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<p>Anatomia e Fisiologia Humana</p><p>FELIPE MASUTTI SCHMIDT</p><p>Porto Alegre, 2024</p><p>Curso Técnico de Enfermagem</p><p>Sistema músculo esquelético</p><p>Os ossos e os músculos atuam em conjunto,</p><p>fornecendo proteção para os órgãos e permitindo a</p><p>movimentação do organismo. O movimento é uma das</p><p>funções mais importantes para o ser humano, pois</p><p>permite o deslocamento em busca de alimentos,</p><p>abrigo, segurança, etc.</p><p>Sistema musculo esquelético</p><p>Podemos refletir sobre tudo que envolve o movimento</p><p>em nosso dia a dia – a perda da capacidade de mover</p><p>os braços e as pernas, em decorrência de um</p><p>acidente vascular encefálico ou de um trauma</p><p>raquimedular, causa diversas restrições e em alguns</p><p>casos a total dependência para sobrevivência.</p><p>OSSOS</p><p>Os ossos são um tipo especializado de tecido conjuntivo,</p><p>cuja principal característica é a mineralização do cálcio e</p><p>fosfato, formando uma estrutura chamada de</p><p>hidroxiapatita (osso desmineralizado, cálcio sintético).</p><p>Essa mineralização ocorre sobre uma matriz orgânica</p><p>formada por colágeno e outros elementos. Essa matriz</p><p>forma uma espécie de rede, onde se depositam o cálcio e</p><p>o fosfato.</p><p>OSSOS</p><p>O osso é uma estrutura viva, possuindo vasos sanguíneos</p><p>e nervos em seu interior. Está em constante remodelação,</p><p>que pode ser evidenciada, por exemplo, durante a</p><p>regeneração de fraturas ou na colocação de aparelhos</p><p>ortodônticos.</p><p>OSSOS</p><p>OSSOS</p><p>Renovação óssea</p><p>É um processo no qual as células ósseas antigas são</p><p>destruídas e reabsorvidas pelo osteoclastos, e novas</p><p>células surgem pela ação dos osteoblastos.</p><p>Por exemplo, a porção distal do fêmur é totalmente</p><p>substituída a cada quatro meses, em um processo gradual.</p><p>Diariamente, algumas células são absorvidas e novas</p><p>células surgem.</p><p>O processo assegura a integridade mecânica do esqueleto</p><p>ao longo da vida, pois as células ósseas envelhecem como</p><p>todas as outras e precisam ser substituídas.</p><p>Renovação óssea</p><p>Deve haver um equilíbrio entre a ação dos osteoclastos,</p><p>durante a remoção de cálcio, e a dos osteoblastos, na</p><p>formação da matriz orgânica.</p><p>Se muito cálcio for depositado, podem se formar calos</p><p>ósseos ou esporas, causando interferência nos movimentos.</p><p>Se muito cálcio for retirado, há o enfraquecimento dos</p><p>ossos, tornando-os flexíveis e sujeitos e fraturas.</p><p>Renovação óssea</p><p>Em pessoas idosas, esse equilíbrio e a velocidade de renovação</p><p>diminuem, o que os torna mais propensos a fraturas.</p><p>Há ainda a osteoporose, na qual a renovação da matriz óssea não</p><p>ocorre da forma correta e a deposição de cálcio e fosfato é menor.</p><p>Renovação óssea</p><p>Além da locomoção, os ossos desempenham outras</p><p>funções:</p><p>- Sustentação das partes moles.</p><p>- Receptáculo e proteção de órgãos.</p><p>- Hematopoiética na produção de células sanguíneas, entre</p><p>outras.</p><p>Renovação óssea</p><p>No esqueleto adulto, encontramos 206 ossos que estão</p><p>articulados entre si, exceto o osso hioide.</p><p>No recém-nascido, esse número varia conforme a literatura,</p><p>algumas obras falam em 240, outras, em 260.</p><p>Esse maior número se deve ao fato de os ossos longos na</p><p>criança estarem subdivididos, o que permite o seu</p><p>crescimento.</p><p>Estrutura dos ossos longos</p><p>(Classificação feita de acordo com sua forma:)</p><p>Diáfise: é o corpo do osso, a parte</p><p>cilíndrica principal;</p><p>Epífise: são as extremidades distais e</p><p>proximais do osso;</p><p>Metáfise: são as regiões no osso onde</p><p>a diáfise se junta com a epífise. Em</p><p>crianças há tecido cartilaginosos, que</p><p>permite o crescimento do osso no</p><p>comprimento;</p><p>Periósteo: bainha de tecido conjuntivo</p><p>que reveste a superfície do osso não</p><p>recoberta pela cartilagem. Serve para</p><p>proteção, contribui no reparo de fraturas</p><p>e ajuda na nutrição;</p><p>Cartilagem articular: camada de</p><p>cartilagem hialina que reveste a epífise,</p><p>onde o osso se articula com outro osso.</p><p>Estrutura dos ossos longos</p><p>(Classificação feita de acordo com sua forma:)</p><p>Ossos longos: são aqueles em que o comprimento predomina sobre a</p><p>largura e a espessura. Apresentam uma escavação central, o canal</p><p>medular, onde se encontra a medula óssea, e são constituídos por um</p><p>corpo (diáfise) e duas extremidades (epífises). Exemplo: fêmur;</p><p>Ossos curtos: são ossos em que as três dimensões se equivalem, e</p><p>mais ou menos cúbicos. Exemplo: ossos do tarso (pé).</p><p>Ossos planos: são ossos finos, em que o comprimento e a largura</p><p>predominam sobre a espessura. Exemplo: parietal;</p><p>Ossos alongados: são ossos longos, porém, achatados e não</p><p>apresentam canal central. Exemplo: costelas;</p><p>Ossos pneumáticos: são ossos ocos, com cavidades cheias de ar e</p><p>revestidas por mucosa (seios), apresentando pequeno peso em relação</p><p>ao seu volume. Exemplos: esfenoide, maxila;</p><p>Ossos irregulares: são aqueles que apresentam uma caracterização</p><p>muito específica; Exemplo: vértebras.</p><p>Cabeça</p><p>Dividida em: crânio, onde se aloja o encéfalo; a face, onde</p><p>se inicia o aparelho respiratório, digestório e são</p><p>encontrados os órgãos dos sentidos.</p><p>Cabeça</p><p>Crânio: Constituído por oito ossos: quatro ímpares (frontal, occipital, etmoide e</p><p>esfenoide) e dois pares (temporal e parietal). O crânio pode ser base do crânio.</p><p>A base do crânio é irregular e apresenta inúmeros forames por onde transitam</p><p>vasos e nervos.</p><p>Cabeça - Ossos</p><p>Frontal: está situado anteriormente (testa), na região acima do nariz se</p><p>localiza o seio frontal, que forma o osso frontal pneumático. A borda</p><p>superior articula-se com os ossos parietais, constituindo a sutura</p><p>coronal. O ponto de união do osso parietais chama-se bregma. Esse</p><p>ponto, nos três primeiros meses de vida, é conhecido como fontanela</p><p>anterior ou moleira;</p><p>Cabeça - Ossos</p><p>Occipital: osso mais posterior do crânio, a borda superior do occipital</p><p>se articula com o parietal, formando a sutura lambdoide. Na união dos</p><p>três ossos está o ponto lambda, que no recém-nascido constitui a</p><p>fontanela posterior. Na base do occipital existe o forame magno, que</p><p>comunica a fossa craniana com o canal vertebral. Ao lado deste existem</p><p>duas saliências, os côndilos do occipital;</p><p>Ossos Crânio</p><p>Esfenoide: localiza-se no centro da base do crânio, atrás do etmoide e</p><p>em frente ao occipital. O corpo do esfenoide tem a forma de cubo oco,</p><p>formando o seio esfenoidal, e apresenta uma fossa, chamada de fossa</p><p>hipofisiária onde se aloja a glândula hipófise.</p><p>Ossos Crânio</p><p>Etmoide: entra na constituição da maior parte da cavidade nasal. Sua</p><p>lâmina perpendicular forma o septo nasal (parede que divide a cavidade).</p><p>Na face lateral estão as lâminas orbitais que correspondem á cavidade</p><p>orbital. A face medial forma a parede lateral da cavidade nasal; nesta fase</p><p>estão as conchas nasais, superior e média;</p><p>Ossos Crânio</p><p>Temporal: osso par, dividido em três partes: escamosa, petrosa e</p><p>timpânica. Na parte petrosa do osso encontra-se o aparelho auditivo;</p><p>Ossos Crânio</p><p>Parietal: osso par que se articula com o oposto pela sutura sagital, que</p><p>dá nome ao plano sagital. No recém-nascido, entre os ossos parietais</p><p>existe um tecido cartilaginoso, o que permite que durante o parto normal</p><p>esses ossos sofram uma cavalgadura (um fica sobre outro), dando um</p><p>aspecto triangular para a cabeça, que desaparece em poucos dias. Isso</p><p>facilita a passagem do feto pelo óstio uterino e canal vaginal.</p><p>Ossos do Crânio</p><p>As fontanelas ou moleiras são formadas por um tecido fibrocartilaginoso e</p><p>recobertas pela aponeurose e tecido epitelial (couro cabeludo). Sua</p><p>função é reservar espaço para o crescimento do cérebro, cujo perímetro</p><p>aumenta de 0,5 a 0,7 centímetros por semana, no primeiro mês de vida, e</p><p>continua aumentando, ao longo dos 18 meses seguintes. Com o</p><p>amadurecimento da criança, as fontanelas vão se fechando: a posterior</p><p>deixa de ser perceptível aos 2, 3 meses; a anterior maior é visível até o</p><p>quinto ou sexto mês, depois passa a ser apenas palpável, desaparecendo</p><p>por volta dos 18 meses.</p><p>Ossos do Crânio</p><p>Ainda existem as fontanelas esfenoidal e mastoidea, que não são tão</p><p>perceptíveis. As fontanelas pulsam de acordo com a pulsação das</p><p>artérias meníngeas.</p><p>Ossos do Crânio</p><p>As articulações entre os ossos do crânio são sinartroses do tipo suturas.</p><p>A articulação do crânio com a primeira vértebra do pescoço é uma</p><p>diartrose</p><p>chamada atlanto-occipital, que une o côndilo do occipital á</p><p>vertebra chamada de atlas, por meio de ligamentos e cápsula articular. O</p><p>movimento é de flexão e extensão da cabeça.</p><p>Face</p><p>Situada anteriormente na cabeça óssea, inferior ao crânio, é constituída</p><p>de 14 ossos, sendo dois ímpares (Vômer e mandíbula) e seis pares</p><p>(maxila, zigomático, palatino, lacrimal, nasal e concha nasal).</p><p>Coluna Vertebral</p><p>A coluna vertebral é formada por 33</p><p>vértebras, sendo sete cervicais, doze</p><p>torácicas e cinco lombares; pelo</p><p>sacro, composto de cinco vértebras</p><p>fundidas, e pelo cóccix, formado de</p><p>quatro vértebras rudimentares</p><p>fundias entre si. Costuma-se usar a</p><p>abreviação C1 a C7 para indicar as</p><p>cervicais, T1 a T12 para as torácicas,</p><p>L1 a L5 para as lombares, S1 a S5</p><p>para as sacrais e Cc para as</p><p>coccígeas.</p><p>Coluna Vertebral</p><p>É dividida em três regiões: cervical, torácica e</p><p>lombar. O comprimento médio no sexo masculino</p><p>é de cerca de 70 cm, e 61 no feminino.</p><p>Ela não é retilínea, sendo que as curvaturas a</p><p>tornam 17 vezes mais resistente. No embrião, a</p><p>coluna vertebral tem a forma de “C” com</p><p>concavidade anterior. Com o desenvolvimento, a</p><p>curvatura muda progressivamente. A curvatura</p><p>cervical desenvolve-se á medida que a criança</p><p>tenta erguer a cabeça - por volta dos três meses</p><p>– e está formada na época de sentar e engatinhar.</p><p>A curvatura lombar desenvolve-se quando a</p><p>coluna é tracionada anteriormente pelos</p><p>músculos no esforço do bebê ficar em pé, porém,</p><p>torna-se firme, bem consolidada, por volta dos</p><p>dois anos de idade.</p><p>Coluna Vertebral</p><p>A superposição das</p><p>vértebras e seus forames</p><p>vertebrais forma o canal</p><p>vertebral, que abriga a</p><p>medula. As regiões da</p><p>coluna cervical e o</p><p>número das vértebras</p><p>servem de referência na</p><p>delimitação e posição</p><p>anatômica de diversos</p><p>órgãos e estruturas.</p><p>Pescoço</p><p>Algumas vértebras cervicais recebem designações especiais:</p><p>Atlas: é a primeira vértebra cervical. Apresenta face articular superior</p><p>para o côndilo occipital;</p><p>Áxis: é a segunda vértebra cervical, forma o eixo ao redor do qual gira a</p><p>primeira vértebra, levando consigo a cabeça. Apresenta uma saliência</p><p>dirigida para cima que forma o corpo de Atlas, chamada dente (processo</p><p>odontoide). A fratura do dente em choques pode comprimir a medula ou o</p><p>bulbo, levando á morte. A sétima apresenta um processo espinhoso longo</p><p>e desenvolvido, sendo palpável na base do pescoço.</p><p>Com exceção da primeira e segunda vértebra cervical, as</p><p>demais vértebras apresentam sete elementos básicos:</p><p>Coluna Vertebral</p><p>Corpo: localiza-se na posição anterior, tem forma cilíndrica com duas faces</p><p>ásperas, para inserção dos discos intervertebrais;</p><p>Forme vertebral: orifício situado atrás do corpo por onde passa a medula;</p><p>Processo espinhoso: situa-se medialmente atrás do forame. Sentimos</p><p>quando passamos a mão sobre a coluna vertebral;</p><p>Processo transverso: prolongamentos laterais que se projetam</p><p>transversalmente;</p><p>Processo articular: em número de quatro (dois superiores e dois</p><p>inferiores). Saliências que servem para articulação das vértebras. As faces</p><p>articulares são revestidas de cartilagem hialina;</p><p>Lâminas: duas placas largas que partem dorsalmente e medialmente dos</p><p>pedículos;</p><p>Pedículos: parte estreitada que liga o arco ósseo á parte póstero-lateral da</p><p>vértebra. A superposição dos pedículos forma, a cada dois deles, o forame</p><p>intervertebral por onde saem os nervos espinhais.</p><p>Coluna Vertebral</p><p>Entre os corpos das vértebras existe uma articulação do tipo anfiartrose,</p><p>composta pelo disco intervertebral, que funciona como um amortecedor</p><p>mantendo as vértebras afastadas. Esse disco é formado por uma parte</p><p>externa fibrocartilaginosa e um núcleo externo pulposo com grande</p><p>quantidade de água.</p><p>Pescoço</p><p>Abriga parte do sistema respiratório superior e digestório, além dos</p><p>grandes vasos que se dirigem para a cabeça. Os ossos do pescoço são o</p><p>hioide, localizado anteriormente, e as vértebras cervicais, posteriormente.</p><p>Pescoço</p><p>Hioide: é o único osso que não se articula com o resto do esqueleto,</p><p>semelhante á letra U. Está localizado anteriormente, abaixo do mento</p><p>(queixo), servindo de origem para a inserção de diversos músculos;</p><p>Vértebras cervicais: são pequenas e podem ser distinguidas das demais</p><p>por apresentarem forame do processo transverso ou forame da artéria</p><p>vertebral. Esses forames, nas seis primeiras vértebras, servem de</p><p>passagem para a artéria vertebral. O processo espinhoso é curto e bífido</p><p>e as duas partes são de tamanhos desiguais.</p><p>Tórax</p><p>O tórax é formado por ossos que, no seu conjunto, formam a caixa</p><p>torácica, e nela estão abrigados os principais órgãos. É constituído</p><p>anteriormente pelo esterno e posteriormente por 12 vértebras torácicas e,</p><p>unindo estes dois elementos, encontram-se 12 pares de costela.</p><p>Tórax</p><p>O tórax da mulher difere do tórax do homem da seguinte maneira: sua</p><p>capacidade é menor, o esterno é mais curto, a borda cranial do esterno</p><p>está no nível do corpo da terceira vértebra torácica; já no homem está no</p><p>nível da segunda, e suas costelas superiores são mais móveis, permitindo</p><p>um aumento da parte cranial do tórax.</p><p>Esterno</p><p>Osso alongado plano, com função hematopoiética (forma células</p><p>sanguíneas), é dividido em três partes: manúbrio, corpo e processo</p><p>xifoide. O manúbrio é onde se articulam as clavículas. O corpo apresenta</p><p>sete depressões de cada lado onde se articulam as costelas. O processo</p><p>xifoide é cartilagíneo em indivíduos jovens.</p><p>Costelas</p><p>Ossos alongados em forma de</p><p>semiarcos, se articulam com as</p><p>vértebras e com o esterno. É um osso</p><p>altamente vascularizado e com</p><p>grandes quantidades de medula</p><p>vermelha (hematopoiético). As</p><p>costelas são em número de 12: sete</p><p>verdadeiras, que se articulam ao</p><p>esterno; e cinco falsas, que não se</p><p>articulam. Destas, três pares se</p><p>prendem á sétima verdadeira por</p><p>cartilagem e dois pares são flutuantes,</p><p>terminando livremente para frente. Os</p><p>espaços entre as costelas são</p><p>chamados de espaços intercostais.</p><p>Pelve</p><p>A pelve óssea é composta pelo sacro, cóccix e ossos do</p><p>quadril:</p><p>Sacro: é um osso grande e triangular situado na parte dorsal</p><p>da pelve. Sua base articula-se com a última vértebra lombar</p><p>e seu ápice com o cóccix, e está inserido entre os dois ossos</p><p>ilíacos. A face pélvica é côncava, o que aumenta a</p><p>capacidade da cavidade. Possui quatro forames sacrais por</p><p>onde saem os nervos sacrais.</p><p>Pelve</p><p>Cóccix: é formado por quatro vértebras rudimentares, mas</p><p>pode variar de três a cinco. A primeira é maior, as três</p><p>últimas diminuem de tamanho e fundem-se entre si.</p><p>Osso ilíaco: também chamado de osso do quadril, é</p><p>formado pela união de três ossos: ílio, ísquio e púbis. Os 2/3</p><p>superiores constituem o íleo; a metade anterior de 1/3 inferior,</p><p>a púbis; e a metade posterior deste 1/3, o ísquio.</p><p>Superiormente apresenta uma estrutura chamada de crista</p><p>ilíaca, e na porção lateral do osso encontra-se a fossa do</p><p>acetábulo, onde se articula o osso fêmur. Posteriormente,</p><p>articulam-se entre si pela sínfise púbica, através de uma</p><p>anfiartrose.</p><p>Membro inferior</p><p>:Fêmur: é o osso mais longo e forte do esqueleto, apresenta</p><p>uma diáfise e duas epífises. A epífise proximal apresenta</p><p>uma cabeça, um colo anatômico, dois trocânteres (maior e</p><p>menor). No centro da cabeça encontramos uma depressão, a</p><p>fóvea da cabeça do fêmur, para a inserção do ligamento da</p><p>cabeça. O corpo é quase cilíndrico, posteriormente apresenta</p><p>a linha áspera.</p><p>Membro inferior</p><p>:Patela: é um osso triangular, chato e arredondado, situado</p><p>na frente da articulação do joelho. Serve para proteger a</p><p>articulação e aumentar a alavanca do músculo quadríceps</p><p>femoral.</p><p>A articulação do joelho é uma articulação complexa com</p><p>extrema resistência, pois deve sustentar o peso do corpo</p><p>quando estamos parados ou em movimento. Ela é formada</p><p>por três articulações: a tibiofibular (entre a tíbia e a fíbula),</p><p>patelofemoral (entre o fêmur e a patela) e a tibiofemoral, a</p><p>mais complexa e importante de todas.</p><p>Membro inferior</p><p>Tíbia: situada no lado medial da perna, é o segundo osso</p><p>mais longo do corpo, a epífise proximal é mais volumosa do</p><p>que a distal. A epífise proximal apresenta duas</p><p>eminências,</p><p>os côndilos laterais e mediais. Na face anterior, está a</p><p>tuberosidade da tíbia, onde se insere o ligamento patelar. O</p><p>corpo apresenta um formato quase triangular facilmente</p><p>palpável e popularmente chamado de canela. A epífise distal</p><p>apresenta inferiormente a superfície articular inferior, para o</p><p>corpo do tálus, e medialmente o maléolo medial (uma</p><p>projeção oval facilmente palpável medialmente no tornozelo).</p><p>Membro inferior</p><p>:Fíbula: situa-se lateralmente em relação á tíbia, com a qual</p><p>se articula. Sua extremidade proximal está situada póstero-</p><p>lateralmente á cabeça da tíbia. O corpo apresenta a borda</p><p>anterior, a borda posterior e a face medial. O maléolo lateral</p><p>corresponde á porção distal da fíbula, sendo palpável na</p><p>lateral do tornozelo.</p><p>Pé: subdividido em tarso, metatarso e falanges.</p><p>Tarso: constituído por sete ossos curtos e irregulares: tálus</p><p>calcâneo, navicular, cuboide e três cuneiformes (lateral</p><p>intermédio e medial). O calcâneo é localizado na parte</p><p>posterior do pé e nele encontramos a tuberosidade do</p><p>calcâneo, popularmente conhecido por calcanhar.</p><p>Membro inferior</p><p>:Metatarso: constituído por cinco ossos, o primeiro se dispõe</p><p>medialmente e os outros estão paralelos a esse, sendo que a</p><p>base desse é posterior e a cabeça anterior. Na base do</p><p>quinto metatarso, encontramos a tuberosidade do</p><p>metatársico V, uma expansão óssea que se sobressai na</p><p>base lateral do pé.</p><p>Dedos do pé: são denominados no sentido médio lateral de I,</p><p>II, III, IV e V; o primeiro é mais volumosos e chamado de</p><p>hálux, as falanges são divididas em distais médias e</p><p>proximais. A articulação do tornozelo ou talocrural é uma</p><p>diartrose com movimentos restritos, formada pela tíbia, fíbula</p><p>e tálus. Existe uma cápsula fibrosa que une estes ossos e</p><p>ligamentos que reforçam a articulação, como o tibiofibular e o</p><p>calcaneofibular.</p><p>Membro superior</p><p>A raiz de implantação do membro superior, cíngulo do</p><p>membro superior, também chamada de cintura escapular, é</p><p>formada por dois ossos: clavícula e escápula.</p><p>A porção livre do membro superior é formada pelo úmero</p><p>(braço), rádio e ulna (antebraço), mais os ossos do carpo</p><p>(punho), metacarpo e falanges.</p><p>Membro superior</p><p>Escápula: é um osso par, chato e fino, chegando a ser</p><p>translúcida em certos pontos. Está situada dorsal e</p><p>superiormente ao tórax, e tem forma triangular.</p><p>Posteriormente, apresenta uma estrutura saliente,</p><p>denominada de espinha da escápula, que tem continuidade</p><p>com o acrômio, onde se articula a clavícula. Lateralmente,</p><p>apresenta uma superfície articular ovoide, a cavidade</p><p>glenoide para a cabeça do úmero. Na escápula, originam-se</p><p>e inserem-se diversos músculos que fixarão o membro</p><p>superior.</p><p>Clavícula: em forma de S, apresenta duas extremidades: a</p><p>mais volumosa é a medial, que se articula com o esterno; a</p><p>mais achatada é a lateral, que se articula com o acrômio. A</p><p>face superior é mais lisa, enquanto que a inferior apresenta</p><p>sulcos.</p><p>Membro superior</p><p>Braço</p><p>Úmero: osso longo possui duas epífises e uma diáfise</p><p>(corpo). Na epífise proximal a cabeça do úmero se articula</p><p>com a cavidade glenoide da escápula. A cabeça é limitada</p><p>por um sulco pouco profundo, o colo anatômico.</p><p>Lateralmente a esta, encontramos o tubérculo maior e o</p><p>tubérculo menor. Essa epífise se liga ao corpo por uma linha</p><p>circular que passa abaixo destes acidentes, o corpo cirúrgico.</p><p>A epífise distal é achatada no sentido anteroposterior e</p><p>apresenta duas superfícies articulares: lateralmente, o</p><p>capítulo para o rádio; e medialmente, a tróclea para a ulna.</p><p>Possui ainda duas saliências: o epicôndilo medial e o lateral.</p><p>Posteriormente, encontra-se a fossa do olécrano, que aloja o</p><p>bico do olécrano (cotovelo) quando o braço está estendido.</p><p>Membro superior</p><p>Ulna: situada medialmente em relação ao rádio, é mais</p><p>volumosa na epífise proximal, onde encontramos o olécrano</p><p>posteriormente. Lateralmente, encontramos a incisura radial,</p><p>na qual gira a cabeça do rádio. A extremidade distal é</p><p>pequena e possuiu o processo estiloide da ulna, que forma</p><p>uma saliência palpável na parte distal do antebraço.</p><p>Rádio: ao contrário da ulna, é mais espesso na parte distal e</p><p>mais fino na parte proximal, localizando-se lateralmente em</p><p>relação á ulna.</p><p>Membro superior</p><p>Mão: é subdividida em carpo, metacarpo e falanges.</p><p>Carpo: é constituído por oito ossos, de forma irregularmente</p><p>cúbica: escafoide, semilunar, piramidal, pisiforme, trapézio,</p><p>trapezoide, capitato e hamato.</p><p>Metacarpo: cinco ossos que formam o que conhecemos por</p><p>palma da mão, numeradas de I e V. O primeiro se encontra</p><p>voltado lateralmente.</p><p>Dedos da mão: são denominados polegar, índex, médio,</p><p>anular e mínimo. Com exceção do polegar que só tem duas,</p><p>cada dedo é constituído por três falanges classificadas em</p><p>proximal, média e distal. Os dedos também são chamados de</p><p>quirodáctilos, com a classificação feita do 1° ao 5°.</p><p>Articulações</p><p>As articulações unem os ossos, fazendo sua estabilização.</p><p>As articulações mais simples são encontradas unindo os</p><p>ossos da cabeça, as mais complexas, nos membros que</p><p>possuem movimentos amplos.</p><p>São pouco vascularizadas e, por esse motivo, o</p><p>rompimento de cartilagens, discos, ligamentos e tendões,</p><p>em geral, tem um tempo de recuperação demorado.</p><p>Articulações</p><p>Articulações móveis ou diartrose: são encontradas nos locais que</p><p>apresentam grande movimento. Exemplos: articulação do ombro, do quadril, do</p><p>joelho, do cotovelo, etc.</p><p>Articulações semimóveis ou anfiartrose: o movimento é limitado, e as</p><p>superfícies ósseas são unidas por cartilagem. São encontradas entre os corpos</p><p>das vértebras e na união dos ossos públicos (sínfise púbica), e também entre</p><p>ossos em crescimento (metáfise).</p><p>Articulações imóveis ou sinartrose: os ossos estão quase em contato direto,</p><p>existindo apenas uma pequena camada de tecido conjuntivo entre eles.</p><p>Exemplos: a articulação dos dentes com os alvéolos e as suturas entre os ossos</p><p>da cabeça.</p><p>Articulações</p><p>Articulações</p><p>Elementos que participam de uma</p><p>articulação:</p><p>Superfícies ósseas articulares:</p><p>superfície de um osso que entra em</p><p>contato com o osso vizinho;</p><p>Cartilagem articular: tecido cartilagíneo</p><p>hialino que reveste as superfícies ósseas</p><p>em contato;</p><p>Lábios ou orlas: fibrocartilagens que</p><p>ampliam a área articular;</p><p>Discos ou meniscos: proporcionam um</p><p>melhor ajuste entre as superfícies ósseas,</p><p>sendo constituídos por tecidos fibrosos.</p><p>Um exemplo de ocorrência é a articulação</p><p>do joelho.</p><p>Articulações</p><p>A união entre as extremidades ósseas é feita por:</p><p>Cápsula articular: forma um envoltório nas articulações de movimentos amplos.</p><p>Uma membrana chamada de sinovial reveste esta cápsula fibrosa, formando a</p><p>cavidade sinovial, onde é secretado um líquido espesso e viscoso chamado</p><p>líquido sinovial. A cavidade contém apenas líquido para umedecer e lubrificar a</p><p>superfície sinovial e articular. O acúmulo excessivo de líquido, popularmente</p><p>conhecido como água no joelho, pode causar dores.</p><p>Articulações</p><p>Ligamentos: compostos por fibras colágenas dispostas,</p><p>paralelamente, em uma mistura com fibras elásticas que se</p><p>entrelaçam. São tão fortes quanto os tendões, têm uma</p><p>pequena elasticidade e unem ossos;</p><p>Articulações</p><p>Bolsas sinoviais: São sacos fechados revestidos por membrana</p><p>sinovial, e localizam-se entre músculos, tendões, ligamentos e ossos.</p><p>Sua função é facilitar o deslizamento de músculo e tendões sobre ossos.</p><p>A inflamação destas ocasiona o processo conhecido como bursite.</p><p>Articulações</p><p>Tendões: são feixes fibrosos brancos e brilhantes, têm</p><p>grande força de tensão, flexíveis e praticamente sem</p><p>elasticidade, formados por fibras colágenas unidas entre si.</p><p>Eles unem os músculos aos ossos.</p><p>Músculos - Funções</p><p>Produção de movimento do esqueleto. A contração muscular traciona os</p><p>tendões e movimento os ossos;</p><p>Manutenção da postura e posição. Um exemplo disso são os músculos que</p><p>mantêm a cabeça no lugar durante a leitura;</p><p>Sustentação dos tecidos moles. Por exemplo, os músculos do abdome que</p><p>sustentam o peso das vísceras;</p><p>Regulação da saída e entrada de materiais. Temos, como exemplo, os</p><p>músculos que fazem a deglutição, permitindo a entrada de</p><p>alimento no sistema</p><p>digestório;</p><p>Manutenção da temperatura corporal, pois a contração muscular utiliza energia</p><p>(ATP) e parte dela é liberada da forma de calor.</p><p>Músculos</p><p>Tônus muscular: mesmo quando o músculo esquelético</p><p>encontra-se em repouso, algumas unidades motoras estão</p><p>ativas. Estas contrações não produzem força suficiente</p><p>para desencadear o movimento, porém, tencionam os</p><p>músculos. Um bom exemplo são os músculos envolvidos</p><p>com equilíbrio e postura; e esse tônus também auxilia no</p><p>retorno venoso dos membros inferiores;</p><p>Principais músculos esqueléticos</p><p>Músculos do Crânio</p><p>No crânio encontramos um grupo muscular chamado de epicrânio,</p><p>formado por uma parte occipitofrontal e outra temporoparietal. A parte</p><p>muscular é formada por dois ventres no frontal e dois na região occipital,</p><p>e no topo da calota há uma aponeurose (formada por tendões); a parte</p><p>frontal é responsável por levantar as sobrancelhas.</p><p>Face</p><p>Os músculos da face também são chamados músculos da expressão</p><p>facial, já que sua contração e relaxamento causam as diversas</p><p>expressões que indicam dor, alegria, tristeza, espanto, dúvida... Exemplos</p><p>são os músculos orbiculares do olho (atuam no abrir e fechar), e os</p><p>orbiculares da boca (afastam e fecham os lábios). Além desses, temos</p><p>mais 15 músculos, como: zigomáticos, levantadores do lábio, levantador</p><p>do ângulo da boca, abaixador do lábio inferior, bucinador e risório.</p><p>Face</p><p>Outro grupo de músculos importantes são os músculos da mastigação,</p><p>como o temporal, que faz a retração da mandíbula e a eleva fechando a</p><p>boca; e o masseter, que eleva a mandíbula e faz sua protrusão. A ação</p><p>reflexa destes músculos faz o abrir e fechar da boca.</p><p>Face</p><p>Na face encontramos a articulação temporomandibular (ATM), que é uma</p><p>diartrose e une os ossos temporal à mandíbula. Problemas nessa</p><p>articulação podem causar a “queda” da mandíbula, necessitando cirurgia.</p><p>Pescoço</p><p>No pescoço, profundamente, encontram-se os músculos constritores e</p><p>levantadores da faringe que desempenham papel fundamental na</p><p>deglutição. Diversos músculos vão da mandíbula ao osso hioide,</p><p>formando o assoalho da cavidade bucal. Na lateral do pescoço, temos os</p><p>músculos escalenos anterior, médio e posterior, envolvidos na elevação</p><p>das primeiras e segundas costelas e na rotação do pescoço.</p><p>Pescoço</p><p>Outro músculo lateral é o esternocleidomastoide, cujo nome deriva de sua</p><p>origem no osso esterno e clavícula e sua inserção no processo mastoide</p><p>do osso temporal, atrás da orelha. Podemos ver seus tendões de origem</p><p>na base do pescoço. Ele atua na inclinação da cabeça, girando a face</p><p>para o lado oposto e na flexão da cabeça. Inferiormente, a esse músculo</p><p>cruzam os vasos que sobem e descem da cabeça.</p><p>Músculos Intercostais</p><p>Na parede torácica, entre os espaços intercostais, encontramos os</p><p>músculos intercostais externos, que estão envolvidos com a inspiração, e</p><p>os músculos intercostais internos, que atuam na expiração.</p><p>Músculos Intercostais</p><p>Na região anterior do tórax, localiza-se o músculo peitoral maior e, abaixo</p><p>deste, o peitoral menor. O maior participa dos movimentos de flexão,</p><p>adução e rotação medial do braço; já o menor participa da depressão da</p><p>escápula e eleva a 3°, 4° e 5° costelas durante a inspiração forçada.</p><p>Sobre o peitoral maior se localiza a mama.</p><p>Músculos Intercostais</p><p>Na região posterior-lateral, encontra-se o músculo serrátil, cuja função é</p><p>elevar e abaixar as costelas.</p><p>Músculos</p><p>No dorso, profundamente, temos músculos que estabilizam e estendem</p><p>as vértebras, como o iliocostal do tórax, o longuíssimo e o espinal, ambos</p><p>do tórax. Estes músculos e outros fazem parte de um grupo chamado de</p><p>eretores da espinha, e se prolongam desde o pescoço até o sacro.</p><p>Músculos</p><p>Superficialmente, no dorso, encontra-se o músculo trapézio, que também</p><p>ocupa a região posterior do pescoço. Ele tem sua origem no osso</p><p>occipital e processos espinhosos de C7 a T12. Sua função se relaciona</p><p>com os movimentos do ombro e do pescoço.</p><p>Abdome</p><p>O abdome também forma uma cavidade que abriga os órgãos do sistema</p><p>digestivo e excretor. Contudo, essa cavidade não é protegida por ossos,</p><p>pois os únicos da região são as vértebras, que têm função de sustentação</p><p>e não de proteção dos órgãos dessa região. Porém, existem diversos</p><p>músculos, tanto na parede posterior quanto na anterior. O músculo</p><p>diafragma separa o tórax do abdome.</p><p>Diafragma</p><p>É uma lâmina composta por músculo e fibras, com uma face convexa</p><p>voltada, superiormente, em direção á cavidade torácica e uma cavidade</p><p>côncava na face inferior. As fibras musculares se originam na face interna</p><p>do processo xifoide e da 8° a 10° costelas, e dos processos transversos e</p><p>corpos das vértebras T12 a L2. Isso forma uma circunferência, as fibras</p><p>convergem para o centro tendíneo onde se inserem. Existem três</p><p>aberturas maiores no diafragma: os hiatos, aórticos, esofágico e o forame</p><p>da veia cava.</p><p>A contração do diafragma abaixa o seu centro tendíneo, causando a</p><p>expansão da cavidade torácica, o que possibilita a entrada do ar</p><p>(inspiração). Já o seu relaxamento faz com que este retorne a sua</p><p>posição, forçando a saída do ar, o que leva á expiração. O diafragma</p><p>também está envolvido em outras ações, como espirro, tosse, choro,</p><p>micção, defecação e expulsão do feto na hora do parto.</p><p>Pelve</p><p>É uma continuação da cavidade abdominal, denominada de</p><p>cavidade pélvica e em algumas literaturas de abdominopélvica. Ela</p><p>aloja os órgãos excretores (parte dos ureteres e bexiga), a parte do</p><p>colo sigmoide e o reto. Na mulher, também encontramos nessa</p><p>cavidade os órgãos reprodutivos útero, tubas, ovários e canal vaginal.</p><p>Além de formar uma cavidade, a pelve também serve de inserção do</p><p>membro inferior, sendo chamada de cintura pélvica ou cíngulo do</p><p>membro inferior. A abertura inferior da pelve é revestida por</p><p>músculos que formam um diafragma pélvico.</p><p>Pelve</p><p>Diversos músculos fecham a abertura inferior da pelve, formando o</p><p>assoalho pélvico. Os músculos piriformes e o obturador interno também</p><p>fazem a fixação do membro inferior. Além desses, o músculo levantador</p><p>do ânus, formado pelos músculos isquicoccígeo, iliococcigeo e</p><p>pubococcígeo. O levantador do ânus reforça o esfíncter anal esterno e</p><p>também o esfíncter da uretra. Eles devem relaxar para permitir a expulsão</p><p>da urina e principalmente das fezes.</p><p>Na parte interna das asas do ilíaco se origina o músculo ilíaco, o qual se</p><p>junta com o psoas maior formando o músculo iliopsoas, que se insere no</p><p>trocânter menor do fêmur e faz os movimentos de flexão da coxa e tronco.</p><p>Na parte externa se originam os músculos glúteos máximo, médio e</p><p>mínimo. O máximo se insere na tuberosidade glútea do fêmur e os</p><p>demais do trocânter maior. O máximo atua na extensão e rotação lateral,</p><p>o mínimo e médio na abdução e rotação medial da coxa.</p><p>Glúteos</p><p>Glúteos</p><p>Os glúteos são divididos em diferentes porções, assim</p><p>temos o grande glúteo que tem a sua inserção proximal</p><p>no ílio, sacro e cóccix e a sua inserção distal localiza-se na</p><p>linha áspera ou crista do grande glúteo do fémur e fáscia</p><p>lata.</p><p>A sua função é extensão, abdução e rotação externa da</p><p>coxa. O glúteo médio tem a sua inserção proximal no ílio e a</p><p>inserção distal no grande trocânter do fémur. A sua função é</p><p>abdução e rotação interna da coxa. O pequeno glúteo, tem</p><p>as suas inserções proximal e distal no ílio e no grande</p><p>trocânter do fémur sendo a sua função igual à do médio</p><p>glúteo</p><p>Articulação coxofemoral ou do</p><p>quadril:</p><p>Uma diartrose, em sua formação participam a cabeça do</p><p>fêmur e a fossa do acetábulo. A cartilagem articular da</p><p>cabeça do fêmur é mais espessa no centro, recobrindo</p><p>completamente a superfície articular, com exceção da fóvea</p><p>da cabeça. No acetábulo, a cartilagem forma um anel</p><p>marginal incompleto, a face semilunar; o interior desta há</p><p>uma depressão sem cartilagem ocupada por um coxim de</p><p>gordura. Da fóvea da cabeça parte um ligamento</p><p>intracapsular, o ligamento redondo do fêmur, que se prende</p><p>no acetábulo reforçando a estabilidade da articulação.</p><p>Envolvendo existe uma forte cápsula articular e diversos</p><p>ligamentos que a fortalecem.</p><p>Os músculos de região anterior da coxa são: reto femoral,</p><p>vasto medial, vasto lateral e vasto intermédio. Esses quatro</p><p>músculos formam o quadríceps femoral. Seus tendões se</p><p>unem formando um só, que se insere na base da patela e</p><p>dele algumas fibras passam sobre ela para formar o tendão</p><p>patelar, que se insere na tuberosidade da tíbia. O tendão</p><p>patelar é utilizado para avaliação do reflexo patelar, uma</p><p>leve pressão neste causa uma extensão involuntária da</p><p>perna. A ação destes músculos faz a extensão da perna, e o</p><p>reto femoral também atua na flexão da perna e coxa.</p><p>Membro inferior</p><p>:Temos ainda o sartório, que é o músculo mais longo do corpo,</p><p>ele se origina no osso pélvico e cruza a perna obliquamente</p><p>se inserindo em um tendão único, juntamente com o grácil e</p><p>o semitendíneo, na tíbia. Participa da flexão da perna e</p><p>rotação lateral da coxa, sendo que o movimento de cruzar a</p><p>perna é realizado por ele.</p><p>Na região medial da coxa estão os músculos que atuam na</p><p>adução da perna: o grácil, os adutores longo, curto e magno.</p><p>Na parte posterior, os músculos semitendíneo,</p><p>semimembranoso e bíceps femoral atuam nos movimentos</p><p>de extensão da coxa e flexão da perna.</p><p>Membro inferior</p><p>:Os meniscos são fibrocartilagens em forma de meia-lua e</p><p>estão situados nas bordas dos côndilos da tíbia. Estes</p><p>côndilos são rasos e, dessa forma, os meniscos aumentam a</p><p>superfície articular e também auxiliam no amortecimento do</p><p>impacto dos ossos. Unindo estes ossos existem os</p><p>ligamentos transversos do joelho e os ligamentos meniscos</p><p>femorais, que os ligam ao fêmur.</p><p>Membro inferior</p><p>:Temos ainda, por fora da cápsula, os ligamentos colaterais</p><p>fibular e tibial, além de um reforço proporcionado pelos</p><p>tendões dos músculos da coxa que se inserem na tíbia e</p><p>fíbula.</p><p>A cápsula fibrosa é resistente, e sua membrana sinovial</p><p>produz uma quantidade de líquido que lubrifica a articulação.</p><p>Dependendo do estado de hidratação, esse líquido pode</p><p>estar mais ou menos viscoso. No interior da cápsula, os</p><p>ligamentos cruzados anterior e posterior estabilizam a</p><p>articulação. A ruptura do anterior causa uma instabilidade do</p><p>joelho, permitindo pequenos movimentos laterais ao</p><p>caminhar; já a ruptura do posterior é menos comum.</p><p>Membro inferior</p><p>:Na perna, os músculos anteriores são extensores e fazem a</p><p>dorsiflexão do tornozelo. Eles são utilizados durante a</p><p>marcha, empurrando o corpo para frente. Encontramos o</p><p>tibial anterior, que pode ser sentido ao lado da tíbia. O</p><p>extensor longo do hálux, o extensor longo dos dedos e os</p><p>fibulares longo e curto se localizam mais lateralmente.</p><p>Membro inferior</p><p>Posteriormente, encontramos os músculos superficiais</p><p>gastrocnêmio, plantar e sóleo. Estes formam o tríceps sural,</p><p>conhecido como panturrilha, atuando na flexão plantar. O</p><p>gastrocnêmio auxilia na flexão do joelho e o sóleo tem papel</p><p>postural (quando estamos em pé). O tríceps forma o tendão</p><p>do calcâneo (de Aquiles) que se liga ao osso de mesmo</p><p>nome. Profundamente, encontramos o flexor longo dos</p><p>dedos e do hálux e o tibial posterior.</p><p>A contração dos músculos da perna auxilia no retorno</p><p>venoso contra a gravidade. Em pacientes acamados, a</p><p>contração diminui e o retorno é prejudicado.</p><p>Membro superior</p><p>Diversos músculos atuam na fixação do membro superior e</p><p>nos movimentos da escápula e região do ombro. Os</p><p>músculos subescapulares, supraespinhal e infraespinhal</p><p>estão em contato direto com a escápula.</p><p>Nesse local, encontram-se ainda os romboides maior e</p><p>menor, que se originam dos processos espinhosos das</p><p>vértebras 1° á 5° torácicas e fixam a escápula ao tronco. Há</p><p>também os músculos redondo maior e menor, originados na</p><p>escápula e que se fixam no úmero.</p><p>O músculo grande dorsal, que se estende por todo o dorso,</p><p>originado no processo espinhoso T5 e S5, se insere no</p><p>úmero, participando de diversos movimentos do braço. Os</p><p>músculos trapézio, peitoral maior e menor também participam</p><p>da fixação do membro.</p><p>Membro superior</p><p>No ombro também se encontra o músculo mais utilizado para</p><p>a administração de injeções intramusculares. Trata-se do</p><p>deltoide, que é triangular e espesso e circunda a articulação</p><p>do ombro. Esse músculo tem sua origem na espinha à</p><p>escápula, acrômio e clavícula e se insere na tuberosidade</p><p>deltoidea, podendo ser bem delimitado quando se faz a</p><p>abdução do braço no momento em que se contrai.</p><p>Membro superior</p><p>A articulação do membro com a escápula é denominada</p><p>glenoumeral. É uma diartrose, composta pela cabeça do</p><p>úmero e cavidade glenoide da escápula. Muito rasa, é</p><p>protegida do deslocamento por tendões e ligamentos.</p><p>Uma cápsula articular envolve completamente a articulação.</p><p>Por ser muito frouxa, não tem ação na manutenção do</p><p>contato dos ossos. Isso permite um afastamento de 2,25 cm</p><p>que possibilita a grande variedade de movimentos</p><p>realizados pelo braço.</p><p>Membro superior</p><p>Entre os músculos do braço localizados anteriormente, temos</p><p>o coracobraquial, que irá realizar os movimentos de adução e</p><p>flexão do braço; o músculo branquial, que faz a flexão do</p><p>antebraço, e ainda o bíceps braquial, que possui uma cabeça</p><p>curta e uma longa (este se torna proeminente quando</p><p>flexionamos ao antebraço). Posteriormente, encontramos o</p><p>músculo tríceps braquial, que se origina por três cabeças (por</p><p>isso o nome de tríceps), cuja ação é a extensor do antebraço.</p><p>A articulação do cotovelo é uma diartrose que permite</p><p>apenas o movimento de dobradiça (flexão e extensão do</p><p>antebraço). As superfícies ósseas são a tróclea do úmero,</p><p>que se articula com a incisura troclear da ulna; e o capítulo</p><p>do úmero, que se articula com a fóvea da cabeça do rádio,</p><p>reforçada por uma cápsula fibrosa e diversos ligamentos</p><p>extracapsulares.</p><p>Membro superior</p><p>Na epífise proximal, encontramos a cabeça do rádio em</p><p>forma de disco, que gira na incisura radial da ulna. A epífise</p><p>distal é mais volumosa. Lateralmente, há uma expansão no</p><p>processo estiloide do rádio facilmente palpável, e próximo</p><p>está à artéria radial.</p><p>Uma grande quantidade de músculos é encontrada no</p><p>antebraço, podem executar a grande variedade de</p><p>movimentos do punho e dos dedos. Os músculos situados</p><p>anteriormente participam da flexão, como o flexor radial do</p><p>carpo, flexor superficial dos dedos, flexor ulnar do carpo,</p><p>flexor profundo dos dedos, flexor longo do polegar e ainda os</p><p>músculos que realizam o movimento de pronação (pronador</p><p>redondo e quadrado).</p><p>Membro superior</p><p>Posteriormente, encontramos os músculos extensores: o</p><p>braquiorradial, extensor radial longo do carpo, extensor dos</p><p>dedos, extensor do dedo mínimo, adutor longo do polegar,</p><p>extensor longo e curto do polegar, extensor do indicador e o</p><p>músculo supinador, que realiza o movimento de supinação.</p><p>Se movimentarmos o punho e os dedos, conseguirmos sentir</p><p>alguns destes músculos e nosso antebraço.</p><p>Membro superior</p><p>A articulação radiocarpal, onde participam os ossos rádio,</p><p>escafoide e semilunar, é envolta por uma cápsula fibrosa. É</p><p>uma articulação a qual sofre frequentes luxações, já que</p><p>tendemos a apoiar as mãos no chão quando caímos,</p><p>causando a hiperextensão desta, o que pode romper a</p><p>cápsula e os ligamentos.</p><p>A estabilidade do punho é mantida por diversos ligamentos</p><p>que unem os ossos entre si e estes aos metacarpos. E entre</p><p>as falanges, a estabilidade se dá pelas articulações</p><p>interfalângicas, que realizam apenas o movimento de flexão</p><p>e extensão.</p><p>Músculos preferenciais para</p><p>aplicações de injeções IM</p><p>Músculo vasto lateral: delimita-se uma área 10 cm abaixo do</p><p>trocânter maior e 10 cm acima do joelho. Em crianças, a</p><p>aplicação deve ser feita preferencialmente neste músculo;</p><p>Glúteo máximo e médio: delimita-se o músculo em</p><p>quadrantes, utilizando-se a súperolateral. Dessa forma, reduz-</p><p>se o risco de lesar o ciático, que é recoberto pelo glúteo. Em</p><p>crianças, este local não é recomendado para aplicações IM,</p><p>pois o nervo ciático está em formação, podendo apresentar</p><p>variações;</p><p>Região deltoide: músculo do ombro. Delimita-se um espaço</p><p>5 cm abaixo do acrômio e 3,5 cm acima do ponto de inserção</p><p>no úmero.</p><p>OBRIGADO!</p>