Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA</p><p>(Daniel Rocha de Almeida)</p><p>Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado do Amazonas –</p><p>UEA. 2022.2. Especialista em Auditoria e Controladoria pela Universidade do Estados</p><p>do Amazonas 2023. Atuei no Tribunal de Contas do Amazonas, e atualmente sou</p><p>instrutor no Centro de Ensino Literatus.</p><p>Objetivos ou expectativas de aprendizagem:</p><p>● Identificar o caráter normativo da legislação tributária e seu processo de taxação,</p><p>penalização, isenção, suspensão e deferimento de impostos, assim como: período</p><p>base, período fiscal, depósitos e correções de valores.</p><p>● Utilizar os princípios e normas do sistema constitucional tributário e da legislação</p><p>tributária como parâmetros na execução de decisões da organização.</p><p>● Compreender a legislação tributária e os tipos de tributos incidentes na atividade</p><p>operacional.</p><p>● Verificar os créditos e débitos tributários e os prazos para atendimento das</p><p>obrigações tributárias.</p><p>Tópicos a serem abordados na disciplina de Contabilidade Tributária:</p><p>UNIDADE 1</p><p>• Introdução ao direito tributário – Conceitos, função e objetivos.</p><p>• Repartição de competências tributárias.</p><p>• Fontes e Espécies do direito tributário.</p><p>UNIDADE 2</p><p>• Continuação Fontes e Espécies do direito tributário.</p><p>• Legislação tributária: CTN, Normas principais e complementares.</p><p>• Processo administrativo tributário.</p><p>• Código de processo fiscal.</p><p>• Escrituração de livros fiscais, apuração e recolhimento de tributos.</p><p>• Legislação fiscal-tributária – Incidência, Contribuinte, alíquotas, base de cálculo,</p><p>isenções, infrações e penalidades.</p><p>UNIDADE 3</p><p>• Tributos sobre o valor agregado: IPI – Imposto sobre produtos industrializados.</p><p>ICMS – Imposto sobre circulação de mercadoria e serviço.</p><p>• Tributos incidentes sobre o faturamento: ISS – Imposto sobre serviço de qualquer</p><p>natureza.</p><p>UNIDADE 4</p><p>• PIS – Programa de integração social. COFINS – Contribuição para financiamento</p><p>da seguridade social.</p><p>• Tributos incidentes sobre o resultado: IRPJ – Imposto de renda das pessoas</p><p>jurídicas. CSLL – Contribuição social sobre o lucro líquido.</p><p>• Noções de planejamento tributário: Formas de tributação das pessoas jurídicas</p><p>(Lucro real, presumido, arbitrado, simples).</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Você sabia que a Contabilidade Tributária é um dos instrumentos mais</p><p>importantes para o gestor das organizações empresariais no que diz respeito a</p><p>organização de tributos, pois ela fornece dados de forma organizada e de fácil</p><p>entendimento, para que as decisões sejam tomadas de forma correta e respeitando a</p><p>legislação pertinente?</p><p>A Contabilidade Tributária é uma área da contabilidade que se concentra na</p><p>gestão dos aspectos fiscais e tributários de uma empresa. Ela envolve o registro, a</p><p>organização e a análise das transações financeiras para garantir o cumprimento das</p><p>obrigações fiscais e a otimização dos tributos a serem pagos.</p><p>Na prática, os profissionais que atuam nessa área precisam conhecer, por</p><p>exemplo, as leis tributárias e regulamentações fiscais em vigor. Em seguida, devem</p><p>entender como cada uma delas são aplicadas dentro do modelo de negócio de uma</p><p>empresa para evitar penalidade e maximizar os benefícios fiscais.</p><p>O objetivo da contabilidade tributária é garantir que a empresa esteja em</p><p>conformidade com as obrigações fiscais. Isso significa não apenas pagar os impostos</p><p>corretamente, por exemplo, mas também procurando identificar oportunidades para</p><p>minimizar a carga tributária do negócio.</p><p>Por fim, a contabilidade tributária ajuda a tornar a empresa mais eficiente do</p><p>ponto de vista administrativo. Afinal, quando bem feita, ela garante toda a organização</p><p>e padronização dos registros contábeis e fiscais, facilitando o controle das</p><p>informações financeiras da empresa e ajudando na tomada de decisão. Ao longo</p><p>deste curso você vai mergulhar neste universo, e compreender melhor essa</p><p>ferramenta tão importante para o sucesso das organizações atuais.</p><p>UNIDADE I</p><p>NOÇÕES INTRODUTÓRIAS DE DIREITO TRIBUTÁRIO</p><p>Objetivo: Esta unidade tem como objetivo apresentar os conceitos introdutórios da</p><p>Contabilidade Tributária, sua função e objetivo para as organizações, fontes de</p><p>espécies do direito tributário e repartição de competências tributárias.</p><p>Introdução ao Direito Tributário - Conceito</p><p>De acordo com Luciano Amaro: “(...) o direito tributário é a disciplina jurídica</p><p>dos tributos. Com isso se abrange todo o conteúdo de princípios e normas</p><p>reguladoras da criação, fiscalização e arrecadação das prestações de natureza</p><p>tributária.”</p><p>O art. 4º do CTN (Código Tributário Nacional) evidencia que o destino da</p><p>arrecadação é irrelevante para definir a natureza jurídica de um tributo. Tal tema</p><p>é tratado de forma aprofundada pelo Direito Financeiro. Outra característica do Direito</p><p>Tributário que você precisa guardar é que se trata de um ramo autônomo do Direito.</p><p>Isso ocorre, porque tal ramo possui princípios específicos próprios, como o</p><p>princípio do não confisco. O direito tributário é considerado um ramo do direito</p><p>público.</p><p>Receitas Públicas</p><p>Com a evolução das sociedades, tornou-se necessária a instituição de um</p><p>Estado, que coordenasse as ações em prol do interesse coletivo, pois tal tarefa seria</p><p>impossível de ser realizada individualmente. Cada pessoa possui seus interesses</p><p>particulares, que podem ser desfavoráveis à construção de um determinado bem</p><p>público, por exemplo. Ao construirmos um hospital, certamente precisaremos de</p><p>dinheiro, concorda? Então, há duas formas de o Estado conseguir o dinheiro. São</p><p>as chamadas receitas originárias e receitas derivadas.</p><p>As receitas originárias são auferidas com base na exploração do</p><p>patrimônio do Estado, por meio de aluguéis ou mesmo por empresas estatais,</p><p>que não se confundem com o próprio Estado, por possuírem personalidade jurídica</p><p>própria. São as chamadas empresas públicas e sociedades de economia mista.</p><p>A principal característica desse tipo de receita é que, além de originar do</p><p>patrimônio do próprio Estado, ela também pode ser auferida por particulares -</p><p>cite-se o exemplo dos contratos de aluguéis. Da mesma forma que o Estado pode</p><p>locar um terreno a outra pessoa, um particular também pode fazê-lo. Também</p><p>podemos mencionar a exploração de atividade econômica pelo Estado.</p><p>Justamente por esse motivo, as receitas originárias estão sujeitas ao regime</p><p>do direito privado. Isso ocorre, pois o Estado não se reveste de seu poder de</p><p>império para coagir as pessoas a pagarem. O vínculo obrigacional surge com um</p><p>contrato, que é feito por livre e espontânea vontade da outra parte, que geralmente é</p><p>um particular.</p><p>Por outro lado, as receitas derivadas têm origem no patrimônio do</p><p>particular e entram nos cofres públicos por meio de coação ao indivíduo. Por</p><p>estarem sujeitas ao regime jurídico de direito público, o Estado pode exigi-las com</p><p>base no poder de império que lhe é conferido pelo próprio povo, tendo em vista</p><p>os interesses da coletividade.</p><p>Podemos perceber que os tributos são típicas receitas derivadas, pois, além</p><p>de originarem do patrimônio do particular, estão sujeitas ao regime jurídico de</p><p>direito público, que é necessário para que a arrecadação seja eficazmente realizada.</p><p>Além dos tributos, temos ainda as multas e as reparações de guerra, que se</p><p>enquadram no conceito de receitas derivadas.</p><p>Conceito de Tributo</p><p>Até agora falamos que os tributos são uma forma de receita pública</p><p>denominada receita derivada. Também dissemos que o Direito Tributário está</p><p>sujeito ao regime jurídico de direito público. Mas, afinal, o que vem a ser tributo?</p><p>Como podemos distinguir os tributos dos demais encargos que nos são cobrados</p><p>diariamente?</p><p>O conceito de tributo está definido no art. 3º do Código Tributário Nacional</p><p>(CTN), abaixo citado:</p><p>“Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo</p><p>valor nela se</p><p>às leis complementares federais várias funções,</p><p>dentre as quais, a de:</p><p>a) estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre</p><p>a definição de tributos e de suas espécies.</p><p>b) estabelecer normas gerais sobre obrigação, lançamento e prescrição tributários,</p><p>bem como fixar a alíquota dos impostos federais.</p><p>c) reduzir ou ampliar as limitações constitucionais ao poder de tributar.</p><p>d) dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária, exceto quando se tratar</p><p>do ICMS, cujos conflitos se resolvem por meio de convênios entre os Estados e o</p><p>Distrito Federal.</p><p>e) estabelecer normas atinentes à definição dos fatos geradores, das bases de cálculo</p><p>e dos contribuintes dos tributos discriminados na Constituição Federal.</p><p>Comentários: Conforme a CF/88: Art. 146. Cabe à lei complementar: III - estabelecer</p><p>normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: a) definição</p><p>de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados</p><p>nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e</p><p>contribuintes. Gabarito: Letra a.</p><p>2. A espécie normativa encarregada de dispor sobre conflitos de competência em</p><p>matéria tributária entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios é:</p><p>a) Emenda Constitucional;</p><p>b) Lei Complementar federal;</p><p>c) Decreto federal;</p><p>d) Lei Ordinária federal;</p><p>e) Convênio.</p><p>Comentários: O art. 146, I, da CF/88, estabelece que cabe à lei complementar dispor</p><p>sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o</p><p>Distrito Federal e os Municípios. Gabarito: Letra b.</p><p>3. Conforme previsão constitucional, a contribuição para o custeio do serviço de</p><p>iluminação pública pode:</p><p>a) ser cobrada na fatura de consumo de energia elétrica;</p><p>b) ser instituída pela União e pelos Estados;</p><p>c) ter alíquotas máximas e mínimas fixadas pelo Senado Federal;</p><p>d) ser cobrada no mesmo exercício financeiro em que seja publicada a lei que a</p><p>instituir;</p><p>e) ter suas alíquotas aumentadas por decreto.</p><p>Comentários: Conforme a CF/88: “Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal</p><p>poderão instituir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço</p><p>de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e III. Parágrafo único. É</p><p>facultada a cobrança da contribuição a que se refere o caput, na fatura de consumo</p><p>de energia elétrica.” Alternativa correta A.</p><p>UNIDADE III</p><p>TRIBUTOS SOBRE O VALOR AGREGADO E INCIDENTES SOBRE O</p><p>FATURAMENTO</p><p>Objetivo: Esta unidade tem como objetivo apresentar os tributos incidentes sobre o</p><p>valor agregado: IPI – Imposto sobre produtos Industrializados e Tributos incidentes</p><p>sobre o faturamento: ICMS – Imposto sobre Circulação sobre serviços de qualquer</p><p>natureza.</p><p>TRIBUTOS SOBRE O VALOR AGREGADO:</p><p>IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS</p><p>Certamente, você já ouviu falar de notícias como “Governo reduz IPI sobre</p><p>automóveis”. Também já deve ter percebido que o mercado normalmente se aquece</p><p>diante de uma redução tributária dessas, não é mesmo? Trata-se do efeito extrafiscal</p><p>do IPI. Embora seja um tributo de considerável arrecadação tributária, não se pode</p><p>desprezar o seu efeito sobre a intervenção na economia do País.</p><p>No que se refere aos princípios aplicáveis, não obstante seja exceção ao</p><p>princípio da anterioridade do exercício, sujeita-se ao princípio da noventena. Ou</p><p>seja, qualquer majoração do IPI somente produz efeitos 90 dias após a publicação do</p><p>decreto de alteração. A Constituição Federal (CF/88) estabeleceu no art. 153, §3º, os</p><p>seguintes regramentos para o IPI:</p><p>Primeiramente, temos que saber que o IPI será necessariamente seletivo. Mas</p><p>o que vem a ser a seletividade? A seletividade é a graduação das alíquotas do</p><p>imposto conforme a essencialidade dos produtos tributados. Ou seja, produtos</p><p>essenciais recebem tributação inferior aos produtos supérfluos. Logo, o arroz será</p><p>tributado com alíquota inferior aos brinquedos, por exemplo.</p><p>§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:</p><p>I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;</p><p>II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada</p><p>operação com o montante cobrado nas anteriores;</p><p>III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.</p><p>IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo</p><p>contribuinte do imposto, na forma da lei.</p><p>Highlight</p><p>Adicionar ISS</p><p>A não cumulatividade, por sua vez, diz respeito à possibilidade de se</p><p>compensar o imposto devido nas etapas anteriores de uma cadeia de produção</p><p>com o montante devido nas operações subsequentes, constituindo o</p><p>mecanismo de débitos e créditos. Esse conceito já deve ser familiar, certo? Imagino</p><p>que sim.</p><p>Há ainda no inciso III do § 3º do art. 153 uma imunidade específica do IPI,</p><p>relativa às operações de exportações. Nesse sentido, o IPI não incide sobre</p><p>produtos industrializados destinados ao exterior!</p><p>Com o advento da EC 42/03, foi acrescentado o inciso IV ao § 3º do art. 153,</p><p>da CF/88, passando a prever que o IPI terá reduzido seu impacto sobre a aquisição</p><p>de bens de capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei. Trata-se de um</p><p>incentivo concedido àqueles que adquirirem os denominados bens de capital, com a</p><p>finalidade de promover o desenvolvimento econômico.</p><p>- Fato Gerador</p><p>No tocante ao estudo do fato gerador do IPI, vejamos o que diz o art. 46 do CTN</p><p>(Código Tributário Nacional):</p><p>- Base de Cálculo</p><p>Vimos que há três fatos geradores para o IPI, correto? Para cada um desses</p><p>fatos geradores, o CTN estabeleceu uma base de cálculo específica. Vamos ver o que</p><p>diz o art. 47 do CTN:</p><p>Observação: Bens de capital são aqueles que são utilizados para produzir outros</p><p>bens. Cita-se, como exemplo, as máquinas.</p><p>Art. 46. O imposto, de competência da União, sobre produtos industrializados tem</p><p>como fato gerador:</p><p>I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência estrangeira;</p><p>II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo único do</p><p>artigo 51;</p><p>III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e levado a leilão.</p><p>Parágrafo único. Para os efeitos deste imposto, considera-se industrializado o</p><p>produto que tenha sido submetido a qualquer operação que lhe modifique</p><p>a natureza ou a finalidade, ou o aperfeiçoe para o consumo.</p><p>Tratando-se de operação de importação de produtos, ocorre o fato gerador do</p><p>IPI com o desembaraço aduaneiro, sendo que a base de cálculo é o preço normal (ou</p><p>valor aduaneiro), que é a própria base de cálculo do II, acrescentada do montante</p><p>do próprio II, das taxas exigidas para entrada do produto no País, bem como dos</p><p>encargos cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele exigíveis.</p><p>No caso de saída dos produtos industrializados nacionais dos</p><p>estabelecimentos, a base de cálculo é o valor da operação da qual decorrer a</p><p>saída da mercadoria, incluídos neste valor: o preço do produto, o valor do frete e das</p><p>demais despesas acessórias. Na falta desse valor, a base de cálculo será o preço</p><p>corrente da mercadoria ou sua similar, no mercado atacadista (não é varejista) da</p><p>praça do remetente (não é do destinatário).</p><p>Por fim, no caso de produtos apreendidos ou abandonados e levados a leilão,</p><p>a base de cálculo é o preço da arrematação.</p><p>- Contribuintes</p><p>Quanto aos contribuintes do IPI, não há segredos, as pessoas estão elencadas</p><p>no art. 51 do CTN:</p><p>Art. 51. Contribuinte do imposto é:</p><p>I - o importador ou quem a lei a ele equiparar;</p><p>II - o industrial ou quem a lei a ele equiparar;</p><p>Art. 47. A base de cálculo do imposto é:</p><p>I - no caso do inciso I do artigo anterior, o preço normal, como definido no inciso</p><p>II do artigo 20, acrescido do montante:</p><p>a) do imposto sobre a importação;</p><p>b) das taxas exigidas para entrada do produto no País;</p><p>c) dos encargos</p><p>cambiais efetivamente pagos pelo importador ou dele</p><p>exigíveis;</p><p>II - no caso do inciso II do artigo anterior:</p><p>a) o valor da operação de que decorrer a saída da mercadoria;</p><p>b) na falta do valor a que se refere a alínea anterior, o preço corrente da</p><p>mercadoria, ou sua similar, no mercado atacadista da praça do remetente;</p><p>III - no caso do inciso III do artigo anterior, o preço da arrematação.</p><p>III - o comerciante de produtos sujeitos ao imposto, que os forneça aos</p><p>contribuintes definidos no inciso anterior;</p><p>IV - o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados, levados a leilão.</p><p>- Lançamento</p><p>Da mesma forma como a grande maioria dos impostos, o IPI é lançado por</p><p>homologação.</p><p>ICMS - IMPOSTO SOBRE A CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E PRESTAÇÃO DE</p><p>SERVIÇOS</p><p>Vamos estudar, a partir de agora, o imposto que possui a maior arrecadação</p><p>do País. O fato de a competência tributária, para instituir esse importante imposto ter</p><p>sido delegada aos Estados e ao Distrito Federal, gerou a necessidade de se</p><p>estabelecer diversas regras, a fim de evitar a disputa entre os entes federados pela</p><p>arrecadação do ICMS (guerra fiscal).</p><p>Inicialmente, podemos afirmar que o ICMS é um imposto com nítida finalidade</p><p>fiscal, até porque é a principal fonte de receita dos Estados. Além disso, trata-se de</p><p>um tributo real – incidente sobre “coisas”, independentemente das características</p><p>subjetivas dos contribuintes, sendo também considerado proporcional, pois suas</p><p>alíquotas não variam em função da base de cálculo.</p><p>Destacamos, ainda, duas características que a CF atribuiu ao ICMS: não</p><p>cumulatividade e seletividade, sobre as quais falaremos nos subtópicos a seguir.</p><p>- Não Cumulatividade</p><p>Sabe-se que o ICMS é, como regra, um tributo plurifásico, ou seja, incide</p><p>sobre todas as etapas de circulação das mercadorias.</p><p>A incidência plurifásica do ICMS tem, por consequência, o princípio da não</p><p>cumulatividade (da mesma forma como ocorre com o IPI), nos termos do art. 155, §</p><p>2º, I. Segundo tal princípio, compensa-se o que for devido em cada operação com</p><p>o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado. Vamos trazer</p><p>para nossa aula um exemplo prático! Vamos imaginar uma cadeia produtiva, com os</p><p>elementos inseridos no esquema a seguir:</p><p>Fonte: Estratégia Concursos.</p><p>Veja que ocorre a circulação de mercadorias em três momentos, havendo, por</p><p>conseguinte, três incidências de ICMS, por conta da incidência plurifásica do imposto.</p><p>Digamos que a indústria venda seus produtos pelo preço de R$ 100,00 ao</p><p>distribuidor, que, por sua vez, revende ao estabelecimento varejista por R$ 200,00.</p><p>Este, por fim, revende ao consumidor final os produtos pelo preço de R$ 300,00.</p><p>Suponhamos, ainda, que a alíquota de ICMS seja de 18% em todos os casos. Vejamos</p><p>como seria a incidência cumulativa do ICMS:</p><p>INCIDÊNCIA CUMULATIVA</p><p>INCIDÊNCIA ALÍQUOTA PREÇO DE VENDA IMPOSTO DEVIDO</p><p>Incidência 1 18% R$ 100,00 R$ 18,00</p><p>Incidência 2 18% R$ 200,00 R$ 36,00</p><p>Incidência 3 18% R$ 300,00 R$ 54,00</p><p>TOTAL R$ 108,00</p><p>Perceba que no total foi recolhido R$ 108,00 de ICMS, pois nada do que foi</p><p>pago nas etapas anteriores pôde ser compensado. Bom, vejamos, então, como</p><p>funciona a incidência não cumulativa:</p><p>INCIDÊNCIA CUMULATIVA</p><p>INCIDÊNCIA ALÍQUOTA PREÇO DE VENDA IMPOSTO DEVIDO</p><p>Incidência 1 18% R$ 100,00 R$ 18,00</p><p>Incidência 2 18% R$ 200,00 R$ 36,00-R$ 18,00</p><p>= R$ 18,00</p><p>Incidência 3 18% R$ 300,00 R$ 54,00-R$ 36,00</p><p>= R$ 18,00</p><p>TOTAL R$ 54,00</p><p>Percebe-se que, o que foi tributado na etapa anterior, pôde ser compensado na</p><p>etapa seguinte da cadeia, produzindo, ao final, o mesmo imposto que incidiria caso</p><p>houvesse apenas uma única etapa (a última), pois R$ 300 x 18% = 54,00. Entendido?</p><p>Então, quando o distribuidor, por exemplo, adquire as mercadorias, ele tem o</p><p>direito de se creditar do valor que já foi pago de ICMS pela indústria. No momento da</p><p>revenda, ele deve debitar o valor total, recolhendo apenas a diferença. Esse é o</p><p>mecanismo de débitos e créditos.</p><p>Com base nos exemplos fornecidos, é possível perceber que quem acaba por</p><p>assumir o encargo financeiro do imposto incidente sobre toda a cadeia é o consumidor</p><p>final. Portanto, pode-se dizer que o ICMS é um tributo indireto, pois quem sofre o</p><p>ônus tributário não é a mesma pessoa que efetua o recolhimento do imposto.</p><p>- Seletivo</p><p>Outra característica do ICMS é possibilidade de ser seletivo, isto é, poderá ou</p><p>não ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços (art.</p><p>155, § 2º, III). Conferir caráter seletivo ao ICMS significa tornar sua incidência</p><p>inversamente proporcional ao grau de essencialidade das mercadorias e</p><p>serviços. Assim, mercadorias supérfluas (menos essenciais) sofreriam tributação</p><p>com alíquotas mais elevadas! Mas, lembre-se, trata-se de um critério facultativo, no</p><p>que diz respeito ao ICMS.</p><p>Normalmente, os Estados fixam uma alíquota básica do ICMS, para as</p><p>operações em geral, e estabelecem algumas alíquotas específicas para determinados</p><p>produtos. O que o STF decidiu é que serviços essenciais, como telecomunicações</p><p>e fornecimento de energia elétrica, não podem sofrer uma carga tributária mais</p><p>elevada que as demais operações, em contraponto com o que prevê a regra da</p><p>seletividade.</p><p>Observação: É exatamente assim que funciona o IPI!</p><p>Seguindo essa linha do posicionamento do STF, outro ponto relevante a ser</p><p>destacado neste tópico é a inclusão do art. 18-A à redação do Código Tributário</p><p>Nacional, referindo-se ao ICMS, como se observa abaixo:</p><p>O dispositivo classifica os combustíveis, o gás natural, a energia elétrica,</p><p>as comunicações e o transporte coletivo como bens e serviços essenciais e</p><p>indispensáveis. Por essa razão, tais bens e serviços não podem ter alíquotas de ICMS</p><p>superiores àquela fixada para as operações em geral.</p><p>Permite ainda que o ente federativo reduza alíquotas do ICMS em relação a</p><p>tais bens e serviços, com o objetivo final de beneficiar os consumidores em</p><p>geral. E também veda a fixação de alíquotas reduzidas para os combustíveis, a</p><p>energia elétrica e o gás natural em percentual superior ao da alíquota atualmente</p><p>aplicável, à data da publicação da LC 194/22.</p><p>- Fato Gerador</p><p>Primeiramente, vamos desmembrar o que está disposto no art. 155, II da</p><p>CF/88, no momento em que o legislador constituinte afirmar sobre “o quê” incidirá o</p><p>ICMS. Vejamos:</p><p>Devemos saber que o conceito de mercadorias está atrelado aos bens</p><p>móveis relacionados a uma finalidade comercial.</p><p>Art. 18-A. Para fins da incidência do imposto de que trata o inciso II do caput do</p><p>art. 155 da Constituição Federal, os combustíveis, o gás natural, a energia</p><p>elétrica, as comunicações e o transporte coletivo são considerados bens e</p><p>serviços essenciais e indispensáveis, que não podem ser tratados como</p><p>supérfluos.</p><p>Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:</p><p>II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de</p><p>serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação,</p><p>ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;</p><p>O conceito de circulação, por sua vez, está relacionado à circulação jurídica</p><p>da mercadoria, e não a mera movimentação física, de um lugar para outro. Assim,</p><p>deve haver mudança de propriedade para que se caracterize o fato gerador do</p><p>ICMS.</p><p>Partindo-se do mesmo pressuposto, podemos dizer que também não constitui</p><p>fato gerador do ICMS o deslocamento de mercadoria de um para outro</p><p>estabelecimento da mesma pessoa jurídica.</p><p>Destaque-se que a LC 87/96 estabeleceu como contribuintes as pessoas</p><p>físicas ou jurídicas que realizem com habitualidade ou em volume que</p><p>caracterize intuito comercial as operações descritas no art. 155, II, da CF/88. Com</p><p>base no exposto, pergunto: se você vende o seu computador antigo em um site na</p><p>internet, para adquirir uma máquina nova, de última geração, a venda</p><p>do seu PC</p><p>estaria sujeita ao ICMS? Certamente não! Afinal de contas, trata-se de uma venda</p><p>esporádica.</p><p>Retornando ao campo de incidência do ICMS, além das mercadorias, o</p><p>imposto também incide sobre a prestação de serviços, sejam eles de transporte</p><p>ou de comunicação. No tocante aos serviços de transporte, há que se ressaltar que a</p><p>incidência do ICMS ocorre em relação aos transportes interestaduais e</p><p>intermunicipais, não havendo incidência de ICMS sobre serviços de transportes</p><p>intramunicipais.</p><p>- Base de Cálculo</p><p>Em relação à base de cálculo do ICMS, o legislador constituinte estabeleceu o</p><p>seguinte (art. 155, § 2º, XII, i da CF/88):</p><p>De antemão, é necessário entender que o dispositivo constitucional quis dizer</p><p>que: a base de cálculo do ICMS integra o montante do próprio imposto. Trata-se</p><p>Em relação aos transportes intramunicipais ou inframunicipais (dentro do</p><p>próprio município), incide ISS!</p><p>XII - cabe à lei complementar:</p><p>i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto a integre,</p><p>também na importação do exterior de bem, mercadoria ou serviço.</p><p>da denominada tributação “por dentro”, em que o valor do tributo já se encontra</p><p>embutido no valor das mercadorias. Vamos ver um exemplo?</p><p>Determinada empresa vende um celular por R$ 1.000,00, incidindo sobre 20%</p><p>de ICMS sobre a operação. Nesse caso, o valor do ICMS é de R$ 200,00, sendo que</p><p>este já está embutido no valor total da operação. Ou seja, R$ 800,00 é o valor do</p><p>celular e R$ 200,00 equivale ao montante devido a título de ICMS.</p><p>Repare que se o imposto não integrasse a sua própria base de cálculo</p><p>(tributação “por fora”), o valor devido seria de R$ 800,00 x 20% = R$ 160,00, pois</p><p>incidiria apenas sobre a mercadoria, que custa R$ 800,00.</p><p>Obedecendo ao comando constitucional (de que lei complementar define a</p><p>base de cálculo dos impostos), a LC 87/96 estabeleceu a base de cálculo do ICMS.</p><p>Grosso modo, a base de cálculo do imposto é o valor da operação ou o preço do</p><p>serviço prestado.</p><p>Há ainda outra disposição na CF/88 sobre a base de cálculo do ICMS (art. 155,</p><p>§ 2º, XI):</p><p>A interpretação da citada norma é a de que o IPI não integrará a base de cálculo</p><p>do ICMS, quando ocorrer cumulativamente as seguintes situações:</p><p>1. Operação realizada entre contribuintes;</p><p>2. Relativa a produto destinado à industrialização ou comercialização;</p><p>3. Que configure fato gerador dos dois impostos (IPI e ICMS).</p><p>Um exemplo prático seria a comercialização de mercadorias de uma indústria</p><p>para um estabelecimento comercial (contribuintes do ICMS), pois ocorre o fato</p><p>gerador do ICMS e do IPI.</p><p>XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante do imposto</p><p>sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre</p><p>contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou à</p><p>comercialização, configure fato gerador dos dois impostos;</p><p>Observação: Ao contrário do ICMS, o IPI é tributado “por fora”, de forma que o</p><p>imposto não está embutido no preço.</p><p>- Alíquotas</p><p>Para entender os próximos assuntos que estudaremos acerca do ICMS, é</p><p>necessário entender um pouco sobre as alíquotas desse imposto. Como o ICMS é</p><p>um tributo de competência estadual, há dois tipos de alíquotas, quais sejam:</p><p>internas (aplicáveis sobre operações dentro de um mesmo Estado) e</p><p>interestaduais (aplicáveis em operações destinadas a outros Estados). Assim</p><p>sendo, faremos uma análise individual, para que você possa compreender com mais</p><p>facilidade.</p><p>- Alíquotas Interestaduais</p><p>No que se refere às alíquotas interestaduais, aplica-se o disposto no art. 155,</p><p>§ 2º, IV, da CF/88:</p><p>Vamos esquematizar:</p><p>ESTABELECIMENTO DE ALÍQUOTAS INTERESTADUAIS</p><p>Ato Normativo Resolução do Senado Federal</p><p>Iniciativa Pres. da República ou 1/3 Senadores</p><p>Aprovação Maioria absoluta de Senado Federal</p><p>Antes de prosseguir, é importante que você entenda os exemplos seguintes: as</p><p>alíquotas interestaduais, em regra, são inferiores às alíquotas internas. Vamos</p><p>continuar. Nas operações internas, ou seja, em que há circulação de mercadorias</p><p>dentro do território de determinado Estado, o ICMS será calculado com base na</p><p>alíquota interna daquele Estado. Isso é bastante lógico, não é mesmo?</p><p>Contudo, nas operações interestaduais, isto é, quando a mercadoria é remetida</p><p>de um Estado para outro, algumas particularidades tomam relevância e devem ser</p><p>estudadas. Quais são elas?</p><p>IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República</p><p>ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria absoluta de seus</p><p>membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações,</p><p>interestaduais e de exportação;</p><p>1. Mercadoria remetida a outro Estado, com o objetivo de ser revendida pelo</p><p>adquirente.</p><p>2. Mercadoria remetida a outro Estado, com o objetivo de ser consumida pelo</p><p>adquirente, sendo este contribuinte do ICMS.</p><p>3. Mercadoria remetida a outro Estado, com o objetivo de ser consumida pelo</p><p>adquirente, não sendo este contribuinte do ICMS.</p><p>Vamos entender por meio de exemplos: A empresa FD Ltda., localizada em</p><p>São Paulo, realiza três vendas para o Estado de Minas Gerais. Os adquirentes</p><p>possuem as seguintes características:</p><p>Adquirente A – Pessoa jurídica (contribuinte do ICMS) que adquire</p><p>mercadorias para revenda.</p><p>Adquirente B – Pessoa jurídica (contribuinte do ICMS) que adquire</p><p>mercadorias como consumidor final, para o seu próprio consumo.</p><p>Adquirente C – Pessoa física (não contribuinte do ICMS) que adquire</p><p>mercadorias para o seu próprio consumo. É, portanto, consumidor final. Para facilitar</p><p>a sua compreensão, vamos supor os seguintes dados hipotéticos:</p><p>➔ Alíquota Interestadual (SP-MG) – 10%.</p><p>➔ Alíquota Interna de SP – 15%.</p><p>➔ Alíquota Interna de MG – 20%.</p><p>Operação Preço de Venda Operação Preço de Venda</p><p>FD → A R$ 100,00 A → Terceiros R$ 200,00</p><p>FD → B R$ 100,00 - -</p><p>FD → C R$ 100,00 - -</p><p>No caso do Adquirente A, como se trata de aquisição para revenda, haverá</p><p>aplicação da alíquota interestadual, cabendo o ICMS no valor de R$ 10,00 (10% x</p><p>100,00) ao Estado de São Paulo.</p><p>Posteriormente, quando da revenda a terceiros, por R$ 200,00, o Adquirente</p><p>A irá calcular o ICMS com base na alíquota interna do Estado de MG (20% x 200,00),</p><p>Observação: Vamos supor que A revendeu a terceiros localizados dentro do seu</p><p>próprio Estado, o que acarreta aplicação da alíquota interna do Estado de Minas</p><p>Gerais.</p><p>o que daria R$ 40,00 a recolher. Lembre-se, no entanto, que a empresa adquirente</p><p>faz jus ao crédito do valor devido na etapa anterior, de sorte que o montante a ser</p><p>recolhido será apenas de R$ 30,00 (40,00 – 10,00).</p><p>Nos casos dos Adquirentes B e C, a situação torna-se um pouco mais</p><p>complexa, razão pela qual iremos transcrever o disposto no art. 155, § 2°, VII, da</p><p>CF/88, com redação dada pela EC 87/2015:</p><p>Veja que o inciso VII se aplica tanto ao Adquirente B (consumidor final</p><p>contribuinte do ICMS), como ao Adquirente C (consumidor final não contribuinte do</p><p>ICMS). Logo, em ambos os casos, aplica-se a alíquota interestadual, cabendo o ICMS</p><p>daí decorrente ao Estado remetente, e ao Estado de localização do destinatário</p><p>(Adquirente B ou C) cabe o ICMS correspondente à diferença entre a alíquota interna</p><p>do Estado destinatário e a alíquota interestadual (20% - 10%).</p><p>Em termos numéricos, nas duas situações, o ICMS devido ao Estado de SP</p><p>seria de R$ 10,00 (10% x 100,00), e ao Estado de MG caberia o ICMS no valor de R$</p><p>10,00, já que a diferença entre a alíquota interna de MG e a alíquota interestadual</p><p>(SP-MG) seria de 10% (20 – 10).</p><p>Entenda que a ideia do legislador foi a seguinte: se o destinatário é</p><p>contribuinte do ICMS, ele possui aparato contábil e administrativo para</p><p>promover o recolhimento do imposto. Por esse motivo, foi eleito responsável por</p><p>essa obrigação. Relativamente ao destinatário não contribuinte do ICMS, como</p><p>não possui estrutura para efetuar o recolhimento, como é o caso</p><p>de uma pessoa</p><p>física, por exemplo, o constituinte derivado definiu como responsável o próprio</p><p>remetente da mercadoria.</p><p>§ 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:</p><p>VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor</p><p>final, contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-</p><p>á a alíquota interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário</p><p>o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado</p><p>destinatário e a alíquota interestadual; (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 87, de 2015).</p><p>- Alíquotas Internas</p><p>Agora que já aprendemos como funcionam as operações interestaduais e as</p><p>alíquotas a elas aplicáveis, vejamos o que a CF/88 diz acerca das alíquotas internas</p><p>(art. 155, § 2º, V e VI):</p><p>V - é facultado ao Senado Federal:</p><p>a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de</p><p>iniciativa de um terço e aprovada pela maioria absoluta de seus membros;</p><p>b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico</p><p>que envolva interesse de Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria</p><p>absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;</p><p>VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito Federal, nos termos</p><p>do disposto no inciso XII, "g", as alíquotas internas, nas operações relativas à</p><p>circulação de mercadorias e nas prestações de serviços, não poderão ser inferiores</p><p>às previstas para as operações interestaduais;</p><p>Assim, perceba que a competência do Senado Federal é facultativa. Além</p><p>disso, somente estabelece os limites mínimos e máximos das alíquotas internas,</p><p>sendo que, nesse intervalo, cada Estado determina suas alíquotas, respeitados</p><p>os princípios constitucionais (legalidade, irretroatividade, anterioridade, noventena</p><p>etc.). Resumindo:</p><p>ESTABELECIMENTO DE ALÍQUOTAS INTERNAS MÍNIMAS</p><p>Ato Normativo Resolução do Senado Federal</p><p>Iniciativa 1/3 Senadores</p><p>Aprovação Maioria absoluta do Senado Federal</p><p>ESTABELECIMENTO DE ALÍQUOTAS INTERNAS MÁXIMAS</p><p>Ato Normativo Resolução do Senado Federal</p><p>Iniciativa Maioria absoluta do Senado Federal</p><p>Aprovação 1/3 Senadores</p><p>- Imunidades Relativas ao ICMS</p><p>A primeira imunidade que vamos estudar refere-se às exportações. Assim</p><p>preceitua o art. 155, § 2º, X, a:</p><p>Duas observações devem ser feitas em relação à citada imunidade: é aplicável</p><p>a quaisquer mercadorias e serviços destinados ao exterior. A segunda</p><p>observação diz respeito à possibilidade de manter os créditos relativos ao que foi</p><p>cobrado nas operações anteriores. Devemos sempre ter em mente que a</p><p>desoneração do comércio exterior como pressuposto para o desenvolvimento</p><p>nacional com a diminuição das desigualdades regionais.</p><p>Outra imunidade relativa ao ICMS diz respeito às operações que destinem a</p><p>outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos</p><p>dele derivados, e energia elétrica.</p><p>O objetivo do legislador constituinte foi evitar que os Estados produtores dessas</p><p>mercadorias levassem uma grande vantagem arrecadatória, em detrimento daqueles</p><p>que não possuem os mesmos recursos naturais.</p><p>X - não incidirá:</p><p>a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior, nem sobre</p><p>serviços prestados a destinatários no exterior, assegurada a manutenção e</p><p>o aproveitamento do montante do imposto cobrado nas operações e</p><p>prestações anteriores;</p><p>X - não incidirá:</p><p>b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive</p><p>lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;</p><p>Observação: Consoante entendimento firmado pelo STF (AI 199.516-AgR), não</p><p>são todos os derivados de petróleo que estão imunes, mas apenas os</p><p>combustíveis líquidos e gasosos e os lubrificantes.</p><p>Não podemos nos esquecer da imunidade do ICMS sobre os livros, jornais</p><p>e periódicos e o papel destinado à sua impressão. Trata-se da imunidade cultural,</p><p>prevista no art. 150, VI, “d”, da CF/88.</p><p>- Contribuintes</p><p>Art. 4º da Lei 87/96:</p><p>- Lançamento</p><p>O ICMS é lançado por homologação, pois o sujeito passivo deve verificar, por</p><p>meio do confronto dos créditos e débitos do período, a existência de imposto a ser</p><p>recolhido, antecipando o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa.</p><p>TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O FATURAMENTO:</p><p>ISS – IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA</p><p>De acordo com o art. 156, III, da CF/88, compete aos Municípios instituir</p><p>imposto sobre serviços de qualquer natureza, não compreendidos no campo de</p><p>incidência do ICMS, desde que estejam definidos em lei complementar.</p><p>A lei complementar define os serviços tributáveis pelo ISS. A instituição do</p><p>tributo, todavia, ocorre por meio de lei ordinária municipal. Normalmente, os</p><p>Municípios copiam a lista da lei complementar, exercendo plenamente a</p><p>competência tributária.</p><p>Art. 4º Contribuinte é qualquer pessoa, física ou jurídica, que realize, com</p><p>habitualidade ou em volume que caracterize intuito comercial, operações</p><p>de circulação de mercadoria ou prestações de serviços de transporte</p><p>interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e</p><p>as prestações se iniciem no exterior.</p><p>Observação: A lei complementar que cumpre com esse papel é a LC 116/2003.</p><p>O objetivo principal dessa lei é afastar os conflitos de competência entre as</p><p>esferas políticas, sobretudo entre os Municípios e os Estados, sendo estes</p><p>os detentores da competência do ICMS.</p><p>Antes de qualquer coisa, vamos relembrar quais são os serviços que foram</p><p>compreendidos na competência tributária dos Estados, os quais não podem sofrer a</p><p>incidência do ISS:</p><p>• Serviços de transporte interestadual (entre dois Estados distintos) e intermunicipal</p><p>(entre dois Municípios);</p><p>• Serviços de comunicação (como a telefonia móvel, por exemplo).</p><p>Desse modo, cabe observarmos que, em relação aos serviços de transporte,</p><p>o ISS incidirá apenas sobre aqueles de caráter exclusivamente municipal. Os</p><p>demais já foram compreendidos na competência tributária dos Estados.</p><p>Continuando nossa análise sobre o ISS e a lei complementar, vamos nos dirigir</p><p>ao § 3º, do art. 156, da própria CF/88, o qual atribuiu outras tarefas à lei complementar:</p><p>Perceba que a autonomia dos Municípios no estabelecimento de regras sobre</p><p>o ISS é um tanto limitada, haja vista as diversas regras a serem definidas na lei</p><p>complementar federal. Dando continuidade ao nosso estudo, de acordo com o § 3º do</p><p>art. 156, o legislador constituinte conferiu à lei complementar a capacidade de</p><p>isentar as exportações de serviços para o exterior do ISS. Em cumprimento ao</p><p>dispositivo constitucional, repare o que diz o art. 2º, I, da LC 116/2003:</p><p>Por outro lado, o imposto incidirá, caso os serviços sejam desenvolvidos</p><p>no Brasil, desde que tenham seus respectivos resultados verificados aqui, ainda</p><p>que o pagamento seja feito por residente no exterior. É o que prevê o par. único,</p><p>do art. 2º, da LC 116/03.</p><p>- Fato Gerador</p><p>§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei</p><p>complementar:</p><p>I - fixar as suas alíquotas máximas e mínimas;</p><p>II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior;</p><p>III – regular a forma e as condições como isenções, incentivos e benefícios</p><p>fiscais serão concedidos e revogados.</p><p>Art. 2º O imposto não incide sobre:</p><p>I – as exportações de serviços para o exterior do País;</p><p>O fato gerador do ISS foi previsto no art. 1º da LC 116/2003:</p><p>Como vimos no tópico anterior, o ISS incide sobre os serviços listados em lei</p><p>complementar, desde que estejam fora do âmbito de incidência do ICMS. Um detalhe</p><p>a ser esclarecido é que a LC não institui o ISS, sendo esta tarefa de cada</p><p>Município, que a exerce por meio de lei ordinária, em face do princípio da</p><p>legalidade, estampado no art. 150, I, da CF/88.</p><p>Na lei instituidora, é permitido que os Municípios exerçam sua competência</p><p>tributária por completo, isto é, discriminem todos os serviços estabelecidos na LC</p><p>116/03. No entanto, é possível também a previsão de apenas parte dos serviços</p><p>listados. O que não pode haver é o estabelecimento de serviços que não constam</p><p>na LC 116/03, sob pena de inconstitucionalidade.</p><p>- Local de Incidência</p><p>Art. 1º O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos</p><p>Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de</p><p>serviços constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam</p><p>como atividade preponderante do prestador.</p><p>§ 1º O imposto incide também sobre o serviço proveniente do exterior do</p><p>País ou cuja prestação se tenha iniciado no exterior do País.</p><p>§ 2º Ressalvadas as exceções expressas na lista anexa, os serviços nela</p><p>mencionados não ficam sujeitos ao Imposto Sobre Operações Relativas à</p><p>Circulação de Mercadorias e Prestações de Serviços de Transporte Interestadual</p><p>e Intermunicipal e de Comunicação – ICMS, ainda que sua prestação envolva</p><p>fornecimento de mercadorias.</p><p>§ 3º O imposto de que trata esta Lei Complementar incide ainda sobre os serviços</p><p>prestados mediante a utilização de bens e serviços públicos explorados</p><p>economicamente mediante autorização, permissão ou concessão, com o</p><p>pagamento de tarifa, preço ou pedágio pelo usuário final do serviço.</p><p>§ 4º A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço</p><p>prestado.</p><p>No que diz respeito ao município competente para tributar o ISS, dispõe o art.</p><p>3°, da LC 116/03, que, em regra, o serviço considera-se prestado e o imposto</p><p>devido no local do estabelecimento prestador ou, na falta do estabelecimento,</p><p>no local do domicílio do prestador. A própria norma conceitua “estabelecimento</p><p>prestador” como sendo o seguinte:</p><p>Com base no que foi exposto acima, deve ficar claro que nem sempre o ISS</p><p>será devido ao Município onde estiver sendo prestado o serviço, pois, frise-se, o</p><p>tributo cabe ao Município onde estiver situado o estabelecimento prestador ou</p><p>o domicílio do prestador. Assim, se o estabelecimento estiver localizado no</p><p>Município A, e prestar serviços a um tomador localizado no Município B, a regra</p><p>é o ISS ser devido ao Município A. Como dito, essa é a regra geral, possuindo</p><p>diversas exceções.</p><p>- Base de Cálculo</p><p>Sem muitas informações a serem detalhadas, basta ter em mente que a base</p><p>de cálculo do ISS é o preço do serviço (LC 116/03, art. 7º).</p><p>- Contribuintes</p><p>De modo bastante simples, o art. 5º da LC 116/03 estatuiu que os</p><p>contribuintes do ISS são os prestadores de serviço. Encerramos este tópico,</p><p>destacando que é possível que o prestador do serviço (contribuinte do imposto) realize</p><p>a atividade ensejadora da incidência do ISS em Município diverso daquele que</p><p>constitui o seu domicílio.</p><p>- Alíquotas Máximas e Mínimas do ISS</p><p>Art. 4° - Considera-se estabelecimento prestador o local onde o contribuinte</p><p>desenvolva a atividade de prestar serviços, de modo permanente ou</p><p>temporário, e que configure unidade econômica ou profissional, sendo</p><p>irrelevantes para caracterizá-lo as denominações de sede, filial, agência, posto</p><p>de atendimento, sucursal, escritório de representação ou contato ou quaisquer</p><p>outras que venham a ser utilizadas.</p><p>No tocante à fixação de alíquotas máximas e mínimas, cumpre ressaltar que o</p><p>objetivo foi evitar a tributação excessiva (alíquotas máximas) e também a guerra fiscal</p><p>(alíquotas mínimas).</p><p>Destaque-se que, foi fixada a alíquota máxima de 5% e mínima de 2% pela</p><p>lei complementar. Vale lembrar que a fixação da alíquota mínima passou a ser</p><p>prevista na LC 116/03, apenas com a alteração promovida pela LC 157/16, já que</p><p>antes dessa norma o limite já existia, porém em regra transitória prevista no art. 88,</p><p>do ADCT.</p><p>A LC 157/16 ainda definiu que o ISS não será objeto de concessão de</p><p>isenções, incentivos ou benefícios tributários ou financeiros, inclusive de</p><p>redução de base de cálculo ou de crédito presumido ou outorgado, ou sob qualquer</p><p>outra forma que resulte, direta ou indiretamente, em carga tributária menor que a</p><p>decorrente da aplicação da alíquota mínima de 2%.</p><p>Qual é o objetivo dessa vedação? Ora, como vimos, a regra é que o ISS seja</p><p>devido ao Município onde estiver localizado o estabelecimento do prestado do serviço.</p><p>Se não houvesse a referida restrição, a tendência seria de uma tremenda guerra fiscal,</p><p>já que o objetivo dos Municípios seria manipular o valor do imposto por meio de</p><p>incentivos fiscais com o objetivo de atrair os prestadores de serviços para o seu</p><p>território.</p><p>Tal vedação, entretanto, não se aplica aos seguintes serviços da lista</p><p>anexa:</p><p>7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras</p><p>de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive</p><p>sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem,</p><p>pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e</p><p>equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de</p><p>serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).</p><p>7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos</p><p>e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos</p><p>serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS).</p><p>6.01 - Serviços de transporte coletivo municipal rodoviário, metroviário,</p><p>ferroviário e aquaviário de passageiros.</p><p>- Lançamento</p><p>A modalidade de lançamento a que está sujeito o ISS é por homologação,</p><p>pois o contribuinte, a cada fato gerador, fica obrigado a calcular o valor do imposto</p><p>devido e antecipar o pagamento sem o prévio exame da autoridade administrativa.</p><p>Questões Unidade III</p><p>1. A respeito do imposto sobre produtos industrializados, é correto afirmar com base</p><p>na Constituição Federal que</p><p>a) será seletivo em função da essencialidade do produto.</p><p>b) incidirá também nas operações de venda destinadas ao exterior.</p><p>c) será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a desestimular a</p><p>manutenção de plantas industriais improdutivas.</p><p>d) será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da não</p><p>cumulatividade.</p><p>e) terá majorado seu impacto na aquisição do exterior de bens de capital pelo</p><p>contribuinte.</p><p>Comentários:</p><p>A Constituição Federal (CF/88) estabeleceu no art. 153, §3º, os seguintes regramentos</p><p>para o IPI:</p><p>§ 3º - O imposto previsto no inciso IV:</p><p>I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;</p><p>II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação com o</p><p>montante cobrado nas anteriores;</p><p>III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao exterior.</p><p>IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de capital pelo contribuinte</p><p>do imposto, na forma da lei.</p><p>Gabarito: Letra a.</p><p>Resumindo as exceções:</p><p>-Obras de construção (administração, empreitada ou subempreitada) civil,</p><p>hidráulica ou elétrica;</p><p>-Obras de reparação e conservação e reforma de edifícios, estradas etc.</p><p>-Transporte municipal de passageiros (ônibus, metrô, trem)</p><p>2. O princípio da não cumulatividade referente ao ICMS pretende a:</p><p>a) cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for cobrado em</p><p>cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o</p><p>montante devido nas anteriores pelo mesmo ou outro Município.</p><p>b) não cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for devido em</p><p>cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o</p><p>montante efetivamente pago nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo</p><p>Distrito Federal.</p><p>c) não cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for devido em</p><p>cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o</p><p>montante efetivamente pago nas anteriores pelo mesmo ou outro Município.</p><p>d) não</p><p>cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for devido em</p><p>cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o</p><p>montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito</p><p>Federal.</p><p>e) não cumulatividade do tributo, prescrevendo a compensação do que for devido em</p><p>cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o</p><p>montante cobrado nas anteriores exclusivamente pelo mesmo Estado ou Distrito</p><p>Federal.</p><p>Comentários: O princípio da não cumulatividade referente ao ICMS tem como</p><p>objetivo tornar o imposto não cumulativo, permitindo a compensação do imposto</p><p>devido em cada operação com o ICMS já cobrado nas operações anteriores pelo</p><p>mesmo ou outro Estado ou pelo Distrito Federal.</p><p>Gabarito: Letra D.</p><p>3. Analise as assertivas e identifique as corretas:</p><p>I. A incidência do imposto depende da denominação dada ao serviço prestado.</p><p>II. O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos Municípios</p><p>e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços constantes da</p><p>lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade preponderante do</p><p>prestador.</p><p>III. Contribuinte é o prestador do serviço.</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>Alternativas</p><p>a) I, II e III.</p><p>b) I e II, apenas.</p><p>c) I e III, apenas.</p><p>d) II e III, apenas.</p><p>e) II, apenas.</p><p>Comentários:</p><p>Art. 1º, §4o A incidência do imposto não depende da denominação dada ao serviço</p><p>prestado. (I - INCORRETA).</p><p>Art. 1 O Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza, de competência dos</p><p>Municípios e do Distrito Federal, tem como fato gerador a prestação de serviços</p><p>constantes da lista anexa, ainda que esses não se constituam como atividade</p><p>preponderante do prestador. (II - CORRETA).</p><p>Art. 5 Contribuinte é o prestador do serviço. (III - CORRETA).</p><p>Gabarito: Letra d.</p><p>UNIDADE IV</p><p>PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO</p><p>Objetivo: Esta unidade tem como objetivo apresentar a continuação sobre os tributos</p><p>incidentes sobre o faturamento, os tributos incidentes sobre o resultado e noções de</p><p>planejamento tributário e formas de tributação.</p><p>PIS – PROGRAMA DE INTEGRAÇÃO SOCIAL E COFINS</p><p>A contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) foi criada pela Lei</p><p>Complementar nº 7, de 7 de setembro de 1970. Já a contribuição para o Programa de</p><p>Formação do Patrimônio do Servidor Público (PASEP) foi criada pela Lei</p><p>Complementar nº 8, de 3 de dezembro de 1970. De agora em diante, ao nos</p><p>referirmos ao PIS/PASEP, escreveremos apenas PIS.</p><p>A COFINS foi instituída pela lei Complementar nº 70, de 30 de dezembro de</p><p>1991. É a Contribuição Social para Financiamento da Seguridade Social.</p><p>Essas contribuições existem na modalidade cumulativa e não cumulativa.</p><p>- Não Cumulativa</p><p>Pode ser adotada apenas pelas empresas tributadas com base no Lucro Real,</p><p>pelo Imposto de Renda. É semelhante à não cumulatividade do ICMS. A empresa</p><p>toma o crédito do PIS/COFINS incidente sobre as compras e compensa com o</p><p>tributo devido pelas vendas.</p><p>As alíquotas são:</p><p>PIS não cumulativo – 1,65%.</p><p>COFINS não cumulativo – 7,6%.</p><p>A base de cálculo é a receita bruta, que compreende o produto da venda de</p><p>bens nas operações de conta própria; o preço da prestação de serviços em geral; o</p><p>resultado auferido nas operações de conta alheia; e outras receitas da atividade ou</p><p>objeto principal da pessoa jurídica.</p><p>- Cumulativa</p><p>As empresas tributadas pelo Lucro Presumido e as optantes pelo Simples</p><p>Nacional devem usar a modalidade cumulativa. Nesse caso, não há o</p><p>aproveitamento do crédito do PIS/COFINS referente às compras.</p><p>As alíquotas são:</p><p>PIS não cumulativo – 0,65%.</p><p>COFINS não cumulativo – 3,0%.</p><p>Há também o PIS sobre a folha de pagamento, na alíquota de 1 %, para os</p><p>templos, condomínios, partidos políticos e entidades sem fins lucrativos.</p><p>A base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e Cofins, no regime</p><p>de incidência cumulativa, é o faturamento mensal, que corresponde à receita</p><p>bruta, assim entendida a totalidade das receitas auferidas pela pessoa jurídica, sendo</p><p>irrelevantes o tipo de atividade por ela exercida e a classificação contábil adotada para</p><p>as receitas. (Lei nº 9.718, de 1998, art. 3º, ß 1º).</p><p>Exclusões da Base de Cálculo: para fins de determinação da base de cálculo,</p><p>podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham integrado, os valores:</p><p>(Lei nº 9.718, de 1998, art. 3º, ß 2º, com alterações da MP 2.158-35/2001; IN SRF nº</p><p>247, de 2002, art. 23):</p><p>1. Das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas</p><p>à alíquota 0 (zero);</p><p>2. Das vendas canceladas;</p><p>3. Dos descontos incondicionais concedidos;</p><p>4. Do IPI;</p><p>5. Do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou</p><p>prestador dos serviços na condição de substituto tributário;</p><p>6. Das reversões de provisões;</p><p>7. Das recuperações de créditos baixados como perdas, que não representem</p><p>ingresso de novas receitas;</p><p>8. Dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio</p><p>líquido (equivalência patrimonial);</p><p>9. Dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de</p><p>aquisição, que tenham sido computados como receita;</p><p>10. Das receitas decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificados</p><p>como investimento, imobilizado ou intangível.</p><p>TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE O RESULTADO: IRPJ – IMPOSTO DE RENDA</p><p>DAS PESSOAS JURÍDICAS</p><p>- Noções Introdutórias Sobre Imposto de Renda</p><p>O Imposto de Renda é um dos impostos de competência da União, previsto no</p><p>art. 153, III, da CF/88. Trata-se de imposto com finalidade fiscal, pois o objetivo da sua</p><p>instituição é arrecadar recursos para o Estado. Como prova disso, é o imposto</p><p>federal com maior volume de arrecadação.</p><p>Antes de estudarmos as disposições do Código Tributário Nacional acerca</p><p>desse imposto, é importante destacar que a CF/88 submeteu a majoração do IR ao</p><p>princípio da anterioridade, mas a excepcionou do princípio da noventena.</p><p>Ademais, no art. 153, § 2º, I, o legislador constituinte estabeleceu que o IR será</p><p>informado pelos critérios de generalidade, universalidade e progressividade, na</p><p>forma da lei. O que vem a ser isso? Vejamos!</p><p>Perceba que os três critérios decorrem do princípio da isonomia, alcançando</p><p>as pessoas de um modo geral (generalidade), e as rendas de modo universal</p><p>(universalidade), sempre considerando que aquele que ganha mais deve sofrer maior</p><p>incidência tributária (progressividade).</p><p>Em outras palavras, todas as rendas, de todas as pessoas (físicas e jurídicas),</p><p>estão sujeitas a este imposto. Além disso, trata-se de um tributo progressivo, isto é,</p><p>quem ganha mais, contribui em maior escala. A progressividade, dessa forma, é</p><p>garantida pelo Princípio da capacidade contributiva.</p><p>Ainda, segundo a CF/88, em seu artigo 150, apenas estão imunes ao imposto</p><p>de renda:</p><p>• entes da federação – quando são contribuintes de direito, e não de fato*;</p><p>• templos de qualquer culto;</p><p>Generalidade → significa dizer que a tributação alcança todas as pessoas.</p><p>Universalidade → significa dizer que a tributação alcança todas as espécies de</p><p>rendimentos.</p><p>Progressividade → significa tributar com alíquotas maiores (progressivas)</p><p>rendimentos mais elevados.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm</p><p>• patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações,</p><p>das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de</p><p>assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;</p><p>• livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.</p><p>• fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras</p><p>musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral</p><p>interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes</p><p>materiais ou</p><p>arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de</p><p>mídias ópticas de leitura a laser.</p><p>- Fato Gerador</p><p>Para compreender o fato gerador do Imposto de Renda, vamos nos debruçar</p><p>sobre o art. 41 do CTN.</p><p>É importante que saibamos diferenciar a disponibilidade econômica e a jurídica:</p><p>• Disponibilidade Jurídica: ocorre quando se tem direito a um crédito, não sujeito a</p><p>alguma condição, ou seja, um direito que seja certo.</p><p>• Disponibilidade Econômica: ocorre quando se obtém dinheiro em espécie (ou</p><p>crédito em conta) ou bens nele conversíveis.</p><p>Além disso, precisamos também ter uma noção dos conceitos de renda e</p><p>proventos de qualquer natureza, já que esses são os dois pressupostos de incidência</p><p>Art. 43. O imposto, de competência da União, sobre a renda e proventos de</p><p>qualquer natureza tem como fato gerador a aquisição da disponibilidade</p><p>econômica ou jurídica:</p><p>I - de renda, assim entendido o produto do capital, do trabalho ou da</p><p>combinação de ambos;</p><p>II - de proventos de qualquer natureza, assim entendidos os acréscimos</p><p>patrimoniais não compreendidos no inciso anterior.</p><p>Em qualquer uma das disponibilidades, tem-se por ocorrido o fato gerador do</p><p>Imposto de Renda, conforme art. 43, caput, do CTN.</p><p>do IR. Nos dizeres do CTN, o conceito de renda pode ser entendido como</p><p>produto do capital, do trabalho ou da combinação do trabalho e do capital.</p><p>Vamos exemplificar:</p><p>Acredito que com os exemplos acima, não restou dúvida nenhuma sobre o</p><p>conceito de renda. Entretanto, o que vem a ser provento? Trata-se de acréscimo</p><p>patrimonial que não esteja compreendido no conceito de renda, que é o produto</p><p>do trabalho ou capital. Imagino que você queira mais um exemplo, certo? Vamos lá:</p><p>Se você ganhar na Mega-Sena, você vai receber um provento, pois o prêmio</p><p>de loteria não decorre do produto do seu trabalho (você nem “suou” para consegui-lo,</p><p>certo?) nem do produto do seu capital. Além disso, podemos citar também os</p><p>ganhos de capitais verificados na alienação de bens, bem com os acréscimos</p><p>patrimoniais cuja origem não pode ser comprovada pelo sujeito passivo.</p><p>Finalizando o estudo do fato gerador do IR, o CTN assevera nos §§ 1º e 2º do</p><p>art. 43 o seguinte:</p><p>§ 1o A incidência do imposto independe da denominação da receita ou do</p><p>rendimento, da localização, condição jurídica ou nacionalidade da fonte, da</p><p>origem e da forma de percepção.</p><p>§ 2o Na hipótese de receita ou de rendimento oriundos do exterior, a lei</p><p>estabelecerá as condições e o momento em que se dará sua</p><p>disponibilidade, para fins de incidência do imposto referido neste artigo.</p><p>Produto do capital → João é acionista de uma grande empresa e recebe</p><p>dividendos decorrentes do lucro auferido por esta. Trata-se de produto do capital,</p><p>do dinheiro por ele investido na sociedade.</p><p>Produto do trabalho → José é empregado de um posto de gasolina. Ao final do</p><p>mês, recebe o produto do seu trabalho, ou seja, seu salário.</p><p>Combinação de produto do capital com produto do trabalho → Pedro montou</p><p>uma lanchonete, onde exerce a função de sócio e administrador. Ao final do mês,</p><p>ele recebe rendimentos decorrentes do seu trabalho e do seu capital nela</p><p>investido.</p><p>Note a coerência desses dispositivos com os critérios da generalidade e da</p><p>universalidade. O objetivo do legislador foi exatamente incluir no âmbito da</p><p>incidência do IR as pessoas e os rendimentos que poderiam “escapar” da</p><p>tributação. É o caso, por exemplo, dos rendimentos auferidos no exterior por pessoas</p><p>domiciliadas no Brasil.</p><p>- Base de Cálculo</p><p>Em relação à base de cálculo do IR, o CTN prevê que “é o montante, real,</p><p>arbitrado ou presumido, da renda ou dos proventos tributáveis”. Nesse ponto, é</p><p>válido destacar que o CTN apenas discriminou a base de cálculo aplicável ao Imposto</p><p>de Renda das Pessoas Jurídicas. No entanto, como é sabido, tal imposto incide</p><p>também sobre os rendimentos auferidos pelas pessoas físicas.</p><p>- Contribuintes</p><p>No tocante à sujeição passiva, segue a redação do art. 45 do CTN:</p><p>Em síntese, contribuinte é o titular da disponibilidade de renda ou dos proventos</p><p>de qualquer natureza. Além dos titulares, a lei pode atribuir essa condição ao</p><p>possuidor, ou seja, mesmo não sendo proprietário do bem cuja renda foi gerada,</p><p>pode ser considerado contribuinte.</p><p>- Lançamento</p><p>Muitas pessoas afirmam que o IR é um tributo cujo lançamento é feito por</p><p>declaração. Isso se dá por causa da famigerada Declaração de Imposto de Renda das</p><p>Pessoas Físicas (DIRPF). No entanto, destaque-se que o IR é lançado por</p><p>homologação, pois o contribuinte presta sua declaração, antecipando o imposto</p><p>Art. 45. Contribuinte do imposto é o titular da disponibilidade a que se refere</p><p>o artigo 43, sem prejuízo de atribuir a lei essa condição ao possuidor, a</p><p>qualquer título, dos bens produtores de renda ou dos proventos tributáveis.</p><p>Parágrafo único. A lei pode atribuir à fonte pagadora da renda ou dos</p><p>proventos tributáveis a condição de responsável pelo imposto cuja</p><p>retenção e recolhimento lhe caibam.</p><p>porventura devido, sem prévio exame da autoridade administrativa. Esta, por sua vez,</p><p>realiza a posterior homologação.</p><p>- Imposto de Renda de Pessoa Jurídica – IRPJ</p><p>A Lei 9.430 de 1996 dispõe sobre o Imposto de Renda Pessoa Jurídica. Em</p><p>primeiro lugar, tanto as PJ, quanto as PF equiparadas à PJ devem apurar o IRPJ com</p><p>base no lucro, que pode ser real, presumido ou arbitrado. Além disso, a alíquota</p><p>do IRPJ é de 15% sobre o lucro apurado, com adicional de 10% sobre a parcela do</p><p>lucro que exceder R$ 20.000,00 / mês.</p><p>- Base de Cálculo</p><p>Como salientado, a base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica</p><p>é o lucro, que poderá ser o lucro real, presumido ou arbitrado. Vejamos a diferença</p><p>entre cada um deles.</p><p>CSLL - CONTRIBUIÇÃO SOBRE O LUCRO LÍQUIDO</p><p>A Contribuição sobre o Lucro Líquido é um tributo de competência federal</p><p>instituído pela Lei n.º 7.689/88 e tem como fonte de custeio o lucro das pessoas</p><p>jurídicas domiciliadas no país e as que lhes são equiparadas pela legislação</p><p>tributária.</p><p>É importante ressaltar que este tributo também é arrecadado e fiscalizado pela</p><p>Secretaria da Receita Federal do Brasil – SRFB, devendo ser seguidas, portanto, as</p><p>normas específicas emitidas pela RFB. Com base na Lei 7.689: “Art. 1.º Fica</p><p>instituída contribuição social sobre o lucro das pessoas jurídicas, destinada</p><p>ao financiamento da seguridade social.”</p><p>Para as pessoas jurídicas enquadradas nos regimes de lucro real ou</p><p>presumido, a alíquota é de 9% aplicada sobre o Lucro Antes do Imposto de Renda</p><p>(LAIR). Para as instituições financeiras, seguros privados e capitalização, a</p><p>alíquota é de 15%. A apuração da CSLL deve acompanhar a forma de tributação do</p><p>lucro adotado para o IRPJ.</p><p>No imposto de renda, temos Lucro ou Prejuízo. Na CSLL, temos base de</p><p>cálculo (quando for positiva) ou base de cálculo negativa. A pessoa jurídica pode</p><p>compensar a base de cálculo negativa, observado o limite máximo de redução de 30%</p><p>da base de cálculo do período.</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9430.htm</p><p>Exemplo: uma empresa apura base de cálculo para a CSLL de 100.000. A</p><p>empresa tem base de cálculo negativa de 150.000. Nesse caso, a empresa pode</p><p>compensar 30% (100.000 x 30% = 30.000), e irá pagar CSLL sobre $70.000.</p><p>Supondo alíquota de 9%, temos:</p><p>Base de cálculo: R$ 70.000 x 9% = R$ 6.300 de CSLL.</p><p>Noções de Planejamento Tributário: Formas de Tributação</p><p>- Lucro Presumido</p><p>O Lucro Presumido é uma forma de tributação simplificada do IRPJ. Desde que</p><p>não exerça alguma atividade que seja obrigada à apuração pelo lucro real, a partir de</p><p>janeiro de 2014, o limite de receita bruta total anual, para opção pelo lucro</p><p>presumido, é de R$ 78.000.000,00, ou o proporcional ao número de meses de</p><p>atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a 12.</p><p>A receita bruta total, para efeito do lucro presumido,</p><p>é a receita bruta de</p><p>vendas somada aos ganhos de capital e às demais receitas e resultados</p><p>positivos decorrentes de receitas mão compreendidas na atividade.</p><p>A pessoa jurídica, optante pelo regime de tributação com base no lucro</p><p>presumido, poderá· adotar o critério de reconhecimento de suas receitas de venda</p><p>de bens ou direitos ou de prestação de serviços pelo regime de caixa ou de</p><p>competência.</p><p>No lucro presumido o imposto é calculado trimestralmente. Dessa forma, é</p><p>calculado multiplicando o faturamento da empresa por uma alíquota que varia de</p><p>1,6% à 32%.</p><p>Para achar a base de cálculo, basta que saibamos achá-la por presunção</p><p>(resultado da receita bruta total x alíquota da presunção). Uma vez encontrada,</p><p>procede-se à apuração pela multiplicação com a respectiva alíquota. A tabela a seguir</p><p>apresenta as atividades econômicas e as respectivas alíquotas de tributação:</p><p>RECEITA BRUTA TOTAL = RECEITA BRUTA VENDAS + GANHOS DE CAPITAL</p><p>+ DEMAIS RECEITAS.</p><p>Atividade Alíquota</p><p>Indústria e comércio em geral 8%</p><p>Serviços em geral 32%</p><p>Serviços hospitalares e de transportes de cargas 8%</p><p>Demais serviços de transportes 16%</p><p>Revenda de combustíveis para consumo 1,6%</p><p>A alíquota do imposto de renda que incidirá sobre a base de cálculo é de 15%</p><p>(quinze por cento). O adicional do imposto de renda devido pelas pessoas jurídicas</p><p>tributadas com base no lucro presumido será calculado mediante a aplicação do</p><p>percentual de 10% (dez por cento) sobre a parcela do lucro presumido que exceder</p><p>ao valor de R$60.000,00 (sessenta mil reais) em cada trimestre.</p><p>Ou seja: 15% de alíquota normal. O que exceder $20.000 por mês (ou $60.000,</p><p>no caso de apuração trimestral) terá tributação adicional de 10%.</p><p>- Lucro Real</p><p>Outra opção, mais trabalhosa, é lucro real. Como o próprio nome sugere, a</p><p>base de cálculo do IRPJ será o lucro de fato ocorrido durante o período de</p><p>apuração (Receitas – Despesas).</p><p>Nessa hipótese, caso a empresa tenha prejuízo, nada será devido a título</p><p>de imposto de renda. Hipótese que não acontece no lucro presumido (a não ser que</p><p>haja faturamento no período). Todavia, nem sempre é vantajoso optar pelo lucro real.</p><p>O lucro real, é o lucro líquido do período ajustado por adições, exclusões</p><p>e compensações. Funciona da seguinte forma:</p><p>Lucro apurado na contabilidade antes do IR (LAIR)</p><p>+ Adições</p><p>(-) Exclusões</p><p>(-) Compensações</p><p>= Base de cálculo do imposto de renda.</p><p>As adições aumentam a base do imposto. Um exemplo clássico são as</p><p>multas. Na demonstração do resultado do exercício, as multas reduzem o valor do</p><p>lucro e, consequentemente, do imposto a ser apurado. Permitindo-se esta situação,</p><p>estar-se-ia sendo condescendente com aqueles que cometem ilícitos, uma vez que</p><p>teriam sua tributação diminuída.</p><p>As exclusões têm por fim reduzir a base de cálculo do imposto, tendo em</p><p>vista que no resultado contábil foram considerados resultados que não devem ser</p><p>tributadas, como as receitas de dividendos, que são tributadas na empresa que os</p><p>distribui.</p><p>- Base de Cálculo</p><p>Sobre a base de cálculo, incide o imposto de 15%, com adicional de</p><p>Imposto de Renda de 10%, quando a base de cálculo ultrapassar $20.000 por</p><p>mês (considerando-se o período de apuração do imposto), conforme abaixo:</p><p>Como funcionam as adições e exclusões:</p><p>1) Adições são receitas tributáveis que não foram lançadas na DRE,</p><p>portanto, precisam ser adicionadas para serem tributadas pelo IR ou que foram</p><p>diminuídas da DRE, mas devem ser acrescentadas, já que devemos tributar</p><p>pelo IR.</p><p>Se por exemplo, a empresa tem uma despesa com multa, por que está violando</p><p>um pacto ambiental e está poluindo severamente o meio ambiente, não poderá</p><p>deduzir este valor para fins de cálculo do IR. Seria premiá-la por seu próprio</p><p>desleixo. Você está reduzindo o resultado, mas não pode fazê-lo. Deve fazer</p><p>uma adição! As exclusões são justamente o contrário.</p><p>Quando se está apurando o lucro real, podemos ter algumas exclusões, que</p><p>vão diminuir a base de cálculo para pagamento do imposto de renda. São valores</p><p>que a Receita Federal autoriza sejam diminuídos, resultados positivos,</p><p>receitas e ganhos que estejam na DRE, mas não sejam computados no lucro</p><p>real, e o próprio prejuízo fiscal que for apurado em exercícios anteriores (limitado</p><p>a 30% do lucro líquido ajustado).</p><p>A parcela do lucro real que exceder ao resultado da multiplicação de R$20.000,00 (vinte</p><p>mil reais) pelo número dos meses do respectivo período de apuração sujeita-se à</p><p>incidência do adicional, à alíquota de 10% (dez por cento).</p><p>Vejamos na prática, como é...</p><p>De acordo com o Princípio Contábil da Competência, se a contabilidade já</p><p>reconheceu uma receita ou lucro, a despesa de Imposto de Renda deve ser</p><p>reconhecida nesse mesmo período, ainda que tais receitas e lucros tenham a</p><p>sua tributação diferida para efeitos fiscais, ou seja, o Imposto de Renda incidente</p><p>sobre elas será pago em períodos futuros.</p><p>A entidade deve reconhecer esses efeitos fiscais por meio da contabilização do</p><p>passivo fiscal diferido, no exercício em que ocorrer. Ressalte-se que o diferimento</p><p>Uma empresa possui registrada em seu LALUR (Livro de Apuração do Lucro Real)</p><p>prejuízos fiscais no montante de R$ 100.000,00. Considere os seguintes dados: Em</p><p>2010, no primeiro trimestre, o lucro foi de R$ 400.000, sendo 40.000 de provisão para</p><p>férias e resultado negativo de Método de Equivalência Patrimonial (MEP) de R$ 40.000.</p><p>Calcule o imposto de renda devido ao fim do primeiro trimestre.</p><p>Vamos lá! No primeiro trimestre.</p><p>Lucro antes do IR = 400.000</p><p>+ Adições (Perda com MEP) 40.000</p><p>- Exclusões 0</p><p>Lucro ajustado 440.000</p><p>Uma primeira ressalva. A provisão para férias é dedutível, mas como se trata de despesa,</p><p>já foi considerada, uma vez que apurada antes do lucro líquido do trimestre. O lucro do</p><p>trimestre já considera todas as despesas do período.</p><p>O máximo que poderá ser utilizado com as compensações é o montante de 30% deste</p><p>lucro ajustado, de R$ 440.000, isto é, R$ 132.000. Mas só temos R$ 100.000, logo,</p><p>poderemos utilizar todo o valor.</p><p>Lucro ajustado 440.000</p><p>(-) Compensações 100.000</p><p>Base de cálculo do IR → Lucro real 340.000</p><p>Agora, calcula-se o IR. A alíquota é de 15%, cobrando-se um adicional de 10%</p><p>sobre o montante que exceder o número de meses x R$ 20.000. Teremos:</p><p>Imposto = 15% x 340.000 = 51.000</p><p>Adicional = 10% x (340.0000 – (3 x 20.000)) = 28.000</p><p>Somando as parcelas, teremos um imposto total de 51.000 + 28.000 =</p><p>R$ 79.000,00.</p><p>do Imposto de Renda é feito somente para fins fiscais no LALUR, não alterando</p><p>o lucro líquido na contabilidade, pois em função do regime de competência, na</p><p>contabilidade não há postergação do reconhecimento do resultado.</p><p>Nesses casos, a receita ou o lucro já foram registrados contabilmente pelo</p><p>regime de competência e a despesa de Imposto de Renda também deve ser</p><p>reconhecida no mesmo período, mediante crédito na conta de Provisão para Imposto</p><p>de Renda Diferido, classificada no Passivo Circulante ou no Passivo Não Circulante e</p><p>débito na conta de despesa de Imposto de Renda no Resultado.</p><p>Quando a receita ou o lucro se tornarem tributáveis, o valor constante da conta</p><p>de Provisão para Imposto de Renda Diferido será transferido para a conta de Provisão</p><p>para Imposto de Renda no Passivo Circulante, não alterando o resultado desse</p><p>período.</p><p>- Tratamento do Prejuízo Acumulado</p><p>O Prejuízo Acumulado, para efeito do Imposto de Renda, é apurado no LALUR</p><p>(Livro de apuração do Lucro Real). E apresenta a seguinte particularidade, em relação</p><p>ao Prejuízo contábil: só pode abater 30% do Lucro Real apurado no exercício.</p><p>Vamos supor que uma empresa tenha prejuízos acumulados no valor de</p><p>$10.000</p><p>(e que tal prejuízo seja também o prejuízo fiscal, para efeito de IR).</p><p>Caso a empresa obtenha lucro de $12.000 no exercício, para a contabilidade</p><p>ficará assim:</p><p>Lucro do exercício $12.000 – prejuízo acumulado $10.000 = $2.000 de lucros</p><p>acumulados. A empresa irá constituir reservas e pagar dividendos sobre o valor de</p><p>$2.000. Para o Imposto de Renda: só pode compensar 30% do lucro. Fica assim:</p><p>Lucro do Exercício $12.000</p><p>Prejuízo fiscal (30%) ($3.600)</p><p>Base para IR $8.400</p><p>IR (15% x 8400) $1.260</p><p>Exemplo:</p><p>No ano X1, uma empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 50.000,00 e incorreu</p><p>em despesas à vista no valor de R$ 80.000,00. Em 31/12/X1 foi feito um estudo e</p><p>constatou-se que a empresa apresentava perspectivas de lucros futuros.</p><p>No ano X2, a empresa auferiu receitas à vista no valor de R$ 90.000,00 e incorreu em</p><p>despesas, também à vista, no valor de R$ 70.000,00.</p><p>Assinale a opção que indica a provisão (valor a ser pago) para o imposto sobre a renda</p><p>e contribuição social da empresa em 31/12/X2, considerando alíquota de 34%.</p><p>(A) Zero.</p><p>(B) R$ 2.040,00.</p><p>(C) R$ 3.400,00.</p><p>(D) R$ 4.760,00.</p><p>(E) R$ 6.800,00</p><p>Comentários:</p><p>Exercício de X1.</p><p>Receita 50.000,00</p><p>(-) Despesa (80.000,00)</p><p>Prejuízo do exercício (-30.000,00)</p><p>O prejuízo acumulado, para efeito do Imposto de Renda, é apurado no LALUR (Livro de</p><p>apuração do Lucro Real). E apresenta a seguinte particularidade, em relação ao Prejuízo</p><p>contábil: só pode abater 30% do Lucro Real apurado no exercício.</p><p>Nesse caso, a empresa tinha Prejuízos acumulados no valor de $10.000 (e que tal</p><p>prejuízo seja também o prejuízo fiscal, para efeito de IR). Como em X2 ela teve lucro no</p><p>exercício, para a contabilidade ficar· assim:</p><p>Lucro do exercício: 90.000 – 70.000 = 20.000,00 – prejuízo acumulado $30.000 = -</p><p>$10.000 de prejuízos acumulados.</p><p>Como há prejuízo, não há constituição de reserva e pagamento de dividendos. Mas a</p><p>questão quer saber o IR. Para o Imposto de Renda: só pode compensar 30% do lucro.</p><p>Fica assim:</p><p>Lucro do Exercício $ 20.000</p><p>Prejuízo fiscal (30%) ($ 6.000)</p><p>Base para IR $ 14.000</p><p>IR (34% x 14000) 4.760,00</p><p>Gabarito → D.</p><p>- Lucro Arbitrado</p><p>O Lucro Arbitrado é mais comumente adotado por iniciativa do Fisco,</p><p>quando se torna difícil mensurar o desempenho financeiro da empresa, por razões</p><p>diversas, incluindo fraudes.</p><p>O lucro arbitrado é lançado de ofício pela Secretaria da Receita Federal, por</p><p>meio de seus auditores fiscais, geralmente, quando flagradas fraudes, vícios,</p><p>omissões, inconsistências na escrituração de sujeito passivo. No entanto, pode</p><p>também ser usado pelo contribuinte (o chamado “arbitramento voluntário”),</p><p>conforme o Regulamento do Imposto de Renda:</p><p>Arbitramento do</p><p>Lucro</p><p>Pelo Fisco</p><p>Em caso de fraude,</p><p>vícios e incorreções</p><p>na escrituração</p><p>Pelo contribuinte</p><p>(arbitramento</p><p>voluntário)</p><p>Art. 531. Quando conhecida a receita bruta e desde que ocorridas as hipóteses</p><p>do artigo anterior, o contribuinte poder efetuar o pagamento do imposto</p><p>correspondente com base no lucro arbitrado, observadas as seguintes regras:</p><p>I - a apuração com base no lucro arbitrado abrangerá todo o ano-calendário,</p><p>assegurada, ainda, a tributação com base no lucro real relativa aos</p><p>trimestres não submetidos ao arbitramento, se a pessoa jurídica dispuser de</p><p>escrituração exigida pela legislação comercial e fiscal que demonstre o lucro real</p><p>dos períodos não abrangidos por aquela modalidade de tributação;</p><p>Vamos em frente. Vejamos o que diz o Regulamento do Imposto de Renda:</p><p>Resumindo, é aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica</p><p>deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real</p><p>ou presumido, conforme o caso.</p><p>O lucro arbitrado será apurado mediante a aplicação de percentuais:</p><p>a. sobre a receita bruta quando conhecida, segundo a natureza da atividade</p><p>econômica explorada;</p><p>b. quando desconhecida a receita bruta, sobre valores (bases) expressamente</p><p>fixados pela legislação fiscal.</p><p>Os percentuais a serem aplicados sobre a receita bruta, quando conhecida, são</p><p>os mesmos aplicáveis para o cálculo da estimativa mensal e do lucro presumido</p><p>HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO</p><p>Art. 529. A tributação com base no lucro arbitrado obedecerá às disposições</p><p>previstas neste Subtítulo.</p><p>Art. 530. O imposto, devido trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será</p><p>determinado com base nos critérios do lucro arbitrado, quando:</p><p>I - o contribuinte, obrigado à tributação com base no lucro real, não mantiver</p><p>escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou deixar de elaborar as</p><p>demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal;</p><p>II - a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes</p><p>indícios de fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem</p><p>imprestável para:</p><p>a) identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou</p><p>b) determinar o lucro real;</p><p>III - o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e</p><p>documentos da escrituração comercial e fiscal, ou o Livro Caixa, na hipótese</p><p>do parágrafo único do art. 527;</p><p>IV - o contribuinte optar indevidamente pela tributação com base no lucro</p><p>presumido;</p><p>V - o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de</p><p>escriturar e apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do</p><p>comitente residente ou domiciliado no exterior (art. 398);</p><p>VI - o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis</p><p>recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizados para resumir e totalizar, por conta</p><p>ou subconta, os lançamentos efetuados no Diário.</p><p>(32%), acrescidos de 20%, exceto quanto ao fixado para as instituições financeiras,</p><p>que variam caso a caso.</p><p>- Período de Apuração</p><p>O imposto de renda pessoa jurídica determinado com base no lucro real,</p><p>presumido ou arbitrado, possui período de apuração trimestral, encerrados nos</p><p>dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de dezembro de cada ano-</p><p>calendário. À opção do contribuinte, o lucro real também pode ser apurado por</p><p>período anual.</p><p>Questões Unidade IV</p><p>1. A base de cálculo da Contribuição para o PIS/PASEP e COFINS, com a incidência</p><p>não cumulativa, é o valor do faturamento mensal, assim entendido o total das receitas</p><p>auferidas pela pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou</p><p>classificação contábil. Para fins de determinação da base de cálculo, o valor que NÃO</p><p>pode ser excluído do faturamento, uma vez que o tenha integrado, é o valor:</p><p>a) vendas canceladas.</p><p>b) reversões de provisões.</p><p>c) descontos financeiros concedidos.</p><p>d) Imposto sobre Produtos Industrializados.</p><p>e) receitas decorrentes das vendas de bens do ativo permanente.</p><p>Comentários:</p><p>Exclusões da Base de Cálculo: para fins de determinação da base de cálculo, podem</p><p>ser excluídos do faturamento, quando o tenham integrado, os valores: (Lei nº 9.718,</p><p>de 1998, art. 3º, ß 2º, com alterações da MP 2.158-35/2001; IN SRF nº 247, de 2002,</p><p>art. 23):</p><p>1. Das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas</p><p>à alíquota 0 (zero);</p><p>2. Das vendas canceladas;</p><p>3. Dos descontos incondicionais concedidos;</p><p>Lucro</p><p>Arbitrado</p><p>Receita</p><p>Conhecida</p><p>Percentual do</p><p>Lucro Presumido</p><p>mais 20%</p><p>4. Do IPI; 5. Do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos</p><p>bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário;</p><p>6. Das reversões de provisões;</p><p>7. Das recuperações de créditos baixados como perdas, que não representem</p><p>ingresso de novas receitas;</p><p>8. Dos resultados positivos da avaliação de investimentos</p><p>pelo valor do patrimônio</p><p>líquido (equivalência patrimonial);</p><p>9. Dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de</p><p>aquisição, que tenham sido computados como receita;</p><p>10. Das receitas decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificados</p><p>como investimento, imobilizado ou intangível.</p><p>Conforme o disposto acima a única alternativa que não pode ser excluída do</p><p>faturamento é “descontos financeiros concedidos. Gabarito: Letra C.</p><p>2. A CF determina que o imposto de renda será informado pelos critérios da</p><p>generalidade, da universalidade e da progressividade, na forma da lei. É correto</p><p>afirmar que o critério da generalidade:</p><p>a) constitui técnica de incidência de alíquotas por meio da qual se procura variá-las</p><p>em uma razão proporcional à base de cálculo.</p><p>b) determina que a totalidade da renda do sujeito passivo deve sujeitar-se à tributação,</p><p>independentemente da denominação jurídica dos rendimentos.</p><p>c) tem por finalidade implementar a isonomia na tributação da renda, onerando mais</p><p>gravosamente os contribuintes que tenham maior capacidade contributiva.</p><p>d) impõe a sujeição de todos os indivíduos à tributação do imposto de renda,</p><p>independentemente de quaisquer características do contribuinte.</p><p>e) Significa dizer que a tributação alcança todas as espécies de rendimentos.</p><p>Comentários:</p><p>Generalidade → significa dizer que a tributação alcança todas as pessoas.</p><p>Universalidade → significa dizer que a tributação alcança todas as espécies de</p><p>rendimentos. Progressividade → significa tributar com alíquotas maiores</p><p>(progressivas) rendimentos mais elevados.</p><p>Gabarito: Letra d.</p><p>3. O arbitramento do lucro aplica-se quando:</p><p>a) a escrituração apresentar indícios de impropriedades formais.</p><p>b) houver opção pelo lucro presumido, sendo possível a apuração do resultado pelo</p><p>lucro real.</p><p>c) o contribuinte adotar escrituração resumida nos livros principais.</p><p>d) Houver opção indevida pelo lucro presumido.</p><p>e) os lançamentos da escrituração fiscal estiverem destacados em livros auxiliares.</p><p>Comentários:</p><p>Vejamos o que diz o Regulamento do Imposto de Renda: Art. 530. O imposto, devido</p><p>trimestralmente, no decorrer do ano-calendário, será determinado com base nos</p><p>critérios do lucro arbitrado, quando: IV - o contribuinte optar indevidamente pela</p><p>tributação com base no lucro presumido. Gabarito: letra d.</p><p>Conclusão</p><p>A partir do conteúdo trabalhado no material em PDF e das aulas em vídeo, foi</p><p>possível compreender a organização e o planejamento tributário a partir das análises</p><p>financeiras, apuração e recolhimento de tributos seguindo os preceitos estabelecidos</p><p>no Código Tributário Nacional - CTN, além da identificação de como cada componente</p><p>de uma empresa interfere no dia a dia de um departamento fiscal de contabilidade.</p><p>Muitas empresas não conseguem sobreviver ao primeiro ano de</p><p>funcionamento, simplesmente por não entenderem bem em qual regime fiscal</p><p>(tributário) se encaixam e não levantarem corretamente seus tributos. Essa</p><p>problemática pode colocar os negócios em uma situação menos favorável diante dos</p><p>concorrentes. Daí a importância do entendimento da contabilidade tributária.</p><p>O ideal é realizar um bom planejamento tributário com profissionais</p><p>qualificados, uma vez que erros dessa natureza podem gerar graves problemas com</p><p>o Fisco e representarem a inoperância da empresa no mercado. Todos os aspectos</p><p>mencionados são de suma importância para a compreensão dos futuros profissionais</p><p>da área de gestão empresarial e contábil.</p><p>Dessa forma concluímos nosso módulo de contabilidade tributária, foi um</p><p>prazer está com vocês. Nos encontramos em uma próxima oportunidade. Até breve.</p><p>Referências</p><p>CHAVES, Francisco Coutinho; MUNIZ, Érika Gadêlha Contabilidade tributária na</p><p>prática 1° Ed. Atlas, São Paulo 2010.</p><p>FABRETTI, L. C. Prática tributária do micro, pequeno e média empresa Atlas, São</p><p>Paulo 2003.</p><p>MARTINS, Sergio Pinto Manual de direito tributário 7° Ed. Atlas, São Paulo 2008.</p><p>OLIVEIRA, Gustavo Pedro de. Contabilidade tributária 3° Ed. Saraiva, São Paulo</p><p>2009.</p><p>possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída</p><p>em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.”</p><p>Cumpre observar que o art. 3º do CTN traz a definição de tributos exigida pela</p><p>CF/88, no art. 146, III, a, primeira parte, conforme vemos a seguir:</p><p>Tal definição do CTN pode ser dividida em 5 etapas, para facilitar o</p><p>entendimento do aluno. Vamos a elas:</p><p>Prestação pecuniária em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir</p><p>A afirmação acima deixa claro que o pagamento deve ser feito em pecúnia,</p><p>que significa dinheiro. Isso vai ao encontro do que comentamos acima, sobre a</p><p>necessidade de que o Estado tem de arrecadar dinheiro para custear suas</p><p>atividades. O conceito ainda permite inferir que não é possível a instituição de</p><p>tributos in natura ou in labore, cujo pagamento seria feito em bens ou em</p><p>serviços, respectivamente.</p><p>Por último, há que se ressaltar a alteração trazida pela Lei Complementar</p><p>104/2001, ao acrescentar o inciso XI ao art. 156 da Lei 5.172 (CTN). O dispositivo</p><p>prevê o seguinte:</p><p>Para os que não sabem, dação em pagamento significa pagar com algo que</p><p>não seja dinheiro. No caso em tela, o contribuinte poderia quitar a sua dívida</p><p>oferecendo bens IMÓVEIS ao fisco. Tal hipótese não derroga o art. 3º do CTN, tendo</p><p>em vista que este afirma que a quitação do tributo pode ser feita por algo que</p><p>possa ser expresso em moeda. Os bens imóveis inegavelmente podem ser</p><p>expressos em moeda.</p><p>"Art. 146. Cabe à lei complementar:</p><p>III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente</p><p>sobre:</p><p>- definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos</p><p>discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de</p><p>cálculo e contribuintes;”</p><p>“Art. 156. Extinguem o crédito tributário:</p><p>(...)</p><p>XI – a dação em pagamento em bens imóveis, na forma e condições</p><p>estabelecidas em lei.”</p><p>Prestação Compulsória</p><p>O pagamento de tributos não é uma faculdade, mas, sim uma obrigação.</p><p>Não há opção para o contribuinte, senão o pagamento do que lhe é cobrado. É claro</p><p>que o indivíduo pode contestar o valor devido ou mesmo a legalidade da</p><p>cobrança.</p><p>Prestação instituída em lei</p><p>O autor João Marcelo Rocha faz uma excelente observação, ao dizer que esse</p><p>item nem mesmo precisaria constar no conceito de tributo, eis que este já é uma</p><p>obrigação compulsória, e por esse motivo deve, necessariamente, estar instituído</p><p>em lei, conforme expressa previsão no texto constitucional:</p><p>Tal inciso demonstra claramente o princípio de um Estado de Direito. Ou seja,</p><p>o povo somente é obrigado a fazer aquilo que está em lei. Como a lei é editada</p><p>pelos seus próprios representantes (parlamentares), é o próprio povo, em tese, que</p><p>decide ao que estará obrigado a fazer ou deixar de fazer. Trata-se de uma velha regra</p><p>“No taxation without representation”, que significa que não haverá tributação sem</p><p>representação popular. A regra, portanto, é que os tributos sejam instituídos por lei.</p><p>Prestação que não constitui sanção de ato ilícito</p><p>Outro ponto importante do conceito de tributos é o que os distingue do conceito</p><p>de multa. Os tributos são cobrados em decorrência de um fato gerador, que pode</p><p>ser, por exemplo, a manifestação de riqueza por parte do contribuinte ou mesmo a</p><p>prestação de um serviço específico e divisível pelo Estado. Com isso, percebemos</p><p>que a cobrança de tributos não possui o objetivo de punir, mas, sim, de</p><p>arrecadar.</p><p>Vale destacar que há tributos cuja finalidade principal não é a arrecadação,</p><p>mas, sim, a intervenção em um setor econômico. São os denominados tributos</p><p>“Art. 5º (...):</p><p>II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em</p><p>virtude de lei;”</p><p>extrafiscais. De qualquer modo, também não têm como finalidade a sanção por um</p><p>ato ilícito.</p><p>As multas, embora também sejam receitas derivadas, compulsórias e</p><p>instituídas em lei, não podem ser comparadas aos tributos, pois possuem</p><p>natureza claramente sancionatória. Na verdade, o ideal é que os atos ilícitos não</p><p>sejam praticados, para que as multas não venham a ser cobradas.</p><p>Há de se ressaltar que, sobre o rendimento decorrente de atividades</p><p>ilícitas, deve incidir imposto de renda (art. 43, CTN). Perceba que o tributo não está</p><p>sendo utilizado como punição, pois o fato gerador desse tributo ocorreu, e o valor será</p><p>devido.</p><p>O embasamento legal é o art. 118 do CTN, que afirma que a definição legal</p><p>do fato gerador do tributo é interpretada abstraindo da validade jurídica dos atos</p><p>praticados pelos contribuintes, bem como da natureza do objeto a ser tributado</p><p>ou dos seus efeitos.</p><p>Natureza Jurídica dos Tributos</p><p>Dando continuidade ao nosso estudo, vamos observar, com atenção, outros</p><p>dois importantes artigos do CTN:</p><p>Ao analisarmos o art. 5º do CTN, vemos que o entendimento adotado pelo</p><p>legislador, lá em 1966 – ano de publicação do CTN -, foi a corrente tripartida. Ou</p><p>seja, havia apenas 3 tributos: impostos, taxas e contribuições de melhoria.</p><p>Contudo, após o surgimento da Constituição Federal de 1988, o</p><p>entendimento predominante é o de que existem não apenas três, mas cinco espécies</p><p>tributárias, dando origem à corrente pentapartida. Isso ocorreu, pois a própria CF</p><p>inseriu, em seu Capítulo que trata do Sistema Tributário Nacional, novas espécies</p><p>tributárias que serão vistas adiante.</p><p>“Art. 4º A natureza jurídica específica do tributo é determinada pelo fato</p><p>gerador da respectiva obrigação, sendo irrelevantes para qualificá-la:</p><p>I - a denominação e demais características formais adotadas pela lei;</p><p>II - a destinação legal do produto da sua arrecadação.</p><p>Art. 5º Os tributos são impostos, taxas e contribuições de melhoria.”</p><p>Uma rápida leitura do art. 145 da CF/88, nos leva a crer que há apenas</p><p>impostos, taxas e contribuições de melhoria (da mesma forma com o que está disposto</p><p>no art. 5º do CTN). No entanto, segundo o STF, ali estão elencados apenas os</p><p>tributos cuja competência é comum a todos os entes federados.</p><p>Segundo a Suprema Corte, “os arts. 148 e 149 aludem a duas outras</p><p>modalidades tributárias, cuja competência é, via de regra, da União: o empréstimo</p><p>compulsório e as contribuições sociais, inclusive as de intervenção no domínio</p><p>econômico e de interesse das categorias profissionais ou econômicas.”</p><p>O esquema abaixo ilustra as espécies tributárias segundo a teoria pentapartida:</p><p>Por último, cabe destacar as diferenças entre tributo vinculado e não vinculado.</p><p>Ao dizer que um tributo é vinculado ou não, estamos dizendo que o fato gerador</p><p>está vinculado ou não a uma atividade realizada pelo Estado relativa ao</p><p>contribuinte. Como exemplo de tributo vinculado, pode-se citar as taxas e as</p><p>contribuições de melhoria. Já os tributos não vinculados, podemos citar os impostos.</p><p>Há certa diferença entre o que foi dito acima e o conceito de arrecadação</p><p>vinculada. Neste caso, estamos nos referindo a tributos, cujo destino de tudo o</p><p>que foi arrecadado com sua cobrança está vinculado ao custeio de algo previsto</p><p>na lei. Como exemplo, temos os empréstimos compulsórios (art. 148, parágrafo único,</p><p>CF/88).</p><p>Espécies de Tributos</p><p>Vamos tratar primeiramente dos impostos.</p><p>Impostos</p><p>Espécies</p><p>Tributárias</p><p>Impostos</p><p>Taxas</p><p>Contribuições</p><p>de Melhoria</p><p>Empréstimos</p><p>Compulsórios</p><p>Contribuições</p><p>Especiais</p><p>Como vimos, os tributos não vinculados estão relacionados a um fato do</p><p>contribuinte que, ao se enquadrar na hipótese prevista em lei, dá origem ao fato</p><p>gerador. Os impostos são tributos não vinculados por excelência, por estarem</p><p>relacionados com uma manifestação de riqueza do contribuinte.</p><p>Trata-se de tributos que buscam realizar a solidariedade social. As pessoas</p><p>contribuem para consecução do bem comum, pois o poder público não se obriga em</p><p>prestar qualquer tipo de serviço específico para aqueles que pagaram impostos.</p><p>O art. 16 do CTN é claro, ao dizer que: “o imposto</p><p>é o tributo cuja obrigação</p><p>tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal</p><p>específica, relativa ao contribuinte.” Isto é, cabe ao contribuinte apenas pagar!</p><p>Podemos dizer, em outros termos, que o pagamento de impostos não exige uma</p><p>contraprestação por parte do Estado.</p><p>Ademais, a receita auferida com os impostos não está vinculada, em regra,</p><p>a qualquer destinação. Ou seja, esse é mais um argumento de que os recursos</p><p>devem ser usados em benefício da coletividade, remunerando os chamados serviços</p><p>gerais – uti universi. Cite-se, como exemplo, o serviço de segurança pública.</p><p>Por serem tributos não vinculados, é mais do que justo que haja um limite para</p><p>a criação de impostos, pois, caso contrário, os governos tenderiam a criar uma</p><p>infinidade deles, concorda?</p><p>Então, a CF/88 definiu em seu texto os impostos que podem ser criados por</p><p>cada ente federado. Cabe ressaltar que, em regra, a competência é privativa de</p><p>cada um deles.</p><p>A exceção fica por conta da União, que poderá instituir Impostos</p><p>Extraordinários de Guerra – IEG – até mesmo sobre fatos geradores que foram</p><p>atribuídos aos demais entes. Trata-se de uma exceção prevista pelo constituinte</p><p>originário (art. 154) e, portanto, perfeitamente válida.</p><p>Outro detalhe, a ser ressaltado, é que a União pode criar outros impostos e</p><p>outras contribuições para a seguridade social não previstos na CF/88. É a</p><p>chamada competência residual só permitida para a União, desde que respeitados</p><p>os requisitos constitucionais.</p><p>Além disso, a CF/88 ainda determina em seu art. 146, III, a, que todos os</p><p>impostos nela discriminados tenham os respectivos fatos geradores, bases de</p><p>cálculo e contribuintes definidos em lei complementar (LC). Trata-se de uma</p><p>exigência feita apenas aos impostos, não alcançando os demais tributos.</p><p>A CF não cria tributos, mas, apenas, defere a competência tributária aos</p><p>entes federados para que eles editem as leis instituidoras. Como prova disso,</p><p>temos o Imposto sobre Grandes Fortunas – IGF, que está previsto na CF/88, mas que</p><p>ainda não foi criado pela União. Observe abaixo, os impostos previstos na CF/88:</p><p>Municípios e</p><p>Distrito Federal</p><p>ISS</p><p>IPTU</p><p>ITBI</p><p>Estados e</p><p>Distrito Federal</p><p>ITCMD</p><p>ICMS</p><p>IPVA</p><p>Os impostos e o princípio da capacidade contributiva</p><p>União</p><p>II IE IR IPI IOF ITR IGF IEG I. Reseidual</p><p>Observação:</p><p>1) Primeiramente, vamos identificar o nome de cada um dos impostos acima:</p><p>ISS – Imposto sobre Serviços;</p><p>IPTU – Imposto sobre a propriedade territorial urbana;</p><p>ITBI – Imposto sobre a transmissão de bens imóveis;</p><p>ITCMD – Imposto sobre transmissões causa mortis e doações;</p><p>ICMS – Imposto sobre a circulação de mercadorias e prestação de serviços;</p><p>IPVA – Imposto sobre a propriedade de veículos automotores;</p><p>II – Imposto de importação;</p><p>IE – Imposto de exportação;</p><p>IR – Imposto de renda;</p><p>IPI – Imposto sobre produtos industrializados;</p><p>IOF – Imposto sobre operações financeiras;</p><p>ITR – Imposto sobre a propriedade territorial rural;</p><p>IGF – Imposto sobre grandes fortunas;</p><p>IEG – Impostos extraordinários de guerra;</p><p>I. Residuais – Impostos residuais;</p><p>2) O Distrito Federal pode instituir tanto os impostos estaduais como os</p><p>impostos municipais. É o que se denomina de competência cumulativa.</p><p>Vamos discorrer neste tópico acerca da relação entre os impostos e o princípio</p><p>da capacidade contributiva. Veja o que diz a CF/88:</p><p>Pela redação do dispositivo, percebemos que é obrigação do legislador, se</p><p>possível, conferir caráter pessoal aos impostos. O que seria isso? Vamos citar o</p><p>exemplo do Imposto de Renda, que é um imposto que incide sobre os rendimentos</p><p>das pessoas, sendo, portanto, um imposto pessoal (veremos que também existem os</p><p>impostos reais, que incidem sobre coisas).</p><p>Podemos dizer que graduá-lo segundo a capacidade econômica do contribuinte</p><p>seria possibilitar que contribuintes que ganham o mesmo salário, mas tenham</p><p>despesas totalmente diferentes, possam contribuir com valores diferentes. Ou</p><p>seja, considera-se os aspectos pessoais de cada contribuinte.</p><p>Se João e Pedro ganham R$ 5.000,00 mensais cada um, sendo que João é</p><p>solteiro e Pedro é casado e possui dois filhos, não seria justo tributá-los de maneira</p><p>igual, pois certamente o padrão de vida de ambos não são iguais, certo? Da mesma</p><p>maneira, obviamente, se João e Pedro ganharem salários distintos, a tributação</p><p>também deve ser diferenciada para cada um deles.</p><p>Taxas</p><p>Diferentemente do que vimos em relação aos impostos, o fato gerador das</p><p>taxas é uma atividade que o poder público realiza para o contribuinte. Para</p><p>custear tais atividades, são instituídas as taxas.</p><p>Assim, pode-se afirmar que o fato gerador da taxa, ou melhor, a situação que</p><p>faz surgir a obrigação de um contribuinte arcar com o pagamento de taxa, é um fato</p><p>do Estado, e não do contribuinte. Isso significa que é o Estado que deve agir para</p><p>realizar a cobrança da taxa.</p><p>“Art. 145</p><p>(...)</p><p>§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão</p><p>graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, facultado à</p><p>administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses</p><p>objetivos, identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o</p><p>patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.”</p><p>Com base em tais informações, pode-se afirmar que ocorre a referibilidade</p><p>da atividade estatal em relação ao contribuinte, isto é, a atuação estatal que</p><p>constitui o fato deve ser direcionada ao contribuinte, e não à coletividade. É por isso</p><p>que se diz que as taxas são tributos retributivos ou contraprestacionais.</p><p>Mas quais seriam os fatos geradores das taxas? Vamos observar o que diz o</p><p>art. 77 do CTN:</p><p>Em primeiro lugar, precisamos nos atentar ao fato de que as taxas são tributos</p><p>que podem ser instituídos por qualquer um dos entes federados (União, Estados,</p><p>Distrito Federal e Municípios), a depender das atribuições constitucionalmente</p><p>conferidas a cada ente. Por isso, dizemos que a competência para instituir taxas</p><p>é comum.</p><p>Segundo o art. 77 do CTN são os fatos geradores da taxa, quais sejam:</p><p>exercício regular do poder de polícia e a utilização, efetiva ou potencial, de</p><p>serviço público específico e divisível. Por serem itens importantes, vamos dividi-</p><p>los em dois tópicos, abordando detalhadamente cada um dos fatos geradores que</p><p>ensejam a cobrança da taxa.</p><p>Taxas de Serviços</p><p>O fato gerador da taxa é um fato do Estado.</p><p>“Art. 77. As taxas cobradas pela União, pelos Estados, pelo Distrito Federal ou</p><p>pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas atribuições, têm como fato</p><p>gerador o exercício regular do poder de polícia, ou a utilização, efetiva ou</p><p>potencial, de serviço público específico e divisível, prestado ao contribuinte</p><p>ou posto à sua disposição.”</p><p>A competência para se instituir taxas é mesmo comum?</p><p>Podemos dizer que a espécie tributária “taxa” é de competência comum, podendo ser</p><p>instituída pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios. Contudo, em relação a</p><p>cada taxa a ser instituída, a competência é privativa de cada ente. Isso significa que,</p><p>em relação aos serviços públicos municipais ou ao exercício do poder de polícia</p><p>municipal, ensejadores de cobrança por meio de taxa, este tributo é de competência</p><p>privativa dos Municípios.</p><p>As taxas de serviço são criadas para custear serviços públicos prestados</p><p>pelo poder público à população em geral. Cabe observar, como é do conceito dos</p><p>tributos, que o contribuinte não poderá fazer opção por não receber determinada</p><p>prestação de serviço estatal.</p><p>Por outro lado, o Estado pode ou não optar por tributar determinado</p><p>serviço (dependendo de uma lei para instituir a respectiva taxa) que se enquadre na</p><p>definição do CTN, que a seguir veremos:</p><p>Veja que o serviço prestado pode ser utilizado efetivamente pelo usuário</p><p>ou não. Quando o CTN fala em utilização potencial,</p><p>está se referindo àqueles casos</p><p>em que o serviço foi oferecido ao contribuinte, mas ele não o utilizou.</p><p>O que deve ser gravado é que a disponibilização do serviço deve ser</p><p>efetiva, e o que pode ser potencial ou efetivo é a utilização por parte do contribuinte.</p><p>Vamos citar o exemplo da coleta domiciliar de lixo. Um caminhão passa em</p><p>frente à casa do Sr. João todos os dias para retirar o seu lixo domiciliar. Consideremos,</p><p>ainda, que João viaje e fique um mês de férias. Deverá pagar a taxa decorrente desse</p><p>serviço público? É evidente que sim. Percebam que houve a disponibilização do</p><p>“Art. 79. Os serviços públicos a que se refere o artigo 77 consideram-se:</p><p>I - utilizados pelo contribuinte:</p><p>a) efetivamente, quando por ele usufruídos a qualquer título;</p><p>b) potencialmente, quando, sendo de utilização compulsória, sejam postos à</p><p>sua disposição mediante atividade administrativa em efetivo</p><p>funcionamento;</p><p>II - específicos, quando possam ser destacados em unidades autônomas de</p><p>intervenção, de utilidade, ou de necessidades públicas;</p><p>III - divisíveis, quando suscetíveis de utilização, separadamente, por parte de</p><p>cada um dos seus usuários.”</p><p>Observação: A disponibilização do serviço deve acontecer para que haja a</p><p>cobrança da taxa, mesmo que o contribuinte não tenha utilizado.</p><p>serviço, ainda que o contribuinte não o tenha utilizado (utilização potencial, neste</p><p>caso).</p><p>Outra característica referente aos serviços públicos é a de que devem ser</p><p>específicos e divisíveis. Mas o que vem a ser isso?</p><p>Agora que já vimos a parte conceitual a respeito da taxa de serviço, surge a</p><p>dúvida: quais serviços estatais se enquadram no conceito legal e são dignos de</p><p>cobrança, por meio de taxas? E quais não podem? Veremos tudo isso a seguir!</p><p>Em primeiro lugar, devemos ter em mente que as taxas só podem custear</p><p>serviços específicos e divisíveis, que também podem ser chamados de uti singuli.</p><p>Os serviços gerais (uti universi), por outro lado, não podem ser custeados por</p><p>taxas, pela ausência da especificidade e divisibilidade. Estes devem ser financiados</p><p>com a arrecadação de impostos. Esta é a regra geral e o que você deve guardar.</p><p>Por tal motivo, devemos saber que, segundo o STF, o serviço de iluminação</p><p>pública não pode ser remunerado mediante taxa. Ora, é possível identificar todos</p><p>os beneficiários de tal serviço? Certamente não é! Por isso, o Tribunal publicou a</p><p>seguinte súmula vinculante: - Súmula Vinculante 41 – O serviço de iluminação</p><p>pública não pode ser remunerado mediante taxa.</p><p>Taxas de polícia</p><p>Vimos que o art. 77 do CTN fala que o fato gerador das taxas tanto pode ser</p><p>a prestação de serviços públicos como o exercício do poder de polícia. Mas o</p><p>que vem a ser poder de polícia? Na definição do próprio CTN, temos que:</p><p>Serviços específicos → nos dizeres do CTN, significa que podem ser</p><p>destacados em unidades autônomas de intervenção, de utilidade, ou de</p><p>necessidades públicas. Segundo a doutrina, são aqueles serviços prestados</p><p>singularmente a determinado usuário. Com isso, o usuário consegue</p><p>identificar exatamente o serviço que lhe está sendo prestado.</p><p>Serviços divisíveis → pela redação do CTN, são divisíveis quando suscetíveis</p><p>de utilização, separadamente, por cada um de seus usuários. Podemos dizer</p><p>que tais serviços trazem benefícios individuais a cada usuário. São serviços</p><p>dirigidos a determinadas pessoas.</p><p>O poder de polícia é aquele que a administração pública dispõe para</p><p>restringir alguns direitos individuais de cada particular, tendo em vista os</p><p>interesses coletivos. Há diversas atividades fiscalizadoras que podem ensejar a</p><p>cobrança da taxa de polícia. Vejamos algumas delas.</p><p>Cite-se, primeiramente, a taxa de alvará (ou taxa de localização), que é</p><p>cobrada para custear a fiscalização sobre as obras realizadas em determinado</p><p>município, verificando-se as características arquitetônicas destas obras.</p><p>Temos também a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental (TCFA),</p><p>cobrada em função do exercício regular do poder de polícia, realizado pelo IBAMA,</p><p>com objetivo de controlar e fiscalizar as atividades potencialmente poluidoras e</p><p>utilizadoras de recursos naturais.</p><p>Por fim, deve-se frisar que o exercício do poder de polícia deve ser regular,</p><p>isto significa, de acordo com o par. único do art. 78, do CTN, que deve ser</p><p>desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com</p><p>observância do processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como</p><p>discricionária, sem abuso ou desvio de poder.</p><p>Base de cálculo das taxas</p><p>De acordo com Aires Barreto, a base de cálculo “consiste em critério</p><p>abstrato para medir os fatos tributários que, conjugado à alíquota, permite obter a</p><p>‘dívida tributária’.</p><p>No que se refere às taxas, a base de cálculo deve ser utilizada para permitir</p><p>que o ente federado encontre um valor que satisfaça apenas as despesas que ele</p><p>teve com a prestação dos serviços. Caso contrário, haveria enriquecimento sem causa</p><p>“Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública</p><p>que, limitando ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a</p><p>prática de ato ou abstenção de fato, em razão de interesse público</p><p>concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da</p><p>produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de</p><p>concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou ao</p><p>respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.”</p><p>por parte do Estado. É claro que não é exigida uma precisão dos valores, mas</p><p>apenas que não haja total desvinculação entre um valor e outro.</p><p>A base de cálculo também pode ser usada para identificar a natureza</p><p>jurídica de um tributo, juntamente com a análise do fato gerador. Nesse contexto,</p><p>se o legislador criar um tributo e denominá-lo taxa, mas, em sua base de cálculo,</p><p>inserir uma grandeza que não tenha a ver com qualquer atividade estatal relativa ao</p><p>contribuinte, estará na verdade criando um “imposto disfarçado”.</p><p>É por isso que a nossa Constituição Federal proibiu a identidade entre a</p><p>base de cálculo de uma taxa e de um imposto (tal proibição também pode ser</p><p>encontrada no art. 77, parágrafo único, do CTN). Veja:</p><p>Ainda sobre a base de cálculo das taxas, o CTN acrescentou outro detalhe,</p><p>dizendo que as taxas também não podem ser calculadas em função do capital</p><p>social das empresas, como vemos a seguir:</p><p>Ora, o motivo é óbvio. Sabemos que o fato gerador das taxas deve ser</p><p>necessariamente um serviço público prestado ou o exercício do poder de</p><p>polícia. Sabemos também que deve haver uma correlação entre o custo da</p><p>atividade prestada ao contribuinte e o valor a ser cobrado dele.</p><p>Contribuição de Melhoria</p><p>As contribuições de melhoria são tributos que surgem com a realização de</p><p>uma obra pública da qual decorra valorização imobiliária aos contribuintes. O</p><p>motivo é evitar que haja enriquecimento de um determinado número de pessoas</p><p>às custas da coletividade. Vou dar um exemplo para que você entenda melhor o</p><p>motivo da cobrança.</p><p>Art. 145: (...)</p><p>§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.</p><p>Art. 77: (...)</p><p>Parágrafo único. A taxa não pode ter base de cálculo ou fato gerador</p><p>idênticos aos que correspondam a imposto nem ser calculada em função</p><p>do capital das empresas.</p><p>Digamos que o Sr. João more em um loteamento onde as ruas não são</p><p>calçadas e existam poucos vizinhos naquele isolado bairro. Com o passar dos anos,</p><p>o Município realiza a pavimentação de todas as ruas do bairro, providenciando</p><p>iluminação, arborização, a construção de um parque entre outras benfeitorias. A casa</p><p>do Sr. João, que antes era avaliada em R$ 50.000,00, agora já está valendo cerca</p><p>de R$ 200.000,00, em decorrência da valorização do lote naquele bairro.</p><p>Vamos analisar a situação: o poder público gastou recursos públicos para</p><p>realizar tais obras públicas. Tudo isso foi feito com o</p><p>dinheiro público que, como</p><p>sabemos, pertence à sociedade como um todo. Seria justo o Sr. João ter o seu</p><p>imóvel valorizado nesse montante sem dispor de qualquer centavo de seu bolso? É</p><p>óbvio que não. É nesse instante que surge a cobrança da contribuição de melhoria.</p><p>Vamos ler o que diz a CF/88 acerca desse tributo:</p><p>Perceba que a CF/88 definiu que todos os entes federados (União, Estados,</p><p>Distrito Federal e Municípios) poderão instituir a contribuição de melhoria. Podemos</p><p>dizer, então, que é um tributo de competência comum, assim como a taxa. Vamos</p><p>abordar agora os conceitos trazidos pelo CTN, e que dizem respeito a esse tributo:</p><p>Veja que se a obra pública não gerar valorização imobiliária, não há</p><p>justificativa para cobrança do tributo. Portanto, devemos gravar que o fato</p><p>gerador é a valorização imobiliária, e não a obra pública em si. Vamos confirmar</p><p>isso, lendo o art. 1º, do DL 195/67:</p><p>“Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir</p><p>os seguintes tributos:</p><p>III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.”</p><p>Art. 81. A contribuição de melhoria cobrada pela União, pelos Estados, pelo</p><p>Distrito Federal ou pelos Municípios, no âmbito de suas respectivas</p><p>atribuições, é instituída para fazer face ao custo de obras públicas de que</p><p>decorra valorização imobiliária, tendo como limite total a despesa realizada</p><p>e como limite individual o acréscimo de valor que da obra resultar para cada</p><p>imóvel beneficiado.</p><p>Art. 1º A Contribuição de Melhoria, prevista na Constituição Federal tem</p><p>como fato gerador o acréscimo do valor do imóvel localizado nas áreas</p><p>beneficiadas direta ou indiretamente por obras públicas.</p><p>Ao analisar o art. 81, do CTN, também podemos dizer que o CTN trouxe</p><p>detalhes não mencionados na CF/88. Esses detalhes se referem aos limites aos quais</p><p>a contribuição de melhoria está sujeita. O limite total se refere ao valor máximo que</p><p>pode ser arrecadado a título de contribuição de melhoria. O CTN estabeleceu como</p><p>limite o valor total gasto com a obra.</p><p>Como limite individual, foi estabelecido o valor que corresponde à valorização</p><p>que a obra pública gerou para cada particular. No caso do Sr. João, a contribuição de</p><p>melhoria poderia chegar até a R$ 150.000. É inacreditável, mas é possível.</p><p>Precisamos ficar atentos também que, da mesma forma como ocorre com as</p><p>taxas, o fato gerador que justifica a cobrança das contribuições de melhoria é</p><p>uma atividade estatal, que no caso é uma obra pública. Portanto, podemos dizer</p><p>que se trata de um tributo vinculado.</p><p>O § 1º, do art. 82, do CTN, estabelece, ainda, que a contribuição de cada</p><p>imóvel deve ser determinada pelo rateio da parcela do custo da obra pública</p><p>realizada pelos imóveis situados na zona beneficiada em função dos respectivos</p><p>fatores individuais de valorização.</p><p>Ademais, o § 2º, do art. 81, previu que, por ocasião do respectivo lançamento</p><p>(com o objetivo de exigir o tributo do contribuinte), cada contribuinte deverá ser</p><p>notificado do montante da contribuição, da forma e dos prazos de seu</p><p>pagamento e dos elementos que integram o respectivo cálculo.</p><p>Por fim, destaque-se que o tributo não pode ser cobrado antes da realização</p><p>da obra pública, já que é a consequência dela que justificaria a cobrança tributária.</p><p>Contudo, nada impede a instituição do tributo após o término de parte da obra,</p><p>se já houver resultado em valorização imobiliária para o contribuinte.</p><p>Empréstimos Compulsórios</p><p>Os empréstimos compulsórios constituem uma espécie distinta de tributos,</p><p>que não se confunde com as demais. Você se lembra de que falamos da corrente</p><p>pentapartida? Lá, estudamos que uma das espécies eram os empréstimos</p><p>compulsórios, certo? Portanto, podemos dizer que eles são uma espécie autônoma</p><p>de tributos, conforme a doutrina majoritária e jurisprudência.</p><p>Outro aspecto importante sobre os empréstimos compulsórios, é o de que</p><p>eles devem ser instituídos por lei complementar. Uma peculiaridade diz respeito à</p><p>competência tributária para instituir tal espécie de tributo. Saiba que somente a União</p><p>pode instituí-los. Trata-se, portanto, de um tributo de competência exclusiva da</p><p>União. Vejamos agora o artigo que aborda esse assunto na CF/88:</p><p>Perceba que há três pressupostos fáticos ou situações autorizadoras que</p><p>justificam a cobrança de um empréstimo compulsório: despesas extraordinárias</p><p>decorrentes de calamidade pública, despesas extraordinárias decorrentes de</p><p>guerra externa ou sua iminência e os investimentos públicos de caráter urgente</p><p>e de relevante interesse nacional.</p><p>Por último, o parágrafo único do art. 15 do CTN exige que a lei instituidora do</p><p>tributo fixe o prazo do empréstimo e as condições de resgate. Ressalte-se que o STF</p><p>possui entendimento no sentido de que a restituição deve ser efetuada na</p><p>mesma espécie do que foi recolhido. Como sabemos que o tributo é uma prestação</p><p>pecuniária, sua devolução também deve ser em moeda.</p><p>Questões Unidade I</p><p>1. De acordo com a definição do Código Tributário Nacional, tributo é toda prestação:</p><p>a) compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos, cujo valor nela</p><p>se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, instituída pela legislação</p><p>tributária e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plenamente</p><p>vinculada.</p><p>Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos</p><p>compulsórios:</p><p>I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade</p><p>pública, de guerra externa ou sua iminência;</p><p>II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante</p><p>interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".</p><p>Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo</p><p>compulsório será vinculada à despesa que fundamentou sua instituição.</p><p>b) pecuniária compulsória, em moeda ou em quaisquer tipos de bens e direitos, cujo</p><p>valor nela se possa exprimir, que constitua ou não sanção de ato ilícito, instituída em</p><p>lei e cobrada mediante atividade administrativa ou judicial plenamente vinculada.</p><p>c) compulsória, preferencialmente em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que</p><p>não constitua sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobrada</p><p>mediante atividade administrativa plenamente vinculada.</p><p>d) pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não</p><p>constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade</p><p>administrativa plenamente vinculada.</p><p>e) compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que constitua ou não</p><p>sanção de ato ilícito, instituída pela legislação tributária e cobrada mediante atividade</p><p>administrativa ou judicial plenamente vinculada.</p><p>Comentários: O conceito de tributo está definido no art. 3º do Código Tributário</p><p>Nacional (CTN), “Art. 3º Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda</p><p>ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída</p><p>em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada. O gabarito</p><p>é, portanto, a letra d.</p><p>2. A natureza jurídica específica do tributo é determinada:</p><p>a) pelo fato gerador.</p><p>b) pela alíquota aplicada.</p><p>c) pela base de cálculo.</p><p>d) pela destinação legal do produto de sua arrecadação.</p><p>e) pela sua denominação.</p><p>Comentários: Essa questão tem como base tão somente o caput do art. 4° do CTN.</p><p>Logo, de acordo com a redação do referido dispositivo, a natureza jurídica específica</p><p>do tributo é determinada pelo fato gerador da respectiva obrigação. Sendo assim, a</p><p>alternativa que responde a questão é a Letra A.</p><p>3. De acordo com o Código Tributário Nacional, a exação cuja obrigação tem por fato</p><p>gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa</p><p>ao contribuinte, denomina-se:</p><p>a) empréstimo compulsório, quando sua ocorrência for eventual.</p><p>b) imposto,</p><p>tanto quando a competência for da União, como quando for dos Estados</p><p>ou dos Municípios.</p><p>c) expectativa de benefício, decorrente de pagamento de contribuição social.</p><p>d) taxa, pelo uso potencial de serviço público específico e divisível.</p><p>e) preço público, por serviço a ser prestado em exercício futuro.</p><p>Comentários: Trata-se de uma questão bastante direta. Uma vez que você já</p><p>conhece o art. 16, do CTN, não resta dúvidas quanto à resposta da exação cuja</p><p>obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade</p><p>estatal específica, relativa ao contribuinte: é o imposto. Gabarito: Letra b.</p><p>UNIDADE II</p><p>LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA</p><p>Objetivo: Esta unidade tem como objetivo apresentar a continuação das espécies</p><p>tributárias, e as principais legislações tributárias pertinentes, assim como, a</p><p>escrituração dos livros fiscais.</p><p>Contribuições especiais</p><p>Há, ainda, mais uma espécie de tributo que tem sido reconhecida pela doutrina</p><p>e jurisprudência, que são as contribuições especiais, também denominadas</p><p>“contribuições”. Observação: As “contribuições” não se confundem com as</p><p>“contribuições de melhoria”. São espécies tributárias distintas!</p><p>Devemos lembrar que, o art. 4º do CTN afirma que a natureza jurídica do tributo</p><p>é definida pelo fato gerador, e que o destino da arrecadação não é um critério</p><p>relevante para definir as espécies tributárias. Entretanto, já sabemos que isso é</p><p>aplicável apenas aos impostos, taxas e contribuições de melhoria, certo?</p><p>Quando o assunto é contribuições especiais e empréstimos compulsórios,</p><p>lembre-se de que, por se tratarem de tributos de arrecadação vinculada (também</p><p>denominados tributos finalísticos), o destino do que foi arrecadado é um critério</p><p>relevante para definir de que tributo estamos tratando. Portanto, a análise do fato</p><p>gerador é insuficiente para determinar a natureza jurídica das contribuições</p><p>especiais.</p><p>Mas quem seria competente para instituí-las? Somente a União ou todos os</p><p>entes federados? Vejam o que diz o art. 149 da CF/88:</p><p>Veja que cabe somente à União instituir tais contribuições, e que elas se</p><p>dividem basicamente em três tipos. Mas é preciso saber que, em relação à previdência</p><p>social dos servidores públicos (regimes próprios de previdência social destinados</p><p>“Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de</p><p>intervenção no domínio econômico e de interesse das categorias</p><p>profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas</p><p>respectivas áreas, observado o disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem</p><p>prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude</p><p>o dispositivo.”</p><p>apenas aos servidores públicos titulares de cargos efetivos), existe competência</p><p>tributária para os Estados, DF e Municípios instituírem contribuições destinadas ao</p><p>financiamento de tais regimes. Senão, vejamos:</p><p>Além das contribuições relacionadas nos dispositivos acima citados, há</p><p>também a contribuição para o custeio do serviço de iluminação pública. Essa</p><p>contribuição foi permitida com a EC 39/2002, e a competência para instituí-la é do</p><p>Distrito Federal e dos Municípios. Com o conhecimento que já temos podemos fazer</p><p>o seguinte esquema:</p><p>CONTRIBUIÇÕES ESPECIAIS COMPETÊNCIA PARA INSTITUIR</p><p>Contribuições Sociais</p><p>União (Exceção: todos os demais entes</p><p>podem instituir contribuição previdenciária a</p><p>ser cobrada de seus servidores)</p><p>Contribuição de Intervenção no Domínio</p><p>Econômico (CIDE)</p><p>Somente a União</p><p>Contribuições de interesse das categorias</p><p>profissionais</p><p>Somente a União</p><p>Contribuição para Custeio do Serviço de</p><p>Iluminação Pública</p><p>Somente Distrito Federal e Municípios</p><p>É de se destacar também que, as contribuições sociais são divididas da</p><p>seguinte forma: contribuições de seguridade social, outras contribuições</p><p>sociais e contribuições sociais gerais.</p><p>Contribuições de Seguridade Social</p><p>As contribuições de seguridade social têm, por objetivo, carrear recursos</p><p>para a seguridade social, obviamente. A seguridade social, de acordo com o art.</p><p>194 da CF/88, “compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos</p><p>Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à</p><p>saúde, à previdência e à assistência social”.</p><p>As regras específicas dessas contribuições foram dispostas fora do</p><p>capítulo do Sistema Tributário Nacional, estando inseridas capítulo que trata</p><p>especificamente da seguridade social. Por esse motivo, vários aspectos atinentes ao</p><p>Direito Tributário serão vistos no art. 195 da Magna Carta. De acordo com esse artigo,</p><p>SEGURIDADE SOCIAL = SAÚDE, PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL</p><p>as contribuições para seguridade social poderão incidir sobre várias bases</p><p>econômicas. Vou listar os principais e apresentar os tributos que foram instituídos</p><p>para satisfazer a disposição constitucional.</p><p>BASE ECONÔMICA CONTRIBUIÇÃO INSTITUÍDA</p><p>Receita ou Faturamento COFINS</p><p>Lucro CSLL</p><p>Importação de bens ou serviços do exterior PIS/PASEP-Importação e COFINS-</p><p>Importação</p><p>Além disso, as contribuições sociais poderão incidir sobre as seguintes bases</p><p>econômicas:</p><p>➢ Folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a</p><p>qualquer título, à pessoa física que preste serviço ao empregador;</p><p>➢ Do trabalhador e dos demais segurados da previdência social, podendo ser</p><p>adotadas alíquotas progressivas de acordo com o valor do salário de</p><p>contribuição, não incidindo contribuição sobre aposentadoria e pensão concedidas</p><p>pelo Regime Geral de Previdência Social;</p><p>➢ Receita de concursos prognósticos.</p><p>O art. 195, § 9º, da CF/88, estabelece que as contribuições devidas pelo</p><p>empregador (incidentes sobre a folha de salários, receita ou faturamento e lucro)</p><p>poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade econômica, da</p><p>utilização intensiva de mão de obra, do porte da empresa ou da condição</p><p>estrutural do mercado de trabalho, sendo também autorizada a adoção de bases</p><p>de cálculo diferenciadas (neste caso apenas para receita ou faturamento e lucro).</p><p>Há também outra contribuição que incide sobre o faturamento, que é a</p><p>contribuição ao PIS/PASEP, instituída com base no art. 239 da própria CF/88. De</p><p>acordo com o STF, trata-se, na verdade, de um bis in idem permitido pela CF/88.</p><p>Bis in idem ocorre quando um ente federado institui mais de um tributo sobre</p><p>um mesmo fato gerador. No caso em tela, o fato gerador é o faturamento. Se a</p><p>própria CF permite que se cobrem os dois tributos concomitantemente, não há que se</p><p>falar em qualquer restrição.</p><p>- CONTRIBUIÇÕES DE INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÕMICO</p><p>Dando continuidade ao nosso estudo sobre as contribuições especiais,</p><p>vejamos alguns aspectos importantes sobre a Contribuição de Intervenção no</p><p>Domínio Econômico, amplamente conhecida por CIDE. Tal contribuição é de</p><p>competência apenas da União.</p><p>Pela própria nomenclatura que lhe foi dada pelo constituinte, percebemos que</p><p>a CIDE não se trata de um imposto, cuja finalidade principal é arrecadar recursos para</p><p>os cofres públicos. A sua denominação nos remete a uma intervenção estatal na</p><p>economia, no mercado. Portanto, é um tributo extrafiscal, pois a finalidade é intervir</p><p>no funcionamento da economia do país.</p><p>- CONTRIBUIÇÃO PARA O CUSTEIO DO SERVIÇO DE ILUMINAÇÃO PÚBLICA</p><p>Estudamos durante a aula que, o serviço de iluminação pública não pode</p><p>ser custeado por taxas, por não atender aos requisitos de especificidade e</p><p>divisibilidade exigidos tanto pela CF/88 (art. 145, II) quanto pelo CTN (art. 77).</p><p>Diante desse impedimento, o correto é que fosse utilizada parte da arrecadação</p><p>decorrentes dos impostos. Contudo, os municípios alegavam que não havia recursos</p><p>disponíveis para financiar este serviço. Por esse motivo, o legislador constituinte</p><p>derivado, por meio da Emenda Constitucional 39/2002, acrescentou o art. 149-A ao</p><p>texto constitucional.</p><p>Tal dispositivo prevê a criação da Contribuição para o custeio</p><p>do serviço de iluminação pública (COSIP). Vejamos o que diz o art. 149-A:</p><p>Três aspectos devem ser levados em conta, na leitura dos dispositivos supra</p><p>citados:</p><p>➢ A competência é restrita aos Municípios e ao DF;</p><p>“Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão instituir contribuição,</p><p>na forma das respectivas leis, para o custeio do serviço de iluminação</p><p>pública, observado o disposto no art. 150, I e III.</p><p>Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que se refere o</p><p>caput, na fatura de consumo de energia elétrica.”</p><p>➢ A arrecadação do tributo é vinculada ao custeio do serviço de iluminação</p><p>pública;</p><p>➢ É facultado que a cobrança desse tributo seja feita na fatura de consumo de energia</p><p>elétrica.</p><p>LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA: CTN, NORMAS PRINCIPAIS E COMPLEMENTARES</p><p>O Código Tributário Nacional inicia o seu Livro Segundo a partir do art. 96,</p><p>tratando do tema “Legislação Tributária”. Mas o que vem a ser Legislação Tributária?</p><p>Legislação tributária deriva de fontes, que são divididas em materiais e formais.</p><p>As fontes materiais (ou reais) representam os fatos que justificam a</p><p>tributação, como, por exemplo, o patrimônio, os serviços, a importação, a</p><p>exportação a transmissão de propriedade etc.</p><p>Contudo, as fontes materiais, por si só, não são capazes de fazer surgir a</p><p>obrigação tributária, pois é necessário que elas (as fontes materiais) tomem uma</p><p>forma. Tal forma diz respeito ao processo de elaboração de atos normativos,</p><p>como as leis ou medidas provisórias, capazes de estabelecer uma relação</p><p>jurídico-tributária entre o sujeito ativo (União, por exemplo) e o contribuinte.</p><p>Como consequência desse processo legislativo, por assim dizer, temos as</p><p>denominadas fontes formais, que foram rotuladas no art. 96 do CTN como</p><p>legislação tributária, nos seguintes termos:</p><p>“Professor, então quer dizer que as fontes formais do Direito Tributário são as</p><p>leis, tratados internacionais, decretos e as normas complementares? Exatamente!</p><p>Nesse contexto, é importante ter em mente o conceito de ato normativo. Trata-</p><p>se de hipóteses normativas que são aplicadas às pessoas de um modo geral e às</p><p>diversas situações fáticas. Em síntese, são dotados de generalidade e abstração.</p><p>Imaginemos, a título de exemplo, uma lei municipal que institui o IPTU em um</p><p>determinado Município. Essa lei é dotada de generalidade, pois não possui um</p><p>Art. 96. A expressão "legislação tributária" compreende as leis, os tratados e</p><p>as convenções internacionais, os decretos e as normas complementares</p><p>que versem, no todo ou em parte, sobre tributos e relações jurídicas a eles</p><p>pertinentes.</p><p>destinatário específico, incidindo sobre a todas as pessoas que praticarem o fato</p><p>gerador do IPTU (possuir imóvel em território urbano). Além disso, o fato de a lei</p><p>apenas estabelecer hipóteses de incidências abstratas (que podem vir ou não a</p><p>ocorrer no mundo concreto), faz com que a doutrina caracterize tais atos normativos</p><p>como dotados de abstração.</p><p>Diferentemente do que foi visto acima, os atos concretos são de caráter</p><p>individual, incidindo sobre pessoa determinada, bem como relativo a situações</p><p>ocorridas no mundo concreto. Assim, por exemplo, quando um Auditor-Fiscal da</p><p>Receita Federal, durante procedimento de fiscalização, detecta que o contribuinte</p><p>auferiu rendimentos e deixou de pagar o IR devido, faz-se um lançamento de ofício,</p><p>que é, por essência, um ato concreto.</p><p>No entanto, nem todos os atos normativos possuem a mesma “força” jurídica.</p><p>Assim, podemos definir os atos normativos como primários e secundários.</p><p>Os atos normativos primários, assim denominados por buscarem seus</p><p>fundamentos diretamente da Constituição Federal, são capazes de inovar no</p><p>ordenamento jurídico, criando novos direitos e obrigações.</p><p>Por outro lado, os atos normativos secundários, aqueles cujo fundamento de</p><p>validade é uma norma infraconstitucional (leis, por exemplo), não têm o condão de</p><p>inovar no ordenamento jurídico.</p><p>Retornando nossos olhares ao art. 96 do CTN, podemos dizer que a são fontes</p><p>formais principais do Direito Tributário: Constituição Federal e Emendas à</p><p>Constituição, Leis Complementares e Ordinárias, Leis Delegadas, Medidas</p><p>Provisórias, Decretos Legislativos e Resoluções.</p><p>Constituição Federal e Emendas à Constituição</p><p>A Constituição Federal é a base de todo o Sistema Tributário Nacional.</p><p>Afinal de contas, é dela que os entes recebem a competência tributária para instituir</p><p>tributos. Além disso, como Lei Maior, traz os princípios norteadores do Direito</p><p>Tributário que, juntamente com as imunidades tributárias, constituem as limitações ao</p><p>poder de tributar.</p><p>Observação: A generalidade e a abstração são características comuns a todos</p><p>os atos normativos.</p><p>A CF também é responsável por disciplinar o processo legislativo, isto é,</p><p>o processo de criação das principais normas tributárias (leis complementares, leis</p><p>ordinárias etc.). No que se refere à modificação da CF/88, há que se destacar que</p><p>isso somente se faz possível, por meio das denominadas emendas à</p><p>Constituição. Tal processo pode resultar na alteração das regras do jogo, ou melhor,</p><p>das regras norteadoras do todo o sistema tributário, já que, após aprovadas, as</p><p>normas das emendas à Constituição passam a ter a mesma hierarquia desta.</p><p>Leis Complementares</p><p>A lei complementar é ato normativo, cujo processo de aprovação é mais</p><p>dificultoso do que o rito comum das leis ordinárias. Em matéria tributária, vários</p><p>aspectos foram submetidos à lei complementar, inclusive a instituição de alguns</p><p>tributos. Em relação à instituição de tributos, estão submetidos à lei complementar:</p><p>• Empréstimo Compulsório (EC);</p><p>• Imposto sobre Grandes Fortunas (IGF);</p><p>• Impostos Residuais (I.Res.);</p><p>• Contribuições Sociais Residuais (CSR).</p><p>Em relação à regulamentação específica de alguns tributos, fica a lei</p><p>complementar responsável pelas seguintes funções:</p><p>• ITCMD: em casos relacionados ao exterior (ler art. 155, § 1º, III, “a” e “b”);</p><p>• ICMS: temas que possam gerar conflitos entre os Estados, situações peculiares ao</p><p>ICMS e base de cálculo e contribuintes (ler art. 155, § 2º, XII, “a” a “i”);</p><p>• ISS: define serviços tributáveis pelo ISS, fixa alíquotas mínimas e máximas, exclui</p><p>sua incidência sobre as exportações de serviços e regula a forma como os benefícios</p><p>fiscais são concedidos (ler art. 156, III, c/c art. 156, § 3º, I, II, e III);</p><p>• Contribuições Sociais: fixa limites para a concessão de isenção ou anistia de</p><p>algumas contribuições sociais (art. 195, § 11).</p><p>Além do que já foi visto, a CF/88 também concedeu três importantes funções</p><p>para a lei complementar, quais sejam:</p><p>• Dispor sobre conflitos de competência em matéria tributária;</p><p>• Regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;</p><p>• Estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária.</p><p>No que se refere especificamente às normas gerais em Direito Tributário, a</p><p>CF/88 discriminou o que deve ser disciplinado nas leis complementares. Você vai</p><p>perceber que alguns casos já foram estudados no nosso curso, outros, não:</p><p>Leis Ordinárias</p><p>Em nosso sistema tributário, as leis ordinárias são a regra quando o assunto</p><p>é instituição de tributos. Vimos no tópico anterior que há alguns tributos cuja</p><p>instituição fica a cargo da lei complementar. Contudo, trata-se de exceções pontuais.</p><p>Assim, é a lei ordinária municipal, estadual ou federal que institui, por exemplo,</p><p>as taxas e as contribuições de melhoria.</p><p>Seguindo a linha de raciocínio desse dispositivo, somente a lei pode instituir os</p><p>tributos, como também somente a lei pode extingui-los. Do mesmo modo, embora haja</p><p>algumas exceções (exceções ao princípio da legalidade), somente as leis podem</p><p>majorar ou reduzir os tributos.</p><p>No que se refere à definição do fato gerador, da fixação da alíquota e da base</p><p>de cálculo dos tributos, você deve</p><p>saber que isso se refere ao momento de instituição</p><p>dos tributos. Ou seja, quando se está instituindo um determinado tributo, a lei</p><p>deve prever tais elementos!</p><p>Art. 146. Cabe à lei complementar:</p><p>III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária,</p><p>especialmente sobre:</p><p>a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos</p><p>impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores,</p><p>bases de cálculo e contribuintes;</p><p>b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;</p><p>c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas</p><p>sociedades cooperativas.</p><p>d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas</p><p>e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou</p><p>simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições</p><p>previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art. 239.</p><p>Medidas Provisórias</p><p>Quanto a este ponto, cabe-nos apenas relembrar que as medidas provisórias</p><p>são atos normativos temporários com força de lei, expedidos pelo Chefe do Poder</p><p>Executivo, que podem vir ou não a ser convertidos em lei.</p><p>Deve-se saber que as MPs podem tratar, sim, de matéria tributária, bem</p><p>como instituir tributos, inclusive isso consta na CF/88 (art. 62, § 2°), quando esta</p><p>dispõe sobre a instituição e majoração de impostos por meio de MP.</p><p>Leis Delegadas</p><p>Semelhantemente às medidas provisórias, as leis delegadas são elaboradas</p><p>pelo Presidente da República e possuem a mesma força de uma lei ordinária.</p><p>Contudo, como o próprio nome do instrumento normativo se apresenta, faz-se</p><p>necessária uma delegação do Poder Legislativo, por meio de uma resolução do</p><p>Congresso Nacional.</p><p>Destaque-se que não há nada que impeça o Poder Executivo de introduzir</p><p>normas tributárias por meio de leis delegadas, desde que não sejam temas</p><p>reservados à lei complementar.</p><p>Resoluções</p><p>As resoluções são atos normativos com força de lei, emanados pelo Poder</p><p>Legislativo sem qualquer participação do Executivo, o que faz com que a doutrina</p><p>as denomine “leis sem sanção”. Podem ser editadas pelo Congresso Nacional ou por</p><p>suas casas, Câmara dos Deputados e Senado Federal.</p><p>São as resoluções do Congresso Nacional que são utilizadas para aprovar a</p><p>delegação ao Presidente de República para editar as leis delegadas. Em matéria</p><p>especificamente tributária, toma relevância as resoluções do Senado Federal,</p><p>Casa de representação dos Estados-Membros no Congresso Nacional, ao tratar de</p><p>vários aspectos atinentes aos impostos de competência estadual.</p><p>Decretos Legislativos</p><p>De forma análoga às resoluções, os decretos legislativos são atos normativos</p><p>de competência exclusiva do Poder Legislativo, não estando sujeitos à sanção</p><p>presidencial.</p><p>Em matéria tributária, os decretos legislativos entram em cena em dois</p><p>momentos, que consistem na aprovação de tratados internacionais firmados pelo</p><p>Presidente da República, bem como no disciplinamento das relações jurídicas</p><p>decorrentes de medida provisória não convertida em lei.</p><p>Escrituração de Livros Fiscais</p><p>O registro dos fatos contábeis, em seu conjunto, denomina-se</p><p>escrituração. A escrituração é encontrada nos livros contábeis e fiscais. Estudemos</p><p>os principais.</p><p>Livro Diário</p><p>O livro diário é um livro que contém o registro de todo e cada lançamento</p><p>em ordem cronológica, fato que nos permite compreender a sequência de</p><p>acontecimentos ocorridos na empresa. Ele é obrigatório para a quase totalidade</p><p>dos empresários (ressalva-se o pequeno empresário previsto na LC 123/2006).</p><p>O registro de uma operação no livro Diário é denominado de partida de diário, ou</p><p>simplesmente lançamento. Alguns requisitos existem para essas partidas de diário,</p><p>a saber:</p><p>No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do</p><p>documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as</p><p>operações relativas ao exercício da empresa. Admite-se a escrituração resumida</p><p>do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas,</p><p>cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento,</p><p>desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro</p><p>ITG 2000: 6. A escrituração em forma contábil de que trata o item 5 deve conter, no</p><p>mínimo:</p><p>a) data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;</p><p>b) conta devedora;</p><p>c) conta credora;</p><p>d) histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de histórico</p><p>padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro próprio;</p><p>e) valor do registro contábil;</p><p>f) informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que integram</p><p>um mesmo lançamento contábil.</p><p>individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita</p><p>verificação.</p><p>Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado</p><p>econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis</p><p>legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.</p><p>Vejam que não necessariamente as demonstrações serão assinadas por</p><p>contadores, mas, sim, por contabilista, o que inclui os técnicos e bacharéis. O</p><p>livro diário possui algumas formalidades, extrínsecas e intrínsecas, vamos vê-las:</p><p>Livro Razão</p><p>O livro razão é facultativo, principal (isto é, registram todos os fatos) e</p><p>sistemático (leva em conta principalmente a organização das informações). Segundo</p><p>a legislação do IR, os contribuintes sujeitos à apuração do lucro real devem</p><p>escriturar o livro razão. Vejamos um exemplo de lançamento no livro razão:</p><p>Formalidades do livro diário</p><p>Extrínsecas (Finalidade: dificultar adulteração):</p><p>- Deve ser encadernado; - As folhas devem ser numeradas;</p><p>- Deve ser autenticado pela Junta Comercial do Estado (empresas mercantis) ou</p><p>pelo Registro Civil de Pessoas Jurídicas (empresas civis); e</p><p>- Deve haver termo de abertura e termo de encerramento.</p><p>Intrínsecas (Finalidade: resguardar a fidedignidade dos fatos ocorridos em</p><p>relação aos fatos registrados):</p><p>- Seguir uma ordem cronológica;</p><p>- Não deve haver rasuras, borrões, sinais, linhas em branco, entrelinhas, folhas</p><p>em branco, etc; e</p><p>- A escrituração deve ser feita em língua e moeda nacionais.</p><p>Razão Analítico</p><p>DRA Comércio Ltda CNPJ: 00.000.000/0001-00 Período 12/2023</p><p>Conta: Bancos Cta. Movimento</p><p>Data Histórico Débito Crédito Saldo</p><p>01.12.2023 Saldo Inicial - - 10.000,00 D</p><p>10.12.2023 Depósito 5.000,00 - 15.000,00 D</p><p>30.12.2023 Cheque nº 1 - 2.000,00 13.000,00 D</p><p>Totais 5.000,00 2.000,00 13.000,00 D</p><p>Livro Caixa</p><p>Registra as entradas e saídas de numerário. Os registros devem ser</p><p>efetuados em ordem cronológica e, por isso, pode ser utilizado como auxiliar do Livro</p><p>Diário, devendo atender a todas as formalidades exigidas.</p><p>O livro caixa é obrigatório para contribuintes que estejam no regime simplificado</p><p>previsto na Lei Complementar 123/2006, desde que não optem por escriturar o diário</p><p>e razão, hipótese em que o Livro Caixa estará dispensado.</p><p>Livro Registro de Inventário e Entrada e Saída de Mercadorias</p><p>Registra os bens de consumo, as mercadorias, as matérias-primas e</p><p>outros materiais que se achem estocados nas datas em que forem levantados</p><p>os balanços.</p><p>Temos ainda os livros registros de entrada e saída de mercadorias, que servem</p><p>para auxiliar os empresários a apurarem o quanto entra e sai de mercadoria no</p><p>estoque da empresa durante o exercício.</p><p>Livro de Apuração do Lucro Real</p><p>O Livro de Apuração do Lucro Real, também conhecido pela sigla LALUR, é</p><p>um livro de escrituração de natureza eminentemente fiscal, criado pelo Decreto-</p><p>lei nº 1.598, de 1977, em obediência ao ß 2 o do art. 177 da Lei nº 6.404, de 1976, e</p><p>destinado à apuração extra contábil do lucro real sujeito à tributação para o imposto</p><p>de renda em cada período</p><p>de apuração, contendo, ainda, elementos que poderão</p><p>afetar o resultado de períodos de apuração futuros.</p><p>O LALUR é destinado a registrar valores que, por sua natureza</p><p>eminentemente fiscal, não devam constar da escrituração comercial. Assim, não</p><p>pode ser utilizado para suprir deficiências da escrituração comercial (registrar</p><p>despesas não constantes da escrituração comercial ou insuficientemente registradas).</p><p>Quem está obrigado à escrituração do LALUR</p><p>Todas as pessoas jurídicas contribuintes do imposto de renda com base no</p><p>lucro real, inclusive aquelas que espontaneamente optarem por esta forma de</p><p>apuração.</p><p>O LALUR, cujas folhas são numeradas tipograficamente, terá duas partes, com</p><p>igual quantidade de folhas cada uma, reunidas em um só volume encadernado, a</p><p>saber:</p><p>- Parte A: Destinada aos lançamentos de ajuste do lucro líquido do período (adições,</p><p>exclusões e compensações), tendo como fecho a transcrição da demonstração do</p><p>lucro real; e</p><p>- Parte B: Destinada exclusivamente ao controle dos valores que não constem da</p><p>escrituração comercial, mas que devam influenciar a determinação do lucro real de</p><p>períodos futuros.</p><p>O LALUR poderá ser escriturado mediante a utilização de sistema eletrônico</p><p>de processamento de dados, observadas as normas baixadas pela Secretaria da</p><p>Receita Federal. A escrituração em formulários contínuos, cujas folhas deverão ser</p><p>numeradas, obedecerá a ordem sequencial, mecânica ou tipograficamente, e conterá</p><p>termos de abertura e encerramento.</p><p>Obrigações Tributárias: Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais</p><p>A Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais, também conhecida</p><p>por DCTF é uma declaração apresentada obrigatoriamente à Receita Federal. Seu</p><p>objetivo precípuo é informar os tributos apurados pela empresa.</p><p>Quem deve apresentar a DCTF Mensal?</p><p>- As pessoas jurídicas de direito privado em geral, inclusive as equiparadas, as imunes</p><p>e as isentas, de forma centralizada pela matriz;</p><p>- As unidades gestoras de orçamento das autarquias e fundações instituídas e</p><p>mantidas pela administração pública dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Municípios;</p><p>- As unidades gestoras de orçamento dos órgãos públicos dos Poderes Executivo,</p><p>Legislativo e Judiciário dos Estados e do Distrito Federal e dos Poderes Executivo e</p><p>Legislativo dos Municípios;</p><p>- Os consórcios que realizem negócios jurídicos em nome próprio, inclusive na</p><p>contratação de pessoas jurídicas e físicas, com ou sem vínculo empregatício.</p><p>Quem está dispensado de apresentar DCTF Mensal?</p><p>- As Microempresas e as Empresas de Pequeno Porte enquadradas no Simples</p><p>Nacional, instituído pela Lei Complementar nº 123/2006.</p><p>- As pessoas jurídicas inativas, enquanto se mantiverem nesta condição.</p><p>- As pessoas jurídicas e os consórcios que não tenham débitos a declarar, a partir do</p><p>2º (segundo) mês em que permanecerem nessa situação.</p><p>Tributos declarados na DCTF:</p><p>- Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ);</p><p>- Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF); Imposto sobre Produtos Industrializados</p><p>(IPI);</p><p>- Imposto sobre Operações de Crédito, Cambio e Seguro, ou Relativas a Títulos ou</p><p>Valores Mobiliários (IOF);</p><p>- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL);</p><p>- Contribuição para o PIS/Pasep;</p><p>- Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins);</p><p>- Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico incidente sobre a importação e</p><p>a comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados, e álcool</p><p>etílico combustível (CIDE-Combustível);</p><p>- Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico destinada a financiar o</p><p>Programa de Estímulo à Interação Universidade-Empresa para o Apoio à Inovação</p><p>(CIDE-Remessa);</p><p>- Contribuição do Plano de Seguridade do Servidor Público (CPSS);</p><p>- Contribuição Previdenciária sobre a Receita Bruta (CPRB), de que tratam os arts. 7º</p><p>e 8º da Lei nº 12.546/2011.</p><p>Como apresentar a DCTF</p><p>A DCTF deve ser elaborada mediante a utilização do Programa Gerador da</p><p>Declaração (PGD) e transmitida pela Internet com a utilização do programa</p><p>Receitanet. Para a apresentação da DCTF, é obrigatória a assinatura digital da</p><p>declaração mediante utilização de certificado digital válido.</p><p>As pessoas jurídicas devem apresentar a DCTF até o 15º (décimo quinto)</p><p>dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao mês de ocorrência dos fatos</p><p>geradores.</p><p>Apuração e Recolhimento de Tributos</p><p>Há duas grandes formas de fazer a apuração de impostos: primeiro em relação</p><p>à rotina (mensal ou anual) e ainda em relação ao tipo do regime (cumulativo ou não</p><p>cumulativo).</p><p>Apuração de Impostos no Regime Cumulativo</p><p>O regime tributário cumulativo, também conhecido como regime apurado em</p><p>cascata, é aquele no qual a empresa apura o total de suas operações. Nessas</p><p>operações são calculadas, portanto, o total de saídas excluindo as devoluções, os</p><p>abatimentos e os cancelamentos. Sendo que no resultado dessa operação aplica-se</p><p>a alíquota do tributo sobre a base de cálculo do tributo em questão.</p><p>Nessa forma de apuração cumulativa, o contribuinte não tem direito a crédito</p><p>tributário através de suas operações de entrada. Por isso, não é possível abater os</p><p>créditos das operações anteriores.</p><p>Um exemplo bastante conhecido de tributo do tipo cumulativo são as</p><p>contribuições PIS e COFINS. São impostos do tipo cumulativo aplicáveis nas</p><p>apurações das empresas, normalmente, enquadradas no regime tributário do Lucro</p><p>Presumido.</p><p>Apuração de Impostos no Regime Não Cumulativo</p><p>Nesta forma de apuração o contribuinte tem direito de creditar o tributo da</p><p>cadeira anterior. Isso indica que existe a possibilidade da compensação nas</p><p>operações futuras daquele tributo, ou seja, as operações que incidem na etapa</p><p>anterior.</p><p>A diferença entre os regimes de tributação cumulativo e não cumulativo, reside</p><p>basicamente na forma de apuração. A apuração da base de cálculo do regime</p><p>cumulativo não admite crédito tributário através das operações de entrada. Fato</p><p>que diverge no cálculo do não-cumulativo, já que esse permite as operações</p><p>anteriores.</p><p>Infrações e Penalidades</p><p>As infrações tributárias podem ser entendidas como a inobservância de normas</p><p>estabelecidas na legislação tributária. Nessas situações, os contribuintes podem ser</p><p>penalizados de diversas formas, conforme as regras que foram desrespeitadas.</p><p>Quando falamos sobre infração tributária, é comum fazer uma relação direta</p><p>com a ausência de pagamento de impostos. Porém, essas infrações podem ir muito</p><p>além disso: recolhimento de valor incorreto, registros incorretos de ativos e patrimônio,</p><p>falta de documentos obrigatórios, falha na entrega de declarações contábeis e fiscais,</p><p>descumprimento de obrigações acessórias, entre outras.</p><p>Entre as principais infrações se destacam: evasão fiscal e a sonegação fiscal.</p><p>A evasão fiscal consiste no uso de mecanismos ilegais para pagar menos impostos.</p><p>Isso pode ser feito por meio da omissão de informações, fraudes à fiscalização,</p><p>falsificação de documentos, entre outros. Já a sonegação fiscal representa a omissão</p><p>ou ocultação de valores e bens com o objetivo de pagar menos impostos do que o</p><p>obrigatório.</p><p>Enquanto a evasão e sonegação fiscal são artifícios ilegais usados por</p><p>empresas que buscam obter vantagem indevida, a ausência de recolhimento de</p><p>impostos nem sempre ocorre por má-fé. Em muitos casos, os empreendedores</p><p>deixam de pagar os tributos devidos por descuido ou esquecimento.</p><p>Entretanto, para fins legais, toda ausência de recolhimento de impostos é</p><p>considerada uma infração tributária e gera penalidades. Nessas situações, as</p><p>empresas são penalizadas com uma multa de 0,33% por dia de atraso, podendo</p><p>chegar a 20%. Além disso, se o atraso no pagamento for superior a um mês, incidem</p><p>juros de mora, que são cobrados a partir do mês seguinte à inadimplência.</p><p>Questões Unidade II</p><p>1. A Constituição Federal atribuiu</p>

Mais conteúdos dessa disciplina