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Conteúdo: CONTROLE DA POLUIÇÃO Guilherme Semprebom Meller Karina Fürstenau de Oliveira Ronei Tiago Stein Vanessa de Souza Machado Catalogação na publicação: Poliana Sanchez de Araujo – CRB 10/2094 C764 Controle da poluição / Guilherme Semprebom Meller ... [et al.]. – Porto Alegre : SAGAH, 2017. 290 p. il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-114-3 1. Poluição - Controle. 2. Qualidade ambiental. I. Meller, Guilherme Semprebom. CDU 502.175 Revisão técnica: Vanessa de Souza Machado Bióloga (ULBRA) Mestra e Doutora em Ciências (UFRGS) Professora do Curso de Tecnologia e Gestão Ambiental (FATO) Iniciais_Controle da poluição.indd 2 07/07/2017 11:28:06 Técnicas de controle, recuperação e mitigação de águas contaminadas Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Caracterizar os métodos utilizados para o tratamento e controle de e� uentes. Identi� car técnicas de recuperação e controle de mananciais contaminados. Relacionar ações de mitigação para a poluição das águas. Introdução Após a Revolução Industrial, o agravamento da poluição ambiental au- mentou consideravelmente em todo o mundo, sendo as águas uma das mais afetadas. Porém, não são apenas as atividades industriais que contribuem para a alteração das características físicas, químicas e micro- biológicas das águas. A geração de esgoto doméstico e o uso intenso de pesticidas pelo setor agrícola também são causas do agrave da con- taminação das águas. Mas como é possível resolver esta situação? Com medidas de controle, recuperação e mitigação das águas contaminadas. O tratamento dos efluentes, por exemplo, uma técnica de controle que é eficaz e de extrema importância, visando garantir a qualidade da água. A recuperação de mananciais contaminados não é uma tarefa fácil, pois envolve questões políticas, sociais, ambientais e econômicas. Logo, a diminuição e, principalmente, o reuso da água, após tratamento, acabam sendo excelentes maneiras de mitigar a questão da poluição das águas. U3_C09_Controle da poluição.indd 149 07/07/2017 11:09:23 Água contaminada – definições gerais Antes de começarmos a falar sobre águas contaminadas, é preciso entender a defi nição de água e sua importância para as diferentes atividades antrópicas. A água pura é um líquido incolor, inodoro, insípido e transparente. Contudo, por ser considerada um dos melhores solventes existentes, raramente é encontrada em estado absoluto de pureza. Dos 103 elementos químicos dos quais temos conhecimento, a maioria é encontrada de alguma maneira em águas naturais (RICHTER; NETTO, 2005). Em relação à disponibilidade hídrica do planeta, Mierzwa e Hespanhol (2005) comentam que o volume total de água no planeta é de 1.385.984.00 km³, porém apenas 2,53% desse total é composto por água doce, um percentual muito baixo para suprir as necessidades de uma população mundial que chega próxima aos 7,5 bilhões. Em relação ao total de água doce mundial, apenas 0,29% destas águas estão disponíveis como águas superficiais, e 31,01%, como águas subterrâneas. O restante (68,70%) está sob forma de geleiras ou coberturas de neve. Os principais usos da água, segundo Von Sperling (2005) e Marengo (2008), são: o abastecimento doméstico, abastecimento industrial, irrigação, dessedentação do homem e animais, preservação da flora e da fauna, recreação/ lazer, criação de espécies, geração de energia elétrica, navegação, harmonia paisagística, diluição e transporte de despejos. Na América Latina, pode-se destacar a agricultura como principal consumidor de água, consumindo cerca de 70% de toda a água. A área industrial ocupa o segundo lugar (22%), seguido do uso doméstico (8%). Macêdo (2001) comenta que esses valores variam de diferentes continentes e países devido a inúmeros fatores, como cultura, disponibilidade hídrica e economia. Segundo o Portal São Francisco (2017), o lançamento de resíduos industriais nas águas e nos solos é um sério problema ecológico. Substâncias poluentes, como detergentes, ácido sulfúrico e amônia, envenenam os rios onde são lançados, causando a morte de muitas espécies da comunidade aquática. Como a modelagem dos processos de tratamento é ampla e é usada em projetos de otimização de processos de tratamento físico, químico e biológico, a carac- terização completa de águas residuais, principalmente de efluentes contendo resíduos industriais, é cada vez mais importante. Portanto, a compreensão da natureza das águas residuais é de fundamental importância para o projeto e operação da escolha do tratamento, instalações necessárias e reuso, quando possível (METCALF & EDDY INC et al., 2003). Controle da poluição 150 U3_C09_Controle da poluição.indd 150 07/07/2017 11:09:23 Água poluída: toda água que apresenta modificações em suas características físicas e químicas. Água contaminada: quando ocorre a presença de organismos causadores de doença ou substâncias que podem trazer problemas de saúde. Nem toda água poluída está contaminada, mas toda água contaminada está poluída. Efluentes industriais: são os resíduos líquidos e gasosos provenientes das ativi- dades industriais, que, liberados no meio ambiente sem o devido tratamento, têm gerado efeitos danosos para toda a biodiversidade do planeta. Principais métodos para o tratamento de águas contaminadas Em relação às técnicas de controle de águas contaminadas, é preciso analisar as características físicas, químicas e bacteriológicas, as quais são determinadas por uma série de parâmetros. Antes de analisar e identifi car os parâmetros, é preciso saber para qual fi m será utilizada essa água. As características das águas são resultado de uma série de fatores que ocorrem no corpo hídrico ou na bacia hidrográfi ca. A capacidade de dissolução varia de acordo com a substância lançada e com o transporte pelo escoamento superfi cial e subter- râneo (LIBÂNIO, 2008). Telles e Costa (2007) comentam que, ao se realizar a análise da água, é preciso associar aos requisitos mínimos exigidos para cada tipo de aplicação. Porém, o grau de tratamento necessário para o lançamento em um corpo receptor de efluentes, tratados ou não, oriundos de atividades industriais deve levar em conta os padrões legais de emissão e de qualidade. Padrões de emissão estão relacionados às características do efluente lançado, enquanto os padrões de qualidade dependem das características do corpo receptor desse efluente. Esses padrões de emissão e qualidade são especificados via legislação Federal, Estadual ou Municipal (em alguns casos), de acordo com Cavalcanti (2009). Em nível Federal, podem-se citar a Resolução nº 410/2009 e a Resolução nº 430/2011, as quais dispõem sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelecem as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dão outras providências. Como no 151Técnicas de controle, recuperação e mitigação de águas contaminadas U3_C09_Controle da poluição.indd 151 07/07/2017 11:09:24 território brasileiro temos 26 estados, mais o Distrito Federal, fica inviável citar todas as legislações estaduais. A estação de tratamento é uma infraestrutura operacional composta por unidades de tratamento que, por processos físicos, biológicos ou químicos, remove as cargas poluidoras do efluente, elevando seu potencial de reuso e garantindo que a qualidade do efluente final esteja em consonância com os padrões estabelecidos nas legislações ambientais vigentes. As estações apre- sentam diferentes etapas de tratamento, como o tratamento prévio, primário, secundário e terciário. A Figura 1 apresenta um exemplo de uma estação de tratamento. Figura 1. Exemplo de uma estação de tratamento de efluentes (ETE). Fonte: Kekyalyaynen/Shutterstock.com. O tratamento prévio (também conhecido como tratamento preliminar) é a primeira fase de separação de sólidos. Nessa etapa de tratamento se removem sólidosgrosseiros, detritos minerais (areia), materiais flutuantes e carreados e, por vezes, óleos e graxas, sendo os mecanismos de remoção de ordem física (TELLES; COSTA, 2007). Von Sperling (2005) ressalta que as principais finalidades da remoção desses sólidos grosseiros incluem a proteção dos dispositivos de transporte dos esgotos/efluentes (como bombas e tubulações), além da proteção das unidades de tratamento subsequentes e a proteção de corpos receptores. Controle da poluição 152 U3_C09_Controle da poluição.indd 152 07/07/2017 11:09:24 A remoção da areia do efluente tem por finalidade evitar entupimentos, obstruções, depósitos de materiais em sistemas como tubulação, tanque, orifícios, sifões, facilitando o transporte líquido do sistema e a transferência de lodos nas mais diversas fases do tratamento (TELLES; COSTA, 2007). Os mesmos autores afirmam que a remoção da areia ocorre por meio de de- sarenadores. Von Sperling (2005) descreve que este mecanismo de remoção da areia é feito por sedimentação, na qual os grãos de maiores dimensões e densidade vão para o fundo do tanque, enquanto a matéria orgânica, por ser mais leve, permanece na superfície. O tratamento primário é constituído basicamente por processos físico- -químicos, nos quais ocorre a passagem do efluente por uma unidade de sedimentação (decantador primário), após as unidades de tratamento prévio, colaborando, dessa forma, para melhorar a remoção de sólidos sedimentáveis. Acredita-se que somente com o tratamento prévio e o preliminar seja possível remover cerca de 60 a 70% de sólidos em suspensão (SS), de 20 a 45% da Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO) e entre 30 a 40% de coliformes (TELLES; COSTA, 2007). No decantador primário (que pode ser tanto retan- gular como circular), o efluente flui vagarosamente, permitindo que os sólidos em suspensão, os quais possuem maior densidade, sedimentem gradualmente no fundo. Esse material sedimentável recebe o nome de lodo primário bruto, sendo sua remoção necessária por raspadores mecânicos para não prejudicar a eficácia do tratamento seguinte (VON SPERLING, 2005). Ainda segundo Von Sperling (2005), pode-se aumentar a eficácia do tratamento primário com a ajuda de agentes coagulantes – como sulfato de alumínio, cloreto férrico, entre outros – auxiliados por um polímero. Além do decantador primário, encontram-se nessa etapa de tratamento os floculadores, em que se adicionam produtos químicos, provocando a aglutina- ção e o agrupamento de partículas a serem removidas. Quanto mais suave a agitação do efluente, melhor o desempenho na formação do floco. No processo de flotação, trabalha-se com o princípio básico da adesão de microbolhas de ar na superfície das partículas. Em seguida, ocorre a remoção com a ajuda de raspadores manuais ou mecânicos. O tratamento secundário, também conhecido como tratamento biológico, visa à transformação da matéria orgânica presente no efluente em gases e tecido celular (lodo biológico). Neste processo, pode-se ter ainda a transformação ou remoção de nutrientes por transformação, como é o caso do fósforo e do nitrogênio. Em casos mais isolados, também podem-se remover constituintes e compostos orgânicos específicos neste processo (METCALF & EDDY INC et al., 2003). Von Sperling (2005) ressalta que, nesta etapa de tratamento, a 153Técnicas de controle, recuperação e mitigação de águas contaminadas U3_C09_Controle da poluição.indd 153 07/07/2017 11:09:24 remoção da matéria orgânica é efetuada por reações bioquímicas realizadas por microrganismos. Estes, por sua vez, transformam a matéria orgânica em gás carbônico, água e material celular. Os decantadores secundários normalmente estão presentes no tratamento secundário, sendo responsáveis pela separação dos sólidos em suspensão presentes no tanque de aeração, permitindo a saída de um efluente clarificado, consequentemente havendo um aumento do teor de sólidos em suspensão no fundo do decantador (TELLES; COSTA, 2007). No tratamento secundário, todas as etapas de tratamento ocorrem via ação biológica, dividida em dois ambientes. O ambiente aeróbio é aplicado a todas as variantes de lodos ativados e lagoas aeradas, nos quais o oxigênio é introduzido artificialmente. Neste ambiente, produz-se maior quantidade de lodo, ao contrário do processo anaeróbio, no qual tem-se a ação de bactérias que sobrevivem na ausência de oxigênio. Com isso, tem-se a produção de biogás (biogás = metano, CO2 e outros gases), que gera menor quantidade de lodo, uma vez que parte da matéria orgânica é transformada em gases (TELLES; COSTA, 2007). Por fim, tem-se o tratamento terciário, também conhecido como trata- mento avançado, porém este nem sempre está presente nas estações de trata- mento. Geralmente é constituído de unidades de tratamento físico-químico, tendo como objetivo a remoção complementar da matéria orgânica e de com- postos não biodegradáveis, de nutrientes, de poluentes tóxicos, de sólidos inorgânicos dissolvidos e sólidos em suspensão remanescentes e de patogenias por desinfecção dos esgotos/efluentes tratados. Os processos de tratamento dos efluentes são formados por uma série de operações unitárias, e estas são empregadas para a remoção de substâncias indesejáveis, ou para a transformação destas substâncias em outras de forma aceitável. O Quadro 1 apresenta as principais operações unitárias de tratamento de águas contaminadas em uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). Controle da poluição 154 U3_C09_Controle da poluição.indd 154 07/07/2017 11:09:25 Operação unitária Processo de operação Troca de gás Operação pela qual gases são precipitados no esgoto ou tomados em solução pelo esgoto a ser tratado, pela sua exposição ao ar sob condição elevada, reduzida ou normal de pressão. Gradeamento Operação pela qual são retidos e removidos o material flutuante e a matéria em suspensão que for maior em tamanho do que as aberturas das grades. Sedimentação Operação pela qual a capacidade de carreamento e de erosão da água é diminuída até que as partículas em suspensão decantem pela ação da gravidade e não possam mais ser levantadas pela ação de correntes. Flotação Operação pela qual a capacidade de carreamento da água é diminuída e sua capacidade de empuxo é, então, aumentada. Coagulação química Operação na qual há adição de substâncias químicas formadoras de flocos (coagulantes) ao efluente. Precipitação química Operação de adição de substâncias químicas como sulfato de alumínio e sais de ferro com o objetivo de eliminar nutrientes como o fósforo. Filtração Operação pela qual os fenômenos de coar, sedimentar e de contato interfacial se combinam para transferir a matéria em suspensão para grãos de areia, carvão ou outro material granular, de onde deverá ser removida. Desinfecção Operação pela qual os organismos vivos infecciosos em potencial são exterminados. Oxidação biológica Operação pela qual os microrganismos decompõem a matéria orgânica contida no efluente ou no lodo e transformam substâncias complexas em produtos finais simples. Quadro 1. Principais operações unitárias encontradas em uma Estação de Tratamento de Efluentes (ETE). Fonte: Jordão et al. (1997). 155Técnicas de controle, recuperação e mitigação de águas contaminadas U3_C09_Controle da poluição.indd 155 07/07/2017 11:09:25 Técnicas de recuperação e controle de mananciais contaminados Não é nenhuma novidade que boa parte dos rios espalhados pelo mundo apresenta algum tipo de poluição. Segundo Ratier (2016), um relatório da Comissão Mundial de Águas, entidade internacional ligada à ONU, aponta que, entre os 500 maiores rios do mundo, mais da metade enfrenta sérios problemas de contaminação. Figura 2. Recurso hídrico com alto grau de poluição. Fonte: Jack Schiffer/Shutterstock.com. No Brasil, a Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012, a qual institui o “novo Código Florestal”, apresenta a Área de Preservação Permanente exigida,conforme a largura do curso d’água, sendo estas: Curso de até 10 metros: devem-se respeitar 30 metros de cada lado do rio. Curso de 10 metros a 50 metros: devem-se respeitar 50 metros de cada lado do rio. Curso de 50 metros a 200 metros: devem-se respeitar 100 metros de cada lado do rio. Curso de 200 metros a 600 metros: devem-se respeitar 200 metros de cada lado do rio. Controle da poluição 156 U3_C09_Controle da poluição.indd 156 07/07/2017 11:09:25 Curso acima de 600 metros: devem-se respeitar 500 metros de cada lado do rio. Nascente e olhos d’água perene: deve-se respeitar um raio mínimo de 50 metros. Essas margens de segurança visam basicamente evitar a erosão e o asso- reamento dos recursos hídricos. Porém, sabe-que, na prática, essas margens de segurança muitas vezes não são respeitadas. As maiores cidades cresceram às margens de rios, resultando na erosão e contaminação deles. Logo, a fim de evitar a erosão, deve-se realizar o reflorestamento das margens desses rios, contribuindo para a diminuição do assoreamento deles. O ideal seria transferir a população que reside às margens de rios para locais mais seguros, porém essa não é uma tarefa fácil devido a questões políticas, sociais e econômicas. Entretanto, como podemos recuperar um rio ou manancial poluído? Ba- sicamente, é preciso remover a fonte de contaminação, ou seja, garantir que o esgoto ou o efluente industrial não seja lançado no recurso hídrico sem o devido tratamento, retirando os contaminantes e contando com a vigilância da população. No rio Tietê (em São Paulo), por exemplo, a origem do problema de conta- minação é basicamente de três tipos, de acordo com Ratier (2016): industrial, difusa (formada pelo lixo das casas e das ruas levado pela chuva) e do esgoto doméstico, que é considerado o mais prejudicial de todos. O tratamento do rio começa pela instalação de barras de proteção, as quais visam reter a maior parcela possível de resíduos sólidos (plásticos, papeis, vidros, entre outros) presente no recurso hídrico e que podem causar problemas nas etapas seguintes de tratamento. Para evitar ligações clandestinas de esgoto ou até mesmo efluente industrial, deve-se realizar o monitoramento periódico, pois estas colocam o tratamento da água em risco. Para se ter uma ideia, cerca de 70 mil ligações irregulares são descobertas no rio Tietê anualmente. A estação de flotação é uma das melhores opções para remover a sujeira presente no rio. Este sistema consiste na injeção de microbolhas de ar no fundo do rio, fazendo com que a sujeira depositada suba e seja recolhida. 157Técnicas de controle, recuperação e mitigação de águas contaminadas U3_C09_Controle da poluição.indd 157 07/07/2017 11:09:25 Outra forma de recuperar as águas contaminadas de mananciais é por meio de fitorremediação. Essa técnica consiste na remoção de poluentes de uma área contaminada pela utilização de plantas, podendo ser dividida em três tipos: Fitorremediação de águas: usada para efluentes sanitários, agrícolas ou industriais. Fitorremediação do ar: remoção de CO2, gás do efeito estufa e tóxico em ambientes fechados, melhorando, dessa forma, a qualidade do ar. Fitorremediação de solos: remoção, retenção ou degradação de conta- minantes das camadas superficiais do solo. O rio Tâmisa, na Inglaterra, ficou conhecido como o “Grande Fedor” devido a seu alto índice de poluição, sendo suas águas consideradas não potáveis já no ano de 1610. Entretanto, um projeto de despoluição começou a ser esboçado no século XIX. Além do mau cheiro, as epidemias de cólera nas décadas de 1850 a 1860 foram fundamentais para que o governo decidisse construir um sistema de captação de esgotos da cidade. Ao todo, foram quase 150 anos de investimentos na despoluição das águas do rio que corta Londres. Veja a figura a seguir. Situação atual do Rio Tâmisa, Inglaterra. Fonte: Songquan Deng/Shutterstock.com. Controle da poluição 158 U3_C09_Controle da poluição.indd 158 07/07/2017 11:09:26 Especificamente falando sobre a fitorremediação de água, pode-se citar o sistema wetland. O termo wetland é utilizado para caracterizar ecossiste- mas naturais que ficam parcial ou totalmente inundados durante o ano e que apresentam condições apropriadas para o crescimento de plantas macrófitas. De acordo com Salati (2000), as principais funções desses sistemas, além do tratamento de efluentes, são: Regularização do fluxo de água, amortecendo picos de enchentes; Capacidade de modificar e controlar a qualidade das águas; Proteção à biodiversidade, como área de refúgio da fauna terrestre; e Controle da erosão, evitando o assoreamento dos rios. Os sistemas de wetlands construídos são sistemas projetados que utilizam tecnologia com o objetivo de reproduzir os sistemas de wetlands naturais (BEDA, 2011). Esses sistemas utilizam plantas aquáticas em substratos feitos de materiais inertes. As interações entre planta e substrato formam um biofilme que abriga uma população de microrganismos responsáveis pelos mecanismos químicos, físicos e biológicos para tratamento das águas residuárias, de acordo com Souza et al. (2004) e Jesus e Winckler (2015). A remoção de nutrientes ocorre por mecanismos químicos no solo e absorção pela biomassa vegetal (Figura 3). Figura 3. Exemplo do sistema wetland. Fonte: higrace/Shutterstock.com. 159Técnicas de controle, recuperação e mitigação de águas contaminadas U3_C09_Controle da poluição.indd 159 07/07/2017 11:09:26 Controle de águas contaminadas Existem iniciativas que visam melhorar a qualidade das águas. Na América do Sul, uma cooperação internacional efetiva tem se desenvolvido na bacia do Prata (compartilhada por Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) e na bacia Amazônica (compartilhada por nove países). Ações conjuntas de monitoramento para controle da qualidade da água, estudos conjuntos para avaliar o impacto dos usos do solo na contaminação e degradação dos recursos hídricos, além da realização de programas de capacitação conjunta de gestores de recursos hídricos são algumas ações e atividades já desenvolvidas e que têm estimulado políticas públicas de longo prazo para a gestão dessas bacias (TUNDISI, 2008). O mesmo autor apresenta outros exemplos relevantes em que a cooperação internacional tem atuado intensivamente para resolver problemas comuns de disponibilidade, demanda, contaminação e escassez de água: Programas de cooperação internacional nos dez países que compartilham a bacia do Rio Nilo; Cooperação internacional para gerenciamento do Mar Cáspio, compar- tilhado por cinco países. Um dos principais problemas é a exploração de petróleo e o potencial de contaminação nessa região, além da produção pesqueira, que é importante economicamente; Cooperação internacional no Rio Danúbio, cuja bacia hidrográfica é compartilhada por dez países, sendo os principais problemas relaciona- dos com a navegação e transporte, usos da água, controle da poluição e projetos de proteção ambiental da bacia do Rio Danúbio. Disponibilidade de água de melhor qualidade para abastecimento humano; Disponibilidade de água de melhor qualidade em rios e lagos para utilização pública em recreação (banhos e natação); Água menos poluída como parte das heranças locais e regionais e parte das ações ambientais rumo à sustentabilidade. Formas de mitigação de águas contaminadas Os planos de mitigação, segundo Mercado em Foco (2017), buscam reverter danos parciais e minimizar situações de risco e de impactos ambientais pela intervenção em áreas vulneráveis e pela implementação de programas ope- Controle da poluição 160 U3_C09_Controle da poluição.indd 160 07/07/2017 11:09:27 racionais que permitam, a curto prazo, mitigar situações críticas com base na defi nição de prioridades. Eles devem ser implantados com base numa gestão adaptativa, fundamentada em mecanismos que levem em conta a dinâmica de determinadaszonas naturais. Entre os principais planos de mitigação estão: Manter em estado próximo do natural a maior parte das zonas degradadas; Condicionar as explorações agrícola e pecuária; Impedir a ocupação com habitação nas áreas delimitadas de proteção; Condicionar as instalações industriais; Desviar vias e transferir construções em zonas de risco; Limitar a construção de estradas marginais e a intensidade de tráfego; Controlar a ocupação de terras e extrações; Investir em tecnologias que visam ao reuso da água. A mitigação está relacionada ao ato de diminuir a intensidade de algo, fazendo com que fique mais brando, calmo ou relaxado. Mas como é possível reduzir a quantidade de água contaminada gerada? Essa não é uma tarefa fácil, pois precisa haver o consentimento da empresa ou das próprias pes- soas, e normalmente são necessários investimentos financeiros, o que acaba colocando as medidas mitigadoras de lado. O reuso da água (ou do efluente) pode ser considerada a principal medida mitigadora em relação às águas contaminadas, pois é uma ordem direta: quanto mais água consumimos, mais efluentes iremos gerar. Reuso da água A conservação da água pode ser realizada por várias atividades, tais como a redução da demanda da água, melhoramento do seu uso e redução das perdas e desperdícios (TOMAZ, 2001). Macêdo (2001) descreve que o reuso de água é considerado uma das principais alternativas para um uso mais racional da água (Figura 4). Mierzwa e Hespanhol (2005) defi nem, de maneira geral, “reuso de água” como o uso de efl uentes tratados ou não para fi ns benéfi cos, tais como irrigação, uso industrial e fi ns urbanos não potáveis, em substituição à fonte de água normalmente utilizada. 161Técnicas de controle, recuperação e mitigação de águas contaminadas U3_C09_Controle da poluição.indd 161 07/07/2017 11:09:27 Lavrador Filho (1987) apud Mancuso e Santos (2003) define a prática de reuso como o aproveitamento de águas já utilizadas em alguma atividade para suprir necessidades de outros fins, podendo ser, inclusive, o original. Esse mesmo autor ressalta que o reuso pode ser realizado de forma direta ou indireta, com ações planejadas ou não planejadas, gerando, assim, as seguintes definições: a) Reuso indireto não planejado: a água é utilizada uma ou mais vezes para uma determinada atividade, ou seja, o efluente de uma atividade é destinado ao meio ambiente (sem tratamento) e captado em um ponto a jusante (um ponto depois do ponto em que é descartado) para ser reutilizada; b) Reuso indireto planejado: o efluente, depois de passar por tratamento, é destinado ao meio ambiente de forma planejada e consciente para ser captado novamente em um ponto a jusante com a intenção do reuso; c) Reuso direto: o efluente, após ser tratado, é direcionado diretamente ao ponto em que o reuso será realizado. Este ocorre sempre de forma planejada. De acordo com Mierzwa e Hespanhol (2005), a prática de reuso pode ser implantada de duas maneiras: Figura 4. Reuso de água, medida mitigatória para diminuir a geração de águas contaminadas. Fonte: Sergey Novikov/Shutterstock.com. Controle da poluição 162 U3_C09_Controle da poluição.indd 162 07/07/2017 11:09:27 Reuso direto de efluentes: compreende o uso de efluente originado por um processo diretamente em outro, devido às características com- patíveis, podendo-se utilizar parcialmente o efluente ou misturá-lo com a água de abastecimento. Reuso de efluentes tratados: utilizam-se efluentes que tenham sido sub- metidos a um tratamento. Após o tratamento é verificado se o efluente atinge as características necessárias (de acordo com leis); caso contrário, realiza-se um novo tratamento. O reuso também pode ser classificado em duas grandes categorias: po- tável e não potável, dependendo de que atividade será o objetivo do reuso (MANCUSO; SANTOS, 2003). Para Telles e Costa (2007), o reuso de água com características similares ao esgoto doméstico – decorrentes de atividades como higiene, preparação de comidas, entre outras – deve ser realizado para fins menos nobres, em que não são exigidos os padrões de qualidade de água potável, por motivos de segurança à saúde pública. O mesmo autor afirma que o reuso para fins não potáveis auxilia na redução do problema da escassez, substituindo a exploração de mananciais. Com isso, volumes de água potável são poupados, usando-se água de qualidade inferior para essas finalidades. A prática do reuso de água contribui de forma significativa para a redução do volume de água captado pelo sistema de abastecimento convencional e do efluente gerado pela prática da atividade. Sobretudo, deve ser adotada no momento em que as características do efluente disponível sejam compatíveis com os requisitos de qualidade exigidos para a finalidade de sua aplicação (MIERZWA; HESPANHOL, 2005). Silva (2002) ressalta que, em relação às indústrias, as águas de reuso podem ser usadas em sistemas de água de resfriamento, para sistemas de produção de água quente ou vapor – caldeiras –, em processos industriais e outros usos menos nobres, como rega de jardins, lavagem de tanques e pátios. O reuso de água pode ocorrer ainda na preparação de concreto e compactação do solo, lavagens de peças nas indústrias mecânicas e lavagem de gases de chaminés. 163Técnicas de controle, recuperação e mitigação de águas contaminadas U3_C09_Controle da poluição.indd 163 07/07/2017 11:09:27 O reuso de água vem sendo adotado por algumas empresas como forma de exploração do marketing verde. Com a minimização do volume de efluente gerado, agrega-se valor ao produto final, bem como aumenta a competitividade ao cliente e consumidor (CONSTANZI, 1998). O reuso de água em nível industrial já é uma realidade, porém está associado a iniciativas isoladas dentro do setor privado, principalmente por ser economicamente viável em função dos custos e por reduzir o volume de efluentes lançados em recursos hídricos (MACÊDO, 2001; TELLES; COSTA, 2007). Dentre os benefícios do reuso de água no setor industrial, podem-se citar: maximização da eficiência na utilização dos recursos hídricos; benefícios referentes à imagem ambiental da empresa (adoção de postura proativa com o meio ambiente); garantia na qualidade de água tratada; viabilização de um sistema “fechado”, com descarte mínimo de efluentes; credenciamento da empresa para futuros processos de certificação ambiental, International Organization Standardization – ISO 14.000; independência do sistema público e de suas instabilidades (garantia no abastecimento). Em diversas cidades e países, tratar a água de esgoto visando deixá-la potável ao consumo humano é uma prática que vem crescendo exponencialmente. Além de diminuir a poluição de rios ou outros mananciais hídricos, é uma excelente opção em locais com escassez de água. Para entender melhor sobre o reuso de água de esgoto e o tratamento adequado, leia mais na reportagem “Até o fim do ano, você beberá água de esgoto” (MOURA; VISCONTI; IMERCIO, 2015). Controle da poluição 164 U3_C09_Controle da poluição.indd 164 07/07/2017 11:09:28 1. As estações de tratamento de efluentes são compostas por diferentes etapas. Em relação a essas etapas, qual a alternativa correta? a) A desinfecção consiste no uso de cloro, visando matar germes nocivos à saúde humana. b) A filtração consiste na passagem da água por meio de filtros, compostos principalmente por areia, carbono e turfa. c) A decantação visa à adição de sulfato de alumínio para que as partículas de sujeira se juntem, formando pequenos coágulos. d) Os filtros de carbono auxiliam na retirada de partículas maiores, as quais podem resultar no entupimento de tubulações. e) A floculação visa que a água fique parada para que os flocos mais pesados se depositem no fundo. 2. Uma maneira de minimizar a geração de águas contaminadas é pelo reuso da água. Em relação ao reuso de água,qual a alternativa correta? a) O reuso indireto não planejado é a denominação dada quando ocorre o tratamento do efluente e posterior descarte em um recurso hídrico, sendo o efluente novamente captado em um ponto a jusante. b) No reuso indireto planejado, o efluente não passa por nenhum tipo de tratamento, sendo destinado ao meio ambiente de forma planejada e consciente para ser captado novamente em um ponto a jusante com intenção de reuso. c) O reuso direto pode ser considerado um ciclo fechado. d) Todo reuso de água deverá ser aproveitado para fins não potáveis devido às patologias que podem estar presentes. e) O reuso de água é uma forma de economizar financeiramente, porém não diminui a quantidade de água contaminada lançada nos mananciais. 3. Entre as alternativas a seguir, as quais se referem às técnicas de recuperação de mananciais contaminados, qual está correta? a) Qualquer tipo de planta pode ser utilizado no sistema wetland, o que garante sua eficiência e simplicidade principalmente para o tratamento de esgotos. b) A forma mais viável de recuperar mananciais contaminados é pela retirada da população que vive às margens dos recursos hídricos. c) Em 2012, o Governo Federal publicou a Lei nº 12.651, a qual visa principalmente preservar os recursos hídricos nacionais, bem como apresentar formas de minimizar os passivos ambientais ocasionados pelo lançamento de efluentes/esgotos neles. d) A instalação de estações de tratamento dentro de recursos hídricos é uma forma de recuperar as suas águas. 165Técnicas de controle, recuperação e mitigação de águas contaminadas U3_C09_Controle da poluição.indd 165 07/07/2017 11:09:28 e) A fitorremediação consiste em adicionar agentes coagulantes na água a fim de proporcionar a formação de flocos e, consequentemente, a deposição destes no fundo do recurso hídrico. 4. Em relação aos métodos de tratamento de águas contaminadas, qual a alternativa correta? a) O tratamento de água sempre será igual, sendo composto pelos mesmos processos de operação. b) Devem-se consultar as Leis Federais sobre lançamento de efluentes em corpos receptores, pois elas sempre são mais restritivas. c) O tratamento terciário é fundamental nas estações de tratamento e visa à retirada de poluentes pela ação biológica. d) O tratamento biológico necessariamente consiste no uso de bactérias anaeróbias para realizarem a degradação da matéria orgânica. e) No tratamento prévio, ocorre a remoção de material particulado grosseiro, como areia, ou até resíduos sólidos urbanos, como plásticos. 5. O lançamento de esgoto na água é prejudicial porque causa o aumento do número de nutrientes e de algas. O aumento desses organismos forma uma camada que prejudica a entrada de luz solar e, consequentemente, afeta o processo de fotossíntese. Este fenômeno é descrito por qual das seguintes definições? a) Assoreamento. b) Eutrofização. c) Reprodução. d) Bioacumulação. e) Intemperismo. Controle da poluição 166 U3_C09_Controle da poluição.indd 166 07/07/2017 11:09:29 BEDA, J. N. Determinação do coeficiente de decaimento bacteriano em Wetland (Alagado construído). 2011, 50f., Dissertação de mestrado em Engenharia Sanitária. Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2011. BRASIL. Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e 11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e 7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá outras providências. Brasília: Presidência da República, 2012. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/ l12651.htm>. Acesso em: 02 jul. 2017. BRASIL. 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