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<p>ROTEIRO DA APA</p><p>PARA O ALUNO</p><p>DISCIPLINA: PRÁTICA DE LABORATÓRIO DE ÓRTESE</p><p>Professor(a): Ana Carolina Coculo da Costa</p><p>2</p><p>ROTEIRO DA APA PARA O DISCENTE</p><p>LABORATÓRIO DE ÓRTESE</p><p>01. Todos os campos do Formulário Padrão deverão ser devidamente preenchidos.</p><p>02. Esta é uma atividade individual. Caso seja identificado plágio, inclusive de colegas,</p><p>a atividade será zerada.</p><p>03. Cópias de terceiros como livros e internet, sem citar a fonte caracterizam-se como</p><p>plágio, sendo o trabalho zerado.</p><p>04. Ao utilizar autores para fundamentar seu Projeto Integrador, os mesmos devem ser</p><p>referenciados conforme as normas da ABNT.</p><p>05. Ao realizar sua atividade, renomeie o arquivo, salve em seu computador, anexe no</p><p>campo indicado, clique em responder e finalize a atividade.</p><p>06. Procure argumentar de forma clara e objetiva, de acordo com o conteúdo da disciplina.</p><p>07. Formatação exigida: documento Word, Fonte Arial ou Times New Roman tamanho 12.</p><p>ORIENTAÇÕES GERAIS</p><p>3</p><p>POR QUE PRECISO APRENDER ISSO ?</p><p>Caro (a) aluno (a), sabemos que o campo de atuação da Terapia Ocupacional é amplo, pois</p><p>sabemos que a nossa atuação está ligada ao desempenho ocupacional e a utilização de órteses</p><p>podem facilitar na realização destes e até mesmo pensando em um artifício que utilizamos para</p><p>propiciar a reabilitação do nosso paciente/cliente/usuário.</p><p>Os objetivos dessa prática são:</p><p>01. Conhecer e aplicar as práticas relacionadas à teoria aprendida.</p><p>02. Ter conhecimentos básicos referente a indicação, prescrição e confecção de órteses.</p><p>03. Entender conceitos biomecânicos para confecção das órteses.</p><p>04. Conseguir confeccionar dois modelos de órteses.</p><p>4</p><p>AMBIENTE NA PRÁTICA</p><p>Caro (a) aluno (a),</p><p>Nesta atividade prática, você terá a oportunidade de trabalhar com uma série de materiais</p><p>e ferramentas para desenvolver suas habilidades manuais e técnicas.</p><p>Você irá utilizar:</p><p>• Atadura gessada: um material usado para criar moldes e estruturas rígidas.</p><p>• Tesoura: Ferramenta essencial para cortar a atadura e outros materiais necessários.</p><p>• Velcros, âncora e gancho: itens que serão usados para fixação e ajuste das estru-</p><p>turas que você criar.</p><p>• Papel sulfite e caneta: para anotações, esboços ou qualquer documentação neces-</p><p>sária durante a atividade.</p><p>• Balde e água: para preparar a atadura gessada, que precisa ser umedecida antes de</p><p>ser utilizada.</p><p>A atividade prática será realizada em uma sala de aula equipada com mesas e cadeiras,</p><p>proporcionando um ambiente confortável e funcional para que você possa executar a prática.</p><p>Lembre-se de seguir todas as instruções cuidadosamente e de manusear os materiais com</p><p>atenção para garantir a segurança e o sucesso da atividade.</p><p>5</p><p>EMBASAMENTO TEÓRICO</p><p>O Terapeuta Ocupacional busca o envolvimento do sujeito em casa, na escola, no trabalho</p><p>e na vida comunitária, pois reconhece que a saúde é apoiada quando os clientes são capazes</p><p>disso. Por meio disso, o terapeuta ocupacional avalia seu cliente para a obtenção do projeto</p><p>terapêutico indicado, visando o aprimoramento das capacidades psico-ocupacionais remanes-</p><p>centes e a melhoria psíquica, social, laborativa e de lazer. Existem casos que para que se tenha</p><p>esse equilíbrio e, consequentemente um desempenho ocupacional adequado, é necessário</p><p>haver adaptações, ou seja, recursos com o poder de auxiliar o indivíduo e permitir maior nível</p><p>de independência possível por parte dele (Aota, 2015). Esses recursos são conhecidos como</p><p>Tecnologia Assistiva (TA).</p><p>A Tecnologia Assistiva, conhecida pelo seu termo abreviado como TA, pode ser</p><p>definida conforme a portaria n°142 de 2016 como “uma área de conhecimento, de</p><p>característica interdisciplinar, que engloba produtos, recursos, metodologias, estra-</p><p>tégias, práticas e serviços que objetivam promover a funcionalidade, relacionada à</p><p>atividade e participação de pessoas com deficiência, incapacidades ou mobilidade</p><p>reduzida, visando a autonomia, independência, qualidade de vida e inclusão social</p><p>(BRASIL, 2006, online).</p><p>Como um meio de facilitar a classificação de TA, foi criado uma categoria como finalidade</p><p>didática. A tecnologia assistiva busca a melhora da funcionalidade e segundo a Classificação</p><p>Internacional de Funcionalidade (CIF), o modelo de intervenção deve ser biopsicossocial. Desse</p><p>modo, segue abaixo a lista de classificação de tecnologia assistiva:</p><p>• Auxílios para a vida diária: todos produtos e materiais auxiliares em tarefas rotineiras,</p><p>sendo elas comer, cozinhar, vestir-se, tomar banho e executar necessidades pessoais,</p><p>manutenção do lar, entre outros;</p><p>• Comunicação Aumentativa e Alternativa: são aqueles recursos, seja eles, eletrôni-</p><p>cos, ou prancha de comunicação com símbolos, vocalizadores e softwares;</p><p>Vídeo de Embasamento</p><p>https://youtu.be/zPPinoQZ6BQ?si=_LHRdp78Z89VcTer</p><p>https://youtu.be/zPPinoQZ6BQ?si=_LHRdp78Z89VcTer</p><p>https://youtu.be/zPPinoQZ6BQ?si=_LHRdp78Z89VcTer</p><p>6</p><p>• Recursos de acessibilidade ao computador: podem ser equipamentos de entrada</p><p>e saída de voz, ponteiras de cabeça, teclado modificado, acionadores, software que</p><p>facilite o acesso da pessoa com deficiência ao computador;</p><p>• Sistemas de controle do ambiente: são sistemas eletrônicos que permitem às</p><p>pessoas controlar remotamente eletroeletrônicos caso haja limitação na mobilidade do</p><p>sujeito;</p><p>• Projetos arquitetônicos para acessibilidade: são adaptações estruturais e reformas</p><p>na casa e/ou ambiente de trabalho, como rampas, barras, elevadores, entre outros;</p><p>• Órteses e Próteses: todo recurso ortopédico que auxilia no ajuste de alguma parte do</p><p>corpo, sendo esse faltante ou com comprometimento funcional;</p><p>• Adaptações posturais: adaptações realizadas em cadeira de rodas ou em algum</p><p>sistema de sentar, buscando conforto e distribuição adequada da pressão na superfície</p><p>da pele;</p><p>• Auxílios de mobilidade: pode ser cadeira de rodas, bases móveis, andadores ou</p><p>qualquer outro veículo que melhore a mobilidade pessoal;</p><p>• Auxílio para cegos ou com visão subnormal: lentes, lupas, recursos de síntese de</p><p>voz, telas de impressão, sistema de TV com aumento para leitura, impressão de pontos</p><p>de Braille e relevo para publicações, animais adestrados para acompanhar o sujeito em</p><p>tarefas do seu dia a dia;</p><p>• Auxílios para surdos ou com déficit auditivo: inclui sistemas de alerta tátil-visual,</p><p>campainhas luminosas, infravermelho, aparelhos de surdez, entre outros;</p><p>• Adaptação de veículos: qualquer acessório e adaptação veicular que possibilitem o</p><p>acesso e a condução de veículo, como arranjo de pedal, rampa, elevador, entre outros.</p><p>Contextualizando, o terapeuta ocupacional é o profissional responsável pela prescrição e imple-</p><p>mentação de recurso de tecnologia assistiva no Brasil, conforme a resolução n.° 458 do COFFITO,</p><p>de novembro de 2015. Ou seja, é de competência do terapeuta ocupacional a prescrição, orientação,</p><p>execução e desenvolvimento do produto, recurso, metodologia, estratégia, prática e serviço de TA</p><p>visando melhorar o desempenho ocupacional do sujeito no cotidiano, promovendo qualidade de vida</p><p>por favorecer a saúde física e mental, além de promover a participação social (Brasil, 2019).</p><p>Ao entender o que é Tecnologia Assistiva e quais as suas categorias, entende-se que</p><p>dentro dela possui a seguinte categoria: Órtese e Prótese. Órtese é um dispositivo aplicado</p><p>externamente ao corpo, usado para modificar as características estruturais ou funcionais do</p><p>sistema neuromusculoesquelético. A etimologia da palavra é grega e vem de ortho, que significa</p><p>reto, direito ou correto; o termo surgiu após a Segunda Guerra Mundial (Redford, 1995).</p><p>A resolução n.º 458 do COFFITO, mencionada anteriormente, estabelece as responsabi-</p><p>lidades técnicas dos profissionais, abrangendo o gerenciamento de oficinas ortopédicas, pres-</p><p>crição, manutenção, confecção, adaptação de órteses e próteses, assim como o uso de meios</p><p>7</p><p>auxiliares, entre outras atribuições. De acordo com essa resolução, podem atuar em oficinas</p><p>ortopédicas aqueles que possuírem formação e atualização mínimas, além de mais de dois anos</p><p>ininterruptos</p><p>de experiência comprovada nessa atividade. É exigido um conhecimento mínimo</p><p>em anatomia, fisiologia e patologia, bem como familiaridade com os princípios de biomecânica</p><p>e física. Além disso, é necessário possuir conhecimento sobre materiais e equipamentos para</p><p>confecção, assim como compreensão dos mecanismos de adaptação (Coffito, 2015).</p><p>Sabemos que a utilização de órteses por terapeutas ocupacionais pode ser uma parte</p><p>importante do tratamento de uma variedade de patologias e condições médicas. Neste capítulo</p><p>veremos mais a respeito sobre órteses e como as órteses são dispositivos que ajudam a forne-</p><p>cer suporte, estabilização, mobilidade e controle muscular, melhorando a função e a qualidade</p><p>de vida dos pacientes.</p><p>Falemos como os Terapeutas ocupacionais são especialistas treinados para avaliar as ne-</p><p>cessidades individuais de cada paciente e prescrever órteses personalizadas para atender a essas</p><p>necessidades. Eles também são responsáveis por ensinar aos pacientes como usar as órteses</p><p>corretamente e garantir que elas estejam ajustadas corretamente para garantir o máximo benefício.</p><p>Com o uso de órteses, muitos pacientes podem experimentar melhorias significativas em</p><p>sua capacidade de realizar atividades cotidianas, aumentando sua independência e melhorando</p><p>sua qualidade de vida.</p><p>Tal dispositivo foi criado para auxiliar o homem mediante a perdas de partes do corpo e/ou</p><p>perdas funcionais, por volta de 3.500 a.C., mas foi com as grandes guerras que tais dispositivos</p><p>começaram a aparecer de forma mais incisiva e como opção de melhora de saúde. A portaria GM/</p><p>MS n°793 de 2012, estabelece a Rede de Cuidado à Pessoa com Deficiência no SUS, no qual</p><p>apresenta às ações para o cuidado integral à saúde. Dentro deste, possui às Órteses, Próteses</p><p>e Meios Auxiliares (OPM) que devem ser concedidas e dispensadas pelo SUS. Lembrando que</p><p>estes também encontrasse na rede privada por meio da compra destes dispositivos.</p><p>A órtese é uma peça ou dispositivo utilizado para corrigir, complementar ou apoiar mem-</p><p>bros ou órgãos do corpo. Para começar, é importante compreender que as órteses têm duas</p><p>finalidades principais, conforme definido por Bunnell (1944): imobilização ou mobilização. Após</p><p>estabelecer o objetivo, é necessário avaliar qual abordagem será mais eficaz, considerando as</p><p>alterações biológicas específicas.</p><p>Como exemplo de órtese estática confeccionada por terapeutas ocupacionais, temos a órtese</p><p>de imobilização, utilizada para manter uma determinada articulação em uma posição fixa, geralmente</p><p>após uma lesão ou cirurgia. A órtese pode ser feita de diferentes materiais, como plástico termomol-</p><p>dável ou gesso, e pode ser personalizada de acordo com as necessidades do paciente.</p><p>Já a órtese dinâmica é projetada para auxiliar na reabilitação de uma articulação, ge-</p><p>ralmente após uma lesão ou cirurgia. Este tipo de órtese utiliza mecanismos de suporte para</p><p>restaurar o movimento e a força muscular na articulação afetada. A órtese dinâmica também</p><p>pode ser personalizada para cada paciente e pode ser feita de materiais como plástico, metal</p><p>e tecidos elásticos (Freitas, 2006).</p><p>8</p><p>Os modelos de órteses para membros superiores incluem: dedeiras (dedeira de apoio</p><p>palmar, abdutor de polegar curto, abdutor de polegar longo); estabilizadores de punho; estabili-</p><p>zadores de punho e dedos; oval 8, entre outros (Freitas, 2006; Brasil, 2019).</p><p>Os terapeutas ocupacionais desempenham um papel importante na indicação, prescrição</p><p>e confecção de órteses para melhorar a função e a qualidade de vida dos pacientes. Aqui está</p><p>uma visão geral de cada uma dessas etapas:</p><p>• Indicação: a indicação de uma órtese geralmente ocorre após uma avaliação cuida-</p><p>dosa do paciente pelo terapeuta ocupacional. Durante a avaliação, o terapeuta avalia a</p><p>função e o movimento da área afetada, como a mão, o braço, a perna ou o tronco. Se o</p><p>terapeuta determinar que uma órtese pode ajudar a melhorar a função ou prevenir uma</p><p>lesão futura, ele pode recomendar a utilização de uma órtese.</p><p>• Prescrição: após a indicação, o terapeuta ocupacional faz a prescrição da órtese.</p><p>A prescrição inclui informações sobre o tipo de órtese necessária, as dimensões e es-</p><p>pecificações da órtese, bem como as instruções de uso e cuidados para o paciente. A</p><p>prescrição é geralmente baseada nas necessidades individuais do paciente e é persona-</p><p>lizada para cada caso.</p><p>• Confecção: após a prescrição, o terapeuta ocupacional confere as medidas e espe-</p><p>cificações para criar uma órtese personalizada para o paciente. O terapeuta pode utilizar</p><p>diferentes materiais, como plástico termoformável, alumínio, espuma, tecidos elásticos</p><p>e couro, para criar a órtese. A órtese é confeccionada com base nas especificações e</p><p>medidas prescritas pelo terapeuta ocupacional e pode ser ajustada ao longo do processo</p><p>de confecção para garantir um ajuste confortável e eficaz.</p><p>As órteses podem ser classificadas conforme: seu propósito de aplicação, configuração externa,</p><p>característica mecânica, origem da força, materiais e a parte anatômica. Seus objetivos podem ser</p><p>para: imobilização e para mobilização, podendo ser classificadas como Órteses Estáticas, Órteses</p><p>Estáticas Progressivas, Órteses Estáticas Seriadas e Órteses Dinâmicas (Freitas, 2006).</p><p>É de extrema importância, ao ser confeccionado, avaliar qual o objetivo que queremos para</p><p>assim analisar, qual modelo confeccionaremos e, a partir disso, considerar a partes anatômicas</p><p>como arcos da mão, pregas da mão, proeminências ósseas, a obliquidade, posição funcional</p><p>da mão e a resposta do tecido humano ao estresse. Deve ser feita uma análise mecânica para</p><p>entender as forças, o eixo e a resistência que deve ser aplicada e, para se confeccionar uma</p><p>órtese, deve haver conhecimento de princípios básicas de anatomia, biomecânica, cinesiologia,</p><p>para que assim o recurso cumpra com o seu objetivo (Freitas, 2006).</p><p>Ao se pensar em órteses, deve-se ter conhecimento anatômico. Considerando órteses para</p><p>membros superiores, é importante levar em conta os arcos das mãos, que são: transversal,</p><p>proximal, transverso, distal e longitudinal. Esses arcos são de extrema importância, pois devem</p><p>ser mantidos para evitar o achatamento da mão em uma posição não funcional. Outro ponto im-</p><p>portante são as pregas da mão, divididas em: prega digital, prega palmar e prega do punho. Elas</p><p>9</p><p>funcionam como orientação para os limites das órteses, ou seja, se a órtese deixar a prega livre,</p><p>aquele movimento permanece preservado; se a órtese estabilizar a prega, aquele movimento</p><p>permanece imóvel (Freitas, 2006).</p><p>As proeminências ósseas possuem tecidos moles sobre elas e, conforme a força exercida</p><p>sobre elas, seja para posicionar ou corrigir um movimento por meio da utilização da órtese,</p><p>podem gerar isquemias e/ou necrose tecidual. Por isso, é de extrema importância avaliar bem</p><p>e prescrever corretamente para que, durante a confecção da órtese, não seja gerada nenhuma</p><p>pressão sobre essas proeminências ósseas.</p><p>FIGURA 1: ÓRTESE DE POSICIONAMENTO DE PUNHOS E DEDOS</p><p>Fonte: A autora (2023).</p><p>A órtese de posicionamento de punho e dedos visa imobilizar o punho e os dedos, podendo ser</p><p>confeccionada ventral ou dorsalmente. Suas indicações são: artrite reumatoide, lesão de plexo bra-</p><p>quial, lesão de nervos periféricos, lesão de tendões extensores, lesão de tendões flexores e fraturas</p><p>de metacarpos. Deve-se tomar cuidado com o contorno do polegar, a borda ulnar, a prega do punho e</p><p>a borda radial. Quanto maior a espasticidade, maior deve ser o comprimento da órtese no antebraço</p><p>para gerar força suficiente para obter uma reação adequada e posicionar o punho corretamente.</p><p>Como comentado anteriormente, é necessário conhecimento básico da anatomia funcional.</p><p>O primeiro cuidado necessário, descrito na literatura, refere-se aos revestimentos cutâneos. A</p><p>pele do dorso da mão é mais fina e possui mais elasticidade, enquanto a pele da palma da mão</p><p>é mais espessa e tem pouca elasticidade.</p><p>Outro ponto importante são os arcabouços ósseos, que consistem</p><p>nos oito ossos do carpo</p><p>divididos em duas fileiras: uma proximal, que tem articulação com o rádio, e outra com a ulna. A</p><p>mão é composta por vinte e sete ossos, ligados por um sistema de ligamentos e unidades con-</p><p>tráteis musculotendíneas, possuindo uma distribuição arquitetônica de três arcos: o transverso</p><p>10</p><p>proximal, o transverso distal e o longitudinal. Outro aspecto importante é o sistema muscular, que</p><p>é dividido em músculos extrínsecos e músculos intrínsecos.</p><p>É essencial entender a função motora da mão, ou seja, as classes de movimento, sendo</p><p>elas preênsil e não preênsil. Os tipos de preensão também são importantes, sendo eles: preensão</p><p>palmar, preensão em gancho, pinça polpa, pinça trípode e pinça látero-lateral. Por fim, a função</p><p>sensitiva da mão é um aspecto de grande importância, pois na mão temos diversas terminações</p><p>nervosas que respondem a estímulos básicos de dor, temperatura e vibração (Teixeira et al., 2003).</p><p>Na confecção de órteses para membros superiores, é essencial considerar a anatomia</p><p>da mão, incluindo as pregas cutâneas, como a palmar distal, palmar proximal, tenar, do punho,</p><p>prega da falange distal, prega da falange média, prega da falange proximal, prega do punho</p><p>proximal e prega do punho distal. Além disso, é importante considerar os arcos da mão, como</p><p>o arco longitudinal, o arco transverso distal e o arco transverso proximal. Deve-se também ter</p><p>cuidado com as proeminências ósseas, pois o contato com a órtese pode gerar feridas. O ali-</p><p>nhamento da mão, incluindo um leve desvio ulnar e o alinhamento do 3º dedo com a membrana</p><p>interóssea, é um aspecto crítico a ser observado. Esses são conhecimentos prévios de anatomia</p><p>e biomecânica fundamentais na confecção de órteses. A seguir, são apresentadas imagens de</p><p>moldes de órteses com suas respectivas indicações (Teixeira et al., 2003).</p><p>Dessa forma, resumidamente, o profissional deverá deixar a mão do paciente com o punho</p><p>em posição neutra, alinhado com o terceiro dedo, respeitando os arcos da mão, deixando-a em</p><p>posição côncava e com os dedos levemente fletidos.</p><p>01. Passo a passo para confeccionar a órtese de posicionamento de punho e dedos</p><p>com atadura gessada</p><p>01. Desenhe a mão do seu paciente em uma folha de sulfite, com os dedos unidos, e</p><p>faça o desenho até dois terços do antebraço.</p><p>02. Com o desenho da mão do paciente, faça o molde que será utilizado para a órtese,</p><p>contando dois dedos de distância ao longo de todo o comprimento.</p><p>03. Com o molde da órtese pronto, corte o tamanho correspondente ao molde da</p><p>órtese.</p><p>04. Abra o pacote da atadura gessada e desenrole-a no comprimento do molde.</p><p>05. Após desenrolar até o comprimento do molde, retorne a atadura desenrolando</p><p>sobre o comprimento já desenrolado e repita o processo, criando camadas até ter pelo</p><p>menos 6 camadas.</p><p>06. Com uma quantidade que deixará a órtese resistente, coloque o molde feito na</p><p>sulfite sobre a atadura gessada.</p><p>07. Em seguida, use um lápis ou caneta para passar o desenho do molde na atadura.</p><p>08. Com o molde desenhado na atadura, recorte as camadas de atadura gessada</p><p>juntas.</p><p>11</p><p>09. Agora você precisará molhar a atadura, podendo utilizar um balde com água ou</p><p>borrifador.</p><p>10. Quando molhado, o gesso da atadura será ativado. Coloque a atadura sobre o</p><p>antebraço e a mão do paciente, que estará posicionado com a palma virada para</p><p>cima, ou seja, em supinação.</p><p>11. Modele o punho, o arco palmar e os dedos.</p><p>12. Segure a atadura na mão do paciente até ela secar.</p><p>13. Sempre confira se a mão está no posicionamento correto, lembrando da posição</p><p>anatômica.</p><p>14. Após secar, a base da órtese estará pronta. Posicione os velcros conforme indica-</p><p>do no vídeo de apoio. Assim, a órtese de baixo custo estará pronta.</p><p>O terapeuta ocupacional desempenha um papel fundamental na prescrição, confecção</p><p>e utilização de órteses para seus pacientes. Como especialistas em terapia ocupacional, eles</p><p>estão treinados para avaliar as necessidades individuais dos pacientes e determinar se o uso de</p><p>uma órtese pode ser benéfico para ajudá-los a alcançar seus objetivos de tratamento.</p><p>O terapeuta ocupacional é responsável por realizar uma avaliação completa do paciente,</p><p>que inclui a análise das habilidades motoras, das atividades de vida diária e das necessidades</p><p>ocupacionais. Com base nessas informações, o terapeuta pode determinar se o uso de uma</p><p>órtese pode ser benéfico para melhorar a função e a qualidade de vida do paciente.</p><p>Além disso, esse profissional é responsável por prescrever e ajustar a órtese de acordo</p><p>com as necessidades individuais do paciente, trabalhando em conjunto com um ortopedista ou</p><p>um protesista para garantir que a órtese seja fabricada com os materiais adequados e que se</p><p>ajuste corretamente, proporcionando o máximo benefício ao paciente.</p><p>O terapeuta ocupacional também ensina ao paciente como usar a órtese corretamente e</p><p>garante que o dispositivo esteja ajustado adequadamente para fornecer o suporte, a estabilização</p><p>e a mobilidade necessários para alcançar seus objetivos de tratamento. Em resumo, o terapeuta</p><p>ocupacional desempenha um papel importante na prescrição, confecção e utilização de órteses,</p><p>auxiliando os pacientes a alcançar a máxima função e independência em suas atividades diárias.</p><p>12</p><p>RECURSOS UTILIZADOS</p><p>Materiais de consumo:</p><p>Descrição Observação</p><p>Tesoura Material a ser fornecido pelo aluno.</p><p>Caneta e papel sulfite Material a ser fornecido pelo aluno.</p><p>Atadura gessada Material a ser fornecido pela UniFatecie.</p><p>Bacia Material fornecido pela Unifatecie.</p><p>Toalha Material a ser fornecido pelo aluno.</p><p>ATENÇÃO: SAÚDE E SEGURANÇA</p><p>Para esta prática é necessário que o aluno tenha cuidado ao utilizar a tesoura, manter boa</p><p>postura quando em pé e sentado.</p><p>13</p><p>O QUE PRECISO FAZER NESSA ATIVIDADE PRÁTICA</p><p>Caro (a) aluno (a),</p><p>Primeiramente, disponham os materiais na mesa: a folha pronta, a caneta e a tesoura.</p><p>Retirem a atadura do pacote e posicionem-na sobre a mesa também. O ideal é que a atividade</p><p>seja realizada em dupla, ou seja, um será o paciente do outro. Assim, o aluno 1 tirará o molde da</p><p>mão do aluno 2 e depois trocam de posição para que ambos realizem a prática.</p><p>Com as carteiras posicionadas ao lado de cada dupla, o aluno deverá tirar o molde da mão</p><p>do outro e fazer o molde da órtese, lembrando de deixar dois dedos de largura extra. Para o mol-</p><p>de, os dedos devem estar fechados e o polegar levemente aberto, não com os dedos abertos.</p><p>Feito o molde, recortem e transfiram o molde para a atadura. Após isso, cortem a atadura.</p><p>Neste momento, deve haver uma bacia já posicionada na sala com água, onde os alunos</p><p>irão molhar a atadura para ativar o gesso. Após isso, retornem com o material para suas carteiras</p><p>e realizem o molde na mão do colega.</p><p>Aspectos importantes: mantenham o punho em posição neutra, respeitem o arco palmar dos</p><p>dedos, mantenham a mão em posição anatômica e com um leve desvio ulnar. Para a confecção,</p><p>é importante que o aluno esteja à frente do seu colega/paciente.</p><p>Após moldar o gesso na mão do colega, esperem secar. Assim que estiver seco, façam os</p><p>reparos necessários conforme a imagem abaixo. Caso tenham velcros disponíveis, coloquem o</p><p>material neste momento.</p><p>FIGURA 1: ÓRTESE DE POSICIONAMENTO DE PUNHOS E DEDOS</p><p>Fonte: A autora (2023).</p><p>Vídeo - Prática</p><p>https://youtu.be/_-xFxxDhW-s?si=tr5K0CeSpGr90kqx</p><p>https://youtu.be/_-xFxxDhW-s?si=tr5K0CeSpGr90kqx</p><p>https://youtu.be/_-xFxxDhW-s?si=tr5K0CeSpGr90kqx</p><p>14</p><p>RELATÓRIO</p><p>Caro (a) aluno (a),</p><p>Você deverá entregar o Relatório tipo Apresentação Simples (Power point). Para isso, faça o</p><p>download do template, disponibilizado junto a este roteiro, e siga as instruções contidas no mesmo.</p><p>15</p><p>MATERIAISMATERIAIS COMPLEMENTARES COMPLEMENTARES</p><p>Leitura 01: Principais órteses existentes para membros superiores</p><p>Resumo: O documento do site UNASUS detalha as principais órteses utilizadas para mem-</p><p>bros superiores. Ele abrange diversos tipos de órteses, como as funcionais e as de repouso,</p><p>explicando suas indicações, benefícios</p><p>e modos de uso. Além disso, o material destaca a impor-</p><p>tância das órteses no tratamento e reabilitação de diversas condições clínicas, proporcionando</p><p>suporte, estabilização e correção de deformidades. O conteúdo é essencial para profissionais de</p><p>saúde que buscam melhorar a qualidade de vida dos pacientes.</p><p>Fonte: PRINCIPAIS órteses existentes para membros superiores. Universidade aberta</p><p>do SUS (UNASUS), s.d. Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/29232/1/</p><p>Folder-Principais%20%C3%B3rteses%20existentes%20membros%20superiores%20UNA-</p><p>SUS%20UFMA.pdf. Acesso em: 05 ago. 2024.</p><p>Leitura 02: Modelos de órteses para membros superiores: uma revisão da literatura</p><p>Resumo: Objetivo: O objetivo deste estudo foi fazer uma revisão de literatura por intermédio</p><p>da seleção e análise de estudos clínicos que investigassem os modelos de órteses para membros</p><p>superiores, mais especificamente os tipos utilizados pelos profissionais da terapia ocupacional e,</p><p>assim, produzir uma visão ampliada dessa demanda de modelos de órteses na área da terapia</p><p>ocupacional em reabilitação da mão e membros superiores em sujeitos adultos. Método: Este</p><p>estudo caracterizou-se como uma revisão narrativa da literatura acompanhada de uma análise</p><p>descritiva nas bases eletrônicas de dados MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval</p><p>System Online / PubMed) e LILACS (Literatura científica e técnica da América Latina e Caribe/</p><p>BVS – Biblioteca Virtual em Saúde), com busca restrita ao período de janeiro de 2007 a janeiro</p><p>de 2017. Resultados: Foram encontrados cinco artigos completos de trabalhos realizados por/</p><p>com terapeutas ocupacionais, com enfoque em confecção e utilização de órteses na reabilitação</p><p>de membros superiores. Conclusão: Os estudos envolvendo o uso de órteses para membros</p><p>superiores possuem diferentes objetivos e métodos de utilização, bem como variados modelos</p><p>e materiais para a confecção e fabricação do dispositivo, sendo que os fatores de interferência</p><p>dessas decisões são o paciente, o tipo de lesão/condição clínica e a adaptação do usuário com</p><p>relação àquele dispositivo de tecnologia assistiva.</p><p>Fonte: GRADIMA, L. C. C; PAIVA, G. Modelos de órteses para membros superiores: uma</p><p>revisão da literatura. Cad. Bras. Ter. Ocup., São Carlos, v. 26, n. 2, p. 479-488, 2018. Disponível em:</p><p>https://www.scielo.br/j/cadbto/a/vkj8kYFmhDjCrv7Yzrx5pCx/?format=pdf. Acesso em: 20 jun. 2024.</p><p>https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/29232/1/Folder-Principais %C3%B3rteses existentes membros superiores UNASUS UFMA.pdf</p><p>https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/29232/1/Folder-Principais %C3%B3rteses existentes membros superiores UNASUS UFMA.pdf</p><p>https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/29232/1/Folder-Principais %C3%B3rteses existentes membros superiores UNASUS UFMA.pdf</p><p>https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/29232/1/Folder-Principais %C3%B3rteses existentes membros superiores UNASUS UFMA.pdf</p><p>https://www.scielo.br/j/cadbto/a/vkj8kYFmhDjCrv7Yzrx5pCx/?format=pdf</p><p>16</p><p>AOTA. American Occupational Therapy Association. Domínio e Processos. Revista de Terapia</p><p>Ocupacional da Universidade de São Paulo. 26 ed., p. 1-49, 2015.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n° 793, de 24 de abril de 2012. Institui a Rede de Cui-</p><p>dados à Pessoa com Deficiência no âmbito do Sistema Único de Saúde. Diário Oficial da União:</p><p>seção 1, Brasília, DF, 25 abr. 2012. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/</p><p>gm/2012/prt0793_24_04_2012.html. Acesso em: 14 ago. 2024.</p><p>BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Especializada à Saúde. Guia para Pres-</p><p>crição, Concessão, Adaptação e Manutenção de Órteses, Próteses e Meios Auxiliares de</p><p>Locomoção / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção Especializada à Saúde, Departamento</p><p>de Atenção Especializada e Temática. – Brasília: Ministério da Saúde, 2019. Disponível em:</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia/</p><p>publicacoes/guia-para-prescricao-concessao-adaptacao-e-manutencao-de-orteses-proteses-e-</p><p>-meios-auxiliares-de-locomocao.pdf/view Acesso em: 05 mar. 2024.</p><p>BRASIL. Portaria n° 142, de 16 de novembro de 2006. Diário Oficial da União: seção 1, Brasí-</p><p>lia, DF, 16 nov. 2006. Disponível em: https://www.galvaofilho.net/portaria142.htm Acesso em: 05</p><p>mar. 2024.</p><p>BUNNELL, S. Surgery of the hand. Philadelphia: JB Lippincott, 1944.</p><p>COFFITO. Resolução n° 458, de 20 de novembro de 2015. Dispõe sobre as atribuições do</p><p>terapeuta ocupacional em Terapia Ocupacional em contextos hospitalares e cuidados paliativos,</p><p>no campo da Terapia Ocupacional, e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1,</p><p>Brasília, DF, 24 nov. 2015. Disponível em: https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3221. Acesso em:</p><p>05 mar. 2024.</p><p>FREITAS, P. P. Reabilitação da Mão. São Paulo: Editra Atheneu, 2006.</p><p>REDFORD, J. B. Basics principles of orthotics and rehabilitation technology. Nova Iorque,</p><p>p. 1-15, 1995.</p><p>TEIXEIRA, M. et al. Terapia Ocupacional na reabilitação física. São Paulo: Roca, 2003.</p><p>REFERÊNCIASREFERÊNCIAS</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0793_24_04_2012.html</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0793_24_04_2012.html</p><p>https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt0793_24_04_2012.html</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia/publicacoes/guia-para-prescricao-concessao-adaptacao-e-manutencao-de-orteses-proteses-e-meios-auxiliares-de-locomocao.pdf/view</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia/publicacoes/guia-para-prescricao-concessao-adaptacao-e-manutencao-de-orteses-proteses-e-meios-auxiliares-de-locomocao.pdf/view</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia/publicacoes/guia-para-prescricao-concessao-adaptacao-e-manutencao-de-orteses-proteses-e-meios-auxiliares-de-locomocao.pdf/view</p><p>https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/s/saude-da-pessoa-com-deficiencia/publicacoes/guia-para-prescricao-concessao-adaptacao-e-manutencao-de-orteses-proteses-e-meios-auxiliares-de-locomocao.pdf/view</p><p>https://www.galvaofilho.net/portaria142.htm</p><p>https://www.galvaofilho.net/portaria142.htm</p><p>https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3221</p><p>https://www.coffito.gov.br/nsite/?p=3221</p>