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História_e_Antropologia_-_Aula_5_-_As_Revoluções_EUA_e_França

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AS REVOLUÇÕES
Estados Unidos e França no Século XVIII
Faculdade Metropolitana da Grande Recife
História e Antropologia Jurídica
Professor José Walter Lisboa Cavalcanti
A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Introdução
O rompimento dos laços coloniais efetuados pela independência dos EUA foi um marco para todo o ocidente:
Marcou o fim do Antigo Regime;
Considerada por muitos uma Revolução.
Muitas coisas eram novas
um país nascido de um processo de colonização, 
um Estado Republicano, sem reis nem majestades
Uma democracia representativa, que deveria garantir que a vontade da maioria prevalecesse
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A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Introdução
A formação dos Estados norte-americanos era diferenciada desde o início das 13 Colônias.
Não por seu caráter de povoamento, diverso das demais colônias que serviam de exploração Européia.
O clima interferia no potencial de exploração, pois as colônias mais ao norte tinham clima quase igual ao da Europa e não produziam produtos complementares.
Entretanto as colônias do sul possuíam condições propícias à exploração e dessa forma ocorreu.
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A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Introdução
As colônias do norte era formada de pequenas propriedade e a mão-de-obra era livre.
Os europeus só se interessavam por madeira, apetrechos de pesca e navais
As colônias do sul baseavam-se no plantation
Latifúndios
Monocultores
Exportadores
Escravocratas
A colonização do norte tinha caráter político, servindo como válvula de escape da metrópole, pois era para lá que iam os desafetos políticos.
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A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Introdução
As colônias do norte tinham um grande desenvolvimento comercial:
Ultrapassava os limites coloniais.
Mesmo com leis que proibiam o comércio com outros centros, os nortistas descumpriam as regras.
A “Nova Inglaterra”, pelo seu comércio e por seu tipo de colono, tinha tendência à independência.
Declaração dos primeiros colonos:
“(...) por consentimento mútuo e solene, e perante Deus, formar-mos em corpo de sociedade política com o fim de nos governarmos e de trabalhar pela consecução de nossos objetivos;...”
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A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Introdução
A partir do século XVIII, o comércio das 13 Colônias concorria com o inglês
Isso era inaceitável como papel de uma colônia;
A concorrência gerou diversos atritos;
A Metrópole buscou a submissão das colônias;
A Inglaterra, com os gastos da Guerra dos Sete Anos, aumentou as taxas da colônia para cobrir o déficit orçamentário 
Sugar Act (1764)
Stamp Act (1765)
Lei do aquartelamento (1775)
Tea Act (1773)
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A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Introdução
A Inglaterra e o Bill of Rights
Os ingleses da América sentiam-se ingleses e não suportavam serem tratados diferentemente.
Se não eram cidadãos ativos politicamente, não seriam cidadãos obrigados por elas;
A base para a Independência dos EUA foi a ideologia puritana, como também pela ideologia iluminista
O puritanismo- designa uma concepção da fé cristã desenvolvida na Inglaterra por uma comunidade de protestantes radicais depois da reforma
O Iluminismo é uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social
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A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
Processo e Declaração de Direitos
Primeiro Congresso Continental de Filadélfia (1774) 
Não teve, inicialmente, caráter separatista.
Solicitava igualdade de direitos entre todos
Segundo Congresso Continental de Filadélfia (1776) 
Totalmente favorável à independência
A Virgínia declarou-se independente e redigiu a sua “DECLARAÇÃO DE DIREITOS DO BOM POVO DA VIRGÍNIA” (12.06.1776)
Essa Declaração foi o primeiro documento escrito com valor jurídico e de ideologia iluminista.
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A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
A Declaração de Independência
Em 4 de julho de 1776, delegados de todos os territórios, reunidos na Filadélfia, promulgaram a DECLARAÇÃO DE INDEPENDÊNCIA, redigida por Thomas Jefferson
Essa Declaração foi a maior expressão do “grande Iluminismo”;
Demonstrava a questão do autogoverno
Com essa Declaração, os americanos ficam independentes, QUASE TODOS! 
Ameríndios
Escravos
muheres.
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A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
A Constituição Norte-Americana
Após a Declaração de Independência, em meio à guerra, buscava-se meios de manter a união dos Estados e a autodeterminação:
Em 1777, assinou-se os ARTIGOS DE CONFEDERAÇÃO, que estabelecia a união dos Estados sob o nome “Estados Unidos da América”
Em 1787 foi discutida e aprovada a CONSTITUIÇÃO NORTE-AMERICANA, composta por um preâmbulo e sete artigos, com a participação de 39 dos 55 delegados. 
A Constituição é a lei fundamental do país. A constituição estabelece a forma federal do Estado, os órgãos de poder, as suas competências e forma de funcionamento.
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A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
A Equity e a Common Law nos EUA
O sistema de Direito norte-americano tem uma diferença substancial do Inglês na organização política e constitucional, pois estas exercem grande influência sobre o direito
Common law é o direito que se desenvolve por meio das decisões dos tribunais, e não mediante atos legislativos ou executivos. Constitui um sistema do direito, diferente da família romano-germânica do direito. Nos sistemas de common law, o direito é criado ou aperfeiçoado pelos juízes: uma decisão a ser tomada num caso depende das decisões adotadas para casos anteriores e afeta o direito a ser aplicado a casos futuros.
Equity É um poder jurisdicional para resolver as controvérsias com base nos pronunciamentos da antiga Court of Chancery e continuados pelos tribunais da equidade. Os fins da equity são sanar falhas e atenuar os rigores do common law em sentido estrito, que peca pelo excesso de formalismo.
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A INDEPENDÊNCIA DOS EUA
A Equity e a Common Law nos EUA
Os Estados Unidos possuem sua Equity e a sua Common Law, mas estão subordinadas ao entendimento federalista encontrado na Constituição
A escala hierárquica das normas obrigatórias nos Estados Unidos é estabelecida em ordem decrescente da força de sua obrigatoriedade:
Constituição Federal
Lei e Atos Federais
Constituições Estaduais e Atos Estaduais
Leis e Atos Municipais
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
Introdução
A Revolução Francesa, como nenhuma outra, foi extremamente impactante para o mundo ocidetal.
O ocidente seria outro após a Revolução Francesa
Em termos políticos
Em termos do Direito
O ideário constitucionalista que impregnou as várias fases da Revolução foi exportado para todo o ocidente.
A partir daí, não mais se aceitaria um país sem constituição 
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
Conjuntura Político-Econômica
Às vésperas da Revolução Francesa, o pais ainda era agrário
mais de 85% da população vivia no campo
O capitalismo já estava presente
Mas a sociedade baseava-se em estamentos
A sociedade era dividida em três estados
No primeiro estava o CLERO
No segundo se encontrava a NOBREZA
PALACIANA – PROVINCIAL - TOGA
No terceiro e maior, estava a POPULAÇÃO
ALTA, MÉDIA e PEQUENA BURGUESIA – POVO
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
Conjuntura Político-Econômica
O terceiro estado era quem pagavam os impostos e, consequentemente, as mordomias caríssimas do Clero e da Nobreza
Os enormes gastos da minoria, causou um caos na economia francesa
Só Versalhes, gastava 10% de todos os recursos franceses.
O déficit no orçamento francês era imenso e a dívida externa era o dobro do dinheiro em circulação
Isso ocasionou o desejo da grande massa por igualdade civil e igualdade política
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
Conjuntura Político-Econômica
A Revolução Industrial inglesa deu outro golpe na economia francesa, pela entrada na Europa de seus produtos com baixo preço.
Houve um seca em 1787, que diminuiu a produção de alimentos.
O Governo apoiou a Independência Americana, tendo muitos gastos
Luiz XVI convoca a Assembleia dos Notáveis em 1787 e a “Assembleia dos Estados Gerais”
O terceiro estado, mesmo tendo a maioria, não conseguiu em nenhuma votação.
Assim, se proclamaram “ASSEMBLEIA NACIONAL”
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
Assembleia Constituinte e DDHC
Em 9 julho de 1789, A Assembleia Nacional tornou-se
“ASSEMBLEIA CONSTITUINTE”
O povo se envolve na Revolução e toma a Bastilha
O povo é imprescindível para a Revolução, que o põe nas ruas
Em 26 de agosto e 1789, é aprovada a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
Luiz XVI recusou-se a aprovar e gera maior revolta popular
O Palácio de Versalhes cai na mão do povo
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
Assembleia Constituinte e DDHC
O Iluminismo havia transposto as rodas de intelectuais, autores populares misturavam romance e ideologia iluminista e eram consumidos pelo povo, principalmente das cidades.
A Declaração de Direitos do Homem e do Cidadão enfatizava que a ignorância ou a não aplicação de direitos seria a causa dos males sociais.
Fundada no Iluminismo, a DDHC, traz diversos artigos interessantes, tratando de igualdade entre os homens, da fonte do poder, dos objetivos e princípios da lei etc.
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
Direitos da Mulher e da Cidadã
Mulheres se erguem e exigiram direitos
As mulheres tiveram papel preponderante na Revolução
Foram às ruas, lutaram ombro a ombro com homens revolucionários
Mesmo assim foram colocadas à margem da Declaração de Direitos
A França colocou o Direito das Mulheres em segundo plano
As francesas só puderam exercer seu direito ao voto em 1944, sendo o penúltimo pais europeu a garantir esse direito às mulheres.
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
Direitos da Mulher e da Cidadã
Para muitos, a mulher pertencia a esfera privada, não podendo tomar parte da esfera pública, que era de uso exclusivo do homem
Mulheres e crianças eram incapazes
“As mulheres, pelo menos no estágio atual, as crianças, os estrangeiros, aqueles que em nada contribuírem para a sustentação do estabelecimento público não devem influir ativamente na coisa pública”
As francesas revolucionárias buscaram a igualdade, lutaram e reclamaram por ela
Mesmo assim não eram reconhecidas como cidadãs ativas e ficaram fora das discussões públicas
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
Direitos da Mulher e da Cidadã
Em 1791, como resultado das decepções geradas nas mulheres revolucionárias, Olympe de Gouges (Mary Gouze) redigiu “DECLARAÇÃO DOS DIREITOS DA MULHER E DA CIDADÔ
É um marco histórico nas idéias de igualdade
Baseou-se na Declaração do Direitos do Homem e do Cidadão
Buscou um caráter includente tanto de homens quanto de mulheres
Olympe de Gouges convoca as mulheres a reconhecem e exigirem seus direitos
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
As Constituições Revolucionárias
A França revolucionária conheceu mais de uma constituição, cada qual com sua característica, cada uma sendo produto do momento histórico, ou melhor, da fase da Revolução que o país se encontrava”
Em setembro de 1791, foi promulgada a primeira Constituição da França que resumia as realizações da Revolução e constituía uma “Monarquia Constitucional”
A Constituição de 1795 é curta e indica apenas a condição do momento da França, ou seja uma República. Esta Constituição se preocupa com o fato das eleições
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
Era Napoleônica e o Código Civil
Com a chegada de Napoleão Bonaparte no poder, muitos historiadores consideram como terminada a Revolução Francesa
Mas foi nesse período que a ideologia burguesa mais se espalhou pela Europa.
Napoleão visou restituir uma monarquia centrada em si mesmo.
Em 1799 uma nova Constituição foi aprovada, mantendo a França republicana
Havia as Assembléias Legislativas
E o Poder Executivo era Consular
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A REVOLUÇÃO FRANCESA
Era Napoleônica e o Código Civil
Napoleão, em 1802, tornou-se “Cônsul vitalício”
Em 1804, se autonomeou Imperador, em nome da salvação da república.
Um Imperador para salvar a França?
De 1804 a 1810, Napoleão promulgou um Código Civil, de Processo Civil, Comercial, Penal e Processo Penal e um Código de Instrução Criminal
O Código Civil da França, conhecido como Código Napoleônico era considerado a obra mais importante da carreira de estadista de Napoleão.
Continha 2.000 artigos, que na sua maioria protegia a propriedade burguesa
Mas tratava sobre a paternidade, adoção, poder familiar entre outros
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AS REVOLUÇÕES
Estados Unidos e França no Século XVIII
CASTRO, Flávia Lages de. História do Direito: Geral e do Brasil. 6.ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2008

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