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<p>CLASSICISMO</p><p>1527-1580</p><p>LITERATURAS DE L ÍNGUA PORTUGUESA 1</p><p>PROF . DANIELA N . FÁVERO</p><p>IFRS CAMPUS RESTINGA</p><p>PRELIM</p><p>INARES</p><p>Auge do processo histórico</p><p>que leva o povo português a</p><p>posições jamais alcançadas -</p><p>Renascimento;</p><p>Predecessor - Humanismo:</p><p>monumentos culturais greco-</p><p>latinos, antropocentrismo;</p><p>Descobertas científicas,</p><p>invenções, progresso no campo</p><p>do saber filosófico, artístico e</p><p>literário, Reformas religiosas.</p><p>PO</p><p>RT</p><p>UG</p><p>AL</p><p>Desempenha papel de relevo na evolução do</p><p>Renascimento: circunstâncias históricas e</p><p>peculiar situação geográfica;</p><p>Disseminação de ideias (letrados</p><p>portugueses em universidades estrangeiras);</p><p>Alargamento do horizonte geográfico:</p><p>consequências econômicas e políticas;</p><p>Momento de intensa euforia: descoberta do</p><p>caminho às Índias, "achamento" do Brasil;</p><p>Classicismo: corresponde, na literatura, ao</p><p>complexo de supremacia histórica do país.</p><p>Antropocentrismo: "o homem é a medida de todas as coisas";</p><p>Correntes de índole pagã: sensação de pleno gozo da existência, vitória do homem</p><p>sobre a Natureza;</p><p>"[...] não mais a volúpia de ascender para as alturas, mas sim de estender o olhar</p><p>até os confins da Terra." (MOISÉS, 2013, p. 67);</p><p>Saber concreto, científico, em detrimento do abstrato;</p><p>Avanço notável no campo das ciências experimentais;</p><p>Mitologia greco-latina: não mais como significado religioso ou ético, mas como</p><p>símbolo ou ornamento;</p><p>1527 - Retorno de Sá Miranda a Portugal: introduz ou colabora com a difusão dos</p><p>versos decassílabos, o terceto, o soneto, a epístola, a elegia, a canção, a ode, a</p><p>oitava, a égloga, a comédia clássica.</p><p>CLASSICISMO</p><p>ESTÉTICA CLÁSSICA:</p><p>Concepção de arte baseada na imitação ou mímese dos clássicos gregos</p><p>e latinos: criar obras de arte segundo as fórmulas, as medidas empregadas</p><p>pelos antigos;</p><p>Escritores: deviam apenas observar as regras, acrescentando a elas a força</p><p>do talento pessoal;</p><p>Arte clássica: racionalista por excelência;</p><p>Não é ausência de emoção e sentimento, mas o pressuposta da Razão</p><p>para evitar o exagero;</p><p>Equilíbrio: Razão e imaginação;</p><p>Universalidade, impessoalidade: concepção absolutista de arte (deve</p><p>expressar verdades eternas e superiores.</p><p>"Embora não entendessem que a arte</p><p>fosse utilitariamente empregada para fins</p><p>de instrução moral, - o que seria rebaixar-</p><p>lhes a categoria, estavam longe de aceitar</p><p>a "arte pela arte" ao modo parnasiano</p><p>(fins do século XIX). Um alto objetivo</p><p>ético, o do aperfeiçoamento do homem na</p><p>contemplação das paixões humanas</p><p>postas em arte (a catarse dos gregos),</p><p>tendo em mira o Belo, o Bem e a Verdade</p><p>- é o que tencionavam alcançar com as</p><p>suas obras."</p><p>(MOISÉS, 2013, P. 68)</p><p>Clássico: intelectual antes que sensitivo, inteligência voltada para fora de si, para o</p><p>Cosmos, e não para dentro, na sondagem do próprio "eu";</p><p>Procura entender a harmoniza do Universo, e dela participar, usando-se da Razão ou</p><p>da inteligência;</p><p>Culto extremado da forma: clássicos são formalistas (aceitam modelos pré-</p><p>estabelecidos e valorizam a extrema perfeição formal);</p><p>Perfeição formal: logicidade na ordenação do pensamento; limpeza e vernaculidade</p><p>gramatical, rigor no que diz respeito à cadência, à cesura, à estrofação, à ordem</p><p>interior do poema;</p><p>Clássicos: preconizam a pureza da linguagem.</p><p>"Floresça, fale, cante, ouça-se, e viva</p><p>A Portuguesa língua, e já onde for</p><p>Senhora vá de si soberba, e altiva"</p><p>Antônio Ferreira - Carta III, a Pero Vaz de Caminha</p><p>CULTURA</p><p>EUROPEIA</p><p>CLÁSSICA</p><p>MEDIDA NOVA</p><p>CULTURA</p><p>MEDIEVAL</p><p>PORTUGUESA</p><p>MEDIDA VELHA;</p><p>LIRISMO TRADICIONAL</p><p>PORTUGUÊS (NOTAS</p><p>MEDIEVAIS, POPULARES</p><p>SENTIMENTAIS E</p><p>INDIVIDUALISTAS).</p><p>"As novas formas literárias introduzidas pelo</p><p>Classicismo logo foram absorvidas, entre</p><p>outras razões porque, sendo notadamente</p><p>poéticas, vinham corresponder às mais íntimas</p><p>preocupações do português letrado dessa</p><p>época" Ao mesmo tempo, acusam a tendência</p><p>segundo a qual as formulações poéticas são</p><p>fácil e espontaneamente assimiladas pelo</p><p>português, ao passo que as novidades da proza</p><p>romanesca custam a deitar raízes fundas e</p><p>produzir obras de relevante sentido."</p><p>(MOISÉS, 2013, P. 70)</p><p>Duas fases;</p><p>1ª: cultivo da poesia amorosa (temas</p><p>petrarquianos); Versos testemunham espírito</p><p>torturado e tenso;</p><p>2ª: poemas marcam a introdução das formas</p><p>italianas em Portugal; material literário</p><p>variado e enriquecido;</p><p>Crítico ao homem da Corte/urbano (alienado</p><p>da liberdade);</p><p>Desdenha atividades que não sejam o fazer</p><p>agrícola;</p><p>Antipatia à expansão ultramarina;</p><p>Crítica à Corte como centro do governo:</p><p>exploração dos pequenos;</p><p>Ideias que exprimem um tom nostálgico: vê o</p><p>mundo em decadência.</p><p>SÁ</p><p>D</p><p>E</p><p>M</p><p>IR</p><p>AN</p><p>DA</p><p>14</p><p>81</p><p>-1</p><p>55</p><p>8</p><p>Comigo me desavim,</p><p>Sou posto em todo perigo;</p><p>Não posso viver comigo</p><p>Nem posso fugir de mim.</p><p>Com dor da gente fugia,</p><p>Antes que esta assi crecesse:</p><p>Agora já fugiria</p><p>De mim, se de mim pudesse.</p><p>Que meo espero ou que fim</p><p>Do vão trabalho que sigo,</p><p>Pois que trago a mim comigo</p><p>Tamanho imigo de mim?</p><p>Desavim = desentendi;</p><p>Imigo = inimigo;</p><p>O poeta se percebe duplo,</p><p>antagônico, contraditório.</p><p>O sol é grande: caem co'a calma as aves,</p><p>Do tempo em tal sazão, que sói ser fria.</p><p>Esta água que de alto cai acordar-me-ia,</p><p>Do sono não, mas de cuidados graves.</p><p>Ó cousas todas vãs, todas mudaves,</p><p>Qual é tal coração que em vós confia?</p><p>Passam os tempos, vai dia trás dia,</p><p>Incertos muito mais que ao vento as naves.</p><p>Eu vira já aqui sombras, vira flores,</p><p>Vi tantas águas, vi tanta verdura,</p><p>As aves todas cantavam de amores.</p><p>Tudo é seco e mudo; e, de mistura,</p><p>Também mudando-me eu fiz doutras cores.</p><p>E tudo o mais renova: isto é sem cura!</p><p>TEMA: A MUTABILIDADE DAS COISAS</p><p>Renascimento: cultura greco-romana,</p><p>clássicos;</p><p>Princípio da imitação: aceitação dos</p><p>modelos pré-existentes;</p><p>Racionalismo: poeta não se abandona ao</p><p>fluxo emocional nos sonetos líricos-</p><p>amorosos. É guiado pela razão;</p><p>Soneto: 14 versos (2 quartetos e 2</p><p>tercetos);</p><p>Verso decassílabo: 10 sílabas poéticas;</p><p>Forma fixa: síntese do que se quer dizer</p><p>em um número fixo de sílabas (10 sílabas).</p><p>LUÍS DE CAM</p><p>ÕES</p><p>1524(5) - 1579(80</p><p>)</p><p>Transforma-se o amador na cousa amada,</p><p>Por virtude do muito imaginar;</p><p>Não tenho logo mais que desejar,</p><p>Pois em mim tenho a parte desejada.</p><p>Se nela está minha alma transformada,</p><p>Que mais deseja o corpo de alcançar?</p><p>Em si sómente pode descansar,</p><p>Pois consigo tal alma está liada.</p><p>Mas esta linda e pura semideia,</p><p>Que, como o acidente em seu sujeito,</p><p>Assim co'a alma minha se conforma,</p><p>Está no pensamento como ideia;</p><p>[E] o vivo e puro amor de que sou feito,</p><p>Como matéria simples busca a forma.</p><p>SONETO DE PETRARCA</p><p>"L'AMANTE NEL AMATO</p><p>SI TRANSFORMA" É A</p><p>FONTE DE CAMÕES;</p><p>DESENVOLVE A IDEIA</p><p>DE ORIGEM</p><p>PLATÔNICA.</p><p>"Transforma-se o amador na</p><p>cousa amada"</p><p>Apolo e as nove Musas, discantando</p><p>com a dourada lira, me influíam</p><p>na suave harmonia que faziam,</p><p>quando tomei a pena, começando:</p><p>— Ditoso seja o dia e hora, quando</p><p>tão delicados olhos me feriam!</p><p>Ditosos os sentidos que sentiam</p><p>estar se em seu desejo traspassando!</p><p>Assi cantava, quando Amor virou</p><p>a roda à esperança, que corria</p><p>tão ligeira que quase era invisível.</p><p>Converteu se me em noite o claro dia;</p><p>e, se algüa esperança me ficou,</p><p>será de maior mal, se for possível.</p><p>IDEALIZAÇÃO AMOROSA, NEOPLATONISMO;</p><p>PREDOMÍNIO DA RAZÃO;</p><p>PAGANISMO;</p><p>INFLUÊNCIA DA CULTURA GRECO-ROMANA;</p><p>ANTROPOCENTRISMO;</p><p>UNIVERSALISMO;</p><p>BUSCA DE CLAREZA E EQUILÍBRIO DE IDEIAS;</p><p>NACIONALISMO.</p><p>QUANTO À FORMA:</p><p>GOSTO PELO SONETO;</p><p>IMITAÇÃO ÀS FORMAS CLÁSSICAS;</p><p>EMPREGO DE MEDIDA NOVA (POESIA);</p><p>BUSCA DO EQUILÍBRIO FORMAL.</p><p>"Apolo e as nove Musas,</p><p>discantando "</p><p>Presença da natureza: paisagem física</p><p>corresponde a desolação em que vive</p><p>mergulhado;</p><p>Grandeza e universalidade: a angústia do</p><p>indivíduo é expressão da espécie;</p><p>Poema de índole reflexiva: causa dos</p><p>tormentos é o Amor;</p><p>Universalismo alegórico: Destino, Fado,</p><p>Fortuna, Trabalho, Morte, Estrelas, Céu.</p><p>Enquanto quis Fortuna que tivesse</p><p>Esperança de algum contentamento,</p><p>O gosto de um suave pensamento</p><p>Me fez que seus efeitos escrevesse.</p><p>Porém, temendo Amor que aviso</p><p>desse</p><p>Minha escritura a algum juízo isento,</p><p>Escureceu-me o engenho co tormento,</p><p>Pera que seus enganos não dissesse.</p><p>Ó vós que Amor obriga a ser sujeitos</p><p>A diversas vontades! Quando lerdes</p><p>Num breve livro casos tão diversos,</p><p>Verdades puras são e não defeitos;</p><p>E sabei que, segundo o amor tiverdes,</p><p>Tereis o entendimento de meus versos.</p><p>VERSO DECASSÍLABO</p><p>Contagem de silabas poéticas: relação com som, musicalidade;</p><p>REGRA 1: A contagem das sílabas considera até a última sílaba tônica do</p><p>verso (não pronunciamos as sílabas com a mesma força);</p><p>REGRA 2: Unir sílabas formadas por vogais que tiverem som fraco/forte</p><p>ou forte/fraco.</p><p>Amor é fogo que arde sem se ver</p><p>A/ mor/ é/ fo / go/ quear / de/ sem/ se/ ver</p><p>BERARDINELLI, Cleonice Serôa da Motta</p><p>(Ed.). Sonetos de Camões: corpus dos</p><p>sonetos camonianos. Rio de Janeiro:</p><p>Fundação Casa de Rui Barbosa, 1980.</p><p>MOÍSES, Massaud. A literatura portuguesa.</p><p>37. ed. São Paulo: Cultrix, 2013, pp. 65-72.</p><p>SARAIVA, António José; LOPES, Oscar.</p><p>História da literatura portuguesa. 15º ed.</p><p>Porto: Porto Editora, 1989, pp. 253-262.</p><p>SARAIVA, António José; LOPES, Oscar.</p><p>História da literatura portuguesa. 15º ed.</p><p>Porto: Porto Editora, 1989, pp. 325-342.</p><p>REFERÊNCIAS</p>

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