Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>Arapongas</p><p>2020</p><p>DYULIA MIYUKI HARA</p><p>TRATAMENTO E REUSO DOS EFLUENTES</p><p>PROCEDENTES DE ÁGUAS CINZAS E DE ÁGUAS</p><p>PLUVIAIS</p><p>Arapongas</p><p>2020</p><p>NOME DO AUTOR</p><p>(Caixa alta, fonte Arial 14, centralizado)</p><p>TRATAMENTO E REUSO DOS EFLUENTES PROCEDENTES</p><p>DE ÁGUAS CINZAS E DE ÁGUAS PLUVIAIS</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso apresentado</p><p>à Universidade Pitágoras Unopar - campus</p><p>Arapongas, como requisito parcial para a</p><p>obtenção do título de graduado em Química</p><p>bacharelado.</p><p>Orientador: Josiane Hernandes</p><p>DYULIA MIYUKI HARA</p><p>DYULIA MIYUKI HARA</p><p>TRATAMENTO E REUSO DOS EFLUENTES PROCEDENTES DE</p><p>ÁGUAS CINZAS E DE ÁGUAS PLUVIAIS</p><p>Trabalho de Conclusão de Curso apresentado</p><p>à Universidade Pitágoras Unopar - campus</p><p>Arapongas, como requisito parcial para a</p><p>obtenção do título de graduado em Química</p><p>bacharelado</p><p>BANCA EXAMINADORA</p><p>Prof(a). Camila Maler</p><p>Prof(a). Priscila Brugin</p><p>Arapongas, 7 de dezembro de 2020.</p><p>Hara, Dyulia Miyuki. Tratamento e reuso dos efluentes procedentes de águas</p><p>cinzas e de águas pluviais. 2020. Número total de folhas. Trabalho de Conclusão</p><p>de Curso (Graduação em Química bacharelado) – Universidade Pitágoras Unopar -</p><p>campus Arapongas, Arapongas, 2020.</p><p>RESUMO</p><p>Com o aumento da escassez de água no mundo, a necessidade e dependência</p><p>desse recurso hídrico para a sobrevivência tem evidenciado cada vez mais a</p><p>inevitável reflexão sobre qual seria o melhor caminho a se prosseguir sendo, a água,</p><p>um fator essencial e de direito básico a todos os seres vivos. Tendo em vista esses</p><p>fatores, o tratamento e reuso de efluentes procedentes de água cinzas tem um foco</p><p>no reuso de águas provenientes de águas de uso doméstico como em: máquinas de</p><p>lavar roupas, chuveiros, banheiras, entre outros, e em águas da chuva que são</p><p>coletadas, que são destinadas a tratamento de efluentes e reuso para fins não</p><p>potáveis, abordando mais especificamente a caracterização de cada elemento, os</p><p>processos de tratamento necessários, o reuso e os meios adequados onde esses</p><p>efluentes poderão ser armazenados e destinados, a viabilidade de implantação</p><p>desses sistemas e a importância desses tratamentos para a diminuição do uso de</p><p>água potável ao redor do mundo, tendo como formulação, uma pesquisa elaborada</p><p>por meio de uma Revisão bibliográfica baseada no levantamento de dados de</p><p>diversos autores que abordam os meios de tratamento de água e os custos que</p><p>esse tipo de processo geraria para ser produzido nas residências de forma a</p><p>observar os benefícios que esse tipo de tratamento possui para a redução do</p><p>consumo de água no mundo e também a influência que essa diminuição geraria</p><p>meio ambiente.</p><p>Palavras-chave: Reuso; Águas cinzas; Águas pluviais; Efluentes.</p><p>Hara, Dyulia Miyuki.Treatment and reuse of ash and rainwater effluents. 2020.</p><p>Número total de folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Química</p><p>bacharelado) – Universidade Pitágoras Unopar - campus Arapongas, Arapongas,</p><p>2020.</p><p>ABSTRACT</p><p>With the increase of water scarcity in the world, the need for and dependence on this</p><p>water resource for survival has increasingly highlighted the inevitable reflection on</p><p>what would be the best way forward being, water, an essential factor and basic right</p><p>for all living beings. In view of these factors, the treatment and reuse of effluents from</p><p>gray water has a focus on the reuse of water from domestic use as in: washing</p><p>machines, showers, bathtubs, among others, and in rain waters that are collected,</p><p>which are destined to effluent treatment and reuse for non-potable purposes,</p><p>addressing more specifically the characterization of each element, the necessary</p><p>treatment processes, the reuse and the adequate means where these effluents can</p><p>be stored and disposed of, the feasibility of implementing these systems and the</p><p>importance of these treatments to reduce the use of drinking water around the world,</p><p>having as formulation, a research elaborated by means of a Bibliographical Review</p><p>based on the data survey of several authors that approach the means of water</p><p>treatment and the costs that this type of process would generate to be produced in</p><p>the homes in order to observe the benefits that this type of treatment has for the</p><p>reduction of water consumption in the world and also the influence that this reduction</p><p>would generate environment.</p><p>Keywords: Reuse; Grey water; Rain water; Effluents.</p><p>LISTA DE ILUSTRAÇÕES</p><p>Figura 1 – Reator anaeróbio com meio de suporte de fluxo vertical com chicanas</p><p>estudado .................................................................................................................. 24</p><p>Figura 2 – Esquema do projeto hidro-sanitário em edifícios com reuso.................. 26</p><p>Figura 3 – Fluxograma da estação de tratamento de águas cinzas........................ 26</p><p>Figura 4 – Esquema de reuso de água cinzas ........................................................ 33</p><p>LISTA DE TABELAS</p><p>Tabela 1 – Quantificação do consumo doméstico de água .................................... 14</p><p>Tabela 2 – Parâmetros de qualidade de água de chuva para usos restritos não</p><p>potáveis.................................................................................................................... 21</p><p>Tabela 3 – Frequência de manutenção .................................................................. 22</p><p>LISTA DE QUADROS</p><p>Quadro 1 – Caracterização de águas cinzas provenientes de lavanderias............ 15</p><p>Quadro 2 – Caracterização de águas cinzas provenientes de banheiros .............. 16</p><p>Quadro 3 – Classes de água de reuso pela NBR - 13.969 e padrões de qualidade</p><p>................................................................................................................................. 18</p><p>Quadro 4 – Características químicas das águas cinzas......................................... 25</p><p>LISTA DE GRÁFICOS</p><p>Gráfico 1 – Parâmetros de remoção ....................................................................... 27</p><p>Gráfico 2 – Total de água no mundo...................................................................... 30</p><p>LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS</p><p>ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas</p><p>NBR Norma Brasileira</p><p>DQO Demanda Química de Oxigênio</p><p>DBO Demanda Bioquímica de Oxigênio</p><p>pH Potencial Hidrogeniônico</p><p>NTK Nitrogênio Total de Kjeldahl</p><p>Nam Nitrogênio Amoniacal</p><p>SST Sólidos Suspensos Totais</p><p>OD Oxigênio Dissolvido</p><p>CT Coliformes Totais</p><p>CTer Coliformes Termotolerantes</p><p>NMP Número Mais Provável</p><p>Nd Não detectável</p><p>ETE’s Estação de Tratamento de Esgoto</p><p>RACH Reator Anaeróbio de Chicanas</p><p>SUMÁRIO</p><p>1. INTRODUÇÃO................................................................................................... 12</p><p>2. ÁGUAS CINZAS E SUAS CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS E</p><p>QUALITATIVAS ........................................................................................................ 14</p><p>2.1. EFLUENTES DE ESGOTO DOMÉSTICO NBR13969/1997.............................. 17</p><p>2.2. APROVEITAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS................................................... 18</p><p>2.3. SISTEMA DE COLETA DE ÁGUA DA CHUVA.................................................. 19</p><p>2.4. ÁGUA PLUVIAL E A NORMA REGULAMENTADORA NO BRASIL ................. 20</p><p>3. TRATAMENTO DE ÁGUAS CINZAS ................................................................ 23</p><p>4. ESCASSEZ DA ÁGUA ENFRENTADA AO REDOR DO MUNDO .................. 29</p><p>4.1. O REUSO DE ÁGUA TRATADA........................................................................ 30</p><p>4.2. VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE ÁGUAS TRATADAS............................. 32</p><p>5. CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................... 35</p><p>REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 36</p><p>12</p><p>1. INTRODUÇÃO</p><p>A falta de conscientização sobre a importância do uso e proteção dos</p><p>recursos hídricos existentes, tornou excruciante as condições da escassez</p><p>de água</p><p>relacionadas ao desmoderado uso das reservas de água potável ao redor do mundo,</p><p>desta forma, o tratamento do efluente para a purificação e a eliminação de bactérias</p><p>e micro-organismos presentes em águas residuárias a partir de fontes de águas</p><p>cinzas e pluviais para fins não potáveis, se tornou um processo muito importante</p><p>como uma fonte alternativa em relação a disposição da água no mundo.</p><p>O tratamento de efluentes é um procedimento de eliminação dos agentes</p><p>contaminantes da água que foram descartadas e/ou que tiveram suas características</p><p>alteradas e se tornaram completamente impróprias para o uso, desta forma, o</p><p>processo de tratamento de efluentes torna possível uma reutilização não potável da</p><p>água tratada, onde o uso de águas de reuso, deste modo, gera um consumo</p><p>consciente e efetivo do recurso natural, diminuindo o desperdício da água com</p><p>qualidade potável existente e auxiliando na diminuição da escassez de água.</p><p>A natureza que não possui potencial suficiente para se recuperar de forma tão</p><p>veloz em razão da quantidade de efluentes produzidos pelas ações humanas,</p><p>expõem a necessidade do tratamento de efluentes. Portanto, de forma geral, qual a</p><p>importância do uso de efluentes provenientes de águas cinzas e águas pluviais para</p><p>a sociedade e qual a viabilidade da implantação do sistema de reuso nas</p><p>residências?</p><p>O objetivo geral definido pelo trabalho foi compreender o processo de</p><p>tratamento e reuso de efluentes procedentes de águas de cinzas e de águas</p><p>pluviais. Os objetivos específicos, por sua vez, foram: definir as condições</p><p>necessárias para que as águas se denominem “águas cinzas” e “águas pluviais” e</p><p>suas características em geral; determinar como ocorre o processo de tratamento</p><p>desses efluentes; indicar a importância do uso de águas tratadas e discutir a</p><p>viabilidade de implantação do sistema reuso.</p><p>Para a formulação deste trabalho, a pesquisa foi elaborada através de uma</p><p>Revisão bibliográfica em relação ao tema abordado de tratamento de efluentes</p><p>focando no tratamento e reuso de águas cinzas e águas pluviais e mostrando a</p><p>necessidade do uso de águas tratadas e os obstáculos sofridos durante os</p><p>13</p><p>processos, a partir da coleta até o reuso do efluente nas residências. O</p><p>levantamento de informações para essa pesquisa bibliográfica foi realizado através</p><p>da coleta de dados em artigos, livros, trabalhos acadêmicos e documentos oficiais</p><p>relacionados ao assunto, por meio de buscas em bases de dados como: google</p><p>acadêmico, livros e Scielo. Os dados foram obtidos através de trabalhos realizados</p><p>nos últimos 30 anos. Palavra chave: Reuso de água, tratamento de efluentes, água</p><p>pluvial, águas cinzas.</p><p>14</p><p>2. ÁGUAS CINZAS E SUAS CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS E</p><p>QUALITATIVAS</p><p>Os efluentes domésticos provenientes do uso de águas residenciais, são</p><p>denominadas águas cinzas. Conforme o Manual da FIESP (BRASIL et al., 2005) é</p><p>caracterizado como água cinza, as águas residuárias derivados de chuveiros,</p><p>máquinas de lavar roupas, banheiras, entre outros. Águas provenientes de bacias</p><p>sanitárias não fazem parte desse critério, esses fluentes por sua vez, são</p><p>denominadas águas negras e são compostos por matéria fecal que necessitam de</p><p>tratamentos mais complexos devido a possíveis presenças de microrganismos</p><p>causadores de doenças (GALBIATI, 2009).</p><p>As águas cinzas, se tratadas corretamente e aplicadas em reuso para fins não</p><p>potáveis, se tornam um elemento de grande importância para a diminuição do uso de</p><p>recursos hídricos no mundo. A utilização pode ser realizada em descargas de bacias</p><p>sanitárias, lavagens de calçada ou irrigação de jardins e é possível verificar a</p><p>aplicação desses sistemas de reuso das águas cinzas em diversos países como</p><p>Japão, EUA, Canadá, Alemanha, Reino Unido e Israel (MAY, 2008).</p><p>. Esse efluente dispõe de uma produção contínua e volumétrica e deste modo,</p><p>é possível ter algumas considerações como os aspectos quantitativos, onde a</p><p>produção volumétrica desse efluente é determinada por Barreto (2008), de acordo</p><p>com a tabela 1:</p><p>Tabela 1: Quantificação do consumo doméstico de água</p><p>FONTE: Rebelô (2011, apud Barreto, 2008)</p><p>Os locais onde são gastas as águas resultantes do uso doméstico para reuso</p><p>15</p><p>são: chuveiros, máquinas de lavar roupas, lavatórios e podem ser uma fonte de água</p><p>alternativa para tratamento ou para reuso em bacias sanitárias. As estimativas de</p><p>vazão diária desses efluentes permitem avaliar a quantidade de águas cinzas</p><p>produzidas diariamente em uma residência, sendo assim, é possível contemplar</p><p>como o reuso das águas cinzas minimizariam o uso de água potável e os efluentes</p><p>de esgotos lançados no meio ambiente, desta forma é possível visualizar também o</p><p>que é oferecido sobre o conceito de saneamento ecológico, que se baseia na</p><p>separação de efluente doméstico, levando em consideração principalmente suas</p><p>características e seus objetivos (REZENDE, 2016).</p><p>De acordo com Rezende (2016) os efluentes de águas cinzas obtidos</p><p>lavanderias e banheiros, esses os quais, são mais recomendados para reuso, são</p><p>reportados nos quadros 1 e 2, segundo a caracterização qualitativa de diversos</p><p>autores:</p><p>Quadro 1: Caracterização de águas cinzas provenientes de lavanderias</p><p>Fonte: Adaptado de RAPOPORT (2004), BAZZARELLA (2005), BORGES (2003).</p><p>16</p><p>Concentrações como DQO, DBO, fósforo e nitrogênio auxiliam para que</p><p>possa ser descoberto qual o tratamento adequado para as diversas situações. A</p><p>turbidez e o pH por sua vez, são parâmetros que estão sujeitos a variações de</p><p>acordo com o local de coleta, na tabela 3 é possível observar que as águas</p><p>coletadas nos banheiros ficam próximos de 7,0 que é considerado um pH neutro.</p><p>Quadro 2: Caracterização de águas cinzas provenientes de banheiros.</p><p>Fonte: Adaptado de RAPOPORT (2004), BAZZARELLA (2005), BORGES (2003).</p><p>Além desses fatores, também é necessário constatar que temperatura</p><p>normalmente está sujeita a um intervalo de variação de 18-38 ºC e temperaturas</p><p>abaixo desse valor podem causar grandes problemas para a eficiência de sistemas</p><p>de tratamento biológicos (MAY, 2008).</p><p>De acordo com o Manual da FIESP (BRASIL et al., 2005) é possível</p><p>17</p><p>caracterizar as águas reutilizadas a partir da composição do efluente, tendo em vista</p><p>que essa composição varia dependendo da fonte em que é coletada. Sua aplicação</p><p>está ligada diretamente a qualidade dos efluentes, ao processo de tratamento ao</p><p>qual a água contaminada deverá ser direcionada e ao local em que esse efluente</p><p>tratado vai ser empregado em seu destino para ser reutilizado (MAY, 2008).</p><p>Dependendo do destino dessas águas, do nível de poluição atmosférica da</p><p>cidade e dos resultados das análises que irão sofrer, algumas águas de reuso não</p><p>precisam de tratamentos prévios, podendo ser adicionadas a um reservatório que</p><p>disponha de um sistema de autolimpeza (FIORI, 2006).</p><p>2.1 EFLUENTES DE ESGOTO DOMÉSTICO NBR13969/1997</p><p>A Associação Brasileira de Normas Técnicas (1997) que trata de “unidades de</p><p>tratamento complementar e disposição final dos efluentes líquidos” foi a primeira</p><p>norma no Brasil a tratar do assunto sobre reuso de água, abordando o reuso dos</p><p>efluentes de esgoto doméstico e caracterizando diversos fatores sobre seu reuso</p><p>indireto.</p><p>De acordo com a ABNT (1997) os efluentes do esgoto de origem doméstica,</p><p>devem ser tratados e utilizados para fins não potáveis, sendo sanitariamente seguro,</p><p>como na utilização dessas águas em: irrigações, lavagens de pisos e veículos, entre</p><p>outros. Porém, a utilização desta água, mesmo que tratada, não serve para</p><p>irrigação de alimentos como hortaliças e frutas rasteiras.</p><p>O reuso desses efluentes também pode ser constituído através de um projeto</p><p>de recirculação da água de enxágue de uma máquina de lavar roupa ligada a</p><p>descargas de bacias sanitárias ou até mesmo, passar por processos de eliminação</p><p>de poluentes para outros usos. Esse meio de reuso da água torna o projeto muito</p><p>vantajoso, pois deste modo é possível evitar problemas causados por ligação com a</p><p>rede de água potável</p><p>(ABNT, 1997).</p><p>A ABNT (1997) aborda também que para permitir um reuso seguro e racional</p><p>diminuindo os custos de implantação e operação, é necessário definir: os usos</p><p>previstos; o volume de esgoto utilizado; o grau de tratamento que o efluente terá que</p><p>ser submetido; os sistemas de reserva e distribuição e o treinamentos dos</p><p>responsáveis pelos processos e ainda caracteriza quatro classes para o reuso da</p><p>água e seus padrões de qualidade, presentes no quadro 3, conforme contemplado</p><p>18</p><p>por Alonso et al. (2006):</p><p>Quadro 3: Classes de água de reuso pela NBR-13.969 e padrões de</p><p>qualidade.</p><p>FONTE: NBR 13969/2007</p><p>Desta forma, o quadro aborda quais são os padrões de qualidade definidos,</p><p>apontando quais os fatores de turbidez, coliformes termotolerantes (coliformes</p><p>fecais), pH, cloro residual necessários para que a água seja capaz de ser reutilizada</p><p>e aponta também quais os locais indicados para reuso.</p><p>2.2. APROVEITAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS</p><p>Água pluvial ou água da chuva, é um recurso natural renovável que fornece</p><p>de forma direta ou indiretamente água doce aos reservatórios, rios e aquíferos.</p><p>Portanto, o aproveitamento dessas águas como uma fonte alternativa de</p><p>abastecimento, se torna assim, um conceito simples, que pode ser captado através</p><p>de superfícies impermeáveis, armazenada e reutilizada posteriormente (MORAES,</p><p>2017).</p><p>O aproveitamento de águas da chuva vem se destacando em âmbito mundial</p><p>por ser considerado um método simples e eficaz para atenuar o problema de</p><p>escassez de água no mundo. Os sistemas de coleta e reuso de águas pluviais</p><p>19</p><p>existem a milhares de anos e o consumo para usos não potáveis são uma forma de</p><p>preservação para conservar e diminuir o uso dos recursos hídricos (MAY, 2004).</p><p>A água da chuva é uma das mais puras fontes de água, levando em</p><p>consideração que em sua precipitação existe muita pouca impureza. Entretanto, é</p><p>necessário destacar que as águas pluviais ao atingir o solo estão suscetíveis a</p><p>diversas formas de contaminação (GOLDENFUM, 2015).</p><p>O uso de produtos químicos tem diminuído significantemente a qualidade da</p><p>água, contudo, de forma geral esses recursos hídricos podem fornecer água limpa e</p><p>confiável, desde que, os sistemas de coleta trabalhem de modo adequado e o</p><p>tratamento seja realizado de forma apropriada (GOLDENFUM, 2015).</p><p>Na Europa, o uso de águas da chuva é bastante intensificado. Alguns países</p><p>como a Holanda, fazem o uso da coleta dessas águas devido a necessidade de</p><p>evitar o transbordamento nos canais de água que os cercam. A água coletada é</p><p>aproveitada para irrigação de lavouras ou o abastecimento de fontes ornamentais</p><p>(MAY, 2004).</p><p>No Brasil, entretanto, as águas pluviais geralmente são caracterizadas como</p><p>águas de esgoto devido as impurezas dissolvidas ou suspensas que são carregadas</p><p>pelo percurso da água antes de atingir os esgotos pluviais e ser direcionadas as</p><p>estações de tratamento de água (ETA) (FIORIN, 2005).</p><p>2.3. SISTEMA DE COLETA DE ÁGUA DA CHUVA</p><p>O sistema de coleta em uma residência ocorre através de calhas e rufos</p><p>(telhados) das construções e essa água é levada diretamente para os reservatórios</p><p>de armazenamento de água (ALONSO et al., 2007). Esse tipo de armazenamento é</p><p>considerado muito bom sob o ponto de vista ambiental e como um meio de controle</p><p>sobre o problema existente com enchentes urbanas, tendo em vista que, uma vez</p><p>que essa água é armazenada, ela não é levada para a rede de drenagem pluvial</p><p>(GOLDENFUM, 2015).</p><p>Desta forma, o sistema de reuso dessas águas ocorrem por 3 etapas de</p><p>acordo com Goldenfum (2015, p.7 apud SOARES et al., 1997):</p><p>I. Coleta: onde normalmente se limitam aos telhados dos edifícios, tendo como</p><p>vantagem a qualidade da água se comparados com locais onde as pessoas, animais</p><p>e veículos percorrem.</p><p>20</p><p>II. Armazenamento: onde a água da chuva coletada é armazenada tanques e</p><p>quando cheios é desviado para rede de águas pluviais.</p><p>III. Tratamento: onde depende da qualidade da água da chuva que foi coletada e</p><p>em qual local ela pretende ser reutilizada em seu destino final, dividindo assim em:</p><p>sedimento natural, filtração e cloração.</p><p>Para Alonso et al. (2007) o início da chuva pode carregar diversos tipos de</p><p>sujeiras como excrementos de pássaros, folhas e algumas outras impurezas que</p><p>posteriormente podem dificultar o processo de tratamento da água da chuva, desta</p><p>forma, pode ser melhor indicado que a primeira água da chuva seja desprezada,</p><p>eliminando assim as possíveis contaminações.</p><p>2.4. ÁGUA PLUVIAL E A NORMA REGULAMENTADORA NO BRASIL</p><p>A Associação Brasileira de Normas Técnicas (2007) aborda os requisitos para</p><p>o aproveitamento da água da chuva em áreas urbanas para fins não potáveis e</p><p>entrou em vigor no dia 24 de setembro de 2007, visando ter por finalidade fornecer</p><p>requisitos para o aproveitamento das águas pluviais.</p><p>A norma regulamentadora nº 15527 (BRASIL, 2007) lida com a aplicação do</p><p>uso da água coletada para fins não potáveis após o tratamento, visando o emprego</p><p>adequado para elas, tal como: descargas sanitárias, irrigação, lavagem de carros,</p><p>calçadas e ruas, entre outros. E desta forma, aplica definições como:</p><p>Água da chuva: do qual é referido as águas de precipitações que são</p><p>coletadas em locais como: coberturas, telhados, calhas, e não existe a circulação de</p><p>pessoas, veículos ou animais.</p><p>Água não potável: sendo determinadas pelas águas que não atendem à</p><p>portaria nº 518 do Ministério da Saúde que estabelece as responsabilidades por</p><p>quem produz água no caso de abastecimento.</p><p>Águas de captação: sendo determinadas a partir do local em que a água é</p><p>captada, calculada em metros quadrados através de uma superfície impermeável</p><p>projetada de forma horizontal ao local.</p><p>Coeficiente de escoamento superficial: sendo a representação matemática</p><p>que calcula a relação entre o volume total de escoamento e o volume precipitado.</p><p>Conexão cruzada: sendo qualquer conexão existente entre tubulações de</p><p>águas potáveis com tubulações que conduzem águas com outros tipos de qualidade,</p><p>21</p><p>por exemplo, águas de reuso.</p><p>Demanda: sendo o consumo médio de águas não potáveis necessários para</p><p>atender as pessoas de forma mensal ou diária.</p><p>Escoamento inicial: que é considerada a primeira água da chuva recolhida</p><p>que possui substâncias desconhecidas, como: poeira, excrementos de pássaros,</p><p>folhas, entre outros.</p><p>Suprimentos: sendo as fontes de água que fornecem um meio de</p><p>complementar os reservatórios pluviais.</p><p>Desta forma, também é apresentado condições gerais sobre o uso desse</p><p>tipo de água, tal como: o alcance que será atingido pelo projeto, a população de irá</p><p>usufruir desse tipo de sistema de coleta de água, a demanda prevista e ainda é</p><p>necessário existir uma análise das precipitações do local onde será projetado o</p><p>sistema de aproveitamento de águas pluviais, discorrendo também sobre calhas e</p><p>condutores e reservatórios (ABNT, 2007).</p><p>A ABNT (2007) de mesma forma, caracteriza os padrões de qualidade</p><p>que necessitam ser seguidos pelos projetistas que possuem como objetivo o</p><p>aproveitamento para usos mais restritivos, porém, não potável, tendo em vista um</p><p>prognóstico de reuso antecipado, seus parâmetros, desta forma, pode ser visto na</p><p>tabela 2:</p><p>Tabela 2: Parâmetros de qualidade de água de chuva para usos restritivos</p><p>não potáveis</p><p>FONTE: ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas: NBR 15527/2007</p><p>O procedimento de aproveitamento de água da chuva, além de observar tais</p><p>22</p><p>parâmetros de qualidade da água exige também um sistema de manutenção</p><p>adequado que estabelece a frequência de inspeção e limpeza imposta em todas as</p><p>etapas de coleta das águas pluviais, apresentadas a seguir, na tabela 3:</p><p>Tabela 3: Frequência de manutenção.</p><p>FONTE: ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas: NBR 15527/2007</p><p>Apesar da manutenção exigida na ABNT (2007), é necessário compreender</p><p>que apesar dos prazos exigidos, se existir uma utilização de produtos nocivos</p><p>próximos a área de captação, é de extrema importância fazer uma lavagem</p><p>adequada no local para evitar possíveis</p><p>contaminações.</p><p>23</p><p>3. TRATAMENTO DE ÁGUAS CINZAS</p><p>As bactérias e micro-organismos consomem a matéria orgânica presente na</p><p>água, entretanto, a natureza não é capaz de se recuperar de forma tão veloz em</p><p>razão da quantidade de efluentes produzidos pelas ações humanas, desta forma, o</p><p>tratamento de efluentes se torna necessário.</p><p>O tratamento de efluentes é um procedimento de eliminação dos agentes</p><p>contaminantes da água que foram descartadas e/ou que tiveram suas características</p><p>alteradas e se tornaram completamente impróprias para o uso. O tratamento,</p><p>portanto, torna possível uma reutilização não potável da água tratada e desta forma,</p><p>vários planejamentos de sustentação de projetos de tratamentos de águas cinzas</p><p>surgiram.</p><p>Um projeto realizado por Fiori et al. (2006) relacionado a criação de</p><p>tratamentos para uma Estação de Tratamento de Esgotos (ETE’s) para o município</p><p>Passo Fundo na região Norte do estado do Rio Grande do sul tinha como objetivo</p><p>tratar de até 50% dos esgotos produzidos na região. Os estudos analisavam</p><p>questões como: medição de vazão; quantidade de água cinza gerada e pontos</p><p>geradores de águas para reuso.</p><p>No projeto de Fiori et al. (2006) foram realizados questionários através de</p><p>processos estatísticos para a determinação de como ocorreria a realização das</p><p>coletas de amostras para análises. No final da coleta, foram obtidas 27 amostras que</p><p>tinha como fatores: os tipos de equipamentos nos apartamentos; se os moradores</p><p>possuíam crianças ou animais; e uma análise em três épocas diferentes no ano para</p><p>a verificação de mudanças de estações. A coleta ocorreu através dos efluentes</p><p>provenientes de chuveiros que tinham como destino uma caixa sanfonada projetada</p><p>em cada banheiro.</p><p>Os resultados do projeto de Fiori et al. (2006) tiveram variações em vários</p><p>parâmetros. A variação existente na quantidade de coliformes fecais presentes foram</p><p>de 5,68. 103 para 5,96. 105 (NMP/100mL). Os aspectos físicos como a turbidez</p><p>tiveram uma média em torno de 337,3UNT; os sólidos sedimentares foram menores</p><p>que 1,0mL/L e os parâmetros químicos como: pH em torno de 7,04; DQO médio de</p><p>273mg/L e DBO médio de 522,3mg/L.</p><p>24</p><p>Contemplando teores obtidos nesses resultados é possível identificar a</p><p>necessidade existente para tratamento de efluentes antes da eliminação dele no</p><p>meio ambiente ou para reuso. Apesar da existência de diversos projetos de</p><p>tratamento, Rebêlo (2011) propôs um tratamento de águas cinzas a partir da</p><p>utilização de um RACH (reator anaeróbio com chicanas), este o qual, utiliza como</p><p>meio de suporte um subproduto derivado de casca de coco verde. O experimento</p><p>projetado por Rebêlo teve início em 2009, em uma residência composta por cinco</p><p>pessoas e o projeto contemplou uma segregação de efluentes de águas cinzas e</p><p>águas negras. A geração de efluentes foi de aproximando 80% do consumo total de</p><p>água e teve um resultado de produção média de 1140L/dia de efluentes, incluindo as</p><p>águas cinzas e as águas negras.</p><p>De acordo com Rebêlo (2011) o sistema de tratamento biológico dos efluentes</p><p>foi tratada de forma separada e as águas cinzas provenientes de águas de lavatório,</p><p>tanque, chuveiros e máquinas de lavar roupa foram destinadas a um projeto de</p><p>RACH de três câmaras, construídas a partir de uma alvenaria revestida de</p><p>argamassa de cimento e areia e uma camada impermeabilizante, como é possível</p><p>observar na figura 1:</p><p>Figura 1: reator anaeróbio com meio de suporte de fluxo vertical com</p><p>chicanas estudado.</p><p>FONTE: Rebêlo, 2011</p><p>25</p><p>As chicanas tinham como objetivo projetar movimentos ascendentes e</p><p>descendentes que forçavam a passagem do efluente pela casca de coco verde e</p><p>desta forma, tinham como objetivo encaminhar os efluentes a uma área com</p><p>elevada concentração de microorganismos vivos (REBÊLO, 2011), conforme as</p><p>informações no quadro 4, é possível identificar os resultados obtidos:</p><p>Quadro 4 : Características químicas das águas cinzas</p><p>FONTE: Rebêlo, 2011</p><p>Os resultados qualitativos obtidos por Rebêlo (2011) revelam que os</p><p>parâmetros físicos estavam dentro dos desejados, com uma temperatura média de</p><p>25ºC em todas as amostras obtidas; uma turbidez que sofreu uma variação devido</p><p>as partículas em suspensão com uma média de 107,4UNT sendo possível observar</p><p>as condições em que esses efluentes são expostos; a cor média de 103,2UC e</p><p>sólidos sedimentáveis menor de 1,0 mL/L e os parâmetros químicos obtidos foram</p><p>determinado por um pH médio de 7,3; um DQO médio de 131,2mg/L e DBO médio</p><p>de 19mg/L.</p><p>Gonçalves et al. (2010) desenvolveu um estudo sobre ETAC’s (estações de</p><p>tratamento de águas cinzas, onde as águas negras eram segregadas das águas</p><p>cinzas por um sistema hidro-sanitário e em seguida, os efluentes de água cinzas</p><p>passavam por um processo de tratamento para serem reusadas e divididas pelas</p><p>26</p><p>linhas de águas independentes em que era separado as águas de reuso das águas</p><p>potáveis, como pode ser observado na figura 2:</p><p>Figura 2: Esquema do projeto hidro-sanitário em edifícios com reuso</p><p>FONTE: Gonçalves et al. (2010)</p><p>Desta forma, de acordo com Gonçalves et al (2010) foi possível observar de</p><p>forma mais clara, como ocorre o processo de separação dos efluentes e quais são</p><p>os destinos empregado para cada efluente, observando também o processo em que</p><p>as águas cinzas passam pela ETAC, que é o local onde irá se desenvolver o</p><p>processo de tratamento, conforme pode ser observado na figura 3:</p><p>Figura 3: Fluxograma da estação de tratamento de águas cinzas</p><p>FONTE: Gonçalves et al. (2010)</p><p>27</p><p>Segundo Gonçalves et al. (2010) os efluentes de águas cinzas passam por</p><p>diversos processos, como: Pré- tratamento: onde os efluentes vão passar por um</p><p>gradeado fino (malha de 15,0mm). Tratamento anaeróbio: (RAC) que é composto</p><p>por 3 câmaras, onde irá ocorrer o processo de digestão da matéria orgânica e a</p><p>separação das fases sólidas e líquidas dos efluentes (a eficiência de remoção de</p><p>DBO5 nesse processo pode chegar a 50%). Tratamento aeróbio: onde o efluente</p><p>passam por um filtro biológico aerado submerso seguido por uma decantação</p><p>secundária, onde irá ocorrer a remoção de compostos orgânicos, contribuindo</p><p>também para a eliminação de DBO5. Filtração: onde a função do filtro terciário é a</p><p>retenção de sólidos que possam ter passado pelos outros processos. Desinfecção:</p><p>onde é usado pastilhas de desinfecção pelo processo de cloração. Gerenciamento</p><p>do iodo em excesso: onde o excesso de iodo é retirado. Biogás: onde a geração</p><p>de gás da ETAC é coletado e canalizado até um ramal da ventilação predial evitando</p><p>possíveis problemas. Os dados obtidos a partir do processo de passagem pelo</p><p>ETAC foram significativos e podem ser observados através do gráfico 1:</p><p>Gráfico 1: Parâmetros de remoção</p><p>FONTE: Gonçalves et al. (2010)</p><p>28</p><p>Com essa pesquisa foi possível observar uma efetiva remoção de parâmetros</p><p>como: turbidez e matéria orgânica a níveis aceitos para reuso. Também foi</p><p>observado, uma eliminação de concentrações de sulfetos, caracterizados por gerar</p><p>odores desagradáveis e a remoção de sólidos suspensos, provendo efluentes com</p><p>menos de 10mg/L. A cloração produziu uma redução de E. coli na água menor que</p><p>1NMP/100mL, um DBO</p><p>crise global que o mundo tem enfrentado está interligada</p><p>principalmente a crescente demanda desse recurso natural para o consumo</p><p>comercial e agrícola, destacando que em torno de um bilhão de pessoas possuem</p><p>dificuldades em relação ao acesso de água potável, se limitando a um insuficiente</p><p>abastecimento de água.</p><p>O uso desenfreado dos recursos hídricos ao dispor de água potável ao redor</p><p>do mundo vem sendo cada vez mais desgastado devido ao desmoderado uso da</p><p>água disponível para consumo, sendo a grande razão do evidente decréscimo das</p><p>reservas de água limpa no mundo (TELLES; COSTA, 2007).</p><p>Segundo Brito et al. (2007 apud SHIKLOMANOV, 1998, p. 4), embora 2/3 do</p><p>planeta seja coberto por água, 97,5% das fontes desse recurso hídrico não retém de</p><p>águas para consumo devido a elevados teores de sais, portanto, a água doce</p><p>corresponde a apenas 2,5% do total de água disponível no mundo, como é possível</p><p>observar no gráfico 2:</p><p>30</p><p>Gráfico 2: Total de água no mundo.</p><p>Fonte: Brito et al. (2007 apud SHIKLOMANOV, 1998, p. 4)</p><p>Contudo, bem como mostrado no gráfico anteriormente, é possível observar</p><p>que desse total de 2,5% de água disponível, somente 0,3% desse recurso hídrico</p><p>corresponde as águas doces oriundas de rios e lagos, sendo essas, as águas</p><p>efetivamente disponível para uso em diferentes atividades (BRITO et. al., 2007 apud</p><p>SHIKLOMANOV, 1998).</p><p>Entretanto, segundo Victorino (2007), a maior problemática que está</p><p>associada a escassez da água, se vincula principalmente com a má distribuição do</p><p>recurso hídrico e a falta de conhecimento relacionado ao mau uso, do que</p><p>comparado a quantidade reduzida disponível de água no mundo.</p><p>4.1 O REUSO DE ÁGUA TRATADA</p><p>O reuso da água, é a reutilização dos efluentes após o tratamento. A água,</p><p>após passar por esse processo de tratamento então é destinada a diversos</p><p>propósitos e tem como o objetivo a preservação dos recursos naturais existentes e</p><p>minimização dos danos causados pelo descarte de águas residuárias nos rios</p><p>(FIORI et at., 2006).</p><p>A água que é reutilizada internamente para seu uso original antes de ser</p><p>deposta novamente no ecossistema ou voltar para os sistemas de tratamento,</p><p>31</p><p>configura-se “reciclagem da água” (REZENDE, 2016, p. 9 apud MANCUSO, 2003).</p><p>Desta forma, o reuso de efluentes é um reaproveitamento saudável da água que</p><p>diminui o uso dos recursos hídricos.</p><p>A água residuária, é definida como sendo efluentes de esgoto, águas</p><p>descartadas, efluentes líquidos de edificações, indústrias, agroindústrias,</p><p>agropecuárias de forma tratada ou não. Por sua vez, a água de reuso é a água</p><p>residuária que se encontra dentro das normas exigidas até o seu retorno como água</p><p>de qualidade inferior, e quando encaminhadas de volta aos corpus hídricos</p><p>superficiais ou subterrâneos de forma diluída, ela se trata de um reuso indireto da</p><p>água (ALONSO et al., 2007).</p><p>De acordo com Rezende (2016 apud LAVRADOR FILHO, 1987) é possível</p><p>discernir o reuso da água em direto e indireto:</p><p>Reuso indireto não planejado que se caracteriza da água que em algum</p><p>momento foi utilizada em atividades humanas e que é descarregada nos corpus</p><p>hídricos e novamente reutilizada a jusante de maneira diluída e de forma não</p><p>intencional e não controlada.</p><p>Reuso indireto planejado que se trata dos efluentes que após serem</p><p>devidamente tratados são descarregados de volta aos corpus hídricos de forma</p><p>planejada para serem reutilizadas a jusante.</p><p>Reuso direto planejado que acontece quando os efluentes que são</p><p>convenientemente tratados são encaminhados do ponto de descarga da água até o</p><p>local de reuso, ao qual, durante o percurso, sofre os tratamentos necessários,</p><p>porém, não são descarregados no meio ambiente.</p><p>A resolução nº 54, artigo 3º do Conselho Nacional de Recursos Hídricos</p><p>(CNRH) de 28 de novembro de 2005, estabelece que para o reuso indireto não</p><p>potável da água, deve se seguir as seguintes modalidades:</p><p>I - Reuso para fins urbanos são caracterizados pelo uso de águas de reuso</p><p>com finalidade em irrigações, lavagens de veículos, edificações, combate a</p><p>incêndios entre outros em uma região.</p><p>II- Reuso para fins agrícolas e florestais são caracterizados pelo uso de águas</p><p>de reuso em produções agrícolas e cultivo.</p><p>III- Reuso para fins ambientais são caracterizados pelo uso de águas de reuso</p><p>em projetos que possuem como finalidade a recuperação do meio ambiente.</p><p>IV- Reuso para fins industriais são caracterizados pelo uso de águas de reuso</p><p>32</p><p>em procedimentos realizados dentro de uma área industrial.</p><p>V- Reuso na aquicultura são caracterizados pelo uso de águas de reuso para</p><p>a criação de animais dentro de um ambiente aquático ou para o cultivo de vegetação</p><p>aquática.</p><p>4.2 VIABILIDADE DE IMPLANTAÇÃO DE ÁGUAS TRATADAS</p><p>Hespanhol (2002) define que os problemas associados ao reuso não potável</p><p>da água está relacionado diretamente aos elevados custos de implantação de um</p><p>sistema duplo de distribuição, as dificuldades operacionais enfrentadas durante o</p><p>processo e aos riscos de possíveis conexões cruzadas existentes na implantação</p><p>desses sistemas.</p><p>O custo reduzido da água nas áreas urbanas torna inviável o aproveitamento</p><p>das águas pluviais para fins potáveis em residências, contudo, para fins não potáveis</p><p>ou industriais, onde geralmente a água tem um custo mais elevado, a aplicação</p><p>desses recursos se torna altamente viáveis (GOLDENFUM, 2015).</p><p>Hespanhol (2002) enfatiza que apesar dos elevados custos, é necessário</p><p>levar em consideração os benefícios que o aproveitamento das águas pluviais</p><p>geraria. A conservação desses recursos, eventualmente, adiaria ou eliminaria a</p><p>necessidade de desenvolvimento de novas fontes de água para o abastecimento</p><p>público. Segundo Silva (2016) na Alemanha, os reaproveitamentos ocorrem desde</p><p>1980, em que águas pluviais são aproveitadas e destinadas a irrigação de jardins,</p><p>nas descargas e em máquinas de lavar.</p><p>No Japão, muitos estabelecimentos dispõem da presença de redes duplas de</p><p>distribuição de água. Os esgotos domésticos tratados em níveis terciários são</p><p>reaproveitados em descargas de vasos sanitários nas residências. Desta forma,</p><p>Hespanhol (2002) enfatiza que o tratamento de águas para fins não potáveis é uma</p><p>forma de redução do desgaste dos recursos hídricos disponíveis.</p><p>Um projeto realizado por Maccarini e Cauduro (2017) sobre viabilização para</p><p>a implantação de sistemas de reuso de águas cinzas, foi realizado em um edifício</p><p>residencial em Criciúma- SC que tinha como demanda atender 63 pessoas e teve</p><p>como principio a implantação de um sistema, onde as águas cinzas utilizadas</p><p>passariam por um tratamento na ETAC (estação de tratamento de águas cinzas) e</p><p>seriam encaminhadas para um reservatório superior, que possuiam as águas para</p><p>33</p><p>reuso, conforme a figura 4:</p><p>Figura 4: Esquema de reuso de águas cinzas</p><p>FONTE: Maccarini e Cauduro (2017)</p><p>O esquema representa um reservatório de água potável que atende</p><p>principalmente o uso para consumo e um reservatório onde se mantém as águas</p><p>tratadas para reuso não potável sendo o responsável pelo abastecimento de água</p><p>em locais menos nobres, tais como: descargas de bacias sanitárias (MACCARINI;</p><p>CAUDURO, 2017).</p><p>Segundo Maccarini e Cauduro (2017) as estações de tratamento de águas</p><p>cinzas possuem como objetivo central o tratamento de águas de banhos, pias de</p><p>banheiro e lavagens de pisos de hotéis e condomínios, onde a água é submetida a</p><p>passagem em um misturador hidráulico para em seguida ser agregado uma dose de</p><p>produtos químicos para a floculação e após isso, a passagem por um processo de</p><p>decantação e por um filtro de carvão, seguido por um processo de desinfecção por</p><p>cloro em um reservatório de água tratada e em seguida, a água tratada é enviada</p><p>para o reservatório superior, pronta para ser disposta para reuso. Desta forma,</p><p>34</p><p>seguindo a economia vigente em 2017, o valor da implantação de um sistema de</p><p>reuso levando em consideração uma vida útil dos materiais de 15 a 20 anos seria de</p><p>R$ 72.004,83 gerando assim uma economia anual de R$7.783,64 promovendo</p><p>um</p><p>retorno em 10 anos e 4 meses. Sendo esse, um projeto que geraria grandes</p><p>benefícios ambientais ocasionados pela significativa redução do uso de água</p><p>potável, impactando também na diminuição da emissão de efluentes nas ETE’s e na</p><p>redução das contas de água, tornando esse projeto viável a longo prazo.</p><p>35</p><p>5. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Conforme observado, águas cinzas derivadas de chuveiros, máquinas de</p><p>lavar roupas, banheiras, entre outros e águas da chuva coletadas são excelentes</p><p>fontes de água para tratamento e reuso não potável. Os diversos meios de</p><p>tratamentos visam observar de diferentes formas qual seria o melhor procedimento</p><p>de tratamento desses efluentes levando em conta o custo e benefício para a</p><p>realização desse procedimento. Portanto, de forma geral, é possível concluir que</p><p>com a crescente falta de água que o mundo vem enfrentando, o reuso de águas</p><p>tratadas vem se tornando cada vez mais importante, levando em consideração que a</p><p>utilização desses efluentes tratados podem reduzir significativamente o uso da água</p><p>potável consumido pelo ser humano. Pode ser considerado também que apesar do</p><p>grande investimento que a implantação de sistemas como esses possuem, o seu</p><p>retorno pode ter um impacto positivo para o meio ambiente, sendo possível desta</p><p>forma, sugerir possíveis propostas para que a implantação desses sistemas de</p><p>tratamento se torne acessíveis para as pessoas. Sendo assim, o trabalho</p><p>apresentado propõe uma visão sobre o assunto abordando as características de</p><p>cada processo de forma que se torne mais objetivo compreender os procedimentos</p><p>de tratamento desses tipos de efluentes.</p><p>36</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ALONSO, D. F.; ABIB, C. H.; FERNANDES, S. A.; SAAD, A. R. SILVA, V. S.</p><p>Desenvolvimento sustentável e reciclagem de água. Revista Terceiro Setor. n.1,</p><p>p. 3-13. 2010.</p><p>ARAÚJO, J. A. S. Escassez de Água potável e a Disposição Inadequada de</p><p>Resíduos Sólidos. 2018. 47 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação</p><p>em Engenharia Ambiental) – Faculdade Pitágoras Sistema de Educação Superior</p><p>Sociedade Ltda, Betim, 2018.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15527: Água de</p><p>chuva - aproveitamento de coberturas em áreas urbanas para fins não</p><p>potáveis. Rio de Janeiro: ABNT, 2007.</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13969: tanques</p><p>sépticos - unidade de tratamento complementar e disposição final dos</p><p>efluentes líquidos: projeto, construção de operação. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.</p><p>BRITO, Luiza T. L.; SILVA, Aderaldo S.; PORTO, Everaldo R. Disponibilidade de</p><p>água e a gestão dos recursos hídricos. 2007. Disponível em:</p><p>https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/159648/1/OPB1514.pdf. Acesso</p><p>em: 01 mar. 2020.</p><p>FIESP et al. Conservação e Reúso da Água em Edificações. São Paulo: Prol</p><p>Editora Gráfica, 2005. 152 folhas. Disponível em:</p><p>https://sitefiespstorage.blob.core.windows.net/uploads/2014/08/conservacao-e-reuso-</p><p>de-aguas-2005.pdf. Acesso em: 01 mar. 2020.</p><p>FIORI, S.; FERNANDES, V.; PIZZO, H.. Avaliação qualitativa e quantitativa do</p><p>reúso de águas cinzas em edificações. Ambiente Construído. Porto Alegre, v.6,</p><p>n.1, p. 19-30, jan./mar. 2006.</p><p>FIORIN, J. Reutilização das águas cinzas e pluviais em edificações residenciais</p><p>– estudo de caso: edifício São Paulo, Ijuí, RS. 2005. 72 folhas. Trabalho de</p><p>Conclusão de Curso (Engenharia Civil) - Departamento de Tecnologia - DETEC da</p><p>Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí (RS), 2005.</p><p>GALBIATI, A. Tratamento domiciliar de águas negras através de tanque de</p><p>evapotranspiração. 2009. 38 folhas. Mestrado - Universidade Federal de Mato</p><p>Grosso do Sul, Campo Grande, MS, 2009.</p><p>https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/159648/1/OPB1514.pdf</p><p>https://www.alice.cnptia.embrapa.br/bitstream/doc/159648/1/OPB1514.pdf</p><p>https://sitefiespstorage.blob.core.windows.net/uploads/2014/08/conservacao-e-reuso-de-aguas-2005.pdf</p><p>https://sitefiespstorage.blob.core.windows.net/uploads/2014/08/conservacao-e-reuso-de-aguas-2005.pdf</p><p>https://sitefiespstorage.blob.core.windows.net/uploads/2014/08/conservacao-e-reuso-de-aguas-2005.pdf</p><p>37</p><p>GOLDENFUM, J. Reaproveitamento de águas pluviais. Universidade Federal do</p><p>Rio Grande do Sul, 2015. Disponível em:</p><p>www.researchgate.net/publication/267196924. Acesso: 01 maio 2020.</p><p>GONÇALVES, R. F.; SIMÕES, G. M.S.; WANKE, R. Reuso de águas cinzas em</p><p>edificações - estudo de caso em Vitória (ES) e Macaé (RJ). Revista Aidis. n.1,</p><p>p.120-131, 2010.</p><p>HESPANHOL, I. Potencial de Reuso de Água no Brasil Agricultura, Industria,</p><p>Municípios, Recarga de Aqüíferos. Revista Brasileira de Recursos Hídricos</p><p>(RBRH), São Paulo, v.7, n.4, p. 75-95, out./dez. 2002. Disponível em: Acesso em: 01 mar.</p><p>2020.</p><p>MACCARINI, M. G. C.; CAUDURO, F. Estudo da viabilidade de implantação de</p><p>sistema de reuso dde águas cinzas para ins não potáveis em um edifício</p><p>multifamiliar. 2017. 24 folhas. Graduação de Engenharia Civil - Universidade do</p><p>extremo Sul Catarinense (UNESC), 2017.</p><p>MAY, S. Caracterização, tratamento e reúso das águas cinzas e aproveitamento</p><p>de águas pluviais em edificações. 2007. 222 folhas. Doutorado - Departamento de</p><p>Engenharia Hidráulica e Sanitária - Escola Politécnica da Universidade de São</p><p>Paulo, São Paulo, 2008.</p><p>MAY, S. Estudo da viabilidade do aproveitamento de água de chuva para</p><p>consumo não potável em edificações. 2004. 159 folhas. Mestrado - Departamento</p><p>de Engenharia de Construção Civil - Escola Politécnica da Universidade de São</p><p>Paulo, São Paulo, 2004.</p><p>MORAES, B. V.; MACIEL, C. L.; SANT’ANA, D. R.; ALVARES, K. C. F.; MEDEIROS,</p><p>L. B. P.; OLIVEIRA, M. N.; PEREIRA; M. A.; MIRANDA; N. T.; SANTANA, P. M.;</p><p>SANTOS, S. A. Reúso-DF: Viabilidade técnica e operacional do aproveitamento de</p><p>águas pluviais e do reúso de águas cinzas em edificações não-residenciais do</p><p>Distrito Federal. 2017 Disponível em:</p><p>http://www.adasa.df.gov.br/images/storage/area_de_atuacao/abastecimento_agua_e</p><p>sgotamento_sanitario/regulacao/reuso_aguas_cinza_aproveitamento_aguas_pluvi-</p><p>ais/reusodf_5_viabilidade_tecnica_operacional_aproveitamento_aguas.pdf. Acesso</p><p>em: 18 maio 2020.</p><p>ONU - Organização das Nações Unidas. A ONU e a água. 2017. Disponível em:</p><p>nacoesunidas.org/acao/agua/. Acesso: 18 maio 2020.</p><p>http://www.researchgate.net/publication/305306332_Potencial_de_Reuso_de_Agua_no_Brasil_Agricultura_Industria_Municipios_Recarga_de_Aquiferos</p><p>http://www.researchgate.net/publication/305306332_Potencial_de_Reuso_de_Agua_no_Brasil_Agricultura_Industria_Municipios_Recarga_de_Aquiferos</p><p>http://www.adasa.df.gov.br/images/storage/area_de_atuacao/abastecimento_agua_esgotamento_sanitario/regulacao/reuso_aguas_cinza_aproveitamento_aguas_pluviais/reusodf_5_viabilidade_tecnica_operacional_aproveitamento_aguas.pdf</p><p>http://www.adasa.df.gov.br/images/storage/area_de_atuacao/abastecimento_agua_esgotamento_sanitario/regulacao/reuso_aguas_cinza_aproveitamento_aguas_pluviais/reusodf_5_viabilidade_tecnica_operacional_aproveitamento_aguas.pdf</p><p>http://www.adasa.df.gov.br/images/storage/area_de_atuacao/abastecimento_agua_esgotamento_sanitario/regulacao/reuso_aguas_cinza_aproveitamento_aguas_pluviais/reusodf_5_viabilidade_tecnica_operacional_aproveitamento_aguas.pdf</p><p>http://www.adasa.df.gov.br/images/storage/area_de_atuacao/abastecimento_agua_esgotamento_sanitario/regulacao/reuso_aguas_cinza_aproveitamento_aguas_pluviais/reusodf_5_viabilidade_tecnica_operacional_aproveitamento_aguas.pdf</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Organização_das_Nações_Unidas</p><p>https://nacoesunidas.org/acao/agua/</p><p>https://nacoesunidas.org/acao/agua/</p><p>https://nacoesunidas.org/acao/agua/</p><p>https://nacoesunidas.org/acao/agua/</p><p>https://nacoesunidas.org/acao/agua/</p><p>38</p><p>REBELÔ, M. M. P. S. Caracterização de águas cinzas e negras de origem</p><p>residêncial e análise da eficiência de reator anaeróbio com chicanas. 2011. 113</p><p>folhas. Dissertação (Mestrado em Engenharia: Recursos hídricos e Saneamento) -</p><p>Universidade federal de Alagoas, Maceió, 2011.</p><p>REZENDE, A. T. Reúso</p><p>urbano de água para fins não potáveis no brasil, 2016.</p><p>106 folhas. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação de Engenharia Ambiental e</p><p>Sanitária) - Universidade Federal de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2016.</p><p>SILVA, M. A.; SANTANA, C. Reuso da água: possibilidades de redução do</p><p>desperdício nas atividades domésticas. Revista do CEDS, São Luís, n.1, p. 1-14,</p><p>ago./dez. 2014. Disponível em: https://www.tratamentodeagua.com.br/wp-</p><p>content/uploads/2016/05/REUSO-DE-%C3%81GUA-possibilidades-de-redu%C3%A7</p><p>%C3%A3o-do-desperd%C3%ADcio-nas-atividades-dom%C3%A9sticas.pdf. Acesso</p><p>em: 01 mar. 2020.</p><p>TELLES, D. D’A.; COSTA, R. H. Reúso da água: conceitos, teorias e práticas. São</p><p>Paulo: ed. blucher, 2007.</p><p>VICTORINO, C. J. A. Planeta água morrendo de sede: uma visão analítica da</p><p>metodologia do uso e abuso dos recursos hídricos. Porto Alegre: ed. EDIPUCRS,</p><p>2007.</p><p>https://www.tratamentodeagua.com.br/wp-content/uploads/2016/05/REUSO-DE-ÁGUA-possibilidades-de-redução-do-desperdício-nas-atividades-domésticas.pdf</p><p>https://www.tratamentodeagua.com.br/wp-content/uploads/2016/05/REUSO-DE-ÁGUA-possibilidades-de-redução-do-desperdício-nas-atividades-domésticas.pdf</p><p>https://www.tratamentodeagua.com.br/wp-content/uploads/2016/05/REUSO-DE-ÁGUA-possibilidades-de-redução-do-desperdício-nas-atividades-domésticas.pdf</p><p>https://www.tratamentodeagua.com.br/wp-content/uploads/2016/05/REUSO-DE-ÁGUA-possibilidades-de-redução-do-desperdício-nas-atividades-domésticas.pdf</p><p>1. INTRODUÇÃo</p><p>2. ÁGUAS CINZAS E SUAS CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS</p><p>5. CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>REFERÊNCIAS</p>

Mais conteúdos dessa disciplina