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<p>METABOLISMO DA GLICOSE</p><p>Absorção da glicose:</p><p>Amilase sallivar (primeira enzima a agir sobre o amido).</p><p>Esvaziamento gástrico (O tempo em que o alimento</p><p>permanece no estômago determina a maior ou menor</p><p>absorção de carboidratos. Se demora muito tempo no</p><p>estômago, o organismo tem mais tempo para absorver</p><p>lentamente os nutrientes mas se o esvaziamento é rápido, a</p><p>quantidade de glicose absorvida é muito rápido -</p><p>Semaglutida age reduzindo o esvaziamento gástrico, o</p><p>tempo de esvaziamento fica alargado, com o esvaziamento</p><p>gástrico retardado, a glicemia pós-prandial aumenta menos)</p><p>Amilase pancreática</p><p>Glicosidases alfa e beta - (catalisam a hidrólise de</p><p>ligações glicosídicas, os inibidores da alfa glicosidases não</p><p>vai ter uma parte da degradação dos glicídeos e da</p><p>absorção, o que ocasiona redução da glicemia,</p><p>principalmente pós-prandial)</p><p>Incretinas (produzidas no intestino e liberadas na presença</p><p>de glicose e que atuam principalmente no pâncreas</p><p>estimulando a produção e liberação de insulina. São</p><p>degradadas pelas dipeptilpetidades (principalmente a A),</p><p>por isso existe os inibidores da DPP4 que aumenta a</p><p>quantidade de incretinas e aumenta o estímulo ao pâncreas</p><p>de produção e liberação de insulina).</p><p>Transportadores de glicose:</p><p>Após a glicose cair na corrente sanguínea, ela precisa entra</p><p>na célula para exercer sua função, para isso existe os</p><p>receptores tranportadores de glicose (GLUT).A</p><p>sensibilidade desses receptores à glicose é diferente nos</p><p>diferentes tipos de células.</p><p>São Na+ dependente (intestino e túbulo proximal e distal</p><p>do rim).</p><p>Na+ independente (GLUT 1-7).</p><p>GLUT 1 - captação basal de glicose em várias células.</p><p>GLUT 2 - células β (baixa afinidade - só passa pelo</p><p>transportador GLUT 2 se ele tiver uma alta concentração</p><p>de glicose, é importante se a glicose conseguisse entra nas</p><p>células β em baixa concentração ela ia disparar insulina o</p><p>tempo todo e ia causar uma hipoglicemia).</p><p>GLUT 3 - sist. nervoso e placenta. (possuem alta afinidade</p><p>pela glicose, é importante isso para o devido funcionamento</p><p>do cérebro).</p><p>GLUT 4 - Insulino dependente (músculo e</p><p>tec.adiposo).(não está na membrana, está no citosol da</p><p>célula, e só é externalizado na presença de insulina, que se</p><p>liga ao receptor e leva a uma série de fosforilação e faz com</p><p>que o transportador que estava no citosol, vá para a</p><p>superfície, aí a glicose entra na célula. No músculo, além da</p><p>insulina, a contração muscular também desloca o GLUT 4</p><p>para a membrana e o músculo capta a glicose)</p><p>GLUT 5 - vilosidade das céls do int. delgado, céls hepáticas</p><p>e espermatozóides. Principal responsável pelo transporte</p><p>da frutose.</p><p>Homeostase da glicose</p><p>Fontes x Utilização</p><p>Absorção intestinal Armazenamento</p><p>Glicogenólise Oxidação</p><p>Gliconeogênese</p><p>Os órgãos e a glicose</p><p>. Apenas fígado e rins possuem a glicose-6- fosfatase. (por</p><p>conta disso, apenas esses dois órgãos conseguem quebrar</p><p>o glicogênio e liberar ele na corrente sanguínea).</p><p>.Também expressam as enzimas necessárias para a</p><p>gliconeogênese (incluindo as enzimas críticas: piruvato-</p><p>carboxilase, fosfoenolpiruvato carboxiquinase e frutose-1-6-</p><p>bifosfatase).</p><p>.O fígado é a principal fonte de glicose endógena. Os rins,</p><p>que também produzem glicose, contribuem pouco para a</p><p>glicose circulante no jejum. (o fígado libera glicose</p><p>principalmente à noite, por isso é interessante o uso da</p><p>insulina à noite nos pacientes diabéticos)</p><p>O músculo</p><p>. Estoca glicogênio ou metaboliza a glicose (oxidação ou</p><p>com produção de lactato ou alanina, através da redução ou</p><p>transaminação do piruvato).</p><p>. Jejum: captação de glicose 0. Fonte de energia =</p><p>oxidação e proteólise.</p><p>Tecido adiposo</p><p>(glicose entra e ou ela vai ser consumida pelo tecido ou vai</p><p>ser armazenada por ele na forma de ácidos gráxos e</p><p>transformação em triglicerídeos).</p><p>. Síntese de ác. Graxos ou formação de glicerol-3-fosfato,</p><p>que pode então esterificar ác. Graxos(derivados da</p><p>circulação do VLDL) para formar triglicerídios.</p><p>. Jejum: utilização de ác. Graxos como fonte de energia.</p><p>Cérebro</p><p>. A glicose é oxidada a CO2 e H2O.</p><p>. Cérebro adulto= 2,5% do peso corporal, mas seu</p><p>metabolismo é responsável por 25% do metabolismo basal.</p><p>. Jejum prolongado= cetonas podem suprir as necessidades</p><p>energéticas do cérebro e reduzir sua utilização de glicose.</p><p>Outros tecidos</p><p>.Os elementos do sangue e a medula renal não diminuem a</p><p>utilização de glicose durante o jejum, produzindo lactato em</p><p>taxas relativamente fixas.</p><p>Controle hormonal da glicose</p><p>. Tanto a produção hepática como renal de glicose é</p><p>controlada.</p><p>. Após alimentação, a absorção de glicose na circulação é</p><p>2x maior que a produção endógena.</p><p>. Quando a glicose é absorvida, a produção endógena de</p><p>glicose é suprimida e há aceleração da utilização de glicose</p><p>pelo fígado, músculo e tecido adiposo.</p><p>(temos o hormônio hipoglicemiante - insulina, e os</p><p>hormônios contra-regulatórios)</p><p>Fatores glicorregulatórios</p><p>. A concentração sérica de glicose é o principal fator</p><p>determinante da secreção de hormônios glicorregulatórios,</p><p>incluindo insulina, glucagon, adrenalina, Gh, cortisol.</p><p>(durante a noite, há o aumento do cortisol e GH)</p><p>Insulina</p><p>Hormônio formado por 2 cadeias proteicas ligadas por 2</p><p>pontes dissulfeto.</p><p>(inicialmente é produzida como um pré-hormônio)</p><p>Formação de insulina</p><p>Glicose -> ↑ AMPc -> Proteina quinase A</p><p>(ativação) -> Fosforilação e ativação de proteínas-chave -></p><p>↑ translação e transcrição de mRNA insulina.</p><p>(O RNAm, migra pro reticulo endoplasmático rugoso, vai ser</p><p>formada a pré-insulina e logo após vai ser clivado e levado</p><p>ao complexo de golgi e transformado em pró-insulina e será</p><p>quebrada em insulina e peptídeo C).</p><p>(O peptídeo C pode ser utilizado para avaliar a produção de</p><p>insulina, se a dosagem de peptídeo C der maior que 0.8, o</p><p>pct ainda está produzindo insulina, abaixo disso, é incidação</p><p>de insulina).</p><p>Liberação de insulina</p><p>(A insulina fica armazenada em grânulos aguardando o</p><p>estíumulo para a liberação na corrente sanguínea, estímulo</p><p>esse que é a ativação dos canais de KATP)</p><p>. Canais KATP mantém o potencial elétrico da cel. β</p><p>estável(-60mV). O fechamento destes canais levam a</p><p>despolarização da célula, que é o estímulo para o aumento</p><p>do Ca+ citoplasmático e consequente exocitose dos</p><p>grânulos de insulina.</p><p>(A glicose dentro da célula é fosforilada, aumenta a</p><p>quantidade de ATP formada, bloqueia os canais de K,</p><p>bloqueando eles, a células que é polarizada começa a ser</p><p>despolarizada, até que ocorre a liberação de Ca2+ que</p><p>ocasiona a liberação dos grânulos de insulina).</p><p>. Captação da glicose pelo rec. GLUT 2 com sua</p><p>metabolização via glicólise na mitocôndria, gerando ATP,</p><p>alterando a taxa ATP/ADP, resultando no fechamento dos</p><p>canais KATP e despolarização da cél. Β.</p><p>(Os canais de KATPpossuem um porção extracelular com a</p><p>subunidade SUR - receptor de sulfonilureias glibenclamida -</p><p>as sulfonilureias se ligam nesse receptor e bloqueiam os</p><p>canais de K e com isso a liberação de insulina).</p><p>Ação da insulina</p><p>(O receptor de insulina, se autofosforila duplicando sua ação</p><p>e leva a uma cascata de reação que leva a expressão</p><p>genética, transdução de sinais e exteriorização onde tiver os</p><p>transportadores GLUT 4 ou aumentar a formação de</p><p>glicogênio).</p><p>(Quando o tecido adiposo com excesso de glicose vai</p><p>liberar substâncias a atuar na insulina que se liga ao seu</p><p>receptor e ele não é mais fosforilado na posição tirosina e</p><p>sim na posição serina - serina quinase - e quando isso</p><p>acontece, uma parte da ação da insulina especialmente na</p><p>questão da transposição dos transportadores GLUT 4 é</p><p>perdida, daí é que se desenvolve a resistêcia a insulina).</p><p>. Nas células insulino-dependentes, estimula o transporte</p><p>de glicose para a célula, facilita a passagem de AA, alguns</p><p>ác. Graxos e íons Na e K, aumenta a oxidação de glicose, a</p><p>glicogênese,</p><p>a lipogênese e a síntese protéica.</p><p>. Inibe a lipólise, a gliconeogênese, proteólise, cetogênese e</p><p>uregênese.</p><p>. Aumenta a síntese de ác. Graxos e lipase lipoproteica (é</p><p>responsável pela degradação dos lipídeos) na parede dos</p><p>capilares.</p><p>. Aumenta a atividade da glicogênio sintetase.</p><p>Glucagon</p><p>. É produzido pelas céls.α das ilhotas de Langerhans (em</p><p>pequena quantidade pelo intestino).</p><p>. Hipoglicemia é o principal estimulador de sua secreção.</p><p>. AA (arginina e alanina) são secretores.</p><p>. CCK, Gastrina, GIP, glicocorticóides, GH, SNS e SNP</p><p>também estimulam a secreção.</p><p>(Em hipoglicemia ocorre a liberação de adrenalina que</p><p>ejuda a secretar o glucagon).</p><p>Ações do glucagon</p><p>. Age principalmente no fígado.</p><p>. Ativa a glicogenólise e em algum grau a gliconeogênese</p><p>(a adrenalina ajuda na formação de glicose pela</p><p>gliconeogênese por conta do aumento do ciclo cardíaco e</p><p>consequente aumento da movimentação do aminoácidos</p><p>necessários para a gliconeogênese, movimenta os</p><p>precursores da gliconeogênese) (não mobiliza os</p><p>precursores gliconeogênicos), elevando a produção de</p><p>glicose.</p><p>. Estimula a liberação de insulina, GH, adrenalina e</p><p>calcitonina.</p><p>. Ativa a lipase hormônio-sensível no tecido adiposo levando</p><p>a hidrólise dos triglicerídios e liberação de ác. Graxo e</p><p>glicerol.</p><p>. Aumenta a força de contração e hipertrofia do miocárdio,</p><p>aumentando o débito cardíaco.</p><p>. Promove natriurese, inibe secreção gástrica, a motilidade</p><p>intestinal e a secreção exócrina do pâncreas.</p><p>Ação da adrenalina</p><p>. Estimula a produção tanto hepática quanto renal de glicose.</p><p>. Inibe a liberação de insulina (α2).</p><p>. Estimula liberação de glucagon(β).</p><p>. A ação direta da adrenalina para elevar a glicogenólise e</p><p>gliconeogênese é mediado, principalmente, pelos</p><p>receptores β2. Ela também mobiliza precursores da</p><p>gliconeogênese e atua em minutos.</p><p>(SE USAR B-BLOQUEADOR EM PACIENTE DIABÉTICO?</p><p>- pode mascarar os sintomas de hipoglicemia como</p><p>sudorese, taquicardia, tremores)</p><p>Hidroclorotiazida pode levar ao aumento da insulina.</p><p>Outros hormônios</p><p>. GH: A elevação a longo prazo de GH limita a utilização de</p><p>glicose e estimula sua produção. Inicialmente, entretanto,</p><p>ele leva a queda da glicose plasmática (insulin-like efect).</p><p>(o hormônio do crescimento atua localmente no receptor</p><p>IGF-1, o IGF de início causa hipoglicemia mas a longo prazo</p><p>o GH leva o aumento da glicemia)</p><p>(Na adolescência, com a puberdade ocorre o aumento do</p><p>GH e consequentemente a glicose pode estar um pouco</p><p>mais elevada o que é normal por conta do aumento do GH).</p><p>(HOMA-beta é um índice que mede a capacidade de as</p><p>células beta do pâncreas secretarem insulina = produção</p><p>de insulina)</p><p>(HOMA-IR é um exame que mede a resistência à insulina e</p><p>a atividade do pâncreas)</p><p>. Cortisol só eleva a glicemia após 2-3h.</p><p>. O poder hiperglicemiante do glucagon, adrenalina e</p><p>cortisol juntos é bem maior que agindo separadamente.</p>