Prévia do material em texto
<p>FACULDADE DO FUTURO</p><p>Recredenciada pela Portaria nº. 1.266, de</p><p>18/10/2012, publicada no D.O.U. de 19/10/2012.</p><p>Instituição de ensino superior</p><p>Faculdade do futuro</p><p>Graduação em psicologia</p><p>ATIVIDADE AVALIATIVA 1ª ETAPA</p><p>RESENHA CRÍTICA DO FILME DOCUMENTÁRIO</p><p>“QUANDO SINTO QUE JÁ SEI”</p><p>Este tratado busca levantar uma crítica</p><p>sobre o documentário “Quando sinto</p><p>que já sei.” Prof. Juliana.</p><p>Esther Fonseca de Sousa</p><p>Manhuaçu</p><p>2021</p><p>FACULDADE DO FUTURO</p><p>Recredenciada pela Portaria nº. 1.266, de</p><p>18/10/2012, publicada no D.O.U. de 19/10/2012.</p><p>O documentário filme “Quando sinto que já sei”, resultado de um projeto de mais de</p><p>três anos dos diretores Antonio Lovato, Raul Perez e Anderson Lima, como o próprio nome</p><p>sugere, traz a reflexão de simplesmente saber e não precisar provar isso a ninguém - sem testes,</p><p>provas e avaliações formais. Para demostrar a possibilidade de flexibilidade do sistema</p><p>educacional, o filme apresenta algumas escolas que adotaram um modelo de ensino</p><p>diferenciado da escola tradicional, constituindo-se como um ambiente alegre, de aprendizagem</p><p>prazerosa e que tem a opinião das crianças como fundamentamentais para as modificações da</p><p>estrutura educacional.</p><p>A equipe visitou projetos em oito cidades brasileiras, narrando a história de diversos</p><p>personagens – entre educadores, estudantes, pais e gestores – que fazem parte dos projetos:</p><p>Âncora (Cotia-SP), Escola Municipal André Urani (Rio de Janeiro- RJ), Ginásio Experimental</p><p>de Novas Tecnologias Educacionais (Rocinha- RJ), Emef Campos Salles (São Paulo- SP),</p><p>Centro Popular de Cultura e Desenvolvimento (Curvelo-MG), Escola Municipal Sebastiana</p><p>Luiza (Ubatuba-SP), Instituto Internacional de Neurociência (Natal- RN) e Escola Livre Inkiri</p><p>(Piracanga-BA). Todos estes programas consideram o planeta como sala de aula, criando</p><p>espaços livres de aprendizagem que integram o contexto brasileiro ao sistema de educação e</p><p>buscam entender a criança como qualquer outro ser humano com particularidades em sua forma</p><p>de pensar.</p><p>“Se pudéssemos transportar um cirurgião do século 19 para um hospital de hoje, ele</p><p>não teria ideia do que fazer. O mesmo vale para um operador da bolsa ou até para um</p><p>piloto de avião do século passado. Não saberiam que botão apertar. Mas se o indivíduo</p><p>transportado fosse um professor, encontraria na sala de aula deste século a mesma</p><p>lousa, os mesmos alunos enfileirados. Saberia exatamente o que fazer. A escola parece</p><p>impermeável às décadas de revolução científica e tecnológica que provocaram</p><p>grandes mudanças em nosso dia a dia. Ficou parada no tempo, preparando os alunos</p><p>para um mundo que não existe mais.” (Viviane Senna, 2015)</p><p>A Constituição Federal de 1988, com a Emenda Constitucional n.º 14, de 1996 e a Lei</p><p>de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), instituída pela lei nº 9394, de 1996, são as</p><p>leis maiores que regulamentam o atual sistema educacional brasileiro. Portanto, a forma de</p><p>como se organiza a educação regular no Brasil, segue o modelo do século XIX e XX, com o</p><p>objetivo de atender alunos que vivem no século XXI.</p><p>A sala de aula do século passado, era formada por um professor detentor do</p><p>conhecimento, alunos vistos como arquivos em que conteúdos devem ser "depositados",</p><p>carteiras enfileiradas, aulas teóricas em uma lousa e aplicação de avalições para que o estudante</p><p>prove o que sabe, sendo todo esse sistema cercado por quatro paredes. Entretanto, no século</p><p>atual uma descoberta revolucionária que demoraria décadas para acontecer, acontece em uma</p><p>proporção de tempo muito menor, consequência dos grandes saltos tecnológicos. A pós-</p><p>modernidade trouxe consigo a globalização, que por sua vez aumentou a velocidade da</p><p>informação, gerando uma sociedade cada vez mais líquida e individualista. O que as escolas</p><p>ensinavam, atualmente é ensinado por tablets, notebooks, celulares, televisões, cabendo a</p><p>FACULDADE DO FUTURO</p><p>Recredenciada pela Portaria nº. 1.266, de</p><p>18/10/2012, publicada no D.O.U. de 19/10/2012.</p><p>escola do século XXI a preparação das crianças para viver, se relacionar e trabalhar em um</p><p>mundo complexo como o que temos hoje, uma sociedade e uma economia do conhecimento.</p><p>“A criança não pode apenas decorar conceitos ou receber informações do professor.</p><p>Precisa desenvolver um pensamento crítico e um raciocínio lógico aguçado,</p><p>desenvolver sua capacidade de inovar, ser criativa e flexível e de resolver problemas.</p><p>Essas habilidades socioemocionais são cruciais para que as pessoas e países possam</p><p>prosperar. E o professor deve ser um mediador nesse processo. Mais do que o</p><p>conhecimento certo, precisamos fomentar as atitudes certas.” (Viviane Senna, 2015)</p><p>Tendo em vista o exposto, pude concluir que o assunto foi bem discorrido pelos</p><p>participantes, de maneira clara, concisa e objetiva, os quais demonstraram total domínio sobre</p><p>a temática, ao discuti-la com propriedade, fazendo uso de argumentos pautados em dados</p><p>científicos, teorias da aprendizagem e experiências vivenciadas em sala de aula. Além de</p><p>fornecer uma aprendizagem metodológica, o documentário nos leva a uma reflexão através de</p><p>questionamentos, instigando debates a respeito da noção de escola do século XXI, colaborando,</p><p>desta maneira, para uma revolução do sistema educacional brasileiro.</p><p>Por fim, acredito que o filme estudado se apresenta como uma excelente via de</p><p>aprendizagem para nós, graduandos de psicologia, reforçando a necessidade de reestruturação</p><p>do ambiente educacional, objetivando o desenvolvimento, por parte dos alunos, de um senso</p><p>crítico, habilidades socioemocionais e capacidade de trabalhar em grupo. O professor, assim</p><p>como o psicólogo escolar, deve ser um mediador nesse processo, visando preparar as crianças</p><p>para viver, se relacionar e trabalhar inseridos na complexidade de um mundo pós-moderno.</p><p>FACULDADE DO FUTURO</p><p>Recredenciada pela Portaria nº. 1.266, de</p><p>18/10/2012, publicada no D.O.U. de 19/10/2012.</p><p>REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>SENNA, Viviane. Modelo de escola atual parou no século 19, diz Viviane Senna. BBC News.</p><p>Disponível em: . Acesso em: 21, set. de 2021.</p><p>https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/06/150525%20viviane_senna_ru</p>