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<p>Os núcleos intrarradiculares ou de preenchimento são indicados para dentes com coroas total ou parcialmente destruídas e que necessitam de tratamento com prótese. Desse modo, as características da coroa clínica preparada são recuperadas, conferindo ao dente condições biomecânicas para manter a prótese em função por um longo período de tempo.</p><p>Os dentes tratados endodonticamente, devido a sua perda de substância dentinária, apresentam menor resistência mecânica, tornando-se friáveis. Quando o remanescente dental encontra- se enfraquecido, se torna fundamental o uso de retentores intra-radiculares, para retenção do material restaurador. Diante da variação de opções existentes para se restaurar um elemento extensamente destruído, torna-se importante, o conhecimento dos retentores intra-radiculares e sua indicação de acordo com cada caso clínico</p><p>O uso de pinos intra-radiculares têm como objetivo o reforço da estrutura do remanescente coronário, a reposição da estrutura perdida e o aumento da retenção do material de preenchimento principalmente em dentes anteriores sobre os quais as forças de cisalhamento incidem mais frequentemente (Andrade</p><p>et al., 2006).</p><p>Os fatores que influenciam na seleção dos pinos intra radiculares podem ser listados: comprimento radicular4,7, anatomia dentária9, largura da raiz15, configuração do canal21, quantidade de estrutura dentária coronal25, força de torção14, estresse31, desenvolvimento da pressão hidrostática37, de sign do pino39-41, material do pino47-51, compatibilidade dos materiais52, capacidade de adesão55, retenção do núcleo23,56, reversibilidade38, estética e material da coroa.</p><p>Deve-se analisar a quantidade de estrutura coronal remanescente após o preparo do dente para o tipo de restauração pla- nejada (p. ex., coroa metalocerâmica, total metá- lica ou total cerâmica), definindo inclusive o nível do término cervical. Após esse preparo inicial, e de acordo com a quantidade de estrutura coronal remanescente, torna-se mais fácil decidir pela realização ou não do tratamento endodôntico.</p><p>Uma regra básica é que, existindo aproxima- damente a metade da estrutura coronal, de prefe- rência envolvendo todo o terço cervical do dente, pois é essa a região responsável pela retenção friccional da coroa e que auxiliará na neutralização de parte da força que incidirá sobre a coroa, mini- mizando o efeito das tensões geradas na interface coroa/cimento/dente, o restante da coroa pode ser restaurado com material de preenchimento, usan- do meios adicionais de retenção fornecidos por pinos rosqueáveis em dentina</p><p>Do ponto de vista mecânico, a estrutura den- tária remanescente e o material de preenchimen- to são interdependentes em relação à resistência final do dente preparado, ou seja, um contribui para aumentar a resistência estrutural do outro.</p><p>Os materiais que melhor desempenham a função de repor a estrutura dentinária perdida na porção coronal de um dente preparado são as re- sinas compostas. Essa escolha é determinada pe- las propriedades desse material, especialmente seu módulo de elasticidade e sua capacidade de adesão à dentina.</p><p>Do ponto de vista mecânico, a estrutura den- tária remanescente e o material de preenchimen- to são interdependentes em relação à resistência final do dente preparado, ou seja, um contribui para aumentar a resistência estrutural do outro.</p><p>Os materiais que melhor desempenham a função de repor a estrutura dentinária perdida na porção coronal de um dente preparado são as re- sinas compostas. Essa escolha é determinada pe- las propriedades desse material, especialmente seu módulo de elasticidade e sua capacidade de adesão à dentina.</p><p>De modo geral, os dentes tratados endodonticamente são considerados mais suscetíveis à fratura.1-5 Diversos fatores são inerentes ao próprio tratamento endodôntico, pois há a perda da integridade das estruturas, associada ao preparo do acesso, que leva à maior deflexão das cúspides durante a função e ao aumento da possibilidade de fratura e de microinfiltrações De modo geral, os dentes tratados endodonticamente são considerados mais suscetíveis à fratura.</p><p>Para determinarmos se o dente tratado endodonticamente requer colocação de um pino intracanal, temos de fazer as seguintes considerações quanto à quantidade de estrutura dental remanescente:</p><p>1 Poucadestruiçãodaporçãocoronária(somenteaberturacoronária): muitos autores consideram que, nessa situação, não há necessidade de uso de um pino intrarradicular. No entanto, a utilização, seja de um pino de fibra de vidro, seja de um de metal, reforçaria a estrutura coronal, dificultando a fratura desse remanescente durante os movimentos funcionais e parafuncionais realizados pelo paciente.</p><p>2 Pouca ou moderada destruição da porção coronária (menos de 50% e/ou mais de 2 mm de altura de remanescente coronário): nessas situa- ções, atualmente os pinos pré-fabricados metálicos de aço inoxidável, titânio ou especial- mente aqueles de fibras de vidro ou fibras de carbono têm sido amplamente usados, por oferecerem vantagens como: a) tempo clínico reduzido; b) resistência à corrosão e à fadiga; c) propriedades mecânicas semelhantes às do dente; d) facilidade de remoção do pino do canal; e) estética; f) baixo custo; e g) preparo mais conservador.8,14</p><p>3 Grandeperdadaporçãocoronária(maisde50%e/oumenosde2mm de altura de remanescente coronário): deve-se dar preferência a núcleo metá- lico fundido de ouro ou a ligas nobres, por oferecerem maior resistência à corrosão e baixa rigidez (comparativamente aos pinos de liga não nobre).3 Os núcleos metálicos fundidos apresentam vantagens no caso de existirem múltiplos dentes necessitando de reconstrução, pois, após a moldagem simultânea de todos os condutos, os núcleos podem ser confeccionados individualmente no laboratório, assim como nos casos em que há grande diferença na angulação da raiz com a coroa protética, pois nessa situação permi- tem a obtenção de um melhor alinhamento com o dente adjacente e de um eixo de inserção mais favorável (no caso de próteses múltiplas).1</p><p>4 Grandeperdadaporçãocoronária(maisde50%)eraízescomalarga- mento excessivo: o alargamento excessivo do conduto deve-se a cáries extensas, uso prévio de núcleos com largo diâmetro, iatrogenias durante abertura da câmara coronária, sobreinstrumentação endodôntica, rizogênese incompleta, reabsorção inter- na,16 anomalias de desenvolvimento e causas idiopáticas – nesta última situação, a restau- ração com núcleos convencionais pode tornar-se dificultada ou até inviável,17-19 uma vez.</p><p>Preparo do conduto</p><p>A análise da largura e do comprimento radiculares é de grande importância, pois o preparo indevido do espaço do pino pelo uso de brocas de diâmetro largo pode provocar perfuração lateral ou apical da raiz.</p><p>Comprimento do pino</p><p>O comprimento do pino intrarradicular, como regra geral, deve atingir dois terços do com- primento total do remanescente dental. Entretanto, o meio mais seguro – principalmente naqueles dentes que tenham sofrido perda óssea – é ter o pino no comprimento equivalen- te à metade do suporte ósseo da raiz envolvida.</p><p>Essa regra baseia-se em duas outras: na primeira, quanto maior o comprimento do pino, melhores são a retenção e a distribuição de estresses, além de maior resistência a fraturas; já a segunda estabelece a necessidade de pelo menos 3 a 5 mm de guta-percha para manter o selamento apical.</p><p>w</p><p>rgggqrgb fgbgtfffffffggggt bte</p><p>5</p>