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<p>1</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>2</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>3</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Núcleo de Educação a Distância</p><p>GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO</p><p>Diagramação: Rhanya Vitória M. R. Cupertino</p><p>PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira.</p><p>O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para</p><p>a formação de profissionais capazes de se destacar no mercado de trabalho.</p><p>O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por</p><p>fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem.</p><p>4</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Prezado(a) Pós-Graduando(a),</p><p>Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional!</p><p>Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confiança</p><p>em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se</p><p>decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as</p><p>suas expectativas.</p><p>A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma</p><p>nação soberana, democrática, crítica, reflexiva, acolhedora e integra-</p><p>dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a</p><p>ascensão social e econômica da população de um país.</p><p>Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida-</p><p>de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos.</p><p>Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas</p><p>pessoais e profissionais.</p><p>Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são</p><p>outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi-</p><p>ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver</p><p>um novo perfil profissional, objetivando o aprimoramento para sua atu-</p><p>ação no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo</p><p>importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe-</p><p>rior e se qualificar ainda mais para o magistério nos demais níveis de</p><p>ensino.</p><p>E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a)</p><p>nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial.</p><p>Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos</p><p>conhecimentos.</p><p>Um abraço,</p><p>Grupo Prominas - Educação e Tecnologia</p><p>5</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>6</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas!</p><p>É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha</p><p>é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo-</p><p>sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é</p><p>você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve-</p><p>rança, disciplina e organização.</p><p>Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como</p><p>as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua</p><p>preparação nessa jornada rumo ao sucesso profissional. Todo conteúdo</p><p>foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de</p><p>qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho.</p><p>Estude bastante e um grande abraço!</p><p>Professora: Tatiana Scaranello</p><p>7</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao</p><p>longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc-</p><p>nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela</p><p>conhecimento.</p><p>Cada uma dessas tags, é focada especificadamente em partes</p><p>importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in-</p><p>formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao</p><p>seu sucesso profisisional.</p><p>8</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>A presente unidade tem o intuito de abordar a parte teórica</p><p>referente à educação ambiental, abordando seus principais aspectos,</p><p>principalmente quanto às questões de sustentabilidade previstas na</p><p>Agenda 2030, um instrumento importante que vem sendo implemen-</p><p>tado pelos diversos governos municipais. É importante destacar que,</p><p>não apenas, no ensino formal temos a educação ambiental sendo pro-</p><p>movida, mas também, no cotidiano do setor público, do setor privado</p><p>e da sociedade como um todo. Serão demonstradas práticas de pro-</p><p>moção da educação ambiental e os benefícios delas oriundos, tanto</p><p>na sociedade como um todo, como também, na preservação do meio</p><p>ambiente ecologicamente equilibrado. Mas, o que se entende por edu-</p><p>cação ambiental? A resposta para essa indagação será vislumbrada</p><p>ao longo do texto.</p><p>Educação Ambiental. Sustentabilidade. Gestão.</p><p>9</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>CAPÍTULO 01</p><p>EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A SUSTENTABILIDADE</p><p>Apresentação do Módulo ______________________________________ 11</p><p>12</p><p>46</p><p>13</p><p>Conceito ______________________________________________________</p><p>Direito Ambiental no Contexto das Mudanças Climáticas ________</p><p>A Sustentabilidade ______________________________________________</p><p>CAPÍTULO 02</p><p>A AGENDA 2030 NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AS</p><p>MUDANÇAS CLIMÁTICAS</p><p>A Agenda 2030 no Contexto da Educação Ambiental ____________ 31</p><p>22O Art. 225 na CF/88 ____________________________________________</p><p>Recapitulando _________________________________________________ 51</p><p>14O Desenvolvimento Sustentável no Contexto Internacional _____</p><p>49A Questão Ambiental e o Panorama dos Riscos Globais __________</p><p>CAPÍTULO 03</p><p>PROGRAMA NACIONAL DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL</p><p>A Lei n. 9.795/1999 ____________________________________________ 55</p><p>Recapitulando _________________________________________________ 26</p><p>10</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Direito Ambiental na Sociedade Contemporânea _________________ 69</p><p>Estado Constitucional Ecológico _________________________________ 71</p><p>Fundamentos Filosóficos da Proteção Ambiental ________________ 71</p><p>72</p><p>74</p><p>Espécies de Meio Ambiente ___________________________________</p><p>Recapitulando __________________________________________________</p><p>84Considerações Finais __________________________________________</p><p>81Fechando a Unidade __________________________________________</p><p>Referências ____________________________________________________ 85</p><p>11</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Nesse módulo serão tratados alguns aspectos de extrema im-</p><p>portância para a educação ambiental: sustentabilidade e preservação do</p><p>meio ambiente equilibrado. A sustentabilidade ambiental possui diversos</p><p>aspectos, sendo implementada tanto no âmbito social, quanto na Admi-</p><p>nistração Pública, bem como no setor empresarial. O aluno verificará</p><p>que, nesses três setores, a educação ambiental deverá ser implementa-</p><p>da, não sendo restrita, apenas, à educação nas escolas e universidades.</p><p>Vale destacar que a interação entre as práticas de sustenta-</p><p>bilidade e a educação ambiental consiste em uma linha tênue, isto é,</p><p>elas estão amplamente interligadas, uma vez que, para fins de prática</p><p>de sustentabilidade, é imprescindível um preparo social, empresarial e</p><p>da própria Administração Pública quanto aos objetivos, princípios e as</p><p>diretrizes da educação ambiental. O mesmo ocorre em relação à pre-</p><p>servação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo impres-</p><p>cindível para fins de estudo da educação ambiental.</p><p>A educação ambiental, por ser um dos objetivos do desenvolvi-</p><p>mento sustentável (ODS) da AGENDA 2030, deve ser estudada conjun-</p><p>tamente com outros pontos do Direito Ambiental, bem como de outras</p><p>disciplinas, como quanto ao Direito à Saúde. Inclusive, para fins de Direito</p><p>à Saúde, principalmente no que tange ao Sistema Único de Saúde (SUS),</p><p>a preservação do meio ambiente é de extrema importância, assim como</p><p>o saneamento básico, uma vez que boas condições de moradia, de ali-</p><p>mentação e de tratamentos, assuntos que compõem o Direito Ambiental</p><p>e proporcionam</p><p>publicitá-</p><p>rios, um verdadeiro retrocesso em matéria de proteção ambiental e de</p><p>promoção de educação ambiental.</p><p>Práticas como estas devem ser revistas pelos municípios</p><p>brasileiros, uma vez que são totalmente contrárias ao que dispõe a</p><p>Agenda 2030, internalizada pelo governo brasileiro, a qual deve ser im-</p><p>plementada por todos os entes políticos. Vale destacar uma informação</p><p>recente para fins de conscientização:</p><p>Instituto alerta que plástico representa quase 50% do microlixo coletado nas</p><p>praias de Santos</p><p>Além disso, os dados também apontam grande presença de bitucas na faixa</p><p>de areia e calçadão da cidade.</p><p>Uma pesquisa realizada pelo Instituto Mar Azul revelou que o plástico re-</p><p>presenta quase 50% dos lixos recolhidos no último ano em mutirões feitos</p><p>nas praias de Santos, no litoral de São Paulo. O número desse material é</p><p>correspondente a 82.639 fragmentos, do total de 173.488 recolhidos durante</p><p>o Projeto Microlixo do instituto. Esses resíduos podem impactar direta e indi-</p><p>retamente na vida humana e nos organismos marinhos.</p><p>O Mar Azul chegou a esse número após realizar 24 mutirões para retirar lixos</p><p>descartados irregularmente na faixa de areia e calçadão, em toda a extensão</p><p>das praias, do Aquário ao limite entre os municípios de Santos e São Vicente.</p><p>As ações são realizadas por centenas de voluntários e divididas por áreas,</p><p>ao longo de todo o ano.</p><p>O plástico é o principal material encontrado nas coletas do Projeto Microlixo.</p><p>Logo abaixo aparecem as bitucas de cigarro, com 61.091 fragmentos, que re-</p><p>presentam 35% do total. Em seguida vêm as hastes flexíveis (2.715 ou 2%), me-</p><p>tais diversos (2.298 ou 1%) e fragmentos de papel (2.055 ou 1%). Outros itens</p><p>somam 22.690 ou 13%, completando mais de 173 mil fragmentos recolhidos.</p><p>O biólogo doutor em oceanografia e professor da Universidade Federal de São</p><p>Paulo, Ítalo Braga de Castro, informou que o acúmulo desse lixo pode gerar da-</p><p>nos ao meio ambiente, além de riscos para a saúde. Entre os itens destacados</p><p>por ele estão os mais encontrados nas praias, como os plásticos perfurocortan-</p><p>tes, recipientes utilizados para armazenamento de drogas e bitucas de cigarro.</p><p>“No caso particular das bitucas, vocês têm uma pequena bombinha quími-</p><p>ca, um artefato que acumula grandes quantidades de substâncias químicas</p><p>perigosas, contaminantes e poluentes em potencial e que são lançados no</p><p>mar. Tudo isso acaba redundando em riscos eminentes à saúde e também</p><p>uma redução da satisfação de frequentar as praias, podendo afetar a nossa</p><p>economia que é tão baseada e dependente do turismo”, finaliza.</p><p>Ele ainda aponta que no cigarro há 7 mil substâncias químicas e que boa</p><p>parte fica retida no filtro para que o fumante não inale. Essas substâncias</p><p>ficam presas ao filtro e, quando essa bituca é descartada no ambiente, pode</p><p>42</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>provocar uma série de impactos graves para os organismos marinhos, pois é</p><p>uma veiculo de muitos contaminantes, conforme relata Ítalo.</p><p>Instituto Mar Azul</p><p>O trabalho do instituto começou em 2013, quando eles resolveram criar um pro-</p><p>jeto voltado para a recolha do microlixo. “Isso veio para preencher uma lacuna</p><p>que a gente tinha, pois já são realizados projetos de coleta de macrolixo. Esse</p><p>lixo não recolhido acaba impactando no meio ambiente, na balneabilidade da</p><p>água e na saúde humana”, explica o diretor presidente o Instituto, Hailton Santos.</p><p>Segundo ele, além dos voluntários, a Mar Azul também recebe a ajuda de</p><p>alunos de escolas do município, nas quais eles realizam trabalhos de cons-</p><p>cientização. “Nós temos um calendário, onde temos uma data por mês para</p><p>fazer os mutirões. A gente atende escolas e levamos alunos para as praias</p><p>para fazer a ação também”, finaliza.</p><p>Fonte: TV TRIBUNA.</p><p>Disponível em: https://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2020/01/22/ins-</p><p>tituto-alerta-que-plastico-representa-quase-50percent-do-microlixo-coletado-</p><p>-nas-praias-de-santos.ghtml. Acesso em 18/02/2020.</p><p>Outro ponto interessante de destaque é a educação ambiental</p><p>implementada nas unidades de conservação do meio ambiente. No Bra-</p><p>sil, atualmente, há dois grupos de unidades de conservação da nature-</p><p>za: grupo de proteção integral e grupo de uso sustentável. Vide:</p><p>Quadro 1 - Unidades de Conservação da Natureza</p><p>43</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>44</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Fonte: Scaranello, 2020.</p><p>Em âmbito de educação ambiental e promoção do desen-</p><p>volvimento sustentável, é indispensável correlacionar as unidades de</p><p>conservação da natureza com as terras indígenas. Tatiana Scaranello</p><p>(SCARANELLO, 2020, p. 138 - 139) destaca:</p><p>Sobre unidades de conservação da natureza é quanto à possibilidade</p><p>de coexistirem com terras indígenas. Primeiramente, remete o leitor</p><p>à atenta leitura do art. 231, da CF/88, o qual prevê a necessidade de</p><p>demarcação por parte da União das terras tradicionalmente ocupa-</p><p>das pelos índios.</p><p>O Supremo Tribunal Federal (STF), no julgado do Pet 3.388, rel. min.</p><p>Ayres Britto, j. 19.03.2009, compreendeu haver perfeita compatibili-</p><p>dade entre meio ambiente e terras indígenas, ainda que estas envol-</p><p>vam áreas de “conservação” e “preservação” ambiental, autorizando</p><p>a dupla afetação, sob a administração do competente órgão de defe-</p><p>sa ambiental, até porque (...) a exclusividade de usufruto das rique-</p><p>zas do solo, dos rios e dos lagos nas terras indígenas é conciliável</p><p>com a eventual presença de não-índios, bem assim com a instalação</p><p>de equipamentos públicos, a abertura de estradas e outras vias de</p><p>45</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>comunicação, a montagem ou construção de bases físicas para a</p><p>prestação de serviços públicos ou de relevância pública, desde que</p><p>tudo se processe sob a liderança institucional da União, controle do</p><p>Ministério Público e atuação coadjuvante de entidades tanto da Admi-</p><p>nistração Federal quanto representativas dos próprios indígenas. O</p><p>que já impede os próprios índios e suas comunidades, por exemplo,</p><p>de interditar ou bloquear estradas, cobrar pedágio pelo uso delas e</p><p>inibir o regular funcionamento das repartições públicas. ”</p><p>Sobre esse assunto, vide uma informação importante relatada</p><p>pelo Banco Nacional do Desenvolvimento:</p><p>Terras Indígenas combatem o desmatamento e a emissão de gases de efeito</p><p>estufa</p><p>Recentemente, estudos vêm revelando que as Terras Indígenas (TI) são bas-</p><p>tante eficientes em evitar o desmatamento, e consequentemente as emissões</p><p>de gases de efeito estufa. Isso é especialmente importante quando se pensa</p><p>na mitigação dos impactos da mudança do clima, como o aquecimento global.</p><p>Em todo o mundo, terras sob gestão de comunidades tradicionais guardam</p><p>cerca de 24% do carbono estocado na superfície, de acordo com estudo de</p><p>autoria da Rights and Resources Initiative (RRI), Woods Hole Research Cen-</p><p>ter (WHRC) e World Resources Institute (WRI).</p><p>Climate benefits, tenure costs (2016), outro estudo do WRI, revela que, no</p><p>caso brasileiro, as TIs têm o potencial de evitar a emissão de 31,8 milhões</p><p>de toneladas anuais de CO2. Isso equivale a tirar de circulação cerca de 6,7</p><p>milhões de carros por um ano.</p><p>Os autores dessa pesquisa também observaram que, nas TIs, os serviços</p><p>ecossistêmicos fornecidos pela conservação florestal, como o ciclo da água</p><p>ou a possibilidade de atividades turísticas, equivaleriam, em 20 anos, a recur-</p><p>sos entre US$ 523 bilhões e US$ 1,165 bilhões para o Brasil.</p><p>Mas o que são Terras Indígenas?</p><p>Elas são definidas na Constituição de 1988 como sendo aquelas habitadas</p><p>pelos índios “em caráter permanente, as utilizadas para suas atividades pro-</p><p>dutivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos ambientais necessá-</p><p>rios a seu bem-estar e as necessárias a sua reprodução física e cultural, se-</p><p>gundo seus usos, costumes e tradições” (artigo 231). Ainda pela constituição,</p><p>as TIs pertencem ao governo federal, à União (artigo 20).</p><p>Segundo o Instituto Socioambiental</p><p>(ISA), hoje, no Brasil, existem 705 Terras</p><p>Indígenas em diversos estágios de demarcação, que abrigam 253 etnias. Elas</p><p>equivalem a 13,8% do território nacional ou cerca de 1,173 milhão de quilôme-</p><p>tros quadrados. A maior parte delas, 419, fica na Amazônia Legal, e corres-</p><p>ponde a 23% da área dessa região e 98,3% da área de todas as TIs no país.</p><p>Atitude sustentável e interdependência com a natureza</p><p>Apesar de não serem “naturalmente ecologistas”, já que pode haver tantas</p><p>percepções do meio ambiente pelos índios quanto há nações indígenas, elas</p><p>tendem a ter em comum uma visão sistêmica da existência, o que faz com</p><p>que, no geral, os povos indígenas percebam mais facilmente sua relação de</p><p>46</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>interdependência com a natureza. No site do Instituto Socioambiental (ISA),</p><p>são apresentadas algumas explicações para uma atitude mais conservadora</p><p>no uso dos recursos naturais por parte dos índios.</p><p>Essa atitude é evidenciada por dados apresentados no trabalho Terras Indíge-</p><p>nas na Amazônia brasileira: reservas de carbono e barreiras ao desmatamen-</p><p>to, publicado pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). O es-</p><p>tudo mostra que, no período 2000-2014, a perda de floresta dentro das TIs foi</p><p>inferior a 2%, enquanto a média de área desmatada na Amazônia foi de 19%.</p><p>Ainda segundo o estudo, o desmatamento que ocorre no interior dessas áre-</p><p>as está geralmente associado às atividades desenvolvidas por não indíge-</p><p>nas, como a invasão para a retirada ilegal de madeira e atividade garimpeira,</p><p>além da invasão de terras para o uso agropecuário.</p><p>Para se entender a pressão a que estão submetidas essas áreas, é interes-</p><p>sante a leitura de dois trabalhos do ISA. O primeiro é o Atlas de pressões e</p><p>ameaças às Terras Indígenas na Amazônia brasileira, que traz entre outras,</p><p>críticas aos grandes projetos de infraestrutura.</p><p>O outro, Áreas Protegidas na Amazônia brasileira: avanços e desafios, trata</p><p>do conjunto das Áreas Protegidas, que inclui Unidades de Conservação (UC)</p><p>e terras quilombolas, além das TIs. A maioria dessas áreas está sob algum</p><p>tipo de pressão oriunda das atividades ilegais, das queimadas, da explora-</p><p>ção inadequada dos recursos minerais, das mudanças do uso do solo e dos</p><p>grandes projetos de infraestrutura.</p><p>Política nacional e planos de gestão ambiental</p><p>Para fazer frente a esses desafios e reconhecendo a necessidade de se garantir</p><p>o uso sustentável dos recursos naturais e a manutenção da integridade das TIs,</p><p>foi elaborada, com a participação de representantes dos povos indígenas, a Po-</p><p>lítica Nacional de Gestão Territorial e Ambiental de Terras Indígenas (PNGATI).</p><p>A política tem nos Planos de Gestão Territorial e Ambiental (PGTA) sua principal</p><p>ferramenta de implementação. Eles se baseiam no etnomapeamento e no etno-</p><p>zoneamento. O primeiro visa mapear, com as populações indígenas, as áreas</p><p>de relevância ambiental, sociocultural e produtiva. Com base nesse, desenvol-</p><p>ve-se o segundo, no qual, mais uma vez com a participação das comunidades,</p><p>essas áreas são classificadas, possibilitando o planejamento das atividades,</p><p>sejam elas de cunho produtivo, de proteção territorial ou de gestão ambiental.</p><p>Para orientar a elaboração dos PGTA, a Funai publicou uma cartilha. Lá,</p><p>também é possível conhecer a história da PNGATI.</p><p>Fonte: BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO. Disponível em: ht-</p><p>tps://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/conhecimento/noticias/noticia/</p><p>terras-indigenas-combatem-desmatamento. Acesso em: 18/02/2020</p><p>DIREITO AMBIENTAL NO CONTEXTO DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS</p><p>O meio ambiente foi previsto como direito humano na Con-</p><p>ferência de Estocolmo de 1972, que foi a primeira conferência inter-</p><p>nacional a trabalhar com o aspecto de proteção internacional do meio</p><p>ambiente (noção de que o dano ambiental não possui fronteiras) e fi-</p><p>47</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>xou o desenvolvimento sustentável e sua prevenção. Depois, houve a</p><p>Declaração do Rio de 1992 e Carta da Terra (Rio + 5). Estocolmo foi a</p><p>primeira grande preocupação com o direito ambiental, saindo da fase</p><p>fragmentária para a fase holística. É importante destacar aqui, que a</p><p>prevenção foi fixada em Estocolmo e a precaução foi fixada somente no</p><p>Rio (pois se trata de algo mais indireto; danos ainda não conhecidos).</p><p>O meio ambiente é um direito de titularidade coletiva, conforme</p><p>entendimento do STF no MS 22.164/SP, englobando o princípio da solida-</p><p>riedade e o alto teor de humanismo. Assim, considerando que o dano am-</p><p>biental não conhece fronteiras, podendo afetar outros países, é importante</p><p>o tratamento global. Da mesma forma que no Direito do Trabalho fala-se</p><p>em dumping social, no Direito Ambiental fala-se em dumping ambiental.</p><p>Por exemplo, danos ambientais, como a poluição atmosférica</p><p>advinda da ausência de filtros, causados através da execução de de-</p><p>terminada atividade em países que não possuem medidas de proteção</p><p>ao meio ambiente, podem afetar outros países (como chuva ácida), ge-</p><p>rando custos de produção. A maneira de corrigir isso é através do im-</p><p>plemento de barreira tarifária, colocando-se uma tarifa para equalizar a</p><p>competitividade; e de barreira não tarifária, através do não recebimento</p><p>de produtos provenientes de dumping.</p><p>Suponha que havia uma fábrica de cigarros no Brasil que não</p><p>pagava impostos, de forma que conseguia condições vantajosas de preço,</p><p>refletindo no direito concorrencial. Nesse caso, o STF, anos atrás, determi-</p><p>nou o fechamento da empresa, pois ela não pagava os tributos e, ainda,</p><p>afetava as empresas que pagavam, já que estas não conseguiam competir</p><p>com o preço inferior. Em relação às mudanças climáticas, tinha-se o Proto-</p><p>colo de Kyoto/1997, que acabou fracassando, pois só previa deveres para</p><p>os países ricos, de forma que os Estados Unidos não se envolveram.</p><p>Atenção aos primeiros artigos das leis. Os instrumentos são</p><p>muito cobrados nas provas, bem como o art. 9º da Lei nº 6.938/81, que</p><p>traz os instrumentos. Assim, recomenda-se o estudo em conjunto do art.</p><p>6º da PNMA, Lei nº 6.938/81 (que estrutura o SISNAMA) com o art. 6º</p><p>da Lei nº 9.985/00 (que estrutura o SNUC). Também é recomendado o</p><p>estudo em conjunto dos instrumentos (de forma comparada). Cabe di-</p><p>zer ainda que, conforme previsão da Lei da PNMC, a responsabilidade</p><p>pela questão das mudanças climáticas é comum, porém diferenciada:</p><p>todos devem responder pelo dano ambiental, mas aqueles que pos-</p><p>suem maiores condições devem responder de forma maior – e isso se</p><p>dá por duas razões, quais sejam: a capacidade econômica dos países</p><p>ricos (que por possuírem capacidade econômica maior devem, portan-</p><p>to, arcar com mais investimentos ); e o sentido histórico porque, no pas-</p><p>sado, na fase individualista e na fase fragmentária não se falava em</p><p>48</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>mudança climática, tendo tais países enriquecido à custa da poluição</p><p>que gera reflexos hoje.</p><p>Dessa maneira, os países de industrialização tardia (que são os</p><p>ricos) devem arcar com mais do que os países de industrialização mais</p><p>recente (que são os periféricos ou emergentes), seja pela teoria do bolso</p><p>profundo, pela capacidade de arcar com mais, ou pelo sentido histórico,</p><p>de que tais países enriqueceram à custa da degradação ambiental e não</p><p>tiveram que internalizar tais externalidades negativas. Além disso, o fun-</p><p>damento da responsabilidade pelas mudanças climáticas ser comum está</p><p>na Resolução nº 2.625 da Assembleia-Geral das Nações Unidas, a qual</p><p>declara que “todos os Estados Gozam de igualdade soberana, têm direitos</p><p>e iguais deveres e são igualmente membros da comunidade internacional”.</p><p>O Brasil se compromete a zerar o desmatamento ilegal em 2030;</p><p>recuperar 120.000 km² de florestas; atingir de 25% a 33% na matriz ener-</p><p>gética de fontes renováveis, sem contar com hidrelétricas contra o aque-</p><p>cimento global. Preparação para a COP 21 em Paris (prevista reunião</p><p>anual das partes na Convenção do</p><p>Quadro da ONU sobre a mudança do</p><p>clima). O Brasil ainda possui potencial de gerar energia solar fotovoltaica</p><p>em 200 vezes a capacidade instalada de toda a matriz energética (atual-</p><p>mente, há 0,02% da matriz. Em 2030, há previsão de 8%). Quanto a isso,</p><p>cabe destacar que existem grandes hidrelétricas que causam dano so-</p><p>cioambiental severo (como destruição de comunidades tradicionais, des-</p><p>truição de povos indígenas, alagamentos de áreas sagradas, redução do</p><p>ecossistema). Assim, embora a usina hidrelétrica seja renovável, o Brasil</p><p>compromete-se a gerar energia renovável sem considerar a hidrelétrica,</p><p>pois pelo aspecto socioambiental seus impactos são bastante grandes.</p><p>Portanto, a energia solar é muito mais sustentável.</p><p>Ainda em relação às usinas hidrelétricas, além do custo de ge-</p><p>ração, existem os custos de distribuição e transmissão, como, por exem-</p><p>plo, a grande perda que ocorre durante a transmissão. Belo Monte, por</p><p>exemplo, é chamada de usina fio da água, ou seja, não gera energia o</p><p>ano todo, mas apenas quando chove mais, pois seu reservatório é me-</p><p>nor, justamente com o intuito de gerar impacto ambiental menor.</p><p>O Papa, preparando a COP21, a fim de descarbonizar a economia,</p><p>afirmou que “os países pobres precisam produzir energia renovável. Quem</p><p>cresceu à custa da atual poluição deve colaborar mais.” No Acordo de Paris,</p><p>do qual os Estados Unidos se retiraram, 195 países concordaram em:</p><p>(a) buscar elevação menor que 02 graus com esforços para</p><p>limitar em 1,5 graus (em relação à era pré-industrial).</p><p>(b) mecanismos de revisão a cada 05 anos a partir de 2020;</p><p>(OBSERVAÇÃO: tais revisões terão que ser submetidas ao Congresso</p><p>Nacional, nos termos do art. 49, I, CF).</p><p>49</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>(c) repasse de 100 bilhões de dólares dos países ricos para os peri-</p><p>féricos. (Entende-se que o Brasil não entra na categoria de países periféricos).</p><p>O Brasil internalizou o Acordo de Paris através do Decreto</p><p>9.073/2017, com fundamento no art. 84, IV da Constituição Federal (que</p><p>traz as atribuições do Presidente). O procedimento é o seguinte: primeiro, a</p><p>República Federativa do Brasil assina o tratado e o termo de internalização</p><p>do tratado; depois, há a aprovação pelo Congresso, através do Decreto</p><p>Legislativo; em seguida, é feita a ratificação, com o depósito do instrumento</p><p>de ratificação (já entrando em vigor para a ordem internacional); por fim, é</p><p>feita a promulgação e a publicação na ordem interna, feitas mediante de-</p><p>creto presidencial (justamente o Decreto em análise, nº 9.073/2017).</p><p>Deve-se ressaltar que são sujeitos à aprovação do Congres-</p><p>so Nacional atos que possam resultar em revisão do Acordo e ajustes</p><p>complementares que acarretem encargos ou compromissos gravosos</p><p>ao patrimônio nacional, nos termos do inciso I do caput do art. 49 da</p><p>Constituição. Ainda em relação às mudanças climáticas, o ex-presiden-</p><p>te americano Obama criou um programa de energia limpa e a Suprema</p><p>Corte o suspendeu por 5 (conservadores) x 4 (liberais), porque buscava</p><p>mais energia solar e eólica e menos carvão. Para Obama, mudanças</p><p>climáticas afetam severamente a saúde pública, com doenças respira-</p><p>tórias e várias externalidades negativas.</p><p>Por conseguinte, Trump revogou, por decreto, o Plano de Ener-</p><p>gia Limpa de Obama que estava suspenso (03/2017) e anunciou a re-</p><p>tirada do acordo de Paris (06/2017). Ressalte-se que Trump defendia</p><p>que a regulação ambiental afeta a economia. Com a saída dos Estados</p><p>Unidos, houve forte reação do mundo, bem como de empresas e esta-</p><p>dos do país (Nova Iorque, Califórnia e Washington). Esse desacordo</p><p>norte-americano pode causar uma elevação de 0,3 grau Celsius nas</p><p>temperaturas globais até o final do século, no pior dos casos, de acordo</p><p>com uma autoridade da Organização Meteorológica Mundial (OMM).</p><p>Existe um orçamento de carbono: já jogamos mais de 500 bi-</p><p>lhões de CO2 na Terra, desde a era pré-industrial, aquecendo um grau.</p><p>Falta 1 grau para chegar ao limite máximo de Paris, ou seja, há em mé-</p><p>dia mais 500 bilhões de CO2 para gastar, e se nada for feito, o prognós-</p><p>tico é de que, em 2040, esse limite seja ultrapassado. Por essa razão,</p><p>existe a necessidade de medidas efetivas que mudem esse quadro.</p><p>A QUESTÃO AMBIENTAL E O PANORAMA DOS RISCOS GLOBAIS</p><p>A questão ambiental domina o panorama dos riscos globais.</p><p>Nessa esteira, de modo a diminuir os impactos, há a frente da judiciali-</p><p>50</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>zação climática, nos Estados Unidos. De fato, há duas frentes: a frente</p><p>econômica, em que os fundos de pensão não investirão mais em em-</p><p>presas que poluem o planeta, como as petrolíferas; e a frente judicial,</p><p>que busca ações para cobrar o ressarcimento por tudo o que o poder</p><p>público já gastou e ainda gastará com a remediação e a adaptação para</p><p>eventos climáticos extremos, como, por exemplo, o Furacão Sandy.</p><p>Essa judicialização climática tem aspecto simbólico bastante for-</p><p>te. Citam-se, quanto a isso, como exemplo, ações ajuizadas por fumantes</p><p>que desenvolveram câncer em face das empresas de cigarro – embora vá-</p><p>rias tenham sido improcedentes, houve condenações das empresas, sob</p><p>a alegação de que deveriam ter dado a devida informação aos usuários.</p><p>Existe um banco de dados sobre toda a judicialização climática</p><p>no mundo. Nesse sentido, Marcelo Leite atenta para os valores das tra-</p><p>gédias climáticas, como por exemplo, o Furacão Harvey, fenômeno que</p><p>deixou outra metrópole americana debaixo d’água (Houston, no Texas),</p><p>impondo prejuízos de US$ 125 bilhões. Já o Furacão Maria arrasou Porto</p><p>Rico (US$ 90 bilhões); no entanto, esse foi apenas um dos 16 desastres</p><p>com danos bilionários nos EUA, responsáveis em conjunto por perdas de</p><p>US$ 306 bilhões, incluindo os incêndios florestais californianos. Se com-</p><p>putados todos os flagelos climáticos, bilionários ou não (219 eventos),</p><p>o custo monta a US$ 1,5 trilhão. Enquanto isso, no Brasil, discute-se o</p><p>acordo de US$ 3 bilhões que a Petrobrás fechou nos EUA para ressarcir</p><p>investidores prejudicados pelas malfeitorias investigadas na Lava Jato.</p><p>Para Marcelo Leite, a corrupção aleija, mas a mudança climática mata.</p><p>51</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Ano: 2019 Banca: FADESP Órgão: Prefeitura de Rurópolis – PA</p><p>Provas: Analista Fiscal Tributário</p><p>Diante de um cenário de destruição dos recursos naturais e in-</p><p>tensificação dos problemas ambientais, não cabe mais ao ser hu-</p><p>mano alimentar um modelo de desenvolvimento que desconsidere</p><p>as dimensões sociais e ambientais. Dessa forma, em 1987, a ONU</p><p>(Organização das Nações Unidas) apresentou o conceito de desen-</p><p>volvimento sustentável, que teve como objetivo criar limites para</p><p>o crescimento econômico de maneira global, garantindo que as</p><p>futuras gerações possam usufruir dos recursos naturais da mes-</p><p>ma maneira que a geração atual. Em 2015, a ONU apresentou 17</p><p>objetivos de desenvolvimento sustentável, também chamados de</p><p>Objetivos Globais, que devem ser alcançados até 2030.</p><p>NÃO é considerado objetivo de desenvolvimento sustentável:</p><p>a) acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.</p><p>b) alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e</p><p>meninas.</p><p>c) reintegrar indústrias através da isenção fiscal, proporcionando a ge-</p><p>ração de emprego e renda nos países menos desenvolvidos.</p><p>d) construir infraestruturas resilientes, promover a industrialização inclu-</p><p>siva e sustentável e fomentar a inovação.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Ano: 2019 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: CAU-MG</p><p>Prova: Advogado</p><p>Foram concluídas, em agosto de 2015, as negociações que culmi-</p><p>naram na adoção, em setembro, dos Objetivos de Desenvolvimen-</p><p>to Sustentável (ODS), por ocasião da Cúpula das Nações Unidas</p><p>para o Desenvolvimento Sustentável. Processo iniciado em 2013,</p><p>seguindo mandato emanado da Conferência Rio+20, os ODS deve-</p><p>rão orientar as políticas nacionais e as atividades de cooperação</p><p>internacional</p><p>nos próximos quinze anos, sucedendo e atualizando</p><p>os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).</p><p>Ministério das Relações Exteriores.</p><p>Disponível em: .</p><p>55</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>A LEI Nº 9.795/1999</p><p>Nesta parte da unidade é imprescindível o conhecimento dos</p><p>aspectos legislativos da Política Nacional de Educação Ambiental. De</p><p>acordo com o art. 1º</p><p>Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos</p><p>quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhe-</p><p>cimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a con-</p><p>servação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial</p><p>à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.</p><p>De tamanha importância é, que a educação ambiental consiste</p><p>em um componente essencial e permanente da educação nacional, de-</p><p>PROGRAMA NACIONAL DE</p><p>EDUCAÇÃO AMBIENTAL</p><p>55</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>56</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>vendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modali-</p><p>dades do processo educativo, em caráter formal e não formal, tanto que</p><p>dia 03 de junho é comemorado o Dia Nacional da Educação Ambiental.</p><p>Ademais, “como parte do processo educativo mais amplo, todos têm</p><p>direito à educação ambiental”, nos termos do art. 3º. No mais, compete:</p><p>I - ao Poder Público, nos termos dos arts. 205 e 225 da Constituição</p><p>Federal, definir políticas públicas que incorporem a dimensão am-</p><p>biental, promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino</p><p>e o engajamento da sociedade na conservação, recuperação e me-</p><p>lhoria do meio ambiente;</p><p>II - às instituições educativas, promover a educação ambiental de</p><p>maneira integrada aos programas educacionais que desenvolvem;</p><p>III - aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente -</p><p>Sisnama, promover ações de educação ambiental integradas aos pro-</p><p>gramas de conservação, recuperação e melhoria do meio ambiente;</p><p>IV - aos meios de comunicação de massa, colaborar de maneira ativa e</p><p>permanente na disseminação de informações e práticas educativas</p><p>sobre</p><p>meio ambiente e incorporar a dimensão ambiental em sua programação;</p><p>V - às empresas, entidades de classe, instituições públicas e privadas, promover</p><p>programas destinados à capacitação dos trabalhadores, visando à melhoria e ao</p><p>controle efetivo sobre o ambiente de trabalho, bem como sobre as repercussões</p><p>do processo produtivo no meio ambiente;</p><p>VI - à sociedade como um todo, manter atenção permanente à for-</p><p>mação de valores, atitudes e habilidades que propiciem a atuação</p><p>individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a</p><p>solução de problemas ambientais.</p><p>Ou seja, pelo teor do artigo em questão, temos que, não ape-</p><p>nas ao Poder Público incumbe instituir e promover a educação ambien-</p><p>tal, mas também, às instituições educativas, consoante os programas</p><p>educacionais desenvolvidos. À sociedade como um todo, ao promover</p><p>os valores, atitudes e habilidades individuais e coletivas para fins de</p><p>prevenção de danos ambientais, bem como às empresas públicas e</p><p>privadas, ou seja, todos são responsáveis pela preservação do meio</p><p>ambiente ecologicamente equilibrado, sendo um comando compatível</p><p>com o caput do art. 225 da CF/88.</p><p>Por conta deste dispositivo constitucional, cabe a toda a socie-</p><p>dade a promoção da educação ambiental, seja no ambiente de trabalho,</p><p>no da escola, nas repartições públicas, nos condomínios ou nas resi-</p><p>dências. Vide interessante notícia a respeito da promoção da educação</p><p>ambiental pelo ente público em parceria com entes privados:</p><p>Comissão em Santos envolve sociedade na Educação Ambiental</p><p>A cidade de Santos já conta com um grupo que será responsável por mobi-</p><p>57</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>lizar a sociedade em torno da educação ambiental, de forma a torná-la cada</p><p>vez mais presente na vida dos cidadãos santistas de todas as idades.</p><p>Nesta segunda-feira (16), no Orquidário Municipal, foi criada a Comissão Inte-</p><p>rinstitucional Municipal de Educação Ambiental (CIMEA), responsável pela ela-</p><p>boração e implementação da Política e do Programa de Educação Ambiental de</p><p>Santos. Ela é formada por representantes do poder público nas esferas munici-</p><p>pal, estadual e federal, além da sociedade civil organizada, de forma paritária.</p><p>O presidente da CIMEA é o secretário municipal de Meio Ambiente, Marcos Li-</p><p>bório, que presidiu a reunião de posse. Claudia Cristiane Giglio Brito, analista</p><p>ambiental da Secretaria de Meio Ambiente foi eleita vice-presidente e Mariana</p><p>Amaral Santos Pinto, bióloga do Instituto MarAZUL, vai secretariar os trabalhos.</p><p>A comissão tem ainda representantes do Gremar; Universidade Católica de</p><p>Santos; Diretoria de Ensino da Região de Santos do Governo do Estado de</p><p>São Paulo; Comitê de Bacias Hidrográficas da Baixada Santista; conselhos</p><p>municipais de Meio Ambiente, Educação e Entidades de Bairro de Santos;</p><p>e das unidades de conservação do Aquário, Orquidário, Jardim Botânico e</p><p>Ecoturismo da Prefeitura de Santos.</p><p>Fonte: Prefeitura de Santos</p><p>Disponível: https://www.santos.sp.gov.br/?q=noticia/comissao-em-santos-</p><p>-envolve-sociedade-na-educacao-ambiental.</p><p>A interação dos entes públicos com a sociedade é fundamental</p><p>para que a educação ambiental seja promovida a contento, por meio de</p><p>projetos eficazes que possuam a essência de criar uma visão crítica na</p><p>população, referente aos efeitos que o lixo pode causar nos rios, lagos,</p><p>oceanos e na terra, principalmente quanto à contaminação da água po-</p><p>tável e da flora e fauna, situação que ocasiona prejuízos imensuráveis</p><p>à saúde da população.</p><p>Um exemplo é o Programa Município Verde Azul – PMVA, insti-</p><p>tuído em 2007, pela então Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SMA),</p><p>do Estado de São Paulo, em cujos objetivos consta a promoção da edu-</p><p>cação ambiental na gestão ambiental dos municípios paulistas. Vide:</p><p>“Município Sustentável (MS)* 7– Ação de educação ambiental, com foco em</p><p>difusão e capacitação de técnicas de boas práticas sustentáveis.</p><p>Estrutura e Educação Ambiental (EEA) 1 – Programa Municipal de Educação</p><p>Ambiental em funcionamento.</p><p>Programa municipal de educação ambiental, instituído por Lei regulamentada</p><p>ou lei seguida de decreto regulamentador. Conteúdo mínimo para pontuar:</p><p>• Contemplar a educação formal e não formal.</p><p>• Contemplar os princípios da transversalidade e da participação social.</p><p>• Contemplar ações de Educação Ambiental constantes nas diretivas do</p><p>Programa Município VerdeAzul.</p><p>• Estrutura: diagnóstico; proposta; diretrizes; objetivos; metas e avaliação.</p><p>– Comissão entre as várias áreas da administração de Educação Ambiental,</p><p>constituindo grupo para elaboração e monitoramento do programa com o</p><p>58</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>respectivo cadastro da comissão e atas de reunião.</p><p>– Comprovar que o programa está em funcionamento.</p><p>– Funcionamento do programa com relatório de desenvolvimento das ações</p><p>e ou projetos, registros fotográficos. Interação com Centro de Educação Am-</p><p>biental ou Espaço de Educação Ambiental.</p><p>Conselho Ambiental (CA) 6 – Produção e divulgação de relatório com conte-</p><p>údo referente a temas debatidos nas reuniões do CONDEMA a serem divul-</p><p>gados nas mídias municipais.</p><p>Biodiversidade (BIO) 6– Ação de educação ambiental, cujo foco é “a impor-</p><p>tância da biodiversidade”.</p><p>Gestão das Águas (GA) 7- Ação de educação ambiental com foco na prote-</p><p>ção de nascentes.</p><p>Qualidade do Ar (QA) 7– Ação de educação ambiental com foco em queima-</p><p>da urbana.</p><p>Uso do Solo (US) 7– Ação de educação ambiental, com foco em fragilidades</p><p>e potencialidades do uso do solo.</p><p>Arborização Urbana (AU) 7– Ação de Educação Ambiental com gestão par-</p><p>ticipativa.</p><p>Esgoto Tratado (ET) 5– Ação de educação ambiental – foco: tornar pública</p><p>a existência e importância da ETE ou necessidade de tratamento de esgoto</p><p>quando o Município não apresentar tratamento.</p><p>Resíduos Sólidos (RS) 5– Educação Ambiental – foco em: ações de sensibi-</p><p>lização e mobilização para a Coleta Seletiva.</p><p>Cabe destacar a tarefa EEA 1, da diretiva Estrutura e Educação Ambiental</p><p>que orienta os municípios a elaborarem seus Programas Municipais de Edu-</p><p>cação Ambiental, segundo três aspectos básicos:</p><p>1. Institucionalização do Programa por meio de lei ou decreto regulamen-</p><p>tador, reforçando seu papel de estruturar e nortear as ações de educação</p><p>ambiental desenvolvidas pelas instituições municipais, inclusive observando</p><p>as ações desenvolvidas (ou a serem desenvolvidas) em cada diretiva;</p><p>2. Abrangência para que sejam integradas as ações de educação ambiental</p><p>em âmbito formal – ou seja, aquelas desenvolvidas no campo curricular das</p><p>instituições escolares públicas, privadas e comunitárias de ensino englobando</p><p>educação básica e superior (art. 14 da Política Estadual de Educação Ambien-</p><p>tal) – e em âmbito não formal, definidas como as ações e práticas educativas</p><p>voltadas à sensibilização, conscientização, mobilização e formação coletiva</p><p>para proteção e defesa do meio ambiente e melhoria da qualidade da vida (art.</p><p>21 da Política Estadual de Educação Ambiental). E também para que as ações</p><p>de educação ambiental sejam consideradas de maneira transversal nas insti-</p><p>tuições executoras e na sociedade, promovendo a participação social.</p><p>3. Constituição de uma Comissão de Educação Ambiental, composta por</p><p>representantes da administração municipal e por representantes da socie-</p><p>dade civil no município, para elaborar, implementar e monitorar o Programa,</p><p>pressupondo a união de esforços, recursos e a perspectiva de garantia da</p><p>abordagem das questões socioambientais relevantes para o município.</p><p>Finalmente, é possível observar que todas as dez diretivas do Programa contêm</p><p>orientações para a realização de ações de educação ambiental vinculadas aos</p><p>59</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>respectivos temas abordados, reforçando a importância da educação ambiental</p><p>na elaboração e implantação das políticas públicas em âmbito municipal. ”</p><p>Fonte: Secretaria do Estado do Meio Ambiente</p><p>Disponível em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/educacao-</p><p>ambiental/2019/10/21/educacao-ambiental-na-gestao-municipal-programa-</p><p>-municipio-verdeazul/.</p><p>Para fins de promoção da Política Nacional de Educação Am-</p><p>biental, alguns princípios devem ser observados:</p><p>Quadro 2 – Princípios, art. 4º da Lei nº 9.795/1999</p><p>Fonte: Elaborado pela autora, 2019.</p><p>Verifica-se que a participação social é fundamental para que a</p><p>Política Nacional de Educação Ambiental seja implementada, até porque,</p><p>a própria legislação prevê a necessidade da participação da sociedade na</p><p>aprovação de projetos de educação ambiental. Outro princípio básico im-</p><p>portante é o princípio do desenvolvimento sustentável, previsto no inciso II,</p><p>dispositivo que contempla os três pilares, conforme já abordado anterior-</p><p>mente, quanto à Agenda 2030. Dentre os principais objetivos, destacam-se:</p><p>Quadro 3 – Objetivos, art. 5º, Lei nº 9.795/1999</p><p>Fonte: Elaborado pela autora, 2019.</p><p>60</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>O primeiro objetivo consiste em uma compreensão do meio</p><p>ambiente em seus aspectos econômicos, sociais, culturais, políticos</p><p>e ecológicos, principalmente. Isso significa que a educação ambiental</p><p>visa promover um entendimento do meio ambiente como um todo, não</p><p>apenas no que tange aos aspectos ecológicos. Portanto, além do as-</p><p>pecto referente ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de</p><p>uso comum do povo (de terceira geração), também é importante reco-</p><p>nhecer as demais vertentes, compatibilizando-as.</p><p>No que tange à democratização das informações ambientais,</p><p>além da promoção de consultas populares e audiências públicas, para fins</p><p>de ouvir a população e compreender seus anseios, os quais devem ser</p><p>levados em consideração pelos governantes, ao elaborarem planos e pro-</p><p>jetos ambientais, também é de se destacar a publicidade das informações</p><p>e dos atos ambientais. Um exemplo é o acesso da população ao RIMA,</p><p>durante o processo de licenciamento ambiental, por meio da realização de</p><p>audiências públicas, quando solicitadas por cinquenta ou mais cidadãos.</p><p>O terceiro objetivo menciona a visão crítica como um objetivo</p><p>previsto na Política Nacional de Educação Ambiental. De fato, o acesso</p><p>à educação, de um modo geral, desperta uma visão crítica por parte da</p><p>população. A diversidade de pensamentos e de opiniões é algo total-</p><p>mente benéfico para fins de construção e promoção de uma educação</p><p>ambiental, devendo, cada vez mais, ser estimulada.</p><p>É de se destacar um dos objetivos dentro da problemática</p><p>atual referente ao vazamento de óleo na costa brasileira: “o estímulo</p><p>à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis micro</p><p>e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade</p><p>ambientalmente equilibrada, fundada nos princípios da liberdade,</p><p>igualdade, solidariedade, democracia, justiça social, responsabilidade</p><p>e sustentabilidade”, assim como o “incentivo à participação individual</p><p>e coletiva, permanente e responsável, na preservação do equilíbrio do</p><p>meio ambiente, entendendo-se a defesa da qualidade ambiental como</p><p>um valor inseparável do exercício da cidadania”.</p><p>O vazamento de hidrocarbonetos, principalmente nos oceanos,</p><p>ocasiona um dano ambiental que é considerado, muitas vezes, irrever-</p><p>sível, uma vez que o território abrangido pode ser considerado extenso,</p><p>ocasionando a mortandade de muitos animais marinhos e impactando</p><p>na rotina da população costeira. No caso em questão, o turismo tem</p><p>sido afetado nos municípios nordestinos, fora as restrições alimentares.</p><p>No entanto, tem-se verificado a união intensa da população em prol do</p><p>meio ambiente, por meio de trabalho voluntário para remoção das man-</p><p>chas de óleo das praias e do mar.</p><p>A preocupação vista nos jornais da população com o meio am-</p><p>61</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>biente marinho nada mais é do que a prática da educação ambiental,</p><p>mobilizando pessoas em diversos estados da Federação em prol da</p><p>proteção do meio ambiente e da conscientização da sua importância.</p><p>População une esforços para conter manchas de óleo em praias do Nordeste</p><p>Marinha, Petrobras e Defesa Civil de Pernambuco instalaram boias de con-</p><p>tenção para evitar que a substância chegue a outros pontos.</p><p>Após o reaparecimento de manchas de óleo na praia de São José da Coroa Gran-</p><p>de, no Litoral Sul de Pernambuco, nessa quinta-feira, 17, a população da cidade</p><p>se uniu às autoridades para ajudar na remoção do material, que é encontrado de</p><p>forma esparsa em alguns pontos da praia, na divisa com Peroba, em Alagoas.</p><p>Segundo a presidente da Colônia de Pescadores da cidade, Enilde Lima, os pro-</p><p>fissionais estão mobilizados para ajudar as autoridades, inclusive, pondo seus</p><p>barcos à disposição. “Há embarcações nossas à disposição para ajudar nessa</p><p>situação. Inclusive, alguns pescadores já foram para o mar e para a várzea do</p><p>[Rio] Una. Estamos mobilizados para ajudar”, disse. “A preocupação da gente é</p><p>não chegar nos corais do [Rio] Una, que é o berçário de tudo”, completou.</p><p>A recomendação da Marinha é que os moradores não entrem em contato com</p><p>o material sem usar luvas e botas, porque a substância é considerada tóxica.</p><p>Boias de contenção</p><p>Com o objetivo proteger e preservar os mananciais pernambucanos do con-</p><p>tato com a substância oleosa identificada em diversas praias do litoral nor-</p><p>destino, a Marinha, a Petrobras e a Defesa Civil de Pernambuco instalaram</p><p>boias de contenção na foz do Rio Pissinunga, que marca a divisa entre Per-</p><p>nambuco e Alagoas, e no Rio Una.</p><p>O prefeito da cidade, Pel Lages, disse que aproximadamente 200 pessoas</p><p>devem participar da remoção da substância quando a maré baixar, o que só</p><p>deve acontecer por volta das 12h. “Nós estamos mobilizando cerca de 200</p><p>pessoas, entre voluntários e marinheiros para, assim que o mar baixar, por</p><p>volta do meio-dia, possamos recolher esses resíduos”, falou.</p><p>Estado de emergência</p><p>Em menos de 24 horas após o reaparecimento de manchas de óleo, a prefei-</p><p>tura de São José da Coroa Grande decretou, na noite dessa quinta-feira (17),</p><p>estado de emergência na região. Lembrando que no dia 25 de setembro, os</p><p>moradores já haviam encontrados fragmentos de óleo nas praias.</p><p>O decreto, que já foi assinado, foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta</p><p>sexta-feira (18) e começou a vigorar automaticamente.</p><p>Fonte: JORNAL O POVO</p><p>Disponível em: https://www.opovo.com.br/noticias/brasil/2019/10/18/popula-</p><p>cao-une-esforcos-para-conter-manchas-de-oleo-em-praias-do-nordeste.html.</p><p>Uma campanha realizada no município de São Paulo quanto</p><p>à despoluição do Rio Pinheiros vem sendo divulgada em vários canais,</p><p>principalmente nas rádios. Trata-se de um plano governamental com</p><p>auxílio da população, principalmente em relação aos resíduos e ao lixo</p><p>em geral que não devem ser descartados incorretamente.</p><p>62</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Investimento da Sabesp prevê pacote de obras para devolver o rio limpo para</p><p>a população até 2022</p><p>O Governador João Doria e o presidente da Sabesp, Benedito Braga, apre-</p><p>sentaram, nesta sexta-feira (16), um pacote de obras de R$ 1,5 bilhão com o</p><p>objetivo de devolver o rio Pinheiros limpo para a população até 2022.</p><p>O projeto Novo Rio Pinheiros, que é uma das prioridades do Governo do</p><p>Estado de São Paulo, prevê intervenções nas áreas de todas as sub bacias</p><p>dos grandes afluentes do Pinheiros, onde vivem cerca de 3,3 milhões de</p><p>pessoas, incluindo ainda ações socioambientais para engajar a população</p><p>na recuperação dos cursos d’água da região.</p><p>“Essa é uma quantia bastante expressiva para a contratação de obras para a</p><p>despoluição do Pinheiros. Nosso compromisso é entregar o rio limpo até 2022,</p><p>em condições adequadas, de acordo com os padrões internacionais, com ações</p><p>que serão feitas também nas sub bacias. Não tenho medo de colocar esse pra-</p><p>zo, tenho convicção de que vamos chegar a esse resultado”, comentou Doria.</p><p>As ações serão contratadas com base em performance, uma forma inovado-</p><p>ra de contratação de serviços. A Sabesp define indicadores e</p><p>metas a serem</p><p>atingidas pelas empresas, com a remuneração variando de acordo com o</p><p>cumprimento destes objetivos propostos. Ou seja, não haverá remuneração</p><p>apenas pelas obras físicas, mas também uma variável pelo resultado final</p><p>obtido. Para avaliar a performance, serão consideradas metas como o total</p><p>de novos imóveis conectados à rede e a qualidade da água do córrego.</p><p>Para isso foi feito um completo mapeamento de toda a área com a localiza-</p><p>ção das ligações de esgoto que precisam ser feitas. O mapeamento identi-</p><p>ficou cerca de 500 mil imóveis que deverão ter seu esgoto encaminhado à</p><p>estação de tratamento, sendo que 73 mil destes precisam ser conectados</p><p>às redes de coleta. Foram lançados 14 editais nas últimas semanas para a</p><p>contratação das empresas interessadas na realização dessas obras.</p><p>“O empreendedor terá que colocar todas essas casas ligadas ao sistema e</p><p>vamos monitorar esses trabalhos. Ele precisa atingir a meta, por resultado.</p><p>Ou seja, o próprio empreiteiro vai estar interessado em realizar as obras com</p><p>agilidade”, explicou Braga.</p><p>Áreas informais</p><p>Outra novidade no Novo Rio Pinheiros é a adoção de inovações em áreas</p><p>de urbanização informal, onde o esgoto acaba lançado nos córregos porque</p><p>a ocupação não deixou espaço para a instalação da infraestrutura de coleta</p><p>dos esgotos. Nesses locais, a Sabesp estuda, entre outras possibilidades,</p><p>implantar estações especiais que vão tratar o próprio curso-d’água que re-</p><p>cebe o esgoto. O edital para a contratação dessas soluções diretamente nos</p><p>córregos está previsto para ser lançado em setembro.</p><p>A proposta de trabalho também inclui ações socioambientais para engajar a</p><p>população na recuperação dos cursos-d’água. Serão realizadas palestras com</p><p>temas ligados à ecologia e mostras sobre o andamento e o legado das obras.</p><p>Entre as áreas que receberão investimentos maciços estão as bacias do Pi-</p><p>rajuçara, Jaguaré, Cachoeira, Guido Caloi, Cordeiro e Água Espraiada, entre</p><p>outras. Além de contribuir para a melhoria do rio, o Novo Rio Pinheiros vai</p><p>beneficiar diretamente 3,3 milhões de pessoas que moram nas imediações (o</p><p>63</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>equivalente à metade da população da cidade do Rio de Janeiro), com melho-</p><p>ria da qualidade de vida e do meio ambiente, e será um incentivo à economia</p><p>paulista, com a criação de empregos e renda. Só nas obras da Sabesp do</p><p>Novo Rio Pinheiros serão criados cerca de 3.700 empregos diretos e indiretos.</p><p>Limpeza e desassoreamento</p><p>O Novo Rio Pinheiros é uma ação realizada pela Sabesp e outros órgãos</p><p>estaduais coordenados pela Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente.</p><p>Paralelamente às ações de saneamento, a EMAE vem executando o de-</p><p>sassoreamento e desaterro do rio. Os trabalhos iniciaram em junho e visam</p><p>retirar 1,2 milhão de m³ de resíduos. Apenas no primeiro semestre foram reti-</p><p>radas 2,3 mil toneladas de lixo do rio. Com os ecobarcos, que começaram os</p><p>testes há dois meses, a empresa já recolheu 200 toneladas de lixo flutuante.</p><p>Monitoramento</p><p>A Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) vai intensificar os</p><p>pontos de monitoramento no rio Pinheiros e nos principais afluentes para ve-</p><p>rificar os sedimentos (carbono orgânico total, nitrogênio amoniacal e fósforo</p><p>total) e a qualidade da água (oxigênio dissolvido, pH, temperatura, condutivi-</p><p>dade, DBO, fósforo, turbidez, sólidos totais e suspensos).</p><p>Outorga</p><p>Ao longo do processo, o Daee (Departamento de Águas e Energia Elétrica)</p><p>emitirá outorgas para ampliação de sistemas de interceptores e emissários</p><p>de esgotos para estações de tratamento, fundamental para a despoluição do</p><p>rio Pinheiros. Caberá ao Departamento emitir também as outorgas necessá-</p><p>rias para obras e serviços que impliquem em interferências no curso do rio,</p><p>como a implantação de pontos de atracagem para barcos e implantação de</p><p>novos sistemas de telemetria e vazões afluentes.</p><p>Engajamento</p><p>A despoluição requer também a participação efetiva da população, seja para</p><p>se conectar à rede de esgoto já existente, seja para descartar adequadamen-</p><p>te o lixo. Jogado na rua, o lixo vai parar nas galerias de drenagem da água da</p><p>chuva e nos córregos, contribuindo para a poluição.</p><p>O Novo Pinheiros atua em conjunto com outros programas da Sabesp e do</p><p>Governo de São Paulo para despoluir o rio e devolvê-lo limpo à população.</p><p>Um deles é o programa Córrego Limpo, iniciado em 2007 em parceria com a</p><p>Prefeitura de São Paulo para melhorar a qualidade da água dos mananciais,</p><p>rios e córregos da capital. Através dele, já receberam intervenções 152 cór-</p><p>regos. Além do meio ambiente, os benefícios chegam às pessoas que moram</p><p>próximas dos cursos-d’água por meio de adequações no sistema de esgota-</p><p>mento sanitário, limpeza, manutenção e educação ambiental.</p><p>O Projeto Tietê, que também engloba o Pinheiros, foi iniciado em 1992 para</p><p>a criação de infraestrutura para coleta, transporte e tratamento de esgotos.</p><p>Desde o seu início, a mancha de poluição do rio Tietê diminuiu de 530 km</p><p>para 122 km, uma redução de 77%. Os dados são auditados pela SOS Mata</p><p>Atlântica. Com investimento de US$ 3 bilhões no projeto, mais de 10 milhões</p><p>de paulistas passaram a ter coleta e tratamento de esgoto com estas obras,</p><p>com a coleta passando de 70% para 87%, e o tratamento, de 24% para 70%.</p><p>Fonte: Governo do Estado de São Paulo. Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente</p><p>64</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Ademais, para fins de viabilizar uma consciência na sociedade</p><p>paulistana e nos transeuntes, uma Associação denominada de Águas</p><p>Claras do Rio Pinheiros, com o fim de resgatar a relação da população</p><p>com o Rio, tem promovido expedições pelo curso d´água, com o intuito</p><p>de estimular a preservação ambiental. Vide uma interessante reporta-</p><p>gem sobre o assunto:</p><p>CONSCIÊNCIA AMBIENTAL – Associação promove expedição no rio Pinheiros</p><p>Recuperar e revitalizar o rio Pinheiros e resgatar a relação da população com a</p><p>sua bacia hidrográfica. Esse é o objetivo principal da Associação Águas Claras</p><p>do Rio Pinheiros, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OS-</p><p>CIP) mantida por grandes instituições de variados segmentos que partilham de</p><p>um mesmo valor: o compromisso com o desenvolvimento sustentável.</p><p>Idealizada em 2009 pelo escritório de advocacia Pinheiro Neto, a Associação</p><p>já conta com parceiros como o banco Santander, a Nestlé, EMAE, TV Globo</p><p>São Paulo, Caloi e WTC São Paulo. Recentemente, o Shopping Cidade Jar-</p><p>dim também se associou. Reunindo a experiência, o conhecimento e a capa-</p><p>cidade de mobilização de cada uma dessas organizações, a Oscip pretende</p><p>contribuir para a despoluição do rio e reconciliá-lo com a cidade de São Pau-</p><p>lo. Para tanto, tem proposta de envolver outras empresas e a comunidade</p><p>em ações para a geração e organização da vontade política, a identificação</p><p>dos recursos necessários e a escolha das tecnologias adequadas para rever-</p><p>ter a degradação socioambiental.</p><p>Com o intuito de organizar sua atividade e alcançar resultados com eficiên-</p><p>cia, a Associação definiu dois eixos principais de atuação: um deles olhará</p><p>especificamente para a revitalização da bacia hidrográfica e de seu entorno,</p><p>e o outro, para a articulação, engajamento e participação da sociedade civil.</p><p>Dentro do eixo que olha para a restauração da bacia hidrográfica, a AACRP</p><p>definiu quatro frentes de ação. São elas: a interrupção de lançamento de es-</p><p>gotos, a remoção da carga de resíduos sólidos, a redução da carga difusa e a</p><p>promoção de estudos e tecnologias sobre temas como hidrologia, sedimento</p><p>e lodo. As iniciativas deverão ser sempre desenvolvidas em parceria com</p><p>órgãos públicos e privados e têm a característica de estimular a participação</p><p>dos habitantes da cidade.</p><p>O trabalho no eixo de articulação com a sociedade civil foi igualmente divi-</p><p>dido em quatro frentes. A Associação pretende estimular a interação entre a</p><p>população e o rio por meio de ações de urbanismo e paisagismo, esporte e</p><p>lazer, cultura e, por fim, educação</p><p>para a cidadania. A primeira grande inicia-</p><p>tiva para promover essa interação acontecerá no dia 15 de maio, numa ex-</p><p>pedição ao longo da bacia hidrográfica que reunirá centenas de paulistanos.</p><p>O evento terá 30 grupos, que se dividirão em 30 trajetos. Cada um terá um</p><p>coordenador que dará orientações e liderará os demais num determinado</p><p>tipo de atividade. Haverá, por exemplo, grupos voltados à fotografia, a peda-</p><p>ladas, à redação, entre outros</p><p>Mais sobre o Pinheiros</p><p>Hoje, o rio Pinheiros é alvo de efluentes de 290 mil indústrias e dejetos de</p><p>400 mil famílias, através de diversos afluentes, como o córrego Pirajussara.</p><p>65</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Segundo a Sabesp, a bacia gera um volume de esgoto de 17,3 milhões m³/</p><p>mês dos quais 14,3 milhões m³/mês são tratados. O nível de poluição agrava</p><p>uma situação que já se acentuava com a construção de vias expressas de</p><p>tráfego no seu entorno: o completo isolamento do rio, que fica apartado do</p><p>convívio e da interação com os paulistanos.</p><p>Fonte: Ideia sustentável</p><p>Disponível: https://ideiasustentavel.com.br/consciencia-ambiental-associa-</p><p>cao-promove-expedicao-no-rio-pinheiros/.</p><p>Ainda sobre política de educação ambiental, vale destacar a</p><p>importância fundamental dos municípios na elaboração e implemen-</p><p>tação de suas respectivas propostas em conjunto com a população.</p><p>Exemplo interessante é o do município de Santos, que instituiu sua pró-</p><p>pria política de educação ambiental, a qual visa a regulamentação de</p><p>seu Programa Municipal de Educação Ambiental (ProMEA).</p><p>Atualmente, o texto da Política Ambiental de Educação Am-</p><p>biental do município de Santos/SP está aberto à consulta popular, em</p><p>observância ao princípio democrático do Direito Ambiental. Vale a pena</p><p>a leitura da notícia sobre o assunto:</p><p>Projeto de pesquisa da Unifesp inspira políticas públicas em Santos</p><p>A dissertação de mestrado de Cláudia Cristiane Giglio Brito, que propôs o</p><p>estabelecimento da interação e conectividade entre os gestores das unida-</p><p>des de Educação Ambiental do município de Santos/SP, tem possibilitado a</p><p>implantação de importantes políticas públicas, após sua conclusão no Pro-</p><p>grama Interunidades de Pós-Graduação em Análise Ambiental Integrada</p><p>(PPGAAI), dos campi Diadema e Baixada Santista da Unifesp.</p><p>Já em dezembro de 2017, a prefeitura publicou no Diário Oficial do Município</p><p>um decreto que constituiu a Comissão Intersetorial de Educação Ambiental</p><p>(CISEA), proposta defendida na dissertação e que foi consolidada graças à</p><p>atuação da sua autora, que é analista ambiental da Secretaria Municipal de</p><p>Meio Ambiente e se tornou presidente da CISEA, além de vice-presidente</p><p>da Comissão Interinstitucional de Educação Ambiental de Santos (CIMEA).</p><p>Após essa importante conquista, houve o estabelecimento de uma parceria</p><p>institucional com Patrícia Martin Alves, outra ex-egressa do curso de Mestra-</p><p>do em Análise Ambiental Integrada, para coordenar uma série de oficinas,</p><p>com o intuito de elaborar o Programa Municipal de Educação Ambiental (Pro-</p><p>MEA). Utilizando a equipe da Futura, sua empresa de consultoria, Patrícia</p><p>organizou e mediou quatro oficinas com os diversos órgãos da prefeitura e,</p><p>com participação da sociedade civil de Santos, elaboraram a versão final do</p><p>programa, que foi lançado oficialmente no dia 11/2.</p><p>Segundo Marcos Libório, secretário municipal de Meio Ambiente, o ProMEA “</p><p>foi construído por meio de um processo formativo para a integração entre a te-</p><p>oria e a prática, a academia e a gestão, o poder público e a sociedade, fomen-</p><p>tando o diálogo e a cooperação entre todos os atores da Educação Ambiental</p><p>de Santos, no seu planejamento e execução que perpasse as administrações</p><p>66</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>e que represente os anseios reais da população, contemplando a educação</p><p>formal e a não-formal de forma permanente, continuada, articulada, contribuin-</p><p>do para a criação e institucionalização das políticas públicas locais”.</p><p>Para o professor Zysman Neiman, orientador do PPGAAI do Campus Dia-</p><p>dema que colaborou com o trabalho das ex-alunas, “a iniciativa de Santos</p><p>deve ser comemorada como mais uma dessas ações pioneiras que consoli-</p><p>darão um destino mais sustentável para os cidadãos do futuro. O Programa</p><p>Municipal de Educação Ambiental de Santos permitirá a compreensão de</p><p>que apenas o fortalecimento das ações coletivas, considerando deveres e</p><p>direitos, é capaz de gerar transformações de processos que têm se mostra-</p><p>do ineficientes e insustentáveis. Com a aprovação deste documento, Santos</p><p>se alia aos maiores esforços mundiais para construção de sociedades mais</p><p>justas, equitativas, sustentáveis e prósperas”.</p><p>A Unifesp e seus pesquisadores, dessa forma, deram um ótimo exemplo de</p><p>como é possível a aproximação da pesquisa com a execução e projetos de</p><p>extensão que culminem na formulação de políticas públicas que beneficiem</p><p>a sociedade, cumprindo assim seu papel social.</p><p>Fonte: UNIFESP.</p><p>Disponível em: https://www.unifesp.br/reitoria/dci/noticias-anteriores-dci/</p><p>item/4284-projeto-de-pesquisa-da-unifesp-inspira-politicas-publicas-em-san-</p><p>tos. Acesso em: 18/02/2020</p><p>Interessa destacar a parceria entre o Poder Público municipal</p><p>e a Universidade pública para fins de implementação de um programa</p><p>de educação ambiental no município de Santos/SP. Trata-se de uma</p><p>essência da educação ambiental, dado que o estímulo de pesquisas e</p><p>projetos em parceria só tem a promover a difusão de práticas de susten-</p><p>tabilidade e de preservação eficaz do meio ambiente ecologicamente</p><p>equilibrado. Tomando o exemplo de Santos/SP, os demais municípios</p><p>brasileiros devem começar a formular propostas de projetos de leis e,</p><p>mais importante ainda, implementá-los na prática.</p><p>O atual projeto apresentado à população santista menciona</p><p>pontos de extrema relevância a serem observados, como a Lei de Dire-</p><p>trizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/1996); as Diretrizes</p><p>Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental (Resolução CNE nº</p><p>02/2012); a Base Nacional Comum Curricular (BNCC); o Sistema Muni-</p><p>cipal de Ensino (Leis nº 2.491/2007 e n º 2.657/2009); o Plano Municipal</p><p>de Educação (Lei nº 3.151/2015, que alterou a Lei nº 2.681/2010) e os</p><p>Temas Transversais de Educação (Lei nº 3.187/2015).</p><p>Dessa feita, vislumbra-se, conforme já mencionado anterior-</p><p>mente, que a educação ambiental é uma base para as modalidades de</p><p>ensino, devendo estar presente na grade curricular dos alunos. Vale o</p><p>destaque para o texto apresentado, dos artigos 5º, 6º, 7º e 8º, importan-</p><p>tes para fins de estudo de caso, conforme será visto:</p><p>67</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Art. 5º Entende-se por educação ambiental os processos, por meio dos</p><p>quais, o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos,</p><p>habilidades, atitudes e competências para atuar em seu contexto político,</p><p>cultural e ambiental de forma crítica, autônoma, e na direção da construção</p><p>de Sociedades Sustentáveis.</p><p>Art. 6º Considera-se a educação ambiental como um tema transversal da</p><p>educação que tem por objetivos o ensino, a aprendizagem, a pesquisa, a</p><p>produção de conhecimentos e a promoção da cultura de paz individual e</p><p>coletiva, para que ocorram mudanças na forma de olhar o mundo, de desejar</p><p>novas realidades e de contribuir para formar cidadãos mais críticos e ativos</p><p>em suas realidades locais.</p><p>Art. 7º Adota-se o conceito de política pública multicêntrica para a educação</p><p>ambiental, como resultado da ação do governo e de outros atores sociais</p><p>e estabelece-se a educação ambiental como política pública estruturante,</p><p>planejada a partir de processos formadores envolvendo toda a comunidade e</p><p>executada de forma duradoura, gerando subsídios para formulação e imple-</p><p>mentação de outras políticas.</p><p>Art. 8º A educação ambiental para uma sustentabilidade equitativa deverá</p><p>contemplar um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito</p><p>a todas as formas de vida, devendo estar presente</p><p>articulada e transversal</p><p>em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal,</p><p>não formal e informal.</p><p>Parágrafo único. A educação formal caracteriza-se por ser estruturada e</p><p>desenvolvida em âmbito escolar. A educação não formal pode ser definida</p><p>como qualquer iniciativa educacional organizada e sistemática, que se rea-</p><p>liza fora do sistema formal de ensino, considerando espaços e centros insti-</p><p>tucionalizados no município para o desenvolvimento de ações de Educação</p><p>Ambiental; ambas obedecendo ao Projeto Político-Pedagógico (PPP) como</p><p>documento identitário, dando diretivas as práticas educativas e de articula-</p><p>ção. A educação informal ocorre de forma espontânea na vida cotidiana atra-</p><p>vés de diálogos e vivências com pessoas e através da mídia.</p><p>Percebe-se que a Política de Educação Ambiental Municipal</p><p>é totalmente compatível com a de nível nacional, exercendo seu papel</p><p>de reforçar o disposto na Lei Federal ora estudada. Ademais, conforme</p><p>ressalta a própria legislação, em seu art. 8º, a educação ambiental é</p><p>intimamente ligada à sustentabilidade. Quanto às diretrizes da Política</p><p>Municipal de Educação Ambiental, no município de Santos/SP, desta-</p><p>cam-se, nos termos do art. 9º:</p><p>68</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Quadro 4 - Diretrizes da Política Municipal de Educação Ambiental de Santos/</p><p>SP</p><p>Fonte: Quadro elaborado pela autora, 2019</p><p>No que tange aos princípios, nos termos do art. 10:</p><p>Quadro 5 - Princípios da Política Municipal de Educação Ambiental de Santos/</p><p>SP</p><p>Fonte: Quadro elaborado pela autora, 2019</p><p>Ainda, para fins de servir de modelo para os demais municípios</p><p>69</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>brasileiros, vale a pena o destaque dos seguintes dispositivos:</p><p>Art. 11 A Política Municipal de Educação Ambiental tem como visão e</p><p>valores a integração de conhecimentos em busca da ampliação dos ho-</p><p>rizontes em cada área do saber, bem como ao reconhecimento da cul-</p><p>tura local, à valorização e preservação do patrimônio ambiental e dos</p><p>recursos naturais, à cultura da paz e à justiça social, com a intenção de</p><p>assegurar a criação de processo de aprendizagem, humanização e ci-</p><p>dadania e de despertar o sentimento de pertencimento na compreensão</p><p>do ambiente e sua inserção no contexto global.</p><p>Art. 12 A Política Municipal de Educação Ambiental tem como missão difundir</p><p>a Educação Ambiental em todo município de modo a permitir condições para</p><p>que todos os cidadãos comprometidos e conhecedores de suas potencialida-</p><p>des e de seus instrumentos de transformação socioambiental exerçam o seu</p><p>papel e participem ativamente da construção de uma sociedade sustentável.</p><p>Art. 13 O objetivo fundamental da Educação Ambiental é fornecer embasa-</p><p>mento teórico e prático, que subsidie a práxis pedagógica dos educadores</p><p>ambientais, possibilitando a efetiva integração da EA nas ações educativas</p><p>abarcando o ensino formal, não formal e informal, se constituindo como refe-</p><p>rência na elaboração de programas, projetos e ações, fomentando a partici-</p><p>pação ativa da sociedade nas práticas sustentáveis para que a transforma-</p><p>ção do meio possa ocorrer a partir da transformação de atitudes, não apenas</p><p>no ambiente escolar, como também na sociedade.</p><p>Art. 14 A Política Municipal de Educação Ambiental envolve em suas ações, o</p><p>governo; universidades e escolas; empresas; organizações não governamentais</p><p>(ONGs); comitês, comissões e redes de educação ambiental; sociedade civil or-</p><p>ganizada, garantindo a participação coletiva ou individual, enquanto cidadãs/ao.</p><p>DIREITO AMBIENTAL NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA</p><p>Há quem diga que a expressão “meio ambiente” é redundante,</p><p>pois meio é ambiente e ambiente é meio. Trata-se, contudo, de expres-</p><p>são consagrada. O conceito legal de meio ambiente está previsto no</p><p>art. 3º da Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA – Lei 6.938/81). A</p><p>estrutura das leis ambientais é muito parecida. Esse é um conceito bas-</p><p>tante amplo, que abrange os recursos ou os fatores ambientais, sendo</p><p>a adequada interação química, física e biológica desses recursos ou</p><p>fatores ambientais (chamados de microbens ambientais), que levam ao</p><p>equilíbrio ecológico (macrobem ambiental), buscado por todos.</p><p>Há uma relação direta entre esse conceito e a “Teoria da Incer-</p><p>teza”, também denominada de “efeito borboleta”, de acordo com a qual,</p><p>quando uma espécie é destruída, por exemplo, na América do Sul, pode</p><p>gerar reflexos ambientais no Hemisfério Norte ou vice-versa. Em suma,</p><p>de acordo com essa teoria, quando há a destruição de um microbem</p><p>70</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>ambiental (recursos e fatores ambientais), afeta o macrobem ambiental</p><p>(equilíbrio ecológico). A teoria da incerteza explica que não é possível sa-</p><p>ber a tolerabilidade e a resiliência dos ecossistemas e do planeta. Não se</p><p>sabe como o planeta é realmente afetado e quais as consequências cau-</p><p>sadas pelo desequilíbrio ambiental. Prova disso é o aquecimento global</p><p>provocado pela ação humana, fenômeno cientificamente comprovado.</p><p>Em razão desse fenômeno, os índices pluviométricos têm sido</p><p>reduzidos. Belém, capital do estado do Pará, vem sofrendo, a cada ano,</p><p>com a queda sistemática no volume das chuvas. Isso afeta diretamente,</p><p>por exemplo, o fenômeno denominado “rios voadores da Amazônia”,</p><p>que se refere à umidade que sai do Norte, carregada pela corrente at-</p><p>mosférica, gerando chuvas no Centro-Oeste, Sul e Sudeste do país, o</p><p>que torna possível a agricultura nesses locais. Porém, como o índice de</p><p>chuvas tem sido reduzido na Região Norte, o fenômeno “rios voadores</p><p>da Amazônia” tem levado menos umidade às demais regiões do país,</p><p>prejudicando a agricultura em regiões como o Sul e a cidade de Cuiabá.</p><p>Esse conceito legal de Meio Ambiente, previsto na PNMA, em-</p><p>bora bem amplo, é insuficiente sob o ponto de vista da Constituição Fe-</p><p>deral de 1988, pois foca apenas no Meio Ambiente natural. Além disso,</p><p>é um conceito preservacionista, enquanto hoje já se fala em ambienta-</p><p>lismo social (ou socioambientalismo). Enfatiza-se socioambientais por-</p><p>que o ser humano está intimamente relacionado à questão ambiental.</p><p>Por essa razão, a Resolução CONAMA 306/2002 ampliou o con-</p><p>ceito de Meio Ambiente para abranger, por exemplo, o meio ambiente cul-</p><p>tural (previsto nos arts. 215 e 231, CF), o meio ambiente do trabalho (art.</p><p>7º, CF/88) e o meio ambiente artificial (também previsto na CF, quando</p><p>trata das cidades e da possibilidade de instituição das regiões metropo-</p><p>litanas – lembrando que o direito à qualidade de vida nas cidades é um</p><p>direito social consagrado na Constituição Federal). Esse conceito infrale-</p><p>gal também vai ao encontro do entendimento do STF, explicitado na ADI</p><p>3540, segundo o qual o direito ambiental representa a necessidade de</p><p>assegurar o justo equilíbrio entre as necessidades da economia e as ne-</p><p>cessidades da ecologia. Esse é o diálogo que permeia toda a disciplina,</p><p>sob o ponto de vista do ambientalismo social. Diante disso, a Resolução</p><p>CONAMA 306/2002 assim definiu o conceito de meio ambiente:</p><p>XII - Meio ambiente: conjunto de condições, leis, influência e intera-</p><p>ções de ordem física, química, biológica, social, cultural e urbanística,</p><p>que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas.</p><p>Percebe-se, assim, que a resolução amplia o conceito, ao trabalhar</p><p>outras espécies de meio ambiente: artificial, cultural e do trabalho. Dentro do</p><p>71</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>meio ambiente artificial, estuda-se o direito urbanístico, o art. 182 da CF/88,</p><p>a possibilidade de o IPTU ser cobrado de forma extrafiscal para quem não</p><p>promover o adequado uso e parcelamento do solo urbano (Lei 6.766/79) e o</p><p>Estatuto da Cidade (Lei 10.257/01). No meio ambiente do trabalho é aborda-</p><p>do o direito do trabalho e os direitos sociais descritos no art. 7º da CF/88. E,</p><p>por fim, no meio ambiente cultural, são estudadas as comunidades tradicio-</p><p>nais que</p><p>promovem diferentes formas de fazer, criar e viver.</p><p>Em suma, o conceito legal de Meio Ambiente, previsto na</p><p>PNMA, embora amplo, é insuficiente, por não considerar, dentre os</p><p>microbens ambientais, os elementos sociais, culturais e urbanísticos,</p><p>ignorando as outras espécies de meio ambiente, que não o meio am-</p><p>biente natural: artificial, cultural e do trabalho.</p><p>ESTADO CONSTITUCIONAL ECOLÓGICO</p><p>Os direitos fundamentais podem ser divididos em três fases</p><p>evolutivas:</p><p>a) Direitos fundamentais de 1ª dimensão (séc. XIX): são direi-</p><p>tos de liberdade. Como uma reação ao Absolutismo, são previstos nos</p><p>documentos constitucionais tais direitos, que impuseram uma absten-</p><p>ção do Estado, a fim de que ele se limitasse a garantir a segurança e</p><p>liberdade dos cidadãos. Instituição do Estado de Direito.</p><p>b) Direitos fundamentais de 2ª dimensão (séc. XX): são direitos</p><p>de igualdade. Percebeu-se que a abstenção estatal era insuficiente. Fo-</p><p>ram estabelecidos, portanto, nos documentos constitucionais, os direi-</p><p>tos sociais, direitos de cunho prestacional, que demandam uma atuação</p><p>positiva do Estado, a exemplo do que ocorre com a saúde e a educa-</p><p>ção. Instituição do Estado Democrático de Direito.</p><p>c) Direitos fundamentais de 3ª dimensão (séc. XXI): são direitos</p><p>de fraternidade. Aqui estão consagrados os direitos difusos e coletivos,</p><p>a exemplo do direito do consumidor e do direito ambiental. Instituição do</p><p>Estado Constitucional Ecológico.</p><p>Paulo Bonavides sustenta a existência da 4ª e 5ª dimensão dos</p><p>direitos fundamentais, representando, respectivamente, o direito à paz</p><p>e o direito à democracia. Entretanto, o importante é que na 3º dimensão</p><p>estão os direitos difusos, e o Direito ao Meio Ambiente é um deles.</p><p>FUNDAMENTOS FILOSÓFICOS DA PROTEÇÃO AMBIENTAL</p><p>Foi visto acima que o Estado Constitucional Ecológico busca a</p><p>72</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>proteção ambiental, garantindo, assim, a existência e a sua qualidade</p><p>de vida. A pergunta que se faz é: qual a finalidade dessa proteção do</p><p>meio ambiente? Protege-se o meio ambiente como forma de beneficiar</p><p>o ser humano? Protege-se o meio ambiente para beneficiar todos os se-</p><p>res vivos? Ou protege-se o meio ambiente como um fim em si mesmo,</p><p>enquanto sujeito de direitos?</p><p>a) Antropocentrismo: a proteção ambiental busca, ao fim, a</p><p>proteção do próprio ser humano, ocorrendo em seu benefício.</p><p>b) Biocentrismo: a proteção ambiental busca, ao fim, a prote-</p><p>ção de todos os seres vivos e não apenas a do ser humano.</p><p>c) Ecocentrismo: a proteção ambiental é um fim em si mesmo,</p><p>sendo o meio ambiente considerado sujeito de direitos. O meio ambien-</p><p>te deve ser tutelado ainda que isso não beneficie o ser humano ou os</p><p>seres vivos como um todo.</p><p>A Constituição Federal de 1988 é antropocêntrica, embora adote</p><p>“muitos temperos” (mitigações) biocêntricos e ecocêntricos. A vedação à</p><p>crueldade aos animais, por exemplo, é um toque biocêntrico na CF/88.</p><p>Até mesmo as Constituições equatoriana e boliviana seguem o funda-</p><p>mento ecocêntrico, ao afirmarem que a Terra tem direito de exigir que se</p><p>observe o meio ambiente ecologicamente equilibrado. Nesses documen-</p><p>tos, portanto, a Terra é reconhecida enquanto sujeito de direitos.</p><p>No plano político, essas diferentes visões acerca da proteção</p><p>ambiental e do Estado Constitucional Ecológico se refletem nos embates</p><p>entre nacionalistas e globalistas. Os globalistas visam a proteção ambien-</p><p>tal em todo o mundo (exemplo: Presidente da França Macron), enquanto</p><p>os nacionalistas visam os interesses nacionais, ainda que em prejuízo</p><p>das questões ambientais (exemplo: Trump, Presidente dos EUA).</p><p>No plano jurídico, essa discussão se evidencia em relação aos</p><p>limites e às possibilidades da intervenção jurisdicional em políticas pú-</p><p>blicas. Na ADPF 45, por exemplo, ficou decidido que razões de puro</p><p>pragmatismo governamental não podem levar a que se nulifiquem car-</p><p>gos mandatórios da CRFB/88. Na ADPF 347, foi abordado o estado de</p><p>coisa inconstitucional, em que o STF determinou a liberação dos recur-</p><p>sos do FUNPEN para utilização nos presídios, cabendo aos poderes,</p><p>cuja legitimidade é haurida do voto, definirem sua aplicação. Essas de-</p><p>cisões são um exemplo de uma jurisprudência defensiva de autoconten-</p><p>ção e uma decisão positiva para que os recursos sejam liberados.</p><p>ESPÉCIES DE MEIO AMBIENTE</p><p>Na ADI 3540, o STF reconheceu as seguintes espécies de</p><p>73</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>meio ambiente:</p><p>a) Meio ambiente natural ou físico: tutelado através de docu-</p><p>mentos como o SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conserva-</p><p>ção da Natureza – Lei 9.985/00), Código Florestal (Lei 12.651/12), Lei</p><p>da Biodiversidade (Lei 13.123/15), dentre outras. É interessante que a</p><p>Lei da Biodiversidade trata não apenas do meio ambiente natural como</p><p>também do meio ambiente cultural associado, dando a ele um valor e</p><p>estipulando a repartição de benefícios que podem ou não ser monetária.</p><p>b) Meio ambiente artificial: protegido pelo direito urbanístico</p><p>como um todo, em especial através de documentos como o Estatuto da</p><p>Cidade (Lei 10.257/01), o Estatuto da Metrópole (Lei 13.089/15) e pela</p><p>Lei 13.311/16 (ocupação e utilização de área pública urbana por equi-</p><p>pamentos urbanos do tipo quiosque, trailer, feira e banca de vendas de</p><p>jornais e de revistas).</p><p>c) Meio ambiente cultural: tutelado pelo arts. 215 e 216 da Cons-</p><p>tituição Federal de 1988, Lei do Tombamento (Decreto-Lei 25/37, que</p><p>protege tanto o patrimônio cultural material quanto o imaterial) e pela Lei</p><p>da Biodiversidade (Lei 13.123/15), o meio ambiente cultural distingue-se</p><p>do artificial, pois abrange relações de especial significância para aquela</p><p>cultura. O Eixo Monumental, em Brasília/DF, se insere no conceito de</p><p>meio ambiente cultural, sendo, inclusive, tombado pela UNESCO (há</p><p>uma mensagem de grande significância cultural e social no paisagismo</p><p>de Lúcio Costa e na arquitetura de Oscar Niemeyer). O meio ambiente ar-</p><p>tificial abrange, por exemplo, um apartamento comum em Águas Claras/</p><p>DF, em que há o mero uso, sem qualquer significância especial. O meio</p><p>ambiente digital alterou nossa forma de ser e o modo como nos relaciona-</p><p>mos em sociedade. As distâncias entre as pessoas foram reduzidas com</p><p>os meios digitais, levando a uma nova forma de comunicação.</p><p>d) Meio ambiente do trabalho: amparado através das leis traba-</p><p>lhistas, em especial o art. 7º da CF e a CLT.</p><p>74</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Ano: 2019 Banca: MS CONCURSOS Órgão: Prefeitura de Sonora –</p><p>MS Prova: Professor de Educação Infantil</p><p>Consoante a Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que instituiu a</p><p>Política Nacional de Educação Ambiental, atribua (V) verdadeiro ou</p><p>(F) falso aos itens e assinale a alternativa correta.</p><p>( ) Entendem-se por educação ambiental os processos por meio</p><p>dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais,</p><p>conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas</p><p>para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do</p><p>povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade.</p><p>( ) A educação ambiental é um componente essencial e permanente</p><p>da educação nacional, devendo estar presente, de forma articula-</p><p>da, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em</p><p>caráter formal e não formal.</p><p>( ) A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua es-</p><p>fera de ação, além dos órgãos e entidades integrantes do Sistema</p><p>Nacional de Meio Ambiente – Sisnama, instituições educacionais</p><p>públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da</p><p>União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organi-</p><p>zações não governamentais com atuação em educação ambiental.</p><p>a) V – V – V.</p><p>b) F – V – V.</p><p>c) V – F – V.</p><p>d) V – V – F.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Ano: 2019 Banca: CESPE Órgão: SLU-DF Prova: Analista de Ges-</p><p>tão de Resíduos Sólidos – Engenharia Ambiental</p><p>A respeito de educação ambiental, julgue o item subsecutivo.</p><p>uma saúde pública de qualidade. É importante destacar</p><p>que tais condições somente serão alcançadas a partir de uma promoção</p><p>de educação ambiental de qualidade em todas as esferas, principalmente</p><p>quanto à população. Mas, o que se entende por sustentabilidade?</p><p>Primeiramente, é imprescindível conhecer os principais pontos</p><p>referentes ao desenvolvimento sustentável. Este pode ser compreendi-</p><p>do como o desenvolvimento capaz de satisfazer as necessidades das</p><p>gerações presentes sem comprometer a capacidade de as gerações fu-</p><p>turas satisfazerem as suas próprias necessidades; já a sustentabilidade</p><p>consiste na capacidade de sustentar, manter o que foi conquistado. Por</p><p>isso, um estudo referente à parte teórica do desenvolvimento sustentá-</p><p>vel no âmbito do Direito Internacional do Meio Ambiente é importante.</p><p>12</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>CONCEITO</p><p>Primeiramente, é importante conhecer o conceito e os objetos da</p><p>educação ambiental. Tem-se que esta compreende a construção de valo-</p><p>res sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências por parte</p><p>da sociedade em interação com o Poder Público e voltados para a preser-</p><p>vação do meio ambiente ecologicamente equilibrado, o qual é classificado</p><p>como bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida.</p><p>Nos termos do caput do art. 225 da CF/88, consiste em um aspecto essen-</p><p>cial e da educação nacional, devendo estar previsto em todos os níveis e</p><p>modalidades do processo educativo, como será visto oportunamente.</p><p>Um dos princípios básicos da Educação Ambiental, conforme a</p><p>Lei n. 9.795/1999, é “a concepção do meio ambiente em sua totalidade,</p><p>EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A</p><p>SUSTENTABILIDADE</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>12</p><p>13</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>considerando a interdependência entre o meio natural, o socioeconô-</p><p>mico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade”. Sobre a ligação</p><p>entre a promoção da educação ambiental e a sustentabilidade, alguns</p><p>apontamentos são imprescindíveis, consoante o que será visto adiante.</p><p>A SUSTENTABILIDADE</p><p>A sustentabilidade ambiental possui diversos aspectos, sendo</p><p>implementada tanto no âmbito social, quanto na Administração Pública,</p><p>bem como no setor empresarial. Inclusive, nesses três setores, a edu-</p><p>cação ambiental deve ser implementada, não sendo restrita, apenas, à</p><p>educação nas escolas e universidades.Tem-se que a interação entre as</p><p>práticas de sustentabilidade e a educação ambiental consiste em uma</p><p>linha tênue, isto é, elas estão amplamente interligadas, uma vez que,</p><p>para fins de prática de sustentabilidade, é imprescindível um preparo</p><p>social, empresarial e da própria Administração Pública quanto aos obje-</p><p>tivos, princípios e as diretrizes da educação ambiental.</p><p>Tal constatação é tão consistente, pois, inclusive normas inter-</p><p>nacionais de Direito Ambiental acabam por apontar a educação ambien-</p><p>tal como um dos principais instrumentos para fins de viabilizar a preser-</p><p>vação do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Um exemplo é a</p><p>chamada Agenda 2030, fruto da Assembleia Geral da ONU, em 2015,</p><p>realizada na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos da América.</p><p>Esse documento trouxe os 17 (dezessetes) Objetivos do Desenvolvi-</p><p>mento Sustentável (ODS) e suas 169 metas, sendo que um deles é a</p><p>promoção da educação ambiental. A sua importância é tamanha que</p><p>muitos Estados acabaram por aderir às práticas, inclusive, no âmbito</p><p>dos entes políticos, muitos municípios paulistas, tais como São José</p><p>do Rio Preto e Santos, implementam, a cada dia, práticas referentes à</p><p>promoção da educação ambiental, observando os parâmetros da norma</p><p>internacional. Mas, o que se entende por sustentabilidade?</p><p>Primeiramente, é imprescindível conhecer os principais pontos</p><p>referentes ao desenvolvimento sustentável, que pode ser compreendi-</p><p>do como o desenvolvimento capaz de satisfazer as necessidades das</p><p>gerações presentes sem comprometer a capacidade de as gerações fu-</p><p>turas satisfazerem as suas próprias necessidades; já a sustentabilidade</p><p>consiste na capacidade de sustentar e manter o que foi conquistado. Por</p><p>isso, um estudo referente à parte teórica do desenvolvimento sustentável</p><p>no âmbito do Direito Internacional do Meio Ambiente é importante.</p><p>14</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL NO CONTEXTO INTERNA-</p><p>CIONAL</p><p>Considerada como um marco do Direito Internacional do Meio Am-</p><p>biental, a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente, também</p><p>conhecida como Conferência Internacional sobre o Meio Ambiente Huma-</p><p>no, foi realizada em Estocolmo, na Suécia, no ano de 1972, sendo que 113</p><p>países e mais de 400 organizações não governamentais participaram. Foi</p><p>quando o desenvolvimento sustentável começou a ser propagado, consis-</p><p>tindo, naquele momento, em uma ponderação entre a proteção do meio</p><p>ambiente ecologicamente equilibrado e o desenvolvimento econômico.</p><p>Vale a pena mencionar que a Conferência das Nações Unidas so-</p><p>bre Meio Ambiente de Estocolmo não é de natureza vinculante por possuir</p><p>status de norma soft law. Valério de Oliveira Mazzuoli (MAZZUOLI, 2018,</p><p>p. 925) explica que consistem em fontes do Direito Ambiental os princípios</p><p>gerais de direito, os quais se encontram em diversas declarações interna-</p><p>cionais sobre o meio ambiente, como, no caso, a de Estocolmo.</p><p>Embora não possua natureza vinculante, certo é que a Decla-</p><p>ração de Estocolmo influenciou o legislador brasileiro, a exemplo do art.</p><p>225 da Constituição Federal de 1988. Neste ponto, cabe a lembrança</p><p>de que o Brasil não aceitou as disposições de Estocolmo logo em se-</p><p>guida à edição da Declaração, e somente mudou sua posição em 1981</p><p>com a criação da Política Nacional do Meio Ambiente, marco da prote-</p><p>ção do meio ambiente no Brasil. José Afonso da Silva (SILVA, 2000, p.</p><p>67) menciona que a Declaração de Estocolmo:</p><p>“abriu caminho para que as Constituições supervenientes reconhecessem o</p><p>meio ambiente ecologicamente equilibrado como um direito humano funda-</p><p>mental sobre os direitos sociais do Homem, com sua característica de serem</p><p>realizados direitos a não serem perturbados.”</p><p>A partir da explicação de José Afonso da Silva, Valério de Oli-</p><p>veira Mazzuolli (MAZZUOLI, 2018, p. 928 - 929) leciona que:</p><p>a Declaração de 1972 conseguiu, portanto, modificar o foco do pensamen-</p><p>to ambiental do planeta, mesmo não se revestindo de qualidade de tratado</p><p>internacional, enquadrando-se, ao lado das várias declarações memoráveis</p><p>das Nações Unidas - de que são exemplos a Declaração Universal dos Direi-</p><p>tos Humanos de 1948 (no campo dos Direitos Humanos) e a Declaração do</p><p>Rio de Janeiro sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento de 1992 (na esfera</p><p>da proteção internacional do meio ambiente) - no âmbito daquilo que se con-</p><p>vencionou chamar de soft law ou droit doux (direito flexível), governado por</p><p>um conjunto de sanções distintas das previstas nas normas tradicionais, em</p><p>15</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>contraponto ao conhecido sistema do hard law ou droit dur (direito rígido).</p><p>Apesar de não se ter ainda, na sua moderna acepção ela compreende todas</p><p>aquelas normas que visam regulamentar futuros comportamentos dos Esta-</p><p>dos, sem deterem o status de ‘norma jurídica’, é que impõem além de san-</p><p>ções de conteúdo moral, também outras que podem ser consideradas extra-</p><p>jurídicas, em caso de descumprimento ou inobservância de seus postulados.</p><p>A Cúpula da Terra ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, em</p><p>1992, com a participação de 172 nações. Dentre os objetivos da Rio</p><p>92, destacam-se: a situação ambiental mundial nos últimos 20 anos,</p><p>ou seja, desde 1972; a transferência de tecnologias aos países sub-</p><p>desenvolvidos para a preservação ambiental; o exame de estratégias</p><p>nacionais e internacionais para incorporação de critérios ambientais ao</p><p>processo de desenvolvimento; o sistema de cooperação internacional</p><p>Uma das diretrizes do CONAMA a respeito de campanhas, proje-</p><p>tos e ações de educação ambiental defende uma abordagem que</p><p>contextualize as questões socioambientais em suas dimensões</p><p>histórica, econômica, cultural, política e ecológica e nas diferentes</p><p>escalas individual e coletiva.</p><p>( ) VERDADEIRO ( ) FALSO</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Ano: 2019 Banca: FUNRIO Órgão: Prefeitura de Porto de Moz – PA</p><p>Prova: Engenheiro Ambiental</p><p>75</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Assinale a alternativa incorreta. Segundo o disposto na Lei nº</p><p>9.795/99, são princípios básicos da educação ambiental:</p><p>a) A vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas sociais.</p><p>b) A garantia de continuidade e permanência do processo educativo.</p><p>c) A permanente avaliação crítica do processo educativo.</p><p>d) A abordagem desarticulada das questões ambientais locais, regio-</p><p>nais, nacionais e globais.</p><p>e) O reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade indivi-</p><p>dual e cultural.</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Ano: 2019 Banca: NC-UFPR Órgão: ITAIPU BINACIONAL Prova:</p><p>Profissional de Nível Universitário Jr – Pedagogia</p><p>A Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999, dispõe sobre a Educação</p><p>Ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá</p><p>outras providências. De acordo com o artigo 5º dessa lei, são obje-</p><p>tivos fundamentais da Educação Ambiental, EXCETO:</p><p>a) estímulo e fortalecimento de uma consciência crítica sobre a proble-</p><p>mática ambiental e social.</p><p>b) fomento e fortalecimento da integração com a ciência e a tecnologia.</p><p>c) incentivo à negociação de financiamentos a planos, programas e</p><p>projetos na área ambiental.</p><p>d) estímulo à cooperação entre as diversas regiões do País, em níveis</p><p>micro e macrorregionais, com vistas à construção de uma sociedade</p><p>ambientalmente equilibrada.</p><p>e) fortalecimento da cidadania, autodeterminação dos povos e solida-</p><p>riedade como fundamentos para o futuro da humanidade.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>No texto “Educação ambiental como política pública” (2005), os</p><p>autores ressaltam que, para se compreender a educação ambiental</p><p>como política pública, é interessante iniciar com os significados</p><p>dessas palavras, contextualizá-los na história do ambientalismo,</p><p>inserindo-os nas agendas dos governos, assim como seus desdo-</p><p>bramentos nas áreas da educação formal e não formal. A respeito</p><p>do tema, é correto afirmar:</p><p>a) O meio ambiente como política pública, não pontual, no Brasil, surge</p><p>após a Conferência de Hong Kong, em 1982, quando, devido às inicia-</p><p>tivas das Nações Unidas em inserir o tema nas agendas dos governos,</p><p>foi criada a SEMA (Secretaria Especial de Meio Ambiente).</p><p>b) Em 1983, sob a presidência da primeira-ministra norueguesa Gro</p><p>Brundtland, foi criada a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e De-</p><p>76</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>senvolvimento, que, em 1987, publicou “Nosso futuro comum”, que fi-</p><p>cou conhecido também como Relatório Brundtland.</p><p>c) A Educação Ambiental nasce como um processo educativo materia-</p><p>lizado nos valores econômicos e nas regras políticas de mercado, que</p><p>implica a questão distributiva entre benefícios e prejuízos da apropria-</p><p>ção e do uso da natureza.</p><p>d) Na década de 2010, começou-se a discutir um modelo de</p><p>desenvolvimento que harmonizasse as relações econômicas com o bem-</p><p>estar das sociedades e a gestão racional e responsável dos recursos</p><p>naturais, que Ignacy Sachs denominou de ecodesenvolvimento.</p><p>e) No Brasil, após a promulgação da Política Nacional de Educação</p><p>Ambiental (PNEA), foi criada no Ministério do Meio Ambiente a Coorde-</p><p>nação Geral de Educação Ambiental, e no Ministério da Educação, a Di-</p><p>retoria de Educação Ambiental, como instâncias de execução da PNEA.</p><p>QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE</p><p>Correlacione os principais princípios dispostos na Política Nacional de</p><p>Educação Ambiental e a sua implementação prática.</p><p>TREINO INÉDITO</p><p>São princípios da educação ambiental:</p><p>a) a permanente avaliação crítica do processo educativo; a abordagem</p><p>articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e glo-</p><p>bais; o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade indi-</p><p>vidual e cultural.</p><p>b) o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e</p><p>cultural; o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio am-</p><p>biente em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos eco-</p><p>lógicos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, cul-</p><p>turais e éticos; a garantia de democratização das informações ambientais.</p><p>c) o fomento e o fortalecimento da integração com a ciência e a tecnolo-</p><p>gia; a vinculação entre a ética, a educação, o trabalho e as práticas so-</p><p>ciais; a garantia de continuidade e permanência do processo educativo.</p><p>d) o desenvolvimento de uma compreensão integrada do meio ambiente</p><p>em suas múltiplas e complexas relações, envolvendo aspectos ecológi-</p><p>cos, psicológicos, legais, políticos, sociais, econômicos, científicos, cultu-</p><p>rais e éticos e; a garantia de democratização das informações ambientais.</p><p>e) o estímulo e o fortalecimento de uma consciência crítica sobre a pro-</p><p>blemática ambiental e social e; a garantia de continuidade e permanên-</p><p>cia do processo educativo.</p><p>77</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>NA MÍDIA</p><p>EDUCATRILHA NA ESCOLA: UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AM-</p><p>BIENTAL ENVOLVENDO ÁREAS PROTEGIDAS E ESCOLAS</p><p>Muitas pessoas acreditam que as atividades de educação ambiental em</p><p>áreas protegidas resumem-se a visitas monitoradas nas quais sejam</p><p>apresentados principalmente os atributos naturais do local. Porém, é</p><p>preciso que se reconheça que o papel educativo dessas áreas abrange</p><p>processos mais amplos voltados à formação de pessoas capazes de</p><p>desenvolverem uma visão crítica sobre a realidade socioambiental e</p><p>engajarem-se na sua transformação, de modo que as visitas às áreas</p><p>protegidas abram possibilidades para a reflexão e ação sobre temas</p><p>socioambientais locais, regionais, nacionais e globais.</p><p>Nesse sentido, o “EducaTrilha na Escola” é um programa educativo que</p><p>consiste em um concurso de projetos de educação ambiental desenvolvi-</p><p>dos nas escolas de Piracicaba, incluindo visitas à Estação Experimental</p><p>de Tupi (conhecida localmente como “Horto de Tupi”). A edição de 2018</p><p>foi realizada pelo Instituto Florestal (IF), Fundação Florestal (FF), Coor-</p><p>denadoria de Educação Ambiental (CEA), os quais são unidades do Sis-</p><p>tema Ambiental Paulista, e Secretaria Municipal de Defesa do Meio Am-</p><p>biente de Piracicaba (SEDEMA), com o apoio da Secretaria Municipal de</p><p>Educação de Piracicaba, da Diretoria de Ensino da Região de Piracicaba,</p><p>da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de</p><p>São Paulo – ESALQ/USP (Laboratório de Educação e Política Ambiental</p><p>– OCA e Grupo de Estudos Desafios da Prática Educativa – GEDePE) e</p><p>do Grupo Multidisciplinar de Educação Ambiental (GMEA).</p><p>O programa foi elaborado a partir do projeto de pesquisa “Educação</p><p>ambiental em áreas protegidas do Estado de São Paulo e sua contri-</p><p>buição à escola”, desenvolvido em nível de doutorado pela especia-</p><p>lista ambiental do IF, Maria Luísa Bonazzi Palmieri, sob orientação da</p><p>Professora Doutora Vânia Galindo Massabni, da ESALQ/USP. Nesse</p><p>projeto de pesquisa, foram analisadas as contribuições das visitas em</p><p>áreas protegidas do IF e da FF e propostos aspectos pedagógicos e</p><p>institucionais para a potencialização dessas contribuições. O “Educa-</p><p>Trilha na Escola” buscou colocar em prática as propostas apresentadas</p><p>na pesquisa. Este programa considerou, ainda, o “EducaTrilha: proces-</p><p>so de formação continuada de docentes em educação ambiental em</p><p>áreas naturais”, que também foi baseado em um projeto de pesquisa</p><p>e premiado pelo Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente de</p><p>Piracicaba (COMDEMA) em 2016.</p><p>O objetivo do “EducaTrilha na Escola” é fomentar processos crítico-re-</p><p>flexivos, participativos, contínuos e permanentes de educação ambiental</p><p>nas escolas que envolvam visitas à Estação Experimental</p><p>de Tupi e este-</p><p>78</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>jam comprometidos com os princípios das Políticas Nacional, Estadual e</p><p>Municipal de Educação Ambiental. Trata-se também de um projeto piloto</p><p>para a construção de políticas públicas de educação ambiental inovado-</p><p>ras com o público escolar nas áreas protegidas do Estado de São Paulo</p><p>e nas áreas verdes/parques urbanos do município de Piracicaba.</p><p>Os prêmios são educativos e consistem em uma viagem ao Núcleo Pi-</p><p>cinguaba do Parque Estadual da Serra do Mar, no município de Ubatu-</p><p>ba, com os professores das escolas vencedoras, bem como a realiza-</p><p>ção de atividades lúdico-educativas nas respectivas escolas.</p><p>Para subsidiar tais projetos, na edição de 2018 foram oferecidos sete</p><p>módulos formativos, os quais tiveram a participação de onze escolas</p><p>e dezessete professores e abordaram os seguintes temas: trilhas e vi-</p><p>vências em ambiente natural; diagnóstico socioambiental da escola e</p><p>do entorno; reflexões e práticas sobre o Tratado de Educação Ambien-</p><p>tal; reflexões e práticas sobre a educação ambiental nas escolas e nas</p><p>áreas naturais; participação social e protagonismo juvenil; elaboração</p><p>de portfólios; e estratégias de avaliação e de continuidade de projetos</p><p>de educação ambiental em escolas. Após a realização dos encontros e</p><p>das visitas das escolas na Estação Experimental de Tupi, os participan-</p><p>tes entregaram os portfólios, documentos nos quais registraram todas</p><p>as atividades desenvolvidas nas escolas e visitas e como elas se rela-</p><p>cionam com os critérios de pontuação do concurso.</p><p>Os critérios de pontuação foram divulgados no regulamento, baseados</p><p>nas Políticas Nacional, Estadual e Municipal de Educação Ambiental e</p><p>na pesquisa citada. São eles:</p><p>1) Planejamento das visitas de estudantes à Estação Experimental de</p><p>Tupi em conjunto com a equipe da unidade;</p><p>2) Número de atividades relativas ao projeto desenvolvidas nas escolas;</p><p>3) Atividades desenvolvidas nas escolas com a utilização de metodolo-</p><p>gias participativas, relativas ao projeto, envolvendo professores de dife-</p><p>rentes disciplinas (interdisciplinaridade);</p><p>4) Integração das atividades desenvolvidas com os conteúdos escola-</p><p>res e/ou com outros projetos em andamento nas escolas;</p><p>5) Abordagem do pensamento crítico nas atividades do projeto;</p><p>6) Protagonismo estudantil;</p><p>7) Participação das escolas nos encontros formativos promovidos pelo</p><p>projeto;</p><p>8) Avaliação;</p><p>9) Cooperação entre escolas nos encontros formativos;</p><p>10) Estratégias de continuidade de atividades educativas nas escolas.</p><p>Para cada critério, foram definidos meios de verificação, indicadores e a</p><p>pontuação correspondente.</p><p>79</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Ao final do processo, seis escolas que apresentaram portfólios conten-</p><p>do as atividades desenvolvidas foram premiadas, nas respectivas ca-</p><p>tegorias: Escola Municipal de ensino fundamental I: E.M. Prof. Wilson</p><p>Guidotti; Escola Particular de Ensino Fundamental I: Escola COOPEP;</p><p>Escola estadual de Ensino Fundamental II: 1º lugar: E.E. Prof. Manas-</p><p>sés Ephrain Pereira; 2º lugar: E.E. Prof. João Alves de Almeida; e 3º</p><p>lugar: E.E. Prof. Jethro Vaz de Toledo; e Escola Estadual de Ensino</p><p>Médio: E. E. Bairro Santo Antônio.</p><p>Ao longo do ano, os professores desenvolveram atividades nas escolas</p><p>utilizando metodologias abordadas nos encontros formativos (como a ár-</p><p>vore dos sonhos, o muro das lamentações, o resgate histórico e o bioma-</p><p>pa), bem como implantaram hortas, jardins e trilhas sensoriais. Também</p><p>foram realizadas atividades de reaproveitamento de materiais, pesquisa</p><p>de receitas de alimentos saudáveis, elaboração de músicas e desenhos</p><p>sobre temas socioambientais, estudo de plantas, rodas de conversa so-</p><p>bre temas socioambientais da escola e do entorno, entre outras.</p><p>As visitas à Estação Experimental de Tupi, por sua vez, foram planejadas</p><p>e conduzidas de forma conjunta pelos professores e equipe organizado-</p><p>ra. Diversas visitas utilizaram metodologias participativas durante a trilha,</p><p>como “quizz”, “bingo” e dinâmicas de grupo. Também foram realizadas</p><p>outras atividades, como apresentação de uma peça de teatro feita pelos</p><p>alunos, por exemplo. Como prêmio, foi oferecida uma viagem a cinco</p><p>professores de cada escola premiada ao Núcleo Picinguaba do Parque</p><p>Estadual da Serra do Mar, no município de Ubatuba. Nessa viagem, os</p><p>participantes ficaram hospedados na Praia da Fazenda e tiveram a opor-</p><p>tunidade de conhecer cinco ecossistemas diferentes: a mata de encosta,</p><p>a restinga, o manguezal, o costão rochoso e a praia. Também visitaram</p><p>uma comunidade quilombola e puderam conhecer um pouco sobre a his-</p><p>tória e a cultura locais. As trilhas realizadas na unidade (Trilha Fluvial no</p><p>Rio Fazenda, da Rendeira, Sensorial, do Jatobá e do Saco das Taquaras)</p><p>foram conduzidas por monitores locais (funcionários do parque e pessoas</p><p>da comunidade), valorizando os conhecimentos tradicionais e propician-</p><p>do aprendizagem sobre aspectos ecológicos, sociais, políticos e culturais.</p><p>Durante a estadia na unidade, também houve um momento de troca de</p><p>experiências com a equipe do núcleo Picinguaba.</p><p>Outro prêmio foi a possibilidade de realização do “Dia EducaTrilha na</p><p>Escola” em cada escola premiada, com atividades educativas plane-</p><p>jadas em conjunto pelos professores e pela equipe do programa, em</p><p>um momento de aprendizagem e celebração. Nesses eventos, foram</p><p>realizadas atividades lúdico-educativas sobre temas socioambientais,</p><p>visitas a cursos d’água próximos à escola, apresentações de poesias e</p><p>músicas feitas pelos alunos, entre outras atividades.</p><p>80</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Observa-se que o programa estimulou o desenvolvimento de processos de</p><p>educação ambiental nas escolas, que incluíram visitas à Estação Experi-</p><p>mental de Tupi. Está sendo elaborado um projeto de pesquisa para analisar</p><p>com profundidade os resultados dessa primeira edição do programa e de-</p><p>senvolvidas estratégias para obter a participação de mais escolas.</p><p>Há perspectivas de continuidade do programa neste ano de 2019, sen-</p><p>do que o planejamento da próxima edição está sendo elaborado consi-</p><p>derando a experiência de 2018 e buscando-se adequar a proposta às</p><p>demais demandas das escolas e órgãos de educação, especialmente</p><p>às orientações da Base Nacional Comum Curricular – BNCC.</p><p>FONTE: INFRAESTRUTURA E MEIO AMBIENTE</p><p>DATA: 14/01/2019</p><p>Disponível em: https://www.infraestruturameioambiente.sp.gov.br/edu-</p><p>cacaoambiental/2019/01/14/educatrilha-na-escola-um-programa-de-e-</p><p>ducacao-ambiental-envolvendo-areas-protegidas-e-escolas/.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>A Agenda 2030 traz a importância da difusão de práticas de sustentabi-</p><p>lidade a partir dos 17 ODS e suas 169 metas. É interessante destacar</p><p>que se trata de um instrumento internacional, o qual vem sendo imple-</p><p>mentado por países do mundo todo. No Brasil há uma forte onda por</p><p>parte dos municípios de implementar os seus objetivos do desenvolvi-</p><p>mento sustentável, principalmente, a partir da participação popular em</p><p>massa, promovendo a educação ambiental, um importante instrumento</p><p>para fins de promoção do desenvolvimento sustentável.</p><p>Um exemplo é o município de São José do Rio Preto, no interior de São</p><p>Paulo, o qual prove práticas de sustentabilidade e a promoção da edu-</p><p>cação ambiental em todos os setores.</p><p>PARA SABER MAIS</p><p>EDUCAÇÃO AMBIENTAL E TRANSVERSALIDADE</p><p>Disponível em: .</p><p>81</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>GABARITOS</p><p>CAPÍTULO 01</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE</p><p>Educação ambiental compreende a construção de valores sociais, co-</p><p>nhecimentos, habilidades, atitudes e competências, por parte da socie-</p><p>dade interagindo com o Poder Público, voltadas para a preservação do</p><p>meio ambiente ecologicamente equilibrado, classificado como bem de</p><p>uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de</p><p>vida, nos termos</p><p>do caput do art. 225, da CF/88, consistindo em um aspecto essencial</p><p>e da educação nacional, devendo estar prevista em todos os níveis e</p><p>modalidades do processo educativo, como será visto oportunamente.</p><p>Trata-se de um instrumento da promoção de práticas sustentáveis no</p><p>âmbito das grandes empresas, do setor público e da sociedade civil,</p><p>sendo uma obrigação por parte do Poder Público de promovê-la.</p><p>TREINO INÉDITO</p><p>Gabarito: E</p><p>82</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>CAPÍTULO 02</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE</p><p>Educação ambiental compreende a construção de valores sociais, co-</p><p>nhecimentos, habilidades, atitudes e competências, por parte da socieda-</p><p>de interagindo com o Poder Público, voltadas para a preservação do meio</p><p>ambiente ecologicamente equilibrado, classificado como bem de uso co-</p><p>mum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, nos termos do caput</p><p>do art. 225, da CF/88, consistindo em um aspecto essencial e da educa-</p><p>ção nacional, devendo estar prevista em todos os níveis e modalidades</p><p>do processo educativo, como será visto oportunamente. Logo, conclui-se</p><p>ser um dever de todos, não apenas do Poder Público, mas também da</p><p>sociedade, a preservação do meio ambiente ecologicamente equilibrado.</p><p>Práticas como as mencionadas são fruto da eficaz implementação de</p><p>uma educação ambiental realizada, não apenas, pelo Poder Público des-</p><p>tes municípios, mas também, de órgãos privados e, principalmente, da</p><p>própria população que se reúne em prol do meio ambiente.</p><p>Cada vez mais, a participação popular é indispensável!</p><p>TREINO INÉDITO</p><p>Gabarito: E</p><p>83</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>CAPÍTULO 03</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE</p><p>A educação ambiental é fundamentada em diversos princípios de suma</p><p>importância, destacando o princípio democrático, aquele que visa à par-</p><p>ticipação popular nas tomadas de decisão, como foi abordado ao longo</p><p>da unidade, buscando a opinião das pessoas, bem como a colaboração</p><p>nos atos implementados. Tal constatação é imprescindível, pois, na prá-</p><p>tica, a maioria dos municípios brasileiros que está implementando suas</p><p>respectivas políticas municipais abrem espaço para comentários da po-</p><p>pulação e sugestões para fins de melhoria contínua.</p><p>TREINO INÉDITO</p><p>Gabarito: A</p><p>84</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Durante toda a unidade, foi demonstrada a importância da promoção da</p><p>educação ambiental com a finalidade de, cada vez mais, a sociedade</p><p>avançar em prol da preservação do meio ambiente, de forma equilibrada</p><p>com o desenvolvimento econômico e as questões sociais. A educação</p><p>ambiental, como visto, não é, apenas, implementada no âmbito formal,</p><p>mas também, está prevista no cotidiano da sociedade, no setor priva-</p><p>do, no âmbito das grandes empresas, assim como, no setor público.</p><p>Indispensável que governos municipais, cada vez mais, implementem</p><p>os elementos previstos na Agenda 2030, pois somente assim, teremos</p><p>uma participação popular no que tange às questões ambientais.</p><p>85</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>AMORIM, João Alberto Alves. A ONU e o Meio Ambiente: Direitos Hu-</p><p>manos, Mudanças Climáticas e Segurança Internacional no Século XXI.</p><p>São Paulo: Atlas, 2015.</p><p>ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito Ambiental. 18ª ed., rev., atual. e</p><p>ampl. São Paulo: Atlas, 2016.</p><p>FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasilei-</p><p>ro. São Paulo: Saraiva, 2015.</p><p>MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público.</p><p>11ª ed., rev., atual. e ampl. São Paulo: Forense, 2018.</p><p>SCARANELLO, Tatiana. Manual passe na OAB: Teoria Sistematizada. 3ª</p><p>ed., coord. Marcelo Hugo da Rocha, São Paulo: Editora Saraiva, 2020.</p><p>SILVA, José Afonso da. Direito Ambiental Constitucional. 3ª ed. São</p><p>Paulo: Malheiros, 2000.</p><p>SOARES, Guido Fernando Silva. Direito Internacional do Meio Ambiente:</p><p>emergência, obrigações e responsabilidades. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2003.</p><p>SQUEFF, Tatiana de Almeida Freitas Rodrigues Cardoso. Análise Eco-</p><p>nômica do Direito Ambiental: Perspectivas Internas e Internacional. Lu-</p><p>men Juris Direito: Rio de Janeiro, 2016.</p><p>86</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>_30j0zll</p><p>_1fob9te</p><p>_3znysh7</p><p>_2et92p0</p><p>_GoBack</p><p>entre os Estados para coibir ameaças ambientais e, acaso venham a se</p><p>concretizar, mecanismos para amenizar os impactos ambientais; reava-</p><p>liação do sistema de organismos da ONU.</p><p>É interessante destacar que o desenvolvimento sustentável</p><p>ganhou destaque como a opção mundial para equilibrar o crescimento</p><p>econômico com a proteção do meio ambiente ecologicamente equilibra-</p><p>do. A partir desta premissa, diversos documentos foram aprovados na</p><p>oportunidade da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambien-</p><p>te e Desenvolvimento.</p><p>Primeiramente, destaca-se a Declaração do Rio, na qual fo-</p><p>ram aprovados 27 princípios ambientais que, conforme ensina Valério</p><p>de Oliveira Mazzuoli, nos termos dos trechos supratranscritos, trata-</p><p>-se de um direito flexível (soft law), não possuindo status de norma</p><p>propriamente dita, mas de fontes do Direito Internacional do Meio Am-</p><p>biente. É indispensável conhecer os princípios mencionados.</p><p>O desenvolvimento sustentável foi consagrado como princípio da</p><p>Declaração do Rio, entretanto, seu conceito somente foi definido por meio</p><p>do Relatório de Brundtland (presidido pela primeira ministra norueguesa Gro</p><p>Harlem Brundtland), também conhecido como “Nosso Futuro Comum” (Our</p><p>Common Future), elaborado pela Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente</p><p>e o Desenvolvimento e publicado em 1987, sendo definido como “o desen-</p><p>volvimento que satisfaz as necessidades presentes, sem comprometer a ca-</p><p>pacidade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades”.</p><p>16</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Segundo o Relatório da Comissão Brundtland, uma série de</p><p>medidas deve ser tomada pelos países para promover o desenvolvi-</p><p>mento sustentável: a) limitação do crescimento populacional; b) garan-</p><p>tia de recursos básicos a longo prazo; c) preservação da biodiversidade</p><p>e dos ecossistemas; d) diminuição do consumo de energia e desenvol-</p><p>vimento de tecnologias com uso de fontes energéticas renováveis; e)</p><p>aumento da produção industrial nos países não industrializados com</p><p>base em tecnologias ecologicamente adaptadas; f) controle da urbani-</p><p>zação desordenada e integração entre campo e cidades menores; g)</p><p>atendimento das necessidades básicas da população.</p><p>Em âmbito internacional, as metas propostas pelo relatório con-</p><p>sistem em: a) adoção da estratégia de desenvolvimento sustentável pe-</p><p>las organizações de desenvolvimento; b) proteção dos ecossistemas su-</p><p>pranacionais pela comunidade internacional; c) banimento das guerras;</p><p>d) implantação de um programa de desenvolvimento sustentável pela</p><p>Organização das Nações Unidas (ONU). Posteriormente ao Relatório de</p><p>Brundtland e à Rio 92, durante a Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimen-</p><p>to Sustentável, realizada em Joanesburgo (África do Sul, em 2010), a</p><p>Declaração de Joanesburgo estabeleceu que o desenvolvimento susten-</p><p>tável se baseia em três pilares: desenvolvimento econômico, desenvolvi-</p><p>mento social e proteção ambiental, devendo ambos estarem equilibrados.</p><p>No que tange ao pilar do desenvolvimento social, pode-se con-</p><p>cluir que a valorização do capital humano, principalmente no que con-</p><p>cerne à uma legislação trabalhista adequada e a um meio ambiente do</p><p>trabalho satisfatório para funcionários, assim como à garantia a uma</p><p>saúde pública de qualidade, satisfazendo as necessidades da popula-</p><p>ção como um todo, também as questões envolvendo os povos tradicio-</p><p>nais, a mulher, a infância e a juventude, além da desigualdade de gê-</p><p>nero. Já o pilar desenvolvimento econômico, refere-se a uma economia</p><p>mais preocupada com o meio ambiente, na qual o intuito lucrativo não</p><p>seja, apenas, a única vertente, devendo as externalidades negativas</p><p>serem internalizadas no processo industrial, além da preocupação com</p><p>a oferta de produtos ecoeficientes. Por fim, a preservação do meio am-</p><p>biente ecologicamente equilibrado, considerado como direito humano</p><p>de terceira dimensão (MAZZUOLI, 2018, p. 928).</p><p>Outro documento oriundo da Rio 92 é a Agenda 21, que con-</p><p>siste em um compromisso político não vinculante, cujo intuito é a formu-</p><p>lação de políticas públicas ambientais para o novo milênio, disposta em</p><p>quatro seções: a) Dimensões Econômicas e Sociais; b) Conservação</p><p>e Administração de recursos; c) Fortalecimento dos Grupos Sociais; d)</p><p>Meios de implementação. Também se destaca a Carta das Florestas,</p><p>conhecida ainda como Declaração de princípios para o desenvolvimen-</p><p>17</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>to sustentável das florestas, a qual não possui força vinculante.</p><p>É indispensável conhecer a Convenção sobre Diversidade Bio-</p><p>lógica, mais conhecida como Convenção da Biodiversidade, promulga-</p><p>da pelo Decreto presidencial 2.519/1998. Mazzuolli (MAZZUOLLI, 2018,</p><p>p. 930) ensina que a presente Convenção garante às presentes e futu-</p><p>ras gerações “a preservação da biosfera, visando à harmonia ambiental</p><p>do planeta.” No preâmbulo deste instrumento internacional:</p><p>“os Estados são responsáveis pela conservação de sua diversidade biológica</p><p>e utilização sustentável de seus recursos biológicos (...) a importância e a</p><p>necessidade de promover cooperação internacional, regional e mundial entre</p><p>os Estados e as organizações intergovernamentais e o setor não governa-</p><p>mental para a conservação da diversidade biológica e a utilização sustentá-</p><p>vel de seus componentes.”</p><p>O art. 1º da referida Convenção pressupõe os seguintes objeti-</p><p>vos: a conservação da biodiversidade, o uso sustentável de seus compo-</p><p>nentes e a divisão equitativa e justa dos benefícios gerados com a utiliza-</p><p>ção de recursos genéticos, por meio do acesso apropriado a tais recursos</p><p>e transferência de tecnologia relevante. Conforme abordado anteriormen-</p><p>te, os Estados possuem direito soberano de explorarem seus próprios</p><p>recursos, consoante suas políticas domésticas, desde que a exploração</p><p>referida não cause danos ao meio ambiente ecologicamente equilibrado.</p><p>Para tanto, se comprometeram a exigir avaliações de impactos ambien-</p><p>tais, instrumento, inclusive, da Política Nacional do Meio Ambiente.</p><p>Os Estados se comprometeram também a adotar medidas in-</p><p>dispensáveis para a conservação ex situ (conservação dos componen-</p><p>tes da diversidade biológica fora de seus habitats naturais) e in situ</p><p>(conservação de ecossistemas e habitats naturais e a manutenção e re-</p><p>cuperação de populações viáveis de espécies em seus meios naturais</p><p>e, no caso, de espécies que sejam domesticadas ou cultivadas, onde</p><p>tenham desenvolvido suas características.</p><p>Em decorrência da Convenção sobre Biodiversidade, o Proto-</p><p>colo de Cartagena, do qual o Brasil é signatário, veio com o intuito de</p><p>complementar o texto do instrumento internacional, por meio do Decreto</p><p>Legislativo 908, de 21 de novembro de 2003, assegurando maior prote-</p><p>ção quanto aos organismos vivos modificados resultantes da biotecno-</p><p>logia, levando em consideração os riscos para a saúde humana. Vale</p><p>destacar que o referido Protocolo não será aplicável aos organismos</p><p>modificados que consistam em medicamentos para uso de seres huma-</p><p>nos que estejam previstos em outras normas específicas.</p><p>Outro instrumento complementar da Convenção sobre Biodiversi-</p><p>dade é o Protocolo sobre Acesso e Repartição de Benefícios de Recursos</p><p>18</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Genéticos da Biodiversidade, de Nagoya, fruto da Conferência das Partes</p><p>(COP 10), ainda não ratificado pelo Brasil, entrando em vigor internacional-</p><p>mente em 12 de outubro de 2014, cujo objetivo é implementar a repartição</p><p>justa e equitativa de benefícios oriundos da utilização dos recursos gené-</p><p>ticos. No mais, nesta Conferência das Partes 10, houve uma elevação de</p><p>10% para 17% da meta de conservação de áreas protegidas terrestres;</p><p>embora, no que tange às áreas marinhas, o percentual se manteve em</p><p>10%. Também conhecida como Convenção das Nações Unidas sobre o</p><p>Direito do Mar, foi editada em Montego Bay, Jamaica, em 1982, entrando</p><p>em vigor, internacionalmente, no dia 16 de novembro de 1994.</p><p>O Brasil firmou a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito</p><p>do Mar juntamente com 118 países, em 22 de dezembro de 1998, veio a</p><p>ratificá-la. Uma nova perspectiva de exploração dos mares, mais especi-</p><p>ficamente, os fundos marinhos, veio a ser implementada, ficando adstrito</p><p>ao controle de toda humanidade (res communis). Apesar do objeto central</p><p>da Convenção ser a regulação dos ambientes marinhos, tais como do mar</p><p>territorial, da plataforma continental e da zona econômica exclusiva, ele</p><p>também se preocupa com a preservação dos oceanos, uma vez que a</p><p>conservação e utilização equitativa de seus recursos vivos e a proteção do</p><p>meio marinho são destaque no preâmbulo da Convenção de Montego Bay.</p><p>A Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e De-</p><p>senvolvimento definiu a importante AGENDA 21 GLOBAL, a qual tratou</p><p>em sua Seção III, Capítulo 17, da proteção dos Oceanos, de todos os</p><p>tipos de mares, das zonas costeiras e do uso racional dos recursos vi-</p><p>vos. O documento prevê gerenciamento integrado e desenvolvimento</p><p>sustentável das zonas costeiras, inclusive das zonas econômicas exclu-</p><p>sivas; proteção do meio ambiente marinho; uso sustentável dos recursos</p><p>marinhos vivos, tanto os de alto mar, quanto os de jurisdição nacional, e</p><p>o fortalecimento da cooperação e da coordenação no plano internacional.</p><p>É interessante correlacionar a Agenda 21, assim como a Con-</p><p>venção de Montego Bay e o art. 225, §4º, da Constituição Federal bra-</p><p>sileira de 1988. Este dispositivo declarou a zona costeira como patri-</p><p>mônio, devendo, sua utilização, ser feita, na forma da lei, em condições</p><p>que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quanto ao</p><p>uso dos recursos naturais. A Lei nº 7.661/ 1988 instituiu o Plano Nacio-</p><p>nal de Gerenciamento Costeiro (PNGC), cuja função preponderante é</p><p>a de “estabelecer normas gerais que visem à gestão ambiental da zona</p><p>costeira do país, lançando as bases para formulação de políticas, pla-</p><p>nos e programas estaduais e municipais”. O referido plano consiste em</p><p>um instrumento de gestão da costa litorânea brasileira, estabelecendo</p><p>normas gerais obrigatórias para os Estados e Municípios.</p><p>O PNGC dispõe que praias e mares territoriais são bens da</p><p>19</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>União, nos termos da legislação constitucional, cabendo aos Estados e</p><p>Municípios editar normas específicas, bem como a regulação de con-</p><p>trole de poluição em todas as suas formas, uso e ocupação do solo,</p><p>incluindo a limitação ao uso de imóveis na região.</p><p>No que tange ao licenciamento ambiental na zona costeira, a lei</p><p>em comento, em seu art. 6º, §2º, dispõe que ele será realizado através</p><p>de análise de Estudo de Impacto Ambiental e respectivo relatório de im-</p><p>pacto ambiental (EIA-RIMA). Esse processo consiste em uma condição</p><p>para qualquer atividade que enseje parcelamento ou remembramento</p><p>do solo, atos que poderão causar quaisquer alterações significativas</p><p>nas características naturais da Zona Costeira, devendo ser observados</p><p>os princípios da precaução e da prevenção. Ademais, o licenciamento</p><p>deverá obedecer às normas gerais, principalmente às Resoluções do</p><p>CONAMA, sob supervisão da Comissão Interministerial para os Recur-</p><p>sos do Mar. Um tema muito atual envolvendo a zona costeira brasileira</p><p>foi a edição de dois Decretos presidenciais que criaram novas unidades</p><p>de conservação marinha, publicados em 19/03/2018.</p><p>O primeiro decreto criou a Área de Proteção Ambiental (APA)</p><p>e o Monumento Natural (MONA) do Arquipélago de Trindade e Martim</p><p>Vaz e Monte Colúmbia, localizados no extremo leste da Zona Econômi-</p><p>ca Exclusiva (ZEE) do litoral do Estado do Espírito Santo. Já o segundo</p><p>decreto criou a Área de Proteção Ambiental (APA), Marinha do Arquipé-</p><p>lago de São Pedro e São Paulo e o Monumento Natural (MONA) Mari-</p><p>nho do Arquipélago de São Pedro e São Paulo no extremo nordeste da</p><p>Zona Econômica Exclusiva, no litoral do Estado de Pernambuco. Com a</p><p>criação dessas unidades, o Brasil ampliou de 1,5% para 25% a sua área</p><p>protegida na zona costeira marinha.</p><p>Logo após, no ano de 2002, ocorreu a Cúpula Internacional</p><p>sobre Financiamento e Desenvolvimento, que trouxe a Agenda Adis</p><p>Abeba. No mesmo ano ocorreu a então Cúpula Mundial sobre o De-</p><p>senvolvimento Sustentável (RIO+10), que, na verdade, não teve grande</p><p>projeção como a RIO+20, razão pela qual é pouco cobrada em provas,</p><p>entretanto, será estudada neste ponto, uma vez que é de extrema</p><p>importância no cenário atual do desenvolvimento sustentável.</p><p>A RIO+20 foi realizada na cidade do Rio de Janeiro, de 13 a</p><p>22 de junho de 2012, contando com a participação de 193 países. Des-</p><p>de 1972, havia uma discussão acerca do desenvolvimento sustentável,</p><p>que naquela época era o “ecodesenvolvimento”, mas não se discutia</p><p>como implementar estas práticas de sustentabilidade no cenário nacio-</p><p>nal dos países que participaram dessas reuniões. Então, era essa a</p><p>pendência no cenário internacional.</p><p>A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sus-</p><p>20</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>tentável veio para suprir uma lacuna existente, pois, apesar do maravilho-</p><p>so leque de normas internacionais sobre o desenvolvimento sustentável,</p><p>faltava uma forma de demonstrar aos países participantes desses outros</p><p>diplomas internacionais, meios de implementação destas práticas de sus-</p><p>tentabilidade em seus territórios. Um grande avanço que a RIO+20 trouxe</p><p>foi a estruturação de uma Governança do Desenvolvimento Sustentável</p><p>ou Governança Ambiental. No cenário pátrio, vale o destaque para o Sis-</p><p>tema Nacional do Meio Ambiente (SISNAMA), criado em 1981 junto com</p><p>a Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA). Observe-se que essa cria-</p><p>ção é anterior à RIO-92. Em 1981, o Brasil já trouxe uma estrutura para</p><p>implementar noções de sustentabilidade e uma política ambiental.</p><p>A governança de direito sustentável ou governança ambiental</p><p>significa a capacidade de instituições governamentais e não governa-</p><p>mentais de, por meio de órgãos, regras e processos, orientar condutas</p><p>de Estados e empresas em torno de valores e objetivos de longo prazo</p><p>para a sociedade. Com isso, a RIO+20 veio com o intuito de organizar</p><p>uma estrutura institucional, cujo condão é implementar tudo aquilo que</p><p>já havia sido discutido e aprovado em vários outros diplomas internacio-</p><p>nais sobre o assunto e jamais viabilizado na prática.</p><p>Houve uma nítida preocupação, principalmente, com os países</p><p>que começaram a partir da RIO-92 a se interessar por práticas de susten-</p><p>tabilidade. Por exemplo, como a China iria proteger o seu meio ambiente</p><p>se ela ainda não tinha uma estrutura que viabilizasse essas práticas de</p><p>sustentabilidade? Atualmente, a China é um dos países que mais avança</p><p>na adoção de tecnologias limpas no que concerne a fontes renováveis de</p><p>energia. Logo, a RIO+20 veio proporcionar a estes países “novatos” na</p><p>proteção ambiental um norte a ser seguido, demonstrando a necessidade</p><p>de serem criadas estruturas para implementar essas políticas ambientais.</p><p>Além da questão da governança ambiental, a RIO + 20 des-</p><p>tacou a preocupação com a economia verde, que hoje está em alta</p><p>na arquitetura, conforme se verifica em programas como da Discovery</p><p>Home Health. E também em relação aos produtos que utilizamos em</p><p>nosso dia a dia. Além disso, há projetos de lei que, adotando o caráter</p><p>extrafiscal dos tributos, concedem benefícios tributários a proprietários</p><p>de bens imóveis urbanos que adotem estas tecnologias na arquitetura</p><p>ou na construção civil de seus imóveis, cujo intuito é a diminuição da</p><p>dependência de energia elétrica, por exemplo. Portanto, há claramente,</p><p>uma mudança no Direito Tributário brasileiro, que torna o tributo um ins-</p><p>trumento capaz de viabilizar a implementação de políticas ambientais.</p><p>A partir desta explanação, surge o conceito de ecoeficiência.</p><p>O que seria algo mais ecoeficiente? Comprar uma caneta que custa</p><p>R$10,00 e dura seis meses ou comprar uma caneta que custa R$5,00</p><p>21</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>e dura apenas dois meses? Sem dúvidas, seria mais econômica e eco-</p><p>eficiente a primeira caneta, pois com maior carga, gera menor resíduo</p><p>sólido. O resíduo sólido, se não tiver uma destinação adequada, implica</p><p>em poluição do meio ambiente.</p><p>Atualmente, discute-se como otimizar a produção industrial, uti-</p><p>lizando produtos ecoeficientes. A ideia é baratear o custo dos produtos</p><p>adotando critérios de sustentabilidade. No mais, A RIO+20 trouxe, no-</p><p>vamente, à baila a discussão sobre a erradicação da pobreza, que é um</p><p>dos pontos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) da Agenda</p><p>2030. Assim como, quanto à violência, outro reflexo da ausência do</p><p>Estado em determinada região. O Estado deve estar mais presente,</p><p>implementando políticas públicas, especialmente aquelas relacionadas</p><p>à educação. A pobreza será radicada, principalmente, segundo os ins-</p><p>trumentos do Direito Internacional, através de uma política educacional.</p><p>Destaca-se, também, a edição do documento Esboço Zero,</p><p>verificando a necessidade de fortalecer a governança internacional am-</p><p>biental para a promoção do desenvolvimento sustentável. Por conta</p><p>disso, foi instituído um investimento no Programa das Nações Unidas</p><p>para o Meio Ambiente (PNUMA), para o qual os países desenvolvidos</p><p>deveriam repassar verbas anuais que seriam repassadas, mas, obvia-</p><p>mente, não há uma preocupação primordial desses países para com</p><p>este programa das Nações Unidas para o meio ambiente. Igual situa-</p><p>ção ocorre com o fundo criado pelo Acordo de Paris. Dessa maneira,</p><p>os Estados, através das suas instituições governais e também através</p><p>de instituições não governamentais, como as ONG’s que cada vez se</p><p>destacam mais em nosso país e no cenário internacional, alcançarão,</p><p>por meio das regras e processos, uma maneira de orientar os Estados</p><p>e empresas em torno dos valores e objetivos, em longo prazo, para via-</p><p>bilizar a implementação das noções de sustentabilidade na sociedade.</p><p>A RIO+20 teve a preocupação de conceituar o PIB verde para</p><p>estabelecer uma padronização metodológica do sistema de avaliação</p><p>da atividade econômica, tendo em vista os interesses e necessidades</p><p>de melhoria do meio ambiente, incluindo nessa mensuração novos pa-</p><p>râmetros socioambientais a serem observados e aferidos pelos diversos</p><p>países e, dessa forma, indo muito além dos parâmetros clássicos de de-</p><p>senvolvimento, limitados, então, essencialmente, apenas ao progresso</p><p>tecnológico, mítico e ilimitado aumento sempre a crescente da oferta</p><p>de bens e serviços para o consumo humano, cada vez mais insaciável.</p><p>Até então, a preocupação em relação ao PIB era tão somente</p><p>quanto ao crescimento econômico. Com a RIO+20, o PIB verde ampliou</p><p>o conceito de PIB conhecido. Se antes ele era considerado como o</p><p>crescimento econômico, agora ele é vislumbrado como o crescimento</p><p>22</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>econômico sustentável, observando-se o equilíbrio entre a preservação</p><p>do meio ambiente, as relações sociais e a preservação do meio ambien-</p><p>te ecologicamente equilibrado.</p><p>O ART. 225 DA CF/88</p><p>O art. 225, objeto de estudo, é de suma importância, pois é a</p><p>base do estado constitucional ecológico, além de ser o caráter fundante</p><p>da Constituição, interesse difuso e direito de terceira dimensão. Des-</p><p>taca-se que a lei não possui palavras inúteis e que o direito é um jogo</p><p>de palavras. Isso se aplica à Constituição e também à prova, ou seja, o</p><p>caput do artigo 225 traz os deveres do Poder Público e da coletividade.</p><p>O parágrafo primeiro elenca todos os deveres do Poder Público.</p><p>Verifica-se que todos têm direito ao macrobem ambiental, qual</p><p>seja, o equilíbrio ecológico. Trata-se de um interesse difuso, mas que</p><p>não possui relação com a classificação do Direito Administrativo e é</p><p>essencial para a existência (informação implícita na leitura do artigo) e</p><p>para a qualidade de vida da nossa existência. Exemplos são os casos</p><p>na China em que os cidadãos não podiam sair de suas casas por conta</p><p>da poluição atmosférica, tendo isso ocorrido também recentemente na</p><p>Califórnia. Por conta dessa essencialidade e desse direito de todos, o</p><p>caput do artigo traz também um dever, incumbido à sociedade e ao Po-</p><p>der Público, de defesa e preservação. Mais do que isso, cabe à socie-</p><p>dade manter, defender e preservar o meio ambiente, ou seja, trata-se de</p><p>um ato positivo para a geração atual e também para as futuras.</p><p>Cabe ressaltar que o Código Civil cuida dos nascidos com vida</p><p>e põe a salvo os direitos do nascituro. O artigo 225 da Constituição</p><p>traz direitos anteriores ao nascimento com vida e até mesmo anterior</p><p>ao nascituro, ao tratar de gerações futuras. O parágrafo primeiro do</p><p>art. 225 não traz incumbências para a coletividade, mas apenas para</p><p>o Poder público. Isso costuma ser cobrado em provas. Logo, todos os</p><p>incisos do parágrafo primeiro incumbem somente o Poder Público, pelo</p><p>menos constitucionalmente falando. É evidente que, na prática, alguns</p><p>desses incisos são incumbências também da coletividade, mas, para</p><p>efeitos de prova, incumbem somente o Poder Público.</p><p>O parágrafo primeiro difere do caput ao incumbir tão somente o</p><p>Poder Público, e não mais o Poder Público e a coletividade, dos deveres</p><p>dispostos nos incisos do referido parágrafo. Essa diferença é de extrema</p><p>importância. Quanto ao inciso primeiro, vale destacar os verbos preservar e</p><p>restaurar; ou seja, manter e, se for o caso de restauração ou recomposição</p><p>específica, restaurar, pois tem-se o efeito da incerteza, o efeito borboleta</p><p>23</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>que, em poucas palavras, pode conceituar-se como aquilo que se destrói e</p><p>não se sabe a consequência, isto é, como o planeta lidará com isso.</p><p>O inciso segundo trata do patrimônio genético, objeto da Lei de</p><p>Biossegurança, Lei nº 11.105/05 e também da Lei da Biodiversidade,</p><p>Lei nº 13.123/15. Trata ainda da fiscalização das entidades dedicadas</p><p>à pesquisa e manipulação de material genético. Como exemplo relacio-</p><p>nado ao assunto, tem-se a China, onde recentemente um cientista diz</p><p>ter feito uma clonagem humana. Nesse caso, tem-se o limite da bioética</p><p>e a preservação do patrimônio genético. O inciso terceiro trata do es-</p><p>paço territorial especialmente protegido, que é um gênero do qual são</p><p>espécies: área de preservação permanente (APP), reserva legal, todas</p><p>as unidades de conservação dispostas na Lei de Unidades de Conser-</p><p>vação – Lei nº 9.985/00 – apicuns, salgados, áreas de uso restrito etc.</p><p>O inciso ainda trata da alteração e supressão permitidas somente</p><p>através de lei, situação em que há exceção ao princípio do paralelismo das</p><p>formas, que dispõe que lei deve ser extinta por lei, ato deve ser extinto por</p><p>ato etc. Deve-se interpretar esse inciso da seguinte forma: qualquer altera-</p><p>ção que implique redução de limites originários demanda lei. Um exemplo</p><p>importante é quanto à ampliação de Unidade de Conservação feita por ato.</p><p>No entanto, se além de toda a ampliação houver uma mínima redução de</p><p>qualquer parte da UC, obrigatoriamente, deve ser feito por lei, em sentido</p><p>formal, e não mais por ato. É vedada a utilização de medida provisória para</p><p>tal fim conforme entendimento do STF nos informativos nº 873 e 896, pois</p><p>trata-se de um limite material implícito a edição de medidas provisórias que</p><p>versem sobre a redução de espaço territorial especialmente protegido.</p><p>No final do ano de 2018, foi aprovada na Câmara, por meio de</p><p>MP, a redução de treze espaços territoriais especialmente protegidos.</p><p>Nesse caso, tal ato foi feito mediante MP e Jabuti (ou contrabando legis-</p><p>lativo), ou seja, inserir uma emenda parlamentar com matéria estranha</p><p>à medida provisória. Isso se dá por duas razões: a primeira é de que</p><p>medida provisória tramita de maneira mais acelerada devido ao prazo</p><p>para conversão em lei; e a segunda, para não chamar atenção. O STF</p><p>já se manifestou em mais de uma oportunidade em 2015 e reafirmou em</p><p>2017</p><p>ser esse ato inconstitucional.</p><p>Ressalta-se que qualquer redução em espaço territorial espe-</p><p>cialmente protegido demandará lei especial. Dessa maneira, trabalha-</p><p>-se a exceção ao paralelismo das formas, pois isso facilita a criação e a</p><p>ampliação e dificulta a redução. Essa interpretação também é tratada no</p><p>art. 22, §§6º e 7º, da Lei nº 9.985/00, dos quais se recomenda a leitura.</p><p>Por fim, também é vedada qualquer utilização que comprometa a</p><p>integridade dos atributos que justifiquem sua proteção. Tal entendimento é</p><p>obvio, visto que, havendo proteção de lugar detentor de meio ambiente cul-</p><p>24</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>tural, exemplares raros da fauna, não é permitida sua utilização de forma a</p><p>comprometer o que justificou a criação do espaço territorial especialmente</p><p>protegido. No tocante ao inciso quarto, tem-se a Lei Complementar 140/11,</p><p>que trata do licenciamento, e as resoluções CONAMA 237/97 e 01/86.</p><p>Nesse inciso, deve-se atentar às palavras: “potencialmente”,</p><p>“significativa” e “publicidade”. Isto é, se houver obra ou atividade poten-</p><p>cialmente causadora de significativa degradação ao meio ambiente, se-</p><p>rão exigidos o estudo de impacto ambiental (EIA) e o relatório de impacto</p><p>ambiental (RIMA). O estudo de impacto ambiental é feito excepcional-</p><p>mente, ou seja, somente para obra de instalação ou atividade potencial-</p><p>mente causadora de significativa degradação ao meio ambiente. Já o</p><p>relatório de impacto ambiental nada mais é do que um estudo de impacto</p><p>ambiental menor, resumido, com linguagem acessível à população para</p><p>que a mesma tenha acesso à informação e possibilidade de reação.</p><p>Quando o estudo de impacto ambiental se faz necessário? A re-</p><p>solução 0001/86 traz um rol exemplificativo de hipóteses que estarão sujei-</p><p>tas ao estudo de impacto ambiental. Quando a hipótese não estiver nesse</p><p>rol exemplificativo, o órgão ambiental competente decide se o estudo de</p><p>impacto ambiental é necessário ou não. Vale ressaltar que a avaliação de</p><p>impacto ambiental (AIA) é ampla e possui espécies, tais como: estudo de</p><p>impacto ambiental (EIA), relatório de impacto ambiental (RIMA), avaliação</p><p>ambiental integrada (AAI), avaliação ambiental estratégica (AAE), plano</p><p>de recuperação de áreas degradadas (PRAD), entre outros. O estudo de</p><p>impacto ambiental será exigido na forma do art. 225, §1º, inciso IV. O EIA</p><p>é recorrentemente cobrado em provas e possui abrangência restrita, pois</p><p>nem sempre ele será exigido; trata-se de um estudo complexo.</p><p>Como dito, a resolução 0001/86 traz um rol exemplificativo de</p><p>hipóteses que estarão sujeitas ao estudo de impacto ambiental. Pode-</p><p>-se citar como exemplo desse rol estradas com várias bandas de ro-</p><p>dagem, grandes usinas hidrelétricas. Quanto ao inciso quinto, cita-se</p><p>como exemplo de risco para a vida, qualidade de vida e para o próprio</p><p>meio ambiente, o agrotóxico. Nesse caso, não se trata de tempero eco-</p><p>cêntrico, pois comporta riscos para o meio ambiente que refletem no ser</p><p>humano. O principal tempero biocêntrico encontra-se no inciso sétimo.</p><p>Pode-se citar como exemplo ainda os resíduos sólidos perigosos, os</p><p>agrotóxicos e assim por diante. No inciso sexto, aborda-se a educação</p><p>ambiental e a lei de política nacional de educação ambiental, Lei nº</p><p>9.795/99. Nos termos da lei, a educação ambiental tem um valor inse-</p><p>parável do exercício da cidadania, visto que ela é um princípio do direito</p><p>ambiental; entretanto é facultativa nos ensinos fundamental e médio.</p><p>Por fim, no inciso sétimo, aborda-se o direito dos animais, o</p><p>equilíbrio ecológico e também o dever ético de respeito aos animais. Não</p><p>25</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>se quer um macrobem ambiental; trata-se de um dever ético de respeitar</p><p>os animais. Cuida-se de um tempero biocêntrico, o antropocentrismo.</p><p>26</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>QUESTÕES DE CONCURSOS</p><p>QUESTÃO 1</p><p>Ano: 2012. Banca: FCC. Órgão: TRF – 5ª REGIÃO. Prova: ANALIS-</p><p>TA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA</p><p>Desenvolvimento Sustentável:</p><p>a) envolve iniciativas que concebem o meio ambiente de modo articulado</p><p>com as questões sociais, tais como: saúde, habitação e educação, e que</p><p>estimulem uma visão acrítica da população acerca das questões ambientais.</p><p>b) e crescimento econômico são sinônimos, significando atividades de</p><p>incentivo ao desenvolvimento do país, seguindo modelos de avanço</p><p>tecnológico e científico.</p><p>c) significa crescimento da economia, demonstrado pelo aumento anual</p><p>do Produto Nacional Bruto (PNB) combinado com melhorias tecnológi-</p><p>cas e ganhos sociais relevantes</p><p>d) pode ser alcançado somente através de políticas e diretrizes gover-</p><p>namentais de estímulo à redução do crescimento populacional do país,</p><p>tendo em vista que a dinâmica demográfica exerce forte impacto sobre</p><p>o meio ambiente em geral e os recursos naturais em particular.</p><p>e) significa crescimento econômico com utilização dos recursos natu-</p><p>rais, porém com respeito ao meio ambiente, à preservação das espé-</p><p>cies e à dignidade humana, de modo a garantir a satisfação das neces-</p><p>sidades das presentes e futuras gerações.</p><p>QUESTÃO 2</p><p>Ano: 2013. Banca: FCC. Órgão: SERGAS. Prova: TÉCNICO ADMI-</p><p>NISTRATIVO</p><p>A ideia de sustentabilidade vem ganhando espaço em nossos dias</p><p>em todos os setores da vida. No espaço organizacional, fala-se</p><p>de um “novo paradigma para as empresas”, que leve em conta as</p><p>preocupações ambientais. Certamente, a área do Marketing está</p><p>sendo afetada por essa nova visão de mundo. Apresenta um efeito</p><p>da noção de sustentabilidade sobre o Marketing:</p><p>a) o abandono do chamado “marketing verde”.</p><p>b) o estudo e a criação de embalagens não recicláveis.</p><p>c) o deslocamento do foco da promoção do consumo para a promoção</p><p>do consumo responsável.</p><p>d) a obsolescência planejada dos produtos.</p><p>e) o desenvolvimento de produtos ambientalmente menos seguros.</p><p>QUESTÃO 3</p><p>Ano: 2014 Banca: CESGRANRIO Órgão: Petrobras Prova: Enge-</p><p>27</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>nheiro(a) de Produção Júnior</p><p>O Relatório Brundtland, de 1987, propõe o conceito de desenvolvi-</p><p>mento sustentável como sendo o(a):</p><p>a) desenvolvimento que atende às necessidades do presente sem com-</p><p>prometer a habilidade das futuras gerações de atender às suas próprias</p><p>necessidades.</p><p>b) desenvolvimento onde a prioridade são as relações de trabalho jus-</p><p>tas, e sem prejudicar a camada de ozônio e outros elementos ambien-</p><p>tais no presente.</p><p>c) desenvolvimento onde a biodiversidade deve ser preservada a todo</p><p>custo.</p><p>d) forma pela qual a sociedade se organiza, considerando, essencial-</p><p>mente, os meios de produção e as relações trabalhistas.</p><p>e) forma de relacionamento entre o homem e o meio ambiente, conside-</p><p>rando a maximização do uso dos recursos no presente.</p><p>QUESTÃO 4</p><p>Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: TJ-RJ Prova: Juiz Substituto</p><p>Na evolução da normativa do Direito Ambiental Internacional, po-</p><p>de-se identificar documentos elaborados por Comissões, como</p><p>ocorreu com a Comissão da ONU sobre Meio Ambiente e Desenvol-</p><p>vimento. Esses documentos são posteriormente discutidos para,</p><p>eventualmente, serem incorporados em Declarações de Princípios</p><p>das Conferências sobre Meio Ambiente. Esse processo pode ser</p><p>identificado, quando da consagração do princípio do desenvolvi-</p><p>mento sustentável, respectivamente, pelo:</p><p>a) Programa da Agenda 21 e Declaração do Rio/92.</p><p>b) Plano de vigia Earthwatch e Cúpula de Johannesburgo.</p><p>c) Relatório Brundtland e Declaração do Rio/92.</p><p>d) Relatório Brundtland e Declaração de Estocolmo.</p><p>e) Plano de vigia Earthwatch e Declaração de Estocolmo.</p><p>QUESTÃO 5</p><p>Ano: 2016 Banca: FCC Órgão: Prefeitura de Teresina – PI Prova:</p><p>Técnico de Nível Superior – Engenheiro Ambiental e/ou Sanitarista</p><p>Satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capaci-</p><p>dade das gerações futuras de suprir suas próprias necessidades é</p><p>o cerne do conceito de desenvolvimento sustentável. Esse concei-</p><p>to foi proposto e publicado em:</p><p>a) 1997 no Protocolo de Kyoto.</p><p>b) 1972 na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente Humano.</p><p>c) 1992 na Rio-92.</p><p>28</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>d) 2012 na Rio + 20.</p><p>e) 1987 pelo Relatório Brundtland.</p><p>QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE</p><p>Disserte sobre a sustentabilidade e a educação ambiental.</p><p>TREINO INÉDITO</p><p>Sobre o Direito Internacional do Meio Ambiente e a educação am-</p><p>biental, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A educação ambiental consiste em um fenômeno exclusivo da políti-</p><p>ca brasileira.</p><p>b) É exclusiva no ensino escolar.</p><p>c) A Agenda 2030 é fruto de uma reunião no âmbito da ONU ocorrida no</p><p>ano de 2010.</p><p>d) O Brasil não é Estado participante da AGENDA 2030</p><p>e) A educação ambiental é de extrema importância no cenário do Direito</p><p>Internacional do Meio Ambiente, inclusive, constando dentre os objeti-</p><p>vos do desenvolvimento sustentável (ODS) da Agenda 2030</p><p>NA MÍDIA</p><p>“A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA A SUSTEN-</p><p>TABILIDADE”</p><p>“Na busca por uma consciência mais crítica sobre a sustentabilidade, a</p><p>educação ambiental deve ser trabalhada de forma abrangente para atingir</p><p>a todos os cidadãos. Ela pode ser entendida como uma metodologia, em</p><p>que cada pessoa pode assumir e adquirir o papel de membro principal</p><p>do processo de ensino ou aprendizagem. Os atuais problemas ambientais</p><p>revelam uma crise do antropocentrismo (do grego, anthropos “humano” e</p><p>kentron “centro” que significa homem no centro). Não é a natureza que está</p><p>em desequilíbrio, mas a forma como as sociedades estão estruturadas.</p><p>A sustentabilidade ocorre a partir de uma lógica que satisfaça as necessi-</p><p>dades atuais, sem comprometer as gerações futuras, pois o saber ambien-</p><p>tal emerge de uma reflexão sobre a construção da própria vida humana</p><p>no planeta. Enxergamos como fundamental que todo ser humano cumpra</p><p>com os seus deveres e obrigações cuidando bem da natureza. O processo</p><p>de educação ambiental requer, então, uma mudança comportamental.</p><p>O esgotamento nos ecossistemas dos recursos naturais e sua degradação</p><p>requerem ações não somente reativas, mas sim, cada vez mais proativas</p><p>num mundo em que o saber ambiental emerge de uma reflexão do nosso</p><p>projeto de dominação baseado na dualidade homem e natureza. A transfor-</p><p>mação do conhecimento em forma de tecnologias e instrumentos tem nos</p><p>mostrado que estamos utilizando indevidamente os saberes adquiridos.”</p><p>29</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>“Inúmeras discussões sobre a educação ambiental surgiram de uma ne-</p><p>cessidade histórica que, desde a década de 60, no século XX, discutem</p><p>a relação do homem com a natureza tentando, de certa forma, buscar</p><p>alternativas sustentáveis, sendo um dos caminhos para tentar mudar a</p><p>relação da humanidade com a natureza.</p><p>Segundo alguns estudiosos num terreno altamente político e ideológico,</p><p>a educação ambiental surge como proposta ao enfrentamento dessa</p><p>crise por meio da articulação entre as dimensões sociais e ambientais.</p><p>A preocupação com o tema no Brasil iniciou-se mais intensamente na</p><p>década de 90 com a aprovação da Lei 9.795, que institui a Política Na-</p><p>cional de Educação Ambiental. A lei afirma tratar-se de um componente</p><p>essencial e permanente da educação no país, devendo estar presente</p><p>de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo</p><p>educativo, em caráter formal e não formal em cada comunidade.</p><p>A educação ambiental deve ser abordada de forma sistemática e trans-</p><p>versal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da di-</p><p>mensão ambiental de forma interdisciplinar nas diversas disciplinas do</p><p>currículo e contextualizados com a realidade de cada comunidade.</p><p>Para tanto, deveremos utilizar de metodologias ativas que propiciem a edu-</p><p>cação ambiental sensibilizando e alertando para um sistema cíclico, recícli-</p><p>co e não linear, alcançando o pensamento sistêmico. Buscar em cada pla-</p><p>no de ensino gerar o conhecimento dos componentes e dos mecanismos</p><p>que regem os sistemas naturais, além de apresentar propostas de respon-</p><p>sabilização e reconhecimento do ser humano como principal protagonista</p><p>É necessário gerar a devida competência para a capacidade de avaliar</p><p>e agir efetivamente na gestão do sistema nos mais variados ambientes</p><p>educativos. Assim como, ajudar a exercer a cidadania na participação</p><p>ativa da mudança e resgatar os direitos promovendo uma nova ética</p><p>capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.»</p><p>“A educação ambiental tornou-se instrumento importante para construir um</p><p>futuro melhor para as próximas gerações de forma sustentável. Ela com-</p><p>preende os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade cons-</p><p>troem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências</p><p>voltados para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum da so-</p><p>ciedade, fundamental para a qualidade de vida e a sua sustentabilidade.</p><p>Nos meios sociais, a educação ambiental deverá ser trabalhada não</p><p>de forma fragmentada, estanque, imóvel ou ainda limitada às come-</p><p>morações de datas como dia do meio ambiente, dia da água ou dia do</p><p>índio. Não podemos mais ficar apenas com discussões a respeito da</p><p>reciclagem ou separação de lixo, dos desastres ambientais, enchentes</p><p>e outros temas catastróficos. Podemos, sim, educar para o despertar de</p><p>uma consciência e práticas de ações ambientais sustentáveis.</p><p>30</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Fonte: Gazeta do povo</p><p>Data: 19/03/2019</p><p>Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/giro-sustenta-</p><p>vel/importancia-da-educacao-ambiental-para-sustentabilidade/.</p><p>NA PRÁTICA</p><p>No contexto atual, as práticas de sustentabilidade ainda são considera-</p><p>das como pouco praticadas, seja no âmbito das grandes empresas, no</p><p>setor público ou na sociedade como um todo.</p><p>É indispensável que a educação ambiental cada vez mais promova a</p><p>implementação de atitudes sustentáveis, com a finalidade de, cada vez</p><p>mais, corroborar para uma preservação eficaz do meio ambiente.</p><p>Um exemplo é o município de Santos, localizado no litoral do Estado de</p><p>São Paulo. A preservação do meio ambiente está prevista em sua lei</p><p>orgânica, algo de extrema relevância. No entanto, mais relevante ainda</p><p>é a implementação, na prática, de atitudes sustentáveis que a Adminis-</p><p>tração municipal vem adotando, inclusive na promoção da educação</p><p>ambiental nas praias do município.</p><p>PARA SABER MAIS</p><p>Educação ambiental é sinônimo de sustentabilidade.</p><p>Disponível em: https://jornal.usp.br/radio-usp/radioagencia-usp/educa-</p><p>cao-ambiental-e-sinonimo-de-sustentabilidade/.</p><p>31</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>A AGENDA 2030 NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL</p><p>A Agenda 2030 consiste em um documento fruto da Assem-</p><p>bleia Geral da ONU, em Nova Iorque, no ano de 2015, cujo objetivo é a</p><p>implementação de um plano de ação para as pessoas, para o planeta</p><p>e para a prosperidade. Também busca fortalecer a paz universal com</p><p>mais liberdade, reconhecendo que a erradicação da pobreza em todas</p><p>as suas formas e dimensões, incluindo a pobreza extrema, é o maior</p><p>desafio global e um requisito indispensável para o desenvolvimento</p><p>sustentável. Vide:</p><p>A AGENDA 2030 NO CONTEXTO DA</p><p>EDUCAÇÃO AMBIENTAL E AS MU-</p><p>DANÇAS CLIMÁTICAS</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>31</p><p>32</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Figura 1 - Desenvolvimento Sustentável</p><p>Fonte: Plataforma da Agenda 2030</p><p>Figura 2 - Objetivos do Desenvolvimento Sustentável</p><p>Fonte: Plataforma Agenda 2030</p><p>Um exemplo de ODS é a erradicação da pobreza, consistindo no 1º</p><p>ODS, correlacionado com o 1º ODM, cujo objetivo é acabar com a pobreza</p><p>em todas as suas formas, em todos os lugares. As metas deste ODS são:</p><p>1.1 Até 2030, erradicar a pobreza extrema para todas as pessoas em todos</p><p>os lugares, atualmente medida como pessoas vivendo com menos de US$</p><p>1,25 por dia</p><p>1.2 Até 2030, reduzir pelo menos à metade a proporção de homens, mulhe-</p><p>res e crianças, de todas as idades,</p><p>que vivem na pobreza, em todas as suas</p><p>dimensões, de acordo com as definições nacionais</p><p>1.3 Implementar, em nível nacional, medidas e sistemas de proteção social</p><p>apropriados, para todos, incluindo pisos, e até 2030 atingir a cobertura subs-</p><p>tancial dos pobres e vulneráveis</p><p>1.4 Até 2030, garantir que todos os homens e mulheres, particularmente os</p><p>pobres e vulneráveis, tenham direitos iguais aos recursos econômicos, bem</p><p>como acesso a serviços básicos, propriedade e controle sobre a terra e ou-</p><p>tras formas de propriedade, herança, recursos naturais, novas tecnologias</p><p>apropriadas e serviços financeiros, incluindo microfinanças</p><p>1.5 Até 2030, construir a resiliência dos pobres e daqueles em situação de</p><p>33</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>vulnerabilidade, e reduzir a exposição e vulnerabilidade destes a eventos ex-</p><p>tremos relacionados com o clima e outros choques e desastres econômicos,</p><p>sociais e ambientais</p><p>1.a Garantir uma mobilização significativa de recursos a partir de uma varie-</p><p>dade de fontes, inclusive por meio do reforço da cooperação para o desen-</p><p>volvimento, de forma a proporcionar meios adequados e previsíveis para que</p><p>os países em desenvolvimento, em particular os países de menor desen-</p><p>volvimento relativo, implementem programas e políticas para acabar com a</p><p>pobreza em todas as suas dimensões</p><p>1.b Criar marcos políticos sólidos, em níveis nacional, regional e internacio-</p><p>nal, com base em estratégias de desenvolvimento a favor dos pobres e sen-</p><p>síveis a gênero, para apoiar investimentos acelerados nas ações de erradi-</p><p>cação da pobreza.</p><p>Fonte: Plataforma Agenda 2030</p><p>Para cada objetivo do desenvolvimento sustentável há metas</p><p>a serem alcançadas previstas na Agenda 2030. No Brasil, ela vem sen-</p><p>do implementada por parte dos governos federal, estadual e municipal.</p><p>Exemplo disso foi a criação da Comissão Nacional sobre Desenvolvi-</p><p>mento Sustentável, por meio do Decreto nº 8.892, de 27/10/2016:</p><p>Art. 1º Fica criada a Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvi-</p><p>mento Sustentável com a finalidade de internalizar, difundir e dar transparên-</p><p>cia ao processo de implementação da Agenda 2030 para o Desenvolvimento</p><p>Sustentável da Organização das Nações Unidas, subscrita pela República</p><p>Federativa do Brasil.</p><p>Parágrafo único. A Comissão Nacional para os Objetivos de Desenvolvimen-</p><p>to Sustentável é instância colegiada paritária, de natureza consultiva, inte-</p><p>grante da estrutura da Secretaria de Governo da Presidência da República,</p><p>para a articulação, a mobilização e o diálogo com os entes federativos e a</p><p>sociedade civil.</p><p>Figura 3 - Plano de Ação CNODS 2017 - 2019.</p><p>Fonte: Plataforma Agenda 2030</p><p>34</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Figura 4 - Missão da Comissão para os ODS</p><p>Fonte: Plataforma da Agenda 2030</p><p>Figura 5 - Visão da Comissão Nacional para os ODS</p><p>Fonte: Plataforma da Agenda 2030</p><p>Esta Comissão, na verdade, visa implementar a governança sus-</p><p>tentável, conforme pressupõe a Rio+20, formada por diversos membros,</p><p>sendo considerada colegiada e de natureza consultiva. Tal Comissão re-</p><p>úne representantes dos três níveis de governo, assim como representan-</p><p>tes da sociedade civil, os quais são considerados como responsáveis por</p><p>difundir e articular com os entes políticos e a sociedade civil, as ideias</p><p>dispostas na Agenda 2030, para fins de implementá-las em todo o territó-</p><p>rio nacional. Quanto à internalização da Agenda 2030, portanto, tem-se:</p><p>Figura 6 - Sociedade Brasileira</p><p>Fonte: Plataforma Agenda 2030</p><p>35</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Logicamente que não basta a internalização da Agenda 2030</p><p>apenas, mas também é imprescindível que ocorra a interiorização, isto</p><p>é, que estados e municípios brasileiros, assim como entes privados e</p><p>a sociedade civil como um todo, acabem implementando os 17 ODS e</p><p>suas respectivas metas. Segundo a Plataforma Agenda 2030, para fins</p><p>de implementação dos objetivos do desenvolvimento sustentável, é in-</p><p>dispensável que sejam realizadas as seguintes iniciativas:</p><p>- Estimular a criação de Comissões Estaduais para os ODS</p><p>para coordenação das atividades relativas à implementação da Agenda</p><p>2030 nos respectivos estados.</p><p>- Estimular a criação de Comissões Municipais para os ODS</p><p>nos municípios brasileiros para coordenar a implementação da Agenda</p><p>2030 nos respectivos municípios.</p><p>- Estimular os Estados e Municípios a mapear as políticas pú-</p><p>blicas (PPA) e sua relação com as metas dos ODS.</p><p>- Valorizar e dar visibilidade em todo o território nacional às</p><p>boas práticas que contribuam para o alcance das metas dos ODS, por</p><p>meio de prêmio, selos, certificados e sistematização de boas práticas,</p><p>dentre outros, para facilitar aos gestores públicos, ao setor privado, à</p><p>academia e às organizações da sociedade civil a implantação de proje-</p><p>tos que contribuam para o alcance dos ODS.</p><p>- Estimular as organizações da sociedade civil a realizarem o mape-</p><p>amento e a divulgação da relação dos seus projetos com as metas dos ODS.</p><p>- Estimular o setor privado a realizar o mapeamento e a divul-</p><p>gação da relação dos seus projetos com as metas dos ODS.</p><p>- Fortalecer as plataformas e observatórios públicos e da socie-</p><p>dade civil que disponibilizam dados e diagnósticos sobre a situação dos</p><p>municípios, estados e do país, relativos ao alcance das metas dos ODS.</p><p>- Estimular e fortalecer parcerias que contribuam com projetos,</p><p>ações e iniciativas para o alcance dos ODS.</p><p>- Estimular a capacitação de atores e gestores locais.</p><p>Em relação à estrutura da Comissão:</p><p>36</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Figura 7 - Comissão Nacional ODS</p><p>Fonte: Plataforma Agenda 2030</p><p>Conforme o art. 2º, do Decreto instituidor (Decreto nº 8.892,</p><p>27/10/2016), a Comissão possui as seguintes atribuições:</p><p>l. Elaborar Plano de Ação para implementação da Agenda 2030;</p><p>II. Propor estratégias, instrumentos, ações e programas para a imple-</p><p>mentação dos ODS;</p><p>III. Acompanhar, monitorar o desenvolvimento dos ODS e elaborar</p><p>relatórios periódicos;</p><p>IV. Elaborar subsídios para discussões sobre o desenvolvimento sus-</p><p>tentável em fóruns nacionais e internacionais;</p><p>V. Identificar, sistematizar e divulgar boas práticas e iniciativas que</p><p>colaborem para o alcance dos ODS; e</p><p>VI. Promover a articulação com os órgãos e entidades públicas das</p><p>Unidades da Federação, para disseminação e implementação dos</p><p>ODS nos níveis estadual, distrital e municipal.</p><p>O referido Plano para fins de implementação da Agenda 2030</p><p>é composto por 5 (cinco) eixos:</p><p>Fluxograma 1 - Eixos Estratégicos</p><p>Fonte: Plataforma Agenda 2030</p><p>37</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Destaca-se a necessidade da interiorização da Agenda 2030,</p><p>principalmente no que concerne aos municípios brasileiros, consistindo</p><p>em um dos eixos principais do Plano. Há que se considerar, ainda, que</p><p>grande parte dos governos municipais não leva em consideração a ne-</p><p>cessidade da preservação do meio ambiente ecologicamente equilibra-</p><p>do, corroborando, assim, para o surgimento de um desequilíbrio social,</p><p>cuja compreensão se dá pela ausência de saneamento básico adequa-</p><p>do, de tratamento dos corpos hídricos, pela ausência de órgãos de fis-</p><p>calização ambiental para fins de coibir queimadas, as quais prejudicam</p><p>bastante a saúde dos munícipes, além da falta de reflorestamento, oca-</p><p>sionando a alta temperatura dos centros urbanos. Infelizmente, esta é a</p><p>triste realidade da maioria. Por outro lado, alguns municípios, ainda que</p><p>constituam uma minoria, estão implementando as práticas previstas na</p><p>Agenda 2030, como Franca/SP e São José do Rio Preto/SP.</p><p>Fórum Franca Sustentável “Agenda 2030” é apresentado</p><p>à comunidade.</p><p>Após cerca de 1 ano de um intenso trabalho entre as Insti-</p><p>tuições de Ensino Superior de Franca (UNESP, UNIFRAN, UNIFACEF</p><p>E FDF), o Fórum Franca Sustentável – assim nomeado o grupo de</p><p>docentes e autoridades que têm se reunido para discutir os pilares</p><p>da</p><p>sustentabilidade da ONU “Agenda 2030” – foi apresentado à comu-</p><p>nidade na noite do dia 22 de abril, no auditório do SENAI de Franca.</p><p>Entre os participantes do evento, estiveram os represen-</p><p>tantes da Associação do Comércio e Indústria de Franca (ACIF),</p><p>prefeitos de municípios vizinhos, docentes e alunos das quatro</p><p>Instituições e a Sra. Flávia Lancha, principal incentivadora do gru-</p><p>po e demais representantes da sociedade civil organizada.</p><p>O Fórum Franca Sustentável foi criado no primeiro semestre</p><p>de 2018, devido a necessidade das IES se preocuparem e sedimenta-</p><p>rem os objetivos dos pilares da ONU, assim chamado “Agenda 2030”.</p><p>Após reunirem seus principais docentes com ideias inovadoras, os</p><p>pilares foram subdivididos em 9 grupos de trabalhos. São eles:</p><p>- Assistência Social.</p><p>- Saúde.</p><p>- Educação, Cultura e Igualdade de Gêneros.</p><p>- Indústria, Comércio e Serviços.</p><p>38</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>- Economia Solidária e Cooperativismo.</p><p>- Agricultura e Agronegócio.</p><p>- Planejamento, Desenvolvimento Urbano e Habitação.</p><p>- Meio Ambiente.</p><p>- Instituições.</p><p>Com reuniões mensais, os GTs se organizam para verificar</p><p>os indicadores e metas a serem alcançadas para a cidade dentro</p><p>de seus temas.</p><p>Durante o evento realizado em abril, todas as Instituições</p><p>apresentaram seus pontos de vista em relação ao projeto, além de con-</p><p>tar com uma importante apresentação do Prof. Cláudio Paiva, repre-</p><p>sentante da Agenda 2030 na cidade de Araraquara – SP. Finalizadas as</p><p>apresentações, a palavra foi aberta aos participantes do evento.</p><p>O Fórum Franca Sustentável espera promover outros</p><p>eventos para apresentar as atividades desenvolvidas à comunida-</p><p>de de Franca.</p><p>Fonte: Unifran</p><p>Disponível em: https://www.unifran.edu.br/noticias/forum-</p><p>-franca-sustentavel-agenda-2030-e-apresentado-comunidade/.</p><p>A partir da reportagem mencionada, verifica-se o trabalho em</p><p>conjunto da comunidade, representada por entidades civis, empresa-</p><p>riais e as universidades localizadas no município, juntamente com o</p><p>ente municipal. Dentre os temas tratados, além da questão da preser-</p><p>vação do meio ambiente, pilar do desenvolvimento sustentável sobre</p><p>preservação ambiental, o planejamento, desenvolvimento urbano e</p><p>habitação, tema de extrema relevância, também foi abordado, assim</p><p>como, a promoção da educação e da saúde de qualidade, assuntos</p><p>que fazem parte do pilar do desenvolvimento sustentável referente ao</p><p>desenvolvimento social. Também se vislumbra a preocupação com o</p><p>desenvolvimento econômico, outro pilar do desenvolvimento sustentá-</p><p>vel, ao se preocupar com o comércio, a indústria e a economia solidária.</p><p>O exemplo de Franca, município localizado no interior de São</p><p>Paulo, deve ser acompanhado para fins de ser viabilizado, na prática,</p><p>de ser um parâmetro para muitos outros municípios brasileiros. Não</p><p>apenas por conta dos assuntos tão sensíveis à sobrevivência dos indiví-</p><p>duos, mas também pela interação entre o Poder Público e a sociedade,</p><p>observando o princípio democrático previsto no art. 225 da CF/88.</p><p>A participação popular deve ser incentivada ao máximo, principal-</p><p>mente quando o assunto é meio ambiente. Para a promoção desta partici-</p><p>pação, uma educação ambiental deve ser, de fato, posta em prática, como</p><p>no caso do município de Santos/SP, a partir do Instituto Mar Azul.</p><p>39</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Ação de proteção ao oceano recolhe 26 kg de microlixo no</p><p>José Menino, em Santos.</p><p>Cerca de 100 pessoas participaram da ação de combate ao</p><p>lixo no mar, na manhã de sábado (05), no José Menino. Além de um</p><p>mutirão de limpeza de praia, com voluntários do Instituto Mar Azul e</p><p>da Associação de Moradores e Amigos Pé na Areia (Amapena), a Se-</p><p>cretaria Municipal de Meio Ambiente (Semam) promoveu a interven-</p><p>ção artística em bueiros. Foram recolhidos 26 quilos de microlixo,</p><p>incluindo 2.781 bitucas de cigarro, 2.154 plásticos moles, 1.861 plás-</p><p>ticos rígidos, 1.307 embalagens de balas e doces e 1.143 isopores.</p><p>Com a mensagem ‘O Mar Começa Aqui’, as pinturas, fei-</p><p>tas pelos artistas plásticos Érico Bomfim e Thiago Amorodio, têm</p><p>como objetivo chamar a atenção para o correto descarte de resídu-</p><p>os. A Prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Meio Ambien-</p><p>te, desenvolve desde 2017, convênio com a Agência Ambiental da</p><p>Suécia para estudo das fontes de poluição marinha.</p><p>Fonte: Prefeitura de Santos</p><p>Disponível em: https://www.santos.sp.gov.br/?q=noticia/</p><p>acao-de-protecao-ao-oceano-recolhe-26-kg-de-microlixo-no-jose-</p><p>-menino-em-santos.</p><p>Figura 8 - Projeto Microlixo</p><p>Fonte: Instituto Mar Azul</p><p>Percebe-se a importância da participação popular para fins de</p><p>preservação do meio ambiente marinho, no município santista. Além do</p><p>recolhimento do microlixo, conforme notícia disponibilizada, o instituto</p><p>40</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>Mar Azul promove a educação ambiental através de projetos para fins</p><p>de conscientização da importância do descarte correto de resíduos só-</p><p>lidos. Através destas práticas, assim como de campanhas realizadas</p><p>pela prefeitura, a educação ambiental chega aos banhistas que usu-</p><p>fruem das praias de Santos, aos turistas, principalmente na época do</p><p>verão, à sociedade como um todo, principalmente ao comércio local e</p><p>às indústrias instaladas na região. Assim, é de suma importância que</p><p>muitos municípios, como o de Santos, adotem tais práticas.</p><p>Outro exemplo interessante é quanto aos animais de rua, cuja</p><p>população é crescente em todo o país, em decorrência do abandono.</p><p>No município de São Pedro/SP, cidadãos se uniram para fins de imple-</p><p>mentar o Projeto Cão Comunitário, cuja intenção é promover ações de</p><p>proteção e bem-estar dos animais, assim como a conscientização da</p><p>posse responsável.</p><p>Juntamente com o comércio local, os membros da comunida-</p><p>de iniciaram a instalação de comedouros e bebedouros nas paredes</p><p>externas dos estabelecimentos, sendo que toda a sociedade se tornaria</p><p>responsável pela manutenção, limpeza e abastecimento de água e de</p><p>ração. A prática, que está sendo copiada por outros municípios brasilei-</p><p>ros, promove a adoção consciente dos animais de rua.</p><p>A preocupação com os animais também faz parte dos objetivos do</p><p>desenvolvimento sustentável, previstos na Agenda 2030 e deve ser promo-</p><p>vido à população, a partir de uma educação ambiental eficaz. No entanto,</p><p>ainda se vislumbram retrocessos em matéria de preservação ambiental,</p><p>contrariando os preceitos da referida Agenda 2030 e indo na contramão da</p><p>educação ambiental. Infelizmente, muitos comércios utilizam-se, de forma</p><p>inadequada, de folhetos promocionais, os quais são lançados massiva-</p><p>mente nas residências e nas ruas das pequenas e grandes cidades.</p><p>Para fins de exemplo, no mesmo município de São Pedro/</p><p>SP, foi aprovada a Lei Complementar nº 170/ 2019, alterando o artigo</p><p>102 da Lei Complementar nº 78/2012, de autoria do vereador Robinho</p><p>Pedrosa, conhecida como Código de Postura do Município. A referida</p><p>lei complementar determinava a proibição da distribuição de folhetos,</p><p>panfletos ou qualquer tipo de material impresso veiculando mensagens</p><p>publicitárias em para-brisas, debaixo de portas, jogados no chão ou lan-</p><p>çados de veículos, aeronaves ou edificações; algo benéfico, não ape-</p><p>nas para a população, mas também para fins de preservação do meio</p><p>ambiente ecologicamente equilibrado.</p><p>Ademais, a lei em questão não proibia a distribuição dos fo-</p><p>lhetos, mas apenas regulamentava esta prática, até porque estabelecia</p><p>que a entrega fosse realizada em local apropriado, sendo proibida a</p><p>colocação em grades, portões ou o lançamento no interior de jardins e</p><p>41</p><p>E</p><p>ST</p><p>U</p><p>D</p><p>O</p><p>S</p><p>A</p><p>M</p><p>B</p><p>IE</p><p>N</p><p>TA</p><p>IS</p><p>-</p><p>G</p><p>R</p><p>U</p><p>P</p><p>O</p><p>P</p><p>R</p><p>O</p><p>M</p><p>IN</p><p>A</p><p>S</p><p>garagens, com exceção de jornais e periódicos, ocasionando, por conta</p><p>do descumprimento da norma, aplicação de multa. Posteriormente, foi</p><p>aprovado o projeto de Lei Complementar nº 15/2019, o qual revogou a</p><p>lei complementar que regulamenta a distribuição de panfletos</p>

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