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<p>S E J A A P R O V A D O C O M O @ O A B A I V O U E U</p><p>E S T U D E C O M D I R E Ç Ã O E I N T E L I G Ê N C I A</p><p>A S M E L H O R E S D I C A S P A R A S U A A P R O V A Ç Ã O</p><p>@ O A B A I V O U E U - 4 1 º E X A M E D E O R D E M</p><p>L I V R O 0 1</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>DE</p><p>C</p><p>ON</p><p>TE</p><p>ÚD</p><p>O</p><p>ÍN</p><p>D</p><p>IC</p><p>E</p><p>Nós, do OABaivouEU, após o sucesso ABSOLUTO do</p><p>"DICAS MATADORAS", nosso material de reta final,</p><p>elaboramos o nosso novíssimo material de DICAS</p><p>OABENÇOADAS para que você consiga obter o</p><p>máximo de resultado durante a sua preparação.</p><p>Com ele, você irá, dia após dia e sem enrolação,</p><p>aprender de forma prática e direta os conceitos e</p><p>institutos dos temas que mais caem na prova da</p><p>OAB!</p><p>Agora você pode estudar os temas diários propostos</p><p>no cronograma diretamente das DICAS</p><p>OABENÇOADAS, fato que, com certeza, turbinará o</p><p>seu aprendizado e te deixará ainda mais perto da</p><p>aprovação!</p><p>DIA 01</p><p>DIA 02</p><p>DIA 03</p><p>DIA 04</p><p>DIA 05</p><p>01</p><p>15</p><p>30</p><p>37</p><p>55</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>1</p><p>DICAS OABENÇOADAS</p><p>AS MELHORES DICAS RUMO À APROVAÇÃO NA OAB XLI</p><p>DIREITO DO CONSUMIDOR</p><p>DICA DO DIA 01</p><p>1. PRINCÍPIOS E DIREITOS BÁSICOS</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER</p><p>Antes de mais nada, você deve saber que a</p><p>Defesa do Consumidor tem proteção</p><p>constitucional (Art. 5º, XXXII - o Estado</p><p>promoverá, na forma da lei, a defesa do</p><p>consumidor), portanto, trata-se de CLÁUSULA</p><p>PÉTREA.</p><p>#Olhaoestudointerdisciplinar</p><p>Nesse sentido, a defesa do consumidor é um</p><p>princípio da ordem econômica previsto na</p><p>CF/88:</p><p>Art. 170. A ordem econômica, fundada na</p><p>valorização do trabalho humano e na livre</p><p>iniciativa, tem por fim assegurar a todos</p><p>existências dignas, conforme os ditames da</p><p>justiça social, observados os seguintes</p><p>princípios:</p><p>V - Defesa do consumidor;</p><p>A defesa do consumidor também tem previsão</p><p>no artigo 48, da ADCT.</p><p>Portanto, o direito e a defesa do consumidor</p><p>SÃO DIREITOS FUNDAMENTAIS, isso quer dizer</p><p>que o ESTADO deve intervir nas relações de</p><p>consumo.</p><p>Nos termos do art. 24 da CF/88, a competência</p><p>é concorrente, ou seja, a União tem</p><p>competência para edição das normas gerais do</p><p>direito do consumidor, enquanto os Estados e o</p><p>Distrito Federal gozam de competência</p><p>suplementar, isto é, eles vão legislar para</p><p>adequar estas normas gerais às</p><p>particularidades regionais.</p><p>Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao</p><p>Distrito Federal legislar concorrentemente</p><p>sobre:</p><p>V - Produção e consumo;</p><p>VIII - responsabilidade por danos ao meio</p><p>ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de</p><p>valor artístico, estético, histórico, turístico e</p><p>paisagístico;</p><p>O CDC surgiu, primordialmente, com o objetivo</p><p>de tutelar os desiguais, ou seja, tornar as</p><p>relações entre os sujeitos da relação de</p><p>consumo mais justas.</p><p>O Código de Defesa do Consumidor é aplicável</p><p>às instituições financeiras (súmula 297, STJ).</p><p>Vale dizer, ainda, que por ser NORMA DE</p><p>ORDEM PÚBLICA, estas são cogentes</p><p>(coercitivas) e inderrogáveis (incontestáveis ou</p><p>que podem ser alteradas) pela vontade ou</p><p>ajuste das partes.</p><p>Em se tratando de norma de ordem pública,</p><p>pode o Juiz, de ofício, atuar nas relações de</p><p>consumo. Contudo, nos contratos bancários, é</p><p>vedado ao julgador reconhecer de ofício à</p><p>abusividade das cláusulas (súmula 381, STJ).</p><p>O CDC também é norma de interesse social, isso</p><p>porque são relevantes e importantes para todas</p><p>as pessoas.</p><p>ATENÇÃO: O CDC não deve ser aplicado aos</p><p>contratos pactuados antes de sua vigência,</p><p>exceto se a obrigação for de trato sucessivo.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>2</p><p>O CDC não é aplicado em casos de contratos de</p><p>locação e também nas relações entre</p><p>condomínio e condôminos.</p><p>Na relação entre advogados e clientes também</p><p>não se aplica o CDC.</p><p>E, também não se aplica o CDC: contratos entre</p><p>postos e distribuidores de combustíveis,</p><p>aquisição de bem ou serviços por pessoa física</p><p>ou jurídica para melhoria de sua atividade</p><p>comercial; relação entre representante</p><p>comercial e empresa; contador e condomínio;</p><p>contrato de prestação de serviços entre os</p><p>correios e empresa; cotista e clube de</p><p>investimento; beneficiários do INSS, crédito</p><p>educativo; serviços notoriais; locação predial</p><p>urbana (aqui há exceção: quando o contrato é</p><p>feito por administradora, por contrato de</p><p>adesão); lojistas e administradora de shopping</p><p>center.</p><p>ELEMENTOS DA RELAÇÃO DE CONSUMO</p><p>São os sujeitos da relação de consumo:</p><p>CONSUMIDOR, FORNECEDOR, PRODUTO OU</p><p>SERVIÇO.</p><p>Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que</p><p>adquire ou utiliza produto ou serviço como</p><p>destinatário final.</p><p>Portanto, consumidor pode ser PF ou PJ, desde</p><p>que adquira o produto como DESTINATÁRIO</p><p>FINAL.</p><p>A PESSOA JURÍDICA NÃO PODE USAR O BEM</p><p>OU SERVIÇO COMO INSUMO PARA SER</p><p>CONSIDERADA CONSUMIDORA.</p><p>Quanto ao DESTINATÁRIO FINAL, é importante</p><p>você saber:</p><p>TEORIA MAXIMALISTA: Destinatário final é o</p><p>destinatário FÁTICO, portanto, é aquele que</p><p>retira o produto do mercado de consumo para</p><p>seu próprio uso.</p><p>TEORIA FINALISTA: Diz que além de o</p><p>consumidor destinatário final tirar o produto do</p><p>mercado, NÃO DEVE usar o produto com vias de</p><p>obtenção de lucro. EX: Se eu levo o produto (ex:</p><p>computador) para casa, eu sou consumidor,</p><p>contudo, se utilizo o produto na minha empresa,</p><p>se entrego para meus funcionários, não pode ser</p><p>considerado consumidor.</p><p>Em casos de dúvida, deve-se apelar para a</p><p>VULNERABILIDADE (técnica, jurídica,</p><p>econômica ou informacional). Acaso</p><p>demonstrada a vulnerabilidade deve ser</p><p>aplicado o CDC.</p><p>Consumidor por equiparação: Equipara-se a</p><p>consumidor a coletividade de pessoas, ainda</p><p>que indetermináveis, que haja intervindo nas</p><p>relações de consumo. Também é aquele</p><p>previsto no art. 17, do CDC (CONSUMIDOR</p><p>BYSTANDER = aquele que não participa</p><p>diretamente da relação, mas sofre os efeitos do</p><p>evento danoso - vítima).</p><p>Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica,</p><p>pública ou privada, nacional ou estrangeira,</p><p>bem como os entes despersonalizados, que</p><p>desenvolvem atividade de produção,</p><p>montagem, criação, construção,</p><p>transformação, importação, exportação,</p><p>distribuição ou comercialização de produtos ou</p><p>prestação de serviços.</p><p>DETALHE: PARA SER CONSIDERADO</p><p>FORNECEDOR DEVE REALIZAR A ATIVIDADE</p><p>COM HABITUALIDADE. Exemplo: Quando vendo</p><p>meu carro próprio não estou atuando como</p><p>fornecedor, pois ausente a habitualidade,</p><p>contudo, se uma agencia de carros faz a venda,</p><p>deve ser considerada como fornecedora, pois</p><p>presente a habitualidade e há fim comercial.</p><p>Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel,</p><p>material ou imaterial.</p><p>Serviço é qualquer atividade fornecida no</p><p>mercado de consumo, mediante remuneração,</p><p>inclusive as de natureza bancária, financeira,</p><p>de crédito e securitária, salvo as decorrentes</p><p>das relações de caráter trabalhista.</p><p>PERCEBA, PARA SER CONSIDERADO SERVIÇO</p><p>DEVE HAVER O REQUISITO DA REMUNERAÇÃO.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>3</p><p>Passado isto, vamos, abaixo, ver quais são os</p><p>princípios básicos do consumidor (Art. 4º do</p><p>CDC), que são oriundos dos direitos básicos no</p><p>consumidor, com previsão no artigo 6º, do CDC:</p><p>Vejamos primeiro o que traz o art. 4º:</p><p>Art. 4º A Política Nacional das Relações de</p><p>Consumo tem por objetivo o atendimento das</p><p>necessidades dos consumidores, o respeito à</p><p>sua dignidade, saúde e segurança, a proteção</p><p>de seus interesses econômicos, a melhoria da</p><p>sua qualidade de vida, bem como a</p><p>transparência e harmonia das relações de</p><p>consumo, atendidos os seguintes</p><p>princípios:</p><p>I - Reconhecimento da vulnerabilidade do</p><p>consumidor no mercado de consumo;</p><p>II - Ação governamental no sentido de proteger</p><p>efetivamente o consumidor:</p><p>a) por iniciativa direta;</p><p>b) por incentivos à criação e desenvolvimento</p><p>de associações representativas;</p><p>c) pela presença do Estado no mercado de</p><p>consumo;</p><p>d) pela garantia</p><p>O retorno ao nome de solteiro ou de solteira do</p><p>companheiro ou da companheira será</p><p>realizado por meio da averbação da extinção de</p><p>união estável em seu registro.</p><p>O enteado ou a enteada, se houver motivo</p><p>justificável, poderá requerer ao oficial de</p><p>registro civil que, nos registros de nascimento e</p><p>de casamento, seja averbado o nome de família</p><p>de seu padrasto ou de sua madrasta, desde que</p><p>haja expressa concordância destes, sem prejuízo</p><p>de seus sobrenomes de família</p><p>3. PESSOAS JURÍDICAS</p><p>O QUE DEVO SABER:</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>22</p><p>Pessoas jurídicas: São entidades (reunião de</p><p>pessoas) a que a lei confere personalidade,</p><p>capacitando-as a serem sujeitos de direitos e</p><p>obrigações próprios. São entes formados pela</p><p>coletividade de bens ou de pessoas a quem a lei</p><p>atribui personalidade jurídica, com o objetivo de</p><p>que seja atingida uma determinada finalidade</p><p>autorizada ou não proibida por Lei.</p><p>Art. 40. As pessoas jurídicas são de direito</p><p>público, interno ou externo, e de direito</p><p>privado.</p><p>Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público</p><p>interno:</p><p>I - A União;</p><p>II - Os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;</p><p>III - os Municípios;</p><p>IV - As autarquias, inclusive as associações</p><p>públicas;</p><p>V - as demais entidades de caráter público</p><p>criadas por lei.</p><p>Parágrafo único. Salvo disposição em contrário,</p><p>as pessoas jurídicas de direito público, a que se</p><p>tenha dado estrutura de direito privado, regem-</p><p>se, no que couber, quanto ao seu</p><p>funcionamento, pelas normas deste Código.</p><p>Art. 42. São pessoas jurídicas de direito público</p><p>externo os Estados estrangeiros e todas as</p><p>pessoas que forem regidas pelo direito</p><p>internacional público.</p><p>Art. 43. As pessoas jurídicas de direito público</p><p>interno são civilmente responsáveis por atos</p><p>dos seus agentes que nessa qualidade causem</p><p>danos a terceiros, ressalvado direito regressivo</p><p>contra os causadores do dano, se houver, por</p><p>parte destes, culpa ou dolo.</p><p>Art. 44. São pessoas jurídicas de direito</p><p>privado:</p><p>I - As associações;</p><p>II - As sociedades;</p><p>III - as fundações.</p><p>IV - As organizações religiosas;</p><p>V - Os partidos políticos</p><p>VI - REVOGADO</p><p>Sem o REGISTRO regular da Pessoa jurídica no</p><p>órgão respectivo, ela será considerada irregular.</p><p>Sociedade de Fato: Ato constitutivo não existe.</p><p>Sociedade Irregular: Ato constitutivo existe,</p><p>mas não foi registrado.</p><p>OBS: Nos Entes despersonalizados, os seja, nas</p><p>Pessoas jurídicas irregulares a responsabilidade</p><p>será pessoal, solidária e ilimitada do sócio que</p><p>contratou.</p><p>Assim como ocorre com as pessoas naturais, a</p><p>extinção da pessoa jurídica determina o fim de</p><p>sua personalidade jurídica.</p><p>Pessoas jurídicas de direito público interno:</p><p>têm, em regra, responsabilidade objetiva pelos</p><p>danos causados a terceiros. Em situações</p><p>excepcionais, relacionadas a conduta omissiva, a</p><p>responsabilidade será subjetiva.</p><p>Pessoas jurídicas de direito privado: a</p><p>responsabilidade civil também é, em princípio,</p><p>do tipo objetiva, pela incidência dos Arts. 932 e</p><p>933 do Código Civil de 2002, que determinam</p><p>que, ainda que não haja culpa de sua parte, o</p><p>empregador responde pelos atos de seus</p><p>empregados, no exercício do trabalho que lhes</p><p>competir, ou em razão dele.</p><p>Espécies de Pessoas jurídicas de direito</p><p>Privado:</p><p>1- Sociedade: São pessoas jurídicas de</p><p>direito privado formadas pela união de</p><p>pessoas (universitas personarum), que</p><p>se organizam para desenvolver uma</p><p>atividade econômica com intuito</p><p>lucrativo.</p><p>2- Sociedade Simples: Composta por</p><p>pessoas que se organizam com intuito</p><p>lucrativo, mas sem possuir os</p><p>elementos de empresa (Atividade</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>23</p><p>Profissional, Organizada e Econômica –</p><p>PEO)</p><p>3- Sociedade Empresária: Composta por</p><p>pessoas que se organizam com o fim</p><p>comercial, constituindo uma empresa,</p><p>com atividade organizada e com fim</p><p>lucrativo.</p><p>OBS: A Lei nº. 14.195/2021 acabou com</p><p>as EIRELI (empresas individuais de</p><p>responsabilidade limitada). A EIRELI era um</p><p>tipo societário também composto por apenas</p><p>um sócio, e não era regida por um contrato</p><p>social – bastando o ato constitutivo de registro</p><p>na Junta Comercial (EIRELI: Constituída por uma</p><p>única pessoa titular da totalidade do capital</p><p>social, devidamente integralizado, que não será</p><p>inferior a 100 (cem) vezes o maior salário</p><p>mínimo vigente no País)</p><p>Associação (Art. 63 a 61, CC): As associações são</p><p>pessoas jurídicas de direito privado formadas</p><p>pela união de pessoas (universitas personarum)</p><p>que se organizam para desenvolver uma</p><p>atividade lícita que não seja econômica, isto é,</p><p>que não tenha intuito lucrativo.</p><p>As associações podem desenvolver atividade</p><p>econômica, desde que não haja finalidade</p><p>lucrativa, o que não quer dizer que elas não</p><p>possam obter lucro, pelo contrário, podem,</p><p>todavia, os valores auferidos deverão ser</p><p>revertidos para a própria associação e não para</p><p>seus associados ou diretores.</p><p>PRESTA ATENÇÃO: NOVIDADE LEGISLATIVA</p><p>Art. 44 do CC: São pessoas jurídicas de direito</p><p>privado:</p><p>I - As associações;</p><p>II - As sociedades;</p><p>III - as fundações.</p><p>IV - As organizações religiosas;</p><p>V - Os partidos políticos.</p><p>VI - (Revogado pela Lei nº 14.382, de 2022)</p><p>EIRELI NÃO É MAIS CONSIDERADO PESSOA</p><p>JURÍDICA</p><p>Art. 48-A. As pessoas jurídicas de direito privado,</p><p>sem prejuízo do previsto em legislação especial</p><p>e em seus atos constitutivos, poderão realizar</p><p>suas assembleias gerais por meio eletrônico,</p><p>inclusive para os fins do disposto no art. 59</p><p>deste Código, respeitados os direitos previstos</p><p>de participação e de manifestação. (Incluído</p><p>pela Lei nº 14.382, de 2022)</p><p>E o que traz o artigo 59 do CC?</p><p>Art. 59. Compete privativamente à assembleia</p><p>geral:</p><p>I – Destituir os administradores;</p><p>II – Alterar o estatuto.</p><p>Parágrafo único. Para as deliberações a que se</p><p>referem os incisos I e II deste artigo é exigido</p><p>deliberação da assembleia especialmente</p><p>convocada para esse fim, cujo quórum será o</p><p>estabelecido no estatuto, bem como os critérios</p><p>de eleição dos administradores.</p><p>CARACTERÍSTICAS:</p><p>1-O estatuto não poderá estabelecer direitos e</p><p>obrigações recíprocos entre os associados (Art.</p><p>53, CC)</p><p>2-Os associados devem ter iguais direitos, mas o</p><p>estatuto poderá instituir categorias com</p><p>vantagens especiais (Art. 55, CC)</p><p>3-A exclusão do associado só é admissível</p><p>havendo justa causa (Art. 57, CC)</p><p>4-A qualidade de associado é intransmissível</p><p>(gratuita ou onerosamente), salvo disposição</p><p>em sentido contrário no estatuto (art. 56, CC)</p><p>assegura a invulnerabilidade dos direitos</p><p>individuais dos associados (art. 58, CC)</p><p>A assembleia geral é considerada o órgão</p><p>máximo dentro da associação.</p><p>SEMPRE CAI ISSO, PRESTE ATENÇÃO:</p><p>Havendo a Extinção ou Dissolução da</p><p>Associação :As cotas ou frações ideais serão</p><p>destinados à: 1) Entidade de fins não</p><p>econômicos designada no estatuto, OU 2)</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>24</p><p>Omisso o Estatuto, por deliberação dos</p><p>associados, destinado à instituição municipal,</p><p>estadual ou federal, de fins idênticos ou</p><p>semelhantes, OU 3) Destinados aos próprios</p><p>associados no limite do que cada um contribuiu,</p><p>OU 4) Não sendo possível qualquer das</p><p>hipóteses anteriores à Fazenda do Estado, do</p><p>Distrito Federal ou da União.</p><p>Fundações (Art. 62 a 69, CC): As fundações são</p><p>pessoas jurídicas de direito privado formadas</p><p>por um patrimônio, uma coletividade de bens</p><p>(universitas bonorum) para desenvolver uma</p><p>atividade lícita que não seja econômica, isto é,</p><p>que não tenha intuito lucrativo</p><p>Elaboração do estatuto: celebração do estatuto</p><p>pode ser direta ou própria. Caso o estatuto não</p><p>venha a ser elaborado - transcorrido 180 (cento</p><p>e oitenta) dias competirá ao Ministério Público</p><p>realizar a sua elaboração.</p><p>3.1. DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE</p><p>JURÍDICA</p><p>O QUE DEVO SABER:</p><p>É importante mencionar</p><p>que quando ocorre a</p><p>desconsideração da personalidade jurídica, os</p><p>bens particulares dos administradores/sócios</p><p>são utilizados para pagar dívidas da pessoa</p><p>jurídica.</p><p>Somente poderá ocorrer a desconsideração da</p><p>personalidade jurídica nas relações jurídicas</p><p>regidas pelo Código Civil se ficar caracterizado</p><p>que houve abuso da personalidade jurídica</p><p>(Caput do artigo 50).</p><p>Esse abuso pode se dar em duas situações:</p><p>1) Desvio de finalidade (utilização da pessoa</p><p>jurídica com o propósito de lesar credores e para</p><p>a prática de atos ilícitos de qualquer natureza).</p><p>2) Confusão patrimonial (ausência de separação</p><p>de fato entre os patrimônios, caracterizada por:</p><p>I - cumprimento repetitivo pela sociedade de</p><p>obrigações do sócio ou do administrador ou</p><p>vice-versa; II - transferência de ativos ou de</p><p>passivos sem efetivas contraprestações, exceto</p><p>os de valor proporcionalmente insignificante; e</p><p>III - outros atos de descumprimento da</p><p>autonomia patrimonial).</p><p>Teorias sobre a desconsideração da</p><p>personalidade jurídica:</p><p>TEORIA MAIOR: Exige que haja o abuso de</p><p>direito ou abuso da personalidade jurídica, que</p><p>é caracterizado pelo desvio de finalidade, fraude</p><p>ou confusão patrimonial, não bastando a</p><p>insuficiência de fundos para quitar suas dívidas.</p><p>É o caso do Art. 50 do CC.</p><p>TEORIA MENOR: Não há necessidade de</p><p>comprovar um motivo, basta haver a</p><p>insuficiência de fundos (insolvência) para quitar</p><p>suas dívidas. É o que ocorre no Código de</p><p>Defesa do Consumidor e no Direito Ambiental</p><p>Art. 50. Em caso de abuso da personalidade</p><p>jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade</p><p>ou pela confusão patrimonial, pode o juiz, a</p><p>requerimento da parte, ou do Ministério Público</p><p>quando lhe couber intervir no processo,</p><p>desconsiderá-la para que os efeitos de certas e</p><p>determinadas relações de obrigações sejam</p><p>estendidos aos bens particulares de</p><p>administradores ou de sócios da pessoa jurídica</p><p>beneficiados direta ou indiretamente pelo</p><p>abuso.</p><p>§ 1º Para os fins do disposto neste artigo, desvio</p><p>de finalidade é a utilização da pessoa jurídica</p><p>com o propósito de lesar credores e para a</p><p>prática de atos ilícitos de qualquer natureza.</p><p>§ 2º Entende-se por confusão patrimonial a</p><p>ausência de separação de fato entre os</p><p>patrimônios, caracterizada por:</p><p>I - Cumprimento repetitivo pela sociedade de</p><p>obrigações do sócio ou do administrador ou</p><p>vice-versa;</p><p>II - Transferência de ativos ou de passivos sem</p><p>efetivas contraprestações, exceto os de valor</p><p>proporcionalmente insignificante;</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>25</p><p>III - outros atos de descumprimento da</p><p>autonomia patrimonial.</p><p>§ 3º O disposto no caput e nos §§ 1º e 2º deste</p><p>artigo também se aplica à extensão das</p><p>obrigações de sócios ou de administradores à</p><p>pessoa jurídica.</p><p>§ 4º A mera existência de grupo econômico sem</p><p>a presença dos requisitos de que trata</p><p>o caput deste artigo não autoriza a</p><p>desconsideração da personalidade da pessoa</p><p>jurídica.</p><p>§ 5º Não constitui desvio de finalidade a mera</p><p>expansão ou a alteração da finalidade original</p><p>da atividade econômica</p><p>DESCONSIDERAÇÃO INVERSA DA</p><p>PERSONALIDADE JURÍDICA:</p><p>Previsão no artigo 50 do CC.</p><p>Ocorre quando o Juiz, por requerimento,</p><p>autoriza o uso de bens da PJ para pagamento de</p><p>dívidas e obrigações de sócios ou de</p><p>administradores à pessoa jurídica.</p><p>Enunciado 283 - IV Jornada de Direito Civil</p><p>É cabível a desconsideração da personalidade</p><p>jurídica chamada "inversa" para alcançar bens</p><p>de sócio que se valeu da pessoa jurídica para</p><p>ocultar ou desviar bens pessoais, a prejuízo de</p><p>terceiros.</p><p>Respaldo legal nos arts. 50 do CC e 133, §2º do</p><p>CPC.</p><p>OBS: Não é cabível a desconsideração da</p><p>personalidade jurídica contra sociedade em</p><p>conta de participação e sociedade em comum</p><p>pois estas não ostentam de personalidade</p><p>jurídica.</p><p>Doutrinariamente a desconsideração da</p><p>personalidade jurídica, conforme o art. 50 do</p><p>código civil e seus incisos, se divide em alguns</p><p>tipos:</p><p>Regra geral: art. 50 do CC- clássica ou ortodoxa</p><p>é aquela através da qual se transpõe o véu da</p><p>personalidade jurídica de determinada pessoa</p><p>jurídica para que, em havendo abuso, nos</p><p>termos do artigo 50, caput, do Código Civil, seja</p><p>possível alcançar o patrimônio de seus sócios</p><p>ou administradores.</p><p>II. Inversa: a desconsideração inversa tem por</p><p>finalidade o alcance de determinadas pessoas</p><p>jurídicas quando o titular da obrigação original</p><p>que cometeu o abuso for seu sócio ou</p><p>administrador.</p><p>III. Expansiva: "trata-se de nomenclatura</p><p>utilizada para designar a possibilidade de</p><p>desconsiderar uma pessoa jurídica para atingir a</p><p>personalidade do sócio oculto, que, não raro,</p><p>está escondido na empresa controladora".</p><p>IV. Indireta: alcance de conglomerados</p><p>empresariais ou grupos econômicos que</p><p>operam com fraudes e abusos para prejudicar</p><p>terceiros e obter vantagens indevidas.</p><p>V. Positiva: os devedores requisitaram o que a</p><p>doutrina classifica como "desconsideração</p><p>positiva da personalidade jurídica" — a</p><p>autonomia patrimonial entre empresa e sócios é</p><p>rompida não para alcançar, mas para proteger</p><p>um bem, no caso a residência da família.</p><p>Obs. A desconsideração positiva da</p><p>personalidade jurídica é uma construção</p><p>doutrinária, que vem sendo reconhecida pelo</p><p>STJ para garantir a impenhorabilidade de</p><p>imóveis pertencentes à empresa, desde que</p><p>comprovado que os sócios neles residem (A FGV</p><p>VEM COBRANDO ESSE TIPO DE</p><p>PERSONALIDADE EM ALGUMAS PROVAS DE</p><p>CONCURSO, POR ISSO VAMOS FICAR DE OLHO)</p><p>4. DO DOMICÍLIO</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>Domicílio civil é o lugar onde a pessoa natural</p><p>estabelece residência habitual e com ânimo</p><p>definitivo.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>26</p><p>FIQUE ATENTO: No nosso País inexiste a</p><p>possibilidade de alguém não ter domicílio, eis</p><p>que ainda que não tenha local fixo, residência,</p><p>será considerado domicílio o local onde a</p><p>pessoa for localizada.</p><p>ESPÉCIES DE DOMICÍLIO:</p><p>Domicílio da pessoa natural/civil é o lugar onde</p><p>ela estabelece a sua residência com ânimo</p><p>definitivo.</p><p>Domicílio voluntário da pessoa é aquele que é</p><p>fixado com base em sua própria vontade</p><p>(autonomia privada).</p><p>Domicílio de origem é o primeiro domicílio de</p><p>uma pessoa, inclusive, do incapaz, eis que este</p><p>recebe, legalmente, o domicílio dos seus</p><p>representantes.</p><p>Domicílio necessário/legal é o importo por lei,</p><p>nos casos do artigo 76, do CC: Pessoa Jurídica de</p><p>Direito Público Interno, incapaz, o servidor</p><p>público, o militar, o marítimo e o preso.</p><p>Atenção: O funcionário público, por exemplo,</p><p>além do domicílio legal também pode ter o</p><p>domicílio voluntário.</p><p>LOGO, o domicílio necessário/legal NÃO</p><p>EXCLUI o voluntário.</p><p>Domicílio contratual: Previsão no 78, do CC.</p><p>Ocorre nos contratos escritos, quando poderão</p><p>os contratantes especificar domicílio onde se</p><p>exercitem e cumpram os direitos e obrigações</p><p>deles resultantes.</p><p>Domicílio das PJs:</p><p>I - Da União, o Distrito Federal;</p><p>II - Dos Estados e Territórios, as respectivas</p><p>capitais;</p><p>III - do Município, o lugar onde funcione a</p><p>administração municipal;</p><p>IV - Das demais pessoas jurídicas (direito</p><p>privado), o lugar onde funcionarem as</p><p>respectivas diretorias e administrações, ou</p><p>onde elegerem domicílio especial no seu</p><p>estatuto ou atos constitutivos.</p><p>Pluralidade de domicílios: Se a PJ tiver diversos</p><p>estabelecimentos em lugares diferentes, cada</p><p>um deles será considerado domicílio para os</p><p>atos nele praticados.</p><p>Fique atento pois a LINDB também possui</p><p>algumas disposições sobre domicílio:</p><p>Art. 7º. A lei do país em que domiciliada a</p><p>pessoa determina as regras sobre o começo e o</p><p>fim da personalidade, o nome, a capacidade e</p><p>os direitos de família.</p><p>§ 1o Realizando-se o casamento no Brasil, será</p><p>aplicada a lei brasileira quanto aos</p><p>impedimentos dirimentes e às formalidades da</p><p>celebração.</p><p>§ 2o O casamento de estrangeiros poderá</p><p>celebrar-se perante autoridades diplomáticas</p><p>ou consulares</p><p>do país de ambos os nubentes.</p><p>(Redação dada pela Lei nº 3.238, de 1957)</p><p>§ 3o Tendo os nubentes domicílio diverso,</p><p>regerá os casos de invalidade do matrimônio a</p><p>lei do primeiro domicílio conjugal.</p><p>§ 4o O regime de bens, legal ou convencional,</p><p>obedece à lei do país em que tiverem os</p><p>nubentes domicílio, e, se este for diverso, a do</p><p>primeiro domicílio conjugal.</p><p>§ 5º - O estrangeiro casado, que se naturalizar</p><p>brasileiro, pode, mediante expressa anuência de</p><p>seu cônjuge, requerer ao juiz, no ato de entrega</p><p>do decreto de naturalização, se apostile ao</p><p>mesmo a adoção do regime de comunhão</p><p>parcial de bens, respeitados os direitos de</p><p>terceiros e dada esta adoção ao competente</p><p>registro. (Redação dada pela Lei nº</p><p>6.515, de 1977)</p><p>§ 6º O divórcio realizado no estrangeiro, se um</p><p>ou ambos os cônjuges forem brasileiros, só será</p><p>reconhecido no Brasil depois de 1 (um) ano da</p><p>data da sentença, salvo se houver sido</p><p>antecedida de separação judicial por igual prazo,</p><p>caso em que a homologação produzirá efeito</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>27</p><p>imediato, obedecidas as condições</p><p>estabelecidas para a eficácia das sentenças</p><p>estrangeiras no país. O Superior Tribunal de</p><p>Justiça, na forma de seu regimento interno,</p><p>poderá reexaminar, a requerimento do</p><p>interessado, decisões já proferidas em pedidos</p><p>de homologação de sentenças estrangeiras de</p><p>divórcio de brasileiros, a fim de que passem a</p><p>produzir todos os efeitos legais.</p><p>(Redação dada pela Lei nº 12.036, de 2009).</p><p>§ 7o Salvo o caso de abandono, o domicílio do</p><p>chefe da família estende-se ao outro cônjuge e</p><p>aos filhos não emancipados, e o do tutor ou</p><p>curador aos incapazes sob sua guarda.</p><p>§ 8o Quando a pessoa não tiver domicílio,</p><p>considerar-se-á domiciliada no lugar de sua</p><p>residência ou naquele em que se encontre.</p><p>Art. 8º Para qualificar os bens e regular as</p><p>relações a eles concernentes, aplicar-se-á a lei</p><p>do país em que estiverem situados.</p><p>§ 1o Aplicar-se-á a lei do país em que for</p><p>domiciliado o proprietário, quanto aos bens</p><p>moveis que ele trouxer ou se destinarem a</p><p>transporte para outros lugares.</p><p>§ 2o O penhor regula-se pela lei do domicílio</p><p>que tiver a pessoa, em cuja posse se encontre a</p><p>coisa apenhada.</p><p>Art. 10. A sucessão por morte ou por ausência</p><p>obedece à lei do país em que domiciliado o</p><p>defunto ou o desaparecido, qualquer que seja a</p><p>natureza e a situação dos bens.</p><p>§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros,</p><p>situados no País, será regulada pela lei brasileira</p><p>em benefício do cônjuge ou dos filhos</p><p>brasileiros, ou de quem os represente, sempre</p><p>que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do</p><p>de cujus. (Redação dada pela Lei nº</p><p>9.047, de 1995)</p><p>§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário</p><p>regula a capacidade para suceder.</p><p>Art. 12. É competente a autoridade judiciária</p><p>brasileira, quando for o réu domiciliado no</p><p>Brasil ou aqui tiver de ser cumprida a</p><p>obrigação.</p><p>#linkmental #direitointernacional #sucessão</p><p>A sucessão por morte ou por ausência obedece</p><p>à lei do país em que domiciliado o defunto ou o</p><p>desaparecido, qualquer que seja a natureza e a</p><p>situação dos bens.</p><p>§ 1º A sucessão de bens de estrangeiros,</p><p>situados no País, será regulada pela lei brasileira</p><p>em benefício do cônjuge ou dos filhos</p><p>brasileiros, ou de quem os represente, sempre</p><p>que não lhes seja mais favorável a lei pessoal do</p><p>de cujus.</p><p>§ 2o A lei do domicílio do herdeiro ou legatário</p><p>regula a capacidade para suceder.</p><p>4.1 DOS BENS - #EXTRA – ESTUDE SE TIVER</p><p>TEMPO</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER</p><p>Os bens podem ser corpóreos (materiais,</p><p>tangíveis), ou incorpóreos (imateriais, tais como</p><p>direitos autorais).</p><p>Art. 79. São bens imóveis o solo e tudo quanto</p><p>se lhe incorporar natural ou artificialmente.</p><p>(São aqueles bens que não podem ser</p><p>removidos ou transportados)</p><p>Art. 80. Consideram-se imóveis para os efeitos</p><p>legais:</p><p>I - Os direitos reais sobre imóveis e as ações que</p><p>os asseguram;</p><p>II - O direito à sucessão aberta.</p><p>Art. 81. Não perdem o caráter de imóveis:</p><p>I - As edificações que, separadas do solo, mas</p><p>conservando a sua unidade, forem removidas</p><p>para outro local;</p><p>II - Os materiais provisoriamente separados de</p><p>um prédio, para nele se reempregarem.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>28</p><p>Dos Bens Móveis</p><p>Art. 82. São móveis os bens suscetíveis de</p><p>movimento próprio, ou de remoção por força</p><p>alheia, sem alteração da substância ou da</p><p>destinação econômico-social (São aqueles que</p><p>podem ser removidos ou transportados).</p><p>Art. 83. Consideram-se móveis para os efeitos</p><p>legais:</p><p>I - As energias que tenham valor econômico;</p><p>II - Os direitos reais sobre objetos móveis e as</p><p>ações correspondentes;</p><p>III - os direitos pessoais de caráter patrimonial e</p><p>respectivas ações.</p><p>Art. 84. Os materiais destinados a alguma</p><p>construção, enquanto não forem empregados,</p><p>conservam sua qualidade de móveis;</p><p>readquirem essa qualidade os provenientes da</p><p>demolição de algum prédio.</p><p>Ex: Tijolos e madeiras que ainda não foram</p><p>empregados ao prédio em construção são</p><p>considerados bens móveis, porém depois de</p><p>agregados ao conjunto do prédio são imóveis,</p><p>entretanto, quando demolidos do prédio</p><p>voltam a ser bens móveis.</p><p>Dos Bens Fungíveis e Consumíveis</p><p>Art. 85. São fungíveis os móveis que podem</p><p>substituir-se por outros da mesma espécie,</p><p>qualidade e quantidade.</p><p>Art. 86. São consumíveis os bens móveis cujo</p><p>uso importa destruição imediata da própria</p><p>substância, sendo também considerados tais os</p><p>destinados à alienação.</p><p>Dos Bens Divisíveis</p><p>Art. 87. Bens divisíveis são os que se podem</p><p>fracionar sem alteração na sua substância,</p><p>diminuição considerável de valor, ou prejuízo do</p><p>uso a que se destinam.</p><p>Art. 88. Os bens naturalmente divisíveis podem</p><p>tornar-se indivisíveis por determinação da lei ou</p><p>por vontade das partes.</p><p>Dos Bens Singulares e Coletivos</p><p>Art. 89. São singulares os bens que, embora</p><p>reunidos, se consideram de per si,</p><p>independentemente dos demais.</p><p>Art. 90. Constitui universalidade de fato a</p><p>pluralidade de bens singulares que, pertinentes</p><p>à mesma pessoa, tenham destinação unitária.</p><p>Parágrafo único. Os bens que formam essa</p><p>universalidade podem ser objeto de relações</p><p>jurídicas próprias.</p><p>Art. 91. Constitui universalidade de direito o</p><p>complexo de relações jurídicas, de uma pessoa,</p><p>dotadas de valor econômico.</p><p>Dos Bens Reciprocamente Considerados</p><p>Art. 92. Principal é o bem que existe sobre si,</p><p>abstrata ou concretamente; acessório, aquele</p><p>cuja existência supõe a do principal.</p><p>Bens acessórios são aqueles cuja existência</p><p>supõe a do bem principal. Eles se dividem em:</p><p>a)Frutos: são bens que saem do principal sem</p><p>diminuir sua quantidade. Esses frutos podem</p><p>ser:</p><p>Naturais: que decorrem da essência. Ex.: frutas.</p><p>Industriais: que decorrem da atividade humana.</p><p>Ex.: cimento</p><p>Civis: que são rendimentos. Ex.: juros, aluguel,</p><p>etc.</p><p>b) Produtos: são bens que saem do principal</p><p>diminuindo esse. Ex.: pepita de ouro de uma</p><p>mina.</p><p>c)Pertenças: não constituem partes</p><p>integrantes, servem de modo duradouro ao uso,</p><p>serviço ou embelezamento de outro bem. Como</p><p>não são partes integrantes são independentes.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>29</p><p>Podem ser bens móveis incorporados a bens</p><p>imóveis ou incorporados à bens móveis, ambos</p><p>pela vontade do homem (acessão intelectual).</p><p>Em regra, a pertença não segue o bem principal,</p><p>salvo se resultar da lei, manifestação da vontade</p><p>ou circunstâncias do caso.</p><p>Neste sentido decorre o Código Civil:</p><p>Art. 93. São pertenças os bens que, não</p><p>constituindo partes integrantes, se destinam, de</p><p>modo duradouro, ao uso, ao serviço ou ao</p><p>aformoseamento de outro.</p><p>Art. 94. Os negócios jurídicos que dizem</p><p>respeito ao bem principal não abrangem as</p><p>pertenças, salvo se o contrário resultar da lei, da</p><p>manifestação de vontade, ou das circunstâncias</p><p>do caso.</p><p>Art. 95. Apesar de ainda não separados do bem</p><p>principal, os frutos e produtos podem ser objeto</p><p>de negócio jurídico.</p><p>D)benfeitorias: são acréscimos e</p><p>melhoramentos introduzidos no bem principal</p><p>Art. 96. As benfeitorias podem ser</p><p>voluptuárias, úteis ou necessárias.</p><p>§ 1 o São voluptuárias as de mero deleite ou</p><p>recreio, que não aumentam o uso habitual do</p><p>bem, ainda que o tornem mais agradável ou</p><p>sejam de elevado valor. (São as benfeitorias de</p><p>mero deleite ou recreio, tais como piscina,</p><p>sauna).</p><p>§ 2 o São úteis as que aumentam ou facilitam o</p><p>uso do bem (São as que facilitam o uso, tais</p><p>como corrimão de escada)</p><p>§ 3 o São necessárias as que têm por fim</p><p>conservar o bem ou evitar que se deteriore</p><p>(Sãos as de conservação e manutenção do bem)</p><p>OBS.: piscina em escola de natação é benfeitoria</p><p>necessária e não voluptuária.</p><p>OBS.: a melhor diferenciação entre pertença e</p><p>benfeitoria voluptuária é a de que a primeira é</p><p>uma incorporação realizada pelo proprietário,</p><p>enquanto a segunda é uma incorporação</p><p>realizada por quem não é proprietário.</p><p>Art. 97. Não se consideram benfeitorias os</p><p>melhoramentos ou acréscimos sobrevindos ao</p><p>bem sem a intervenção do proprietário,</p><p>possuidor ou detentor.</p><p>Ex.: Rádio é parte integrante do veículo quando</p><p>já vem de fábrica. Porém, quando você compra</p><p>e manda colocar, é pertença. Quando você</p><p>empresta o carro e o comodatário coloca o Toca</p><p>CD é benfeitoria.</p><p>Dos Bens Públicos</p><p>Art. 98. São públicos os bens do domínio</p><p>nacional pertencentes às pessoas jurídicas de</p><p>direito público interno; todos os outros são</p><p>particulares, seja qual for a pessoa a que</p><p>pertencerem.</p><p>Art. 99. São bens públicos:</p><p>I - Os de uso comum do povo, tais como rios,</p><p>mares, estradas, ruas e praças;</p><p>II - Os de uso especial, tais como edifícios ou</p><p>terrenos destinados a serviço ou</p><p>estabelecimento da administração federal,</p><p>estadual, territorial ou municipal, inclusive os</p><p>de suas autarquias;</p><p>III - os dominicais, que constituem o patrimônio</p><p>das pessoas jurídicas de direito público, como</p><p>objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma</p><p>dessas entidades.</p><p>Parágrafo único. Não dispondo a lei em</p><p>contrário, consideram-se dominicais os bens</p><p>pertencentes às pessoas jurídicas de direito</p><p>público a que se tenha dado estrutura de direito</p><p>privado.</p><p>Art. 100. Os bens públicos de uso comum do</p><p>povo e os de uso especial são inalienáveis,</p><p>enquanto conservarem a sua qualificação, na</p><p>forma que a lei determinar. Percebem que aqui</p><p>não está incluso os bens DOMINICAIS.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>30</p><p>Os bens Dominicais são os únicos alienáveis,</p><p>porém, assim como os demais, não estão</p><p>sujeitos à usucapião.</p><p>Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser</p><p>alienados, observadas as exigências da lei.</p><p>Art. 102. Os bens públicos não estão sujeitos a</p><p>usucapião.</p><p>Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode</p><p>ser gratuito ou retribuído, conforme for</p><p>estabelecido legalmente pela entidade a cuja</p><p>administração pertencerem.</p><p>DIREITO CONSTITUCIONAL</p><p>DICA DO DIA 03</p><p>1. TEORIA DA CONSTITUIÇÃO</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>O constitucionalismo foi um movimento, que</p><p>tinha como objetivo limitar o poder do estado,</p><p>garantir os direitos fundamentais e buscar a</p><p>separação dos poderes, em face do</p><p>absolutismo.</p><p>Tal movimento vai muito mais além do que</p><p>conferir constituições aos estados, até porque</p><p>estas já existiam materialmente, mas não</p><p>possuíam força para garantir os direitos que a</p><p>sociedade precisava, assim como para separar</p><p>as funções estatais e romper com os ideais</p><p>absolutistas da época.</p><p>CONSTITUCIONALISMO ANTIGO: Ocorreu entre</p><p>a idade clássica até o fim do século. XVII. No</p><p>início do constitucionalismo antigo tinha-se a</p><p>limitação do poder estatal por dogmas</p><p>religiosos, o que originou o Estado Teocrático.</p><p>Em um segundo momento, nas cidades-estados</p><p>gregas (Carta Magna 1215), as constituições</p><p>eram consuetudinárias, pois tinham como base</p><p>costumes e precedentes judiciais. Caracteriza-se</p><p>pela existência de direitos perante um monarca</p><p>limitando seu poder.</p><p>CONSTITUCIONALISMO CLÁSSICO OU LIBERAL:</p><p>Inicia do fim do século XVIII e permanece até o</p><p>fim da 1ª Guerra Mundial.</p><p>Uma das suas principais características é o</p><p>surgimento das constituições escritas.</p><p>Momento em que surgiu a 1ª constituição dos</p><p>EUA (1787), na França surgiu com o liberalismo</p><p>em 1789 (a primeira constituição escrita da</p><p>França foi em 1791) e com a Declaração dos</p><p>Direitos do Homem e do Cidadão.</p><p>A Declaração do Homem e do Cidadão traz as</p><p>matérias que devem ser matéria expressa em</p><p>qualquer constituição, como a separação dos</p><p>poderes, direitos fundamentais e estrutura do</p><p>estado.</p><p>No constitucionalismo Clássico, o Estado era</p><p>Liberal/de Direito, o qual limitava os direitos</p><p>que o soberano tinha em seu poder.</p><p>Surgiu os direitos da Primeira geração, ou seja,</p><p>os direitos relacionados a liberdade (direitos</p><p>civis e políticos).</p><p>CONSTITUCIONALISMO MODERNO OU SOCIAL:</p><p>Inicia com o fim da 1ª Guerra Mundial e vai até</p><p>o fim da 2ª Guerra Mundial.</p><p>Com a crise do liberalismo econômico, no final</p><p>do século XIX, os constitucionalistas modernos</p><p>deram ênfase a 2º geração dos direitos</p><p>fundamentais, tendo como modelo a</p><p>Constituição do México de 1917 e a de Weimar</p><p>de 1919.</p><p>Neste momento surge o ESTADO SOCIAL, o qual</p><p>se caracteriza pelo abandono de um estado</p><p>abstencionista e o surgimento de um estado</p><p>que implementa a igualdade e que intervém</p><p>em inúmeras questões que antes eram deixas a</p><p>livre iniciativa.</p><p>CONSTITUCIONALISMO CONTEMPORÂNEO:</p><p>inicia com o fim da 2º Guerra Mundial.</p><p>Tem como uma das suas características a</p><p>garantia jurisdicional da supremacia da</p><p>Constituição, o surgimento da 3ª geração dos</p><p>direitos fundamentais.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>31</p><p>No constitucionalismo Contemporâneo surge</p><p>duas concepções: o neoconstitucionalismo, e o</p><p>pós-positivismo.</p><p>O neoconstitucionalismo tem como</p><p>fundamento a dignidade da pessoa humana. O</p><p>Estado constitucional de Direito é o seu marco</p><p>histórico, a legalidade se subordina a</p><p>constituição, é o chamado força normativa da</p><p>constituição.</p><p>Diferença entre Constitucionalismo/</p><p>Jusnaturalismo X Positivismo X Pós-Positivismo</p><p>X Neoconstitucionalismo</p><p>Jusnaturalismo: Para o Jusnaturalismo, o direito</p><p>é algo natural e anterior ao ser humano,</p><p>devendo seguir sempre aquilo que condiz aos</p><p>valores da humanidade (direito à vida, à</p><p>liberdade, à dignidade, etc) e ao ideal de justiça.</p><p>O Jusnaturalismo ou direito natural é aquele que</p><p>o homem já nasce sendo este imutável.</p><p>Positivismo: Representa a ultra valorização da</p><p>lei, além de separar o direito e a moral.</p><p>Pós-Positivismo: Surge para aperfeiçoar o</p><p>positivismo e ponderar a relação entre direito e</p><p>ética com o intuito de dar aos princípios jurídicos</p><p>caráter normativo.</p><p>Neoconstitucionalismo: visa refundar o direito</p><p>constitucional com base em novas premissas,</p><p>como a difusão e o desenvolvimento da teoria</p><p>dos direitos fundamentais e a força normativa</p><p>da constituição</p><p>Sentidos da Constituição: Em regra, todo Estado</p><p>tem uma constituição, que a regulamentação e</p><p>a forma que o estado deve ser, deve ser</p><p>organizado.</p><p>SENTIDO SOCIOLÓGICO DA CONSTITUIÇÃO</p><p>(FERDINAND LASSALLE):Para Lassalle a</p><p>constituição deve ser puro reflexo da sociedade,</p><p>a qual adota. NÃO É FORMA DE DEVER SER,</p><p>MAS DE SER.</p><p>Os fatores reais do poder (a sociedade) é quem</p><p>possui força ativa e eficaz de informar quais leis</p><p>são necessárias, do contrário, as constituições</p><p>escritas se tornaram ineficazes e passarão a ser</p><p>uma mera folha de papel.</p><p>SENTIDO POLÍTICO (CARL SCHIMITT): Para</p><p>Schimitt a constituição é uma decisão política</p><p>fundamental, ou seja, é um conjunto de normas</p><p>que disciplinam sobre o modo e a forma de</p><p>existência de um Estado. As outras normas que</p><p>formalmente</p><p>estão inseridas neste conjunto,</p><p>mas que não tratam sobre esses temas, são leis</p><p>constitucionais e não constituição.</p><p>SENTIDO JURÍDICO (HANS KELSEN): Para Kelsen</p><p>a verdadeira constituição está dissociada de</p><p>qualquer fundamento político, filosófico ou</p><p>sociológico. A constituição é uma norma, ela</p><p>descreve como as coisas DEVEM SER e não a</p><p>maneira real de ser das coisas. (VEJA QUE</p><p>DIFERE DO CONCEITO SOCIOLÓGICO)</p><p>Para Kelsen, a Constituição posta, a constituição</p><p>em si, é a norma suprema (sentido jurídico-</p><p>positivo), pois é dela que todas as outras leis</p><p>devem tirar a sua validade. Contudo, além de</p><p>uma constituição posta há ainda uma</p><p>pressuposta (sentido lógico-jurídico), é a</p><p>verdadeira norma hipotética fundamental, é a</p><p>norma que serve de fundamento de validade</p><p>para a própria constituição.</p><p>SENTIDO CULTURA (KONRAD HESSE E</p><p>HABERLE): A constituição é uma norma aberta</p><p>em correlação aos fatos sociopolíticos, sempre</p><p>disposta a conectar a realidade com o texto</p><p>constitucional, para que este de fato possua</p><p>força normativa.</p><p>NEOCONSTITUCIONALISMO</p><p>Marco Histórico Estado de Direito</p><p>Marco Filosófico Pós-Positivismo</p><p>Marco Teórico Força Normativa da</p><p>Constituição</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>32</p><p>Existe inúmeras formas de classificar as</p><p>constituições, vejamos algumas delas:</p><p>QUANTO AO CONTEÚDO</p><p>MATERIAL</p><p>Conjunto de normas,</p><p>escritas ou</p><p>costumeiras, onde o</p><p>importante é o</p><p>conteúdo delas, e</p><p>não a fonte</p><p>normativa em que</p><p>veiculadas.</p><p>FORMAL</p><p>Conjunto de normas</p><p>que,</p><p>independentemente</p><p>do conteúdo,</p><p>consideram-se</p><p>constitucionais, pois</p><p>estão inseridas em</p><p>ato escrito dotados</p><p>de hierarquia jurídica</p><p>superior</p><p>QUANTO A FORMA</p><p>ESCRITA/DOGMÁTICA</p><p>formalizada em um</p><p>texto escrito.</p><p>NÃO</p><p>ESCRITA/HISTÓRICA</p><p>não há texto único</p><p>centralizado. É</p><p>baseada, muitas</p><p>vezes, pelos</p><p>costumes e</p><p>jurisprudência do</p><p>país.</p><p>QUANTO A ESTABILIDADE</p><p>FLEXÍVEL</p><p>é alterada da mesma</p><p>forma que as leis</p><p>inferiores.</p><p>SEMIRÍGIDA</p><p>uma parte é flexível e</p><p>outra é rígida.</p><p>RÍGIDA a sua alteração é mais</p><p>rígida do que as leis</p><p>inferiores</p><p>SUPER-RÍGIDA uma parte é rígida e</p><p>outra é imutável, ou</p><p>seja, não pode ser</p><p>modificada de modo</p><p>algum</p><p>IMUTÁVEL : todo o texto é</p><p>imutável.</p><p>QUANTO Á ORIGEM</p><p>OUTORGADA</p><p>Imposta por</p><p>quem está com</p><p>detenção do</p><p>poder</p><p>PROMULGADA</p><p>Elaborada com</p><p>participação</p><p>popular</p><p>CESARISTA(BONAPATIST</p><p>A)</p><p>o soberano</p><p>elabora o texto</p><p>e,</p><p>posteriormente</p><p>, o submete a</p><p>um referendo</p><p>popular.</p><p>PACTUADA(DUALISTA) elaborada POR</p><p>MEIO de um</p><p>pacto realizado</p><p>entre os</p><p>detentores do</p><p>poder político.</p><p>QUANTO Á VOLUNTARIEDADE</p><p>HETERÔNOMA</p><p>É elaborada por</p><p>um pais</p><p>diferente de</p><p>onde será</p><p>executada</p><p>AUTÔNOMA É Elaborada pelo</p><p>próprio país que</p><p>será executada.</p><p>QUANTO A DOGMÁTICA</p><p>ORTODOXA</p><p>Formada por uma</p><p>só ideologia</p><p>ECLÉTICA Formada por</p><p>várias ideologias.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>33</p><p>QUANTO À FINALIDADE</p><p>DIRIGENTE/ANALÍTICA</p><p>Estabelece um</p><p>projeto de estado</p><p>para o futuro</p><p>GARANTIA Garante buscar a</p><p>liberdade e</p><p>limitar o poder.</p><p>BALANÇO descreve e</p><p>registra a</p><p>organização</p><p>política atual,</p><p>estabelecida</p><p>Podemos classificar a CF/88 em PRAFED(ê)</p><p>Promulgada</p><p>Rígida</p><p>Autônoma</p><p>Formal</p><p>Escrita</p><p>Dogmática</p><p>2. DIREITO ADQUIRIDO</p><p>O QUE DEVO SABER:</p><p>O art. 5º, XXXVI, da Constituição Federal dispõe</p><p>que “a lei não prejudicará o direito adquirido, o</p><p>ato jurídico perfeito e a coisa julgada” e tais</p><p>elementos mencionados na norma constituem</p><p>garantias fundamentais do cidadão e</p><p>mecanismo de proteção das relações sociais</p><p>contra a insegurança jurídica.</p><p>Desconstitucionalização: É o fenômeno pelo</p><p>qual as normas da Constituição anterior (leis</p><p>constitucionais e não a Constituição</p><p>propriamente dita), desde que compatíveis com</p><p>a nova ordem, permanecem em vigor, mas com</p><p>o status de lei infraconstitucional. ESSA TEORIA</p><p>NÃO É ACEITA NO BRASIL.</p><p>Perceba que a diferença é que a</p><p>desconstitucionalização trata de normas</p><p>constitucionais anteriores e a recepção de</p><p>normas infraconstitucionais.</p><p>E o poder adquirido sobre a constituição</p><p>antiga?</p><p>Poder Constituinte Originário é absoluto e,</p><p>portanto, não é possível alegar direito adquirido</p><p>em face de uma nova Constituição. Contudo, em</p><p>face de uma Emenda à Constituição</p><p>(Constituinte Reformador), esse poder é</p><p>limitado e o direito adquirido poderá ser</p><p>arguido, uma vez que se trata de um direito</p><p>fundamental, assegurado expressamente no art.</p><p>5, XXXVI, da CF/88.</p><p>Obs. O OABençoado PIRA quando cai direito</p><p>adquirido.</p><p>Segundo o STF NÃO há direito adquirido em</p><p>face de:</p><p>P- Poder constituinte originário</p><p>I- Instituição ou Majoração de Tributos</p><p>R- Regime Jurídico</p><p>A- Atualização monetária (Mudança de</p><p>Moeda)</p><p>Obs: O princípio da interpretação conforme a</p><p>constituição interpreta normas</p><p>INFRACONSTITUCIONAIS e não a constituição</p><p>propriamente dita. É Técnica interpretativa,</p><p>cujo objetivo é preservar a validade da norma,</p><p>evitando que sejam declaradas</p><p>inconstitucionais. A interpretação conforme</p><p>poderá ser: Com redução de texto e sem</p><p>redução de texto.</p><p>Presta atenção na seguinte mudança</p><p>Legislativa:</p><p>Quais são os fundamentos da CF:</p><p>SO, CI DI VA PLU</p><p>Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada</p><p>pela união indissolúvel dos Estados e Municípios</p><p>e do Distrito Federal, constitui-se em Estado</p><p>Democrático de Direito e tem como</p><p>fundamentos:</p><p>I - A soberania;</p><p>II - A cidadania;</p><p>III - a dignidade da pessoa humana;</p><p>IV - Os valores sociais do trabalho e da livre</p><p>iniciativa; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>34</p><p>V - O pluralismo político.</p><p>Parágrafo único. Todo o poder emana do povo,</p><p>que o exerce por meio de representantes eleitos</p><p>ou diretamente, nos termos desta Constituição.</p><p>3. PODER CONSTITUINTE</p><p>O QUE DEVO SABER:</p><p>PODER CONSTITUINTE ORIGINÁRIO: O poder</p><p>constituinte originário é inicial, ilimitado,</p><p>incondicionado, é soberano, autônomo e</p><p>permanente.</p><p>• Inicial: inicia a ordem jurídica. Não há</p><p>nenhuma força jurídica acima dele, pois o</p><p>Direito Natural não é aceito por essa concepção</p><p>• Autônomo: não convive com nenhuma força</p><p>jurídica de mesma hierarquia.</p><p>• Incondicionado ou ilimitado juridicamente:</p><p>não há nenhuma força jurídica nem superior,</p><p>nem de mesma hierarquia para limitar o Poder</p><p>Constituinte.</p><p>Para maioria dos doutrinadores é um poder de</p><p>fato.</p><p>O poder constituinte tem Limites? Depende.</p><p>Para os Positivistas não. Contudo, a doutrina</p><p>moderna entende que está concepção está</p><p>refutada, pois existe os limites transcendentes,</p><p>iminentes.</p><p>Os Limites transcendentes estão relacionados</p><p>ao Poder Constituinte Material (Relacionado a</p><p>matéria), são direitos que toda uma sociedade já</p><p>conquistou e que deve transcender a próxima,</p><p>ainda que surja uma nova constituição. EX:</p><p>Direitos Fundamentais conexos com a dignidade</p><p>da pessoa humana. É o princípio da proibição do</p><p>retrocesso (Efeito Cliquet).</p><p>Já os imanentes estão relacionados ao Poder</p><p>Constituinte formal, ou seja, a configuração do</p><p>estado, como a soberania e forma do estado.</p><p>OBS: Não pode LEI ESTADUAL prevê</p><p>prerrogativa de foro no Tribunal de Justiça para</p><p>o PGE.</p><p>PODER CONSTITUINTE DERIVADO: É o poder</p><p>de modificar a constituição, assim como o de</p><p>criar as constituições estaduais.</p><p>Poder constituinte derivado reformador- é</p><p>poder de modificar a constituição</p><p>FORMALMENTE, por meio do Congresso</p><p>Nacional, mediante o poder legislativo.</p><p>As alterações constitucionais poderão ocorrer</p><p>FORMALMENTE, por meio da revisão</p><p>constitucional e das emendas constitucionais.</p><p>Revisão constitucional (rito do art. 3º do ADCT):</p><p>é uma reforma geral, global, de uma vez só se</p><p>reforma todo o texto.</p><p>Art. 3º. A revisão constitucional será realizada</p><p>após cinco anos, contados da promulgação da</p><p>Constituição,</p><p>pelo voto da maioria absoluta dos</p><p>membros do Congresso Nacional, em sessão</p><p>unicameral.</p><p>Essa revisão ocorreu em 1993, motivo pelo qual</p><p>o STF entende não ser possível nova revisão</p><p>constitucional: a norma do art. 3º do ADCT teve</p><p>sua APLICABILIDADE ESGOTADA e EFICÁCIA</p><p>EXAURIDA, de forma a NÃO ser mais possível</p><p>nova manifestação do poder constituinte</p><p>derivado revisor.</p><p>Emendas constitucionais (rito do art. 60 da</p><p>CF/88): dizem respeito a reformas pontuais, por</p><p>temas.</p><p>Existe 3 tipos de emendas:</p><p>Inclusiva- Inclui dispositivo novo.</p><p>Supressiva- Retira dispositivo</p><p>Híbrida- Inclusiva + supressiva.</p><p>Art. 60. A Constituição poderá ser emendada</p><p>mediante proposta:</p><p>I - De um terço, no mínimo, dos membros da</p><p>Câmara dos Deputados ou do Senado Federal ;(</p><p>é ou um ou outro ta?)</p><p>II - Do Presidente da República (o VICE-</p><p>PRESIDENTE NÃO PODE)</p><p>III - de mais da metade das Assembleias</p><p>Legislativas das unidades da Federação,</p><p>manifestando-se, cada uma delas, pela maioria</p><p>relativa de seus membros.</p><p>Limitações ao poder de reforma:</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>35</p><p>§ 1º A Constituição não poderá ser emendada na</p><p>vigência de intervenção federal, de estado de</p><p>defesa ou de estado de sítio (Limitações</p><p>circunstanciais)</p><p>CUIDADO: É VEDADO EMENDAR A</p><p>CONSTITUIÇÃO NA VIGÊNCIA DO ESTADO DE</p><p>SÍTIO E NÃO PROMOVER/PROPOR A EMENDA.</p><p>Para que o estado de sítio entre em vigor faz-se</p><p>necessário autorização do CN, ou seja, é</p><p>vedado emendar a CF na vigência do estado de</p><p>sítio e não no momento em que o Presidente</p><p>formaliza a proposta e ainda está esperando a</p><p>autorização do CN.</p><p>§ 2º A proposta será discutida e votada em cada</p><p>Casa do Congresso Nacional, em dois turnos,</p><p>considerando-se aprovada se obtiver, em</p><p>ambos, três quintos dos votos dos respectivos</p><p>membros (Limitações formais)</p><p>Obs. Os Legitimados a propor a PEC também</p><p>fazem parte das limitações formais.</p><p>§ 3º A emenda à Constituição será promulgada</p><p>pelas Mesas da Câmara dos Deputados e do</p><p>Senado Federal, com o respectivo número de</p><p>ordem.</p><p>OBS: QUEM PROMULGA E PUBLICA AS EC SÃO</p><p>AS MESAS. NÃO É UMA OU OUTRA, SÃO AS</p><p>DUAS.</p><p>§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta</p><p>de emenda tendente a abolir: (LIMITAÇÕES</p><p>MATERIAIS EXPRESSAS/CLAUSULAS PETREAS)</p><p>I - A forma federativa de Estado;</p><p>II - O voto direto, secreto, universal e periódico;</p><p>III - a separação dos Poderes;</p><p>IV - Os direitos e garantias individuais.</p><p>Obs. Limitações Materiais IMPLÍCITAS</p><p>As que dizem respeito à forma de criação de</p><p>norma constitucional, bem como as que</p><p>impedem a pura e simples supressão dos</p><p>dispositivos atinentes à intocabilidade dos</p><p>temas já elencados, tais como: A titularidade</p><p>do poder, o exercício do Poder de Reforma, o</p><p>procedimento das Emendas, a República e o</p><p>Presidencialismo, o Próprio rol das cláusulas</p><p>pétreas, pois não se adota o critério da dupla</p><p>modificação</p><p>§ 5º A matéria constante de proposta de</p><p>emenda rejeitada ou havida por prejudicada não</p><p>pode ser objeto de nova proposta na mesma</p><p>sessão legislativa.</p><p>As cláusulas pétreas poderão ser objeto de</p><p>emendas constitucionais quando estas</p><p>possuírem o intuito de ampliar ou sofisticar</p><p>(não de eliminar) os assuntos relacionados no</p><p>60, §4º, CF. Exemplo: EC 45/2004, art. 5º,</p><p>LXXVIII, CF: direito à razoável duração do</p><p>processo.</p><p>Poder constituinte derivado decorrente- é o</p><p>poder de criar e modificar as constituições</p><p>estaduais. É um poder limitado, condicionado,</p><p>de segundo grau, pois deve observar, como</p><p>regra geral, as limitações materiais impostas ao</p><p>poder constituinte decorrente inicial, além</p><p>daquelas estatuídas pela própria Constituição</p><p>Estadual</p><p>As constituições Estaduais devem observar</p><p>certos limites constitucionais em respeito ao</p><p>princípio da simetria, esses limites são divididos</p><p>em categoria de PRINCÍPIO.</p><p>1-PRINCÍPIOS SENSÍVEIS- Essência da</p><p>organização constitucional federativa (Art. 34,</p><p>VIII da CF: hipóteses que admitem intervenção_</p><p>2-PRINCÍPIOS EXTENSÍVEIS-Normas</p><p>organizatórias da União que se estendem aos</p><p>Estados, por previsão constitucional expressa</p><p>ou implícita;</p><p>3- PRINCÍPIOS ESTABELECIDOS- Normas já</p><p>ESTABELECIDA S na Constituição sobre Estados</p><p>e DF</p><p>Art. 25 da CF- Os Estados organizam-se e regem-</p><p>se pelas Constituições e leis que adotarem,</p><p>observados os princípios desta Constituição. §</p><p>1º - São reservadas aos Estados as competências</p><p>que não lhes sejam vedadas por esta</p><p>Constituição.</p><p>Não há que se falar em reprodução obrigatória</p><p>de cláusulas pétreas nas Constituições</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>36</p><p>Estaduais, todavia, norma da constituição</p><p>Estadual não pode atentar contra as mesmas.</p><p>Elas PODEM ser reproduzidas, mas não existe</p><p>obrigatoriedade.</p><p>- A Constituição Estadual não pode trazer</p><p>hipóteses de intervenção estadual diferentes</p><p>daquelas que são elencadas no art. 35 da</p><p>Constituição Federal. As hipóteses de</p><p>intervenção estadual previstas no art. 35 da</p><p>CF/88 são taxativas. Caso concreto: STF julgou</p><p>inconstitucionais os incisos IV e V do art. 25 da</p><p>Constituição do Estado do Acre, que previa que</p><p>o Estado-membro poderia intervir nos</p><p>Municípios quando: IV – se verificasse, sem justo</p><p>motivo, impontualidade no pagamento de</p><p>empréstimo garantido pelo Estado; V – fossem</p><p>praticados, na administração municipal, atos de</p><p>corrupção devidamente comprovados. STF.</p><p>Plenário. ADI 6616/AC, Rel. Min. Cármen Lúcia,</p><p>julgado em 26/4/2021 (Info 1014).</p><p>Art. 35 da CF O Estado não intervirá em seus</p><p>Municípios, nem a União nos Municípios</p><p>localizados em Território Federal, exceto</p><p>quando:</p><p>I - Deixar de ser paga, sem motivo de força</p><p>maior, por dois anos consecutivos, a dívida</p><p>fundada;</p><p>II - Não forem prestadas contas devidas, na</p><p>forma da lei;</p><p>III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da</p><p>receita municipal na manutenção e</p><p>desenvolvimento do ensino;</p><p>III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da</p><p>receita municipal na manutenção e</p><p>desenvolvimento do ensino e nas ações e</p><p>serviços públicos de saúde</p><p>IV - O Tribunal de Justiça der provimento a</p><p>representação para assegurar a observância de</p><p>princípios indicados na Constituição Estadual, ou</p><p>para prover a execução de lei, de ordem ou de</p><p>decisão judicial</p><p>PODER CONSTITUINTE DIFUSO: O poder</p><p>constituinte difuso, por meio da mutação</p><p>constitucional, poderá dar um novo sentido a</p><p>constituição, sem alterar seu texto, sem</p><p>reforma, sem processo legislativo, apenas</p><p>modificando informalmente o seu sentido.</p><p>A mutação constitucional é feita indiretamente</p><p>pela população, pois de acordo com a evolução,</p><p>novos costumes, novas práticas, nova realidade</p><p>cultural, a sociedade pressiona o judiciário para</p><p>que seja dado novo sentido a constituição, mas</p><p>sem modifica-la.</p><p>#olhaolinkmental</p><p>Mutação X OVERRULING: A mutação</p><p>Constitucional é a alteração na interpretação ou</p><p>no sentido de um texto constitucional, em razão</p><p>das transformações da realidade social. O</p><p>overruling é a superação de um precedente, sem</p><p>a modificação fática na realidade, mas pelo</p><p>amadurecimento da corte sobre o direito</p><p>aplicado anteriormente.</p><p>CONSTITUCIONALIZAÇÃO SUPERVINIENTE:</p><p>Ocorre quando uma norma originalmente</p><p>inconstitucional é constitucionalizada em razão</p><p>do surgimento de uma nova constituição. Ela</p><p>não é aceita no nosso ordenamento.</p><p>Obs. O poder constituinte supranacional busca</p><p>a sua fonte de validade na cidadania universal,</p><p>no pluralismo de ordenamentos jurídicos, na</p><p>vontade de integração e em um conceito</p><p>remodelado de soberania.</p><p>RECEPÇÃO E DESCONSTITUCIONALIZAÇÃO:</p><p>A desconstitucionalização já estudamos no</p><p>tópico anterior, entretanto, é de suma</p><p>importância que você saiba diferenciar a</p><p>recepção da desconstitucionalização. Sendo</p><p>assim, falaremos sobre este tópico novamente.</p><p>Recepção: Quando surge uma nova</p><p>constituição, dois fenômenos ocorrem em</p><p>relação às normas infraconstitucionais</p><p>anteriores. Primeiro as que forem</p><p>materialmente compatíveis</p><p>são recepcionadas;</p><p>as que forem materialmente incompatíveis não</p><p>são recepcionadas. As que são recepcionadas</p><p>perdem o fundamento de validade antigo e</p><p>ganham um novo fundamento de validade, elas</p><p>deixam de constitucionais, afinal a nova</p><p>constituição acabou de surgir, não teria como</p><p>ela ser uma norma constitucional.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>37</p><p>A incompatibilidade formal superveniente (a</p><p>norma era formalmente constitucional perante</p><p>a constituição anterior, mas deixou de ser</p><p>perante a nova) não impede a recepção, mas</p><p>faz com que a norma adquira uma nova</p><p>roupagem, um novo status.</p><p>Para ocorrer a RECEPÇÃO a lei precisa: ter</p><p>compatibilidade formal e material perante a</p><p>Constituição sob cuja regência ela foi editada</p><p>(no ordenamento anterior); ter compatibilidade</p><p>somente material, pouco importando a</p><p>compatibilidade formal, com a nova</p><p>Constituição.</p><p>Obs: A incompatibilidade FORMAL</p><p>superviniente não impede a recepção( estamos</p><p>falando de uma lei, mas faz com que a norma</p><p>adquira uma nova roupagem. Ex: Código</p><p>Tributário Nacional.</p><p>Existe uma exceção: no caso de normas cuja</p><p>competência era atribuída a entes federativos</p><p>distintos (inconstitucionalidade formal</p><p>orgânica). Nessas hipóteses a recepção só é</p><p>admitida quando a competência anterior era de</p><p>um ente maior e passa a ser de um ente menor,</p><p>por exemplo, a competência era do Município e</p><p>passa a ser do Estado, dessa forma a norma não</p><p>é recepcionada. Por sua vez, no caso, a</p><p>competência fosse da União e passasse a ser dos</p><p>Estados, a lei seria recepcionada.</p><p>Desconstitucionalização: É o fenômeno pelo</p><p>qual as normas da Constituição anterior (leis</p><p>constitucionais e não a Constituição</p><p>propriamente dita), desde que compatíveis com</p><p>a nova ordem, permanecem em vigor, mas com</p><p>o status de lei infraconstitucional. ESSA TEORIA</p><p>NÃO É ACEITA NO BRASIL.</p><p>Perceba que a diferença é que a</p><p>desconstitucionalização trata de normas</p><p>constitucionais anteriores e a recepção de</p><p>normas infraconstitucionais.</p><p>DIREITO DO TRABALHO</p><p>DICA DO DIA 04</p><p>1. EMPREGADO E EMPREGADOR</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>Considera-se empregada toda pessoa física que</p><p>prestar serviços de natureza não eventual a</p><p>empregador, sob a dependência deste e</p><p>mediante salário.</p><p>Considera-se empregador a empresa, individual</p><p>ou coletiva, que, assumindo os riscos da</p><p>atividade econômica, admite, assalaria e dirige a</p><p>prestação pessoal de serviço.</p><p>Elementos básicos da relação de emprego:</p><p>Pessoalidade (o trabalho deve ser prestado por</p><p>pessoa física. Ainda, o empregado não pode</p><p>transferir seu trabalho para outros (é INTUITU</p><p>PERSONAE)), Não-eventualidade (A relação</p><p>empregatícia é contínua e as atividades</p><p>prestadas devem corresponder às atividades</p><p>normalmente desenvolvidos na empresa),</p><p>Subordinação (o empregador é quem dirige a</p><p>relação, direcionando as ordens e conduzindo a</p><p>atividade exercida) e onerosidade</p><p>(contraprestação paga pelo empregador ao</p><p>empregado pela sua força de serviço).</p><p>Nesse sentido:</p><p>TRT-1 - RECURSO ORDINÁRIO RO</p><p>00112617320155010004 (TRT-1)</p><p>Jurisprudência•Data de publicação:</p><p>12/04/2017</p><p>VÍNCULO EMPREGATÍCIO. REQUISITOS. Para</p><p>que se configure a relação de emprego, é</p><p>necessário o preenchimento dos requisitos</p><p>estabelecidos no artigo 3º da CLT , quais</p><p>sejam: pessoalidade, não-eventualidade,</p><p>onerosidade e subordinação jurídica, sendo</p><p>que a ausência de um desses requisitos</p><p>impossibilita o reconhecimento do vínculo</p><p>empregatício entre as partes. Portanto,</p><p>apenas o somatório destes requisitos é que</p><p>representará o fato constitutivo complexo do</p><p>vínculo de emprego.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>38</p><p>2. EMPREGADO DOMÉSTICO</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>A relação do doméstico é pautada na LC</p><p>150/2015.</p><p>Inicialmente, diga-se que todo empregado</p><p>doméstico deverá ser registrado.</p><p>O empregado doméstico é todo aquele que</p><p>presta serviços de forma contínua, subordinada,</p><p>onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa</p><p>à pessoa ou à família, no âmbito residencial</p><p>destas, por mais de 2 (dois) dias por semana.</p><p>Portanto, NÃO ESQUEÇA: O empregador</p><p>doméstico NÃO PODE TER FINS LUCRATIVOS, o</p><p>trabalho deve ser prestado em âmbito</p><p>residencial e mais de dois dias por semana!</p><p>MENOR NÃO PODE TRABALHAR: É vedada a</p><p>contratação de menor de 18 (dezoito) anos para</p><p>desempenho de trabalho doméstico.</p><p>A jornada do doméstico não excederá 8 (oito)</p><p>horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais.</p><p>Doméstico e seu empregador podem pactuar</p><p>regime de compensação de horas, mediante</p><p>acordo escrito entre empregador e empregado,</p><p>se o excesso de horas de um dia for</p><p>compensado em outro dia.</p><p>O trabalho não compensado prestado em</p><p>domingos e feriados deve ser pago em dobro,</p><p>sem prejuízo da remuneração relativa ao</p><p>repouso semanal.</p><p>O doméstico PODE TRABALHAR em regime de</p><p>tempo PARCIAL, (duração não exceda 25 (vinte</p><p>e cinco) horas semanais).</p><p>Para o regime de tempo PARCIAL, somente pode</p><p>o doméstico realizar, no máximo, UMA HORA</p><p>EXTRA DIÁRIA, mediante acordo escrito entre</p><p>empregador e empregado (§ 2º, art. 3º, LC 150).</p><p>É obrigatório o registro do horário de trabalho</p><p>do empregado doméstico por qualquer meio</p><p>manual, mecânico ou eletrônico, desde que</p><p>idôneo.</p><p>Deve ser concedido ao doméstico, no mínimo, 1</p><p>(uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas de</p><p>INTERVALO DE DESCANSO (INTRAJORNADA),</p><p>admitindo-se, mediante prévio acordo escrito</p><p>entre empregador e empregado, sua redução a</p><p>30 (trinta) minutos.</p><p>Para jornada de trabalho não superior a 6 (seis)</p><p>horas, o intervalo concedido será de 15 (quinze)</p><p>minutos.</p><p>FÉRIAS: O período de férias poderá, a critério do</p><p>empregador e DESDE QUE HAJA</p><p>CONCORDÂNCIA DO EMPREGADO, ser</p><p>fracionado em até 2 (DOIS) períodos, sendo que</p><p>um deles não poderá ser inferior a quatorze dias</p><p>corridos.</p><p>O abono de férias deverá ser requerido até 30</p><p>(trinta) dias antes do término do período</p><p>aquisitivo.</p><p>Obs: É permitido ao empregado que reside no</p><p>local de trabalho nele permanecer durante as</p><p>férias.</p><p>DESCONTOS: É vedado ao empregador</p><p>doméstico efetuar descontos no salário do</p><p>empregado por fornecimento de alimentação,</p><p>vestuário, higiene ou moradia, bem como por</p><p>despesas com transporte, hospedagem e</p><p>alimentação em caso de acompanhamento em</p><p>viagem.</p><p>O empregador PODE efetuar descontos no</p><p>salário do empregado em caso de adiantamento</p><p>salarial e, mediante acordo escrito entre as</p><p>partes, para a inclusão do empregado em</p><p>planos de assistência médico-hospitalar e</p><p>odontológica, de seguro e de previdência</p><p>privada, não podendo a dedução ultrapassar</p><p>20% (vinte por cento) do salário.</p><p>Poderão ser descontadas as despesas com</p><p>moradia de que trata o caput deste artigo</p><p>quando essa se referir a local diverso da</p><p>residência em que ocorrer a prestação de</p><p>serviço, desde que essa possibilidade tenha</p><p>sido expressamente acordada entre as partes.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>39</p><p>LICENÇA-MATERNIDADE: A empregada</p><p>doméstica gestante tem direito a licença-</p><p>maternidade de 120 (cento e vinte) dias, sem</p><p>prejuízo do emprego e do salário.</p><p>GARANTIA NO EMPREGO (ESTABILIDADE</p><p>GESTACIONAL): A confirmação do estado de</p><p>gravidez durante o curso do contrato de</p><p>trabalho, ainda que durante o prazo do aviso</p><p>prévio trabalhado ou indenizado, garante à</p><p>empregada gestante a estabilidade provisória</p><p>prevista na alínea “b” do inciso II do art. 10 do</p><p>Ato das Disposições Constitucionais</p><p>Transitórias.</p><p>SEGURO DESEMPREGO: O empregado</p><p>doméstico que for dispensado sem justa causa</p><p>fará jus ao benefício do seguro-desemprego, no</p><p>valor de 1 (um) salário-mínimo, por período</p><p>máximo de 3 (três) meses, de forma contínua ou</p><p>alternada.</p><p>JUSTA CAUSA DO DOMÉSTICO: As hipóteses de</p><p>demissão por justa causa do doméstico estão</p><p>citadas no artigo 27, da LC 150, dentre algumas</p><p>delas citamos: 1) submissão a maus tratos de</p><p>idoso, de enfermo,</p><p>de pessoa com deficiência ou</p><p>de criança sob cuidado direto ou indireto do</p><p>empregado; 2) ato lesivo à honra ou à boa fama</p><p>ou ofensas físicas praticadas contra o</p><p>empregador doméstico ou sua família, salvo em</p><p>caso de legítima defesa, própria ou de outrem.</p><p>3. JORNADA DE TRABALHO</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>O estudo sobre a jornada de trabalho começa no</p><p>artigo 4º, da CLT, que diz que “Considera-se</p><p>como de serviço efetivo o período em que o</p><p>empregado esteja à disposição do empregador,</p><p>aguardando ou executando ordens, salvo</p><p>disposição especial expressamente</p><p>consignada.”</p><p>Portanto, todo tempo que o funcionário se</p><p>encontra à disposição do empregador, seja</p><p>aguardando ou executando ordens, deve ser</p><p>considerado como TEMPO DE EFETIVO</p><p>TRABALHO.</p><p>Com o advento da reforma trabalhista ficou</p><p>estabelecido que não é incluído na duração da</p><p>jornada de trabalho o tempo despendido pelo</p><p>empregado até o local de trabalho e para o seu</p><p>retorno, caminhando ou por qualquer meio de</p><p>transporte, inclusive o fornecido pelo</p><p>empregador, por não ser tempo à disposição do</p><p>empregador (art. 58, § 2º, da CLT).</p><p>Demais disso, quando o empregado, por escolha</p><p>própria, buscar proteção pessoal, em caso de</p><p>insegurança nas vias públicas ou más condições</p><p>climáticas, bem como adentrar ou permanecer</p><p>nas dependências da empresa para exercer</p><p>atividades particulares, entre outras, não se</p><p>deve considerar como tempo à disposição do</p><p>empregador, portanto, não está compreendido</p><p>na jornada de trabalho.</p><p>Conforme disciplinado na Constituição Pátria</p><p>(art. 7º, XII), a jornada máxima diária será de</p><p>OITO HORAS e a semanal de QUARENTA E</p><p>QUATRO HORAS.</p><p>E se o empregado ultrapassar a referida</p><p>jornada?</p><p>R: O empregado que ultrapassa essa jornada</p><p>diária ou semanal deverá receber horas</p><p>extraordinárias, com adicional mínimo de 50% e</p><p>as horas extras deverão ter repercussão nas</p><p>seguintes verbas: Aviso prévio, 13º, férias, FGTS</p><p>+ Multa de 40% e Repouso semanal.</p><p>A remuneração da hora extra será, pelo menos,</p><p>50% (cinquenta por cento) superior à da hora</p><p>normal (Art. 59, § 1º, CLT).</p><p>Há casos em que a remuneração extra pode ser</p><p>SUPERIOR ao máximo legal de 50%?</p><p>R: Sim. Nos casos em que existe previsão</p><p>normativa que estipule o contrário, se assim</p><p>ficar estabelecido no contrato ou regulamento</p><p>da empresa.</p><p>Há casos em que a remuneração extra pode ser</p><p>INFERIOR ao mínimo legal de 50%?</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>40</p><p>R: Jamais poderá ser estabelecido percentual de</p><p>remuneração extra inferior ao mínimo legal de</p><p>50%.</p><p>Quando a jornada de trabalho deverá ser</p><p>anotada?</p><p>R: Para os estabelecimentos com mais de 20</p><p>(vinte) trabalhadores será obrigatória a</p><p>anotação da hora de entrada e de saída, em</p><p>registro manual, mecânico ou eletrônico,</p><p>conforme instruções expedidas pela Secretaria</p><p>Especial de Previdência e Trabalho do Ministério</p><p>da Economia, permitida a pré-assinalação do</p><p>período de repouso.</p><p>E se o trabalho for executado FORA do</p><p>estabelecimento?</p><p>R: O horário dos empregados constará do</p><p>registro manual, mecânico ou eletrônico em seu</p><p>poder.</p><p>Não serão descontadas nem computadas como</p><p>jornada extraordinária as variações de horário</p><p>no registro de ponto não excedentes de cinco</p><p>minutos, observado o limite máximo de dez</p><p>minutos diários (Art. 58, § 1º, CLT).</p><p>A supressão total ou parcial, pelo empregador,</p><p>de serviço suplementar prestado com</p><p>habitualidade, durante pelo menos 1 (um) ano,</p><p>assegura ao empregado o direito à indenização</p><p>correspondente ao valor de 1 (um) mês das</p><p>horas suprimidas, total ou parcialmente, para</p><p>cada ano ou fração igual ou superior a seis</p><p>meses de prestação de serviço acima da jornada</p><p>normal.</p><p>O que é compensação de jornada?</p><p>R: Compensação é quando há distribuição da</p><p>jornada extra prestada pelo empregado em um</p><p>dia para o outro dia.</p><p>A compensação de jornada é prevista no artigo</p><p>59, § 2º, da CLT, e leciona que “Poderá ser</p><p>dispensado o acréscimo de salário se, por força</p><p>de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o</p><p>excesso de horas em um dia for compensado</p><p>pela correspondente diminuição em outro dia,</p><p>de maneira que não exceda, no período</p><p>máximo de um ano, à soma das jornadas</p><p>semanais de trabalho previstas, nem seja</p><p>ultrapassado o limite máximo de dez horas</p><p>diárias” (É O POPULAR BANCO DE HORAS).</p><p>CONTUDO, O BANCO DE HORAS poderá ser</p><p>pactuado por acordo individual escrito, desde</p><p>que a compensação ocorra no período máximo</p><p>de seis meses.</p><p>PRESTE ATENÇÃO: É lícito o regime de</p><p>compensação de jornada estabelecido por</p><p>acordo individual, tácito ou escrito, para a</p><p>compensação no mesmo mês.</p><p>Portanto, o acordo de compensação entre</p><p>empregado e empregador PODE SER</p><p>REALIZADO POR ACORDO INDIVIDUAL, SEJA</p><p>TÁCITO OU ESCRITO, DESDE QUE HAJA</p><p>COMPENSAÇÃO NO MESMO MÊS!</p><p>IMPORTANTE: A prestação de horas extras</p><p>habituais não descaracteriza o acordo de</p><p>compensação de jornada e o banco de horas.</p><p>IMPORTANTE: Em exceção ao disposto no art. 59</p><p>desta Consolidação, é facultado às partes,</p><p>mediante acordo individual escrito, convenção</p><p>coletiva ou acordo coletivo de trabalho,</p><p>estabelecer horário de trabalho de doze horas</p><p>seguidas por trinta e seis horas ininterruptas de</p><p>descanso, observados ou indenizados os</p><p>intervalos para repouso e alimentação (V.</p><p>súmula 444 TST).</p><p>Existem jornadas especiais de trabalho?</p><p>R: SIM. Há casos, contudo, que pelas</p><p>especialidades do labor desenvolvido ou</p><p>condições adversas, fogem à regra da carga</p><p>horário de 8h diárias e 44h semanais, à saber:</p><p>1) Bancários (224, CLT. Mas atenção:</p><p>Bancário normal = 6h. Bancário com cargo de</p><p>confiança = 8h. Gerente bancário = Não tem</p><p>jornada controlada);</p><p>2) Advogado (art. 20, Lei 8.906/94);</p><p>3) Telefonista/operador de telemarketing</p><p>(227, CLT);</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>41</p><p>4) Motorista (235-A ao H, da CLT);</p><p>5) Músicos (art. 41, Lei 3.857/60);</p><p>6) Jornalistas (303, CLT).</p><p>Existem, ainda, empregados que laboram em</p><p>REGIME DE TEMPO PARCIAL.</p><p>Tá, mas quando deve ser considerado o regime</p><p>de tempo parcial?</p><p>R: Considera-se trabalho em regime de tempo</p><p>parcial aquele cuja duração não exceda a trinta</p><p>horas semanais, sem a possibilidade de horas</p><p>suplementares semanais, ou, ainda, aquele</p><p>cuja duração não exceda a vinte e seis horas</p><p>semanais, com a possibilidade de acréscimo de</p><p>até seis horas suplementares semanais.</p><p>Logo, trabalho em regime parcial pode se dar de</p><p>DUAS FORMAS:</p><p>1) Cuja duração não exceda 30 horas na</p><p>semana, sem possibilidade de prestação de</p><p>horas extras;</p><p>2) Cuja duração não exceda 26 horas na</p><p>semana, com possibilidade de realização de até</p><p>seis horas extras durante a semana.</p><p>Existem empregados que são excluídos do</p><p>controle e do registro do horário de trabalho?</p><p>R: Sim! Em razão das condições especiais de</p><p>trabalho, cargo ou até mesmo imposição legal</p><p>estão dispensados de registros de horários.</p><p>Tá, entendi. E onde estão essas exceções?</p><p>R: As exceções aparecem no artigo 62, I, II e III,</p><p>da CLT:</p><p>I - os empregados que exercem atividade</p><p>externa incompatível com a fixação de horário</p><p>de trabalho, devendo tal condição ser anotada</p><p>na Carteira de Trabalho e Previdência Social e no</p><p>registro de empregados (Aqui lembre-se que</p><p>não basta apenas o trabalhador exercer suas</p><p>atividades fora do estabelecimento comercial.</p><p>Deve, sobretudo, ser a atividade exercida ser</p><p>INCOMPATÍVEL com a fixação de horário de</p><p>trabalho. Ainda, deve haver anotação na CTPS</p><p>do trabalhador de tal condição).</p><p>II - os gerentes, assim considerados os</p><p>exercentes de cargos de gestão, aos quais se</p><p>equiparam, para efeito do disposto neste</p><p>artigo, os diretores e chefes de departamento</p><p>ou filial.</p><p>III - os empregados em regime de teletrabalho</p><p>que prestam serviço por produção ou tarefa.</p><p>IMPORTANTE: No caso do inciso II, o salário do</p><p>cargo de confiança, compreendendo a</p><p>gratificação de função, se houver, não pode ser</p><p>inferior ao valor do respectivo</p><p>salário efetivo</p><p>acrescido de 40% - ou seja, precisa ganhar um</p><p>“extra de 40%”.</p><p>IMPORTANTÍSSIMO: Os teletrabalhadores, que</p><p>estão excluídos do registro de horário, tem</p><p>regramento previsto junto aos artigos 75-A e</p><p>75-E, DA CLT.</p><p>Sobre isso, alguns pontos merecem destaque:</p><p>1) O QUE É CONSIDERADO</p><p>TELETRABALHO: Considera-se teletrabalho ou</p><p>trabalho remoto a prestação de serviços fora</p><p>das dependências do empregador, de maneira</p><p>preponderante ou não, com a utilização de</p><p>tecnologias de informação e de comunicação,</p><p>que, por sua natureza, não se configure como</p><p>trabalho externo.</p><p>2) COMPARECIMENTO À EMPRESA: O</p><p>comparecimento, ainda que de modo habitual,</p><p>às dependências do empregador para a</p><p>realização de atividades específicas, que exijam</p><p>a presença do empregado no estabelecimento,</p><p>não descaracteriza o regime de teletrabalho ou</p><p>trabalho remoto. (Ou seja, acaso o funcionário</p><p>compareça a empresa para atividade especifica</p><p>E QUE REALMENTE EXIJA A SUA PRESENÇA não</p><p>há a descaracterização do regime de</p><p>teletrabalho!).</p><p>3) MODO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS:</p><p>O empregado submetido ao regime de</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>42</p><p>teletrabalho ou trabalho remoto poderá prestar</p><p>serviços por jornada ou por produção ou tarefa.</p><p>4) EXCLUSÃO DE JORNADA: Na hipótese</p><p>da prestação de serviços em regime de</p><p>teletrabalho ou trabalho remoto por produção</p><p>ou tarefa, não se aplicará o disposto no Capítulo</p><p>II do Título II da CLT – ou seja, não há registro de</p><p>jornada!</p><p>5) O TELETRABALHO NÃO SE CONFUNDE</p><p>COM O TRABALHO DE TELEMARKETING: O</p><p>regime de teletrabalho ou trabalho remoto não</p><p>se confunde e nem se equipara à ocupação de</p><p>operador de telemarketing ou de</p><p>teleatendimento.</p><p>6) TEMPO À DISPOSIÇÃO: O tempo de uso</p><p>de equipamentos tecnológicos e de</p><p>infraestrutura necessária, e de softwares, de</p><p>ferramentas digitais ou de aplicações de</p><p>internet utilizados para o teletrabalho, fora da</p><p>jornada de trabalho normal do empregado não</p><p>constitui tempo à disposição, regime de</p><p>prontidão ou de sobreaviso, exceto se houver</p><p>previsão em acordo individual ou em acordo ou</p><p>convenção coletiva de trabalho.</p><p>7) TELETRABALHO PARA ESTAGIÁRIO E</p><p>APRENDIZ: Fica permitida a adoção do regime</p><p>de teletrabalho ou trabalho remoto para</p><p>estagiários e aprendizes.</p><p>VEJAMOS COMO O TEMA FOI COBRADO NO</p><p>40º EXAME DE ORDEM:</p><p>Em 2024, uma companhia imobiliária contratou</p><p>Olívia como estagiária. Olívia foi designada para</p><p>trabalhar em regime de teletrabalho (trabalho</p><p>em domicílio, home office) na confecção de</p><p>planilhas de locatários inadimplentes, que, em</p><p>seguida, são enviadas ao setor jurídico da</p><p>sociedade empresária.</p><p>Considerando os fatos e o que dispõe a CLT,</p><p>assinale a afirmativa correta.</p><p>A) O regime de teletrabalho é incompatível com</p><p>o estágio, por frustrar o seu objetivo principal</p><p>que é a vivência prática das rotinas.</p><p>B) Havendo autorização prévia do Juiz do</p><p>Trabalho, é possível, em caráter excepcional, o</p><p>regime de teletrabalho no estágio.</p><p>C) Somente se estivesse na cota de estagiário</p><p>com deficiência, ela poderia trabalhar em</p><p>regime de teletrabalho.</p><p>D) Se for conveniente para as partes, o regime</p><p>de teletrabalho pode ser adotado nos contratos</p><p>de estágio.</p><p>R: LETRA D.</p><p>8) NORMA COLETIVA APLICÁVEL: Aos</p><p>empregados em regime de teletrabalho</p><p>aplicam-se as disposições previstas na</p><p>legislação local e nas convenções e acordos</p><p>coletivos de trabalho relativas à base territorial</p><p>do estabelecimento de lotação do empregado.</p><p>ATENÇÃO: Acordo individual poderá dispor</p><p>sobre os horários e os meios de comunicação</p><p>entre empregado e empregador, desde que</p><p>assegurados os repousos legais</p><p>9) PREVISÃO EM CONTRATO: A prestação</p><p>de serviços na modalidade de teletrabalho ou</p><p>trabalho remoto deverá constar expressamente</p><p>do contrato individual de trabalho.</p><p>10) ALTERAÇÃO DE REGIME: Poderá ser</p><p>realizada a alteração entre regime presencial e</p><p>de teletrabalho desde que haja mútuo acordo</p><p>entre as partes, registrado em aditivo</p><p>contratual.</p><p>11) ALTERAÇÃO DE REGIME: Poderá ser</p><p>realizada a alteração do regime de teletrabalho</p><p>para o presencial por determinação do</p><p>empregador, garantido prazo de transição</p><p>mínimo de quinze dias, com correspondente</p><p>registro em aditivo contratual.</p><p>Atenção: O empregador não será responsável</p><p>pelas despesas resultantes do retorno ao</p><p>trabalho presencial, na hipótese do empregado</p><p>optar pela realização do teletrabalho ou</p><p>trabalho remoto FORA DA LOCALIDADE</p><p>PREVISTA NO CONTRATO, salvo disposição em</p><p>contrário estipulada entre as partes.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>43</p><p>12) AQUISIÇÃO, FORNECIMENTO E</p><p>MANUTENÇÃO DE MATERIAIS: As disposições</p><p>relativas à responsabilidade pela aquisição,</p><p>manutenção ou fornecimento dos</p><p>equipamentos tecnológicos e da infraestrutura</p><p>necessária e adequada à prestação do trabalho</p><p>remoto, bem como ao reembolso de despesas</p><p>arcadas pelo empregado, serão previstas em</p><p>contrato escrito.</p><p>ATENTE-SE A TAIS PONTOS, POIS O</p><p>TELETRABALHO VEM SENDO</p><p>REITERADAMENTE COBRADO PELA FGV,</p><p>INCLUSIVE, NAS ÚLTIMAS DUAS PROVAS DE</p><p>SEGUNDA FASE, FOI ALVO DE QUESTÕES</p><p>SUBJETIVAS (QUESTÃO 1 DO XXXII EXAME DE</p><p>ORDEM UNIFICADO e QUESTÃO 3 DO XXXI</p><p>EXAME DE ORDEM UNIFICADO).</p><p>Além disso, vamos verificar como o tema foi</p><p>abordado pela FGV no 39º Exame de Ordem:</p><p>Em determinada sociedade empresária</p><p>trabalham, entre outras, as seguintes pessoas:</p><p>José, que é teletrabalhador e recebe salário por</p><p>produção; Vanilda, que trabalha externamente</p><p>sem que o empregador consiga controlar o seu</p><p>horário, situação que foi anotada em sua CTPS e</p><p>na ficha de registro de empregados; Regina, que</p><p>exerce a função de gerente, comanda um grupo</p><p>de 45 pessoas, é dispensada da marcação de</p><p>ponto e recebe salário de R$ 8.000,00 acrescido</p><p>de gratificação de função de R$ 4.000,00.</p><p>De acordo com a CLT, em relação ao direito a</p><p>horas extras, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) Somente José terá direito a horas extras, caso</p><p>ultrapasse a jornada constitucional.</p><p>B) Nenhum dos empregados indicados no</p><p>enunciado terá direito a horas extras.</p><p>C) Vanilda e Regina terão direito a horas extras,</p><p>caso ultrapassem a jornada constitucional.</p><p>D) José e Regina terão direito a horas extras,</p><p>caso ultrapassem a jornada constitucional.</p><p>R: LETRA B.</p><p>SOBREAVISO E PRONTIDÃO: Durante a</p><p>faculdade eu já ouvi falar em sobreaviso e horas</p><p>de prontidão. O que é isso? Existe mesmo??</p><p>R: SIM. Ambos existem. Sãos institutos</p><p>DIFERENTES!</p><p>Tá, fala aí a diferença entre eles:</p><p>R: O Sobreaviso é a possibilidade de o</p><p>colaborador, mesmo em seu período de</p><p>descanso, ficar à disposição do empregador</p><p>aguardando alguma ordem.</p><p>Considera-se tempo de efetivo serviço.</p><p>Mas ATENÇÃO: O trabalhador deve ficar</p><p>aguardando ordens dentro de SUA PRÓPRIA</p><p>RESIDÊNCIA! (art. 244, §2º, CLT).</p><p>A hora de sobreaviso equivale a 1/3 da hora</p><p>normal de trabalho.</p><p>IMPORTANTE SABER:</p><p>Súmula nº 428 do TST</p><p>SOBREAVISO APLICAÇÃO ANALÓGICA DO ART.</p><p>244, § 2º DA CLT (redação alterada na sessão do</p><p>Tribunal Pleno realizada em 14.09.2012) - Res.</p><p>185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e</p><p>27.09.2012</p><p>I - O uso de instrumentos telemáticos ou</p><p>informatizados fornecidos pela empresa ao</p><p>empregado, por si só, não caracteriza o regime</p><p>de sobreaviso. (Ou seja, o simples fato de o</p><p>empregador conceder aos seus empregados</p><p>computadores, tablets, celulares, desde que</p><p>não usados após a jornada para efetivo</p><p>trabalho ou parar aguardar ordens, NÃO</p><p>CARACTERIZAM O SOBREAVISO).</p><p>II - Considera-se em sobreaviso o empregado</p><p>que, à distância e submetido a controle patronal</p><p>por instrumentos telemáticos ou</p><p>informatizados, permanecer em regime de</p><p>plantão ou equivalente, aguardando a</p><p>qualquer momento o chamado para o serviço</p><p>durante o período de descanso.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>44</p><p>Já as horas de prontidão, ao contrário</p><p>do</p><p>sobreaviso, o empregado FICA À DISPOSIÇÃO</p><p>DENTRO DA PRÓPRIA EMPRESA!</p><p>A hora de prontidão equivale ao valor de 2/3 da</p><p>hora normal laborada.</p><p>4. PERÍODOS DE DESCANSO</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>Os intervalos são os lapsos temporais criados</p><p>pelo legislador com a principal missão de</p><p>proteger a saúde e segurança do empregado.</p><p>Nos intervalos é que o empregado recupera a</p><p>energia despendida no exercício de seu mister,</p><p>sua saúde mental e se renova para encarar um</p><p>novo turno ou uma nova jornada de trabalho.</p><p>Os principais intervalos são: 1) INTERVALO</p><p>INTRAJORNADA e 2) INTERVALO</p><p>INTERJORNADA.</p><p> INTERVALO INTRAJORNADA:</p><p>Tem previsão no artigo 71, da CLT.</p><p>É aquele que é concedido DURANTE a jornada</p><p>diária de trabalho, para que o empregado</p><p>descanse, faça uma refeição e renove suas</p><p>energias para encarar o restante da jornada.</p><p>Ele é concedido da seguinte forma:</p><p>I) Jornadas de até 4 horas: não faz jus;</p><p>II) Jornada de mais de 4 horas, até 6 horas: 15</p><p>minutos;</p><p>III) Jornada de mais de 6 horas: Mínimo de UMA</p><p>HORA (E salvo acordo escrito ou contrato</p><p>coletivo em contrário, não poderá exceder de 2</p><p>(duas) horas).</p><p>O § 3º, do artigo 71, da CLT, leciona que o limite</p><p>mínimo de uma hora para repouso ou refeição</p><p>poderá ser reduzido por ato do Ministro do</p><p>Trabalho, Indústria e Comércio, quando ouvido</p><p>o Serviço de Alimentação de Previdência Social,</p><p>se verificar que o estabelecimento atende</p><p>integralmente às exigências concernentes à</p><p>organização dos refeitórios, e quando os</p><p>respectivos empregados não estiverem sob</p><p>regime de trabalho prorrogado a horas</p><p>suplementares.</p><p>Portanto, para que a condição acima seja</p><p>possibilitada é preciso: 1) por ato do Ministro do</p><p>Trabalho, Indústria e Comércio; 2) Ouvir o</p><p>Serviço de alimentação da previdência social;</p><p>3) Refeitório que atenda às exigências legais e</p><p>4) empregados não estejam submetidos a</p><p>prestação de HORAS EXTRAS.</p><p>NATUREZA DO INTERVALO: A não concessão ou</p><p>a concessão parcial do intervalo intrajornada</p><p>mínimo, para repouso e alimentação, a</p><p>empregados urbanos e rurais, implica o</p><p>pagamento, de natureza indenizatória, apenas</p><p>do período suprimido, com acréscimo de 50%</p><p>(cinquenta por cento) sobre o valor da</p><p>remuneração da hora normal de trabalho, ou</p><p>seja, não gerem reflexos em outras verbas</p><p>trabalhistas.</p><p>Portanto, temos que, acaso haja</p><p>descumprimento o empregador deve ser</p><p>condenado a pagar: Apenas o período</p><p>suprimido, com acréscimo de 50% (cinquenta</p><p>por cento) sobre o valor da remuneração da</p><p>hora normal de trabalho. Tal parcela tem</p><p>natureza INDENIZATÓRIA e NÃO GERA reflexos</p><p>em qualquer outra verba trabalhista.</p><p>O intervalo de uma hora poderá ser reduzido</p><p>e/ou fracionado, e aquele estabelecido para</p><p>jornadas inferiores a seis horas poderá ser</p><p>fracionado, quando compreendidos entre o</p><p>término da primeira hora trabalhada e o início</p><p>da última hora trabalhada, desde que previsto</p><p>em convenção ou acordo coletivo de trabalho,</p><p>ante a natureza do serviço e em virtude das</p><p>condições especiais de trabalho a que são</p><p>submetidos estritamente os motoristas,</p><p>cobradores, fiscalização de campo e afins nos</p><p>serviços de operação de veículos rodoviários,</p><p>empregados no setor de transporte coletivo de</p><p>passageiros, mantida a remuneração e</p><p>concedidos intervalos para descanso menores</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>45</p><p>ao final de cada viagem. SE LIGUE:</p><p>REDUÇÃO/FRACIONAMENTO = INTERVALO DE</p><p>1H OU MAIS; FRACIONAMENTO = INTERVALO</p><p>DE 15MIN</p><p>FIQUE ATENTO (INTERVALOS ESPECIAIS): 1) Nos</p><p>serviços permanentes de mecanografia</p><p>(datilografia, escrituração ou cálculo), a cada</p><p>período de 90 (noventa) minutos de trabalho</p><p>consecutivo corresponderá um repouso de 10</p><p>(dez) minutos não deduzidos da duração normal</p><p>de trabalho. 2) Nos trabalhos em minas de</p><p>subsolo deve haver intervalo de 15 minutos a</p><p>cada 03 horas consecutivas de labor (artigo 298</p><p>da CLT) e 3) O trabalho em câmaras frigoríficas e</p><p>para os trabalhadores que movimentam</p><p>mercadorias do ambiente quente ou normal</p><p>para o frio e vice-versa, depois de 1 (uma) hora</p><p>e 40 (quarenta) minutos de trabalho contínuo,</p><p>será assegurado um período de 20 (vinte)</p><p>minutos de repouso, computado esse intervalo</p><p>como de trabalho efetivo (FIQUE ATENTO POIS</p><p>REGRA GERAL O INTERVALO NÃO É</p><p>COMPUTADO NA JORNADA, TRATA-SE AQUI,</p><p>PORTANTO, DE EXCEÇÃO À REGRA).</p><p>ATENÇÃO MÁXIMA: OS INTERVALOS QUE</p><p>NÃO ESTEJAM PREVISTOS EM LEI MAS</p><p>CONCEDIDOS PELO EMPREGADOR, DEVERÃO</p><p>SER COMPUTADOS NA JORNADAS DE</p><p>TRABALHO E REMUNERADOS COMO TEMPO</p><p>À DISPOSIÇÃO. Exemplo: Tempo concedido</p><p>para lanchar que não seja o intervalo</p><p>intrajornada.</p><p>PONTO IMPORTANTE: FIQUE ATENTO AO</p><p>ARTIGO 611-A, DA CLT, QUE FOI INSERIDO PELA</p><p>REFORMA TRABALHISTA E, EM SEU INCISO III</p><p>ASSEGUROU QUE A CONVENÇÃO COLETIVA E O</p><p>ACORDO COLETIVO DE TRABALHO TÊM</p><p>PREVALÊNCIA SOBRE A LEI QUANDO DISPUSER</p><p>SOBRE INTERVALO INTRAJORNADA,</p><p>RESPEITADO O LIMITE MÍNIMO DE TRINTA</p><p>MINUTOS PARA JORNADAS SUPERIORES A SEIS</p><p>HORAS.</p><p>ATENÇÃO – EMPREGADOS DOMÉSTICOS:</p><p>Deve ser concedido ao doméstico, no mínimo, 1</p><p>(uma) hora e, no máximo, 2 (duas) horas de</p><p>INTERVALO DE DESCANSO (INTRAJORNADA),</p><p>admitindo-se, mediante prévio acordo escrito</p><p>entre empregador e empregado, sua redução a</p><p>30 (trinta) minutos.</p><p>Caso o empregado resida no local de trabalho,</p><p>o período de intervalo poderá ser</p><p>desmembrado em 2 (dois) períodos, desde que</p><p>cada um deles tenha, no mínimo, 1 (uma) hora,</p><p>até o limite de 4 (quatro) horas ao dia.</p><p>Para jornada de trabalho não superior a 6 (seis)</p><p>horas, o intervalo concedido será de 15 (quinze)</p><p>minutos.</p><p> INTERVALO INTERJORNADA:</p><p>Tem previsão no artigo 66, da CLT.</p><p>É aquele que é concedido ENTRE UMA jornada e</p><p>outra de trabalho, a fim de que o trabalhador</p><p>recupere totalmente suas energias e goze do</p><p>convívio social e familiar.</p><p>Tem duração MÍNIMA de ONZE HORAS - Artigo</p><p>66, da CLT: Entre 2 (duas) jornadas de trabalho</p><p>haverá um período mínimo de 11 (onze) horas</p><p>consecutivas para descanso.</p><p>FIQUE ATENTO: A concessão do descanso</p><p>semanal remunerado não desobriga o</p><p>empregador de conceder o interjornada mínimo</p><p>de ONZE HORAS. Em assim sendo, o empregado</p><p>tem direito a 35 horas consecutivas de descanso</p><p>semanal (24 horas do DSR+11 interjornada).</p><p> 3) TRABALHO AOS DOMINGOS E</p><p>FERIADOS:</p><p>Será assegurado a todo empregado um</p><p>descanso semanal de 24 (vinte e quatro) horas</p><p>consecutivas, o qual, salvo motivo de</p><p>conveniência pública ou necessidade imperiosa</p><p>do serviço, deverá coincidir com o domingo, no</p><p>todo ou em parte. Esse é o popular “DSR” =</p><p>DESCANSO SEMANAL REMUNERADO.</p><p>Nos serviços que exijam trabalho aos domingos,</p><p>com exceção quanto aos elencos teatrais, será</p><p>estabelecida escala de revezamento,</p><p>mensalmente organizada e constando de</p><p>quadro sujeito à fiscalização.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>46</p><p>ATENÇÃO – SÚMULA 146, DO TST: O trabalho</p><p>prestado em domingos e feriados, não</p><p>compensado, deve ser pago em dobro, sem</p><p>prejuízo da remuneração relativa ao repouso</p><p>semanal.</p><p>ATENÇÃO – LEI 11.306/07: A referida lei</p><p>autorizou o trabalho aos domingos nas</p><p>atividades do comércio em geral, observada a</p><p>legislação municipal. Ademais, também</p><p>estabeleceu que o repouso semanal</p><p>remunerado deverá coincidir, pelo menos uma</p><p>vez no período máximo de três semanas, com o</p><p>domingo. Por fim, É permitiu o trabalho em</p><p>feriados nas atividades do comércio em geral,</p><p>desde que autorizado em convenção coletiva</p><p>de trabalho e observada a legislação municipal.</p><p>ATENÇÃO – JORNADA 12X36: A remuneração</p><p>mensal pactuada pelo horário de trabalho 12x36</p><p>já abrange os pagamentos devidos pelo</p><p>descanso semanal remunerado e pelo descanso</p><p>em feriados, e serão considerados</p><p>compensados os feriados e as prorrogações de</p><p>trabalho noturno.</p><p>NESSE SENTIDO É A JURISPRUDÊNCIA PÁTRIA:</p><p>TRT-4 - Recurso Ordinário Trabalhista ROT</p><p>00205254920195040018 (TRT-4)</p><p>Jurisprudência•Data de publicação: 26/08/2021</p><p>REGIME DE TRABALHO</p><p>dos produtos e serviços com</p><p>padrões adequados de qualidade, segurança,</p><p>durabilidade e desempenho.</p><p>III - harmonização dos interesses dos</p><p>participantes das relações de consumo e</p><p>compatibilização da proteção do consumidor</p><p>com a necessidade de desenvolvimento</p><p>econômico e tecnológico, de modo a viabilizar</p><p>os princípios nos quais se funda a ordem</p><p>econômica (art. 170, da Constituição Federal),</p><p>sempre com base na boa-fé e equilíbrio nas</p><p>relações entre consumidores e fornecedores;</p><p>IV - Educação e informação de fornecedores e</p><p>consumidores, quanto aos seus direitos e</p><p>deveres, com vistas à melhoria do mercado de</p><p>consumo;</p><p>V - Incentivo à criação pelos fornecedores de</p><p>meios eficientes de controle de qualidade e</p><p>segurança de produtos e serviços, assim como</p><p>de mecanismos alternativos de solução de</p><p>conflitos de consumo;</p><p>VI - coibição e repressão eficientes de todos os</p><p>abusos praticados no mercado de consumo,</p><p>inclusive a concorrência desleal e utilização</p><p>indevida de inventos e criações industriais das</p><p>marcas e nomes comerciais e signos distintivos,</p><p>que possam causar prejuízos aos consumidores;</p><p>VII - racionalização e melhoria dos serviços</p><p>públicos;</p><p>VIII - estudo constante das modificações do</p><p>mercado de consumo.</p><p>IX - Fomento de ações direcionadas à educação</p><p>financeira e ambiental dos</p><p>consumidores; (Incluído pela Lei nº 14.181, de</p><p>2021)</p><p>X- Prevenção e tratamento do</p><p>superendividamento como forma de evitar a</p><p>exclusão social do consumidor. (Incluído pela</p><p>Lei nº 14.181, de 2021)</p><p>1) PRINCÍPIO DA VUNERABILIDADE: Todo</p><p>consumidor é, pela sua natureza, vulnerável em</p><p>relação ao fornecedor. Vale dizer que por tal</p><p>princípio, as cláusulas contratuais serão</p><p>interpretadas de maneira mais favorável ao</p><p>consumidor (artigo 47, CDC); também que o</p><p>consumidor pode desistir do contrato, no prazo</p><p>de 7 dias a contar de sua assinatura ou do ato de</p><p>recebimento do produto ou serviço, sempre que</p><p>a contratação de fornecimento de produtos e</p><p>serviços ocorrer fora do estabelecimento</p><p>comercial, especialmente por telefone ou a</p><p>domicílio (artigo 49, CDC) e nos contratos de</p><p>compra e venda de móveis ou imóveis mediante</p><p>pagamento em prestações, bem como nas</p><p>alienações fiduciárias em garantia, consideram-</p><p>se nulas de pleno direito as cláusulas que</p><p>estabeleçam a perda total das prestações pagas</p><p>em benefício do credor que, em razão do</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>4</p><p>inadimplemento, pleitear a resolução do</p><p>contrato e a retomada do produto alienado</p><p>(artigo 53, CDC).</p><p>Além disso, é importante que o aluno saiba que</p><p>existem três tipos de vulnerabilidade: A) A</p><p>vulnerabilidade técnica, a qual está relacionada</p><p>com o desconhecimento do consumidor em</p><p>relação a produção do produto (afinal, ele não</p><p>participou do processo de produção,</p><p>comercialização, distribuição), b) a</p><p>vulnerabilidade jurídica, que se trata do</p><p>desconhecimento, por parte do consumidor,</p><p>dos direitos e deveres da relação jurídica de</p><p>consumo e a c) vulnerabilidade fática, a qual</p><p>demonstra que o consumidor é frágil diante do</p><p>fornecedor, seja em razão do forte poder</p><p>econômico do fornecedor, seja em razão do</p><p>fornecedor deter o monopólio fático ou jurídico</p><p>da relação, ou seja, em razão de esse fornecedor</p><p>desenvolver uma atividade considerada</p><p>essencial.</p><p>Neste viés, o STJ possui jurisprudência acerca da</p><p>inversão do ônus da prova previsto no art. 6º,</p><p>VIII, do CDC.</p><p>A inversão do ônus da prova de que trata o art.</p><p>6º, VIII, do CDC é REGRA DE INSTRUÇÃO,</p><p>devendo a decisão judicial que determiná-la ser</p><p>proferida preferencialmente na fase de</p><p>saneamento do processo ou, pelo menos,</p><p>assegurar à parte a quem não incumbia</p><p>inicialmente o encargo a reabertura de</p><p>oportunidade para manifestar-se nos autos.</p><p>STJ. 2ª Seção. EREsp 422778-SP, Rel. para o</p><p>acórdão Min. Maria Isabel Gallotti (art. 52, IV,</p><p>b, do RISTJ), julgados em 29/2/2012.</p><p>O princípio da vulnerabilidade também está</p><p>relacionado a obrigação de transparência que o</p><p>fornecedor deverá ter com o consumidor,</p><p>conforme prevê o Art. 54. § 4° As cláusulas que</p><p>implicarem limitação de direito do consumidor</p><p>deverão ser redigidas com destaque, permitindo</p><p>sua imediata e fácil compreensão.</p><p>#Jurisprudêncianacabeça</p><p>CAIU NA OAB XXXIX</p><p>É indevida a intervenção estatal para fazer</p><p>constar cláusula penal genérica contra o</p><p>fornecedor de produto em contrato padrão de</p><p>consumo, pois, além de violar os princípios da</p><p>livre iniciativa e da autonomia da vontade, a</p><p>própria legislação já prevê mecanismos de</p><p>punição daquele que incorre em mora. Caso</p><p>concreto: o Ministério Público ajuizou ACP</p><p>contra determinada empresa de comércio</p><p>varejista afirmando que o contrato de adesão</p><p>que ela celebra com os consumidores seria</p><p>abusivo por não conter uma cláusula penal</p><p>prevendo multa para a empresa em caso de</p><p>atraso na entrega dos produtos. Assim, na</p><p>ação, o Parquet pediu que a empresa fosse</p><p>condenada a incluir em seu contrato um prazo</p><p>para cumprimento de entrega do produto e a</p><p>previsão de multa moratória de 2% sobre o</p><p>valor da venda para a hipótese de atraso. O STJ</p><p>não concordou com o pedido do MP. STJ. 2ª</p><p>Seção. REsp 1.656.182-SP, Rel. Min. Nancy</p><p>Andrighi, julgado em 11/09/2019 (Info 658).</p><p>2) PRINCÍPIO DO DEVER GOVERNAMENTAL:</p><p>Deve-se, através de órgãos públicos, buscar</p><p>condições mais justas com vistas a garantir uma</p><p>maior harmonia nas relações de consumo.</p><p>3) PRINCÍPIO DO EQUILÍBRIO NAS RELAÇÕES DE</p><p>CONSUMO: Deve haver uma busca real e</p><p>incessante por relações de consumo mais justas</p><p>e equilibradas. Tal fato também deve nortear o</p><p>julgador. Em razão de tal princípio também são</p><p>vedadas práticas abusivas e outras em</p><p>detrimento do consumidor.</p><p>4) PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO: O fornecedor</p><p>deve sempre passar informações claras,</p><p>objetivas e diretas sobre seus produtos e</p><p>serviços. É vedada a publicidade enganosa.</p><p>“O direito à informação, abrigado</p><p>expressamente pelo art. 5º, XIV, da</p><p>Constituição Federal, é uma das formas de</p><p>expressão concreta do Princípio da</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>5</p><p>Transparência, sendo também corolário do</p><p>Princípio da Boa-fé Objetiva e do Princípio da</p><p>Confiança, todos abraçados pelo CDC. REsp</p><p>586.316.”</p><p>CAIU NA OAB XXXIX</p><p>Direito de informação x Pesquisa de Dados do</p><p>consumidor (score de crédito)</p><p>Súmula 550-STJ: A utilização de escore de</p><p>crédito, método estatístico de avaliação de risco</p><p>que não constitui banco de dados, dispensa o</p><p>consentimento do consumidor, que terá o</p><p>direito de solicitar esclarecimentos sobre as</p><p>informações pessoais valoradas e as fontes dos</p><p>dados considerados no respectivo cálculo.</p><p>#OLHAAJURIS #SINTOCHEIRODEPROVA</p><p>O STJ analisou a validade do chamado sistema</p><p>“credit scoring”, fixando as seguintes teses: a)</p><p>“Credit scoring”, também chamado de</p><p>“crediscore”, é um método desenvolvido para</p><p>avaliação do risco de concessão de crédito, a</p><p>partir de modelos estatísticos, considerando</p><p>diversas variáveis, com atribuição de uma</p><p>pontuação ao consumidor avaliado (nota do</p><p>risco de crédito); b) O “credit scoring” é</p><p>considerado como prática comercial LÍCITA,</p><p>estando autorizada pelo art. 5º, IV, e pelo art. 7º,</p><p>I, da Lei 12.414/2011 (Lei do Cadastro Positivo);</p><p>c) Vale ressaltar, no entanto, que para o “credit</p><p>scoring” ser lícito, é necessário que respeite os</p><p>limites estabelecidos pelo sistema de proteção</p><p>do consumidor no sentido da tutela da</p><p>privacidade e da máxima transparência nas</p><p>relações negociais, conforme previsão do CDC e</p><p>da Lei 12.414/2011; d) Apesar de desnecessário</p><p>o consentimento do consumidor consultado,</p><p>devem ser a ele fornecidos esclarecimentos,</p><p>caso solicitados, acerca das fontes dos dados</p><p>considerados (histórico de crédito), bem como</p><p>as informações pessoais valoradas; e) O</p><p>desrespeito aos limites legais na utilização do</p><p>sistema “credit scoring” configura abuso no</p><p>exercício desse direito, podendo ensejar a</p><p>responsabilidade</p><p>12X36. DOMINGOS</p><p>TRABALHADOS. No regime 12x36, os domingos</p><p>trabalhados pelo empregado são naturalmente</p><p>compensados, restando observado o descanso</p><p>semanal remunerado, motivo pelo qual é</p><p>indevida a sua remuneração em dobro.</p><p>5. CONTRATO DE TRABALHO</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>Contrato individual de trabalho nada mais é do</p><p>que o acordo tácito ou expresso,</p><p>correspondente à relação de emprego (Pode ser</p><p>acordado tácita ou expressamente,</p><p>verbalmente ou por escrito, por prazo</p><p>determinado ou indeterminado, ou para</p><p>prestação de trabalho intermitente).</p><p>A prova do contrato individual do trabalho será</p><p>feita pelas anotações constantes da carteira</p><p>profissional ou por instrumento escrito e</p><p>suprida por todos os meios permitidos em</p><p>direito.</p><p>Cabe ao empregador definir o padrão de</p><p>vestimenta no meio ambiente laboral, sendo</p><p>lícita a inclusão no uniforme de logomarcas da</p><p>própria empresa ou de empresas parceiras e de</p><p>outros itens de identificação relacionados à</p><p>atividade desempenhada (ANTES DA REFORMA</p><p>ISSO NÃO ERA POSSÍVEL).</p><p>A higienização do uniforme é de</p><p>responsabilidade do trabalhador, salvo nas</p><p>hipóteses em que forem necessários</p><p>procedimentos ou produtos diferentes dos</p><p>utilizados para a higienização das vestimentas</p><p>de uso comum.</p><p>O empregador não exigirá do candidato a</p><p>emprego comprovação de experiência prévia</p><p>por tempo superior a 6 (seis) meses no mesmo</p><p>tipo de atividade.</p><p>EM REGRA o contrato se dá de forma</p><p>indeterminada, ou seja, sem termo estipulado.</p><p>ATENÇÃO: Qualquer que seja o ramo de</p><p>atividade da sociedade cooperativa, NÃO</p><p>EXISTE VÍNCULO EMPREGATÍCIO entre ela e</p><p>seus associados, nem entre estes e os</p><p>tomadores de serviços daquela.</p><p>ATENÇÃO: NÃO EXISTE VÍNCULO</p><p>EMPREGATÍCIO entre entidades religiosas de</p><p>qualquer denominação ou natureza ou</p><p>instituições de ensino vocacional e ministros de</p><p>confissão religiosa, membros de instituto de</p><p>vida consagrada, de congregação ou de ordem</p><p>religiosa, ou quaisquer outros que a eles se</p><p>equiparem, ainda que se dediquem parcial ou</p><p>integralmente a atividades ligadas à</p><p>administração da entidade ou instituição a que</p><p>estejam vinculados ou estejam em formação</p><p>ou treinamento (OBVIAMENTE, tal</p><p>entendimento não se aplica em caso de</p><p>desvirtuamento da finalidade religiosa e</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>47</p><p>voluntária. OU SEJA, em caso de</p><p>desvirtuamento da finalidade religiosa, o</p><p>VÍNCULO É FORMADO).</p><p>Contrato por prazo determinado só será válido</p><p>em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou</p><p>transitoriedade justifique a predeterminação do</p><p>prazo; b) de atividades empresariais de caráter</p><p>transitório e c) contrato de experiência.</p><p>ATENTAR: O contrato de trabalho por prazo</p><p>determinado não poderá ser estipulado por</p><p>mais de 2 (dois) anos.</p><p>ATENTAR: O contrato de experiência não</p><p>poderá exceder de 90 (noventa) dias.</p><p>ATENTAR: Admite-se uma única renovação,</p><p>desde que não ultrapasse o limite (02 anos ou</p><p>90 dias). Ultrapassado o limite ou renovado</p><p>mais de uma vez, passa a ser contrato por prazo</p><p>indeterminado.</p><p>ATENTAR: No caso do DOMÉSTICO o contrato de</p><p>experiência tem que ser por escrito e admite</p><p>uma única renovação (também desde que a</p><p>soma dos 2 (dois) períodos não ultrapasse 90</p><p>(noventa) dias).</p><p>Todo e qualquer contrato que se suceder,</p><p>dentro de 6 (seis) meses, a outro contrato por</p><p>prazo determinado, deve ser tido como POR</p><p>PRAZO INDETERMIADO, salvo se a expiração</p><p>deste dependeu da execução de serviços</p><p>especializados ou da realização de certos</p><p>acontecimentos.</p><p>CONTRATO INTERMITENTE: Considera-se como</p><p>intermitente o contrato de trabalho no qual a</p><p>prestação de serviços, com subordinação, não é</p><p>contínua, ocorrendo com alternância de</p><p>períodos de prestação de serviços e de</p><p>inatividade, determinados em horas, dias ou</p><p>meses, independentemente do tipo de atividade</p><p>do empregado e do empregador, exceto para os</p><p>aeronautas, regidos por legislação própria.</p><p>ATENÇÃO: SE NÃO HOUVER COMPROVAÇÃO DA</p><p>DESCONTINUIDADE E DA INATIVIDADE O</p><p>CONTRATO SE CONVOLA EM INDETERMINADO!</p><p>Nesse sentido:</p><p>TRT-7 - Recurso Ordinário Rito Sumaríssimo</p><p>RO 00007995320195070003 CE (TRT-7)</p><p>Jurisprudência•Data de publicação:</p><p>12/06/2020</p><p>RECURSO DO RECLAMANTE. CONTRATO</p><p>INTERMITENTE. NULIDADE. O art. 443 e 452-</p><p>A da CLT definem o contrato intermitente. na</p><p>falta de um dos requisitos do contrato, esse</p><p>se descaracteriza. no caso foi constatado a</p><p>falta do requisito da descontinuidade, e da</p><p>inatividade. O contrato passou a ser por</p><p>tempo indeterminado.</p><p>O contrato intermitente DEVE SER</p><p>NECESSARIAMENTE ESCRITO (452-A, da CLT).</p><p>O empregador deve convocar o empregado com</p><p>pelo menos três dias corridos de antecedência.</p><p>Recebida a convocação, o empregado terá o</p><p>prazo de um dia útil para responder ao</p><p>chamado, presumindo-se, no silêncio, a recusa.</p><p>A recusa não descaracteriza a subordinação.</p><p>Aceita a oferta para o comparecimento ao</p><p>trabalho, a parte que descumprir, sem justo</p><p>motivo, pagará à outra parte, no prazo de trinta</p><p>dias, multa de 50% (cinquenta por cento) da</p><p>remuneração que seria devida, permitida a</p><p>compensação em igual prazo.</p><p>CONTRATO TEMPORÁRIO: É permitido em dois</p><p>casos: Necessidade de substituição temporária</p><p>de algum funcionário permanente (exemplo:</p><p>férias de funcionário) e demanda complementar</p><p>de serviços (exemplo: fim de ano, páscoa, etc.).</p><p>O período máximo que um trabalhador</p><p>temporário pode ficar à disposição da empresa</p><p>tomadora é de 270 dias ao total (180 dias,</p><p>prorrogáveis por mais de 90 dias).</p><p>Caso haja violação do prazo acima, estará</p><p>configurado o vínculo empregatício</p><p>indeterminado com a empresa tomadora de</p><p>serviços.</p><p>NÃO SE PODE CONTRATAR PESSOAL</p><p>TEMPORÁRIO PARA SUBSTITUIR FUNCIONÁRIOS</p><p>EM GREVE!</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>48</p><p>A responsabilidade do tomador de serviços, via</p><p>de regra, é subsidiária.</p><p>Em casos de falência da empresa prestadora ou</p><p>intermediadora da mão de obra, a tomadora de</p><p>serviços deve responder de forma solidária.</p><p>HIPÓTESES DE ALTERAÇÃO, SUSPENSÃO E</p><p>INTERRUPÇÃO CONTRATUAL:</p><p>ALTERAÇÃO CONTRATUAL (468, da CLT)</p><p>No que toca à alteração contratual, vale dizer</p><p>que a regra impositiva geral a ser seguida é a de</p><p>que o contrato de trabalho somente pode ser</p><p>alterado quando houver sido pactuado entre</p><p>ambas as partes, no entanto, além disso, não</p><p>pode haver prejuízo para o empregado (468,</p><p>CLT).</p><p>Portanto, eis que temos 02 requisitos:</p><p>Pactuação entre as partes e ausência de prejuízo</p><p>ao empregado.</p><p>Vale destacar, contudo, que não se considera</p><p>alteração unilateral a determinação do</p><p>empregador para que o respectivo empregado</p><p>reverta ao cargo efetivo, anteriormente</p><p>ocupado, deixando o exercício de função de</p><p>confiança.</p><p>Vale destacar, ainda, a vedação à</p><p>ULTRATIVIDADE DA NORMA COLETIVA, prevista</p><p>no artigo 614, §3º: Não será permitido estipular</p><p>duração de convenção coletiva ou acordo</p><p>coletivo de trabalho superior a dois anos, sendo</p><p>vedada a ultratividade.</p><p>Resta claro, assim, que ao término da vigência</p><p>da norma coletiva, os trabalhadores perderão</p><p>direitos eventualmente estipulados pela norma</p><p>coletiva.</p><p>Assim houve cobrança do tema no 40º Exame:</p><p>Os sindicatos de classe de uma determinada</p><p>categoria elaboraram uma convenção coletiva</p><p>normatizando o pagamento do adicional de</p><p>penosidade. A norma previa vigência de 2 (dois)</p><p>anos, com término em outubro de 2023.</p><p>Considerando esses fatos e o que dispõe a CLT,</p><p>assinale a afirmativa correta.</p><p>Alternativas</p><p>A) Mesmo com a vigência encerrada, os</p><p>trabalhadores que recebiam o adicional</p><p>possuem direito adquirido, e o pagamento deve</p><p>prosseguir.</p><p>B) Ao término da vigência da norma coletiva,</p><p>caso ela não seja renovada, os trabalhadores</p><p>perderão o direito ao adicional.</p><p>C) Os trabalhadores que já recebiam o adicional</p><p>continuarão com o direito se isso for</p><p>homologado pelo Ministério do Trabalho.</p><p>D) A vantagem se incorpora ao contrato de</p><p>trabalho dos empregados</p><p>ativos, e os admitidos</p><p>posteriormente ao dies ad quem da norma</p><p>coletiva não a receberão.</p><p>R: LETRA B.</p><p>INTERRUPÇÃO DO CONTRATO</p><p>Não há prestação de serviços.</p><p>Há pagamento de salário.</p><p>Há contagem de tempo de serviço.</p><p>Hipóteses de interrupção do contrato de</p><p>trabalho:</p><p>• descanso semanal e feriados;</p><p>• férias;</p><p>• faltas justificadas (Art. 473 da CLT – VALE A</p><p>LEITURA);</p><p>• licença-paternidade;</p><p>• licença-maternidade;</p><p>• licença remunerada por doação de sangue (um</p><p>dia a cada doze meses);</p><p>• afastamento por doença ou acidente (15</p><p>primeiros dias);</p><p>ATENÇÃO:</p><p>Art. 28. O depósito na conta vinculada do FGTS</p><p>é obrigatório também nos casos de interrupção</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>49</p><p>do contrato de trabalho prevista em lei, tais</p><p>como:</p><p>I - prestação de serviço militar (ENQUANTO</p><p>DURAR O AFASTAMENTO);</p><p>II - licença para tratamento de saúde de até</p><p>quinze dias;</p><p>III - licença por acidente de trabalho</p><p>(INDEPENDENTE DO NÚMERO DE DIAS);</p><p>IV - licença à gestante; e</p><p>V - licença-paternidade.</p><p>VEJAMOS COMO A FGV fez cobrança do tema no</p><p>39º Exame:</p><p>Plínio Salgado ficou afastado do trabalho por 8</p><p>meses em benefício previdenciário decorrente</p><p>de doença ocupacional relacionada ao trabalho.</p><p>Ao retornar após a alta médica, foi informado</p><p>que não teria direito ao gozo de férias, pois</p><p>necessitaria cumprir mais um ano de trabalho,</p><p>bem como seu FGTS deixou de ser depositado,</p><p>já que não houve trabalho. Além disso, seu</p><p>salário permaneceu congelado, por não haver</p><p>trabalho, não lhe sendo devidas as diferenças</p><p>salariais decorrentes do aumento espontâneo</p><p>concedido pelo empregador aos empregados</p><p>que estavam ativos.</p><p>Na qualidade de advogado(a) de Plínio, assinale</p><p>a opção que, corretamente, contempla os</p><p>efetivos direitos de seu cliente.</p><p>A) Plínio apenas faz jus aos depósitos do FGTS do</p><p>período de afastamento, bem como ao reajuste</p><p>salarial concedido pelo empregador.</p><p>B) Plínio faz jus aos depósitos do FGTS do</p><p>período de afastamento, bem como ao reajuste</p><p>salarial concedido pelo empregador e ao</p><p>cômputo do período de afastamento no período</p><p>aquisitivo de férias.</p><p>C) Plínio não tem direito ao reajuste salarial, pois</p><p>não houve contraprestação no período do</p><p>aumento espontâneo, não se tratando de norma</p><p>coletiva.</p><p>D) Plínio não tem direito aos valores do FGTS do</p><p>período, pois em gozo do benefício</p><p>previdenciário não há cômputo do tempo de</p><p>serviço.</p><p>R: LETRA A.</p><p>SUSPENSÃO DO CONTRATO</p><p>Não há prestação de serviços.</p><p>Não há salário.</p><p>Não conta o tempo de serviço.</p><p>Hipóteses de suspensão do contrato de</p><p>trabalho:</p><p>• licença não remunerada;</p><p>• afastamento por doença ou acidente (por mais</p><p>de 15 dias);</p><p>• suspensão disciplinar;</p><p>• faltas injustificadas;</p><p>• período de participação do empregado em</p><p>curso ou programa de qualificação profissional</p><p>oferecido pelo empregador (art. 476-A, CLT) –</p><p>Nesse caso o contrato não pode ser suspenso</p><p>mais de uma vez no período de dezesseis meses;</p><p>• período de greve, quando esta for considerada</p><p>abusiva pelo Tribunal;</p><p>• aposentadoria por invalidez (art. 475, CLT).</p><p>ATENÇÃO 1: A suspensão do empregado por</p><p>mais de 30 (trinta) dias consecutivos importa na</p><p>rescisão injusta do contrato de trabalho.</p><p>ATENÇÃO 2: O empregado que for aposentado</p><p>por invalidez terá suspenso o seu contrato de</p><p>trabalho durante o prazo fixado pelas leis de</p><p>previdência social para a efetivação do</p><p>benefício.</p><p>RETORNO DA APOSENTADORIA: Recuperando o</p><p>empregado a capacidade de trabalho e sendo a</p><p>aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado</p><p>o direito à função que ocupava ao tempo da</p><p>aposentadoria, facultado, porém, ao</p><p>empregador, o direito de indenizá-lo por</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>50</p><p>rescisão do contrato de trabalho, nos termos</p><p>dos arts. 477 e 478, salvo na hipótese de ser ele</p><p>portador de estabilidade.</p><p>6. EXTINÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>O contrato de trabalho pode ser rescindido ou</p><p>resolvido de diversas formas, dentre elas, para</p><p>essas você deve ser atentar:</p><p>2.1 EXTINÇÃO DO CONTRATO POR INICIATIVA</p><p>DO EMPREGADOR</p><p>Em casos de demissão sem justa causa são</p><p>devidos: o saldo de salário (dias trabalhados</p><p>pelo empregado), o aviso-prévio (trabalhado ou</p><p>indenizado e proporcional ao tempo de serviço),</p><p>férias vencidas e proporcionais acrescidas de</p><p>1/3, 13º salário, liberação dos valores</p><p>depositados no FGTS, multa de 40%, entrega das</p><p>guias para solicitação do seguro-desemprego e</p><p>indenização adicional, quando a dispensa se</p><p>consumar no trintídio anterior (data base da</p><p>categoria - artigo 9°, da Lei 7.238/1984).</p><p>Em casos de demissão com justa causa são</p><p>devidos: Depósito do FGTS referente ao mês da</p><p>rescisão, além de saldo de salários e férias</p><p>vencidas acrescidas do terço constitucional (pois</p><p>tratam-se de direito adquirido).</p><p>As hipóteses de justa causa estão elencadas no</p><p>artigo 482, da CLT:</p><p>1. Ato de improbidade (gera prejuízo</p><p>patrimonial ao empregador).</p><p>2. Incontinência de conduta ou mau</p><p>procedimento (Incontinência de</p><p>conduta é relativa à moral sexual.</p><p>Mau procedimento tudo que é</p><p>contra as regras sociais e internas.</p><p>3. Negociação habitual por conta</p><p>própria ou alheia sem permissão do</p><p>empregador, e quando constituir</p><p>ato de concorrência à empresa para</p><p>a qual trabalha o empregado, ou for</p><p>prejudicial ao serviço.</p><p>4. Condenação criminal (transitada</p><p>em julgado - caso não tenha havido</p><p>suspensão da execução da pena)</p><p>5. Desídia no desempenho das</p><p>respectivas funções (negligencia,</p><p>preguiça).</p><p>6. Embriaguez (habitual (quando for</p><p>de forma repetida e fora do local</p><p>de trabalho) ou em serviço (no</p><p>próprio local do trabalho)).</p><p>7. Violação de segredo da empresa</p><p>8. Ato de indisciplina ou de</p><p>insubordinação (A indisciplina</p><p>acontece quando há o ato de</p><p>descumprimento de regras</p><p>genéricas – aquelas que regem o</p><p>comportamento de todos os</p><p>funcionários dentro da empresa.</p><p>Já a insubordinação está associada</p><p>ao descumprimento de regras</p><p>específicas (verbais ou escritas),</p><p>geralmente associada à recusa em</p><p>seguir ordens inerentes à atividade</p><p>de trabalho do profissional).</p><p>9. Abandono de emprego (ausentar-</p><p>se do serviço pelo prazo mínimo de</p><p>30 dias sem justificativa).</p><p>10. Ato lesivo da honra ou da boa fama</p><p>praticado no serviço contra</p><p>qualquer pessoa, ou ofensas físicas,</p><p>nas mesmas condições, salvo em</p><p>caso de legítima defesa, própria ou</p><p>de outrem (TEM QUE SER NO</p><p>AMBIENTE DE TRABALHO).</p><p>11. Ato lesivo da honra ou da boa fama</p><p>ou ofensas físicas praticadas contra</p><p>o empregador e superiores</p><p>hierárquicos, salvo em caso de</p><p>legítima defesa, própria ou de</p><p>outrem; Prática constante de jogos</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>51</p><p>de azar (PODE SER EM QUALQUER</p><p>LUGAR).</p><p>12. Prática constante de jogos de azar.</p><p>13. Perda de habilitação ou requisitos</p><p>para exercício da profissão</p><p>(Incluído pela reforma trabalhista</p><p>– Deve decorrer de conduta dolosa</p><p>do empregado).</p><p>14. Atentados à segurança nacional.</p><p>ATENÇÃO: A dispensa por justa causa é a pena</p><p>máxima aplicada ao empregado, cujas</p><p>consequências acompanhar-lhe-ão por toda sua</p><p>vida profissional. Por esse motivo deve ser</p><p>utilizada pelo empregador com todo o cuidado</p><p>necessário e mediante um ato faltoso de</p><p>tamanha gravidade que impossibilite a</p><p>continuidade da prestação dos serviços pelo</p><p>trabalhador, sendo necessária, ainda, a</p><p>observância dos requisitos essenciais para sua</p><p>aplicação, quais sejam, previsão legal,</p><p>gravidade do ato, nexo causal,</p><p>proporcionalidade e imediatidade na aplicação</p><p>da pena.</p><p>ATENÇÃO: O EMPREGADO NÃO PODE SER</p><p>PUNIDO DUAS VEZES PELO MESMO FATO.</p><p>EXEMPLO: SE SOFREU SUSPENSÃO NÃO</p><p>PODERÁ SER PUNIDO COM A JUSTA CAUSA EM</p><p>RAZÃO DO MESMO FATO!</p><p>Nesse sentido:</p><p>TRT-24 - 00010073220115240007 (TRT-24)</p><p>Jurisprudência•Data de publicação:</p><p>06/02/2013</p><p>JUSTA CAUSA - BIS IN IDEM. É ônus do</p><p>empregador demonstrar</p><p>o cometimento de</p><p>nova falta disciplinar pelo empregado entre a</p><p>aplicação das penalidades de suspensão e</p><p>rescisão motivada, sob pena de incorrer em</p><p>bis in idem.</p><p>2.2 EXTINÇÃO DO CONTRATO POR INICIATIVA</p><p>DO EMPREGADO</p><p>Em tais casos o empregado quem deve</p><p>conceder aviso prévio ao empregador e, acaso</p><p>não o faça serão feitos descontos relativos a</p><p>esse período de aviso não dado.</p><p>Nos casos de pedido de demissão são devidos</p><p>ao empregado: saldo de salário, férias vencidas</p><p>(se houver), proporcionais acrescidas de 1/3 e</p><p>13º salário proporcional.</p><p>Não tem direito ao saque do FGTS, multa</p><p>rescisórias e seguro desemprego.</p><p>Cumpre ressaltar, entretanto, que existem</p><p>algumas exceções quanto ao levantamento do</p><p>FGTS mesmo em casos de pedido de demissão,</p><p>que são previstas na Lei 8.036/66, como, por</p><p>exemplo: quando o trabalhador tiver idade igual</p><p>ou superior a setenta anos, trabalhador já</p><p>aposentado, doença terminal em razão de</p><p>doença grave (trabalhador ou qualquer dos seus</p><p>dependentes), HIV (trabalhador ou qualquer dos</p><p>seus dependentes), quando o trabalhador ou</p><p>qualquer de seus dependentes for acometido de</p><p>neoplasia maligna, dentre outros (Art. 20 da Lei</p><p>supracitada).</p><p>2.3 EXTINÇÃO DO CONTRATO POR INICIATIVA</p><p>MÚTUA</p><p>A ruptura contratual por iniciativa de ambas as</p><p>partes foi incluída pela reforma trabalhista e</p><p>está bem definida no artigo 484-A, da CLT.</p><p>Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser</p><p>extinto por acordo entre empregado e</p><p>empregador, caso em que serão devidas as</p><p>seguintes verbas trabalhistas:</p><p>I - por metade</p><p>a) o aviso prévio, se indenizado; e</p><p>b) a indenização sobre o saldo do Fundo de</p><p>Garantia do Tempo de Serviço (MULTA DO FGTS</p><p>É DE 20%)</p><p>II - na integralidade, as demais verbas</p><p>trabalhistas (férias, 13º, saldo de salário)</p><p>§ 1o A extinção do contrato prevista no caput</p><p>deste artigo permite a movimentação da conta</p><p>vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia</p><p>do Tempo de Serviço na forma do inciso I-A do</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>52</p><p>art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990,</p><p>limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos</p><p>depósitos. (EM RESUMO: O EMPREGADO PODE</p><p>MOVIMENTAR/SACAR 80% DO VALOR DE SUA</p><p>CONTA FUNDIÁRIA)</p><p>§ 2º. A extinção do contrato por acordo prevista</p><p>no caput deste artigo não autoriza o ingresso no</p><p>Programa de Seguro-Desemprego.</p><p>2.4 RESCISÃO INDIRETA</p><p>o EMPREGADOR dá causa à ruptura contratual,</p><p>OU SEJA, comente ATO FALTOSO.</p><p>Tem previsão no artigo 483, da CLT.</p><p>Nas hipóteses da alínea D (não cumprir o</p><p>empregador as obrigações do contrato) e G</p><p>(Redução unilateral, pelo empregador, do</p><p>trabalho do empregado, sendo este por peça</p><p>ou tarefa, de forma a afetar sensivelmente a</p><p>importância dos salários) do artigo 483, o</p><p>empregado pode pleitear a rescisão indireta e</p><p>permanecer ou não no serviço até a final</p><p>decisão do processo!</p><p>Nos casos em que ficar caraterizada a rescisão</p><p>indireta do contrato, são devidas as verbas</p><p>típicas de uma dispensa SEM JUSTA CAUSA.</p><p>2.4 MORTE DO EMPREGADO</p><p>Nesses casos são devidas aos dependentes</p><p>habilitados na previdência social as seguintes</p><p>verbas rescisórias (E PAGOS EM QUOTAS</p><p>IGUAIS): o saldo de salário (dias trabalhados</p><p>pelo empregado), férias vencidas e</p><p>proporcionais acrescidas de 1/3, 13º salário,</p><p>liberação dos valores depositados no FGTS.</p><p>No falecimento do empregado, serão pagas as</p><p>parcelas do seguro-desemprego vencidas até a</p><p>data do óbito, aos sucessores, mediante</p><p>apresentação de Alvará Judicial, conforme a</p><p>Resolução CODEFAT 665/2011.</p><p>Não há direito ao aviso prévio e à multa de 40%</p><p>sobre o FGTS.</p><p>2.5 DECURSO DO PRAZO DO CONTRATO</p><p>DETERMINADO</p><p>Nos contratos de trabalho por prazo</p><p>determinado, sua extinção, em regra, se dará</p><p>com o término do prazo estipulado no contrato.</p><p>Em tal caso, o empregado terá direito as</p><p>seguintes verbas: 13º salário proporcional;</p><p>férias proporcionais; e levantamento dos</p><p>depósitos do FGTS (sem a multa do FGTS).</p><p>Agora, acaso tenha a extinção corrida antes do</p><p>fim do prazo previsto em contrato (rescisão</p><p>antecipada), haverá de se levar em conta o que</p><p>segue:</p><p>A) Justa causa cometida pelo empregado,</p><p>ele terá direito a somente os salários devidos no</p><p>período;</p><p>B) Sem justa causa, o empregado terá</p><p>direito a: indenização correspondente ao valor</p><p>da remuneração a que teria direito até o termo</p><p>do contrato (art. 490, da CLT), além de: férias</p><p>acrescidas de 1/3, 13º salário e ao FGTS mais a</p><p>multa de 40%;</p><p>C) Iniciativa do empregado, este deverá</p><p>indenizar o empregador no valor</p><p>correspondente ao que seria devido se a</p><p>rescisão tivesse sido causada por vontade do</p><p>empregador (artigo 480, §1º, da CLT).</p><p>OBS: Se houver cláusula assecuratória do direito</p><p>recíproco de transferência (art. 481, da CLT), faz</p><p>jus o empregado às verbas rescisórias típicas dos</p><p>contratos por prazo indeterminado (acrescenta-</p><p>se, portanto, aviso prévio, multa fundiária).</p><p>2.6 CULPA RECÍPROCA</p><p>No caso de culpa reciproca, as verbas rescisórias</p><p>são devidas à razão de 50%, além de liberação</p><p>das guias de FGTS, multa fundiária de 20%.</p><p>Súmula nº 14 do TST: Reconhecida a culpa</p><p>recíproca na rescisão do contrato de trabalho</p><p>(art. 484 da CLT), o empregado tem direito a</p><p>50% (cinquenta por cento) do valor do aviso</p><p>prévio, do décimo terceiro salário e das férias</p><p>proporcionais.</p><p>2.7 FORÇA MAIOR</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>53</p><p>Antes de mais nada você precisa saber o que a</p><p>força maior é assim conceituada:</p><p>Acontecimento inevitável, alheio à vontade do</p><p>empregador e sobre o qual este em nada</p><p>interveio. Exemplo: Um meteoro que caiu em</p><p>cima da empresa e a destruiu completamente.</p><p>Sua caracterização exige a simultaneidade dos</p><p>seguintes requisitos: que o empregador não</p><p>tenha concorrido com sua vontade para o</p><p>evento; que o mesmo seja imprevisível; e que</p><p>abale a estrutura econômico-financeira da</p><p>empresa de forma que impossibilite o</p><p>cumprimento de todas as suas obrigações</p><p>contratuais.</p><p>Na hipótese de força maior, serão devidas as</p><p>seguintes verbas rescisórias, à saber:</p><p>I - sendo estável, nos termos dos arts. 477 e 478;</p><p>II - não tendo direito à estabilidade, metade da</p><p>que seria devida em caso de rescisão sem justa</p><p>causa;</p><p>III - havendo contrato por prazo determinado,</p><p>aquela a que se refere o art. 479 desta Lei,</p><p>reduzida igualmente à metade.</p><p>O que se entende como FORÇA MAIOR tem</p><p>previsão nos artigos 501 e 502 da CLT.</p><p>Para a caraterização da força maior é necessário</p><p>que fique comprovado a extinção da empresa</p><p>ou do estabelecimento que o funcionário</p><p>trabalho.</p><p>2.8 FALÊNCIA DA EMPRESA</p><p>A falência da empresa em nada prejudica o</p><p>direito do empregado ao percebimento de</p><p>TODAS as verbas rescisórias devidas, como a</p><p>dispensa sem justa causa fosse.</p><p>2.9 FATO DO PRÍNCIPE</p><p>Decorre de ato do poder público.</p><p>Situação jurídica imposta pelo Poder Público em</p><p>decorrência de ato discricionário para</p><p>consecução de políticas públicas.</p><p>ATENÇÃO MÁXIMA: A EMPRESA NÃO PODE</p><p>ALEGAR FATO DO PRÍNCIPE EM RAZÃO DE</p><p>COVID 19:</p><p>TRT-6 - Recurso Ordinário Trabalhista RO</p><p>00005626020205060181 (TRT-6)</p><p>Jurisprudência•Data de publicação:</p><p>19/05/2021</p><p>RECURSO ORDINÁRIO. FATO DO PRÍNCIPE.</p><p>FORÇA MAIOR. NÃO CARACTERIZAÇÃO. A</p><p>pandemia ocasionada pela covid-19 não</p><p>guarda relação com a figura do fato do</p><p>príncipe, que, conforme definição do art. 486</p><p>da CLT , corresponde à situação jurídica</p><p>imposta pelo Poder Público em decorrência</p><p>de ato discricionário para consecução de</p><p>políticas públicas. Em verdade, a restrição</p><p>direcionada aos empresários em relação às</p><p>atividades ditas não essenciais no âmbito de</p><p>uma situação de calamidade, tratou-se de</p><p>questão de saúde pública, não se</p><p>confundindo, portanto, com o alegado fato</p><p>do príncipe. Além disso, a empresa poderia</p><p>ter aderido às hipóteses de flexibilização</p><p>previstas na Medida Provisória de nº 927</p><p>/2020, de 22 de março de 2020, antes de</p><p>proceder à dispensa da reclamante.</p><p>De outro</p><p>lado, também não encontra amparo a tese de</p><p>força maior, uma vez que sequer houve</p><p>comprovação de que houve extinção da</p><p>empresa ou de um dos estabelecimentos em</p><p>que trabalhe a empregada, tal como</p><p>determina o art. 502 da CLT . (Processo: ROT</p><p>- 0000562-60.2020.5.06.0181 , Redator:</p><p>Fabio Andre de Farias, Data de julgamento:</p><p>19/05/2021, Segunda Turma, Data da</p><p>assinatura: 19/05/2021)</p><p>Na hipótese de fato do príncipe, serão devidas</p><p>as seguintes verbas rescisórias, à saber: Saldo de</p><p>salário, férias vencidas e proporcionais, décimo</p><p>terceiro salário, aviso prévio, saque de FGTS,</p><p>guias do seguro desemprego.</p><p>A multa de 40% sobre o FGTS deve ficar a cargo</p><p>da administração pública.</p><p>2.10 ATENÇÃO – DISPENSA DISCRIMINATÓRIA</p><p>O rompimento da relação de trabalho por ato</p><p>discriminatório, além do direito à reparação</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>54</p><p>pelo dano moral, faculta ao empregado optar</p><p>entre:</p><p>I - a reintegração com ressarcimento integral de</p><p>todo o período de afastamento, mediante</p><p>pagamento das remunerações devidas,</p><p>corrigidas monetariamente e acrescidas de juros</p><p>legais;</p><p>II - a percepção, em dobro, da remuneração do</p><p>período de afastamento, corrigida</p><p>monetariamente e acrescida dos juros legais.</p><p>FIQUE ATENTO: PRESCRIÇÃO TRABALHISTA</p><p>(11º, da CLT)</p><p>A pretensão quanto a créditos resultantes das</p><p>relações de trabalho prescreve em cinco anos</p><p>para os trabalhadores urbanos e rurais, até o</p><p>limite de dois anos após a extinção do contrato</p><p>de trabalho.</p><p>Tratando-se de pretensão que envolva pedido</p><p>de prestações sucessivas decorrente de</p><p>alteração ou descumprimento do pactuado, a</p><p>prescrição é total, exceto quando o direito à</p><p>parcela esteja também assegurado por preceito</p><p>de lei.</p><p>A interrupção da prescrição somente ocorrerá</p><p>pelo ajuizamento de reclamação trabalhista,</p><p>mesmo que em juízo incompetente, ainda que</p><p>venha a ser extinta sem resolução do mérito,</p><p>produzindo efeitos apenas em relação aos</p><p>pedidos idênticos.</p><p>EXISTE prescrição intercorrente no processo do</p><p>trabalho.</p><p>Ocorre a prescrição intercorrente no processo</p><p>do trabalho no prazo de dois anos.</p><p>A fluência do prazo prescricional intercorrente</p><p>inicia-se quando o exequente deixa de cumprir</p><p>determinação judicial no curso da execução.</p><p>A prescrição intercorrente pode ser requerida</p><p>ou declarada de ofício em qualquer grau de</p><p>jurisdição.</p><p>Vejamos como o tema foi abordado no 40º</p><p>Exame:</p><p>Reinaldo, trabalhador rural, atua na Fazenda</p><p>Boa Esperança como tratorista desde 1990. Em</p><p>janeiro de 2021, o empregador de Reinaldo o</p><p>dispensou sem justa causa, sendo que o ex-</p><p>empregado ajuizou reclamação trabalhista em</p><p>novembro de 2023.</p><p>Sobre a situação apresentada, nos termos da</p><p>Constituição Federal, assinale a afirmativa</p><p>correta.</p><p>A) A prescrição para o trabalhador rural só tem</p><p>início após uma prestação de contas, que não foi</p><p>feita, razão pela qual não existe prescrição total.</p><p>B) Como forma de proteção especial ao</p><p>empregado rural, a lei garante que a ação possa</p><p>ser proposta em até 5 (cinco) anos da extinção</p><p>do contrato.</p><p>C) Caso o reclamado suscite em defesa a</p><p>prescrição extintiva, o juiz deverá acolhê-la.</p><p>D) Somente se as verbas da extinção forem</p><p>quitadas no sindicato de classe rural é que a</p><p>prescrição bimestral terá início.</p><p>R: LETRA C.</p><p>FAIXA BÔNUS – IMPORTANTE!!!!</p><p>ACORDO EXTRAJUDICIAL</p><p>O Acordo extrajudicial é procedimento previsto</p><p>junto ao artigo 855-B e seguintes da CLT.</p><p>O processo de homologação de acordo</p><p>extrajudicial terá início por petição conjunta das</p><p>partes, devendo estas estarem representadas</p><p>por ADVOGADOS.</p><p>Os advogados das partes DEVEM SER</p><p>DISTINTOS!</p><p>O trabalhador pode ser assistido pelo advogado</p><p>do sindicato de sua categoria.</p><p>No prazo de quinze dias a contar da distribuição</p><p>da petição, o juiz analisará o acordo, designará</p><p>audiência se entender necessário e proferirá</p><p>sentença.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>55</p><p>A petição de homologação de acordo</p><p>extrajudicial suspende o prazo prescricional da</p><p>ação quanto aos direitos nela especificados</p><p>(FIQUE ATENTO: SUSPENDE O PRAZO, NÃO</p><p>INTERROMPE). O prazo prescricional voltará a</p><p>fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em</p><p>julgado da decisão que negar a homologação</p><p>do acordo.</p><p>ATENÇÃO: O JUIZ NÃO É OBRIGADO A</p><p>HOMOLOGAR O ACORDO PROPOSTO PELAS</p><p>PARTES (Vide súmula 418, do TST, e artigos 855-</p><p>B e seguintes, da CLT).</p><p>DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO</p><p>DICA DO DIA 05</p><p>1. PROCESSO TRABALHISTA, ATOS E PRAZOS</p><p>PROCESSUAIS</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>Disposições sobre o processo trabalhista são</p><p>encontradas no artigo 763 e seguintes da CLT.</p><p>Processo (procedimento) é o conjunto de atos</p><p>coordenados que se efetivam em contraditório,</p><p>objetivando a decisão do conflito trabalhista.</p><p>Rito é a forma como o procedimento irá se</p><p>desenvolver no processo (Pode ser ordinário,</p><p>sumaríssimo ou sumário).</p><p>Os atos processuais são praticados pelos</p><p>sujeitos da relação processual, com a finalidade</p><p>única de obtenção da decisão de mérito,</p><p>extinguindo o conflito trabalhista.</p><p>Vale ressaltar que no processo do trabalho, ao</p><p>contrário do cível, se busca, primordialmente, a</p><p>simplicidade, celeridade, oralidade,</p><p>concentração dos atos processuais,</p><p>irrecorribilidade das decisões interlocutórias,</p><p>conciliação, etc.</p><p>Estes, portanto, são princípios do processo</p><p>trabalhista.</p><p>Vamos ver o que há de mais importante em cada</p><p>um deles:</p><p>1) Princípio da celeridade: Direito de obter, no</p><p>menor espaço de tempo, a apreciação ao</p><p>conflito levado à Juízo (art. 765, da CLT e inciso</p><p>LXXVIII, do artigo 5º da Constituição Federal). Os</p><p>Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla</p><p>liberdade na direção do processo e velarão pelo</p><p>andamento rápido das causas, podendo</p><p>determinar qualquer diligência necessária ao</p><p>esclarecimento delas.</p><p>Vejamos, agora, como o tema foi abordado no</p><p>39º Exame de Ordem:</p><p>Em uma reclamação trabalhista na qual o</p><p>reclamante postula apenas o pagamento das</p><p>verbas devidas pela extinção do contrato, a</p><p>sociedade empresária alegou em sua defesa que</p><p>nada seria devido porque o ex-empregado</p><p>praticou uma falta grave e, por isso, foi</p><p>dispensado por justa causa.</p><p>Na audiência de instrução, cada parte conduziu</p><p>duas testemunhas e, após ouvir os depoimentos</p><p>pessoais, e considerando a tese da contestação,</p><p>o juiz decidiu ouvir primeiramente as</p><p>testemunhas do reclamado e após as do</p><p>reclamante.</p><p>Diante dos fatos e da previsão contida na CLT,</p><p>assinale a afirmativa correta.</p><p>A) Errou o juiz, pois de acordo com a CLT as</p><p>testemunhas do reclamante devem ser ouvidas</p><p>antes daquelas conduzidas pelo reclamado, haja</p><p>vista o direito de defesa.</p><p>B) Uma vez que a CLT não dispõe sobre a ordem</p><p>de produção das provas, fica a critério do</p><p>magistrado a definição, inclusive a ordem de</p><p>produção da prova oral e a quantidade de</p><p>testemunhas admitidas.</p><p>C) O juiz tem o poder de alterar a ordem de</p><p>realização das provas, inclusive a oitiva das</p><p>testemunhas, tendo em vista as alegações das</p><p>partes e adequando-as às necessidades do</p><p>conflito.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>56</p><p>D) A forma realizada pelo magistrado nulificou a</p><p>produção das provas e a sentença, que poderá</p><p>ser anulada para que a instrução seja refeita</p><p>com renovação das provas na ordem correta.</p><p>R: LETRA C.</p><p>2) Princípio da inafastabilidade do controle</p><p>jurisdicional: Previsto no art. 5º, XXXV, da CF e</p><p>prevê que a Lei não excluirá da apreciação do</p><p>Judiciário lesão ou ameaça a direito.</p><p>3) Princípio da concentração dos atos</p><p>processuais: Importante princípio do processo</p><p>trabalhista. Leciona que, na medida do possível,</p><p>todos os atos processuais devem ser</p><p>concentrados e decididos em um único</p><p>momento, representado pela audiência (a</p><p>audiência, em regra, é UNA). Tem o objetivo de</p><p>agrupar os atos de processo em eventos únicos,</p><p>acelerando</p><p>sua tramitação.</p><p>4) Princípio da oralidade: Outro importante</p><p>princípio: O processo trabalhista é por sua</p><p>natureza um procedimento oral. A reclamação</p><p>pode ser apresentada de forma oral, a</p><p>contestação, etc., tudo com vistas a dar</p><p>celeridade ao processo.</p><p>5) Princípio da conciliação: Importantíssimo! A</p><p>conciliação constitui um dos elementos</p><p>primordiais do processo do trabalho. Com ela se</p><p>obtém paz social e diminuição de conflitos. A</p><p>conciliação trabalhista deve ser incentivada em</p><p>qualquer momento e qualquer grau de</p><p>jurisdição. O JUIZ É OBRIGADO A APRESENTAR</p><p>DUAS PROPOSTAS DE CONCILIAÇÃO, UMA NO</p><p>INÍCIO DA AUDIÊNCIA (Art. 846, da CLT) E UMA</p><p>ANTES DO SEU ENCERRAMENTO (Art. 850, da</p><p>CLT). Art. 764/CLT - Os dissídios individuais ou</p><p>coletivos submetidos à apreciação da Justiça do</p><p>Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação.</p><p>ATENÇÃO: O JUIZ NÃO É OBRIGADO A</p><p>HOMOLOGAR O ACORDO PROPOSTO PELAS</p><p>PARTES (Vide súmula 418, do TST, e artigos 855-</p><p>B e seguintes, da CLT).</p><p>IMPORTANTE SABER: Sempre que houver</p><p>acordo, se de outra forma não for</p><p>convencionado, o pagamento das custas</p><p>caberá em partes iguais aos litigantes.</p><p>VEJAMOS COMO O TEMA ACIMA FOI COBRADO</p><p>NO 40º EXAME:</p><p>Em sede de reclamação trabalhista na qual você</p><p>advoga para o empregado, foi celebrado acordo</p><p>entre as partes ainda na fase de conhecimento,</p><p>antes da prolação da sentença.</p><p>Na petição de lavra conjunta entre os advogados</p><p>das partes nada constou acerca das custas</p><p>processuais. Seu cliente é beneficiário da</p><p>gratuidade de justiça, conforme decisão</p><p>constante do processo desde o início.</p><p>Sobre as custas processuais, considerando o</p><p>silêncio das partes e havendo acordo, segundo o</p><p>texto da CLT, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) As custas deverão incidir em 2% sobre o valor</p><p>do acordo e serão divididas em frações iguais</p><p>pelas partes, sendo que, no caso de seu cliente,</p><p>não haverá o pagamento por força da</p><p>gratuidade de justiça.</p><p>B) As custas deverão incidir em 10% sobre o</p><p>valor do acordo e serão integralmente</p><p>recolhidas pela parte ré.</p><p>C) As custas deverão incidir em 2% sobre o valor</p><p>do acordo e ficarão integralmente sob</p><p>responsabilidade da parte autora que, na</p><p>hipótese, está dispensada do recolhimento por</p><p>força da gratuidade de justiça.</p><p>D) As custas deverão incidir em 5% sobre o valor</p><p>da causa, já que não houve prolação de</p><p>sentença, e serão rateadas igualmente pelas</p><p>partes, dispensado o autor do recolhimento pela</p><p>gratuidade de justiça.</p><p>R: LETRA A.</p><p>IMPORTANTE SABER 2: No caso de conciliação,</p><p>o termo que for lavrado valerá como decisão</p><p>irrecorrível, salvo para a Previdência Social</p><p>quanto às contribuições que lhe forem devidas.</p><p>Nesse sentido, a súmula 100, V, do TST: O</p><p>acordo homologado judicialmente tem força de</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>57</p><p>decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT.</p><p>Assim sendo, o termo conciliatório transita em</p><p>julgado na data da sua homologação judicial.</p><p>6) Princípio da simplicidade e informalidade:</p><p>São característicos do processo do trabalho os</p><p>princípios da simplicidade e da informalidade,</p><p>sendo certo que segundo o qual os rigores</p><p>formais dos ritos processuais devem ser</p><p>reduzidos a um mínimo indispensável para que</p><p>se atinja a finalidade do processo (realização do</p><p>direito material).</p><p>7) Irrecorribilidade das decisões</p><p>interlocutórias: Assegurado junto ao artigo 893,</p><p>§1º, da CLT e súmula 214, do C. TST. Os</p><p>incidentes do processo serão resolvidos pelo</p><p>próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a</p><p>apreciação do merecimento das decisões</p><p>interlocutórias somente em recursos de</p><p>decisões definitivas.</p><p>8) Princípio da Primazia da Realidade: Em uma</p><p>relação de trabalho o que realmente importa é</p><p>o que acontece, os fatos, mesmo que eventual</p><p>documento indique o contrário. Em matéria</p><p>trabalhista é mais importante o que ocorre na</p><p>prática.</p><p>9) Princípio da Primazia da Realidade: Em uma</p><p>relação de trabalho o que realmente importa é</p><p>o que acontece, os fatos, mesmo que eventual</p><p>documento indique o contrário. Em matéria</p><p>trabalhista é mais importante o que ocorre na</p><p>prática.</p><p>10) Princípio da Publicidade: Em regra, os atos</p><p>processuais devem ser públicos.</p><p>11) Princípio do devido processo legal:</p><p>Ninguém será privado da liberdade ou de seus</p><p>bens sem o devido processo legal</p><p>12) Princípio do contraditório e ampla defesa:</p><p>Aos litigantes, em processo judicial ou</p><p>administrativo, e aos acusados em geral são</p><p>assegurados o contraditório e ampla defesa,</p><p>com os meios e recursos a ela inerentes.</p><p>13) Princípio do JUS POSTULANDI: No processo</p><p>trabalhista as partes possuem capacidade</p><p>postulatória. No entanto, a súmula 425, do TST,</p><p>estabelece que tal capacidade somente pode ser</p><p>exercida nas INSTÂNCIAS ORDINÁRIAS (O jus</p><p>postulandi das partes, estabelecido no art. 791</p><p>da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos</p><p>Tribunais Regionais do Trabalho, não</p><p>alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o</p><p>mandado de segurança e os recursos de</p><p>competência do Tribunal Superior do</p><p>Trabalho).</p><p>Passado o estudo dos princípios, vale ressaltar</p><p>que a compensação, ou retenção de valores, só</p><p>poderá ser arguida como matéria de defesa, ou</p><p>seja, se a compensação não for arguida na</p><p>contestação, HAVERÁ PRECLUSÃO (Súmula 48</p><p>e art. 767, da CLT).</p><p>Terá preferência em todas as fases processuais</p><p>o dissídio cuja decisão tiver de ser executada</p><p>perante o Juízo da falência.</p><p>Nos casos omissos, o direito processual comum</p><p>(PROCESSO CIVIL) será fonte subsidiária do</p><p>direito processual do trabalho, exceto naquilo</p><p>em que for incompatível com as normas de</p><p>processo trabalhista.</p><p>PRIORIDADE PROCESSUAL: Conforme se</p><p>verifica do artigo 1048 do CPC, terão prioridade</p><p>de tramitação, em qualquer juízo ou tribunal, os</p><p>procedimentos judiciais:</p><p>1) Em que figure como parte ou interessado</p><p>pessoa com idade igual ou superior a 60</p><p>(sessenta) anos ou portadora de doença grave;</p><p>2) Regulados pela Lei nº 8.069, de 13 de julho de</p><p>1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente);</p><p>3) Em que figure como parte a vítima de</p><p>violência doméstica e familiar;</p><p>4) em que se discuta a aplicação do disposto nas</p><p>normas gerais de licitação e contratação a que</p><p>se refere o inciso XXVII do caput do art. 22 da</p><p>Constituição Federal.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>58</p><p>Além disso, reza o artigo 652, PU. da CLT, que</p><p>Terão preferência para julgamento os dissídios</p><p>sobre 1) pagamento de salário e 2) aqueles que</p><p>derivarem da falência do empregador,</p><p>podendo o Presidente da Junta, a pedido do</p><p>interessado, constituir processo em separado,</p><p>sempre que a reclamação também versar sobre</p><p>outros assuntos.</p><p>Ainda, como visto acima, terá preferência em</p><p>todas as fases processuais o dissídio cuja</p><p>decisão tiver de ser executada perante o Juízo</p><p>da falência.</p><p>Os atos processuais serão públicos salvo</p><p>quando o contrário determinar o interesse</p><p>social, e realizar-se-ão nos dias úteis das 6 (seis)</p><p>às 20 (vinte) horas.</p><p>Os prazos trabalhistas serão contados em dias</p><p>úteis, com exclusão do dia do começo e</p><p>inclusão do dia do vencimento.</p><p>Súmula 262, TST: PRAZO JUDICIAL.</p><p>NOTIFICAÇÃO OU INTIMAÇÃO EM SÁBADO.</p><p>RECESSO FORENSE. I - Intimada ou notificada a</p><p>parte no sábado, o início do prazo se dará no</p><p>primeiro dia útil imediato e a contagem, no</p><p>subsequente.</p><p>Os prazos podem ser alterados quando o juízo</p><p>entender necessário e em virtude de força</p><p>maior, devidamente comprovada.</p><p>O Juízo pode dilatar os prazos processuais e</p><p>alterar a ordem de produção dos meios de</p><p>prova, adequando-os às necessidades do</p><p>conflito de modo a conferir maior efetividade à</p><p>tutela do direito.</p><p>OBSERVAÇÃO IMPORTANTE: Prazos</p><p>peremptórios (aqueles que não podem ser</p><p>alterados pela liberalidade das partes, como os</p><p>prazos para os recursos) não podem ser, em</p><p>regra, modificados, vide 222, do CPC:</p><p>Art. 222. Na comarca, seção ou subseção</p><p>judiciária onde for difícil o transporte, o juiz</p><p>poderá prorrogar os prazos por até 2 (dois)</p><p>meses.</p><p>§ 1º Ao juiz é vedado reduzir prazos</p><p>peremptórios sem anuência das partes.</p><p>§ 2º Havendo calamidade pública, o limite</p><p>previsto no caput para prorrogação de prazos</p><p>poderá ser excedido.</p><p>Portanto, prazos peremptórios não comportam</p><p>dilação, a não ser com a anuência expressa de</p><p>todos os litigantes, em caso de calamidade</p><p>pública, ou tratando-se de locais onde for difícil</p><p>o transporte.</p><p>RECESSO TRABALHISTA: Suspende-se o curso</p><p>do prazo processual nos dias compreendidos</p><p>entre 20 de dezembro e 20 de janeiro (recesso).</p><p>Durante a suspensão do prazo, não se</p><p>realizarão audiências nem sessões de</p><p>julgamento.</p><p>ATENÇÃO - DIFERENÇA ENTRE INTERRUPÇÃO</p><p>DE PRAZO E SUSPENSÃO DE PRAZO: A diferença</p><p>entre a suspenção e a interrupção de prazos está</p><p>no retorno da contagem. Enquanto na</p><p>suspensão, o retorno continua de onde parou,</p><p>na interrupção a contagem do prazo recomeça.</p><p>Na Justiça do Trabalho, litisconsortes com</p><p>procuradores diferentes NÃO têm prazo em</p><p>dobro, em razão de incompatibilidade com a</p><p>celeridade que lhe é inerente (OJ 310, TST).</p><p>Nos processos perante a Justiça do Trabalho,</p><p>constituem privilégio da União, dos Estados, do</p><p>Distrito Federal, dos Municípios e das</p><p>autarquias ou fundações de direito público</p><p>federais, estaduais ou municipais que não</p><p>explorem atividade econômica:</p><p>II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841</p><p>(para contestar e comparecer à audiência);</p><p>III - o prazo em dobro para recurso.</p><p>2. DAS PARTES E PROCURADORES,</p><p>SUCUMBÊNCIA, HONORÁRIOS E DANO</p><p>PROCESSUAL</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>59</p><p>As disposições sobre os institutos acima</p><p>mencionados encontram-se a partir do art. 790-</p><p>B, da CLT.</p><p>Autor é aquele que ocupa o polo ativo da</p><p>demanda, normalmente é o reclamante</p><p>(empregado).</p><p>Réu é aquele que ocupa o polo passivo,</p><p>normalmente é o reclamado (empresa).</p><p>Os empregados e os empregadores poderão</p><p>reclamar pessoalmente perante a Justiça do</p><p>Trabalho e acompanhar as suas reclamações até</p><p>o final (É o “jus postulandi” das partes).</p><p>Mas como já vimos, o jus postulandi das partes,</p><p>estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às</p><p>Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do</p><p>Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a</p><p>ação cautelar, o mandado de segurança e os</p><p>recursos de competência do Tribunal Superior</p><p>do Trabalho).</p><p>Via de regra, todo aquele que tem</p><p>PERSONALIDADE JURÍDICA pode ser parte.</p><p>Para pessoas físicas, a capacidade de ser parte</p><p>extingue-se com a morte. Se isso ocorrer</p><p>durante o processo o feito será suspenso para</p><p>habilitação dos sucessores.</p><p>ATENÇÃO: A reclamação trabalhista do menor</p><p>de 18 anos será feita por seus representantes</p><p>legais e, na falta destes, pela Procuradoria da</p><p>Justiça do Trabalho, pelo sindicato, pelo</p><p>Ministério Público estadual ou curador</p><p>nomeado em juízo.</p><p>ATENÇÃO: A União, os estados e o DF são</p><p>representados ativa e passivamente pelos seus</p><p>Procuradores. O Município será representado</p><p>pelo Prefeito ou Procuador.</p><p>IMPORTANTE – SÚMULA 426, TST:</p><p>I - A União, Estados, Municípios e Distrito</p><p>Federal, suas autarquias e fundações públicas,</p><p>quando representadas em juízo, ativa e</p><p>passivamente, por seus procuradores, estão</p><p>dispensadas da juntada de instrumento de</p><p>mandato e de comprovação do ato de</p><p>nomeação.</p><p>II - Para os efeitos do item anterior, é essencial</p><p>que o signatário ao menos declare-se exercente</p><p>do cargo de procurador, não bastando a</p><p>indicação do número de inscrição na Ordem</p><p>dos Advogados do Brasil.</p><p>Nos dissídios individuais os empregados e</p><p>empregadores poderão fazer-se representar</p><p>por intermédio do sindicato, advogado,</p><p>solicitador, ou provisionado, inscrito na Ordem</p><p>dos Advogados do Brasil.</p><p>Nos dissídios coletivos é facultada aos</p><p>interessados a assistência por advogado.</p><p>O Ministério Público do Trabalho tem</p><p>legitimidade para ajuizar ações trabalhistas em</p><p>defesa dos direitos difusos e coletivos dos</p><p>trabalhadores (art. 129, III, da CF).</p><p>HONORÁRIOS DE ADVOGADO: Ao advogado,</p><p>ainda que atue em causa própria, serão devidos</p><p>honorários de sucumbência, fixados entre o</p><p>mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de</p><p>15% (quinze por cento) sobre o valor que</p><p>resultar da liquidação da sentença, do proveito</p><p>econômico obtido ou, não sendo possível</p><p>mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.</p><p>Os honorários também são devidos também nas</p><p>ações contra a Fazenda Pública e nas ações em</p><p>que a parte estiver assistida ou substituída pelo</p><p>sindicato de sua categoria.</p><p>CRITÉRIOS DE FIXAÇÃO DE HONORÁRIOS: 1)</p><p>Grau de zelo do profissional; 2) lugar de</p><p>prestação do serviço; 3) natureza e importância</p><p>de causa e 4) o trabalho realizado pelo advogado</p><p>e o tempo exigido para o seu serviço.</p><p>ATENÇÃO: Na hipótese de procedência parcial,</p><p>o juízo arbitrará honorários de sucumbência</p><p>recíproca, vedada a compensação entre os</p><p>honorários.</p><p>BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA E</p><p>HONORÁRIOS: Vencido o beneficiário da</p><p>justiça gratuita, FICA A CARGO DA UNIÃO O</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>60</p><p>PAGAMENTO DE HONORÁRIOS DE ADVOGADO</p><p>E PERICIAIS.</p><p>Nesse sentido a súmula 457, do TST:</p><p>A União é responsável pelo pagamento dos</p><p>honorários de perito quando a parte</p><p>sucumbente no objeto da perícia for beneficiária</p><p>da assistência judiciária gratuita.</p><p>FIQUE ATENTO – DIFERENCIAÇÃO</p><p>HONORÁRIOS DE PERITO, INTÉRPETRE E</p><p>ASSISTENTE TÉCNICO: PERITO, INTÉRPETRE E</p><p>ASSISTENTE TÉCNICO SÃO FIGURAS DIFERENTES</p><p>DENTRO DO PROCESSO.</p><p>O PERITO, como vimos, quem paga é a parte</p><p>SUCUMBENTE NA PRETENSÃO OBJETO DA</p><p>PERÍCIA, SALVO se beneficiário da JUSTIÇA</p><p>GRATUITA. (súmula 457, TST).</p><p>Já no que toca ao INTÉRPRETE, quem paga é a</p><p>parte SUCUMBENTE, SALVO se beneficiário da</p><p>JUSTIÇA GRATUITA (art. 819, §2º, CLT).</p><p>Vejamos, portanto, como foi cobrado o tema</p><p>no 39º Exame de Ordem:</p><p>John estava empregado em uma sociedade</p><p>empresária de óleo e gás, mas foi injustamente</p><p>dispensado por justa causa, com base em uma</p><p>falsa acusação de consumo de álcool a bordo da</p><p>plataforma, no dia 20/03/2023.</p><p>Você, como advogado de John, ajuizou</p><p>reclamação trabalhista e a única testemunha do</p><p>seu cliente não fala ou entende português,</p><p>apenas inglês. Você a arrolou como testemunha,</p><p>e já requereu e obteve o benefício da gratuidade</p><p>de justiça.</p><p>Sobre seu requerimento para a produção da</p><p>prova, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) Você deverá requerer ao juiz um intérprete,</p><p>que será custeado pela ré, se sucumbente no</p><p>objeto da prova, ou pela União, se você for a</p><p>parte sucumbente.</p><p>B) Deverá ser requerido ao juiz um intérprete,</p><p>que, independentemente da gratuidade de</p><p>justiça, deverá ser custeado pela parte a quem o</p><p>depoimento interessar.</p><p>C) Considerando que seu cliente fala inglês, ele</p><p>poderá servir de intérprete pelo princípio da</p><p>economia processual.</p><p>D) A gratuidade de justiça não alcança o</p><p>intérprete, sendo apenas para custas e perícias</p><p>judiciais, logo a parte autora deverá custear a</p><p>despesa processual.</p><p>R: LETRA: A.</p><p>Por fim, no que diz respeito ao ASSISTENTE</p><p>TÉCNICO, quem paga seus honorários é a PARTE</p><p>QUE O INDICOU, mesmo que vencedora (súmula</p><p>341, TST).</p><p>HONORÁRIOS NA RECONVENÇÃO: São devidos</p><p>honorários de sucumbência na reconvenção.</p><p>O juízo poderá deferir parcelamento dos</p><p>honorários periciais.</p><p>O juízo não poderá exigir adiantamento de</p><p>valores para realização de perícias.</p><p>JUSTIÇA GRATUITA: O benefício da justiça</p><p>gratuita será concedido à parte que comprovar</p><p>insuficiência de recursos para o pagamento das</p><p>custas do processo.</p><p>É facultado aos juízes, órgãos julgadores e</p><p>presidentes dos tribunais do trabalho de</p><p>qualquer instância conceder, a requerimento</p><p>ou de ofício, o benefício da justiça gratuita,</p><p>inclusive quanto a traslados e instrumentos,</p><p>àqueles que perceberem salário igual ou inferior</p><p>a 40% (quarenta por cento) do limite máximo</p><p>dos</p><p>benefícios do Regime Geral de Previdência</p><p>Social.</p><p>Os beneficiários da justiça gratuita são isentos</p><p>do pagamento de custas, sendo certo que o</p><p>MPT, a União, os Estados, o Distrito Federal, os</p><p>Municípios e respectivas autarquias e</p><p>fundações públicas federais, estaduais ou</p><p>municipais que não explorem atividade</p><p>econômica TAMBÉM NÃO PAGAM CUSTAS.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>61</p><p>Vale registrar, ainda, que são isentos do</p><p>depósito recursal os beneficiários da justiça</p><p>gratuita, as entidades filantrópicas e as</p><p>empresas em recuperação judicial.</p><p>NA JUSTIÇA DO TRABALHO, EXISTE A</p><p>POSSIBILIDADE DE RESPONSABILIZAÇÃO POR</p><p>DANO PROCESSUAL?</p><p>Sim, e as causas são previstas nos artigos 793-A</p><p>e seguintes, da CLT.</p><p>Responde por perdas e danos aquele que litigar</p><p>de má-fé como reclamante, reclamado ou</p><p>interveniente.</p><p>Hipóteses da litigância de má-fé estão no art.</p><p>793-B, da CLT.</p><p>A pena pode ser aplicada de oficio ou a</p><p>requerimento da parte.</p><p>A penalidade deverá ser superior a 1% (um por</p><p>cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor</p><p>corrigido da causa, além dos honorários</p><p>advocatícios e todas as despesas efetuadas pelo</p><p>adverso.</p><p>Quando forem dois ou mais os litigantes de má-</p><p>fé, o juízo condenará cada um na proporção de</p><p>seu respectivo interesse na causa ou</p><p>solidariamente aqueles que se coligaram para</p><p>lesar a parte contrária.</p><p>A mesma multa acima é aplicada a testemunha</p><p>que intencionalmente alterar a verdade dos</p><p>fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento</p><p>da causa.</p><p>A execução da multa ocorre nos próprios autos.</p><p>3. NULIDADES PROCESSUAIS – FAIXA EXTRA</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>Vide artigos 794 de seguintes da CLT.</p><p>Só haverá nulidade quando resultar manifesto</p><p>prejuízo às partes litigantes (PRINCÍPIO DA</p><p>TRANSCENDÊNCIA OU DO PREJUÍZO).</p><p>As nulidades no processo do trabalho somente</p><p>serão declaradas mediante provocação das</p><p>partes, as quais deverão argui-las à primeira</p><p>vez em que tiverem de falar em audiência ou</p><p>nos autos (PRINCÍPIO DA CONVALIDAÇÃO OU</p><p>PRECLUSÃO).</p><p>Se tal momento passar, estará PRECLUSA a</p><p>oportunidade de requerer a nulidade.</p><p>EXCEÇÃO: NULIDADE ABSOLUTA, POIS O JUIZ</p><p>DEVE CONHECER DE OFÍCIO E NÃO HÁ</p><p>PRECLUSÃO.</p><p>ATENÇÃO: A nulidade fundada em</p><p>incompetência de foro (matéria ou</p><p>competência funcional) deve ser declarada de</p><p>oficio. Nesse caso, serão considerados nulos os</p><p>atos decisórios.</p><p>A nulidade não será pronunciada: quando for</p><p>possível suprir-se a falta ou repetir-se o ato; ou</p><p>quando arguida por quem lhe tiver dado causa</p><p>(PRINCÍPIO DO INTERESSE).</p><p>A nulidade do ato não prejudicará senão os</p><p>posteriores que dele dependam ou sejam</p><p>consequência.</p><p>4. AÇÃO TRABALHISTA E AUDIÊNCIA</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>A reclamação poderá ser apresentada DE</p><p>FORMA ESCRITA OU VERBAL:</p><p>a) pelos empregados e empregadores,</p><p>pessoalmente, ou por seus representantes, e</p><p>pelos sindicatos de classe;</p><p>b) por intermédio das Procuradorias Regionais</p><p>da Justiça do Trabalho.</p><p>Em sendo ESCRITA, a reclamação deverá conter</p><p>a designação do juízo, a qualificação das partes,</p><p>a breve exposição dos fatos de que resulte o</p><p>dissídio, o pedido, que deverá ser certo,</p><p>determinado e com indicação de seu valor, a</p><p>data e a assinatura do reclamante ou de seu</p><p>representante.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>62</p><p>Acaso os pedidos propostos pelo empregado</p><p>não sejam nos moldes acima descrito eles serão</p><p>julgados extintos sem resolução do mérito.</p><p>Se verbal, a reclamação será reduzida a termo,</p><p>em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão</p><p>ou secretário.</p><p>Recebida e protocolada a reclamação,</p><p>trabalhista o escrivão ou secretário, dentro de</p><p>48 (quarenta e oito) horas, remeterá a segunda</p><p>via da petição, ou do termo, ao reclamado,</p><p>notificando-o ao mesmo tempo, para</p><p>comparecer à audiência do julgamento, que</p><p>será a primeira desimpedida, depois de 5</p><p>(cinco) dias.</p><p>Portanto, temos que a primeira audiência</p><p>deverá ser marcada respeitado, ao menos, 05</p><p>dias da notificação inicial!</p><p>Decore: o reclamado deve ser intimado com a</p><p>antecedência mínima de 5 dias da audiência.</p><p>Nesse sentido:</p><p>TRT-5 - Recurso Ordinário RecOrd</p><p>00135006320095050161 BA 0013500-</p><p>63.2009.5.05.0161 (TRT-5)</p><p>Jurisprudência•Data de publicação: 19/12/2012</p><p>NULIDADE PROCESSUAL. INOBSERVÂNCIA DO</p><p>INTERSTÍCIO MÍNIMO DE CINCO DIAS ENTRE A</p><p>NOTIFICAÇÃO DO RÉU E A REALIZAÇÃO DA</p><p>AUDIÊNCIA. Conforme disposição contida no</p><p>caput do artigo 841 da Consolidação das Leis do</p><p>Trabalho , deve ser observado o interstício</p><p>processual mínimo de cinco dias entre a</p><p>notificação do Réu e a realização da audiência,</p><p>sob pena de ser declarada a nulidade do</p><p>processo.</p><p>Lembre-se, ainda, que nos processos perante a</p><p>Justiça do Trabalho, constituem privilégio da</p><p>União, dos Estados, do Distrito Federal, dos</p><p>Municípios e das autarquias ou fundações de</p><p>direito público federais, estaduais ou</p><p>municipais que não explorem atividade</p><p>econômica:</p><p>II - o quádruplo do prazo fixado no artigo 841</p><p>(para contestar e comparecer à audiência);</p><p>III - o prazo em dobro para recurso.</p><p>Portanto, em se tratando dos entes acima</p><p>descritos, deve ser obedecido o interstício</p><p>mínimo de VINTE DIAS entre a notificação e a</p><p>audiência inaugural!</p><p>Nesse sentido:</p><p>TRT-11 - Recurso Ordinário RO</p><p>00012354220175110012 (TRT-11)</p><p>Jurisprudência•Data de publicação: 16/04/2019</p><p>RECURSO ORDINÁRIO. E.D.A. NULIDADE.</p><p>AUSÊNCIA DE INTERTÍSCIO MÍNIMO DE VINTE</p><p>DIAS. NOTIFICAÇÃO E AUDIÊNCIA INAUGURAL.</p><p>In casu, nos termos do art.841 da CLT c/c art. 1º</p><p>do Decreto Lei nº 779/69, verifica-se que não foi</p><p>obedecido o interstício mínimo entre a</p><p>notificação e a audiência inaugural, conforme</p><p>preconiza a legislação pertinente. Recurso</p><p>Ordinário provido para determinar a nulidade de</p><p>todos os atos a partir da realização da audiência</p><p>inaugural.</p><p>A notificação inicial será feita em registro</p><p>postal com franquia.</p><p>Acaso o reclamado criar embaraços ao seu</p><p>recebimento ou não for encontrado, far-se-á a</p><p>notificação por edital, inserto no jornal oficial</p><p>ou no que publicar o expediente forense, ou, na</p><p>falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.</p><p>Oferecida a contestação, ainda que</p><p>eletronicamente, o reclamante não poderá,</p><p>sem o consentimento do reclamado, desistir da</p><p>ação.</p><p>Sendo várias as reclamações e havendo</p><p>identidade de matéria, poderão ser acumuladas</p><p>num só processo, se se tratar de empregados da</p><p>mesma empresa ou estabelecimento.</p><p>Nas audiências trabalhistas deverão estar</p><p>presentes o reclamante e o reclamado,</p><p>independentemente do comparecimento de</p><p>seus representantes salvo, nos casos de</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>63</p><p>Reclamatórias Plúrimas ou Ações de</p><p>Cumprimento, quando os empregados poderão</p><p>fazer-se representar pelo Sindicato de sua</p><p>categoria.</p><p>O empregador pode se fazer substituiu por</p><p>gerente, ou qualquer outro preposto que tenha</p><p>conhecimento do fato, e cujas declarações</p><p>obrigarão o proponente.</p><p>O preposto NÃO PRECISA ser empregado.</p><p>Se, até 15 (quinze) minutos após a hora</p><p>marcada, o juiz ou presidente não houver</p><p>comparecido, os presentes poderão retirar-se,</p><p>devendo o ocorrido constar do livro de registro</p><p>das audiências.</p><p>Se, até 30 (trinta) minutos após a hora marcada,</p><p>a audiência, injustificadamente, não houver sido</p><p>iniciada, as partes e os advogados poderão</p><p>retirar-se, consignando seus nomes, devendo o</p><p>ocorrido constar do livro de registro das</p><p>audiências – Neste caso, a audiência deverá ser</p><p>remarcada pelo juiz ou presidente para a data</p><p>mais próxima possível, vedada a aplicação de</p><p>qualquer penalidade às partes.</p><p>As audiências devem ocorrer em dias úteis</p><p>previamente fixados, entre 8 (oito) e 18</p><p>(dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5</p><p>(cinco) horas seguidas, salvo quando houver</p><p>matéria urgente.</p><p>Se o empregado não puder comparecer à</p><p>audiência, poderá ser representado</p><p>por outro</p><p>empregado que pertença à mesma profissão,</p><p>ou pelo seu sindicato, desde que comprove</p><p>motivo de doença ou qualquer outro motivo</p><p>poderoso e justificador.</p><p>O não-comparecimento do reclamante à</p><p>audiência importa o arquivamento da</p><p>reclamação, e o não-comparecimento do</p><p>reclamado importa revelia, além de confissão</p><p>quanto à matéria de fato.</p><p>ATENÇÃO – SÚMULA 122, TST: A reclamada,</p><p>ausente à audiência em que deveria apresentar</p><p>defesa, é revel, ainda que presente seu</p><p>advogado munido de procuração, podendo ser</p><p>ilidida a revelia mediante a apresentação de</p><p>atestado médico, que deverá declarar,</p><p>expressamente, a impossibilidade de</p><p>locomoção do empregador ou do seu preposto</p><p>no dia da audiência.</p><p>ATENÇÃO – OJ 245, TST: Inexiste previsão legal</p><p>tolerando atraso no horário de</p><p>comparecimento da parte na audiência.</p><p>Portanto: reclamante = arquivamento e</p><p>reclamado = revelia.</p><p>Se o reclamante faltar terá que arcar com o</p><p>pagamento de custas, ainda que beneficiário</p><p>da justiça gratuita, salvo se comprovar, no</p><p>prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu</p><p>por motivo legalmente justificável.</p><p>Pagar as custas é condição para a propositura</p><p>de nova demanda.</p><p>Há vezes que a revelia não induz à confissão</p><p>ficta: 1) pluralidade de reclamados, algum deles</p><p>contestar a ação; 2) litígio versar sobre direitos</p><p>indisponíveis; 3) a petição inicial não estiver</p><p>acompanhada de instrumento que a lei</p><p>considere indispensável à prova do ato e 4) as</p><p>alegações de fato formuladas pelo reclamante</p><p>forem inverossímeis ou estiverem em</p><p>contradição com prova constante dos autos.</p><p>Se o réu não estiver presente, mas apresentou</p><p>defesa nos autos, serão aceitos a contestação e</p><p>os documentos eventualmente apresentados.</p><p>A conciliação deve ser proposta pelo Juízo tanto</p><p>no início da audiência como ao final.</p><p>Se o réu for apresentar defesa de forma</p><p>VERBAL, o prazo será de VINTE MINUTOS.</p><p>A defesa pode ser apresentada no PJE (processo</p><p>judicial eletrônico) até a data da audiência.</p><p>IMPORTANTE SE LIGAR: Súmula 9, do TST: A</p><p>ausência do reclamante, quando adiada a</p><p>instrução após contestada a ação em audiência,</p><p>não importa arquivamento do processo.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>64</p><p>PORTANTO, se o reclamante faltar na audiência</p><p>de instrução, que é após a inaugural, O</p><p>PROCESSO NÃO É ARQUIVADO!!</p><p>E o que acontece se reclamante ou reclamado</p><p>faltarem na audiência de instrução?</p><p>R: Súmula 74, do TST: I - Aplica-se a confissão à</p><p>parte que, expressamente intimada com</p><p>aquela cominação, não comparecer à audiência</p><p>em prosseguimento, na qual deveria depor. II -</p><p>A prova pré-constituída nos autos pode ser</p><p>levada em conta para confronto com a</p><p>confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015</p><p>- art. 400, I, do CPC de 1973), não implicando</p><p>cerceamento de defesa o indeferimento de</p><p>provas posteriores. III- A vedação à produção</p><p>de prova posterior pela parte confessa</p><p>somente a ela se aplica, não afetando o</p><p>exercício, pelo magistrado, do poder/dever de</p><p>conduzir o processo.</p><p>Vejamos como o tema foi cobrado no 40º</p><p>Exame de Ordem:</p><p>Em determinada reclamação trabalhista, com a</p><p>presença das partes e dos advogados, ocorreu a</p><p>1ª audiência apenas para a tentativa de</p><p>conciliação, que não teve sucesso. Então, o juiz</p><p>recebeu a defesa e deferiu as provas</p><p>testemunhais e os depoimentos pessoais</p><p>recíprocos, sob pena de confissão, designando a</p><p>data da instrução.</p><p>Chegado o dia da audiência de instrução, as</p><p>partes foram apregoadas e nenhuma delas</p><p>estava presente, não havendo qualquer</p><p>justificativa para as ausências.</p><p>Assinale a opção que indica o que deve ocorrer</p><p>com esse processo.</p><p>A) O juiz deverá designar nova audiência.</p><p>B) O juiz deve aplicar a confissão somente em</p><p>desfavor do autor.</p><p>C) O magistrado julgará de acordo com a</p><p>distribuição do ônus da prova.</p><p>D) O processo será arquivado.</p><p>R: LETRA C.</p><p>Feito o interrogatório das partes, serão ouvidas</p><p>as testemunhas, os peritos e os técnicos, se</p><p>houver.</p><p>No rito ordinário são permitidas três</p><p>testemunhas.</p><p>No rito sumaríssimo são permitidas duas</p><p>testemunhas.</p><p>No inquérito para apuração de falta grave são</p><p>permitidas seis testemunhas.</p><p>O depoimento das partes e testemunhas que</p><p>não souberem falar a língua nacional será feito</p><p>por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou</p><p>presidente. As despesas decorrentes do</p><p>disposto neste artigo correrão por conta da</p><p>parte sucumbente, salvo se beneficiária de</p><p>justiça gratuita.</p><p>IMPORTANTE: Art. 820, CLT: As partes e</p><p>testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou</p><p>presidente, podendo ser reinquiridas, por seu</p><p>intermédio, a requerimento dos vogais, das</p><p>partes, seus representantes ou advogados.</p><p>IMPORTANTE – não comparecimento das</p><p>testemunhas: 1) No rito ordinário, se a parte se</p><p>comprometeu a levar a testemunha à audiência</p><p>e a testemunha, por razões desconhecidas da</p><p>parte, não comparecer, descumprindo o</p><p>combinado, deve o juiz providenciar a sua</p><p>intimação, sob pena de cerceamento ao direito</p><p>à ampla defesa. 2) No rito sumaríssimo, existe a</p><p>exigência de comprovação do “convite” feito à</p><p>testemunha, acaso não haja comprovação, deve</p><p>a audiência seguir normalmente. No rito</p><p>sumaríssimo, só será deferida intimação de</p><p>testemunha que, comprovadamente</p><p>convidada, deixou de comparecer.</p><p>VALE SABER: O juiz ou presidente providenciará</p><p>para que o depoimento de uma testemunha</p><p>não seja ouvido pelas demais que tenham de</p><p>depor no processo. Art. 824, CLT.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>65</p><p>Portanto, resta claro que uma testemunha que</p><p>ainda não depôs não pode escutar o</p><p>depoimento da que está depondo!!!</p><p>Terminada a instrução, poderão as partes</p><p>aduzir razões finais, em prazo não excedente</p><p>de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida,</p><p>o juiz ou presidente renovará a proposta de</p><p>conciliação</p><p>A ata de audiência será, pelo presidente ou juiz,</p><p>juntada ao processo, devidamente assinada, no</p><p>prazo improrrogável de 48 (quarenta e oito)</p><p>horas.</p><p>5. RITOS PROCESSUAIS</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>O processo do trabalho se submete a dois</p><p>procedimentos diversos, o COMUM e o</p><p>ESPECIAL.</p><p>São espécies do procedimento COMUM: RITO</p><p>ORDINÁRIO, SUMÁRIO E SUMARÍSSIMO.</p><p>1) RITO SUMÁRIO: Tem previsão no art. 2º, §§</p><p>3º e 4º da Lei nº 5.584/70.</p><p>Aplicado em causas com valor de até 2 (dois)</p><p>salários mínimos vigente na data do</p><p>ajuizamento.</p><p>É dispensado o resumo dos depoimentos em</p><p>ata de audiência e não é cabível recursos nas</p><p>suas decisões.</p><p>Só há necessidade de o Juiz registrar a</p><p>conclusão quanto á matéria fática.</p><p>ATENÇÃO: Somente cabe recurso em caso de</p><p>matéria de ordem CONSTITUCIONAL!</p><p>Os embargos declaratórios podem ser</p><p>apresentados normalmente.</p><p>2) RITO SUMARÍSSIMO: Tem previsão nos arts.</p><p>852-A a 852-I da CLT.</p><p>É um rito bem mais informal e célere que o</p><p>ordinário.</p><p>A apreciação da reclamação deverá ocorrer no</p><p>prazo máximo de quinze dias do seu</p><p>ajuizamento (Em que pesa na prática muitas</p><p>vezes o prazo ser desrespeitado, pelo alto</p><p>volume de demandas existentes nas Varas).</p><p>As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão</p><p>instruídas e julgadas em audiência única.</p><p>Aplicado à causa cujo valor supere dois e não</p><p>ultrapasse 40 salários mínimos vigente na data</p><p>do ajuizamento.</p><p>Aplicado aos dissídios individuais.</p><p>Estão excluídas do procedimento sumaríssimo</p><p>as demandas em que é parte a Administração</p><p>Pública direta, autárquica e fundacional.</p><p>O pedido deve sempre ser certo e determinado,</p><p>com indicação do valor correlato.</p><p>Não cabe citação por edital.</p><p>Se não observado a correta indicação de valores</p><p>do pedido e o endereço das partes, a</p><p>reclamação será arquivada e o autor</p><p>condenado em custas.</p><p>Todas as provas serão produzidas na audiência</p><p>de instrução e julgamento, ainda que não</p><p>requeridas previamente.</p><p>Na ata de audiência serão registrados</p><p>resumidamente os atos essenciais, as</p><p>afirmações fundamentais das partes e as</p><p>informações úteis à solução da causa trazidas</p><p>pela prova testemunhal.</p><p>02 (duas) testemunhas para cada parte no</p><p>máximo.</p><p>E se a testemunha convidada faltou?</p><p>R: Só será deferida intimação de testemunha</p><p>que, comprovadamente convidada, deixou de</p><p>comparecer. Não comparecendo a testemunha</p><p>intimada, o juiz poderá determinar sua imediata</p><p>condução coercitiva.</p><p>Portanto temos que em caso de testemunha</p><p>que foi comprovadamente convidada e deixou</p><p>de ir depor, o Juízo mandará intimá-la. Se ainda</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>66</p><p>assim não vier, determinará a condução</p><p>coercitiva!</p><p>Audiência será UNA.</p><p>Interrompida a audiência, o seu</p><p>prosseguimento e a solução do processo dar-se-</p><p>ão no prazo máximo de trinta dias, salvo motivo</p><p>relevante justificado nos autos pelo juiz da</p><p>causa.</p><p>Somente quando a prova do fato o exigir, ou for</p><p>legalmente imposta, será deferida prova técnica</p><p>(portanto, cabe perícia).</p><p>O prazo para manifestação sobre o laudo</p><p>comum de cinco dias.</p><p>Na sentença é dispensado o relatório.</p><p>Nas causas sujeitas ao procedimento</p><p>sumaríssimo, somente será admitido recurso de</p><p>revista por contrariedade a súmula de</p><p>jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do</p><p>Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo</p><p>Tribunal Federal e por violação direta da</p><p>Constituição Federal.</p><p>ATENÇÃO: NÃO CABE RECURSO DE REVISTA NO</p><p>RITO SUMARÍSSIMO POR VIOLAÇÃO À</p><p>ORIENTAÇÃO JURISPRUDENCIAL DO TST</p><p>(Súmula 442, do TST).</p><p>3) RITO ORDINÁRIO: Tem previsão nos arts. 840</p><p>e seguintes da CLT.</p><p>Tem previsão no art. 840 da CLT e é utilizado</p><p>quando o valor da causa estiver acima de 40</p><p>salários mínimos vigentes na data do</p><p>ajuizamento da ação.</p><p>A notificação trabalhista será feita em registro</p><p>postal com franquia.</p><p>Presume-se recebida a notificação 48</p><p>(quarenta e oito) horas depois de sua</p><p>postagem. O seu não-recebimento ou a entrega</p><p>após o decurso desse prazo constitui ônus de</p><p>prova do destinatário (súmula 16 TST).</p><p>Citação pode ocorrer por edital.</p><p>Sendo escrita, a reclamação deverá conter a</p><p>designação do juízo, a qualificação das partes, a</p><p>breve exposição dos fatos de que resulte o</p><p>dissídio, o pedido, que deverá ser certo,</p><p>determinado e com indicação de seu valor, a</p><p>data e a assinatura do reclamante ou de seu</p><p>representante.</p><p>Os pedidos que não atendam o acima disposto</p><p>serão julgados extintos sem resolução do</p><p>mérito.</p><p>Atenção: Tanto a reclamação trabalhista como a</p><p>contestação podem se dar de forma escrita ou</p><p>oral.</p><p>ATENÇÃO: a reclamação trabalhista e a</p><p>contestação também pode ser escrita ou</p><p>verbal no rito sumaríssimo.</p><p>Se verbal, a reclamação será reduzida a termo,</p><p>em duas vias datadas e assinadas pelo escrivão</p><p>ou secretário.</p><p>Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão</p><p>ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito)</p><p>horas, remeterá a segunda via da petição, ou do</p><p>termo, ao reclamado, notificando-o ao mesmo</p><p>tempo, para comparecer à audiência do</p><p>julgamento, que será a primeira desimpedida,</p><p>depois de 5 (cinco) dias, OU SEJA, da notificação</p><p>para a audiência deve haver um interregno</p><p>mínimo de CINCO DIAS.</p><p>ATENÇÃO: Mesmo em se tratando de ação</p><p>processada sob o rito sumaríssimo é</p><p>imprescindível que exista o interregno de 5</p><p>dias entre a citação e a apresentação de</p><p>defesa nos termos do artigo 841 da CLT sob</p><p>pena de violação ao devido processo legal o</p><p>que se constitui em cerceamento de defesa.</p><p>IMPORTANTE: Oferecida a contestação, ainda</p><p>que eletronicamente, o reclamante não poderá,</p><p>sem o consentimento do reclamado, desistir da</p><p>ação.</p><p>Relatório da sentença passa a ser obrigatório.</p><p>No presente rito a audiência poderá ser una,</p><p>inicial ou de instrução.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>67</p><p>Sendo várias as reclamações e havendo</p><p>identidade de matéria, poderão ser acumuladas</p><p>num só processo, se se tratar de empregados da</p><p>mesma empresa ou estabelecimento.</p><p>Três (três) testemunhas para cada lado.</p><p>E se a testemunha convidada faltou?</p><p>R: As que não comparecerem serão intimadas,</p><p>ex officio ou a requerimento da parte, ficando</p><p>sujeitas a condução coercitiva, além das</p><p>penalidades do art. 730, caso, sem motivo</p><p>justificado, não atendam à intimação.</p><p>Portanto temos que HÁ GRANDE DIFERENÇA</p><p>PARA O RITO SUMARÍSSIMO, caso em que é</p><p>EXIGIDO A COMPROVAÇÃO de que foi a</p><p>testemunha convidada para depor.</p><p>EM SUMA: Ao contrário do rito sumaríssimo,</p><p>no procedimento ordinário, se a parte se</p><p>comprometeu a levar a testemunha à</p><p>audiência e a testemunha, por razões</p><p>desconhecidas da parte, não comparecer,</p><p>descumprindo o combinado, deve o juiz</p><p>providenciar a sua intimação, sob pena de</p><p>cerceamento ao direito à ampla defesa. A</p><p>exigência de comprovação do “convite” feito</p><p>à testemunha é específica das causas</p><p>submetidas ao procedimento sumaríssimo</p><p>(art. 852-H, §§ 3º e 4º).</p><p>É espécie do procedimento ESPECIAL:</p><p>INQUÉRITO PARA APURAÇÃO DE FALTA GRAVE</p><p>– QUE SERÁ ESTUDADO EM BREVE.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>objetiva e solidária do</p><p>fornecedor do serviço, do responsável pelo</p><p>banco de dados, da fonte e do consulente pela</p><p>ocorrência de danos morais nas hipóteses de</p><p>utilização de informações excessivas ou</p><p>sensíveis, bem como nos casos de comprovada</p><p>recusa indevida de crédito pelo uso de dados</p><p>incorretos ou desatualizados. STJ. 2ª Seção.</p><p>REsp 1419697-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso</p><p>Sanseverino, julgado em 12/11/2014 (recurso</p><p>repetitivo) (Info 551).</p><p>Em relação ao sistema credit scoring, o</p><p>interesse de agir para a propositura da ação</p><p>cautelar de exibição de documentos exige, no</p><p>mínimo, a prova de: i) requerimento para</p><p>obtenção dos dados ou, ao menos, a tentativa</p><p>de fazê-lo à instituição responsável pelo sistema</p><p>de pontuação, com a fixação de prazo razoável</p><p>para atendimento; e ii) que a recusa do crédito</p><p>almejado ocorreu em razão da pontuação que</p><p>lhe foi atribuída pelo sistema Scoring. Assim, o</p><p>consumidor só poderá ingressar com ação</p><p>cautelar de exibição de documentos pedindo o</p><p>extrato de sua pontuação no sistema Crediscore</p><p>se provar esses dois requisitos acima. STJ. 2ª</p><p>Seção. REsp 1304736-RS, Rel. Min. Luis Felipe</p><p>Salomão, julgado em 24/2/2016 (recurso</p><p>repetitivo) (Info 579).</p><p>5) PRINCÍPIO DA FACILITAÇÃO DA DEFESA DO</p><p>DIREITO DO CONSUMIDOR: A defesa do</p><p>consumidor deve ser simplificada e facilitada</p><p>através de normas de direito material e</p><p>processual. Exemplo: inversão do ônus da prova,</p><p>responsabilidade objetiva do fornecedor,</p><p>assistência judiciária ao consumidor.</p><p>6) PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA: Tal</p><p>princípio deve nortear não apenas as relações</p><p>de consumo como todas as relações jurídicas e</p><p>humanas. É extraída da ética e da moral. Devem</p><p>as relações sempre se pautar por lealdade,</p><p>confiança e dever de informação, isso em todas</p><p>as fases do contrato, até mesmo após sua</p><p>extinção.</p><p>7) PRINCÍPIO DA REVISÃO: O consumidor tem</p><p>direito à modificação das cláusulas contratuais</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>6</p><p>que estabeleçam prestações desproporcionais</p><p>ou sua revisão em razão de fatos supervenientes</p><p>que as tornem excessivamente onerosas.</p><p>8) PRINCÍPIO DA REPARAÇÃO INTEGRAL: O</p><p>consumidor tem direito a efetiva prevenção e</p><p>reparação de danos patrimoniais e morais,</p><p>individuais, coletivos e difusos (Sobre o</p><p>ressarcimento, vale olhar as seguintes súmulas,</p><p>do STJ: 37, 227, 281, 326, 362, 370, 385, 387,</p><p>388, 402).</p><p>Compreendido os princípios, você deve</p><p>entender os direitos básicos de proteção ao</p><p>consumidor que estão previstos no artigo 6, do</p><p>CDC.</p><p>Dentre eles, ressaltamos como principais:</p><p>proteção da vida, saúde e segurança contra os</p><p>riscos dos produtos e serviços; informação</p><p>adequada e clara sobre os diferentes produtos e</p><p>serviços; proteção contra a publicidade</p><p>enganosa e abusiva; prevenção e reparação de</p><p>danos patrimoniais e morais, individuais,</p><p>coletivos e difusos; a facilitação da defesa de</p><p>seus direitos, inclusive com a inversão do ônus</p><p>da prova, a seu favor.</p><p>ATENÇÃO: Tendo mais de um autor a ofensa,</p><p>todos responderão solidariamente pela</p><p>reparação dos danos previstos nas normas de</p><p>consumo (Responsabilidade solidária).</p><p>EXCLUSÃO À RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA:</p><p>Art. 19, §2º: O fornecedor imediato será</p><p>responsável quando fizer a pesagem ou a</p><p>medição e o instrumento utilizado não estiver</p><p>aferido segundo os padrões oficiais.</p><p>Fique atento, ainda, que os produtos e serviços</p><p>colocados no mercado de consumo não</p><p>acarretarão riscos à saúde ou segurança dos</p><p>consumidores, exceto os considerados normais</p><p>e previsíveis em decorrência de sua natureza e</p><p>fruição, obrigando-se os fornecedores, em</p><p>qualquer hipótese, a dar as informações</p><p>necessárias e adequadas a seu respeito.</p><p>O fornecedor não poderá colocar no mercado</p><p>de consumo produto ou serviço que sabe ou</p><p>deveria saber apresentar alto grau de</p><p>nocividade ou periculosidade à saúde ou</p><p>segurança.</p><p>Vale ressaltar, também, que DEVE OCORRER</p><p>DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE</p><p>JURÍDICA, quando, em prejuízo do consumidor,</p><p>houver abuso de direito, excesso de poder,</p><p>infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação</p><p>dos estatutos ou contrato social (Art. 28, CDC).</p><p>A desconsideração também será efetivada</p><p>quando houver falência, estado de insolvência,</p><p>encerramento ou inatividade da pessoa jurídica</p><p>provocados por má administração.</p><p>Sociedades integrantes dos grupos societários e</p><p>as sociedades controladas, são</p><p>subsidiariamente responsáveis.</p><p>Sociedades consorciadas são solidariamente</p><p>responsáveis.</p><p>Sociedades coligadas só responderão por</p><p>culpa.</p><p>#NOVIDADELEGISLATIVA</p><p>Art. 5° Para a execução da Política Nacional das</p><p>Relações de Consumo, contará o poder público</p><p>com os seguintes instrumentos, entre outros:</p><p>I - Manutenção de assistência jurídica,</p><p>integral e gratuita para o consumidor carente;</p><p>II - Instituição de Promotorias de Justiça de</p><p>Defesa do Consumidor, no âmbito do Ministério</p><p>Público;</p><p>III - criação de delegacias de polícia</p><p>especializadas no atendimento de</p><p>consumidores vítimas de infrações penais de</p><p>consumo;</p><p>IV - Criação de Juizados Especiais de</p><p>Pequenas Causas e Varas Especializadas para a</p><p>solução de litígios de consumo;</p><p>V - Concessão de estímulos à criação e</p><p>desenvolvimento das Associações de Defesa do</p><p>Consumidor.</p><p>VI - Instituição de mecanismos de prevenção e</p><p>tratamento extrajudicial e judicial do</p><p>superendividamento e de proteção do</p><p>consumidor pessoa</p><p>natural #novidadelegislativa</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>7</p><p>VII - instituição de núcleos de conciliação e</p><p>mediação de conflitos oriundos de</p><p>superendividamento.</p><p>#JURISPRUDÊNCIA</p><p>Todo paciente possui, como expressão do</p><p>princípio da autonomia da vontade</p><p>(autodeterminação), o direito de saber dos</p><p>possíveis riscos, benefícios e alternativas de um</p><p>determinado procedimento médico,</p><p>possibilitando, assim, manifestar, de forma livre</p><p>e consciente, o seu interesse ou não na</p><p>realização da terapêutica envolvida, por meio do</p><p>consentimento informado. Esse dever de</p><p>informação decorre do art. 22 do Código de</p><p>Ética Médica e dos arts. 6º, III, e 14 do CDC.</p><p>Além disso, o Código Civil também disciplinou</p><p>sobre o assunto no art. 15.</p><p>Justamente por isso, é indispensável o</p><p>consentimento informado do paciente acerca</p><p>dos riscos inerentes ao procedimento cirúrgico.</p><p>O médico que deixa de informar o paciente</p><p>acerca dos riscos da cirurgia incorre em</p><p>negligência, e responde civilmente pelos danos</p><p>resultantes da operação.Vale ressaltar, ainda,</p><p>que a informação prestada pelo médico ao</p><p>paciente, acerca dos riscos, benefícios e</p><p>alternativas ao procedimento indicado, deve ser</p><p>clara e precisa, não bastando que o profissional</p><p>de saúde informe, de maneira genérica ou com</p><p>termos técnicos, as eventuais repercussões no</p><p>tratamento, o que comprometeria o</p><p>consentimento informado do paciente,</p><p>considerando a deficiência no dever de</p><p>informação. Com efeito, não se admite o</p><p>chamado “blanket consente”, isto é, o</p><p>consentimento genérico, em que não há</p><p>individualização das informações prestadas ao</p><p>paciente, dificultando, assim, o exercício de seu</p><p>direito fundamental à autodeterminação.</p><p>STJ. 3ª Turma. REsp 1848862-RN, Rel. Min.</p><p>Marco Aurélio Bellizze, julgado em 05/04/2022</p><p>(Info 733)</p><p>O fornecedor de alimentos deve complementar</p><p>a informação-conteúdo "contém glúten" com a</p><p>informação-advertência de que o glúten é</p><p>prejudicial à saúde dos consumidores com</p><p>doença celíaca. STJ. Corte Especial. EREsp</p><p>1515895-MS, Rel. Min. Humberto Martins,</p><p>julgado em 20/09/2017 (Info 612).</p><p>OBS.A venda de ingresso para um determinado</p><p>espetáculo cultural é parte típica do negócio.</p><p>Logo, trata-se de um risco da própria atividade</p><p>empresarial que visa ao lucro e que integra o</p><p>investimento do fornecedor, compondo,</p><p>portanto, o custo básico embutido no preço.</p><p>Desse modo, as sociedades empresárias que</p><p>atuaram na organização e na administração da</p><p>festividade e da estrutura</p><p>do local integram a</p><p>mesma cadeia de fornecimento e, portanto, são</p><p>solidariamente responsáveis pelos danos, em</p><p>virtude da falha na prestação do serviço, ao não</p><p>prestar informação adequada, prévia e eficaz</p><p>acerca do cancelamento/adiamento do evento.</p><p>Os integrantes da cadeia de consumo, em ação</p><p>indenizatória consumerista, também são</p><p>responsáveis pelos danos gerados ao</p><p>consumidor, não cabendo a alegação de que o</p><p>dano foi gerado por culpa exclusiva de um dos</p><p>seus integrantes.</p><p>NÃO CONFUNDA</p><p>A empresa patrocinadora de evento, que não</p><p>participou da sua organização, não pode ser</p><p>enquadrada no conceito de fornecedor para fins</p><p>de responsabilização por acidente de consumo</p><p>ocorrido no local.STJ. 3ª Turma. REsp 1955083-</p><p>BA, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em</p><p>15/02/2022 (Info 727).</p><p>2. DIREITOS BÁSICOS DO CONSUMIDOR</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER</p><p>Os direitos básicos de proteção ao consumidor</p><p>estão previstos no artigo 6, do CDC.</p><p>Dentre eles, ressaltamos como principais:</p><p>proteção da vida, saúde e segurança contra os</p><p>riscos dos produtos e serviços; informação</p><p>adequada e clara sobre os diferentes produtos e</p><p>serviços; proteção contra a publicidade</p><p>enganosa e abusiva; prevenção e reparação de</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>8</p><p>danos patrimoniais e morais, individuais,</p><p>coletivos e difusos; a facilitação da defesa de</p><p>seus direitos, inclusive com a inversão do ônus</p><p>da prova, a seu favor.</p><p>O direito de segurança está relacionado ao</p><p>direito de informação, que se subdivide no</p><p>direito de informar e de ser informado.</p><p>Art. 6º São direitos básicos do consumidor:</p><p>III - a informação adequada e clara sobre os</p><p>diferentes produtos e serviços, com</p><p>especificação correta de quantidade,</p><p>características, composição, qualidade, tributos</p><p>incidentes e preço, bem como sobre os riscos</p><p>que apresentem.</p><p>Art. 8° Os produtos e serviços colocados no</p><p>mercado de consumo não acarretarão riscos à</p><p>saúde ou segurança dos consumidores, exceto</p><p>os considerados normais e previsíveis em</p><p>decorrência de sua natureza e fruição,</p><p>obrigando-se os fornecedores, em qualquer</p><p>hipótese, a dar as informações necessárias e</p><p>adequadas a seu respeito.</p><p>O art. 6º, X em conjunto com o art. 10, ambos do</p><p>CDC, também trazem o direito que o</p><p>consumidor tem de garantir que o fornecedor</p><p>coloque no mercado produtos e serviços que</p><p>não causem dano aos seus destinatários.</p><p>Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no</p><p>mercado de consumo produto ou serviço que</p><p>sabe ou deveria saber apresentar alto grau de</p><p>nocividade ou periculosidade à saúde ou</p><p>segurança.</p><p>§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que,</p><p>posteriormente à sua introdução no mercado</p><p>de consumo, tiver conhecimento da</p><p>periculosidade que apresentem, deverá</p><p>comunicar o fato imediatamente às</p><p>autoridades competentes e aos consumidores,</p><p>mediante anúncios publicitários.</p><p>§ 2° Os anúncios publicitários a que se refere o</p><p>parágrafo anterior serão veiculados na</p><p>imprensa, rádio e televisão, às expensas do</p><p>fornecedor do produto ou serviço.</p><p>§ 3° Sempre que tiverem conhecimento de</p><p>periculosidade de produtos ou serviços à saúde</p><p>ou segurança dos consumidores, a União, os</p><p>Estados, o Distrito Federal e os Municípios</p><p>deverão informá-los a respeito.</p><p>#OLHAOLINKMENTAL</p><p>#DIREITOADMINISTRATIVO</p><p>Art. 6o da lei nº 8987/1995: Toda concessão ou</p><p>permissão pressupõe a prestação de serviço</p><p>adequado ao pleno atendimento dos usuários,</p><p>conforme estabelecido nesta Lei, nas normas</p><p>pertinentes e no respectivo contrato.</p><p>§ 1o Serviço adequado é o que satisfaz as</p><p>condições de regularidade, continuidade,</p><p>eficiência, segurança, atualidade, generalidade,</p><p>cortesia na sua prestação e modicidade das</p><p>tarifas</p><p>O dano causado ao consumidor deverá ser</p><p>reparado de forma INTEGRAL.</p><p>Art. 6º São direitos básicos do consumidor:</p><p>VI - A efetiva prevenção e reparação de danos</p><p>patrimoniais e morais, individuais, coletivos e</p><p>difusos;</p><p>O princípio da reparação integral está</p><p>relacionado com a vedação ao enriquecimento</p><p>sem causa (art. 884 do Código Civil), já que, se</p><p>de um lado não se deve enriquecer à custa de</p><p>outrem, de outro, o lesado deve ter todos os</p><p>danos suprimidos devidamente. Ressalte-se que</p><p>a proibição de enriquecimento sem causa é</p><p>válida não apenas ao fornecedor, mas também</p><p>ao consumidor.</p><p>Entretanto, como toda regra existe uma</p><p>exceção, a reparação integral do dano também</p><p>possui, a qual ocorre se a vítima contribui para o</p><p>dano que lhe foi causado, podendo a</p><p>indenização ser reduzida.</p><p>Súmula 543 STJ: Na hipótese de resolução de</p><p>contrato de promessa de compra e venda de</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>9</p><p>imóvel submetido ao Código de Defesa do</p><p>Consumidor, deve ocorrer a imediata restituição</p><p>das parcelas pagas pelo promitente comprados</p><p>– integralmente, em caso de culpa exclusiva do</p><p>promitente vendedor/construtor, ou</p><p>parcialmente, caso tenha sido o comprador</p><p>quem deu causa ao desfazimento.</p><p>PRESTEM ATENÇÃO A ESSES ARTIGOS DO CDC:</p><p>Art. 7° Os direitos previstos neste código não</p><p>excluem outros decorrentes de tratados ou</p><p>convenções internacionais de que o Brasil seja</p><p>signatário, da legislação interna ordinária, de</p><p>regulamentos expedidos pelas autoridades</p><p>administrativas competentes, bem como dos</p><p>que derivem dos princípios gerais do direito,</p><p>analogia, costumes e equidade.</p><p>Parágrafo único. Tendo mais de um autor a</p><p>ofensa, todos responderão solidariamente pela</p><p>reparação dos danos previstos nas normas de</p><p>consumo.</p><p>Art. 18. Os fornecedores de produtos de</p><p>consumo duráveis ou não duráveis respondem</p><p>solidariamente pelos vícios de qualidade ou</p><p>quantidade que os tornem impróprios ou</p><p>inadequados ao consumo a que se destinam ou</p><p>lhes diminuam o valor, assim como por aqueles</p><p>decorrentes da disparidade, com a indicações</p><p>constantes do recipiente, da embalagem,</p><p>rotulagem ou mensagem publicitária,</p><p>respeitadas as variações decorrentes de sua</p><p>natureza, podendo o consumidor exigir a</p><p>substituição das partes viciadas.</p><p>Art. 19. Os fornecedores respondem</p><p>solidariamente pelos vícios de quantidade do</p><p>produto sempre que, respeitadas as variações</p><p>decorrentes de sua natureza, seu conteúdo</p><p>líquido for inferior às indicações constantes do</p><p>recipiente, da embalagem, rotulagem ou de</p><p>mensagem publicitária, podendo o consumidor</p><p>exigir, alternativamente e à sua escolha:</p><p>Art. 25. É vedada a estipulação contratual de</p><p>cláusula que impossibilite, exonere ou atenue a</p><p>obrigação de indenizar prevista nesta e nas</p><p>seções anteriores.</p><p>§ 1° Havendo mais de um responsável pela</p><p>causação do dano, todos responderão</p><p>solidariamente pela reparação prevista nesta e</p><p>nas seções anteriores.</p><p>Art. 34. O fornecedor do produto ou serviço é</p><p>solidariamente responsável pelos atos de seus</p><p>prepostos ou representantes autônomos.</p><p>“A seguradora de seguro de responsabilidade</p><p>civil, na condição de fornecedora, e a oficina</p><p>credenciada respondem solidariamente</p><p>perante o consumidor por perdas e danos</p><p>decorrentes de defeitos na prestação de</p><p>serviços. STJ, AgRg no AREsp 345.322.”</p><p>“A franqueadora pode ser solidariamente</p><p>responsabilizada por eventuais danos causados</p><p>à consumidor por franqueada. STJ, REsp</p><p>1426578”.</p><p>“É solidária a responsabilidade entre aqueles</p><p>que veiculam publicidade enganosa e os que</p><p>dela se aproveitam na comercialização de seu</p><p>produto ou serviço. STJ, REsp 1365609.”</p><p>ATENÇÃO: Tendo mais de um autor a ofensa,</p><p>todos responderão solidariamente pela</p><p>reparação dos danos previstos nas normas de</p><p>consumo (Responsabilidade solidária).</p><p>EXCLUSÃO À RESPONSABILIDADE SOLIDÁRIA:</p><p>Art. 19, §2º: O fornecedor imediato será</p><p>responsável quando fizer a pesagem ou a</p><p>medição e o instrumento utilizado não estiver</p><p>aferido segundo os padrões oficiais.</p><p>São direitos básicos do consumidor, entre</p><p>outros:</p><p>XI - a garantia de práticas de crédito</p><p>responsável, de educação financeira e de</p><p>prevenção e tratamento de situações de</p><p>superendividamento,</p><p>preservado o mínimo</p><p>existencial, nos termos da regulamentação, por</p><p>meio da revisão e da repactuação da dívida,</p><p>entre outras medidas;</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>10</p><p>XII - a preservação do mínimo existencial, nos</p><p>termos da regulamentação, na repactuação de</p><p>dívidas e na concessão de crédito;</p><p>PROTEÇÃO CONTRATUAL DO CONSUMIDOR</p><p>3. RESPONSABILIDADE PELO FATO E VÍCIO DO</p><p>PRODUTO E DO SERVIÇO</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER</p><p>O tema abordado, não resta dúvida, é de alta</p><p>incidência na prova da OAB, no que toca ao</p><p>Direito Consumerista.</p><p>O FATO (DEFEITO) DO PRODUTO OU SERVIÇO</p><p>nada mais é do que acidente ou defeito de</p><p>consumo, que atente contra a integridade físico</p><p>e psíquica do consumidor, expondo este à riscos</p><p>indevidos ou causando danos.</p><p>LEMBRE-SE: O fato do produto ou do serviço</p><p>deve ocasionar dano que ultrapasse a própria</p><p>órbita do próprio produto ou serviço.</p><p>Como exemplo, cite-se defeito de fabricação em</p><p>um ar-condicionado, que ocasionou uma pane</p><p>elétrica e pegou fogo, trazendo, portanto,</p><p>prejuízos de ordem financeira e psíquica ao</p><p>consumidor.</p><p>Ainda, como exemplo, cite-se a falta de</p><p>sinalização, em um shopping, que a escada</p><p>rolando encontra-se com defeito, fato que</p><p>ocasionou lesão ao consumidor; ou até mesmo</p><p>uma dedetização mal realizada, que ocasionou</p><p>intoxicação do consumidor.</p><p>A responsabilidade, em tais casos, é OBJETIVA e</p><p>SOLIDÁRIA, ou seja, o fabricante, o produtor, o</p><p>construtor, nacional ou estrangeiro, e o</p><p>importador respondem, independentemente</p><p>da existência de culpa, pela reparação dos</p><p>danos causados aos consumidores por defeitos</p><p>decorrentes de projeto, fabricação, construção,</p><p>montagem, fórmulas, manipulação,</p><p>apresentação ou acondicionamento de seus</p><p>produtos.</p><p>Há exceção: SIM -> Profissional Liberal. Para</p><p>este a responsabilidade é subjetiva, ou seja, se</p><p>procede mediante a verificação da CULPA.</p><p>§ 4° (art. 14) - A responsabilidade pessoal dos</p><p>profissionais liberais será apurada mediante a</p><p>verificação de culpa.</p><p>OBS: ACASO A OBRIGAÇÃO DO PROFISSIONAL</p><p>LIBERAL SEJA DE RESULTADO, COMO POR</p><p>EXEMPLO PROCEDIMENTOS PLÁSTICOS,</p><p>ODONTOLÓGICOS E OUTROS, A</p><p>RESPONSABILIDADE CONTINUA SUBJETIVA,</p><p>CONTUDO, HÁ INVERSÃO DO ÔNUS DA</p><p>PROVA, SENDO CERTO QUE DEVE O</p><p>PROFISSIONAL LIBERAL PROVAR QUE NÃO</p><p>TEVE CULPA.</p><p>Vale mencionar, ainda, que o produto não deve</p><p>ser considerado defeituoso pelo simples fato</p><p>de outro de melhor qualidade ter sido colocado</p><p>no mercado, o substituindo.</p><p>Art. 14. O fornecedor de serviços responde,</p><p>independentemente da existência de culpa, pela</p><p>reparação dos danos causados aos</p><p>consumidores por defeitos relativos à prestação</p><p>dos serviços, bem como por informações</p><p>insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e</p><p>riscos (Responsabilidade Objetiva).</p><p>Art. 14. § 4° A responsabilidade pessoal dos</p><p>profissionais liberais será apurada mediante a</p><p>verificação de culpa (responsabilidade</p><p>subjetiva)</p><p>Súmula 479 do STJ: As instituições financeiras</p><p>respondem objetivamente pelos danos gerados</p><p>por fortuito interno relativo e fraudes e delitos</p><p>praticados por terceiros no âmbito de operações</p><p>bancárias.</p><p>PRESTA ATENÇÃO NESSES ENTIMENTOS:</p><p>“As concessionárias de serviços rodoviários, nas</p><p>suas relações com os usuários, estão</p><p>subordinadas à legislação consumerista.</p><p>Portanto, respondem, objetivamente, por</p><p>qualquer defeito na prestação do serviço, pela</p><p>manutenção da rodovia em todos os aspectos,</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>11</p><p>respondendo, inclusive, pelos acidentes</p><p>provocados pela presença de animais na pista.”.</p><p>“A responsabilidade do hospital é objetiva</p><p>quanto à atividade de seu profissional</p><p>plantonista (CDC, art. 14), de modo que</p><p>dispensada demonstração de culpa do hospital</p><p>relativamente a atos lesivos decorrentes de</p><p>culpa do médico integrante de seu corpo clínico</p><p>no atendimento. STJ, REsp 696284”.</p><p>ADIMPLEMENTO SUBSTANCIAL:</p><p>A teoria do adimplemento substancial não se</p><p>encontra prevista legalmente no nosso</p><p>ordenamento jurídico, por sua vez está prevista</p><p>pela maioria dos doutrinadores.</p><p>Ela visa a impedir o uso desequilibrado do</p><p>direito de resolução por parte do credor,</p><p>preterindo desfazimentos desnecessários em</p><p>prol da preservação da avença, com o intuito de</p><p>manter a relação consumerista diante dos</p><p>princípios da boa-fé e da função social do</p><p>contrato.</p><p>“Por meio da teoria do adimplemento</p><p>substancial, defende-se que, se o</p><p>adimplemento da obrigação foi muito próximo</p><p>ao resultado final, a parte credora não terá</p><p>direito de pedir a resolução do contrato porque</p><p>isso violaria a boa-fé objetiva, já que seria</p><p>exagerado, desproporcional, iníquo. No caso</p><p>do adimplemento substancial, a parte</p><p>devedora não cumpriu tudo, mas quase tudo,</p><p>de modo que o credor terá que se contentar em</p><p>pedir o cumprimento da parte que ficou</p><p>inadimplida ou então pleitear indenização</p><p>pelos prejuízos que sofreu (art. 475, CC). STJ. 3ª</p><p>Turma. REsp 1200105-AM, Rel. Min. Paulo de</p><p>Tarso Sanseverino, julgado em 19/6/2012 (Info</p><p>500)”.</p><p>“Não se aplica a teoria do adimplemento</p><p>substancial aos contratos de alienação</p><p>fiduciária em garantia regidos pelo Decreto-Lei</p><p>911/69. STJ. 2ª Seção. REsp 1622555-MG, Rel.</p><p>Min. Marco Buzzi, Rel. para acórdão Min.</p><p>Marco Aurélio Bellizze, julgado em 22/2/2017</p><p>(Info 599)”.</p><p>VENIRE CONTRA FACTUM PROPRIUM:</p><p>O princípio do Venire Contra Factum</p><p>Proprium veda o comportamento contraditório,</p><p>inesperado, que causa surpresa na outra parte.</p><p>Embora não tenha previsão expressa no CDC,</p><p>sua aplicação decorre da boa-fé objetiva e da</p><p>lealdade contratual, exigíveis de todos os</p><p>contratantes.</p><p>#OLHAAJURIS #TRECHODEEMENTA</p><p>“(...) 3. O instituto da proibição do venire contra</p><p>factum proprium veda o comportamento</p><p>contraditório e resguarda a boa-fé objetiva, bem</p><p>como o cumprimento de seus deveres</p><p>contratuais com lealdade, probidade e boa-fé.</p><p>"Venire contra factum proprium postula dois</p><p>comportamentos da mesma pessoa, lícitos em si</p><p>e diferidos no tempo. O primeiro - factum</p><p>proprium - é, porém, contrariado pelo segundo"</p><p>(Menezes Cordeiro., op. cit.). 4. Ante a proibição</p><p>do venire contra factum proprium, não pode o</p><p>devedor, depois de contratar e receber o crédito</p><p>integralmente em sua conta, aguardar mais de</p><p>30 meses para alegar vício de vontade na</p><p>formação do contrato, sem consignar qualquer</p><p>valor em juízo.”</p><p>Acórdão 1344790, 07012233520208070014,</p><p>Relator: DIAULAS COSTA RIBEIRO, Oitava Turma</p><p>Cível, data de julgamento: 9/6/2021, publicado</p><p>no PJe: 10/6/2021.</p><p>Enunciado 609 do STJ: A recusa de cobertura</p><p>securitária, sob a alegação de</p><p>doença preexistente, é ilícita se não houve a</p><p>exigência de exames médicos prévios à</p><p>contratação ou a demonstração de má-fé do</p><p>segurado.</p><p>Excludentes de responsabilidade do fabricante,</p><p>o construtor, o produtor ou importador: 1)</p><p>Quando se provar que não colocou o produto</p><p>no mercado 2) que, embora haja colocado o</p><p>produto no mercado, o defeito inexiste 3) a</p><p>culpa exclusiva do consumidor ou de terceiros.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>12</p><p>O fornecedor de serviços só não será</p><p>responsabilizado quando provar: 1) Que, tendo</p><p>prestado o serviço, o defeito inexiste e 2) a culpa</p><p>exclusiva do consumidor ou de terceiros.</p><p>ATENÇÃO: FORTUITO EXTERNO X FORTUITO</p><p>INTERNO.</p><p>O fortuito externo (relacionado à atividade</p><p>estranha às exercidas pelo fornecedor) exclui</p><p>responsabilidade. O fortuito interno (ligado à</p><p>atividade do fornecedor) não exclui</p><p>responsabilidade.</p><p>IMPORTANTE: SÚMULA 130 e 479-STJ!</p><p>PRESCRIÇÃO: prescreve em CINCO ANOS a</p><p>pretensão reparatória pelo fato do produto ou</p><p>serviço. A contagem do prazo tem início a partir</p><p>da verificação do dano e da autoria do dano.</p><p>O VÍCIO DO PRODUTO OU SERVIÇO tem relação</p><p>com a qualidade/quantidade que torne o</p><p>produto ou serviço impróprio para o consumo a</p><p>que se destina ou que lhe diminua o valor.</p><p>OBS: NÃO EXPÕE RISCO AO CONSUMIDOR.</p><p>A responsabilidade pelo vício do produto ou</p><p>serviço tem ligação tão somente à inadequação</p><p>para o consumo.</p><p>A responsabilidade, em tais casos, é OBJETIVA e</p><p>SOLIDÁRIA, ou seja, todos que participaram de</p><p>alguma forma da ofensa serão responsáveis</p><p>solidários.</p><p>Aqui, também há exceção do profissional</p><p>liberal, cuja responsabilidade será apurada</p><p>mediante verificação de culpa.</p><p>O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou</p><p>de fácil constatação caduca em (PRAZO</p><p>DECADENCIAL):</p><p>I - Trinta dias, tratando-se de fornecimento de</p><p>serviço e de produtos não duráveis;</p><p>II - Noventa dias, tratando-se de fornecimento</p><p>de serviço e de produtos duráveis.</p><p>O início do prazo começa a partir da entrega</p><p>efetiva do produto ou do término da execução</p><p>dos serviços.</p><p>A reclamação comprovadamente formulada</p><p>pelo consumidor perante o fornecedor de</p><p>produtos e serviços até a resposta negativa</p><p>correspondente, que deve ser transmitida de</p><p>forma inequívoca e a instauração de inquérito</p><p>civil, até seu encerramento OBSTAM A</p><p>DECADÊNCIA!</p><p>Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial</p><p>inicia-se no momento em que ficar evidenciado</p><p>o defeito.</p><p>O prazo para sanar o vício é de 30 (trinta) dias</p><p>(as partes convencionar a redução ou ampliação</p><p>do prazo, não podendo este, entretanto, ser</p><p>inferior a sete nem superior a cento e oitenta</p><p>dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de</p><p>prazo deverá ser convencionada em separado,</p><p>por meio de manifestação expressa do</p><p>consumidor).</p><p>Não sanado o vício no prazo legal, pode o</p><p>consumidor exigir, alternativamente e à sua</p><p>escolha: 1) Substituição do produto por outro</p><p>da mesma espécie, em perfeitas condições de</p><p>uso 2) restituição imediata da quantia paga,</p><p>monetariamente atualizada, sem prejuízo de</p><p>eventuais perdas e danos (pode entrar ainda</p><p>com ação de reparação) 3) abatimento</p><p>proporcional do preço.</p><p>#BÔNUS #ASSUNTOEXTRA</p><p>4. PRÁTICAS ABUSIVAS</p><p>O QUE VOCÊ DEVE SABER:</p><p>As práticas abusivas estão condicionadas junto</p><p>ao artigo 39 do código consumerista.</p><p>Dentre as principais destacamos: condicionar o</p><p>fornecimento de produto ou de serviço ao</p><p>fornecimento de outro produto ou serviço,</p><p>enviar ou entregar ao consumidor, sem</p><p>solicitação prévia, qualquer produto, ou</p><p>fornecer qualquer serviço, exigir do consumidor</p><p>vantagem manifestamente excessiva, executar</p><p>serviços sem a prévia elaboração de orçamento</p><p>e autorização expressa do consumidor,</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>13</p><p>ressalvadas as decorrentes de práticas</p><p>anteriores entre as partes, elevar sem justa</p><p>causa o preço de produtos ou serviços.</p><p>O fornecedor de serviço será obrigado a</p><p>entregar ao consumidor orçamento prévio</p><p>discriminando o valor da mão-de-obra, dos</p><p>materiais e equipamentos a serem empregados,</p><p>as condições de pagamento, bem como as datas</p><p>de início e término dos serviços.</p><p>O valor orçado terá validade pelo prazo de dez</p><p>dias, contado de seu recebimento pelo</p><p>consumidor, salvo se estipulado o contrário</p><p>pelas partes.</p><p>Vale registrar, ainda, que na cobrança de</p><p>débitos, o consumidor inadimplente não será</p><p>exposto a ridículo, nem será submetido a</p><p>qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.</p><p>OBS: O consumidor cobrado em quantia</p><p>indevida tem direito à repetição do indébito, por</p><p>valor igual ao dobro do que pagou em excesso,</p><p>acrescido de correção monetária e juros legais,</p><p>salvo hipótese de engano justificável.</p><p>Vale também a leitura dos artigos abaixo</p><p>transcritos:</p><p>Art. 47: As cláusulas contratuais serão</p><p>interpretadas de maneira mais favorável ao</p><p>consumidor.</p><p>Trata-se do equivalente ao que a doutrina</p><p>denominou de interpretação contra o</p><p>estipulante, que também possui previsão no</p><p>Código Civil.</p><p>Art. 423 do CC: Quando houver no contrato de</p><p>adesão cláusulas que gerem dúvida quanto à sua</p><p>interpretação, será adotada a mais favorável ao</p><p>aderente. (Redação dada pela Medida</p><p>Provisória nº 881, de 2019)</p><p>Parágrafo único. Nos contratos não atingidos</p><p>pelo disposto no caput, exceto se houver</p><p>disposição específica em lei, a dúvida na</p><p>interpretação beneficia a parte que não redigiu</p><p>a cláusula controvertida. (Incluído pela</p><p>Medida Provisória nº 881, de 2019)</p><p>Art. 49. O consumidor pode desistir do</p><p>contrato, no prazo de 7 dias a contar de sua</p><p>assinatura ou do ato de recebimento do</p><p>produto ou serviço, sempre que a contratação</p><p>de fornecimento de produtos e serviços ocorrer</p><p>fora do estabelecimento comercial,</p><p>especialmente por telefone ou a domicílio.</p><p>Parágrafo único. Se o consumidor exercitar o</p><p>direito de arrependimento previsto neste</p><p>artigo, os valores eventualmente pagos, a</p><p>qualquer título, durante o prazo de reflexão,</p><p>serão devolvidos, de imediato,</p><p>monetariamente atualizados.</p><p>Art. 50. A garantia contratual é complementar</p><p>à legal e será conferida mediante termo escrito.</p><p>MELHOR EXPLICANDO: Existem DOIS TIPOS de</p><p>garantia, a contratual (Art. 50, CDC) e a legal</p><p>(artigo 26, CDC).</p><p>A contratual é dada pelo próprio</p><p>fabricante/distribuidor/comerciante e não é</p><p>obrigatória e seu prazo pode ser estipulado por</p><p>quem à confere, contudo, acaso ofertada,</p><p>torna-se vinculante. Vale dizer ainda que de</p><p>acordo com o artigo 74, do CDC, a não entrega</p><p>do termo de garantia contratual devidamente</p><p>preenchido constitui crime e a pena prevista é</p><p>de 1 a 6 meses de detenção, ou multa.</p><p>Já a garantia legal independe de termo escrito</p><p>e decorre da própria lei, além de ter prazos</p><p>próprios, que são previstos no artigo 26, do</p><p>CDC.</p><p>ATENÇÃO MÁXIMA: Na contagem, primeiro</p><p>será contada a garantia CONTRATUAL, após o</p><p>seu decurso, tem início a garantia LEGAL.</p><p>PORTANTO, AS GARANTIAS SE SOMAM!</p><p>Sobre CLÁUSULA ABUSIVAS, você deve fazer a</p><p>leitura do artigo 51 e ss. do CDC. Sobre estas</p><p>é bom saber que SÃO NULAS DE PLENO</p><p>DIREITO.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>14</p><p>Em razão da vedação às práticas abusivas, se faz</p><p>imperioso você também ter conhecimento da</p><p>SEÇÃO II, CAPÍTULO 5, DO CDC, QUE TRATA DA</p><p>OFERTA (Art. 30 ao 35) e SEÇÃO III,</p><p>DAPUBLICIDADE (Art. 36 ao 38).</p><p>Vamos vê-las em sequência:</p><p>DA OFERTA (Art. 30 e ss., do CDC)</p><p>Toda informação ou publicidade,</p><p>suficientemente precisa, veiculada por qualquer</p><p>forma ou meio de comunicação com relação a</p><p>produtos e serviços oferecidos ou apresentados,</p><p>obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela</p><p>se utilizar e integra o contrato que vier a ser</p><p>celebrado.</p><p>Portanto, A OFERTA FEITA VINCULA o</p><p>fornecedor.</p><p>As ofertas devem possuir informações corretas,</p><p>claras, precisas, ser em língua portuguesa e</p><p>apresentar as características, qualidades,</p><p>quantidade, composição, preço, garantia,</p><p>prazos de validade e origem, entre outros dados</p><p>que garantam a saúde do consumidor.</p><p>Fabricantes e importadores deverão assegurar a</p><p>oferta de componentes e peças de reposição</p><p>enquanto não cessar a fabricação ou</p><p>importação do produto (Cessadas a produção</p><p>ou importação, a oferta deverá ser mantida por</p><p>período razoável de tempo).</p><p>O fornecedor do produto ou serviço é</p><p>solidariamente responsável pelos atos de seus</p><p>prepostos (e empregados) ou representantes</p><p>autônomos.</p><p>Se o fornecedor de produtos ou serviços</p><p>recusar cumprimento à oferta, apresentação</p><p>ou publicidade, o consumidor poderá,</p><p>alternativamente e à sua livre escolha:</p><p>I - Exigir o cumprimento forçado da obrigação,</p><p>nos termos da oferta, apresentação ou</p><p>publicidade;</p><p>II - Aceitar outro produto ou prestação de</p><p>serviço equivalente;</p><p>III - rescindir o contrato, com direito à restituição</p><p>de quantia eventualmente antecipada,</p><p>monetariamente atualizada, e a perdas e danos</p><p>PUBLICIDADE (Art. 36 e ss., do CDC)</p><p>É proibida toda publicidade enganosa ou</p><p>abusiva.</p><p>É enganosa qualquer modalidade de</p><p>informação ou comunicação de caráter</p><p>publicitário, inteira ou parcialmente falsa, ou,</p><p>por qualquer outro modo, mesmo por omissão,</p><p>capaz de induzir em erro o consumidor a</p><p>respeito da natureza, características,</p><p>qualidade,</p><p>quantidade, propriedades, origem, preço e</p><p>quaisquer outros dados sobre produtos e</p><p>serviços.</p><p>A publicidade é enganosa por omissão quando</p><p>deixar de informar sobre dado essencial do</p><p>produto ou serviço.</p><p>Perceba: NÃO É QUALQUER DADO, MAS DADO</p><p>ESSENCIAL!</p><p>O ônus da prova da veracidade e correção da</p><p>informação ou comunicação publicitária cabe a</p><p>quem as patrocina.</p><p>#JURISPRUDENCIASOBREOTEMA</p><p>CAIU NA OAB XXXIX</p><p>É possível a limitação, por legislação</p><p>internacional especial, do direito do passageiro</p><p>à indenização por danos materiais decorrentes</p><p>de extravio de bagagem. STJ. 3ª Turma. REsp</p><p>673048-RS, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze,</p><p>julgado em 08/05/2018 (Info 626). Nos termos</p><p>do art. 178 da Constituição da República, as</p><p>normas e os tratados internacionais limitadores</p><p>da responsabilidade das transportadoras aéreas</p><p>de passageiros, especialmente as Convenções</p><p>de Varsóvia e Montreal, têm prevalência em</p><p>relação ao Código de Defesa do Consumidor.</p><p>STF. Plenário. RE 636331/RJ, Rel. Min. Gilmar</p><p>Mendes e ARE 766618/SP, Rel. Min. Roberto</p><p>Barroso, julgados em 25/05/2017 (repercussão</p><p>geral) (Info 866).</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>15</p><p>Em caso de extravio de bagagem ocorrido em</p><p>transporte internacional envolvendo</p><p>consumidor, aplica-se o CDC ou a</p><p>indenização tarifada prevista nas Convenções</p><p>de Varsóvia e de Montreal? As Convenções</p><p>internacionais. Nos termos do art. 178 da</p><p>Constituição da República, as normas e os</p><p>tratados internacionais limitadores da</p><p>responsabilidade das transportadoras aéreas de</p><p>passageiros, especialmente as Convenções de</p><p>Varsóvia e Montreal, têm prevalência em</p><p>relação ao Código de Defesa do Consumidor.</p><p>Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos</p><p>transportes aéreo, aquático e terrestre,</p><p>devendo, quanto à ordenação do transporte</p><p>internacional, observar os acordos firmados</p><p>pela União, atendido o princípio da</p><p>reciprocidade. STF. Plenário. RE 636331/RJ, Rel.</p><p>Min. Gilmar Mendes e ARE 766618/SP, Rel. Min.</p><p>Roberto Barroso, julgados em 25/05/2017</p><p>(repercussão geral) (Info 866). O STJ passou a</p><p>acompanhar o mesmo entendimento do STF: É</p><p>possível a limitação, por legislação internacional</p><p>espacial, do direito do passageiro à indenização</p><p>por danos materiais decorrentes de extravio de</p><p>bagagem. STJ. 3ª Turma. REsp 673.048-RS, Rel.</p><p>Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em</p><p>08/05/2018 (Info 626).</p><p>DIREITO CIVIL</p><p>DICA DO DIA 02</p><p>1. DAS PESSOAS</p><p>O QUE DEVO SABER:</p><p>O código Civil é estruturado sobre ideia de</p><p>direito subjetivo.</p><p>Sujeito de direito: É aquele que pode ser titular</p><p>de direitos e obrigações na órbita do direito civil,</p><p>mas que não se confunde com pessoa. Afinal,</p><p>nem todo sujeito de direito é pessoa.</p><p>Pessoa: É todo ser humano dotado de</p><p>personalidade.</p><p>Personalidade: É a aptidão genérica entregue</p><p>pelo direito a determinados entes, assim como</p><p>as pessoas, para que possam exercer direitos e</p><p>obrigações na órbita do civil.</p><p>Sendo assim conclui-se, que existe sujeitos de</p><p>direito personalizados, no caso as pessoas, e os</p><p>sujeitos despersonalizados, que podem ser</p><p>humanos ou não.</p><p>Capacidade de direito x capacidade de fato: A</p><p>capacidade de direito é uma qualificação dada a</p><p>um sujeito de direito, é a aptidão genérica de ser</p><p>titular de direito e obrigações na órbita civil. Esta</p><p>capacidade existe na sua plenitude, não</p><p>podendo existir limitações. Por sua vez, a</p><p>capacidade de fato é a capacidade de exercer</p><p>“por si só” direitos e obrigações. ( é capacidade</p><p>de gozo, de exercício)</p><p>Art. 1 o Toda pessoa é capaz de direitos e</p><p>deveres na ordem civil.</p><p>Art. 2 o A personalidade civil da pessoa começa</p><p>do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo,</p><p>desde a concepção, os direitos do nascituro</p><p>E o que seria nascituro? Ente formado e que</p><p>possui a viabilidade do nascimento com vida</p><p>Teorias sobre o nascituro:</p><p>Teoria Natalista (Art. 2º, primeira parte, CC)</p><p>Para esta teoria o ser humano adquire</p><p>personalidade civil ou jurídica somente a partir</p><p>do seu nascimento com vida, antes disto o que</p><p>se tem é mera expectativa de direito. A lei</p><p>apenas protege os direitos que o nascituro</p><p>adquirirá quando nascer com vida, logo o</p><p>nascituro possui uma expectativa de direito</p><p>que será assegurada até seu nascimento com</p><p>vida. ESTA É A TEORIA ADOTADA PELO NOSSO</p><p>CÓDIGO CIVIL.</p><p>Teoria Concepcionista: É possível o ser humano</p><p>adquirir a personalidade civil ou jurídica desde a</p><p>concepção, ou seja, antes de nascer.</p><p>Teoria Condicional: A personalidade jurídica do</p><p>nascituro se inicia a partir da concepção,</p><p>contudo, entende que a personalidade do</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>16</p><p>nascituro assume uma condição suspensiva. Tal</p><p>condição suspensiva ficaria condicionada ao</p><p>nascimento com vida do nascituro para sua</p><p>implementação, e, nascendo este com vida,</p><p>retroagiriam os efeitos da personalidade jurídica</p><p>desde a concepção. Para esta teoria, o nascituro</p><p>é uma “pessoa condicional”, e por este motivo a</p><p>lei lhe garante expectativas de direitos, que</p><p>dependem do seu nascimento com vida para</p><p>que se convalidem.</p><p>Teoria da Personalidade Material: (Maria</p><p>Helena Diniz). Até o nascimento, os direitos de</p><p>conteúdo patrimonial ficam sob condição</p><p>suspensiva. Divide os direitos em Direitos</p><p>Patrimoniais e Direitos Existenciais</p><p>(personalidade, vida, honra, dignidade). Os</p><p>Direitos Patrimoniais ficam sob condição</p><p>suspensiva, e os Direitos Existenciais eles são</p><p>adquiridos desde a concepção.</p><p>Das Incapacidades:</p><p>Art. 3º do CC: São absolutamente incapazes de</p><p>exercer pessoalmente os atos da vida civil os</p><p>menores de 16 (dezesseis) anos.</p><p>Atualmente, apenas os menores de 16 anos são</p><p>ABSOLUTAMENTE incapazes e deverão ser</p><p>REPRESENTADOS pelos que a lei ou sentença</p><p>reconhecem.</p><p>O Critério de aferição da Capacidade Absoluta é</p><p>OBJETIVO e CRONOLÓGICO</p><p>Os atos praticados por uma pessoa</p><p>absolutamente incapaz são NULOS e retroagem</p><p>até o momento do seu exercício. EX-TUNC.</p><p>OBS: A capacidade dos índios é regulada por lei</p><p>própria.</p><p>Art. 1.728. Os filhos menores são postos em</p><p>tutela:</p><p>I - Com o falecimento dos pais, ou sendo estes</p><p>julgados ausentes;</p><p>II - Em caso de os pais decaírem do poder</p><p>familiar.</p><p>Art. 1.729. O direito de nomear tutor compete</p><p>aos pais, em conjunto.</p><p>Parágrafo único. A nomeação deve constar de</p><p>testamento ou de qualquer outro documento</p><p>autêntico.</p><p>Art. 1.730. É nula a nomeação de tutor pelo pai</p><p>ou pela mãe que, ao tempo de sua morte, não</p><p>tinha o poder familiar.</p><p>Art. 1.731. Em falta de tutor nomeado pelos pais</p><p>incumbe a tutela aos parentes consanguíneos</p><p>do menor, por esta ordem:</p><p>I - Aos ascendentes, preferindo o de grau mais</p><p>próximo ao mais remoto;</p><p>II - Aos colaterais até o terceiro grau, preferindo</p><p>os mais próximos aos mais remotos, e, no</p><p>mesmo grau, os mais velhos aos mais moços; em</p><p>qualquer dos casos, o juiz escolherá entre eles o</p><p>mais apto a exercer a tutela em benefício do</p><p>menor.</p><p>Art. 1.732. O juiz nomeará tutor idôneo e</p><p>residente no domicílio do menor:</p><p>I - na falta de tutor testamentário ou legítimo;</p><p>II - quando estes forem excluídos ou escusados</p><p>da tutela;</p><p>III - quando removidos por não idôneos o tutor</p><p>legítimo e o testamentário.</p><p>Art. 1.733. Aos irmãos órfãos dar-se-á um só</p><p>tutor.</p><p>§ 1 o No caso de ser nomeado mais de um tutor</p><p>por disposição testamentária sem indicação de</p><p>precedência, entende-se que a tutela foi</p><p>cometida ao primeiro, e que os outros lhe</p><p>sucederão pela ordem de nomeação, se ocorrer</p><p>morte, incapacidade, escusa ou qualquer outro</p><p>impedimento.</p><p>§ 2 o Quem institui um menor herdeiro, ou</p><p>legatário seu, poderá nomear-lhe curador</p><p>especial para os bens deixados, ainda que o</p><p>beneficiário se encontre sob o poder familiar, ou</p><p>tutela.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>17</p><p>Art. 1.734. As crianças e os adolescentes cujos</p><p>pais forem desconhecidos, falecidos ou que</p><p>tiverem</p><p>sido suspensos ou destituídos do poder</p><p>familiar terão tutores nomeados pelo Juiz ou</p><p>serão incluídos em programa de colocação</p><p>familiar, na forma prevista pela Lei n o 8.069, de</p><p>13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do</p><p>Adolescente. (Redação dada pela Lei nº 12.010,</p><p>de 2009) Vigência</p><p>Art. 1.735. Não podem ser tutores e serão</p><p>exonerados da tutela, caso a exerçam:</p><p>I - Aqueles que não tiverem a livre administração</p><p>de seus bens;</p><p>II - Aqueles que, no momento de lhes ser</p><p>deferida a tutela, se acharem constituídos em</p><p>obrigação para com o menor, ou tiverem que</p><p>fazer valer direitos contra este, e aqueles cujos</p><p>pais, filhos ou cônjuges tiverem demanda contra</p><p>o menor;</p><p>III - os inimigos do menor, ou de seus pais, ou</p><p>que tiverem sido por estes expressamente</p><p>excluídos da tutela;</p><p>IV - Os condenados por crime de furto, roubo,</p><p>estelionato, falsidade, contra a família ou os</p><p>costumes, tenham ou não cumprido pena ( SE</p><p>LIGA QUE O ARTIGO FALA EM CONDENADO E</p><p>NÃO EM PROCESSADO)</p><p>V - As pessoas de mau procedimento, ou falhas</p><p>em probidade, e as culpadas de abuso em</p><p>tutorias anteriores;</p><p>VI - Aqueles que exercerem função pública</p><p>incompatível com a boa administração da tutela.</p><p>Art. 1.736. Podem escusar-se da tutela:</p><p>I - Mulheres casadas;</p><p>II - Maiores de sessenta anos (ATÉ 60 NÃO</p><p>PODE ESCUSAR-SE, TEM QUE SER MAIOR DE 60)</p><p>III - aqueles que tiverem sob sua autoridade mais</p><p>de três filhos;</p><p>IV - Os impossibilitados por enfermidade;</p><p>V - Aqueles que habitarem longe do lugar onde</p><p>se haja de exercer a tutela;</p><p>VI - Aqueles que já exercerem tutela ou curatela;</p><p>VII - militares em serviço.</p><p>Art. 1.737. Quem não for parente do menor não</p><p>poderá ser obrigado a aceitar a tutela, se houver</p><p>no lugar parente idôneo, consanguíneo ou afim,</p><p>em condições de exercê-la.</p><p>Art. 1.738. A escusa apresentar-se-á nos dez dias</p><p>subsequentes à designação, sob pena de</p><p>entender-se renunciado o direito de alegá-la; se</p><p>o motivo escuso tório ocorrer depois de aceita a</p><p>tutela, os dez dias contar-se-ão do em que ele</p><p>sobrevier.</p><p>Art. 1.739. Se o juiz não admitir a escusa,</p><p>exercerá o nomeado a tutela, enquanto o</p><p>recurso interposto não tiver provimento, e</p><p>responderá desde logo pelas perdas e danos que</p><p>o menor venha a sofrer.</p><p>#PRESTAATENÇÃO #LINKMENTAL #CURATELA</p><p>#DIREITODEFAMILIA</p><p>Art. 1.523. Não devem casar:</p><p>IV - O tutor ou o curador e os seus</p><p>descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados</p><p>ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou</p><p>curatelada, enquanto não cessar a tutela ou</p><p>curatela, e não estiverem saldadas as</p><p>respectivas contas.</p><p>De volta a meta do Dia =)</p><p>Art. 4 o São incapaz, relativamente a certos atos</p><p>ou à maneira de os exercer:</p><p>I - Os maiores de dezesseis e menores de dezoito</p><p>anos;</p><p>II - Os ébrios habituais e os viciados em tóxico;</p><p>III - aqueles que, por causa transitória ou</p><p>permanente, não puderem exprimir sua</p><p>vontade;</p><p>IV - Os pródigos.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>18</p><p>Um ato jurídico de uma pessoa relativamente</p><p>incapaz é ANULÁVEL (NULIDADE RELATIVA), e os</p><p>efeitos da declaração de nulidade NÃO</p><p>RETROAGEM. EX-NUNC.</p><p>DICA: EX- NUNC. ESSE N DO NUNC, VOCÊ</p><p>PENSA: N DE NÃO, DE NÃO RETROAGE.</p><p>A curatela e tomada de decisão apoiada são os</p><p>mecanismos e apresentam como os</p><p>mecanismos de proteção dos relativamente</p><p>incapazes.</p><p>A curatela é um processo judicial, com</p><p>participação OBRIGATÓRIA DO MP. Por sua vez,</p><p>a tomada de decisão apoiada é o processo pelo</p><p>qual a pessoa com deficiência elege pelo menos</p><p>2 pessoas idôneas com as quais mantenha</p><p>vinculo e que gozem da sua confiança para</p><p>prestar-lhe apoio na tomada de decisão.</p><p>Art. 1.774. Aplicam-se à curatela as disposições</p><p>concernentes à tutela, com as modificações dos</p><p>artigos seguintes.</p><p>Art. 1.775. O cônjuge ou companheiro, não</p><p>separado judicialmente ou de fato, é, de direito,</p><p>curador do outro, quando interdito.</p><p>§1 o Na falta do cônjuge ou companheiro, é</p><p>curador legítimo o pai ou a mãe; na falta destes,</p><p>o descendente que se demonstrar mais apto.</p><p>§ 2 o Entre os descendentes, os mais próximos</p><p>precedem aos mais remotos.</p><p>§ 3 o Na falta das pessoas mencionadas neste</p><p>artigo, compete ao juiz a escolha do curador.</p><p>Art. 1.775-A. Na nomeação de curador para a</p><p>pessoa com deficiência, o juiz poderá</p><p>estabelecer curatela compartilhada a mais de</p><p>uma pessoa.</p><p>Art. 1.777. As pessoas referidas no inciso I do</p><p>art. 1.767 receberão todo o apoio necessário</p><p>para ter preservado o direito à convivência</p><p>familiar e comunitária, sendo evitado o seu</p><p>recolhimento em estabelecimento que os afaste</p><p>desse convívio.</p><p>Art. 1.778. A autoridade do curador estende-se</p><p>à pessoa e aos bens dos filhos do curatelado,</p><p>observado o art. 5 o . CAIU NA OAB XXIX</p><p>Art. 1.779. Dar-se-á curador ao nascituro, se o</p><p>pai falecer estando grávida a mulher, e não</p><p>tendo o poder familiar.</p><p>Parágrafo único. Se a mulher estiver interdita,</p><p>seu curador será o do nascituro.</p><p>Art. 1.767. Estão sujeitos a curatela:</p><p>I - Aqueles que, por causa transitória ou</p><p>permanente, não puderem exprimir sua</p><p>vontade</p><p>II - Os ébrios habituais e os viciados em tóxico</p><p>V - Os pródigos.</p><p>Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o</p><p>processo pelo qual a pessoa com deficiência</p><p>elege pelo menos 2 (duas) pessoas idôneas, com</p><p>as quais mantenha vínculos e que gozem de sua</p><p>confiança, para prestar-lhe apoio na tomada de</p><p>decisão sobre atos da vida civil, fornecendo-</p><p>lhes os elementos e informações necessários</p><p>para que possa exercer sua capacidade.</p><p>§ 1 o Para formular pedido de tomada de decisão</p><p>apoiada, a pessoa com deficiência e os</p><p>apoiadores devem apresentar termo em que</p><p>constem os limites do apoio a ser oferecido e os</p><p>compromissos dos apoiadores, inclusive o</p><p>prazo de vigência do acordo e o respeito à</p><p>vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa</p><p>que devem apoiar.</p><p>§ 2 o O pedido de tomada de decisão apoiada</p><p>será requerido pela pessoa a ser apoiada, com</p><p>indicação expressa das pessoas aptas a</p><p>prestarem o apoio previsto no caput deste</p><p>artigo.</p><p>§ 3 o Antes de se pronunciar sobre o pedido de</p><p>tomada de decisão apoiada, o juiz, assistido por</p><p>equipe multidisciplinar, após oitiva do</p><p>Ministério Público, ouvirá pessoalmente o</p><p>requerente e as pessoas que lhe prestarão</p><p>apoio.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>19</p><p>§ 4 o A decisão tomada por pessoa apoiada terá</p><p>validade e efeitos sobre terceiros, sem</p><p>restrições, desde que esteja inserida nos limites</p><p>do apoio acordado</p><p>§ 9 o A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo,</p><p>solicitar o término de acordo firmado em</p><p>processo de tomada de decisão apoiada.</p><p>§ 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão</p><p>de sua participação do processo de tomada de</p><p>decisão apoiada, sendo seu desligamento</p><p>condicionado à manifestação do juiz sobre a</p><p>matéria.</p><p>EMANCIPAÇÃO: É o instituto jurídico de</p><p>concessão de plena capacidade civil. A</p><p>emancipação antecipa a capacidade civil E NÃO</p><p>A MAIORIDADE</p><p>Formas de emancipação:</p><p>o Voluntária (Extrajudicial): Deriva da vontade</p><p>dos pais. Ocorre por concessão dos pais, por</p><p>meio de instrumento público que será averbado</p><p>no registro civil.</p><p>Emancipação Judicial:</p><p>TUTOR: Deriva de uma sentença (processo</p><p>judicial). Ocorre quando o Juiz, após ouvir o</p><p>tutor do menor de 16 anos completos, concede</p><p>uma sentença declaratória que deverá ser</p><p>oficiada ao cartório, concedendo a</p><p>emancipação.</p><p>Divergência PARENTAL: havendo divergência</p><p>entre os pais, para que seja emancipado deverá</p><p>haver um processo judicial.</p><p>Emancipação Legal (Extrajudicial): Deriva da lei.</p><p>O CC reconhece situações que geram o efeito da</p><p>emancipação de forma automática, não</p><p>havendo necessidade de vontade ou sentença.</p><p>São elas: Casamento, Exercício de emprego</p><p>público EFETIVO,) Colação de grau em curso</p><p>superior, Estabelecimento civil ou comercial ou</p><p>relação de emprego e economia própria.</p><p>Obs.: O divórcio não revoga a emancipação.</p><p>Os pais que emancipam</p><p>os filhos menores</p><p>deixam de responder como responsáveis?</p><p>NÃO. Ainda que os filhos estejam emancipados</p><p>a responsabilidade civil dos pais continuam a</p><p>existir.</p><p>O FIM da personalidade da pessoa NATURAL se</p><p>dá com a MORTE.</p><p>São DUAS as hipóteses de morte presumida: (1)</p><p>decorrente da ausência (desaparece sem deixar</p><p>qualquer tipo de rastro ou procurador); (2)</p><p>decorrente das situações do art. 7º do CC</p><p>(probabilidade extrema de morte daquele que</p><p>se encontre em perigo de vida e os</p><p>desaparecidos em campanha de guerra ou feito</p><p>prisioneiro, caso não seja encontrado até 02 dois</p><p>anos após o término da guerra).</p><p>COMORIÊNCIA: É quando dois ou mais</p><p>indivíduos falecerem na mesma ocasião. Não se</p><p>pode averiguar se algum dos comorientes</p><p>precedeu aos outros e, então, eles são</p><p>declarados SIMULTANEAMENTE MORTOS.</p><p>Não há transmissão de herança entre</p><p>comorientes. Não haverá reciprocidade</p><p>hereditária.</p><p>Os nascimentos, casamentos e óbitos, além da</p><p>emancipação, interdição e a sentença</p><p>declaratória de ausência e de morte presumida</p><p>DEVEM ser registradas em REGISTRO PÚBLICO.</p><p>2. DO DIREITO DA PERSONALIDADE</p><p>O QUE DEVO SABER:</p><p>Art. 11 do CC. Com exceção dos casos previstos</p><p>em lei, os direitos da personalidade são</p><p>intransmissíveis e irrenunciáveis, não podendo</p><p>o seu exercício sofrer limitação voluntária.</p><p>Art. 12. Pode-se exigir que cesse a ameaça, ou a</p><p>lesão, a direito da personalidade, e reclamar</p><p>perdas e danos, sem prejuízo de outras sanções</p><p>previstas em lei.</p><p>Parágrafo único. Em se tratando de morto, terá</p><p>legitimação para requerer a medida prevista</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>20</p><p>neste artigo o cônjuge sobrevivente, ou</p><p>qualquer parente em linha reta, ou colateral</p><p>até o quarto grau.</p><p>Art. 13. Salvo por exigência médica, é defeso o</p><p>ato de disposição do próprio corpo, quando</p><p>importar diminuição permanente da integridade</p><p>física, ou contrariar os bons costumes.</p><p>Parágrafo único. O ato previsto neste artigo será</p><p>admitido para fins de transplante, na forma</p><p>estabelecida em lei especial.</p><p>Art. 14. É válida, com objetivo científico, ou</p><p>altruístico, a disposição gratuita do próprio</p><p>corpo, no todo ou em parte, para depois da</p><p>morte.</p><p>Parágrafo único. O ato de disposição pode ser</p><p>livremente revogado a qualquer tempo.</p><p>Art. 15. Ninguém pode ser constrangido a</p><p>submeter-se, com risco de vida, a tratamento</p><p>médico ou a intervenção cirúrgica.</p><p>Art. 16. Toda pessoa tem direito ao nome, nele</p><p>compreendidos o prenome e o sobrenome.</p><p>Art. 17. O nome da pessoa não pode ser</p><p>empregado por outrem em publicações ou</p><p>representações que a exponham ao desprezo</p><p>público, ainda quando não haja intenção</p><p>difamatória.</p><p>Art. 18. Sem autorização, não se pode usar o</p><p>nome alheio em propaganda comercial.</p><p>Art. 19. O pseudônimo adotado para atividades</p><p>lícitas goza da proteção que se dá ao nome.</p><p>Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à</p><p>administração da justiça ou à manutenção da</p><p>ordem pública, a divulgação de escritos, a</p><p>transmissão da palavra, ou a publicação, a</p><p>exposição ou a utilização da imagem de uma</p><p>pessoa poderão ser proibidas, a seu</p><p>requerimento e sem prejuízo da indenização</p><p>que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama</p><p>ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins</p><p>comerciais. (Vide ADIN 4815)</p><p>Parágrafo único. Em se tratando de morto ou de</p><p>ausente, são partes legítimas para requerer essa</p><p>proteção o cônjuge, os ascendentes ou os</p><p>descendentes.</p><p>Art. 21. A vida privada da pessoa natural é</p><p>inviolável, e o juiz, a requerimento do</p><p>interessado, adotará as providências</p><p>necessárias para impedir ou fazer cessar ato</p><p>contrário a esta norma.</p><p>Presta atenção:</p><p>#NOVIDADELEGISLATIVA</p><p>A lei nº 14.382/2022 modificou alguns artigos</p><p>da lei de registo público, assim como do código</p><p>civil relacionados a mudança do prenome e</p><p>nome da pessoa natural, passando o tema a ter</p><p>as seguintes regras:</p><p>Toda pessoa tem direito ao nome, nele</p><p>compreendidos o prenome e o sobrenome,</p><p>observado que ao prenome serão acrescidos os</p><p>sobrenomes dos genitores ou de seus</p><p>ascendentes, em qualquer ordem e, na hipótese</p><p>de acréscimo de sobrenome de ascendente que</p><p>não conste das certidões apresentadas, deverão</p><p>ser apresentadas as certidões necessárias para</p><p>comprovar a linha ascendente.</p><p>O oficial de registro civil não registrará</p><p>prenomes suscetíveis de expor ao ridículo os</p><p>seus portadores, observado que, quando os</p><p>genitores não se conformarem com a recusa do</p><p>oficial, este submeterá por escrito o caso à</p><p>decisão do juiz competente,</p><p>independentemente da cobrança de quaisquer</p><p>emolumentos.</p><p>Quando o declarante não indicar o nome</p><p>completo, o oficial de registro lançará adiante</p><p>do prenome escolhido ao menos um sobrenome</p><p>de cada um dos genitores, na ordem que julgar</p><p>mais conveniente para evitar homonímias.</p><p>O oficial de registro orientará os pais acerca da</p><p>conveniência de acrescer sobrenomes, a fim de</p><p>se evitar prejuízos à pessoa em razão da</p><p>homonímia.</p><p>Lic</p><p>en</p><p>cia</p><p>do</p><p>p</p><p>ar</p><p>a:</p><p>br</p><p>un</p><p>ala</p><p>vr</p><p>ad</p><p>ojs</p><p>@</p><p>gm</p><p>ail</p><p>.co</p><p>m</p><p>38</p><p>78</p><p>34</p><p>93</p><p>86</p><p>7</p><p>21</p><p>Em até 15 (quinze) dias após o registro, qualquer</p><p>dos genitores poderá apresentar, perante o</p><p>registro civil onde foi lavrado o assento de</p><p>nascimento, oposição fundamentada ao</p><p>prenome e sobrenomes indicados pelo</p><p>declarante, observado que, se houver</p><p>manifestação consensual dos genitores, será</p><p>realizado o procedimento de retificação</p><p>administrativa do registro, mas, se não houver</p><p>consenso, a oposição será encaminhada ao juiz</p><p>competente para decisão</p><p>A pessoa registrada poderá, após ter atingido a</p><p>maioridade civil (18 anos) requerer</p><p>pessoalmente e imotivadamente a alteração de</p><p>seu prenome, independentemente de decisão</p><p>judicial, e a alteração será averbada e publicada</p><p>em meio eletrônico.</p><p>A alteração imotivada de prenome poderá ser</p><p>feita na via extrajudicial apenas 1 (uma) vez, e</p><p>sua desconstituição dependerá de sentença</p><p>judicial.</p><p>PRESTA ATENÇÃO: A alteração da modificação</p><p>do prenome poderá ser feita de forma</p><p>EXTRAJUDICIAL, agora a sua desconstituição</p><p>terá que ser feita de forma JUDICIAL.</p><p>A averbação de alteração de prenome conterá,</p><p>obrigatoriamente, o prenome anterior, os</p><p>números de documento de identidade, de</p><p>inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) da</p><p>Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil,</p><p>de passaporte e de título de eleitor do</p><p>registrado, dados esses que deverão constar</p><p>expressamente de todas as certidões solicitadas.</p><p>Finalizado o procedimento de alteração no</p><p>assento, o ofício de registro civil de pessoas</p><p>naturais no qual se processou a alteração, a</p><p>expensas do requerente, comunicará o ato</p><p>oficialmente aos órgãos expedidores do</p><p>documento de identidade, do CPF e do</p><p>passaporte, bem como ao Tribunal Superior</p><p>Eleitoral, preferencialmente por meio</p><p>eletrônico.</p><p>Se suspeitar de fraude, falsidade, má-fé, vício de</p><p>vontade ou simulação quanto à real intenção da</p><p>pessoa requerente, o oficial de registro civil</p><p>fundamentadamente recusará a retificação</p><p>A alteração posterior de sobrenomes poderá</p><p>ser requerida pessoalmente perante o oficial de</p><p>registro civil, com a apresentação de certidões e</p><p>de documentos necessários, e será averbada</p><p>nos assentos de nascimento e casamento,</p><p>independentemente de autorização judicial, a</p><p>fim de:</p><p>I - Inclusão de sobrenomes familiares;</p><p>II - Inclusão ou exclusão de sobrenome do</p><p>cônjuge, na constância do casamento;</p><p>III - exclusão de sobrenome do ex-cônjuge, após</p><p>a dissolução da sociedade conjugal, por</p><p>qualquer de suas causas;</p><p>IV - Inclusão e exclusão de sobrenomes em razão</p><p>de alteração das relações de filiação, inclusive</p><p>para os descendentes, cônjuge ou companheiro</p><p>da pessoa que teve seu estado alterado.</p><p>Os conviventes em união estável devidamente</p><p>registrada no registro civil de pessoas naturais</p><p>poderão requerer a inclusão de sobrenome de</p><p>seu companheiro, a qualquer tempo, bem como</p><p>alterar seus sobrenomes nas mesmas hipóteses</p><p>previstas para as pessoas casadas.</p>