><p>image170.png</p><p>image171.png</p><p>image172.png</p><p>image13.png</p><p>image173.png</p><p>image174.png</p><p>image175.png</p><p>image176.png</p><p>image177.png</p><p>image178.png</p><p>image179.png</p><p>image180.png</p><p>image181.png</p><p>image182.png</p><p>image14.png</p><p>image183.png</p><p>image184.png</p><p>image185.png</p><p>image186.png</p><p>image187.png</p><p>image188.png</p><p>image189.png</p><p>image190.png</p><p>image191.png</p><p>image192.png</p><p>image15.png</p><p>image193.png</p><p>image194.png</p><p>image195.png</p><p>image196.png</p><p>image197.png</p><p>image198.png</p><p>image199.png</p><p>image200.png</p><p>image201.png</p><p>image16.png</p><p>image202.png</p><p>image203.png</p><p>image204.png</p><p>image205.png</p><p>image206.png</p><p>image207.png</p><p>image208.png</p><p>image209.png</p><p>image210.png</p><p>image211.png</p><p>image17.png</p><p>image212.png</p><p>image213.png</p><p>image214.png</p><p>image215.png</p><p>image216.png</p><p>image217.png</p><p>image218.png</p><p>image219.png</p><p>image220.png</p><p>image18.png</p><p>image221.png</p><p>image222.png</p><p>image223.png</p><p>image224.png</p><p>image225.png</p><p>image226.png</p><p>image227.png</p><p>image228.png</p><p>image229.png</p><p>image230.png</p><p>image19.png</p><p>image231.png</p><p>image232.png</p><p>image233.png</p><p>image234.png</p><p>image235.png</p><p>image236.png</p><p>image237.png</p><p>image238.png</p><p>image239.png</p><p>image240.png</p><p>image20.png</p><p>image241.png</p><p>image242.png</p><p>image243.png</p><p>image244.png</p><p>image245.png</p><p>image246.png</p><p>image247.png</p><p>image248.png</p><p>image249.png</p><p>image250.png</p><p>image21.png</p><p>image251.png</p><p>image252.png</p><p>image253.png</p><p>image254.png</p><p>image255.png</p><p>image256.png</p><p>image257.png</p><p>image258.png</p><p>image259.png</p><p>image260.jpeg</p><p>image22.png</p><p>image23.png</p><p>image261.png</p><p>image262.png</p><p>image24.png</p><p>image263.png</p><p>image264.png</p><p>image265.png</p><p>image266.png</p><p>image267.png</p><p>image268.png</p><p>image269.png</p><p>image270.png</p><p>image271.png</p><p>image272.png</p><p>image25.png</p><p>image273.png</p><p>image274.png</p><p>image275.png</p><p>image276.png</p><p>image277.png</p><p>image278.png</p><p>image279.png</p><p>image280.png</p><p>image281.png</p><p>image282.png</p><p>image26.png</p><p>image283.png</p><p>image284.png</p><p>image285.png</p><p>image286.png</p><p>image287.png</p><p>image288.png</p><p>image289.png</p><p>image290.png</p><p>image291.png</p><p>image292.png</p><p>image27.png</p><p>image293.png</p><p>image294.png</p><p>image295.png</p><p>image296.png</p><p>image297.png</p><p>image298.png</p><p>image299.png</p><p>image300.png</p><p>image301.png</p><p>image28.png</p><p>image302.png</p><p>image303.png</p><p>image304.png</p><p>image305.png</p><p>image306.png</p><p>image307.png</p><p>image308.png</p><p>image309.png</p><p>image29.png</p><p>image310.png</p><p>image311.png</p><p>image312.png</p><p>image313.png</p><p>image314.png</p><p>image315.png</p><p>image316.png</p><p>image317.png</p><p>image318.png</p><p>image319.png</p><p>image30.png</p><p>image320.png</p><p>image321.png</p><p>image322.png</p><p>image323.png</p><p>image324.png</p><p>image325.png</p><p>image326.png</p><p>image327.png</p><p>image328.png</p><p>image329.png</p><p>image31.png</p><p>image330.png</p><p>image331.png</p><p>image332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o biomédico estará habilitado desde a operação de</p><p>equipamentos de tomografia computadorizada até em cargos de gestão e supervisão;</p><p>· ultrassonografia: o biomédico está habilitado a operar equipamentos de ultrassonografia sob supervisão médica, até atuar como aplication (profissional que demonstra, aos operadores de equipamentos médicos, o funcionamento de um equipamento, sistema etc.);</p><p>· radiologia geral e especializada: o biomédico estará habilitado desde a operação de equipamentos de tomografia computadorizada até em cargos de gestão e supervisão;</p><p>· densitometria óssea: o biomédico estará habilitado desde a operação de</p><p>equipamentos de tomografia computadorizada até em cargos de gestão e supervisão;</p><p>· medicina nuclear: o biomédico estará habilitado desde a operação de equipamentos</p><p>de tomografia computadorizada até em cargos de gestão e supervisão;</p><p>· radioterapia: o biomédico estará habilitado desde a operação de equipamentos de</p><p>tomografia computadorizada até em cargos de gestão e supervisão.</p><p>(</p><p>ESTUDOS</p><p>FUTUROS</p><p>No Tópico 2, conheceremos detalhadamente cada atribuição em que o</p><p>biomédico</p><p>imagenologista</p><p>está</p><p>habilitado.</p><p>)</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>1</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· A Biomedicina é uma profissão regulamentada, que somente é permitida ao portador da carteira de identidade profissional, expedida pelo Conselho Regional de Biomedicina.</p><p>· A Lei nº 6.684, de 3 de setembro de 1979, tem como responsabilidade regulamentar em conjunto os profissionais biomédicos e biólogos, descrevendo os conselhos e suas condutas.</p><p>· A Lei nº 7.394, de 29 de outubro de 1985, tem como responsabilidade regulamentar o exercício da profissão para os técnicos em Radiologia, descrevendo-os como os operadores de raios X.</p><p>· A Resolução nº 234, de 5 de dezembro de 2013, trata das aptidões dos biomédicos</p><p>habilitados em imagem nos setores que compõem o diagnóstico e terapia.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 O biomédico é um profissional que se dedica a vários setores da área da saúde, entre elas a área de imagenologia. Existem várias leis que regulamentam esse serviço. Os profissionais estão plenamente capacitados para atuar tanto no desenvolvimento de pesquisas quanto para o desempenho prático do conhecimento no enfrentamento das diversas situações apresentadas no cotidiano da saúde. Entre as leis existentes para o profissional biomédico, quanto àquela que tem como responsabilidade descrever as aptidões do biomédico imagenologista, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Lei Federal nº 4.024/1961.</p><p>b) ( ) Resolução nº 78/2002.</p><p>c) ( ) Resolução nº 234/2013.</p><p>d) ( ) Lei Federal nº 6.684/1979.</p><p>2 A Lei Federal nº 6.684/1979, que tem como responsabilidade regulamentar, em conjunto, os profissionais biomédicos e biólogos, é voltada aos Conselhos Federal e Regional, que são apoio aos profissionais. Com base no exercício da profissão, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I- Atuar em serviços de radiodiagnóstico e terapia, podendo liberar laudos sem a supervisão médica.</p><p>II- Realizar serviços de radiografia, excluindo a interpretação.</p><p>III- Atuar sob supervisão médica em serviços de hemoterapia, de radiodiagnóstico e outros, desde que esteja legalmente habilitado.</p><p>Assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Somente a afirmativa I está correta.</p><p>b) ( ) As afirmativas I e III estão corretas.</p><p>c) ( ) As afirmativas II e III estão corretas.</p><p>d) ( ) Somente a afirmativa III está correta.</p><p>3 A Lei nº 7.394, de 29 de outubro de 1985, regulamenta a profissão do técnico em Radiologia, descrevendo o processo de exercício profissional nos setores de radiodiagnóstico, radioterapia, radioisotópica e industrial. De acordo com o Art. 2º dessa lei, quanto ao profissional e à execução de suas responsabilidades, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Deve possuir diploma e habilitação profissional expedido por escola técnica e registrado no Conselho Regional de Técnicos em Radiologia (CRTR).</p><p>b) ( ) Deve estar cadastrado no Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e ter</p><p>diploma de 2º grau.</p><p>c) ( ) Deve ser habilitado em radiodiagnóstico no Conselho Regional de Técnicos em Radiologia (CRTR), mesmo sem ter o diploma de conclusão.</p><p>d) ( ) Deve estar formado no 2º grau e ter habilitação para auxiliar de Radiologia.</p><p>4 A Biomedicina é uma profissão regulamentada, que capacita o profissional para atuar tanto no desenvolvimento profissional de pesquisas quanto na operação de equipamentos de diagnóstico por imagem, e representada pelos Conselhos Federal e Regional. Qual é o objetivo desses Conselhos para o profissional?</p><p>5 A Resolução nº 234, de 5 de dezembro de 2013, descreve as atribuições do profissional biomédico na imagenologia, nos setores de diagnóstico por imagem e terapia. Segundo o Conselho Federal de Biomedicina, existem algumas considerações importantes na lei. Quais considerações estão previstas perante a lei?</p><p>(</p><p>-</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>1</p><p>TÓPICO</p><p>2</p><p>)ATUAÇÃO DO BIOMÉDICO IMAGENOLOGISTA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>O campo de atuação para o profissional biomédico é amplo, podendo-se destacar a Imagenologia, que é uma especialidade médica que utiliza o estudo dos órgãos e sistemas do corpo humano, através de diversas modalidades de exames por imagem, que auxiliam o médico no diagnóstico do paciente.</p><p>De acordo com a Resolução nº 234/2013, o biomédico, que está habilitado/ capacitado em Biofísica, Radiologia ou em Imagenologia, pode exercer as seguintes atividades no diagnóstico por imagem e terapia: serviços de radiologia diagnóstica, como operações com equipamentos e sistemas de diagnóstico por imagem, como tomografia computadorizada, ressonância magnética, ultrassonografia, radiologia vascular e intervencionista, radiologia pediátrica, mamografia, densitometria óssea, neurorradiologia e medicina nuclear e radioterapia (operação de diferentes energias utilizando fontes terapêuticas de radiação ionizante), administrar serviços de radiologia diagnóstica, administrar sistemas PACS/RIS (Picture Archive and Communication System [Sistema de Arquivamento e Compartilhamento de Imagens]/Radiology Information System [Sistema de Informação de Radiologia]), realizar radiografia de rotina e contraste, atuar em sistemas de informação em saúde, prontuário eletrônico, telemedicina, apoio à decisão, processamento de sinais biológicos, internet da saúde, informação padronizada em saúde, processamento de imagens médicas, bioinformática, tomografia computadorizada, ressonância magnética, medicina nuclear, radioterapia e radiologia médica.</p><p>De acordo com a RDC Anvisa nº 38, de 4 de junho de 2008, e com as normas da Comissão de Energia Nuclear, na medicina nuclear, o biomédico pode executar como atividades: procedimentos de radiofarmácia, administrar doses de radiofármacos para diagnóstico e terapia sob a supervisão de médico nuclear, solicitação e controle de estoque dos reagentes liofilizados, radioisótopos e demais insumos para a radiofarmácia, preparação e controle de qualidade (BRASIL, 2008).</p><p>2 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA</p><p>A tomografia computadorizada é um método diagnóstico não invasivo, que combina o uso de raios X com computadores especialmente adaptados. É utilizado para criar imagens detalhadas dos mais variados tecidos do corpo humano.</p><p>Para que o exame de tomografia seja realizado de forma correta e eficaz, é necessário seguir alguns protocolos, a fim de garantir a segurança e a qualidade do procedimento, contando com a presença do biomédico nesse momento. O profissional observará o questionário e as autorizações desde o primeiro contato com o paciente até o final do exame, inclusive aplicando contraste, se necessário. Por isso, o biomédico habilitado em imagenologia deve estar apto para operar o equipamento de tomografia computadorizada, com grande conhecimento nas áreas relacionadas como Anatomia, Fisiologia Humana e também em Radiologia, campo que abrange a tomografia com atenção aos protocolos do exame (CRMB5, 2019).</p><p>O profissional pode se tornar importante na equipe, na medida em que estabelece metas e avalia as melhores</p><p>formas de realizar um exame de imagem, assim como disponibilizar à equipe a execução de medidas padronizadas, que facilitem o processo de trabalho. Poderá ter papel fundamental, ficando responsável por (CFBM, 2013):</p><p>· operar os equipamentos de tomografia computadorizada;</p><p>· definir os protocolos de tomografia computadorizada corretamente para cada tipo de</p><p>exame solicitado;</p><p>· administrar os meios de contraste;</p><p>· realizar a anamnese do paciente;</p><p>· realizar o pós-processamento de imagens;</p><p>· documentar os exames;</p><p>· gerenciar os sistemas de armazenamento de informação nos sistemas PACS, HIS (Hospital Information System) e RIS;</p><p>· atuar nas diversas atualizações tecnológicas em tomografia computadorizada;</p><p>· atuar no segmento de informática médica;</p><p>· atuar na área de pesquisa utilizando a tomografia computadorizada;</p><p>· trabalhar na função administrativa no departamento de diagnóstico por imagem;</p><p>· atuar na área de aplicação nas empresas vendedoras de equipamentos e insumos</p><p>voltados à tomografia computadorizada;</p><p>· oferecer programas de treinamento para equipes de saúde, como application.</p><p>3 RESSONÂNCIA MAGNÉTICA</p><p>A ressonância magnética usa campos magnéticos e ondas de rádio para adquirir imagens. É um método diagnóstico que avalia diferentes sistemas do tecido humano, tendo a capacidade de diferenciar tecidos e explorar aspectos anatômicos e funcionais e alcançar excelentes resultados sem emitir radiação.</p><p>Para que o exame de ressonância magnética seja realizado de forma correta e eficaz, é necessário seguir alguns protocolos para garantir a segurança e qualidade do procedimento, contando com a presença do biomédico nesse momento. O profissional observará o questionário e as autorizações desde o primeiro contato com o paciente</p><p>até o final do exame, inclusive aplicando contraste, se necessário. Por isso, o biomédico habilitado em imagenologia deve estar apto para operar o equipamento de ressonância magnética, com grande conhecimento nas áreas relacionadas como Anatomia, Fisiologia Humana e também em Radiologia, campo que abrange a ressonância com atenção aos protocolos do exame (CRMB5, 2019).</p><p>O profissional torna-se importante na equipe, considerando que ele pode estabelecer metas e avaliar as melhores formas de realizar um exame de imagem, assim como disponibilizar à equipe a execução de medidas padronizadas que facilitem o processo de trabalho, tendo papel fundamental e ficando responsável por (CFBM, 2013):</p><p>· operar equipamentos de ressonância magnética;</p><p>· definir os protocolos de ressonância magnética corretamente para cada tipo de</p><p>exame solicitado;</p><p>· atuar nas áreas de ressonância magnética funcional e espectroscopia por ressonância</p><p>magnética;</p><p>· administrar os meios de contraste;</p><p>· realizar anamnese do paciente;</p><p>· realizar o pós-processamento de imagens;</p><p>· documentar exames;</p><p>· gerenciar os sistemas de armazenamento de informação nos sistemas PACS, HIS e RIS;</p><p>· atuar nas diversas atualizações tecnológicas em ressonância magnética;</p><p>· atuar no segmento de informática médica;</p><p>· atuar na área de pesquisa utilizando a ressonância magnética;</p><p>· trabalhar na função administrativa no departamento de diagnóstico por imagem;</p><p>· manipular bobinas endocavitárias, desde que com supervisão médica;</p><p>· atuar no segmento de aplicação nas empresas vendedoras de equipamentos e</p><p>insumos voltados à ressonância magnética;</p><p>· oferecer programas de treinamento para equipes de saúde, como application.</p><p>4 MEDICINA NUCLEAR</p><p>A medicina nuclear é uma especialidade médica que utiliza pequenas quantidades de substâncias radioativas em combinação com medicamentos para obter imagens de organismos vivos, permitindo avaliações funcionais e realizando estudos fisiológicos para diagnosticar ou tratar doenças, sendo o paciente a fonte de radiação.</p><p>Para que o exame de medicina nuclear seja realizado de forma correta e eficaz, é necessário seguir alguns protocolos para garantir a segurança e qualidade do procedimento, contando com a presença do biomédico nesse momento. O profissional observará o questionário e as autorizações desde o primeiro contato com o paciente até o final do exame, inclusive aplicando radiofármaco, se necessário. Por isso, o biomédico habilitado em imagenologia deve estar apto para operar os equipamentos de medicina</p><p>nuclear, com grande conhecimento nas áreas relacionadas como Anatomia, Fisiologia Humana e também em Radiologia, campo que abrange a medicina nuclear com atenção aos protocolos do exame (CRMB5, 2019).</p><p>O profissional torna-se importante na equipe, considerando que pode estabelecer metas e avaliar as melhores formas de realizar um exame de imagem, assim como disponibilizar à equipe a execução de medidas padronizadas, que facilitem o processo de trabalho, tendo papel fundamental e ficando responsável por (CBMF, 2013):</p><p>· operar equipamentos de medicina nuclear, PET/CT (sigla do inglês positron emission tomography [tomografia por emissão de pósitrons]/tomografia computadorizada) e PET/RM;</p><p>· realizar estudos in vivo e in vitro e auxiliar o médico nos procedimentos terapêuticos;</p><p>· definir os protocolos de medicina nuclear corretamente para cada tipo de exame</p><p>solicitado;</p><p>· realizar os procedimentos da radiofarmácia;</p><p>· solicitar e controlar o estoque dos reagentes liofilizados, radioisótopos e demais</p><p>insumos para a radiofarmácia;</p><p>· preparar e controlar a qualidade do eluato dos geradores e radiofármacos marcados no setor;</p><p>· identificar, rotular e rastrear os radiofármacos e radioisótopos;</p><p>· preparar as doses individuais dos radiofármacos;</p><p>· realizar a administração dos radiofármacos, seguindo os protocolos estabelecidos</p><p>para cada exame e a orientação do médico nuclear;</p><p>· realizar anamnese do paciente;</p><p>· atuar no pós-processamento de imagens;</p><p>· documentar exames;</p><p>· gerenciar os sistemas de armazenamento de informação nos sistemas PACS, HIS e RIS;</p><p>· atuar nas diversas atualizações tecnológicas em tomografia computadorizada;</p><p>· atuar no segmento de informática médica;</p><p>· atuar na área de pesquisa, utilizando a tomografia computadorizada;</p><p>· trabalhar na função administrativa no departamento de diagnóstico por imagem;</p><p>· atuar como application nas empresas vendedoras de equipamentos e insumos</p><p>voltados à tomografia computadorizada.</p><p>5 RADIOTERAPIA</p><p>A radioterapia é uma modalidade de tratamento que utiliza radiação ionizante</p><p>para tratar tumores malignos e, ocasionalmente, benignos.</p><p>O biomédico, operador de equipamentos radioterápicos, é um profissional que tem como responsabilidade verificar o posicionamento anatômico do paciente e entregar da dose de radiação, na parte de dosimetria e na supervisão.</p><p>O profissional torna-se importante na equipe, considerando que ele pode estabelecer metas e avaliar as melhores formas de realizar um tratamento radioterápico, assim como proporcionar à equipe a execução de medidas padronizadas que facilitem o processo de trabalho, tendo como responsabilidades, na operação de equipamentos (CFBM, 2013):</p><p>· participar na fabricação de aparelhos geralmente utilizados para simular procedi- mentos e radioterapia, e participar dos procedimentos de simulação;</p><p>· atuar nos equipamentos de tomografia voltados para a simulação de tratamento;</p><p>· atuar nos equipamentos de radioterapia sob a supervisão de físicos médicos e radiologistas;</p><p>· auxiliar no planejamento da qualidade do serviço de radioterapia, realizar exames e</p><p>coletar dados, e no controle de qualidade diário e semanal;</p><p>· obter imagens antes do tratamento do paciente, analisar imagens com radiologistas e físicos médicos e continuar a administrar doses de tratamento com o seu consentimento;</p><p>· realizar processamento digital de imagens para verificar o posicionamento do pacien- te e fazer a fusão das imagens;</p><p>· seguir as recomendações de segurança e a proteção radiológica para trabalhadores e pacientes;</p><p>· atuar em pesquisa clínica e participar nos processos de melhoria da qualidade.</p><p>Na atuação, o supervisor técnico em radioterapia terá como função (CFBM, 2013):</p><p>· monitorar as etapas das simulações de radioterapia e todo processo de tratamento. Além</p><p>de gerenciar a equipe técnica, também é responsável pelo treinamento da equipe para garantir a uniformidade e qualidade da radioterapia;</p><p>· supervisionar:</p><p>· a fabricação e a simulação do imobilizador e o processo de radioterapia;</p><p>· analisar a aquisição de imagens e o posicionamento do paciente antes do tratamento na ausência de físicos médicos e radiologistas;</p><p>· os operadores na administração de doses de radioterapia;</p><p>· a atualização das agendas de pacientes no sistema de gestão;</p><p>· registrar equipamentos e não conformidades que ocorram durante o tratamento do paciente;</p><p>· participar de reuniões de revisão e discussões de casos clínicos;</p><p>· gerenciar os horários de férias do operador e horas de trabalho;</p><p>· ser responsável pela formulação e melhoria da qualidade dos programas de educação continuada;</p><p>· em empresas especializadas, poder atuar no treinamento de equipamentos e softwares radioterápicos, assim como vendedor de equipamentos e acessórios radioterápicos;</p><p>· poder atuar em pesquisa clínica e publicação e artigos científicos.</p><p>Um dosimetrista é um membro da equipe de radioterapia, que realiza tarefas de simulação, planejamento computadorizado e cálculos de dose de radiação, auxi- liando em todo o processo antes do próprio tratamento. Tem como responsabilidade (CFBM, 2013):</p><p>· auxiliar o operador de equipamentos na confecção de imobilizadores, em geral, utilizados no processo de simulação e tratamento radioterápico e participar dos procedimentos de simulação;</p><p>· monitorar e acompanhar os pacientes durante tomografia, ressonância magnética e PET/CT e avaliar a aquisição de imagens a serem utilizadas no planejamento da radioterapia;</p><p>· transferir as imagens para um sistema de planejamento computadorizado, fundir as imagens e definir os órgãos internos do paciente em cortes de tomografia e ressonância magnética;</p><p>· realizar o planejamento computadorizado do tratamento do paciente em um sistema de planejamento correspondente à entrada do campo de radiação, o cálculo da dose e a avaliação da dose recebida em órgãos normais sob supervisão de médicos físicos e radiologistas.</p><p>O dosimetrista também pode trabalhar em pesquisa clínica e produção científica.</p><p>(</p><p>DICAS</p><p>A</p><p>presença</p><p>de</p><p>novos</p><p>profissionais</p><p>na</p><p>área</p><p>da</p><p>saúde</p><p>é</p><p>de</p><p>extrema</p><p>importância na área do radiodiagnóstico e da radioterapia, e o biomédico</p><p>tem</p><p>papel</p><p>fundamental</p><p>nesse</p><p>setor.</p><p>O</p><p>artigo</p><p>Inserção</p><p>do</p><p>biomédico</p><p>na</p><p>Área</p><p>da Imagenologia em Hospitais e Clínicas no Rio Grande do Sul</p><p>mostra esse</p><p>campo</p><p>amplo</p><p>para</p><p>o</p><p>profissional,</p><p>acesse:</p><p>https://bit.ly/3NHGZQ9.</p><p>)</p><p>6 RADIOLOGIA GERAL</p><p>A radiologia é um método diagnóstico que utiliza radiação ionizante com finalidade de dar apoio ao diagnóstico médico.</p><p>Para que o exame de radiologia seja realizado de forma correta e eficaz, é necessário seguir alguns protocolos que garantem a segurança e a qualidade do procedimento, contando com a presença do biomédico nesse momento. Por isso, o biomédico habilitado em imagenologia deve estar apto para operar o equipamento de radiologia, com grande conhecimento nas áreas relacionadas como Anatomia, Fisiologia Humana e também em Radiologia (CRMB5, 2019).</p><p>O profissional torna-se importante na equipe, considerando que ele pode estabelecer metas e avaliar as melhores formas de realizar um exame de imagem, assim como disponibilizar à equipe a execução de medidas padronizadas que facilitem o processo de trabalho, tendo papel fundamental e ficando responsável por (CFBM, 2013):</p><p>· operar equipamentos de radiografias convencionais, computadorizadas e digitais;</p><p>· definir os protocolos de radiologia corretamente para cada tipo de exame solicitado;</p><p>· realizar anamnese do paciente;</p><p>· realizar o pós-processamento de imagens;</p><p>· documentar exames;</p><p>· gerenciar os sistemas de armazenamento de informação nos sistemas PACS, HIS e RIS;</p><p>· atuar nas diversas atualizações tecnológicas em radiografias convencionais, compu- tadorizadas e digitais;</p><p>· atuar no segmento de informática médica;</p><p>· atuar na área de pesquisa, utilizando a radiação ionizante;</p><p>· trabalhar na função administrativa no departamento de diagnóstico por imagem;</p><p>· atuar no segmento de aplicação nas empresas vendedoras de equipamentos e</p><p>insumos voltados a radiografias convencionais, computadorizadas e digitais.</p><p>(</p><p>RESUMO</p><p>DO</p><p>TÓPICO</p><p>2</p><p>)Neste tópico, você adquiriu certos aprendizados, como:</p><p>· O campo de atuação para o profissional biomédico é amplo e dentro desses campos</p><p>encontramos a imagenologia.</p><p>· O biomédico torna-se importante parte na equipe, podendo estabelecer metas e avaliar as melhores formas de realizar um exame de imagem, como disponibilizar à equipe a execução de medidas padronizadas que facilitem o processo de trabalho.</p><p>· O biomédico conta com várias atribuições no serviço de diagnóstico por imagem, sendo responsável desde a operação de equipamentos até a gestão do serviço de diagnóstico por imagem.</p><p>· Na medicina nuclear, de acordo com a RDC Anvisa nº 38, de 4 de junho de 2008, e as normas da Comissão de Energia Nuclear, o biomédico é apto a atuar em várias atividades do setor.</p><p>AUTOATIVIDADE</p><p>1 A tomografia computadorizada é um método diagnóstico não invasivo, que combina o uso de raios X com computadores especialmente adaptados. O biomédico que está habilitado na imagenologia pode ter várias atribuições dentro do setor de tomografia. De acordo com as atribuições, analise as afirmativas a seguir:</p><p>I- Gerenciar os sistemas de armazenamento de informação nos sistemas PACS, HIS e RIS.</p><p>II- Realizar o laudo de tomografia computadorizada.</p><p>III- Realizar o pós-processamento de imagens.</p><p>Assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) As afirmativas I e II estão corretas.</p><p>b) ( ) Somente a afirmativa I está correta.</p><p>c) ( ) As afirmativas I e III estão corretas.</p><p>d) ( ) Somente a afirmativa II está correta.</p><p>2 A medicina nuclear é uma especialidade médica cuja fonte de radiação é o paciente. O profissional biomédico habilitado em imagenologia está apto a operar os equipamentos de medicina nuclear, entre outras funções. Quanto a uma das atribuições do biomédico na medicina nuclear, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Laudar exames de SPECT (Single photon emission computed tomography, ou</p><p>tomografia computadorizada por emissão de fóton único).</p><p>b) ( ) Realizar estudos in vivo e in vitro e auxiliar o médico nos procedimentos terapêuticos.</p><p>c) ( ) Realizar laudos de PET-scan.</p><p>d) ( ) Manipular medicamentos.</p><p>3 A radiologia é um método diagnóstico que utiliza radiação ionizante com finalidade de dar apoio ao diagnóstico médico. O biomédico tem um papel importante no setor de radiologia, pois tem muitas atribuições dentro do setor de radiodiagnóstico. Além da parte operacional, quanto a como o biomédico pode atuar, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>a) ( ) Na liberação dos laudos.</p><p>b) ( ) Na realização de testes de levantamento radiométrico.</p><p>c) ( ) Trabalhar na função administrativa no departamento de diagnóstico por imagem.</p><p>d) ( ) Atuar na manipulação de medicamentos.</p><p>4 A ressonância magnética usa campos magnéticos e ondas de rádio para adquirir imagens. É um método diagnóstico que avalia diferentes sistemas do tecido humano, tem a capacidade de diferenciar tecidos e explorar aspectos anatômicos e funcionais, e alcança excelentes resultados sem emitir radiação. Quais as responsabilidades do profissional biomédico perante o paciente na realização do exame?</p><p>5 A radioterapia é uma modalidade terapêutica que utiliza radiações ionizantes no tratamento de tumores malignos e, ocasionalmente, benignos. Dentro do setor de radioterapia, são divididas as atribuições em três partes: operador de equipamento, supervisor e dosimetrista. O profissional dosimetrista tem qual responsabilidade dentro da radioterapia?</p><p>(</p><p>-</p><p>) (</p><p>UNIDADE</p><p>1</p><p>TÓPICO</p><p>3</p><p>)PROCEDIMENTOS DO BIOMÉDICO IMAGENOLOGISTA</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>Os equipamentos de diagnóstico por imagem estão em constante desenvolvi- mento tecnológico, o que permite avançar ainda mais no diagnóstico.</p><p>O biomédico habilitado na imagenologia</p><p>tem a capacidade para operar os equipamentos em serviços de diagnóstico por imagem, manipulando protocolos, atuando na gestão de pessoas gerenciando serviços e processos, e buscando trabalhar com excelência do serviço.</p><p>Neste tópico, abordaremos o gerenciamento básico dos protocolos e sua manipulação, os serviços de gestão em imagem, a responsabilidade com a ficha de anamnese e o auxílio no preparo das imagens para laudo entre outros.</p><p>2 OPERAÇÃO DE EQUIPAMENTOS EM SERVIÇOS DE DIAGNÓSTICO</p><p>Na operação de equipamentos, o biomédico tem como responsabilidade, dentro do setor, sempre verificar o bom funcionamento dos equipamentos que irá operar. Cada equipamento da radiologia tem a sua particularidade, porém, para o profissional, as atividades desenvolvidas serão as mesmas.</p><p>O biomédico tem o conhecimento do manuseio do equipamento e de seus cuidados, tendo cada um sua particularidade; do princípio da imagem que a ser gerada; da prevenção de possíveis intercorrências no sistema; de como reduzir danos na imagem e no paciente exposto; e da redução de artefatos em imagens. Para cada tipo de especialidade e exame, os operadores dos equipamentos terão protocolos específicos para aquisição e reconstrução de imagens.</p><p>Para que os profissionais que operam equipamentos tenham acesso aos planos de segurança, procedimentos e orientações, promoção e manutenção de rotina dos equipamentos, biossegurança, entre outros, é importante saber o momento em que terão que notificar. Os profissionais também podem atuar no treinamento especializado em riscos em serviços de diagnóstico por imagem.</p><p>O principal objetivo dos serviços de diagnóstico por imagem é a qualidade, ou seja, a segurança proporcionada pelo exame. Para isso, essa cultura conta com fatores e processos padronizados e tecnologias integradas que aumentam a credibilidade, reduzindo ou excluindo riscos para os pacientes.</p><p>3 MANIPULAÇÃO DE PROTOCOLOS DE DIAGNÓSTICO POR IMAGEM</p><p>Nos últimos anos, temos experimentado incríveis desenvolvimentos tecnológi- cos, muitos dos quais são notados pelo seu uso no campo da radiologia. Além do desen- volvimento de sistemas e redes dedicados à saúde, podemos citar o desenvolvimento de dispositivos com maior capacidade de detecção (CORREA, 2010).</p><p>Esses avanços permitem que os médicos se comuniquem e acessem</p><p>informações e exames do paciente a qualquer hora, em qualquer lugar (CORREA, 2010).</p><p>Paralelamente a esses avanços tecnológicos, há a necessidade de padroniza- ção dos protocolos de inspeção para aquisição de imagens. O que isso significa? Os equipamentos de imagem precisam ser “ajustados” de forma diferente para cada pato- logia a ser estudada, a fim de avaliá-la adequadamente, caso contrário, o exame pode não ser útil para o seu estudo. Isso se aplica a todos os tipos de exames de imagem.</p><p>3.1 PROTOCOLOS DE EXAMES DE RADIOGRAFIA CONVENCIONAL</p><p>Na radiologia, as imagens são formadas pela interação dos feixes de raios X que saem do tubo e atingem a área de interesse. O feixe percorre o corpo do paciente, interage com seus átomos e chega a uma placa contendo filme radiográfico, criando uma imagem médica. A imagem também pode ser digital; nesse caso, o filme desaparece e a imagem vai direto para o computador. O feixe de raios X causa ionização quando interage com os átomos do corpo do paciente, ou seja, tem energia suficiente para retirar os elétrons das camadas eletrônicas dos átomos. A radiologia abrange diferentes áreas como: radiografia, mamografia, densitometria óssea, fluoroscopia e tomografia computadorizada. Todos esses tipos de inspeções envolvem o uso de um tubo de raios X, mas cada um é feito de maneira diferente. Essas áreas avaliam a anatomia do paciente (CORREA, 2010).</p><p>É muito importante, para que uma imagem de raios X seja eficaz, que se escolha uma janela correta de kV e mAs, essa técnica varia em cada biotipo de paciente e de acordo com a patologia a ser estudada. Se esses parâmetros não forem ajustados corretamente, algumas patologias podem ser avaliadas de forma inadequada ou, até mesmo, não aparecer nas radiografias.</p><p>3.2 PROTOCOLOS DE EXAMES DE TOMOGRAFIA</p><p>COMPUTADORIZADA</p><p>Assim como a radiografia, a tomografia computadorizada utiliza tubos e de- tectores de raios X. A principal diferença é que o gantry no qual o detector e o tubo es- tão localizados, gira em torno do paciente, adquirindo múltiplas imagens de múltiplos ângulos possíveis, que são processadas computacionalmente, para gerar a imagem (na radiografia, o tubo e o detector de raios X são estáticos) (MOURÃO, 2015).</p><p>Além da importância de utilizar parâmetros de voltagem e mAs adequados para cada tipo de exame e paciente, é importante empregar protocolos específicos para cada doença em estudo. Por exemplo, uma tomografia computadorizada de todo o abdome pode ser feita de diferentes maneiras: se está sendo estudada dor abdominal inespecífica, apenas a fase venosa portal é obtida; se tumor hepático hipotético, realiza- se protocolo trifásico, fase sem contraste, arterial, venoso portal e equilíbrio; já na avaliação pós-operatória recente de vísceras ocas, usa-se contraste oral, obtenção de estágios sem contraste e portal; ou uma variedade de outras possibilidades. Para cada tipo de exame de tomografia, existe um protocolo específico que serão mais detalhados nos estudos futuros.</p><p>3.3 PROTOCOLOS DE EXAMES DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA</p><p>Atualmente, a ressonância magnética tem se mostrado um dos métodos diag- nósticos mais poderosos já desenvolvidos, permitindo a aquisição de imagens funcio- nais e anatômicas com alta precisão. Dada a amplitude de campos em que as resso- nâncias podem ser utilizadas, fica claro que protocolos específicos são necessários para cada patologia em estudo. Na ressonância magnética, as imagens são formadas por meio de um alto campo magnético, produzido por um dispositivo que orienta os átomos do corpo, geralmente o hidrogênio. Além do uso de campos magnéticos, pulsos de ra- diofrequência também são usados. A radiação envolvida nas inspeções não é ionizante. A característica dessa radiação é aumentar a energia interna dos átomos, pois a energia produzida não é suficiente para arrancar elétrons dos átomos (NASCIMENTO, 2018).</p><p>No entanto, o desenvolvimento de protocolos para cada patologia cria a necessidade de implementação de critérios diagnósticos, em que localização, faixa de energia, tempo de eco, uso de meios de contraste e outras variáveis dependem do tipo de exame e da patologia. Para cada tipo de exame de ressonância magnética, existe um protocolo específico.</p><p>O raciocínio aqui é o mesmo que para tomografias computadorizadas. Existem várias opções para cada exame: a ressonância magnética de abdome pode ser realizada em mais de 20 formas diferentes, dependendo da indicação clínica em estudo, e, como outros exames, se o protocolo não funcionar para a doença em estudo, provavelmente terá pouca ou nenhuma utilidade para o paciente (NASCIMENTO, 2018).</p><p>3.4 PROTOCOLOS DE EXAMES DE MEDICINA NUCLEAR</p><p>Na medicina nuclear, a captação ocorre de diferentes maneiras, dependendo do radiofármaco, da doença e da fisiologia do paciente. Como são utilizados diferentes radiofármacos, cada um atuando em órgãos específicos e com diferentes vias de eliminação, protocolos de aquisição específicos devem ser desenvolvidos. Na verdade, muitas vezes, o protocolo tem que ser adaptado à situação específica de cada paciente, ou ainda mais específico.</p><p>Ainda na categoria de medicina nuclear, os exames de PET/CT exigem não apenas protocolos adequados à doença, mas também calibração precisa dos equipamentos, para que as medidas de captura não introduzam valores falsos.</p><p>As avaliações dos exames pelos radiologistas são baseadas em sua formação acadêmica e experiência, entretanto, mesmo os radiologistas mais qualificados podem não conseguir diagnosticar e caracterizar determinadas doenças, quando os protocolos de exames utilizados são insuficientes para a investigação patológica.</p><p>A escolha de protocolos padronizados, direcionados para cada paciente, cuja</p><p>patologia está sendo investigada, é fundamental para que os exames realizados tenham uma maior utilidade, permitindo, assim, uma avaliação diagnóstica mais assertiva.</p><p>3.5 PROTOCOLOS DE EXAMES DE RADIOTERAPIA</p><p>A radioterapia é a única área em que a radiação está envolvida e sua finalidade é causar efeitos biológicos, mas apenas na área ao redor do tumor. Esse tratamento utiliza feixes de radiação ionizante de alta energia (fótons ou elétrons) que destroem as células tumorais. Dependendo da condição do paciente, esse tratamento pode ser neoadjuvante, adjuvante, curativo e paliativo.</p><p>Na terapia neoadjuvante, o objetivo é reduzir o volume tumoral, facilitar a cirurgia subsequente e reduzir sua agressividade. A terapia adjuvante, seja quimioterapia ou cirurgia, é administrada quando os tratamentos anteriores foram concluídos, com a radiação como forma de melhorar os resultados. Os curativos, por outro lado, são rádios considerados a principal modalidade de tratamento. Os agentes paliativos têm o efeito de melhorar a qualidade de vida dos pacientes, reduzindo sintomas como dor e sangramento (BRASIL, 2020).</p><p>Atualmente, entre as diversas modalidades de radioterapias usadas, as mais importantes são: a braquiterapia, cuja fonte de radiação, que, geralmente, é semelhante a “sementes”, é inserida no paciente no local do tumor; e a teleterapia, cuja fonte fica distante da área a ser tratada. Para cada tipo de tratamento, são utilizados um protocolo específico e imobilizadores diferentes, que serão mais bem descritos nos estudos futuros.</p><p>4 COORDENAÇÃO E GESTÃO DE SERVIÇOS DE DIAGNÓSTICOS</p><p>No setor de imagenologia, o biomédico pode atuar na gestão de imagem, sendo como competência a organização do trabalho em Biomedicina. Dentro do serviço, o profissional terá como responsabilidade identificar as necessidades de organização do setor de radiodiagnóstico e terapia, organizar o processo de trabalho, articula o serviço de assistência ao cuidado integral à saúde, acompanhar e avaliar a organização do trabalho.</p><p>O gestor terá as seguintes competências dentro do serviço de diagnóstico por imagem:</p><p>· verificar o agendamento dos procedimentos que serão realizados no seu período de trabalho e priorizar os casos em que necessitam de urgência, buscando tomar decisões imediatas, pensando no melhor ao cliente/paciente e os recursos disponíveis no serviço, promovendo a gestão e a parametrização de agenda, sempre que necessário, com o objetivo do melhor atendimento possível às solicitações de exames ou terapias, por meio da otimização do uso dos equipamentos dos setores de trabalho de diagnóstico por imagem;</p><p>· identificar obstáculos e oportunidades, no que se diz respeito à organização do trabalho na sua área de atuação, estimulando a participação da equipe de biomédicos na identificação de organização do trabalho, considerando as metas de produção da sua área, o contexto e características da unidade ou serviço, as prioridades identificadas, a missão e os valores da instituição (RIBEIRO, 2018);</p><p>· organizar os processos e os planos de contingência, em caso de manutenção corretiva de algum equipamento, segundo as prioridades estabelecidas e as diretrizes do serviço, evitando atrasos, desperdícios, retrabalho e riscos desnecessários. Identificar, prontamente, falhas no agendamento e apoiar a construção de alternativas de superação, respondendo com eficiência, eficácia e efetividade, assegurando o uso racional e a disponibilidade de equipamentos para a otimização do trabalho, dos recursos utilizados e das condições do ambiente, auxiliando os setores de engenharia e de informática, no sentido de buscar por alternativas de solução;</p><p>· elaborar escalas de colaboradores e o rodízio nos equipamentos, buscando alternativas com responsabilidade, diante de falhas e ausências, por meio do diálogo entre as necessidades dos profissionais e as do trabalho, favorecendo a participação</p><p>da equipe na tomada de decisão e observando, atentamente, o compromisso com os princípios ético-profissionais e da organização. Utilizar a criatividade, as melhores evidências e a tecnologia disponível para disseminar os valores da instituição, por meio de uma assistência de excelência em Biomedicina;</p><p>· buscar a construção de um trabalho corresponsável, em equipe multiprofissio- nal, promovendo a atenção integral à saúde das pessoas, articulando as intervenções de Biomedicina aos cuidados promovidos por outros profissionais de saúde, promo- vendo o controle e a melhoria da qualidade e da segurança na realização de exames e terapêutica da área de Biomedicina, utilizando as melhores evidências, práticas e protocolos para a realização de exames diagnósticos e/ou tratamentos, favorecendo a racionalização no uso de recursos e tecnologias, o controle de eventos adversos e a redução de riscos e danos (RIBEIRO, 2018);</p><p>· acompanhar e monitorar a produtividade e a qualidade da assistência dos profissionais de imagem, usando diferentes fontes de informação, produzindo indicadores orientados à análise de eficiência e efetividade realizadas;</p><p>· acompanhar os processos de auditorias externas dos serviços de biomedicina, para verificar como está o serviço de qualidade ou ajustar o processo de trabalho, as metas e o orçamento, buscando a capacidade de ouvir e flexibilidade para lidar com a diversidade de opiniões e valores, identificando a natureza dos conflitos e buscando resoluções que estimulem e valorizem o envolvimento, o crescimento e as contribuições dos membros da equipe e de outros profissionais, discutindo a contribuição de cada um na construção e no fortalecimento do trabalho coletivo (RIBEIRO, 2018);</p><p>· avaliar e estimular os colaboradores na autoavaliação pessoal, considerando as contribuições, dificuldades e desafios encontrados para o desenvolvimento de uma prática de excelência.</p><p>5 ANAMNESE, PREPARO DO PACIENTE E REALIZAÇÃO DE PROTOCOLO</p><p>O questionário de anamnese é um processo muito importante para o profissio- nal biomédico no setor de diagnóstico por imagem, pois tem como objetivo descobrir se o paciente é alérgico ou se tem alguma probabilidade para ter uma reação alérgi- ca, quando se faz necessária a administração do contraste e, nesses casos, a equipe médica já deve estar previamente preparada para uma possível reação adversa. Outra questão importante é saber se o paciente possui alguma patologia que possa ser uma contraindicação ao uso do meio de contraste, como a insuficiência renal, diabetes, entre outras, que podem contribuir para um possível efeito adverso. Por isso, o questionário de anamnese é de extrema importância, tornando-se necessário o preenchimento cor- reto e preciso das informações coletadas, para evitar equívocos que possam ocasionar um dano irreversível ao paciente.</p><p>Segundo o Manual de Atendimento Clínico em Semiologia (FERREIRA et al., 2008, p. 10), “[...] a anamnese ou história clínica constitui a base para o diagnóstico e tratamento do paciente”. O questionário de anamnese tem que ser feito antes de qualquer exame de imagem. Além de reunir todos os dados necessários para diagnosticar se o paciente possui alguma patologia ou algum histórico de alergia que possa ser uma contraindicação para realizar o exame de tomografia computadorizada, a ficha de anamnese deve conter desde dados básicos do paciente, como nome, idade, data de nascimento e peso, como também perguntas específicas, a fim de constatar alguma possível contraindicação e qual o sintoma do paciente que levou à solicitação do exame (REGINALDO, 2017).</p><p>O questionário pode ser aplicado sob a forma de entrevista por um profissional da saúde, a partir de três modos: as perguntas fechadas, abertas e focadas. As questões fechadas são mais limitadas, nas quais o paciente responde sim ou não, ou um número, que indica quantidade. Já nas questões abertas, o paciente tem a liberdade de responder do modo que achar melhor. As questões focadas são semelhantes às abertas, mas direcionadas a um determinado assunto. A entrevista com o paciente pode ser dividida em etapas, de maneira que facilite</p>

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