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<p>Universidade Ceuma</p><p>Curso de Odontologia</p><p>Disciplina de Anestesiologia e Cirurgia Bucal</p><p>Semestre 2021.2</p><p>MANUAL PARA</p><p>PRÁTICA DE</p><p>ANESTESIOLOGIA E</p><p>CIRURGIA BUCAL</p><p>-Suturas-</p><p>São Luís,</p><p>2021</p><p>Imagem extraída de facasdechef.como</p><p>Imagem extraída de</p><p>Prado e Salim, 2018</p><p>Imagem extraída de</p><p>santaapolonia.com.br</p><p>MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA SUTURA</p><p>1. Porta-agulha com empunhadura correta: dedos anelar e polegar. O dedo indicador</p><p>orientará o movimento.</p><p>2. Pinça de dissecção</p><p>3. Fio de sutura agulhado</p><p>Imagens extraídas de Hupp et al., 2015</p><p>Imagem extraída de Hupp et al., 2015</p><p>Imagem extraída de</p><p>Hupp et al., 2018</p><p>TÉCNICA BÁSICA DE SUTURA</p><p>1. A agulha deverá ser apreendida pelo porta-agulha na metade ou a três quartos de</p><p>distância da ponta.</p><p>2. A agulha deverá penetrar perpendicularmente ao tecido a ser suturado. Via de</p><p>regra, realiza-se a sutura dos tecidos móveis em direção aos relativamente fixos.</p><p>3. Durante a introdução da agulha, realizar movimentos circulares que acompanhem</p><p>a sua curvatura, realizando movimento de rotação do pulso do cirurgião, evitando</p><p>movimentos lineares que podem dilacerar as bordas do tecido.</p><p>Imagem extraída de Hupp et al., 2015</p><p>Imagem extraída de Prado e Salim, 2018</p><p>Imagem extraída de Prado e Salim, 2018</p><p>Imagem extraída de Prado e Salim, 2018</p><p>4. A agulha deverá ser passada nos tecidos com auxílio de pinças de dissecção,</p><p>transfixando suas bordas em uma etapa ou duas, de acordo com a proximidade</p><p>entre elas. A ponta ativa da agulha não deve ser tocada pelos instrumentos.</p><p>5. A sutura deverá aproximar as bordas da ferida, sem causar tensão ou distorção.</p><p>Qualquer tensão excessiva comprometerá a vascularização do tecido a ser</p><p>suturado.</p><p>Imagem extraída de Hupp et al., 2015</p><p>6. O nó cirúrgico poderá ser realizado manualmente ou com auxílio de porta-agulhas</p><p>(comumente utilizados nas cirurgias bucais). O nó cirúrgico deverá ser sempre</p><p>posicionado lateralmente ao traço da incisão e nunca sobre este.</p><p>Imagem extraída de</p><p>Prado e Salim, 2018</p><p>Imagem extraída de Prado e Salim, 2018</p><p>TIPOS DE SUTURA</p><p>1. Sutura isolada simples: é uma das mais utilizadas, formando o fio uma única</p><p>alça dentro do tecido, com um orifício de entrada e outro de saída. O fio agulhado</p><p>perfura de fora para dentro o tecido com uma distância de 3 mm da margem da</p><p>ferida e sai na borda oposta (também a 3mm da margem) de dentro para fora. O</p><p>nó é feito em seguida sendo deslocado para uma das laterais (de preferência, para</p><p>a vestibular).</p><p>2. Sutura isolada em X ou 8: tem formato de X ou 8, sendo utilizada para aumentar</p><p>a superfície de apoio da sutura. Pode ser interno ou externo.</p><p>Quando externo: O fio agulhado perfura de fora para dentro o tecido com uma</p><p>distância de 3 mm da margem da ferida e sai na borda oposta do mesmo lado (se</p><p>você iniciou em mesiovestibular, continuará na mesiovestibular), também a 3mm</p><p>da margem, de dentro para fora. Em seguida, você vai iniciar uma nova</p><p>perfuração no mesmo lado que começou a primeira, mas entrando paralelamente</p><p>(se iniciou pela mesiovestibular, agora você vai perfurar a distovestibular), de</p><p>fora para dentro, e seguir para a margem oposta, do mesmo lado, com saída de</p><p>dentro para fora. Ao final, fará o nó deslocando-o para a vestibular.</p><p>Imagem extraída de</p><p>Prado e Salim, 2018</p><p>Imagem extraída de</p><p>Prado e Salim, 2018</p><p>Quando interno: O fio agulhado perfura de fora para dentro o tecido com uma</p><p>distância de 3 mm da margem da ferida e sai na borda oposta do lado oposto (se</p><p>você iniciou em mesiovestibular seguirá para a distovestinular, cruzando a</p><p>diagonal), também a 3mm da margem, de dentro para fora. Em seguida, você vai</p><p>iniciar uma nova perfuração no mesmo lado que começou a primeira, mas</p><p>entrando paralelamente (se iniciou pela mesiovestibular, agora você vai perfurar</p><p>a distovestibular), de fora para dentro, e seguir para a margem oposta do lado</p><p>oposto (diagonal), com saída de dentro para fora. Ao final, fará o nó deslocando-</p><p>o para a vestibular.</p><p>3. Sutura isolada em U horizontal (Wolff): é um ponto semelhante ao anterior,</p><p>ficando a alça do fio em posição horizontal. O ponto inicia de fora para dentro e</p><p>sai na borda oposta, do mesmo lado, de dentro para fora. Em seguida, mantendo-</p><p>se do mesmo lado que está, penetre novamente de fora para dentro em uma</p><p>perfuração lateral à anterior. Siga, então, para o lado oposto penetrando de dentro</p><p>para fora e subindo o fio. O nó é feito em seguida.</p><p>4. Sutura isolada em U vertical (Donatti): é a associação de dois pontos simples,</p><p>sendo cada lado perfurado duas vezes, ficando a alça do fio em posição vertical.</p><p>Inicia de fora para dentro em 4 mm da margem da ferida e sai de dentro para fora</p><p>na borda oposta também a 4 mm da margem da ferida. Em seguida, penetra a</p><p>agulha novamente na mesma borda em que essa se encontra (de fora para dentro)</p><p>com a distância de 2 mm da margem da ferida, ultrapassando a fenda da ferida e</p><p>saindo de dentro para fora a distância de 2 mm da margem na borda oposta. O nó</p><p>é feito em seguida.</p><p>Imagem extraída de Prado e Salim, 2018</p><p>5. Sutura contínua simples: inicia-se a sutura com um primeiro ponto simples. Em</p><p>seguida, apenas a ponta menor do fio (que não contém a agulha) deve ser cortada.</p><p>O fio agulhado (ponta não cortada) continua a perfurar o tecido de fora para</p><p>dentro (na primeira borda) e de dentro para fora (na segunda borda),</p><p>continuamente, formando um chuleio em torno da incisão.</p><p>6. Sutura contínua do tipo festonado: consiste na realização de um chuleio</p><p>simples, sendo que, o fio depois de passado, é ancorado sucessivamente na alça</p><p>anterior. Da mesma forma que a sutura contínua simples, inicia-se com um ponto</p><p>simples com a ponta menor cortada e mantendo-se a ponta com o fio agulhado.</p><p>Em seguida, as bordas do tecido são perfuradas e o fio é ancorado por dentro da</p><p>alça anterior. Ao final, o nó é feito com a “orelha” restante do fio e a ponta</p><p>agulhada do fio, assim como é feito com a contínua simples.</p><p>Referências:</p><p>PRADO, Roberto; SALIM, Martha. Cirurgia bucomaxilofacial: diagnóstico e tratamento. 2. ed. Rio</p><p>de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018.</p><p>HUPP, James R; ELLIS III, Edward; TUCKER, Myron R. Cirurgia oral e maxilofacial contemporânea.</p><p>6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.</p><p>Imagens extraídas de</p><p>Prado e Salim, 2018</p>

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