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Diérese, Hemostasia e Síntese

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Diérésé, Hémostasia é Sintésé 
Diérésé: 
Définiçao: 
Consiste em atitudes cirúrgicas que visam à 
abertura, ao corte, à divulsão e à exposição dos 
tecidos de estruturas e órgãos que serão 
operados. É toda manobra destina a criar 
descontinuidade de tecidos. 
Tipos: 
❑ Incisão: feita com instrumentos de corte, 
secciona os tecidos moles por meio de uma 
lâmina produzindo ferimento inciso. 
❑ Secção: ato de cortar. 
❑ Divulsão: separação dos tecidos. 
❑ Punção: realizado por meio de um 
instrumento perfurante, com várias 
finalidades. 
❑ Dilatação: aumentar o diâmetro de canais e 
orifícios naturais, ou de trajetos fistulosos. 
❑ Serração. 
Instruméntos é séu Manéjo: 
❑ Bisturi: para movimentos amplos, como 
abertura da parede abdominal, o bisturi é 
pego entre as falanges terminais do polegar e 
dos dois dedos subjacentes, como arco de 
violino, sendo o braço movimentado em 
bloco do ombro para baixo. Para cortes mais 
delicados, o bisturi pode ser pego como um 
lápis (ou caneta). Neste caso, os movimentos 
se limitam às articulações 
metacarpofalangeanas. 
❑ Tesouras: devem ser manuseadas colocando-
se a extremidade do polegar e do anular, 
apoiando-se o indicador nas lâminas. O 
cirurgião corta de dentro para fora, nunca às 
cegas. Todas as estruturas a serem 
seccionadas devem ser claramente 
visualizadas e individualizadas antes da 
secção. 
❑ Eletrocautério: o corte ocorre pela 
vaporização do tecido resultante da absorção 
de corrente elétrica de alta frequência. 
- Monopolar: a corrente sai do gerador por 
um fio e entra no campo cirúrgico por um 
eletrodo ativo na ponta do instrumento. O 
eletrodo de retorno é uma placa posicionada 
em área fora do campo operatório, por onde a 
corrente, após atravessar o corpo do paciente, 
retorna ao gerador completando, assim, o 
circuito. 
- Bipolar: cauterização é feita com 
instrumento semelhante a uma pinça 
recoberta de material isolante. Como uma 
lâmina da pinça é o eletrodo ativo e a outra é 
a terra, a corrente só atravessa a distância 
entre as duas, limitando a lesão tecidual. 
❑ Laser: é uma energia luminosa com três 
importantes propriedades - monocromático 
(um único comprimento de onda), coerente 
(todos os raios estão em fase) e em foco. 
❑ Laser de CO2: é o mais usado em cirurgia 
geral. A luz emitida é infravermelha e 
invisível. Usado para secção de condilomas 
(verrugas anais). 
❑ Serras/Ruginas. 
❑ Trocarte, Agulha de Veres: punção. 
❑ Vela de Hegar: dilatação. 
Hémostasia: 
Définiçao: 
Toda manobra destinada a evitar ou a estancar a 
hemorragia. Esta operação, de suma 
importância, visa evitar que a perda sanguínea 
comprometa a volemia do operado. 
Tipos: 
A hemostasia temporária é executada no campo 
operatório ou a distância do mesmo e pode ser 
incruenta (geralmente à distância do campo 
operatório) ou cruenta (geralmente no campo 
operatório). Os tipos de hemostasia temporária 
são: 
❑ Pinçamento: método cruento realizado com 
auxílio de pinças atraumáticas. 
❑ Garroteamento: utilizado em cirurgia dos 
membros por intermédio de faixas de 
borracha, manguitos pneumáticos, ou ainda 
de forma cruenta, no campo cirúrgico, por 
meio de oclusão do vaso com fios ou 
cadarços. 
❑ Compressão: pode ser no campo operatório 
ou incruenta, quando a compressão se faz 
sem prévia diérese ou distante do campo 
operatório. 
❑ Parada circulatória com hiportermia: 
intervenção sobre fístulas arterio-venosas de 
difícil acesso. Trata-se de método sofisticado 
de hemostasia temporária, com aplicação 
limitada. 
❑ Ação farmacológica: hipotensão controlada 
ou correção de distúrbios do mecanismo de 
coagulação. 
❑ Oclusão endovascular: sondas com balão 
que, ao serem insuflados, interrompem de 
forma regrada a circulação. 
A hemostasia definitiva é quase sempre cruenta 
e interrompe para sempre a circulação do vaso 
sobre o qual é aplicada. Seus tipos são: 
❑ Ligadura: oclusão do vaso por meio de um 
nó com fio cirúrgico. 
❑ Cauterização: estancar o sangramento com 
aplicação de agentes físicos na extremidade 
do vaso com calor (termocautério), 
eletricidade (bisturi elétrico) ou substâncias 
químicas (nitrato de prata). 
❑ Fotocoagulação: emprego da luz emitida por 
aparelhos a laser. 
❑ Sutura: por meio de suturas em massa 
envolvendo vasos (suturas gastrintestinais, 
grandes vasos). 
❑ Grampeamento: através de grampos 
metálicos – aço inoxidável ou titânico. 
Bastante utilizados em cirurgias 
videoscópicas. Menos lesão tecidual e 
rapidez no procedimento. 
❑ Obturação: aplicação de determinadas 
substâncias destinadas a ocluir vasos em 
superfícies que não comportem ligadura (cera 
de abelha para hemostasia de ossos). 
Instruméntos é séu Manéjo: 
i. Manter as pinças hemostáticas em uso 
limpas e em local adequado. 
ii. Pedir os fios adequados de acordo com a 
decisão do cirurgião. 
iii. Fornecer e vigiar o retorno das compressas 
do campo cirúrgico. 
iv. Insistir na troca dos campos e de compressas 
protetoras se estiverem embebidas de sangue. 
Sintésé: 
Définiçao: 
Visa reconstruir, recompor e restituir a 
integridade das estruturas, órgãos, e tecidos que 
foram explorados. Mantém as bordas dos 
tecidos aproximadas durante a cicatrização. 
Tipos: 
Pode ser manual ou mecânica. A sutura manual 
não deve ser empregada tensão maior a 
suficiente para manter o contato das bordas; fios 
de menor diâmetro possível; sempre que 
possível aproximar tecido subcutâneo. 
É importante lembrar que a técnica utilizada 
influencia diretamente o resultado final da 
cicatrização. 
“O resultado final da cicatrização de um 
ferimento ou de uma ferida cirúrgica está 
diretamente relacionado a fatores individuais do 
paciente e à técnica operatória empregada, ao 
TIPO DE SUTURA realizada e ao material 
empregado”. 
Pontos Intérrompidos/Séparados: 
Mais seguros, causam menos isquemia e reação 
tissular; mais demorado. Apresenta as 
vantagens: 
a) O afrouxamento de um nó, ou a queda do 
mesmo, NÃO interfere no restante da sutura. 
b) Há menor quantidade de corpo estranho no 
interior do ferimento cirúrgico. 
c) Os pontos são menos isquemiantes do que na 
sutura contínua 
Também, por não serem tão impermeáveis 
quanto as suturas contínuas, podem permitir a 
drenagem de pequena quantidade de secreção 
eventualmente acumulada o que pode ser 
vantajoso, por exemplo em uma sutura de pele. 
Contudo, em algumas situações, quanto mais 
impermeável é a sutura, melhor, como aquelas 
realizadas em vísceras ocas. Apresenta como 
desvantagem relativa ser mais trabalhosa e 
demorada. 
Pontos Simplés: 
A 0,5 cm da borda, distantes 1,0 cm entre eles. 
Proporcionam boa coaptação das bordas da 
ferida, tanto superficial quanto profundamente. 
Quando o nó se localiza acima ou externamente 
em relação às estruturas é denominado comum; 
nas suturas na pele, apenas o ponto comum é 
utilizado (o inverso não encontra aplicação haja 
vista a impossibilidade para sua retirada.) 
Comumente o ponto simples cutâneo abrange 
toda a espessura da pele, acompanhado ou não 
por uma fina camada superficial de tecido 
subcutâneo, visando propiciar perfeita 
coaptação das bordas, quando erroneamente 
executado, acarreta desníveis entre as bordas. 
Duas variantes dos pontos simples podem ser 
utilizadas: o ponto simples epidérmico comum 
(abrangendo a epiderme e uma pequena parte da 
derme), e o ponto simples dérmico comum ou 
invertido (abrangendo a derme e a camada 
superficial subcutânea). 
• Ponto simples epidérmico: excelente opção 
para bom resultado estético, quando o que se 
deseja e uma simples aproximação das bordas, 
sem a aplicação de tensão. 
• Ponto simples dérmico: também excelente 
opção para bom resultado estético, nas mesmas 
condições anteriormente descritas, e, 
possivelmente, oferecendo um resultado ainda 
melhor. Geralmente, é empregado o ponto 
invertido para que os nós não sejam sentidos.Pode ser complementado pela aposição de 
pontos epidérmicos ou, simplesmente, pela 
aposição de fitas adesivas. 
Ponto Simplés çom No Invértido: 
Quando ele se situa (é ocultado) no interior do 
tecido, recebe o nome de ponto invertido ou 
ponto de Halsted. O ponto invertido pode ser de 
grande importância, por exemplo, na sutura 
dérmica para evitar que se formem pequenas 
rugosidades (nós) que podem ser eventualmente 
sentidas pelos pacientes. 
Ponto Em “U” Horizontal (Wolff): 
Semelhante ao vertical, diferindo apenas na 
posição horizontal da alça; utilizado na pele, 
quando existe alguma tensão que impeça a 
perfeita coaptação das bordas. Em geral não 
propicia bom resultado estético. Também pode 
ser utilizado em estruturas mais frágeis, como 
tecido muscular, apenas para aproximação 
tecidual, sem qualquer tensão. 
Ponto ém “U” Vértiçal (Donati): 
Usado na pele, consistindo em 2 transfixações: 
uma perfurante, incluindo a pele e a camada 
superior do tecido subcutâneo, entre 7 e 10 mm 
da borda, e a outra transepidérmica, acerca de 2 
mm da borda. Muito utilizado em suturas sob 
pequena tensão, ou quando os lábios da ferida 
tendem a se invaginar, promovendo excelente 
coaptação das bordas, mas com resultado 
estético inferior. Também promove boa 
hemostasia, sendo de particular interesse quando 
existe sangramento difuso subdérmico e 
dérmico. Comumente designado como ponto 
longe-longe, perto-perto; a passada mais 
profunda (longe-longe) pode ser realizada 
primeiramente, ou vice-versa. 
Ponto ém “X” (Sultan): 
Podem ser executados com os nós para dentro 
ou para fora, ficando sempre, porém, duas alças 
cruzadas, no interior ou fora do tecido. Em 
algumas situações, utilizados como pontos de 
transfixação para hemostasia, com ligadura em 
massa. Esse tipo de sutura é apropriado para: 
• Regiões que apresentem resistência ou 
recebam maior tensão; músculos, aponeurose, 
couro cabeludo. 
• Pequenas perfurações como nos pontos de 
extração dentária; 
• Auxiliar uma hemostasia (prevenção e 
interrupção de sangramento); 
• Aproximar tecidos. 
Ponto Héliçoidal Duplo (Sméad-
Jonés): 
Consiste em dois pontos simples em sequência, 
apoiando- se o fio em dois locais, na mesma 
borda, formando um desenho de uma hélice. 
Como se realiza dupla passada em ambas as 
bordas, é chamado de helicoidal duplo. É 
comumente empregado em tecidos friáveis, com 
tendência a esgarçamento ou fragmentação. 
Pontos Continuos: 
Deve-se considerar o nó inicial, a sutura 
propriamente dita e o nó terminal. A 
desvantagem da sutura contínua é apresentar 
mais dificuldade para controlar a tensão dos nós 
e ter mais chances de rompimento. Além disso, 
ela não é indicada para algumas partes do 
organismo porque pode inverter ou everter as 
bordas. 
Chuléio Simplés: 
Consiste no tipo de sutura de mais fácil e rápida 
execução, sendo aplicada em qualquer tecido 
com bordas não muito espessas e pouco 
separadas. Quando utilizada na pele, pode ser 
perfurante total ou somente transdérmica. 
Realizada pela aposição de uma sequência de 
pontos simples com a direção obliqua da alça 
interna em relação a ferida. À medida que vai 
aplicando a sutura em uma ferida deve-se ter 
cuidado adicional no que se refere a correta 
aposição do fio cirúrgico sobre o tecido. Esse fio 
deve ser guiado, segurando-se cuidadosamente a 
sua alça com os dedos ou com uma pinça elástica 
fechada (essa pode ser a função do primeiro 
auxiliar), enquanto a agulha vai sendo puxada 
para fora e sendo preparada para nova passada. 
Chuléio Ançorado (Révérdin): 
Consiste na realização de um Chuleio simples, 
em que o fio, depois de passado, é ancorado, 
sucessivamente, na alça anterior (tipo festonado) 
ou a cada quatro ou cinco pontos. Raramente 
empregado na atualidade. 
Barra Gréga: 
Na pele, pode ser utilizada como sutura 
intradérmica ou transdérmica, sendo 
que esta última possibilidade não 
determina bom efeito estético. Em 
face da potencial dificuldade em sua 
retirada, pelo possível 
aprofundamento dos fios na pele, 
podem ser deixadas algumas “alças 
para extração”, minimizando esse 
problema. Ainda que, quando bem 
realizada, usualmente determine boa 
coaptação das bordas da pele, na eventualidade 
de isso não ocorrer, podem ser acrescentados 
alguns pontos simples epidérmicos. 
Intradérmiço: 
Consiste numa sequência de pontos simples 
longitudinais alternados, por dentro das bordas 
da pele, resultando em excelente coaptação das 
bordas, o que lhe confere excelente resultado 
estético. Ela deve ser usada quando: 
• Não houver tensão nas margens da ferida; 
• Não houver contaminação, pois a ferida tem 
que estar hermeticamente selada; 
• As bordas do ferimento forem lineares. 
É um tipo de sutura que tem um ótimo resultado 
estético. Nessa técnica a agulha passa 
horizontalmente através da derme superficial, 
paralelo à superfície da pele, aproximando as 
bordas. Por isso não deixa impressões de sutura 
no tecido externo. 
Bordas: 
❑ Bordas apostas: as bordas são suturadas, 
mantendo contato no mesmo plano; 
❑ Bordas evertidas: as bordas são suturadas de 
modo a promover um maior contato entre 
elas, formando-se um eversão; 
❑ Bordas invertidas: a borda das feridas volta-
se para o interior, causando uma invaginação. 
O aspecto ideal consiste em bordas apostas 
levemente evertidas; 
❑ Bordas sobrepostas: após a sutura, uma 
borda encontra-se fixa sobre a outra borda. O 
aspecto ideal consiste em bordas levemente 
evertidas. 
Rotinas dé Suturas: 
A função do nó de sutura é evitar que o fio 
afrouxe ou solte, prejudicando a aproximação 
das bordas. 
As rotinas de suturas são influenciadas pela área 
de especialização do médico, formação 
acadêmica recebida, experiência adquirida com 
os fios, habilidade adquirida com o uso 
frequente dos mesmos fios, condições 
individuais do paciente, qualidade do fio 
empregado. 
Pele 
❑ Pontos separados: fio monofilamentar (nylon 
ou polipropileno), sem inversão das bordas, sem 
tensão. 
❑ Adesivo tópico 
❑ Sutura intradérmica: fios absorvíveis mono ou 
multifilamentares (poliglecaprone ou 
poliglactina) ou inabsorvíveis monofilamentares 
(polipropileno ou nylon), em pontos separados 
ou contínuos. 
❑ Grampos 
Aponeurose: fio absorvível com força tênsil 
adequada (polidioxanona) ou inabsorvíveis 
(polipropileno, nylon, poliéster) em pontos 
separados ou contínuos. 
Anastomoses vasculares: fios monofilamentares 
inabsorvíveis (polipropileno ou nylon) e pontos 
contínuos ou separados. 
Músculo 
Anastomoses gastrointestinais: fios absorvíveis, 
mono ou multifilamentar (poliglactina, 
poliglecaprone, catgut simples ou cromado) em 
um ou dois planos; segundo plano com fios 
inabsorvíveis monofilamentares, pontos 
separados ou contínuos. 
Músculo cardíaco: fio inabsorvível 
multifilamentar (poliéster), pontos separados. 
Référénçias Bibliografiças: 
1. GOFFI, F.S. Técnica cirúrgica – bases 
anatômicas, fisiopatológicas e técnicas da 
cirurgia. 4a edição. 
2. KIRK, R.M. Bases técnicas da cirurgia. 6ª 
edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011. 
3. CIRINO, L.M.I. Manual de técnica cirúrgica 
para a graduação. 1ª edição. São Paulo: 
Sarvier, 2006 
4. Resumos da Med

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