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<p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso</p><p>Regular</p><p>Autor:</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>04 de Março de 2023</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Índice</p><p>..............................................................................................................................................................................................1) Distúrbios hematológicos - Teoria 3</p><p>..............................................................................................................................................................................................2) Anemias - Teoria 4</p><p>..............................................................................................................................................................................................3) Hemoglobinopatias - Teoria 18</p><p>..............................................................................................................................................................................................4) Doenças mieloproliferativas - Teoria 24</p><p>..............................................................................................................................................................................................5) Cânceres hematológicos - Teoria 26</p><p>..............................................................................................................................................................................................6) Coagulopatias e trombose - Teoria 34</p><p>..............................................................................................................................................................................................7) Distúrbios hematológicos - Questões 38</p><p>..............................................................................................................................................................................................8) Anemias - Questões 44</p><p>..............................................................................................................................................................................................9) Hemoglobinopatias - Questões 56</p><p>..............................................................................................................................................................................................10) Cânceres hematológicos - Questões 64</p><p>..............................................................................................................................................................................................11) Hematologia - Referências III 73</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2</p><p>74</p><p>Distúrbios hematológicos</p><p>As doenças hematológicas são distúrbios do sangue que afetam principalmente o sangue e os órgãos</p><p>hematopoéticos. As doenças hematológicas incluem anemias, hemoglobinopatias (como doença</p><p>falciforme e talassemia), doenças mieloproliferativas (como policitemia vera), cânceres hematológicos</p><p>(como leucemia, linfoma e mieloma), distúrbios da coagulação e hemostasia (como hemofilia), dentre</p><p>outros.</p><p>Existe uma vasta gama de distúrbios hematológicos, porém vamos focar nos principais, que</p><p>geralmente são cobrados em provas de concurso, conforme esquematizado a seguir:</p><p>• Distúrbios hematológicos</p><p>• Anemias</p><p>• Anemia ferropriva</p><p>• Anemia sideroblástica</p><p>• Anemia megaloblástica</p><p>• Anemia hemolítica</p><p>• Anemia aplástica</p><p>• Anemia de doenças crônicas</p><p>• Anemia por hemorragias</p><p>• Hemoglobinopatias</p><p>• Doença falciforme</p><p>• Talassemias</p><p>• Doenças mieloproliferativas</p><p>• Policitemia vera</p><p>• Cânceres hematológicos</p><p>• Leucemias</p><p>• Linfomas</p><p>• Mielomas</p><p>• Distúrbios da coagulação</p><p>• Hemofilias</p><p>• Doença de von Willebrand</p><p>• Trombose</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3</p><p>74</p><p>Anemias</p><p>A anemia é uma diminuição na quantidade total de hemácias ou hemoglobina no sangue, ou uma</p><p>diminuição da capacidade do sangue de transportar oxigênio. Os sintomas mais comuns de anemia são</p><p>cansaço, fraqueza, falta de ar e, em casos mais graves, confusão mental e desmaios. A anemia pode ser</p><p>causada por:</p><p>• perda de sangue: trauma e sangramento gastrointestinal;</p><p>• diminuição da produção de hemácias: deficiência de ferro, de vitamina B12 ou de folato,</p><p>talassemias e neoplasias da medula óssea;</p><p>• aumento da degradação de hemácias: condições genéticas, como anemia falciforme,</p><p>infecções como malária e algumas doenças autoimunes.</p><p>A anemia é comumente classificada de acordo com o tamanho das hemácias (microcítica,</p><p>normocítica ou macrocítica) e a quantidade de hemoglobina presente nessas células (hipocrômica,</p><p>normocrômica ou hipercrômica). Já estudamos estas classificações de tamanho de hemácias e conteúdo</p><p>de hemoglobina no tópico de alterações morfológicas das hemácias.</p><p>Dentre as causas de anemia microcítica pode-se citar: anemia ferropriva, anemia de doenças</p><p>crônicas, talassemias alfa e beta e anemia sideroblástica. A causa mais comum de anemia macrocítica é a</p><p>anemia megaloblástica, oriunda da deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. Contudo, o hipotireoidismo</p><p>e o alcoolismo também podem levar à anemia macrocítica. Já as causas de anemia normocítica são</p><p>hemorragia, hemólise, anemia aplástica (falha na produção na medula óssea) e algumas doenças crônicas.</p><p>O diagnóstico de anemia é estabelecido quando os valores de hemoglobina são inferiores a 13,5 g/dl</p><p>em homens ou 12,0 g/dl em mulheres. Para crianças, os valores de referência são variáveis dependendo da</p><p>idade. O principal exame para o diagnóstico da anemia é o hemograma, contudo, testes adicionais devem</p><p>ser realizados para se determinar a etiologia da doença.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4</p><p>74</p><p>(COSEAC - UFF - 2019) Verifique o eritograma abaixo.</p><p>Trata-se de um quadro de anemia:</p><p>A) macrocítica e hipercrômica.</p><p>B) microcítica e hipercrômica.</p><p>C) macrocítica e hipocrômica.</p><p>D) microcítica e hipocrômica.</p><p>E) normocítica e normocrômica.</p><p>Comentários:</p><p>Os valores de hemácias, hemoglobina e hematócrito estão abaixo da faixa de referência, então de fato o</p><p>indivíduo em questão apresenta um quadro de anemia. Quanto à sua classificação, podemos notar que o</p><p>VCM (volume corpuscular médio) está acima da faixa de referência, logo a anemia é macrocítica; e o HCM</p><p>(hemoglobina corpuscular média) e o CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) estão</p><p>acima da faixa de referência, evidenciando uma hipercromia. Logo, estamos diante de um quadro de</p><p>anemia macrocítica e hipercrômica.</p><p>Gabarito: letra A.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5</p><p>74</p><p>O tratamento da anemia varia de acordo com sua etiologia e gravidade. Por este motivo, é de</p><p>fundamental importância que o diagnóstico seja realizado corretamente. Vamos estudar os principais tipos</p><p>de anemia nos próximos tópicos.</p><p>Anemia ferropriva</p><p>A anemia por deficiência de ferro (anemia ferropriva) é a principal causa de anemia e ocorre quando</p><p>os níveis de ferro no organismo estão baixos. A deficiência de ferro é geralmente oriunda de baixa ingestão</p><p>ou falha na absorção desta molécula, mas também pode ser causada por perda de sangue. É um quadro</p><p>comum na gestação, uma vez que o consumo de ferro se encontra aumentado neste período. A deficiência</p><p>de ferro leva a um quadro de anemia, pois esta molécula é utilizada na produção da hemoglobina, dentre</p><p>outras funções no organismo.</p><p>O ferro presente nos alimentos é absorvido pelo organismo através das células que revestem o trato</p><p>gastrointestinal,</p><p>para formar um coágulo de fibrina, essencialmente um</p><p>tampão de gel, que mantém as plaquetas no lugar e permite que a cura ocorra no local da lesão, impedindo</p><p>que o sangue escape dos vasos sanguíneos.</p><p>Embora a coagulação exacerbada possa levar a condições como infartos e derrames, a incapacidade</p><p>de formar coágulos também pode ser muito perigosa, pois pode resultar em sangramento excessivo. O</p><p>sangramento pode ser causado por plaquetopenia ou pela presença de plaquetas anormais, além de</p><p>quantidades baixas de proteínas da coagulação ou defeitos nos vasos sanguíneos.</p><p>A hemofilia é o distúrbio hemorrágico hereditário mais conhecido, afetando principalmente</p><p>homens. Outro exemplo de distúrbio hemorrágico é a doença de von Willebrand, que também é uma</p><p>doença hereditária, causada pela coagulação de proteínas e que afeta igualmente homens e mulheres.</p><p>Hemofilia</p><p>A hemofilia é um distúrbio hemorrágico hereditário raro que pode variar de leve a grave,</p><p>dependendo da quantidade de fator de coagulação presente no sangue. A hemofilia é classificada como</p><p>tipo A ou tipo B, com base no tipo de fator de coagulação ausente (fator VIII no tipo A e fator IX no tipo</p><p>B).</p><p>A hemofilia resulta de um defeito genético localizado no cromossomo X. Como as mulheres têm</p><p>dois cromossomos X que são ativados aleatoriamente, as que são heterozigotas para a mutação podem</p><p>apresentar um fenótipo que varia de assintomáticas a sintomáticas, dependendo de quanto do fator VIII ou</p><p>IX é inativado. Os homens têm um cromossomo X e um Y, portanto, se o cromossomo X tiver o gene</p><p>defeituoso, eles terão hemofilia.</p><p>Como o sangue não coagula adequadamente sem fatores da coagulação suficientes, qualquer lesão</p><p>acarreta o risco de sangramento excessivo. Além disso, pessoas com hemofilia podem sofrer sangramentos</p><p>internos que podem danificar articulações, órgãos e tecidos a longo prazo.</p><p>No passado, as pessoas com hemofilia eram tratadas com transfusões de fator VIII obtidas do sangue</p><p>de doadores. Mas graças aos avanços científicos, hoje em dia os fatores da coagulação sintéticos podem</p><p>ser produzidos em laboratórios, através da clonagem dos genes que codificam fatores específicos da</p><p>coagulação.</p><p>O coagulograma de um indivíduo portador de hemofilia irá evidenciar um tempo de sangria (TS)</p><p>aumentado, o tempo de tromboplastina parcial ativada (TTPa) elevado e um valor de tempo de</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>34</p><p>74</p><p>protrombina (TP) normal. Em casos de hemofilia leve, o TTPa também pode permanecer normal. A</p><p>confirmação do diagnóstico de hemofilia é realizada através da dosagem da atividade coagulante do fator</p><p>VIII para a hemofilia A e do fator IX para a hemofilia B.</p><p>(SELECON - Prefeitura de Pontes e Lacerda - MT- 2022) A hemofilia A é um distúrbio da coagulação</p><p>caracterizado por um aumento do tempo de tromboplastina parcial ativada. É causada pela deficiência</p><p>do:</p><p>A) Fator VIII</p><p>B) Fator IX</p><p>C) Fator VII</p><p>D) Fator V</p><p>Comentários:</p><p>A hemofilia A é causada pela deficiência do fator VIII.</p><p>Gabarito: Letra A.</p><p>(SELECON - Prefeitura de Campo Grande - MS - 2019) Os pacientes que possuem distúrbios no processo</p><p>de coagulação sanguínea muitas vezes são dependentes de administrações parenterais de</p><p>hemocomponentes ou hemoderivados para o controle da doença. A hemofilia do tipo A é o distúrbio</p><p>congênito causado pela deficiência do fator de coagulação:</p><p>A) VII</p><p>B) VIII</p><p>C) IX</p><p>D) XI</p><p>Comentários:</p><p>A hemofilia do tipo A é o distúrbio congênito causado pela deficiência do fator VIII de coagulação</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>35</p><p>74</p><p>==1365fc==</p><p>Doença de von Willerbrand</p><p>A doença de Von Willebrand é um distúrbio hereditário no qual o sangue não possui o fator von</p><p>Willebrand funcional, uma proteína que ajuda o sangue a coagular e também carrega outra proteína de</p><p>coagulação, o fator VIII. Geralmente é um distúrbio mais leve que a hemofilia e pode afetar homens e</p><p>mulheres, sendo que as mulheres são especialmente afetadas durante a menstruação. A doença de von</p><p>Willebrand é classificada em três tipos diferentes (tipos 1, 2 e 3), com base nos níveis do fator de von</p><p>Willebrand e na atividade do fator VIII no sangue. O tipo 1 é a forma mais branda e mais comum, enquanto</p><p>o tipo 3 é a forma mais grave e menos comum.</p><p>Trombose</p><p>Trombose é a formação de um coágulo dentro de um vaso sanguíneo, obstruindo o fluxo de</p><p>sangue através do sistema circulatório. Quando um vaso sanguíneo (uma veia ou artéria) é lesionado, o</p><p>corpo utiliza plaquetas e fibrina para formar um coágulo sanguíneo para evitar a perda de sangue. Mesmo</p><p>quando um vaso sanguíneo não é ferido, coágulos sanguíneos podem se formar no corpo sob certas</p><p>condições. Um coágulo, ou uma parte do coágulo, que se desprende e começa a viajar pelo corpo é</p><p>conhecido como êmbolo.</p><p>A trombose pode ocorrer nas veias (trombose venosa) ou nas artérias (trombose arterial). A</p><p>trombose venosa leva ao congestionamento da parte afetada do corpo, enquanto a trombose arterial afeta</p><p>o suprimento sanguíneo e desencadeia danos no tecido irrigado por essa artéria (isquemia e necrose).</p><p>Um pedaço de um trombo arterial ou venoso pode se romper como um êmbolo que pode viajar</p><p>através da circulação e se alojar em outro lugar, causando uma embolia. Esse tipo de embolia é conhecido</p><p>como tromboembolismo. Podem surgir complicações quando um tromboembolismo venoso se aloja no</p><p>pulmão, como uma embolia pulmonar.</p><p>(UFMT - 2021) As infecções pelo novo coronavírus trouxeram um problema de saúde importante para</p><p>alguns indivíduos contaminados: a possibilidade de ocorrência de eventos pró-trombóticos, como a</p><p>trombose venosa. Os testes de coagulação são aliados na identificação da ocorrência desses eventos.</p><p>Qual condição laboratorial é compatível com a ocorrência de trombose?</p><p>A) Plaquetas diminuídas</p><p>B) TTPA aumentado</p><p>C) TAP aumentado</p><p>D) Dímero-D aumentado</p><p>Comentários:</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>36</p><p>74</p><p>Letra A: errada. Plaquetas diminuídas favorecem eventos hemorrágicos.</p><p>Letra B: errada. TTPA aumentado está relacionado a hemorragias.</p><p>Letra C: errada. TAP aumentado aponta para ineficiência da coagulação.</p><p>Letra D: correta. O surgimento de dímeros D indica que o mecanismo de coagulação foi ativado e que</p><p>ocorreu formação de trombina. Apesar de ser um marcador de fibrinólise, ele é usado na prática clínica</p><p>como um marcador indireto da coagulação continuada. Este é o nosso gabarito.</p><p>(UNIFESP - 2018 - adaptada) A hemofilia é uma doença hemorrágica hereditária ligada ao cromossomo</p><p>X, caracterizada pela deficiência ou anormalidade da atividade coagulante do fator VIII (hemofilia A)</p><p>ou do fator IX (hemofilia B). A prevalência estimada da hemofilia é de aproximadamente um caso em</p><p>cada 5.000 a 10.000 nascimentos do sexo masculino para a hemofilia A, e de um caso em cada 30.000 a</p><p>40.000 nascimentos do sexo masculino para a hemofilia B. A hemofilia A é mais comum, representa</p><p>cerca de 80% dos casos.</p><p>http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/manual_hemofilia_2ed.pdf</p><p>Considerando o quadro acima apresentado, avalie as afirmações a seguir:</p><p>I. Os pacientes hemofílicos apresentam valores alongados de seu Tempo de Sangramento (TS,</p><p>Referência: 2 a 8 minutos, Método de Ivy).</p><p>II. Os pacientes hemofílicos normalmente apresentam valores alongados do Tempo de Tromboplastina</p><p>Parcial Ativada (TTPA, Referência: 25 a 45 segundos).</p><p>III. O Tempo de Protrombina (TP) normal é observado na grande maioria dos casos de hemofilia (TP,</p><p>Referência: 11 a 14 segundos).</p><p>É correto o que se afirma em:</p><p>A) Somente I.</p><p>B) Somente II.</p><p>C) Somente III.</p><p>D) I, II e III.</p><p>E) Nenhuma.</p><p>Comentários:</p><p>Vamos analisar cada uma das alternativas:</p><p>I: certa. O tempo de sangramento (TS) é aumentado nos indivíduos portadores de hemofilia.</p><p>II: certa. O TTPa geralmente está aumentado em indivíduos hemofílicos.</p><p>III: certa. O TP permanece normal na maioria dos casos de hemofilia.</p><p>Logo, as três alternativas estão corretas.</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>37</p><p>74</p><p>LISTA DE QUESTÕES - DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS</p><p>1. (IBFC - Prefeitura de Contagem - MG - 2022) Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro</p><p>(V) ou Falso (F).</p><p>I. ( ) Em infecções bacterianas, ocorre o desvio à esquerda em neutrófilos.</p><p>II. ( ) Eritroblastos são formas imaturas de eritrócitos. Para fazer sua identificação, é necessário</p><p>corar o esfregaço sanguíneo com azul de cresil brilhante.</p><p>III. ( ) Anemia macrocítica é geralmente causada por falta de vitamina B12 ou ácido fólico.</p><p>IV. ( ) Plaquetopenia é o aumento do número de plaquetas.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.</p><p>A) V - F - F - V</p><p>B) F - V - F - V</p><p>C) V - F - V - F</p><p>D) V - V - V - F</p><p>2. (COTEC - Prefeitura de Lagoa Grande - MG - 2019) A dosagem de hemoglobina é um dos exames</p><p>que compõem o eritrograma. Sua variação pode ser útil na identificação de várias condições e</p><p>doenças. Analise as alternativas abaixo e assinale a que apresenta uma condição associada a valores</p><p>de hemoglobina abaixo do normal.</p><p>A) Leucemias.</p><p>B) Desidratação.</p><p>C) Acidose metabólica.</p><p>D) Queimaduras.</p><p>3. (UECE - SES-CE - 2006) Paciente do sexo masculino, 49 anos, apresentou os seguintes dados clínico-</p><p>laboratoriais: dor óssea, anemia normocítica e normocrômica, hemácias empilhadas na extensão</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>38</p><p>74</p><p>sanguínea, cálcio sérico – 13,8mg/dL (8,8 a 11,0mg/dL), albumina plasmática – 2,1g/dL (3,5 a</p><p>5,5g/dL) e proteínas totais – 10,6g/dL (6,0 a 8,0g/dL). Este paciente provavelmente é portador de</p><p>A) osteoporose.</p><p>B) doença de Paget.</p><p>C) mieloma múltiplo.</p><p>D) hipovitaminose D.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>39</p><p>74</p><p>QUESTÕES COMENTADAS - DISTÚRBIOS HEMATOLÓGICOS</p><p>1. (IBFC - Prefeitura de Contagem - MG - 2022) Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro</p><p>(V) ou Falso (F).</p><p>I. ( ) Em infecções bacterianas, ocorre o desvio à esquerda em neutrófilos.</p><p>II. ( ) Eritroblastos são formas imaturas de eritrócitos. Para fazer sua identificação, é necessário</p><p>corar o esfregaço sanguíneo com azul de cresil brilhante.</p><p>III. ( ) Anemia macrocítica é geralmente causada por falta de vitamina B12 ou ácido fólico.</p><p>IV. ( ) Plaquetopenia é o aumento do número de plaquetas.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.</p><p>A) V - F - F - V</p><p>B) F - V - F - V</p><p>C) V - F - V - F</p><p>D) V - V - V - F</p><p>Comentários:</p><p>Vamos analisar cada uma das afirmativas:</p><p>I: verdadeira. A expressão desvio à esquerda se refere a um aumento no número de leucócitos imaturos</p><p>no sangue periférico, principalmente os neutrófilos. Neutrofilia com desvio à esquerda é comum em</p><p>pacientes com infecção aguda.</p><p>II: falsa. Eritroblastos (eritrócitos imaturos) podem ser identificados a partir das colorações de</p><p>Romanowsky, que são baseadas em uma combinação de eosina e azul de metileno. A coloração com azul</p><p>de cresil brilhante é usada na identificação de reticulócitos.</p><p>III: verdadeira. A causa mais comum de anemia macrocítica é a anemia megaloblástica, oriunda da</p><p>deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico. Contudo, o hipotireoidismo e o alcoolismo também podem levar</p><p>à anemia macrocítica.</p><p>IV: falsa. Plaquetopenia é a diminuição (e não o aumento) do número de plaquetas.</p><p>Logo, a sequência correta é V - F - V - F.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>40</p><p>74</p><p>==1365fc==</p><p>Gabarito: Letra C.</p><p>2. (COTEC - Prefeitura de Lagoa Grande - MG - 2019) A dosagem de hemoglobina é um dos exames</p><p>que compõem o eritrograma. Sua variação pode ser útil na identificação de várias condições e</p><p>doenças. Analise as alternativas abaixo e assinale a que apresenta uma condição associada a valores</p><p>de hemoglobina abaixo do normal.</p><p>A) Leucemias.</p><p>B) Desidratação.</p><p>C) Acidose metabólica.</p><p>D) Queimaduras.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Em casos de leucemia, a medula produz uma</p><p>quantidade aumentada de leucócitos. Dessa forma, a síntese dos outros componentes celulares fica</p><p>comprometida. Como a hemoglobina é uma proteína presente em eritrócitos, seus níveis poderão estar</p><p>diminuídos.</p><p>A alternativa B está incorreta. Em casos de desidratação, a quantidade de hemoglobina pode estar elevada,</p><p>pois haverá uma maior proporção de hemoglobina em relação ao plasma (componente líquido do sangue).</p><p>A alternativa C está incorreta. A acidose metabólica é um quadro de desequilíbrio ácido-base que pode</p><p>levar à morte. Contudo, não afeta os níveis de hemoglobina.</p><p>A alternativa D está incorreta. Indivíduos que sofrem queimaduras tendem a desenvolver um quadro de</p><p>desidratação. A desidratação, por sua vez, pode levar a resultados falsamente elevados de hemoglobina no</p><p>sangue.</p><p>3. (UECE - SES-CE - 2006) Paciente do sexo masculino, 49 anos, apresentou os seguintes dados clínico-</p><p>laboratoriais: dor óssea, anemia normocítica e normocrômica, hemácias empilhadas na extensão</p><p>sanguínea, cálcio sérico – 13,8mg/dL (8,8 a 11,0mg/dL), albumina plasmática – 2,1g/dL (3,5 a</p><p>5,5g/dL) e proteínas totais – 10,6g/dL (6,0 a 8,0g/dL). Este paciente provavelmente é portador de</p><p>A) osteoporose.</p><p>B) doença de Paget.</p><p>C) mieloma múltiplo.</p><p>D) hipovitaminose D.</p><p>Comentários:</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>41</p><p>74</p><p>O quadro descrito no enunciado é compatível com o diagnóstico de mieloma múltiplo., que é um câncer</p><p>dos plasmócitos (linfócitos B ativados).</p><p>Gabarito: alternativa C.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>42</p><p>74</p><p>GABARITO</p><p>1. C 2. A 3. C</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>43</p><p>74</p><p>LISTA DE QUESTÕES - ANEMIAS</p><p>1. (SELECON - Prefeitura de Pontes e Lacerda - MT- 2022) A anemia macrocítica, em que a produção</p><p>dos eritrócitos da medula óssea está alterada por deficiência de vitamina B12 e ácido fólico, é</p><p>chamada:</p><p>A) Anemia Sideroblástica</p><p>B) Anemia Falciforme</p><p>C) Anemia Megaloblástica</p><p>D) Anemia Hemolítica</p><p>2. (UNIOESTE - Prefeitura de Santo Antônio da Platina - PR - 2022) Paciente do gênero masculino, 10</p><p>anos de idade, apresenta queixa de dispneia aos esforços, fadiga e irritabilidade. Ao exame físico,</p><p>apresenta glossite atrófica e alterações ungueais. Os exames laboratoriais apresentam</p><p>Hemoglobina baixa, VCM baixo, HCM baixo e RDW elevado. A Capacidade Total de Ligação de</p><p>Ferro – TIBC apresenta-se elevada. Assinale a alternativa correspondente à sugestão diagnóstica.</p><p>A) Anemia carencial do tipo ferropriva.</p><p>B) Anemia carencial megaloblástica.</p><p>C) Distúrbios por excesso de ferro.</p><p>D) Anemia hemolítica crônica.</p><p>E) Anemia por depleção de folatos.</p><p>3. (IMPARH - Prefeitura de Fortaleza - CE - 2021) Paciente de 30 anos, sexo masculino, sem doença de</p><p>base, sofre acidente</p><p>automobilístico que acarreta hemorragia intensa. Imediatamente, o paciente</p><p>é encaminhado para a emergência onde, na admissão, dentre outros exames, é solicitado o</p><p>hemograma. Qual provável observação será encontrada nesse exame?</p><p>A) Hemácias microcíticas e hipocrômicas.</p><p>B) Policromasia e aumento dos reticulócitos.</p><p>C) Anisocitose com presença de esferócitos.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>44</p><p>74</p><p>D) Hemácias normocíticas e normocrômicas.</p><p>4. (Gestão de Concursos - Pref. Pará de Minas/MG - 2018) Uma paciente do sexo feminino, 27 anos de</p><p>idade, procura um ginecologista devido a um fluxo menstrual intenso, superior a 8 dias. A paciente</p><p>apresenta pele e mucosas pálidas, fraqueza, dores de cabeça constantes e relata ter sofrido</p><p>pequenos desmaios. O médico responsável suspeita que o quadro clínico da paciente pode ter</p><p>gerado uma anemia e solicita um eritrograma. O resultado apresentado pela paciente foi:</p><p>hemoglobina: 8 g/dL (valor de referência: 12 a 16 g/dL); hematócrito: 22% (valor de referência: 35%</p><p>a 45%). Durante a análise da lâmina de esfregaço sanguíneo, o analista observou presença de 5% de</p><p>reticulócitos. Em situações de anemia, sabe-se que o valor de reticulocitose deve ser corrigido.</p><p>Para essa paciente, o valor da porcentagem de reticulócitos deve ser:</p><p>A) 3,5%.</p><p>B) 1,7%.</p><p>C) 2,6%.</p><p>D) 3%.</p><p>5. (UFMT - Pref. Várzea Grande/MT - 2018) A deficiência de ferro é uma das causas mais comuns de</p><p>anemia no planeta, afetando grande parte da população mundial. Crianças com idades entre 6 e 24</p><p>meses são particularmente mais sensíveis. NÃO é alteração laboratorial característica de criança</p><p>com anemia ferropriva em seu estágio mais avançado:</p><p>A) Microcitose e hipocromia.</p><p>B) Ferro sérico diminuído.</p><p>C) Saturação de transferrina diminuída.</p><p>D) Capacidade total de ligação do ferro diminuída.</p><p>6. (IBADE - Pref. Ji-Paraná/RO - 2018) Em um esfregaço de um paciente com anemia macrocítica</p><p>megaloblástica é comum encontrar a presença da seguinte célula/estrutura característica.</p><p>A) Neutrófilos hipersegmentados</p><p>B) Monócitos segmentados</p><p>C) Bastonetes de Auer</p><p>D) Pontilhados basófilos</p><p>E) Drepanócitos</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>45</p><p>74</p><p>7. (UECE - SES-CE - 2006) A presença de macro-ovalócitos, neutrófilos hipersegmentados, VCM</p><p>elevado, pancitopenia e deficiência de ácido fólico é característica de</p><p>A) anemia por deficiência de ferro.</p><p>B) anemia hemolítica.</p><p>C) hemorragia crônica.</p><p>D) anemia megaloblástica.</p><p>8. (UECE - SES-CE - 2006) Marque um achado importante na hemoglobinúria paroxística noturna.</p><p>A) Ausência de hemólise intravascular.</p><p>B) Reticulócitos em número diminuído.</p><p>C) Teste do soro acidificado positivo.</p><p>D) Hemólise mediada por anticorpos.</p><p>9. (UECE - SES-CE - 2006) Um paciente portador de anemia microcítica hipocrômica apresentou as</p><p>seguintes características laboratoriais:</p><p>I – Dosagem de ferro sérico aumentada.</p><p>II – Capacidade total de ligação do ferro diminuída.</p><p>III – Ferro armazenado aumentado.</p><p>IV – Dosagem de ferritina sérica aumentada.</p><p>Baseados nos achados acima, podemos classificar a anemia como</p><p>A) deficiência de ferro.</p><p>B) sideroblástica.</p><p>C) traços talassêmicos beta (β).</p><p>D) anemia de doença crônica.</p><p>10. (IMPARH - Prefeitura de Fortaleza - CE - 2021) Como poderia ser interpretado o perfil bioquímico do</p><p>ferro em um paciente com anemia por baixa ingestão de ferro severa e crônica?</p><p>A) Ferro sérico baixo, capacidade latente de ligação do ferro baixa e índice de saturação da transferrina alto.</p><p>B) Ferro sérico baixo, capacidade latente de ligação do ferro alta e ferritina baixa.</p><p>C) Ferro sérico alto, capacidade total de ligação do ferro alta e capacidade latente de ligação do ferro baixa.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>46</p><p>74</p><p>D) Ferritina baixa, capacidade total de ligação do ferro baixa e ferro sérico baixo.</p><p>11. (RBO - PBH - 2021) São características dos principais tipos de anemia:</p><p>A) hemoglobina, VCM e HCM diminuídos e RDW elevado nas anemias ferroprivas.</p><p>B) VCM diminuído nas anemias macrocíticas.</p><p>C) RDW é indiferente nas talassemias e não deve ser relatado no laudo do hemograma.</p><p>D) Contagem de Reticulócitos não deve ser avaliada nas anemias hemolíticas.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>47</p><p>74</p><p>QUESTÕES COMENTADAS - ANEMIAS</p><p>1. (SELECON - Prefeitura de Pontes e Lacerda - MT- 2022) A anemia macrocítica, em que a produção</p><p>dos eritrócitos da medula óssea está alterada por deficiência de vitamina B12 e ácido fólico, é</p><p>chamada:</p><p>A) Anemia Sideroblástica</p><p>B) Anemia Falciforme</p><p>C) Anemia Megaloblástica</p><p>D) Anemia Hemolítica</p><p>Comentários:</p><p>O enunciado se refere à anemia megaloblástica, que é uma anemia macrocítica que resulta da inibição da</p><p>síntese de DNA durante a produção de hemácias. Quando a síntese de DNA é prejudicada, a célula</p><p>apresenta dificuldade de progredir a mitose, o que leva ao crescimento contínuo das células sem divisão e</p><p>resulta em macrocitose.</p><p>Gabarito: Letra C.</p><p>2. (UNIOESTE - Prefeitura de Santo Antônio da Platina - PR - 2022) Paciente do gênero masculino, 10</p><p>anos de idade, apresenta queixa de dispneia aos esforços, fadiga e irritabilidade. Ao exame físico,</p><p>apresenta glossite atrófica e alterações ungueais. Os exames laboratoriais apresentam</p><p>Hemoglobina baixa, VCM baixo, HCM baixo e RDW elevado. A Capacidade Total de Ligação de</p><p>Ferro – TIBC apresenta-se elevada. Assinale a alternativa correspondente à sugestão diagnóstica.</p><p>A) Anemia carencial do tipo ferropriva.</p><p>B) Anemia carencial megaloblástica.</p><p>C) Distúrbios por excesso de ferro.</p><p>D) Anemia hemolítica crônica.</p><p>E) Anemia por depleção de folatos.</p><p>Comentários:</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>48</p><p>74</p><p>Letra A: correta. O quadro descrito no enunciado é condizente com uma anemia por carência de ferro. Este</p><p>é o nosso gabarito.</p><p>Letra B: errada. Na anemia megaloblástica, o VCM está aumentado.</p><p>Letra C: errada. Nos distúrbios por excesso de ferro, a TIBC encontra-se baixa.</p><p>Letra D: errada. O hemograma da anemia hemolítica revela anemia moderada ou grave (hemoglobina entre</p><p>6 e 10 g/dL), citopenia, macrocitose ou normocitose, microcroesferocitose, esquizócitos, poiquilocitose,</p><p>policromasia, anisocitose e presença de eritroblastos.</p><p>Letra E: errada. Na anemia por depleção de folatos o VCM é alto.</p><p>3. (IMPARH - Prefeitura de Fortaleza - CE - 2021) Paciente de 30 anos, sexo masculino, sem doença de</p><p>base, sofre acidente automobilístico que acarreta hemorragia intensa. Imediatamente, o paciente</p><p>é encaminhado para a emergência onde, na admissão, dentre outros exames, é solicitado o</p><p>hemograma. Qual provável observação será encontrada nesse exame?</p><p>A) Hemácias microcíticas e hipocrômicas.</p><p>B) Policromasia e aumento dos reticulócitos.</p><p>C) Anisocitose com presença de esferócitos.</p><p>D) Hemácias normocíticas e normocrômicas.</p><p>Comentários:</p><p>A hemorragia aguda pode causar um quadro anêmico, devida à intensa perda de sangue. No entanto, não</p><p>é esperado que haja alterações morfológicas das hemácias. dessa forma, no caso supracitado, deve-se</p><p>encontrar hemácias normocíticas e normocrômicas.</p><p>Gabarito: Letra D.</p><p>4. (Gestão de Concursos - Pref. Pará de Minas/MG - 2018) Uma paciente do sexo feminino, 27 anos de</p><p>idade, procura um ginecologista devido a um fluxo menstrual intenso, superior a 8 dias. A paciente</p><p>apresenta pele e mucosas pálidas,</p><p>fraqueza, dores de cabeça constantes e relata ter sofrido</p><p>pequenos desmaios. O médico responsável suspeita que o quadro clínico da paciente pode ter</p><p>gerado uma anemia e solicita um eritrograma. O resultado apresentado pela paciente foi:</p><p>hemoglobina: 8 g/dL (valor de referência: 12 a 16 g/dL); hematócrito: 22% (valor de referência: 35%</p><p>a 45%). Durante a análise da lâmina de esfregaço sanguíneo, o analista observou presença de 5% de</p><p>reticulócitos. Em situações de anemia, sabe-se que o valor de reticulocitose deve ser corrigido.</p><p>Para essa paciente, o valor da porcentagem de reticulócitos deve ser:</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>49</p><p>74</p><p>A) 3,5%.</p><p>B) 1,7%.</p><p>C) 2,6%.</p><p>D) 3%.</p><p>Comentários:</p><p>Conforme estudamos, em casos de anemias a contagem de reticulócitos deve ser corrigida, utilizando-se a</p><p>seguinte fórmula: % de reticulócitos × Hematócrito do pacienteHematócrito normal ∗</p><p>Sendo o valor normal de hematócrito 40% para mulheres e 45% para homens.</p><p>No caso dessa paciente temos:</p><p>5% × 22 40 = 2,75%</p><p>A alternativa que mais se aproxima do resultado é 2,6%.</p><p>Gabarito: alternativa C.</p><p>5. (UFMT - Pref. Várzea Grande/MT - 2018) A deficiência de ferro é uma das causas mais comuns de</p><p>anemia no planeta, afetando grande parte da população mundial. Crianças com idades entre 6 e 24</p><p>meses são particularmente mais sensíveis. NÃO é alteração laboratorial característica de criança</p><p>com anemia ferropriva em seu estágio mais avançado:</p><p>A) Microcitose e hipocromia.</p><p>B) Ferro sérico diminuído.</p><p>C) Saturação de transferrina diminuída.</p><p>D) Capacidade total de ligação do ferro diminuída.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. Microcitose e hipocromia são características comuns da anemia ferropriva.</p><p>Letra B: errada. Os níveis de ferro se encontram diminuídos na anemia ferropriva.</p><p>Letra C: errada. Na anemia ferropriva, a saturação de transferrina é baixa, pois há pouco ferro para se ligar</p><p>a esta proteína.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>50</p><p>74</p><p>Letra D: correta. Na anemia ferropriva, a capacidade total de ligação do ferro é alta. Como o enunciado</p><p>pediu uma alteração laboratorial que não é observada na anemia ferropriva, este é o nosso gabarito.</p><p>6. (IBADE - Pref. Ji-Paraná/RO - 2018) Em um esfregaço de um paciente com anemia macrocítica</p><p>megaloblástica é comum encontrar a presença da seguinte célula/estrutura característica.</p><p>A) Neutrófilos hipersegmentados</p><p>B) Monócitos segmentados</p><p>C) Bastonetes de Auer</p><p>D) Pontilhados basófilos</p><p>E) Drepanócitos</p><p>Comentários:</p><p>Conforme estudamos, em um esfregaço de um paciente com anemia macrocítica megaloblástica é comum</p><p>encontrar a presença de neutrófilos hipersegmentados.</p><p>Gabarito: alternativa A.</p><p>7. (UECE - SES-CE - 2006) A presença de macro-ovalócitos, neutrófilos hipersegmentados, VCM</p><p>elevado, pancitopenia e deficiência de ácido fólico é característica de</p><p>A) anemia por deficiência de ferro.</p><p>B) anemia hemolítica.</p><p>C) hemorragia crônica.</p><p>D) anemia megaloblástica.</p><p>Comentários:</p><p>O quadro apresentado no enunciado é condizente com anemia megaloblástica, que é uma anemia</p><p>macrocítica resultante da inibição da síntese de DNA durante a produção de hemácias. Quando a síntese</p><p>de DNA é prejudicada, a célula apresenta dificuldade de progredir a mitose, o que leva ao crescimento</p><p>contínuo das células sem divisão e resulta em macrocitose. O defeito na síntese de DNA das hemácias é</p><p>frequentemente devido à hipovitaminose, especificamente baixos níveis de vitamina B12 (cobalamina)</p><p>ou folato (ácido fólico).</p><p>Gabarito: alternativa D.</p><p>8. (UECE - SES-CE - 2006) Marque um achado importante na hemoglobinúria paroxística noturna.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>51</p><p>74</p><p>A) Ausência de hemólise intravascular.</p><p>B) Reticulócitos em número diminuído.</p><p>C) Teste do soro acidificado positivo.</p><p>D) Hemólise mediada por anticorpos.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. Como a cascata do complemento ataca os eritrócitos no interior dos vasos</p><p>sanguíneos, a doença é considerada como uma anemia hemolítica intravascular.</p><p>A alternativa B está incorreta. É observada reticulocitose (aumento de reticulócitos).</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Na HPN, o teste de Ham (teste do soro acidificado)</p><p>é positivo.</p><p>A alternativa D está incorreta. A hemólise da HPN é mediada pelo sistema complemento.</p><p>9. (UECE - SES-CE - 2006) Um paciente portador de anemia microcítica hipocrômica apresentou as</p><p>seguintes características laboratoriais:</p><p>I – Dosagem de ferro sérico aumentada.</p><p>II – Capacidade total de ligação do ferro diminuída.</p><p>III – Ferro armazenado aumentado.</p><p>IV – Dosagem de ferritina sérica aumentada.</p><p>Baseados nos achados acima, podemos classificar a anemia como</p><p>A) deficiência de ferro.</p><p>B) sideroblástica.</p><p>C) traços talassêmicos beta (β).</p><p>D) anemia de doença crônica.</p><p>Comentários:</p><p>Os dados apresentados são compatíveis com anemia sideroblástica, que se caracteriza por um quadro de</p><p>anemia de moderado a grave, com presença de anisopoiquilocitose. É comum a observação de pontilhado</p><p>basófilo e hemácias em alvo. Geralmente, o VCM é baixo (microcitose) e o RDW é alto. Leucócitos e</p><p>plaquetas não apresentam alterações.</p><p>O ferro sérico, a ferritina e a saturação de transferrina se apresentam aumentados. A capacidade total</p><p>de ligação ao ferro é normal ou diminuída. A hemossiderina medular é aumentada.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>52</p><p>74</p><p>Gabarito: alternativa B.</p><p>10. (IMPARH - Prefeitura de Fortaleza - CE - 2021) Como poderia ser interpretado o perfil bioquímico do</p><p>ferro em um paciente com anemia por baixa ingestão de ferro severa e crônica?</p><p>A) Ferro sérico baixo, capacidade latente de ligação do ferro baixa e índice de saturação da transferrina alto.</p><p>B) Ferro sérico baixo, capacidade latente de ligação do ferro alta e ferritina baixa.</p><p>C) Ferro sérico alto, capacidade total de ligação do ferro alta e capacidade latente de ligação do ferro baixa.</p><p>D) Ferritina baixa, capacidade total de ligação do ferro baixa e ferro sérico baixo.</p><p>Comentários:</p><p>A anemia causada pela baixa ingestão de ferro é denominada anemia ferropriva. Em indivíduos portadores</p><p>desse tipo de anemia, os exames evidenciam:</p><p>• hemoglobina e hematócrito baixos;</p><p>• volume corpuscular médio (VCM) baixo;</p><p>• ferro sérico baixo;</p><p>• ferritina baixa;</p><p>• transferrina alta;</p><p>• saturação de transferrina baixa;</p><p>• capacidade total de ligação do ferro alta;</p><p>• o esfregaço sanguíneo pode evidenciar ovalócitos com centros pálidos.</p><p>Gabarito: alternativa B.</p><p>11. (RBO - PBH - 2021) São características dos principais tipos de anemia:</p><p>A) hemoglobina, VCM e HCM diminuídos e RDW elevado nas anemias ferroprivas.</p><p>B) VCM diminuído nas anemias macrocíticas.</p><p>C) RDW é indiferente nas talassemias e não deve ser relatado no laudo do hemograma.</p><p>D) Contagem de Reticulócitos não deve ser avaliada nas anemias hemolíticas.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. As características citadas são comuns na anemia</p><p>ferropriva.</p><p>A alternativa B está incorreta. Anemias macrocíticas cursam com VCM aumentado.</p><p>A alternativa C está incorreta. O RDW é um parâmetro importante do hemograma, pois ajuda a realizar um</p><p>diagnóstico diferencial.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>53</p><p>74</p><p>==1365fc==</p><p>A alternativa D está incorreta. A contagem de reticulóticos é uma avaliação muito relevante no</p><p>acompanhamento da evolução clínica do paciente com anemia hemolítica, uma vez que evidencia a</p><p>resposta medular ao tratamento.</p><p>Gabarito: alternativa A.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>54</p><p>74</p><p>GABARITO</p><p>1. C</p><p>2. A</p><p>3. D</p><p>4. C</p><p>5. D</p><p>6. A</p><p>7. D</p><p>8. C</p><p>9. B</p><p>10. B</p><p>11. A</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>55</p><p>74</p><p>LISTA DE QUESTÕES - HEMOGLOBINOPATIAS</p><p>1. (IBFC - Prefeitura de Contagem - MG - 2022) Assinale a alternativa que apresenta o tipo de</p><p>hemoglobina predominantemente encontrado em um indivíduo adulto com anemia falciforme.</p><p>A) HbF</p><p>B) HbAA</p><p>C) HbC</p><p>D) HbSS</p><p>2. (FGV - Politec-AP - 2022) Seguindo as recomendações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas</p><p>da Doença Falciforme (Portaria de fevereiro de 2018), em relação ao diagnóstico da Doença</p><p>Falciforme (DF) utilizando a eletroforese de hemoglobinas, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) A cromatografia líquida de alta resolução não tem aplicabilidade no diagnóstico da DF.</p><p>B) A eletroforese por focalização isoelétrica não tem aplicabilidade no diagnóstico da DF.</p><p>C) A cromatografia líquida de alta resolução é o método de escolha para o diagnóstico da DF.</p><p>D) Tanto a metodologia por focalização isoelétrica quanto por cromatografia líquida de alta resolução</p><p>podem ser utilizadas para o diagnóstico da DF.</p><p>E) Nem a eletroforese por focalização isoelétrica, nem a cromatografia líquida de alta resolução têm</p><p>aplicabilidade no diagnóstico da DF.</p><p>3. (Itame - Prefeitura de Edéia - GO - 2020) Marque, dentre os itens abaixo, o exame laboratorial mais</p><p>adequado para o diagnóstico de anemia falciforme.</p><p>A) Meio de cultura de agar – Agar.</p><p>B) EAS.</p><p>C) Prova da decantação.</p><p>D) Eletroforese de hemoglobina.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>56</p><p>74</p><p>4. (IBFC - SESACRE - 2019) As hemoglobinopatias constituem um grupo de doenças de origem</p><p>genética, em que mutações nos genes que codificam a hemoglobina levam a alterações nesta</p><p>produção. Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.</p><p>I. As alterações podem ser divididas em estruturais ou de produção.</p><p>II. A anemia falciforme é a doença hereditária causada por uma mutação de ponto no gene da</p><p>globina beta da hemoglobina, originando uma hemoglobina anormal, denominada hemoglobina S</p><p>(HbS).</p><p>III. A mutação que ocorre na anemia falciforme é devida à substituição da valina pelo ácido</p><p>glutâmico na posição 6 da cadeia beta.</p><p>IV. As Talassemias são decorrentes de mutações nos genes das globinas (alfa ou beta), promovendo</p><p>redução ou ausência de síntese de uma ou mais das cadeias de globina.</p><p>A) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas</p><p>B) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas</p><p>C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas</p><p>D) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas</p><p>5. (VUNESP - EBSERH - 2020) O esfregaço do sangue periférico de uma mulher de 30 anos,</p><p>apresentando uma história clínica de artralgias nos últimos 6 anos, mostra hemácias hipocromicas</p><p>e microcíticas. Existe uma leve diminuição da hemoglobina e do hematócrito, a contagem total das</p><p>hemácias e normal. Os níveis séricos de ferro e ferritina estão na faixa de normalidade. A</p><p>eletroforese de hemoglobina mostra nível elevado de hemoglobina A2, de aproximadamente 6%.</p><p>Esses achados clínico-laboratorial sugerem o tipo de anemia, denominada</p><p>A) hemolítica autoimune.</p><p>B) Beta talassemia minor.</p><p>C) por doença crônica.</p><p>D) ferropriva.</p><p>E) falciforme.</p><p>6. (UECE - SES-CE - 2006) As hemoglobinas S, E, D e C têm algumas características em comum dentre</p><p>as quais podemos citar corretamente:</p><p>A) são β-hemoglobinopatias.</p><p>B) suas mobilidades são idênticas na eletroforese alcalina.</p><p>C) são α-hemoglobinopatias.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>57</p><p>74</p><p>D) dão teste do metabissulfito de sódio positivo.</p><p>7. (INSTITUTO AOCP - Prefeitura de João Pessoa - PB - 2021) Trata-se de uma hemoglobinopatia, uma</p><p>morbidade hereditária em que os eritrócitos são designados como drepanócitos.</p><p>Essa hemoglobinopatia denomina-se</p><p>A) Anemia Falciforme.</p><p>B) Anemia Hemolítica.</p><p>C) Anemia Hemorrágica.</p><p>D) Anemia Aplásica.</p><p>E) Anemia Hipoproliferativa.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>58</p><p>74</p><p>QUESTÕES COMENTADAS - HEMOGLOBINOPATIAS</p><p>1. (IBFC - Prefeitura de Contagem - MG - 2022) Assinale a alternativa que apresenta o tipo de</p><p>hemoglobina predominantemente encontrado em um indivíduo adulto com anemia falciforme.</p><p>A) HbF</p><p>B) HbAA</p><p>C) HbC</p><p>D) HbSS</p><p>Comentários:</p><p>O defeito genético da doença falciforme é um polimorfismo de nucleotídeo único (do inglês single nucleotide</p><p>polymorphism - SNP) no gene da β-globina, que substitui o códon GAG por GTG e resulta na substituição do</p><p>ácido glutâmico por valina na posição 6. A hemoglobina resultante dessa mutação é conhecida como</p><p>hemoglobina S (HbS).</p><p>Gabarito: Letra D.</p><p>2. (FGV - Politec-AP - 2022) Seguindo as recomendações do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas</p><p>da Doença Falciforme (Portaria de fevereiro de 2018), em relação ao diagnóstico da Doença</p><p>Falciforme (DF) utilizando a eletroforese de hemoglobinas, assinale a afirmativa correta.</p><p>A) A cromatografia líquida de alta resolução não tem aplicabilidade no diagnóstico da DF.</p><p>B) A eletroforese por focalização isoelétrica não tem aplicabilidade no diagnóstico da DF.</p><p>C) A cromatografia líquida de alta resolução é o método de escolha para o diagnóstico da DF.</p><p>D) Tanto a metodologia por focalização isoelétrica quanto por cromatografia líquida de alta resolução</p><p>podem ser utilizadas para o diagnóstico da DF.</p><p>E) Nem a eletroforese por focalização isoelétrica, nem a cromatografia líquida de alta resolução têm</p><p>aplicabilidade no diagnóstico da DF.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. A cromatografia líquida de alta resolução pode ser usada no diagnóstico da DF.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>59</p><p>74</p><p>==1365fc==</p><p>Letra B: errada. A eletroforese por focalização isoelétrica pode ser usada no diagnóstico da DF.</p><p>Letra C: errada. Tanto a metodologia por focalização isoelétrica quanto por cromatografia líquida de alta</p><p>resolução possuem alta especificidade e sensibilidade para o diagnóstico da DF.</p><p>Letra D: correta. As duas técnicas possuem alta especificidade e sensibilidade para o diagnóstico da DF.</p><p>Este é o nosso gabarito.</p><p>Letra E: errada. Ambas as técnicas podem ser usadas no diagnóstico da DF.</p><p>3. (Itame - Prefeitura de Edéia - GO - 2020) Marque, dentre os itens abaixo, o exame laboratorial mais</p><p>adequado para o diagnóstico de anemia falciforme.</p><p>A) Meio de cultura de agar – Agar.</p><p>B) EAS.</p><p>C) Prova da decantação.</p><p>D) Eletroforese de hemoglobina.</p><p>Comentários:</p><p>Dentre as alternativas citadas, a única que representa um exame adequado para o diagnóstico da anemia</p><p>falciforme é a eletroforese de hemoglobina.</p><p>Gabarito: alternativa D.</p><p>4. (IBFC - SESACRE - 2019) As hemoglobinopatias constituem um grupo de doenças de origem</p><p>genética, em que mutações nos genes que codificam a hemoglobina levam a alterações nesta</p><p>produção. Analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta.</p><p>I. As alterações podem ser divididas em estruturais ou de produção.</p><p>II. A anemia falciforme é a doença hereditária causada por uma mutação de ponto no gene da</p><p>globina beta da hemoglobina,</p><p>originando uma hemoglobina anormal, denominada hemoglobina S</p><p>(HbS).</p><p>III. A mutação que ocorre na anemia falciforme é devida à substituição da valina pelo ácido</p><p>glutâmico na posição 6 da cadeia beta.</p><p>IV. As Talassemias são decorrentes de mutações nos genes das globinas (alfa ou beta), promovendo</p><p>redução ou ausência de síntese de uma ou mais das cadeias de globina.</p><p>A) As afirmativas I, II, III e IV estão corretas</p><p>B) Apenas as afirmativas I, II e III estão corretas</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>60</p><p>74</p><p>C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas</p><p>D) Apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas</p><p>Comentários:</p><p>Vamos analisar cada uma das afirmativas:</p><p>I: correta. As hemoglobinopatias são distúrbios da hemoglobina que podem ser estruturais (anemia</p><p>falciforme) ou afetar a produção desta molécula (talassemia).</p><p>II: correta. O defeito genético da anemia falciforme é um polimorfismo de nucleotídeo único (SNP),</p><p>também chamado de mutação de ponto, no gene da β-globina, que resulta na formação da hemoglobina S.</p><p>III: errada. A mutação da anemia falciforme resulta na substituição do ácido glutâmico por valina na</p><p>posição 6 do gene da β-globina. A alternativa inverteu os aminoácidos, muita atenção!</p><p>IV: correta. Nas talassemias, mutações nos genes das globinas alfa ou beta levam à diminuição (ou até</p><p>ausência) da síntese de uma ou mais cadeias de globinas.</p><p>Logo, apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas.</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>5. (VUNESP - EBSERH - 2020) O esfregaço do sangue periférico de uma mulher de 30 anos,</p><p>apresentando uma história clínica de artralgias nos últimos 6 anos, mostra hemácias hipocromicas</p><p>e microcíticas. Existe uma leve diminuição da hemoglobina e do hematócrito, a contagem total das</p><p>hemácias e normal. Os níveis séricos de ferro e ferritina estão na faixa de normalidade. A</p><p>eletroforese de hemoglobina mostra nível elevado de hemoglobina A2, de aproximadamente 6%.</p><p>Esses achados clínico-laboratorial sugerem o tipo de anemia, denominada</p><p>A) hemolítica autoimune.</p><p>B) Beta talassemia minor.</p><p>C) por doença crônica.</p><p>D) ferropriva.</p><p>E) falciforme.</p><p>Comentários:</p><p>Nas beta-talassemias ocorre diminuição da síntese de beta-globina, consequentemente, haverá uma</p><p>menor proporção de hemoglobina A1, uma vez que esta é composta por duas cadeias alfa e duas cadeias</p><p>beta. Como forma de compensar esta carência, haverá uma maior produção da hemoglobina A2, que é</p><p>composta por duas cadeias alfa e duas cadeias delta. Logo, o quadro descrito no enunciado é compatível</p><p>com Beta talassemia minor.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>61</p><p>74</p><p>Gabarito: alternativa B.</p><p>6. (UECE - SES-CE - 2006) As hemoglobinas S, E, D e C têm algumas características em comum dentre</p><p>as quais podemos citar corretamente:</p><p>A) são β-hemoglobinopatias.</p><p>B) suas mobilidades são idênticas na eletroforese alcalina.</p><p>C) são α-hemoglobinopatias.</p><p>D) dão teste do metabissulfito de sódio positivo.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. As hemoglobinas S, C, D e E são causadas por</p><p>mutações no gene da beta-globina, logo, são β-hemoglobinopatias.</p><p>A alternativa B está incorreta. Hemoglobinas diferentes têm cargas diferentes e, de acordo com essas</p><p>cargas e a quantidade de cada variante, as hemoglobinas se movem em velocidades diferentes no gel.</p><p>A alternativa C está incorreta. As hemoglobinas S, E, D e C são β-hemoglobinopatias.</p><p>A alternativa D está incorreta. Apenas a hemoglobina S dá teste do metabissulfito de sódio positivo.</p><p>7. (INSTITUTO AOCP - Prefeitura de João Pessoa - PB - 2021) Trata-se de uma hemoglobinopatia, uma</p><p>morbidade hereditária em que os eritrócitos são designados como drepanócitos.</p><p>Essa hemoglobinopatia denomina-se</p><p>A) Anemia Falciforme.</p><p>B) Anemia Hemolítica.</p><p>C) Anemia Hemorrágica.</p><p>D) Anemia Aplásica.</p><p>E) Anemia Hipoproliferativa.</p><p>Comentários:</p><p>Drepanócitos são células em forma de foice e estão caracteristicamente presentes no hemograma de</p><p>pacientes com anemia falciforme.</p><p>Gabarito: alternativa A.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>62</p><p>74</p><p>GABARITO</p><p>1. D</p><p>2. D</p><p>3. D</p><p>4. D</p><p>5. B</p><p>6. A</p><p>7. A</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>63</p><p>74</p><p>LISTA DE QUESTÕES - CÂNCERES HEMATOLÓGICOS</p><p>1. (FAUEL - Pref. Guarapuava/PR - 2019) Acerca dos exames para Diagnóstico das Leucemias, assinale</p><p>a alternativa CORRETA:</p><p>A) Hemograma completo, urinálise, exames de coagulação, exame de medula óssea.</p><p>B) Hemograma completo, parasitológico, bioquímicos da função hepática e glicose, exame de medula</p><p>óssea.</p><p>C) Hemograma completo, urinálise, exames bioquímicos TGO, TGP e GamaGT, exame de medula óssea.</p><p>D) Hemograma completo, bioquímica da função renal e hepática e exame de medula óssea.</p><p>2. (COSEAC - 2019 - UFF) Paciente apresenta leucocitose acentuada, acompanhada de anemia e</p><p>plaquetopenia intensas. Na contagem diferencial do esfregaço sanguíneo, há predomínio de</p><p>blastos contendo bastonetes de Auer. Esses achados laboratoriais são indicativos de uma leucemia:</p><p>A) linfoide aguda.</p><p>B) linfoide crônica.</p><p>C) mieloide aguda.</p><p>D) mieloide crônica.</p><p>E) mielomonocítica crônica.</p><p>3. (COPESE - Prefeitura de Palmas - 2013) Considerando as leucemias, avalie as informações</p><p>referentes aos achados do hemograma:</p><p>I. Plaquetopenia e grande número (acima de 20%) de mieloblastos pode ser sugestivo de leucemia</p><p>mieloide aguda.</p><p>II. A leucemia linfoide aguda, mais frequente na infância, tem como achados laboratoriais comuns</p><p>anemia e trombocitose.</p><p>III. Um desvio à esquerda é comum na leucemia mieloide crônica e na reação leucemoide, porém a</p><p>presença de formas mieloides imaturas favorece o diagnóstico desta última.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>64</p><p>74</p><p>IV. Na leucemia linfoide crônica, frequente em paciente idoso, um achado laboratorial comum é a</p><p>leucocitose com linfocitose de 5.000 linfócitos/microlitro.</p><p>Está(ão) INCORRETA(s):</p><p>A) Apenas III.</p><p>B) Apenas II e III.</p><p>C) Apenas I e II.</p><p>D) Apenas II, III e IV.</p><p>4. (NUCEPE/UESPI - FMS - 2011) Um Farmacêutico ao analisar um hemograma evidencia leucocitose</p><p>acentuada, plaquetopenia e grande número de blastos. Estes dados permitem uma suspeita clínica</p><p>de:</p><p>A) leucemia linfoide crônica;</p><p>B) leucemia mieloide aguda;</p><p>C) leucemia linfoide aguda;</p><p>D) leucemia mieloide crônica;</p><p>E) doença mieloproliferativa crônica.</p><p>5. (NUCEPE/UESPI - FMS - 2011) Faça a correlação das afirmativas abaixo:</p><p>(1) Bastão de Auer. ( ) Leucemia Linfoide Crônica.</p><p>(2) Maior prevalência na infância. ( ) Leucemia Mieloide Crônica.</p><p>(3) Maior prevalência em idosos. ( ) Reação leucemoide.</p><p>(4) Cromossoma Philadelphia. ( ) Leucemia Mieloide Aguda.</p><p>(5) Leucócitos</p><p>específicas</p><p>nos exames laboratoriais. Representam estas alterações no hemograma:</p><p>A) anemia, leucocitose e trombocitopenia.</p><p>B) leucocitose, granulações tóxicas e infecção urinária.</p><p>C) eosinofilia, febre e desvio à esquerda.</p><p>D) anemia, leucocitose e aumento do baço.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>66</p><p>74</p><p>QUESTÕES COMENTADAS - CÂNCERES HEMATOLÓGICOS</p><p>1. (FAUEL - Pref. Guarapuava/PR - 2019) Acerca dos exames para Diagnóstico das Leucemias, assinale</p><p>a alternativa CORRETA:</p><p>A) Hemograma completo, urinálise, exames de coagulação, exame de medula óssea.</p><p>B) Hemograma completo, parasitológico, bioquímicos da função hepática e glicose, exame de medula</p><p>óssea.</p><p>C) Hemograma completo, urinálise, exames bioquímicos TGO, TGP e GamaGT, exame de medula óssea.</p><p>D) Hemograma completo, bioquímica da função renal e hepática e exame de medula óssea.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. Exames de urina não são utilizados no diagnóstico de leucemias.</p><p>A alternativa B está incorreta. Exames parasitológicos e dosagem de glicose não são empregados no</p><p>diagnóstico das leucemias.</p><p>A alternativa C está incorreta. Mais uma vez, os exames de urina não têm aplicação no diagnóstico das</p><p>leucemias.</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Os exames citados podem ser utilizados no</p><p>diagnóstico das leucemias e costumam apresentar resultados alterados na presença da patologia.</p><p>2. (COSEAC - 2019 - UFF) Paciente apresenta leucocitose acentuada, acompanhada de anemia e</p><p>plaquetopenia intensas. Na contagem diferencial do esfregaço sanguíneo, há predomínio de</p><p>blastos contendo bastonetes de Auer. Esses achados laboratoriais são indicativos de uma leucemia:</p><p>A) linfoide aguda.</p><p>B) linfoide crônica.</p><p>C) mieloide aguda.</p><p>D) mieloide crônica.</p><p>E) mielomonocítica crônica.</p><p>Comentários:</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>67</p><p>74</p><p>==1365fc==</p><p>Os bastonetes de Auer são inclusões citoplasmáticas de cor vermelho-púrpura em forma de bastão</p><p>encontradas em monoblastos e mieloblastos, correspondente ao alinhamento de grânulos primários.</p><p>Ocorrem em leucemia mieloide aguda, leucemia promielocítica aguda, síndromes mielodisplásicas e</p><p>distúrbios mieloproliferativos.</p><p>Logo, o diagnóstico mais provável neste caso é de Leucemia mieloide aguda (LMA).</p><p>Gabarito: alternativa C.</p><p>3. (COPESE - Prefeitura de Palmas - 2013) Considerando as leucemias, avalie as informações</p><p>referentes aos achados do hemograma:</p><p>I. Plaquetopenia e grande número (acima de 20%) de mieloblastos pode ser sugestivo de leucemia</p><p>mieloide aguda.</p><p>II. A leucemia linfoide aguda, mais frequente na infância, tem como achados laboratoriais comuns</p><p>anemia e trombocitose.</p><p>III. Um desvio à esquerda é comum na leucemia mieloide crônica e na reação leucemoide, porém a</p><p>presença de formas mieloides imaturas favorece o diagnóstico desta última.</p><p>IV. Na leucemia linfoide crônica, frequente em paciente idoso, um achado laboratorial comum é a</p><p>leucocitose com linfocitose de 5.000 linfócitos/microlitro.</p><p>Está(ão) INCORRETA(s):</p><p>A) Apenas III.</p><p>B) Apenas II e III.</p><p>C) Apenas I e II.</p><p>D) Apenas II, III e IV.</p><p>Comentários:</p><p>Vamos analisar cada uma das afirmativas:</p><p>I: Certo. Na Leucemia Mieloide Aguda observam-se, no esfregaço de sangue periférico ou aspirado de</p><p>medula óssea, blastos, bastonetes de Auer e plaquetopenia.</p><p>II: Errado. Na Leucemia Linfoide Aguda, que afeta principalmente crianças e adultos jovens, observam-se</p><p>blastos no esfregaço de sangue periférico ou aspirado de medula óssea e plaquetopenia.</p><p>III: Errado. A presença de formas mieloides imaturas favorece o diagnóstico de leucemia mieloide aguda.</p><p>IV: Certo. Na Leucemia Linfoide Crônica, que afeta principalmente pessoas acima de 65 anos, observa-se</p><p>expansão clonal de pelo menos 5.000 linfócitos B por μL (5,0×109/L) no sangue periférico.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>68</p><p>74</p><p>Logo, estão incorretas apenas as afirmativas II e III.</p><p>Gabarito: alternativa B.</p><p>4. (NUCEPE/UESPI - FMS - 2011) Um Farmacêutico ao analisar um hemograma evidencia leucocitose</p><p>acentuada, plaquetopenia e grande número de blastos. Estes dados permitem uma suspeita clínica</p><p>de:</p><p>A) leucemia linfoide crônica;</p><p>B) leucemia mieloide aguda;</p><p>C) leucemia linfoide aguda;</p><p>D) leucemia mieloide crônica;</p><p>E) doença mieloproliferativa crônica.</p><p>Comentários:</p><p>A observação de um grande número de blastos aponta para uma leucemia aguda, e a leucocitose</p><p>acentuada indica leucemia mieloide aguda, uma vez que a leucemia linfoide aguda pode cursar com</p><p>leucometria alta, normal ou baixa.</p><p>Gabarito: alternativa B.</p><p>5. (NUCEPE/UESPI - FMS - 2011) Faça a correlação das afirmativas abaixo:</p><p>(1) Bastão de Auer. ( ) Leucemia Linfoide Crônica.</p><p>(2) Maior prevalência na infância. ( ) Leucemia Mieloide Crônica.</p><p>(3) Maior prevalência em idosos. ( ) Reação leucemoide.</p><p>(4) Cromossoma Philadelphia. ( ) Leucemia Mieloide Aguda.</p><p>(5) Leucócitos .</p><p>BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. SECRETARIA DE ATENÇÃO À SAÚDE. DEPARTAMENTO DE ATENÇÃO</p><p>ESPECIALIZADA E TEMÁTICA. Manual de hemofilia. 2. ed., 1. reimpr. Brasília: Ministério da Saúde, 2015.</p><p>80 p. Disponível em: .</p><p>DAVIS, A.S.; VIERA, A.J.; MEAD, M.D. Leukemia: an overview for primary care. Am Fam Physician., v. 89,</p><p>n. 9, p. 731–738, 2014.</p><p>FRANCO, R. Fisiologia da coagulação, anticoagulação e fibrinólise. Medicina, Ribeirão Preto, 34: 229-237,</p><p>jul./dez. 2001.</p><p>LACES/ICB/UFG - LABORATÓRIO EM ANÁLISES CLÍNICAS E ENSINO EM SAÚDE - ICB/UFG. Atlas Virtual</p><p>de Hematologia. Disponível em: .</p><p>MEDLINEPLUS. Hemoglobin electrophoresis. 2020. Disponível em:</p><p>.</p><p>SOSSELA, Fernanda Roberta; ZOPPAS Barbara Catarina de Antoni; WEBER, Liliana Portal. Leucemia</p><p>Mieloide Crônica: aspectos clínicos, diagnóstico e principais alterações observadas no hemograma. Revista</p><p>Brasileira de Análises Clínicas. 2017. DOI: 10.21877/2448-3877.201700543. Disponível em:</p><p>.</p><p>UFG - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS. Atlas de Hematologia. Disponível em:</p><p>.</p><p>WILLIAMSON, Mary A.; SNYDER, L. Michael. Wallach: Interpretação de Exames Laboratoriais. 10ª ed. Rio</p><p>de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.</p><p>ZAGO, Marco Antonio; FALCÃO, Roberto Passetto; PASQUINI, Ricardo. Tratado de hematologia. São</p><p>Paulo: Editora Atheneu, 2013.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>73</p><p>74</p><p>sendo que o corpo absorve apenas uma pequena fração do ferro ingerido. O ferro é então</p><p>liberado na corrente sanguínea, onde uma proteína chamada transferrina se liga a ele e o transporta até</p><p>fígado, onde é armazenado na forma de ferritina e é liberado conforme necessário para a produção de</p><p>hemácias na medula óssea. Após cerca de 120 dias na circulação, as hemácias são reabsorvidas pelo baço.</p><p>O ferro dessas células é reciclado pelo organismo e utilizado na produção de novas hemácias.</p><p>A anemia ferropriva é diagnosticada principalmente por hemograma. Testes adicionais podem ser</p><p>solicitados para avaliar os níveis séricos de ferro, ferritina, transferrina e capacidade total de ligação do ferro.</p><p>Em indivíduos portadores de anemia ferropriva, estes exames devem evidenciar:</p><p>• hemoglobina e hematócrito baixos;</p><p>• volume corpuscular médio (VCM) baixo;</p><p>• ferro sérico baixo;</p><p>• ferritina baixa;</p><p>• transferrina alta;</p><p>• saturação de transferrina baixa;</p><p>• capacidade total de ligação do ferro alta;</p><p>• o esfregaço sanguíneo pode evidenciar ovalócitos com centros pálidos.</p><p>(FGV - Politec-AP - 2022) Sobre o metabolismo do ferro assinale a afirmativa correta.</p><p>A) O IST (índice de saturação da transferrina) reflete a quantidade de ferro disponível para transporte.</p><p>B) A hemossiderina é a principal forma de armazenamento do ferro.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6</p><p>74</p><p>C) A maior parte do ferro distribuído no organismo está sob a forma de ferritina.</p><p>D) A capacidade total de ligação ao ferro (CTLF) pode ser interpretada como o total de ferro no organismo.</p><p>E) O ferro é transportado principalmente pela transferrina e estocado sob a forma de ferritina.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. O IST (índice de saturação da transferrina) reflete a quantidade de ferro ligado à</p><p>transferrina, é uma razão entre o ferro sérico e a capacidade total de ligação do ferro.</p><p>Letra B: errada. A ferritina é a principal forma de armazenamento do ferro.</p><p>Letra C: errada. A ferritina é uma forma de depósito de ferro encontrada no fígado.</p><p>Letra D: errada. A CTLF representa a quantidade de ferro que consegue circular no sangue ligado à</p><p>transferrina.</p><p>Letra E: correta. Transferrina é a proteína que realiza o transporte do ferro, ferritina é uma forma de</p><p>depósito de ferro. Este é o nosso gabarito.</p><p>(FAURGS - SES-RS - 2022) A deficiência de ferro é a causa mais comum de anemia, e seu diagnóstico</p><p>laboratorial é realizado utilizando-se testes simples e rotineiramente disponíveis nos laboratórios</p><p>clínicos. Nesse sentido, são achados característicos no diagnóstico da anemia ferropriva</p><p>A) VCM e HCM reduzidos, ferritina sérica aumentada, saturação da transferrina e capacidade total de</p><p>ligação do ferro (TIBC) reduzidas.</p><p>B) VCM e HCM, ferritina sérica, saturação da transferrina diminuídos e TIBC aumentada.</p><p>C) VCM aumentado, HCM reduzido, ferritina sérica inalterada, saturação da transferrina aumentada e TIBC</p><p>reduzida.</p><p>D) VCM reduzido, HCM aumentado, ferro sérico e saturação da transferrina diminuídos e ferritina sérica</p><p>aumentada.</p><p>E) VCM, HCM, ferritina sérica, saturação da transferrina e TIBC diminuídos.</p><p>Comentários:</p><p>A anemia ferropriva apresenta diminuição de VCM, HCM, ferritina sérica, saturação da transferrina e</p><p>aumento de TIBC.</p><p>Gabarito: Letra B.</p><p>Anemia sideroblástica</p><p>A anemia sideroblástica é uma forma de anemia na qual a medula óssea produz sideroblastos em</p><p>anel em vez de eritrócitos saudáveis. Na anemia sideroblástica, o corpo possui quantidades suficientes de</p><p>ferro disponível, mas não consegue incorporá-lo à hemoglobina. Este tipo de anemia pode ter uma causa</p><p>genética ou se manifestar devido a uma síndrome mielodisplásica, que pode evoluir para malignidades</p><p>hematológicas (principalmente leucemia mieloide aguda).</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7</p><p>74</p><p>Os sideroblastos são eritroblastos nucleados (precursores de eritrócitos maduros) com grânulos de</p><p>ferro acumulados nas mitocôndrias ao redor do núcleo. Os sideroblastos costumam estar presentes na</p><p>medula óssea e chegam à circulação após completarem o processo de amadurecimento e darem origem a</p><p>um eritrócito normal. A presença apenas de sideroblastos não caracteriza anemia sideroblástica, sendo</p><p>necessária a presença de sideroblastos em anel para diagnosticar a patologia. Os sideroblastos em anel são</p><p>assim chamados porque as mitocôndrias carregadas de ferro formam um anel ao redor do núcleo. Eles</p><p>são formados por um subtipo de grânulos basofílicos dos eritrócitos, mas que só podem ser vistos na medula</p><p>óssea.</p><p>Os sintomas da anemia sideroblástica incluem palidez, fadiga, tontura e hepatoesplenomegalia.</p><p>Doenças cardíacas, danos no fígado e insuficiência renal podem resultar do acúmulo de ferro nesses órgãos.</p><p>Em relação ao diagnóstico, os sideroblastos em anel são visualizados na medula óssea (mais de</p><p>40% dos eritrócitos em desenvolvimento são sideroblastos em anel). No esfregaço de sangue periférico</p><p>podem ser encontrados eritrócitos com pontilhado basófilo (grânulos citoplasmáticos de precipitados de</p><p>RNA) e corpúsculos de Pappenheimer (grânulos citoplasmáticos de ferro).</p><p>O quadro de anemia é de moderado a grave, com presença de anisopoiquilocitose. É comum a</p><p>observação de pontilhado basófilo e hemácias em alvo. Geralmente, o VCM é baixo (microcitose) e o RDW</p><p>é alto. Leucócitos e plaquetas não apresentam alterações.</p><p>O ferro sérico, a ferritina e a saturação de transferrina se apresentam aumentados. A capacidade</p><p>total de ligação ao ferro é normal ou diminuída. A hemossiderina medular é aumentada.</p><p>Os depósitos de ferro nas células, encontrados na forma de ferritina ou hemossiderina,</p><p>podem ser visualizados através da coloração de um aspirado de medula óssea com o</p><p>corante azul da Prússia, que é comumente utilizado para evidenciar o ferro.</p><p>Anemia megaloblástica</p><p>A anemia megaloblástica é uma anemia macrocítica que resulta da inibição da síntese de DNA</p><p>durante a produção de hemácias. Quando a síntese de DNA é prejudicada, a célula apresenta dificuldade</p><p>de progredir a mitose, o que leva ao crescimento contínuo das células sem divisão e resulta em macrocitose.</p><p>O defeito na síntese de DNA das hemácias é frequentemente devido à hipovitaminose,</p><p>especificamente baixos níveis de vitamina B12 (cobalamina) ou folato (ácido fólico). Esta deficiência</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>8</p><p>74</p><p>geralmente está associada à baixa ingestão alimentar, mas também pode ser causada pela perda de</p><p>micronutrientes.</p><p>A vitamina B12 é um cofator na síntese de DNA e no metabolismo de ácidos graxos e aminoácidos.</p><p>A principal fonte de vitamina B12 são produtos de origem animal, incluindo carne, leite, ovos e peixe. Os</p><p>únicos organismos capazes de produzir vitamina B12 são certas bactérias e arqueas. Algumas dessas</p><p>bactérias fazem parte da flora intestinal permanente, produzindo vitamina B12 internamente.</p><p>O padrão ouro para o diagnóstico de deficiência de vitamina B12 é a sua dosagem sanguínea, que se</p><p>apresenta baixa. Mas também são achados comuns da doença:</p><p>• baixos níveis de hemácias e hemoglobinas (como em todas as anemias);</p><p>• VCM e HCM altos (macrocitose e hipercromia);</p><p>• CHCM normal;</p><p>• contagem de reticulócitos baixa;</p><p>• plaquetas geralmente diminuídas;</p><p>• neutrófilos hipersegmentados;</p><p>• anisocitose e poiquilocitose;</p><p>• macrócitos;</p><p>• ovalócitos;</p><p>• corpúsculos de Howell-Jolly;</p><p>• aumento da enzima LDH;</p><p>• aumento de homocisteína (na deficiência de vitamina B12 e folato);</p><p>• aumento de ácido metilmalônico (na deficiência de vitamina B12).</p><p>Anemia perniciosa</p><p>A anemia perniciosa é uma subclassificação da anemia megaloblástica</p><p>na qual a vitamina</p><p>B12 não é absorvida no trato gastrointestinal.</p><p>Trata-se de uma anemia resultante da falta de fator intrínseco, que está comumente</p><p>associada a um ataque autoimune às células do estômago que o produzem. Mas também</p><p>pode ocorrer após a remoção cirúrgica de parte do estômago ou ser devida a um distúrbio</p><p>hereditário.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>9</p><p>74</p><p>(UNIOESTE - Prefeitura de Santo Antônio da Platina - PR - 2022) A vitamina B12 é um cofator essencial</p><p>para o funcionamento apropriado do organismo e formação celular. Assinale o marcador mais sensível</p><p>para a detecção de deficiência de Vitamina B12.</p><p>A) Análise de hemograma com presença de macrócitos hipocrômicos e leucócitos hipersegmentados.</p><p>B) Dosagem direta de Vitamina B12.</p><p>C) Análise da concentração sérica de ácido metilmalônico.</p><p>D) Dosagem de magnésio.</p><p>E) Análise da concentração sérica de cloro.</p><p>Comentários:</p><p>A dosagem direta de vitamina B12 não necessariamente reflete seu teor intracelular, sendo o ácido</p><p>metilmalônico um marcador mais sensível para detecção da deficiência de B12.</p><p>Gabarito: Letra C.</p><p>(ITAME - Pref. de São Luís de Montes Belos/GO - 2019) Paciente do sexo feminino, 60 anos de idade,</p><p>com queixa de cansaço, apresentou o seguinte hemograma:</p><p>Hemoglobina = 7g/dl</p><p>Hematócrito = 21%,</p><p>Hemácias= 1.700.000/mm3 e</p><p>VCM=123.</p><p>Leucócitos=2.300 (60% de neutrófilos, 35% linfócitos, 3% monócitos e 2% eosinófilos).</p><p>Plaquetas 110. 000/mm3.</p><p>A pesquisa de vitamina B12 foi solicitada e sua dosagem estava abaixo dos limites inferiores de</p><p>referência. A respeito das anemias megaloblásticas julgue as assertivas a seguir:</p><p>I) A paciente apresenta uma anemia macrocítica e normocrômica, pois o VCM encontra-se acima dos</p><p>valores de referência.</p><p>II) A provável causa da anemia é a deficiência de ferro, mas é necessário, ainda, quantificar anticorpos</p><p>anti-fator intrínseco.</p><p>III) A paciente apresenta pancitopenia, ocasionada pelo déficit de bases nitrogenadas, que prejudica a</p><p>hematopoese.</p><p>IV) A fonte natural de vitamina B12 na dieta humana se dá pela ingestão de alimentos de origem</p><p>animal, produzidas por células bacterianas da microbiota.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>10</p><p>74</p><p>V) Além de neutrófilos bastonetes, os pacientes com essa anemia, também possuem aumento de</p><p>homocisteína.</p><p>São verdadeiros os itens</p><p>A) I, II, III</p><p>B) I, III, IV</p><p>C) I, II, V</p><p>D) II, III, IV</p><p>Comentários:</p><p>Vamos analisar cada uma das afirmativas:</p><p>I: certa. O VCM da paciente está alto, logo a anemia é macrocítica.</p><p>II: errada. A provável causa da anemia é deficiência de vitamina B12 ou folato. Anemias ferroprivas são</p><p>microcíticas e hipocrômicas.</p><p>III: certa. As hemácias, os leucócitos e as plaquetas estão baixos, logo a paciente apresenta pancitopenia.</p><p>Por se tratar de uma anemia macrocítica, provavelmente a paciente apresenta falha na hematopoese por</p><p>prejuízo da síntese de DNA.</p><p>IV: certa. As principais fontes de vitamina B12 são produtos de origem animal, incluindo carne, leite, ovos e</p><p>peixe. A vitamina B12 é produzida por bactérias que fazem parte da flora intestinal.</p><p>V: errada. A anemia megaloblástica cursa com aumento de neutrófilos hipersegmentados, não de</p><p>neutrófilos bastonetes.</p><p>Logo, os itens verdadeiros são: I, III e IV.</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>Anemia hemolítica</p><p>A anemia hemolítica é uma forma de anemia causada por hemólise, que é a degradação anormal</p><p>das hemácias nos vasos sanguíneos (hemólise intravascular) ou em outras partes do corpo (extravascular),</p><p>geralmente no baço. A anemia hemolítica pode ser herdada ou adquirida e o tratamento depende da causa</p><p>e natureza da hemólise. Dentre as causas de anemia hemolítica, pode-se citar:</p><p>• Distúrbios da membrana eritrocitária (esferocitose hereditária, eliptocitose hereditária);</p><p>• Distúrbios genéticos do metabolismo de eritrócitos (deficiência de G6PD, piruvato quinase);</p><p>• Anemia hemolítica imunomediada (LES, mononucleose);</p><p>• Anemia hemolítica aloimune (doença hemolítica do recém-nascido);</p><p>• Anemia hemolítica imunomediada induzida por drogas (penicilina, metildopa);</p><p>• Hemoglobinopatias (anemia falciforme, talassemias);</p><p>• Hemoglobinúria paroxística noturna;</p><p>• Causas mecânicas de lesão eritrocitária (anemia hemolítica microangiopática, válvulas</p><p>cardíacas).</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>11</p><p>74</p><p>==1365fc==</p><p>Em específico, a esferocitose hereditária é uma anormalidade dos eritrócitos, causada por</p><p>mutações nos genes relacionados às proteínas da membrana responsáveis pela forma dessas células. Os</p><p>eritrócitos anormais têm a forma de uma esfera (esferocitose) e não de disco bicôncavo, que é o formato</p><p>normal das hemácias. As proteínas disfuncionais da membrana interferem na capacidade da célula de ser</p><p>flexível e "viajar" das artérias para os capilares menores. Essa diferença de forma também torna os</p><p>eritrócitos mais propensos à lise e as células com essas proteínas disfuncionais são degradadas no baço, o</p><p>que leva a um quadro de em anemia hemolítica.</p><p>A lise das hemácias leva a um aumento de bilirrubina indireta e da enzima LDH no sangue. Como</p><p>nas outras anemias hemolíticas, a contagem de reticulócito será elevada, evidenciando uma resposta</p><p>medular na tentativa de restabelecer uma quantidade normal de eritrócitos no sangue. Um aumento na</p><p>concentração de hemoglobina corpuscular média (CHCM) também é um achado consistente com a</p><p>esferocitose hereditária.</p><p>A haptoglobina é uma proteína que se liga à hemoglobina livre no plasma. O complexo</p><p>haptoglobina-hemoglobina é posteriormente removido pelo sistema retículo-endotelial</p><p>(principalmente no baço).</p><p>Na clínica, o teste da haptoglobina é usado para rastrear e monitorar a anemia hemolítica</p><p>intravascular. Na hemólise intravascular, a hemoglobina livre é liberada na circulação e,</p><p>portanto, a haptoglobina se liga à hemoglobina, o que causa um declínio nos níveis de</p><p>haptoglobina.</p><p>A hemoglobinúria paroxística noturna (HPN), por sua vez, se caracteriza pela destruição de</p><p>hemácias pelo sistema complemento (um componente do sistema imunológico). Este processo destrutivo</p><p>ocorre devido à presença de uma proteína de superfície defeituosa no eritrócito, denominada Fator</p><p>Acelerador de Decaimento (DAF), que normalmente funciona para inibir essas reações imunes.</p><p>Como a cascata do complemento ataca os eritrócitos no interior dos vasos sanguíneos, a doença é</p><p>considerada como uma anemia hemolítica intravascular. A doença também cursa com uma elevada</p><p>incidência de formação de coágulos, característica que não é completamente compreendida.</p><p>O sinal clássico da HPN é a coloração escura (cor de Coca-Cola) da urina devido à presença de</p><p>hemoglobina e hemossiderina provenientes da degradação dos eritrócitos. Como a urina é mais</p><p>concentrada pela manhã, é nesse momento que a cor é mais evidente. Como nas outras anemias</p><p>hemolíticas, o paciente pode apresentar icterícia, esplenomegalia e reticulocitose. Uma complicação</p><p>comum da HPN é a trombose.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>12</p><p>74</p><p>Em relação ao diagnóstico, é esperado observar:</p><p>• Hemograma evidenciando anemia microcítica, podendo ocorrer pancitopenia;</p><p>• Reticulocitose;</p><p>• Indícios de hemólise: aumento de lactato desidrogenase (LDH), hemoglobina, bilirrubina</p><p>total e indireta (não conjugada);</p><p>• Haptoglobina diminuída ou ausente;</p><p>• Teste de Ham (teste do soro acidificado) positivo.</p><p>(FGV - Politec-AP - 2022) As anemias hemolíticas apresentam muitas alterações laboratoriais bastante</p><p>características. Entre</p><p>as alterações de forma dos eritrócitos a seguir, assinale a que melhor caracteriza</p><p>este grupo de anemias.</p><p>A) Codócitos.</p><p>B) Eliptócitos.</p><p>C) Drepanócitos.</p><p>D) Esferócitos.</p><p>E) Dacriócitos.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. Os codócitos estão presentes em casos de: hepatopatias, anemia ferropriva, talassemia,</p><p>hemoglobinas CC, SC, SS, associação de hemoglobina SS com β-talassemia, pós-esplenectomia.</p><p>Letra B: errada. Os eliptócitos são encontrados em casos de: eliptocitose hereditária, anemia ferropriva,</p><p>anemia megaloblástica, talassemia.</p><p>Letra C: errada. Os drepanócitos são patognomônicos das doenças falciformes.</p><p>Letra D: correta. Os esferócitos estão presentes em casos de: esferocitose hereditária, anemias</p><p>hemolíticas adquiridas, transfusões. Este é o nosso gabarito.</p><p>Letra E: errada. Os dacriócitos ocorrem nos casos de: síndrome mielodisplásica, talassemia β maior, anemia</p><p>megaloblástica.</p><p>(IDHTEC - Pref. Maragogi/AL - 2019) São dados laboratoriais presentes na esferocitose hereditária,</p><p>EXCETO:</p><p>A) CHCM maior que 36 g/dL</p><p>B) Reticulocitose</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>13</p><p>74</p><p>C) Bilirrubina livre aumentada</p><p>D) DHL aumentada</p><p>E) Haptoglobinas aumentadas</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. Aumentos do CHCM são comuns na esferocitose hereditária.</p><p>Letra B: errada. Como nas outras anemias hemolíticas, os reticulócitos devem estar aumentados.</p><p>Letra C: errada. A hemólise leva ao aumento da bilirrubina indireta (também chamada de bilirrubina não</p><p>conjugada ou bilirrubina livre), que pode se manifestar como icterícia.</p><p>Letra D: errada. O aumento de LDH (ou DHL) é um achado normal nas anemias hemolíticas, pois esta</p><p>enzima está localizada no interior das hemácias, entre outras células.</p><p>Letra E: correta. Na esferocitose hereditária, assim como em outras anemias hemolíticas, os níveis de</p><p>haptoglobina estão diminuídos. Como o enunciado pediu um dado laboratorial não condizente com a</p><p>esferocitose hereditária, este é o nosso gabarito.</p><p>Anemia aplástica</p><p>A anemia aplástica é um distúrbio raro de insuficiência da medula óssea, no qual a medula óssea</p><p>para de produzir células sanguíneas suficientes (hemácias, leucócitos e plaquetas), levando a um quadro</p><p>de pancitopenia. No entanto, as poucas células sanguíneas que a medula produz são normais. A patologia</p><p>ocorre como resultado da destruição ou deficiência de células-tronco hematopoéticas na medula óssea,</p><p>principalmente por causas autoimunes. Infecções virais, radiação ionizante e exposição a produtos</p><p>químicos ou drogas tóxicas também podem resultar em anemia aplástica.</p><p>(MSCONCURSOS - Pref. Jequié/BA - 2018) As características clínicas de um tipo de anemia podem ser</p><p>agudas e fulminantes, com pancitopenia profunda e uma rápida progressão para a morte. O distúrbio</p><p>pode ter um início insidioso e uma evolução crônica. Os sinais e sintomas dependem do grau das</p><p>deficiências, tais como, sangramento devido à trombocitopenia e infecção devido à neutropenia. Como</p><p>regra, a esplenomegalia e a linfadenopatia estão ausentes.</p><p>Assinale a alternativa que indica o tipo de anemia a que o texto acima está se referindo.</p><p>A) Anemia aplásica.</p><p>B) Anemia mielotísica.</p><p>C) Anemia na endocrinopatia.</p><p>D) Anemia ferropriva.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>14</p><p>74</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: correta. A descrição é condizente com um quadro de anemia aplástica, no qual ocorre</p><p>pancitopenia, que pode ocasionar quadros de hemorragias e infecções, podendo levar à morte. Este é o</p><p>nosso gabarito.</p><p>Letra B: errada. Na anemia mieloftísica ocorre o deslocamento do tecido hemopoético da medula óssea por</p><p>fibrose, tumores ou granulomas. A anemia mieloftísica pode ocorrer no contexto de doença</p><p>mieloproliferativa crônica (como a mielofibrose), leucemia, linfoma e carcinoma ou mieloma metastático.</p><p>Letra C: errada. As anemias relacionadas à endocrinopatia geralmente afetam a produção de eritropoetina,</p><p>interferindo apenas na eritropoese.</p><p>Letra D: errada. Na anemia ferropriva não se observa quadro de pancitopenia.</p><p>Anemia de doenças crônicas</p><p>Algumas doenças são capazes de afetar a capacidade do organismo de produzir hemácias. Como</p><p>exemplo, pacientes com doença renal podem desenvolver anemia porque os rins não produzem o</p><p>hormônio eritropoetina em quantidades suficientes para estimular a medula óssea a produzir mais</p><p>hemácias. Além disso, a quimioterapia usada no tratamento de vários tipos de câncer geralmente prejudica</p><p>a capacidade do organismo de produzir novas hemácias, e a anemia costuma ser um efeito adverso comum</p><p>desse tratamento.</p><p>Anemia por hemorragias agudas ou crônicas</p><p>A perda de sangue (hemorragia) pode levar a um quadro de anemia, pois há uma diminuição na</p><p>quantidade de hemácias no sangue. Hemorragias agudas podem ocorrer em casos de traumas ou cirurgias.</p><p>Lesões no trato gastrointestinal podem levar tanto a hemorragias agudas quanto a hemorragias crônicas.</p><p>Em alguns casos, a menstruação e alguns tipos de câncer podem levar à hemorragia crônica, que também</p><p>pode ser causada por alguns parasitas intestinais (como os nematelmintos). Hemorragias crônicas podem</p><p>levar a um quadro de anemia ferropriva, pois o paciente perde ferro de forma constante.</p><p>(UNIOESTE - Prefeitura de Santo Antônio da Platina - PR - 2022) Com base nos achados em</p><p>eritrogramas das principais anemias, é CORRETO afirmar:</p><p>A) Nas anemias hemolíticas, não é comum a observação de aumento dos níveis de desidrogenase lática</p><p>(LDH).</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>15</p><p>74</p><p>B) As anemias carenciais, como a ferropriva e megaloblástica, apresentam-se como microcíticas e</p><p>hipocrômicas em razão da deficiência nutricional de substâncias precursoras e formadoras da Hemoglobina.</p><p>C) A anemia falciforme apresenta-se como uma anemia microcítica e hipocrômica sem anisocitose e</p><p>poiquilocitose relevante.</p><p>D) As eritroenzimopatias correspondem a distúrbios enzimáticos que podem alterar o metabolismo</p><p>energético das células eritroides, mas não são capazes de levar a um quadro anêmico.</p><p>E) A falta ou diminuição de eritropoietina em doentes renais crônicos pode levar a um quadro de anemia</p><p>normocítica e normocrômica, pois causa uma redução da eritropoiese.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. Nas anemias hemolíticas, é comum a observação de aumento dos níveis de desidrogenase</p><p>lática (LDH), pois essa enzima faz parte do conteúdo dos eritrócitos.</p><p>Letra B: errada. A anemia megaloblástica é macrocítica e sua patofisiologia envolve o comprometimento</p><p>da síntese de DNA, e não da hemoglobina.</p><p>Letra C: errada. A anemia falciforme se caracteriza pela presença de drepanócitos, logo, existe</p><p>poiquilocitose relevante.</p><p>Letra D: errada. As eritroenzimopatias podem causar hemólise, logo, podem levar à anemia.</p><p>Letra E: correta. A eritropoetina é um hormônio produzido nos rins responsável por estimular a eritropoese.</p><p>Doentes renais apresentam comprometimento da síntese desse hormônio, o que leva a uma anemia</p><p>normocítica e normocrômica. Este é o nosso gabarito.</p><p>(FAURGS - SES-RS- 2022) Analise o quadro abaixo referente aos quatro pacientes com anemia</p><p>microcítica e numere a segunda coluna relacionando o conjunto de resultados dos casos que representa</p><p>o padrão típico de cada anemia.</p><p>( ) anemia ferropriva ( ) anemia de doença crônica ( ) traço talassêmico beta ( ) talassemia beta maior</p><p>A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é</p><p>A) 1 – 2 – 3 – 4.</p><p>B) 4 – 2 – 3 – 1.</p><p>C) 2 – 4 – 3 – 1.</p><p>D) 3 – 4 – 1 – 2.</p><p>E) 1 – 2 – 4 – 3.</p><p>Comentários:</p><p>Ao associarmos corretamente os distúrbios a suas características, temos:</p><p>(2) anemia ferropriva: VCM, ferro</p><p>sérico e ferritina baixos, transferrina aumentada.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>16</p><p>74</p><p>(4) anemia de doença crônica: ferritina, transferrina e HbA2 normais.</p><p>(3) traço talassêmico beta: aumento de HbA2, ferro sérico, ferritina e transferrina normais.</p><p>(1) talassemia beta maior: HbA2 aumentada, hemoglobina muito baixa.</p><p>Logo, a sequência correta de preenchimento é: 2 – 4 – 3 – 1.</p><p>Gabarito: Letra C.</p><p>(FAFIPA - Prefeitura de Arapongas - PR - 2020) Na interpretação do eritograma, a partir dos índices</p><p>hematimétricos e de confirmações por esfregaço do sangue periférico, é possível classificar as anemias</p><p>quanto à morfologia e à cromaticidade. Diante disso, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>A) Na anemia hipocrômica e microcítica, os valores de VCM e HCM estarão diminuídos e o valor de CHCM</p><p>estará normal, é característica de anemias por deficiência de folato e vitamina B12.</p><p>B) Na anemia normocrômica e macrocítica, o valor de VCM estará diminuído e os valores de HCM e CHCM</p><p>estarão normais, características de anemias por falta de ferro e alterações na síntese de hemoglobina.</p><p>C) Na anemia hipercrômica e normocítica, os valores de VCM e HCM estarão aumentados e CHCM estará</p><p>normal, característica de anemias por deficiência de ferro.</p><p>D) Na anemia normocítica normocrômica, os valores de VCM, HCM e CHCM são normais, pode ocorrer nas</p><p>anemias aplásticas, por doenças crônicas e anemias hemolíticas.</p><p>E) Na anemia hipocrômica e microcítica, o valor de VCM estará diminuído e os valores de HCM e CHCM</p><p>estarão normais, características de anemias provocadas por deficiência de ferro e vitamina B12.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. As anemias por deficiência de folato e vitamina B12 são macrocíticas e hipercrômicas</p><p>(podendo também ser normocrômicas).</p><p>Letra B: errada. Na anemia normocrômica e macrocítica, o valor de VCM estará aumentado e os valores de</p><p>HCM e CHCM estarão normais. Anemias por falta de ferro e alterações na síntese de hemoglobina resultam</p><p>em microcitose e hipocromia.</p><p>Letra C: errada. Na anemia hipercrômica e normocítica, o valor de VCM estará normal e HCM estará</p><p>aumentado. Anemias por deficiência de ferro são hipocrômicas e microcíticas.</p><p>Letra D: correta. VCM normal indica normocitose e HCM normal indica normocromia. Anemias aplásticas,</p><p>por doenças crônicas e anemias hemolíticas geralmente são normocrômicas e normocíticas. Este é o nosso</p><p>gabarito.</p><p>Letra E: errada. Na anemia hipocrômica e microcítica, os valores de VCM e HCM estarão diminuídos.</p><p>Anemias provocadas por deficiência de ferro e vitamina B12 são macrocíticas e hipercrômicas (podendo</p><p>também ser normocrômicas).</p><p>Gabarito: alternativa D.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>17</p><p>74</p><p>Hemoglobinopatias</p><p>As hemoglobinopatias são distúrbios hereditários que afetam a hemoglobina, interferindo na sua</p><p>estrutura ou na sua produção, podendo levar tanto a níveis diminuídos das cadeias de globina quanto à</p><p>ausência total de uma dessas cadeias. As principais hemoglobinopatias são a doença falciforme (distúrbio</p><p>estrutural) e as talassemias alpha e beta (distúrbios de produção), sendo que ambas podem causar</p><p>anemia. Vamos estudar detalhes dessas duas classes de patologias nos próximos tópicos.</p><p>Doença falciforme</p><p>A doença falciforme compreende um grupo de distúrbios hereditários da hemoglobina, sendo o tipo</p><p>mais comum conhecido como anemia falciforme. A doença falciforme ocorre quando uma pessoa herda</p><p>duas cópias anormais do gene da β-globina (localizado no cromossomo 11), uma de cada progenitor, que</p><p>resulta em uma anormalidade estrutural na molécula de hemoglobina.</p><p>A doença falciforme é transmitida através de padrão de herança genética autossômica recessiva.</p><p>O defeito genético é um polimorfismo de nucleotídeo único (do inglês single nucleotide polymorphism - SNP)</p><p>no gene da β-globina, que substitui o códon GAG por GTG e resulta na substituição do ácido glutâmico por</p><p>valina na posição 6. A hemoglobina resultante dessa mutação é conhecida como hemoglobina S (HbS).</p><p>As hemácias saudáveis são flexíveis, característica que permite que elas se movam pelos capilares</p><p>sanguíneos. Já na doença falciforme, a hemoglobina é estruturalmente anormal, fazendo com que as</p><p>hemácias sejam rígidas e assumam uma forma de foice (forma de "C") sob condições de hipóxia. As células</p><p>falciformes podem ficar presas e bloquear o fluxo sanguíneo, causando dor e infecções.</p><p>Na doença falciforme, sob condições ideais de oxigênio, as hemácias possuem a forma</p><p>normal de disco bicôncavo. Somente em situações de hipóxia a HbS irá polimerizar, o</p><p>que resultará na formação de hemácias em forma de foice, processo conhecido como</p><p>falcilização.</p><p>Uma crise falciforme pode ser desencadeada por mudanças de temperatura, estresse, desidratação</p><p>e grandes altitudes. Essas crises resultam em anemia e crises vaso-oclusivas, crises aplásticas, sequestro</p><p>esplênico, crises hemolíticas, entre outras. As piores complicações da doença falciforme incluem acidente</p><p>vascular cerebral, síndrome torácica aguda, danos aos órgãos e, em alguns casos, morte prematura.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>18</p><p>74</p><p>Ao contrário da doença falciforme, indivíduos com uma única cópia anormal do gene da beta-</p><p>globina possuem o chamado traço falciforme e geralmente são assintomáticos.</p><p>Além da eletroforese de hemoglobinas, outra metodologia que pode ser utilizada no diagnóstico da</p><p>doença falciforme é o teste de falcização das hemácias, realizado com metabissulfito de sódio. O</p><p>princípio do teste se baseia no fato de que o metabissulfito é capaz de retirar o oxigênio das hemácias. Na</p><p>presença de hemoglobina S, esta propriedade faz com que as hemácias assumam a forma de foice, o que</p><p>indica teste positivo.</p><p>Outras hemoglobinopatias estruturais</p><p>Além da hemoglobina S, que causa a doença falciforme, existem outros tipos de variantes</p><p>hemoglobínicas patológicas, como as hemoglobinas C, D e E, que, assim como a HbS, são</p><p>causadas por mutações no gene da beta-globina.</p><p>(FUNDATEC - Prefeitura de Viamão - RS - 2022) São características laboratoriais da anemia falciforme:</p><p>A) Células bicôncavas, poiquilocitose, esferócitos e bilirrubina normal.</p><p>B) Células falcizadas, reticulócitos ausentes, plaquetas aumentadas e bilirrubina diminuída.</p><p>C) Células bicôncavas, reticulócitos diminuídos, esferócitos e bilirrubina elevada.</p><p>D) Células falcizadas, reticulócitos aumentados, plaquetas ausentes e fragilidade osmótica aumentada.</p><p>E) Células falcizadas, reticulócitos aumentados, plaquetas aumentadas e bilirrubina elevada.</p><p>Comentários:</p><p>Na doença falciforme, a hemoglobina é estruturalmente anormal, fazendo com que as hemácias sejam</p><p>rígidas e assumam uma forma de foice (forma de "C") sob condições de hipóxia. As células falciformes</p><p>podem ficar presas e bloquear o fluxo sanguíneo, causando dor e infecções.</p><p>Por este motivo, são características laboratoriais da anemia falciforme: células falcizadas (devido à</p><p>presença de hemoglobina S), reticulócitos aumentados, plaquetas aumentadas e bilirrubina elevada</p><p>devido à hemólise aumentada.</p><p>Gabarito: Letra E.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>19</p><p>74</p><p>(UNIOESTE - Prefeitura de Santo Antônio da Platina - PR - 2022) Sobre a anemia falciforme, assinale a</p><p>alternativa CORRETA.</p><p>A) O achado de drepanócitos decorre de uma alteração pontual no cromossomo 11, ocasionando a</p><p>transcrição do aminoácido valina no lugar do aminoácido ácido glutâmico na posição 6 da sequência de</p><p>aminoácidos que compõe a cadeia beta da Hemoglobina,</p><p>determinando a formação de Hemoglobina S</p><p>(HbS) com maior tendência à formação de polímeros que vão modificar a estrutura da hemácia.</p><p>B) As hemácias em foice são decorrentes de uma mutação no gene da globina beta, culminando na</p><p>formação da Hemoglobina C (HbC) com baixa afinidade pelo oxigênio e consequente alteração da estrutura</p><p>discoide para a forma falcizada da hemácia.</p><p>C) A formação de drepanócitos decorre da polimerização da Hemoglobina A (HbA) desoxigenada, formando</p><p>células estruturalmente modificadas, razão das alterações fisiopatológicas da doença falciforme.</p><p>D) A anemia falciforme é uma doença hemolítica crônica decorrente de alterações cromossômicas que</p><p>alteram a estrutura alfa globínica da hemoglobina, formando os drepanócitos.</p><p>E) Nenhuma das alternativas está correta.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: correta. A doença falciforme é transmitida através de padrão de herança genética autossômica</p><p>recessiva. O defeito genético é um polimorfismo de nucleotídeo único (do inglês single nucleotide</p><p>polymorphism - SNP) no gene da β-globina, que substitui o códon GAG por GTG e resulta na substituição</p><p>do ácido glutâmico por valina na posição 6. A hemoglobina resultante dessa mutação é conhecida como</p><p>hemoglobina S (HbS). Este é o nosso gabarito.</p><p>Letra B: errada. As hemácias em foice são decorrentes da presença de hemoglobina S, e não hemoglobina</p><p>C.</p><p>Letra C: errada. A formação de drepanócitos decorre da polimerização da hemoglobina S - HbS (e não</p><p>Hemoglobina A - HbA) desoxigenada.</p><p>Letra D: errada. A mutação da anemia falciforme ocorre no gene da beta-globina, e não da alfa-globina.</p><p>Letra E: errada. A alternativa A está correta.</p><p>Talassemias</p><p>Conforme estudamos anteriormente, a hemoglobina é composta por quatro moléculas de proteína</p><p>(cadeias de globina) conectadas. A molécula normal de hemoglobina adulta, a hemoglobina A1 ou apenas</p><p>hemoglobina A, contém duas cadeias de alfa-globina e duas cadeias de beta-globina. Ao todo, nós</p><p>possuímos 4 genes que codificam a alfa-globina e 2 genes que codificam a beta-globina.</p><p>As talassemias são distúrbios sanguíneos hereditários caracterizados pela diminuição (ou até</p><p>ausência) da produção das cadeias de globina que compõem a hemoglobina. Os dois tipos principais são</p><p>alfa-talassemia e beta-talassemia, ambos causados por mutações herdadas de forma autossômica</p><p>recessiva.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>20</p><p>74</p><p>As α-talassemias resultam em diminuição da produção de alfa-globina, portanto, menos cadeias</p><p>de alfa-globina são produzidas, resultando em um excesso de cadeias β em adultos e um excesso de cadeias</p><p>γ em recém-nascidos. A gravidade das α-talassemias está correlacionada com o número de genes da α-</p><p>globina afetados (quanto maior, mais graves serão as manifestações da doença).</p><p>Na β-talassemia, os alelos mutados são chamados β+ quando a função parcial é conservada (a</p><p>proteína tem uma função reduzida ou é produzida em menor quantidade) ou βo, quando nenhuma proteína</p><p>funcional é produzida. A gravidade da doença depende da natureza da mutação e da presença dessas</p><p>mutações em um ou dois alelos.</p><p>O diagnóstico geralmente é realizado através de exames como hemograma, testes direcionados à</p><p>hemoglobina (eletroforese ou cromatografia) e testes genéticos, e pode ocorrer antes do nascimento</p><p>através de um teste pré-natal.</p><p>(IBFC - Prefeitura de Contagem - MG - 2022) Utilizada para identificar os diferentes tipos de</p><p>hemoglobina circulantes no sangue, a eletroforese de hemoglobina é uma técnica de diagnóstico</p><p>amplamente inserida nos laboratórios clínicos.</p><p>Analise a figura e assinale a alternativa incorreta.</p><p>A) A Hb A2 é utilizada para diagnóstico de talassemia.</p><p>B) A concentração normal da Hb A é entre 96% e 98%.</p><p>C) A Hb A2 no paciente está aumentada, compatível com talassemia beta menor.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>21</p><p>74</p><p>==1365fc==</p><p>D) A Hb F se mantém constante desde o nascimento até a vida adulta, e sua alteração é indicativo de</p><p>anemia.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: correta. A hemoglobina A2 é comum em adultos saudáveis entre 1,8% e 3,5%. Valores maiores</p><p>podem ser detectados em indivíduos portadores do gene da beta talassemia.</p><p>Letra B: correta. A hemoglobina A1 é encontrada em indivíduos adultos saudáveis na proporção de pelo</p><p>menos 95%.</p><p>Letra C: correta. Nas beta-talassemias ocorre diminuição da síntese de beta-globina, consequentemente,</p><p>haverá uma menor proporção de hemoglobina A1, uma vez que esta é composta por duas cadeias alfa e</p><p>duas cadeias beta. Como forma de compensar esta carência, haverá uma maior produção da hemoglobina</p><p>A2, que é composta por duas cadeias alfa e duas cadeias delta.</p><p>Letra D: INCORRETA. Em fetos e bebês, as cadeias beta não são comuns e a molécula de hemoglobina é</p><p>composta por duas cadeias alfa e duas cadeias gama (α2γ2), formando a hemoglobina fetal (hemoglobina</p><p>F ou HbF), que representa aproximadamente 1% da hemoglobina encontrada em adultos saudáveis. À</p><p>medida que o bebê cresce, as cadeias gama são gradualmente substituídas por cadeias beta, formando a</p><p>estrutura da hemoglobina adulta. Este é o nosso gabarito.</p><p>(IBADE - Prefeitura de Vila Velha - ES - 2020) Os resultados laboratoriais de dois pacientes (paciente A</p><p>- homem afro-caribenho de 18 anos, com dores intermitentes nas pernas e no tórax) e (paciente B -</p><p>mulher espanhola de 23 anos, assintomática), estão demostrados na tabela a seguir.</p><p>A partir dos resultados laboratoriais, os pacientes A e B apresentam, respectivamente:</p><p>A) Anemia falciforme e anemia ferropriva.</p><p>B) Anemia ferropriva e anemia falciforme.</p><p>C) Anemia falciforme e talassemia Beta.</p><p>D) Traço falcêmico e talassemia Beta.</p><p>E) Traço falcêmico e anemia ferropriva.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>22</p><p>74</p><p>Comentários:</p><p>A paciente A apresenta drepanócitos e hemoglobina S, características patognomônicas da anemia</p><p>falciforme.</p><p>O paciente B apresenta uma diminuição dos níveis de hemoglobina A e um aumento dos níveis de</p><p>hemoglobina A2, o que é característico das beta-talassemias.</p><p>Logo, os pacientes A e B apresentam, respectivamente, anemia falciforme e talassemia beta.</p><p>Gabarito: alternativa C.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>23</p><p>74</p><p>Doenças mieloproliferativas</p><p>As doenças mieloproliferativas são um grupo de doenças da medula óssea nas quais são</p><p>produzidas células em excesso. Elas podem evoluir para síndrome mielodisplásica e leucemia mieloide</p><p>aguda, embora as doenças mieloproliferativas tenham um prognóstico muito melhor.</p><p>O aumento do número de células sanguíneas pode ser assintomático ou levar a vários sintomas ou</p><p>complicações. Como exemplo, o risco de trombose é aumentado em alguns tipos de doenças</p><p>mieloproliferativas.</p><p>A doença mieloproliferativa mais conhecida é a policitemia vera, que vamos estudar a seguir.</p><p>Policitemia vera</p><p>A policitemia vera é uma doença mieloproliferativa rara na qual a medula óssea produz muitas</p><p>hemácias. A doença também pode resultar na superprodução de leucócitos e plaquetas. É um distúrbio</p><p>que ocorre mais comumente em indivíduos idosos (acima de 50 anos) do sexo masculino, podendo ser</p><p>sintomático ou assintomático.</p><p>Sinais e sintomas comuns incluem prurido e dor intensa nas mãos ou nos pés, que geralmente são</p><p>acompanhados por uma coloração avermelhada ou azulada da pele. Pacientes com policitemia vera são</p><p>mais propensos a ter artrite gotosa. O tratamento consiste principalmente em flebotomia.</p><p>O hemograma de pacientes com policitemia vera evidencia elevação do hematócrito, neutrofilia</p><p>e</p><p>basofilia. Cerca de metade dos pacientes também pode apresentar trombofilia.</p><p>Legenda: Esfregaço de sangue periférico de paciente com policitemia vera evidenciando três neutrófilos segmentados e muitos</p><p>trombócitos.</p><p>Fonte: https://www.leukemia-cell.org/atlas/index.php?pg=images--myeloproliferative-neoplasms--polycythaemia-vera#1</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>24</p><p>74</p><p>(Cebraspe - Rede Sarah- 2022) Entre todos os exames laboratoriais atualmente solicitados por médicos</p><p>de várias especialidades, o hemograma é o mais requerido. Considere que uma paciente com nível de</p><p>hemoglobina igual a 185 g/L tenha recebido a recomendação médica para realizar testes com o objetivo</p><p>de detectar mutações JAK2V617F no éxon 14 e JAK2 no éxon 12.</p><p>Nesse caso, a recomendação médica deve-se ao fato de haver suspeita de</p><p>A) talassemia.</p><p>B) leucemia.</p><p>C) anemia.</p><p>D) policitemia.</p><p>Comentários:</p><p>No caso descrito, o médico suspeita de policitemia, pois a paciente apresenta altos níveis de hemoglobina</p><p>e as mutações nos genes JAK2V617F e JAK2 estão associadas às síndromes mieloproliferativas.</p><p>Gabarito: Letra D.</p><p>(IADES - SES-DF - 2014) A doença mieloproliferativa que incide em pessoas idosas acima de 50 anos de</p><p>idade, geralmente do sexo masculino, apresentando no hemograma um hematócrito elevado, com</p><p>anisocitose, poiquilocitose e eritroblastos circulantes, e basofilia na maioria dos casos, é denominada</p><p>A) leucemia mieloide crônica.</p><p>B) policitemia vera.</p><p>C) mielofibrose primária.</p><p>D) trombocitemia essencial.</p><p>E) leucemia linfoide aguda.</p><p>Comentários:</p><p>A descrição do enunciado corresponde à policitemia vera, que é uma doença mieloproliferativa rara na qual</p><p>a medula óssea produz muitas hemácias. A doença também pode resultar na superprodução de</p><p>leucócitos e plaquetas. É um distúrbio que ocorre mais comumente em indivíduos idosos (acima de 50</p><p>anos) do sexo masculino, podendo ser sintomático ou assintomático.</p><p>O hemograma de pacientes com policitemia vera evidencia elevação do hematócrito, neutrofilia e</p><p>basofilia. Cerca de metade dos pacientes também pode apresentar trombofilia.</p><p>Gabarito: alternativa B.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>25</p><p>74</p><p>==1365fc==</p><p>Cânceres hematológicos</p><p>Os tumores hematopoéticos e linfoides afetam o sangue, medula óssea, linfa e sistema linfático.</p><p>Como todos esses tecidos estão intimamente conectados pelo sistema circulatório e pelo sistema</p><p>imunológico, uma doença que afeta um também afeta os outros, causando mieloproliferação e</p><p>linfoproliferação (leucemias e linfomas), problemas intimamente relacionados e frequentemente</p><p>sobrepostos.</p><p>As neoplasias hematológicas podem derivar de uma das duas principais linhagens de células</p><p>sanguíneas: mieloide ou linfoide. A linhagem mieloide produz granulócitos, hemácias, plaquetas,</p><p>macrófagos e mastócitos. Já a linhagem linfoide dá origem aos linfócitos B, T, NK e plasmócitos. Linfomas,</p><p>leucemias linfoides e mielomas provêm da linhagem linfoide, enquanto leucemia mieloide aguda e</p><p>crônica, síndromes mielodisplásicas e doenças mieloproliferativas são de origem mieloide.</p><p>Os cânceres hematológicos afetam a produção e a função de células sanguíneas. A maioria desses</p><p>cânceres começa na medula óssea, onde o sangue é produzido. Na maioria dos cânceres hematológicos, o</p><p>processo normal de desenvolvimento das células sanguíneas é interrompido pelo crescimento</p><p>descontrolado de um tipo anormal de célula sanguínea. Essas células anormais, ou cancerígenas, impedem</p><p>que o sangue desempenhe muitas de suas funções, como combater infecções ou prevenir hemorragias.</p><p>Os três tipos principais de neoplasias hematológicas são leucemia, linfoma e mieloma.</p><p>Estudaremos cada uma dessas patologias a seguir.</p><p>Leucemias</p><p>As leucemias abrangem um grupo de cânceres hematológicos que geralmente têm início na medula</p><p>óssea e resultam em produção de um número elevado de leucócitos anormais. Essas células geralmente</p><p>são imaturas e recebem o nome de blastos ou células blásticas. Nas leucemias, o alto número de leucócitos</p><p>anormais não é capaz de combater infecções e prejudica a capacidade da medula óssea de produzir</p><p>hemácias e plaquetas.</p><p>Os sintomas podem incluir sangramento e hematomas, sensação de cansaço, febre e um risco</p><p>aumentado de contrair infecções, sintomas que ocorrem devido à falta de células sanguíneas funcionais. O</p><p>diagnóstico geralmente é feito através de amostras de sangue (hemograma) ou biópsia da medula óssea</p><p>(mielograma).</p><p>A leucemia pode ser classificada como aguda ou crônica. A leucemia crônica progride mais</p><p>lentamente que a leucemia aguda. A leucemia também é classificada como linfoide ou mieloide. Existem</p><p>quatro tipos principais de leucemia:</p><p>• Leucemia linfoide aguda (LLA);</p><p>• Leucemia mieloide aguda (LMA);</p><p>• Leucemia linfoide crônica (LLC);</p><p>• Leucemia mieloide crônica (LMC).</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>26</p><p>74</p><p>A leucemia pode ocorrer em adultos e crianças. A LLA é a forma mais comum de leucemia infantil</p><p>e a LMA é a segunda mais comum. As duas leucemias adultas mais comuns são LMA e LLC. O quadro a</p><p>seguir resume as principais características desses quatro grupos de leucemias.</p><p>Tipo de leucemia</p><p>Características</p><p>comuns</p><p>Faixa etária mais</p><p>afetada</p><p>Sinais e sintomas</p><p>Taxa de sobrevida</p><p>em 5 anos</p><p>Leucemia Linfoide</p><p>Aguda</p><p>Blastos no</p><p>esfregaço de</p><p>sangue periférico</p><p>ou aspirado de</p><p>medula óssea;</p><p>Leucometria alta,</p><p>normal ou baixa;</p><p>Anemia;</p><p>Plaquetopenia.</p><p>Crianças e adultos</p><p>jovens (53% dos</p><p>casos novos</p><p>ocorrem em</p><p>pessoas 65 anos)</p><p>Sintomas: 50% dos</p><p>pacientes são</p><p>assintomáticos</p><p>Sinais:</p><p>hepatoesplenomegalia e</p><p>linfadenopatia</p><p>BCR-ABL) para o diagnóstico de LMC, além de outras</p><p>anormalidades cromossômicas relacionadas com os subtipos de leucemia. Também pode ser</p><p>usada para orientar o tratamento e determinar o prognóstico.</p><p>• Análise molecular: analisa mutações específicas no DNA através da técnica de reação em</p><p>cadeia da polimerase (PCR). Assim como a análise citogenética, também é empregada na</p><p>detecção do cromossomo Filadélfia para o diagnóstico de LMC. Auxilia no diagnóstico dos</p><p>subtipos de leucemia, podendo também ser usada para orientar o tratamento e determinar</p><p>o prognóstico.</p><p>• Citometria de fluxo com imunofenotipagem: esta técnica realiza a classificação e contagem</p><p>de células (do sangue periférico ou da medula óssea) por marcadores específicos da superfície</p><p>celular. Permite a contagem de clones de células da linhagem linfoide para o diagnóstico de</p><p>LLC. Também é útil na identificação de certos marcadores de superfície celular para</p><p>diagnosticar subtipos de leucemia.</p><p>Além dos exames citados, testes bioquímicos também podem ser utilizados para complementar o</p><p>diagnóstico das leucemias, como testes de função hepática e renal, que muitas vezes se encontram</p><p>alterados nessas patologias.</p><p>(FGV - Politec-AP - 2022) As leucemias agudas apresentam caracteristicamente plaquetas baixas.</p><p>Assinale a opção que explicaria este achado.</p><p>A) Aumento do consumo de plaquetas pelas próprias características da doença.</p><p>B) Maior destruição plaquetária mediada pelo baço.</p><p>C) Infiltração da medula óssea pelo clone maligno.</p><p>D) Diminuição da produção de fatores de crescimento.</p><p>E) Inibição do processo de amadurecimento do megacariócito.</p><p>Comentários:</p><p>Nas leucemias agudas a medula óssea fica sobrecarregada com a produção do clone leucêmico, o que</p><p>prejudica a síntese dos outros tipos celulares, como as plaquetas. Logo, a plaquetopenia se deve à</p><p>infiltração da medula óssea pelo clone maligno.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>28</p><p>74</p><p>Gabarito: Letra C.</p><p>(FGV - Politec-AP - 2022) O diagnóstico preciso das leucemias agudas exige a avaliação morfológica das</p><p>células da medula óssea, seguida pela imunofenotipagem, análise citogenética e estudo genético-</p><p>molecular.</p><p>A técnica que estuda células dispersas em suspensão líquida e analisa a expressão de antígenos em</p><p>células individuais por meio da marcação, com um ou mais anticorpos conjugados a fluorocromos é</p><p>denominada</p><p>A) hibridação in situ por fluorescência (FISH).</p><p>B) citometria de fluxo.</p><p>C) técnica de transcrição reversa seguida de reação em cadeia da polimerase.</p><p>D) estudo das alterações cromossômicas.</p><p>E) biópsia de medula óssea.</p><p>Comentários:</p><p>O enunciado se refere à citometria de fluxo, técnica na qual a amostra é liberada em um fluxo ideal de uma</p><p>célula por vez através de um feixe de laser e a luz dispersa é característica das células e de seus</p><p>componentes. As células são frequentemente rotuladas com marcadores fluorescentes, para que a luz seja</p><p>absorvida primeiro e depois emitida em uma faixa de comprimentos de onda</p><p>Gabarito: Letra B.</p><p>Reação leucemoide benigna</p><p>O termo reação leucemoide descreve um aumento na contagem de leucócitos (leucocitose) que é</p><p>uma resposta fisiológica ao estresse ou infecção. Difere da leucemia por não ser um tipo de neoplasia</p><p>hematológica. É frequente a presença de células imaturas, como mieloblastos ou eritrócitos nucleados no</p><p>sangue periférico. Pode ser linfoide ou mieloide.</p><p>Uma leucocitose superior a 25.000 leucócitos/mm3 (mas geralmente inferior 50.000</p><p>leucócitos/mm3) com um aumento significativo dos precursores de neutrófilos é denominada reação</p><p>leucemoide. O esfregaço de sangue periférico pode mostrar mielócitos, metamielócitos, promielócitos e,</p><p>raramente, mieloblastos. No entanto, existe uma mistura de precursores de neutrófilos maduros, em</p><p>contraste com as formas imaturas normalmente vistas na leucemia aguda. Em uma reação leucemoide, a</p><p>medula óssea pode ser hipercelular, mas normalmente não demonstra alterações.</p><p>As reações leucemoides são geralmente benignas e não são perigosas por si só, embora sejam</p><p>frequentemente uma resposta a um estado de doença. Contudo, as reações leucemoides podem ser</p><p>confundidas com condições mais graves, como a LMC, sendo que ambas podem apresentar achados</p><p>idênticos no esfregaço de sangue periférico.</p><p>A presença de basofilia e o escore de fosfatase alcalina leucocitária já foram muito usados para</p><p>diferenciar a LMC de uma reação leucemoide, sendo que o escore de fosfatase alcalina leucocitária é alto</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>29</p><p>74</p><p>nas reações leucemoides, mas baixo na LMC. No entanto, atualmente realiza-se a pesquisa do</p><p>cromossomo Filadélfia, que pode ser realizada por citogenética e FISH, ou ainda a pesquisa pelo gene de</p><p>fusão BCR/ABL através da PCR.</p><p>Linfomas</p><p>O linfoma é um tipo de câncer hematológico que afeta o sistema linfático, que é composto por</p><p>linfonodos no pescoço, axilas, virilha, tórax e abdômen e é responsável por remover o excesso de líquidos</p><p>do corpo e produzir células imunes. Nessa patologia, os linfócitos anormais se multiplicam e se acumulam</p><p>nos linfonodos e em outros tecidos. Com o tempo, essas células cancerígenas prejudicam o sistema</p><p>imunológico.</p><p>Os linfomas são divididos em duas categorias: linfoma de Hodgkin e linfoma não-Hodgkin, sendo</p><p>o linfoma de Hodgkin menos comum. A maioria dos linfomas não-Hodgkin são linfomas de linfócitos B e</p><p>podem crescer rapidamente ou lentamente. Mas também existem linfomas de linfócitos T.</p><p>Mielomas</p><p>O mieloma é um câncer dos plasmócitos, que são linfócitos B ativados (produtores de anticorpos).</p><p>Essas células impedem a produção normal de anticorpos, deixando o sistema imunológico enfraquecido</p><p>e suscetível à infecção. A multiplicação das células do mieloma também interfere na produção e função</p><p>normais das hemácias e leucócitos. Esta doença afeta principalmente indivíduos na faixa etária dos 60 anos.</p><p>Normalmente, nenhum sintoma é percebido nas fases iniciais. À medida que a doença progride,</p><p>podem ocorrer dor óssea, sangramento, infecções frequentes e anemia normocítica e normocrômica.</p><p>Uma complicação do mieloma é a amiloidose (acúmulo de proteínas anormais nos tecidos).</p><p>Os plasmócitos anormais são produzidos na medula óssea, podendo viajar através da corrente</p><p>sanguínea e se acumular em vários ossos do corpo. Como o mieloma ocorre frequentemente em muitos</p><p>locais da medula óssea, é comumente chamado de mieloma múltiplo. Os sintomas do mieloma múltiplo</p><p>podem ser tratados, porém a doença é, geralmente, incurável.</p><p>Alguns testes bioquímicos podem ser empregados na avaliação do mieloma múltiplo. São indícios</p><p>de doença avançada: hipoalbuminemia, hipercalcemia e níveis elevados de desidrogenase lática (LDH).</p><p>Também é comum a detecção de níveis elevados de creatinina, uma vez que estes pacientes normalmente</p><p>apresentam função renal prejudicada.</p><p>No esfregaço sanguíneo, as altas concentrações de imunoglobulinas monoclonais</p><p>(hiperparaproteinemia) favorecem o surgimento de roleaux (empilhamento) de hemácias.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>30</p><p>74</p><p>Discrasias plasmocitárias são cânceres?</p><p>As discrasias plasmocitárias se referem a um espectro de gamopatias monoclonais nas</p><p>quais um clone - ou múltiplos clones - de plasmócitos pré-malignos ou malignos</p><p>superproduzem e secretam na corrente sanguínea um anticorpo monoclonal anormal</p><p>(por vezes chamado de proteína do mieloma), ou uma fração deste, que pode ser</p><p>detectado no sangue ou na urina.</p><p>O espectro das discrasias plasmocitárias pode variar desde um distúrbio assintomático,</p><p>definido como gamopatia monoclonal de significado indeterminado</p><p>(GMSI ou MGUS -</p><p>do inglês monoclonal gammopathy of undetermined significance) até casos de</p><p>malignidades hematológicas, como o mieloma múltiplo e a macroglobulinemia de</p><p>Waldenström. Sendo que estes quadros malignos se desenvolvem, na maioria das vezes,</p><p>a partir de precursores GMSI.</p><p>(INSTITUTO AOCP - Prefeitura de João Pessoa - PB - 2021) A Organização Mundial da Saúde (OMS)</p><p>classifica os tumores dos tecidos hematopoéticos e linfoide, sugerindo, dentro do ponto de vista</p><p>diagnóstico, três parâmetros. Assinale a alternativa que apresenta esses parâmetros corretamente.</p><p>A) Anemia, trombocitopenia e neutropenia.</p><p>B) Morfológico, fenotípico e genotípico.</p><p>C) Equimoses, petéquias e sangramento das mucosas.</p><p>D) Blastos, mieloblastos e linfoblastos.</p><p>E) Mieloide, mielodisplasia e mieloesclerose.</p><p>Comentários:</p><p>A OMS classifica os tumores dos tecidos hematopoéticos e linfoide pelos parâmetros morfológico,</p><p>fenotípico e genotípico.</p><p>Gabarito: Letra B.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>31</p><p>74</p><p>(Fundação Aroeira - Pref. Taquaral de Goiás/GO - 2019) A leucemia mieloide crônica (LMC) é uma</p><p>neoplasia hematológica caracterizada como uma doença proliferativa do sistema hematopoiético, na</p><p>qual ocorre expansão clonal de uma célula-tronco pluripotente ou stem cell. A respeito das</p><p>características da LMC e seu diagnóstico laboratorial, assinale a alternativa CORRETA:</p><p>A) A LMC apresenta maior frequência em adultos, com faixa etária entre 20 e 40 anos, principalmente do</p><p>sexo feminino. Entretanto, pode acometer indivíduos de todas as faixas etárias, com menos de 10% dos</p><p>casos de pacientes com até 10 anos de idade.</p><p>B) Em aproximadamente 50% dos casos, há expressão do cromossomo Filadélfia, produto de uma</p><p>translocação recíproca dos braços curtos dos cromossomos 9 e 22, dando origem ao gene quimérico BCR-</p><p>ABL. Nessa translocação, há a associação do gene c -ABL (Abelson murine leukemia) no cromossomo 9 com</p><p>uma porção do gene BCR (breakpoint cluster region) do cromossomo 22, t(9;22)(q34;q11), gerando a</p><p>expressão e consequente tradução de uma oncoproteína com atividade tirosina-quinase aumentada,</p><p>p210BCR-ABL, que é característica dos pacientes com LMC.</p><p>C) Em estágios iniciais da doença (LMC), os primeiros aspectos observados no sangue periférico são o</p><p>aumento de basófilos, monócitos e neutrófilos, acompanhados de trombocitopenia e baixo escore de</p><p>fosfatase alcalina leucocitária (LAP). Após, ocorre o aumento do total de leucócitos e começam a surgir</p><p>células imaturas. Em alguns pacientes, há alterações cíclicas na contagem de leucócitos em intervalos de 50</p><p>a 120 dias, com uma fase de níveis leucêmicos e uma fase de níveis normais. Nas fases iniciais, há</p><p>necessidade de estabelecer diagnóstico diferencial entre LMC, neutrofilia reacional e outros tipos de</p><p>leucemias mieloides.</p><p>D) Para confirmação diagnóstica e monitoração do tratamento, são utilizadas as análises citogenéticas e</p><p>moleculares. Em cerca de 90% a 95% dos casos de LMC, há presença do cromossomo Filadélfia. A presença</p><p>do cromossomo ou de seu transcrito BCR-ABL determina o diagnóstico da doença. Na monitoração da</p><p>resposta citogenética, podem-se citar as técnicas de cariótipo medular e hibridização in situ por</p><p>fluorescência (FISH).</p><p>Comentários:</p><p>Esta questão é muito difícil, pois cobra aspectos muito específicos da leucemia mieloide crônica (LMC). Para</p><p>ficar mais fácil de entender, vou reescrever todas as alternativas substituindo e destacando os trechos que</p><p>estão errados.</p><p>Letra A: errada. A LCM apresenta maior frequência em adultos, com faixa etária entre 40 e 60 anos,</p><p>principalmente do sexo masculino. Entretanto, pode acometer indivíduos de todas as faixas etárias, com</p><p>menos de 10% dos casos de pacientes com até 20 anos.</p><p>Letra B: errada. Em aproximadamente 90% a 95% dos casos, há expressão do cromossomo Filadélfia,</p><p>produto de uma translocação recíproca dos braços longos dos cromossomos 9 e 22, dando origem ao gene</p><p>quimérico BCR-ABL.</p><p>Letra C: errada. Em estágios iniciais da doença, os primeiros aspectos observados no sangue periférico são</p><p>o aumento de basófilos, trombocitose e um baixo escore de fosfatase alcalina leucocitária (LAP). Após,</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>32</p><p>74</p><p>==1365fc==</p><p>ocorre o aumento do total de leucócitos, de neutrófilos e começam a surgir células imaturas. Em alguns</p><p>pacientes, há alterações cíclicas na contagem de leucócitos em intervalos de 50 a 70 dias, com uma fase de</p><p>níveis leucêmicos e uma fase de níveis normais.</p><p>Letra D: correta. Análises citogenéticas e moleculares (cariótipo de medula e FISH) são utilizadas tanto no</p><p>diagnóstico quanto na monitoração de pacientes com LMC. O cromossomo Filadélfia é um achado comum</p><p>neste tipo de leucemia. Este é o nosso gabarito.</p><p>(Gestão de Concursos - Pref. Pará de Minas/MG - 2018) A reação leucemoide benigna é uma condição</p><p>de leucocitose reacional excessiva, geralmente de origem mieloide, que representa uma resposta</p><p>exacerbada da medula óssea frente a uma condição patológica. Nessas situações, a contagem de</p><p>leucócitos pode estar acima de 50.000/mm3, com presença de grande quantidade de células imaturas.</p><p>Essa reação pode produzir quadro clínico semelhante à leucemia mieloide crônica, o que pode dificultar</p><p>o diagnóstico clínico laboratorial.</p><p>Com relação a essas duas situações clínicas, leucocitose reacional excessiva e leucemia mieloide</p><p>crônica, assinale a alternativa CORRETA</p><p>A) O achado corpos de Dohle nos leucócitos, que são inclusões citoplasmáticas basófilas de RNA</p><p>desnaturado no citoplasma, é condição específica na leucemia mieloide crônica.</p><p>B) Grande quantidade de leucócitos em crianças geralmente associa-se a condições malignas,</p><p>correlacionando-se com quadros de leucemia mieloide crônica.</p><p>C) A presença de eosinofilia, basofilia e trombocitose facilita a diferenciação entre os quadros clínicos, já</p><p>que, em reações leucemoides benignas, geralmente, a neutrofilia é mais característica.</p><p>D) Na leucemia mieloide crônica, o número de blastos e promielócitos excede o número de neutrófilos e</p><p>mielócitos.</p><p>Comentários:</p><p>Letra A: errada. Os corpos de Dohle são inclusões citoplasmáticas azul-acinzentadas formadas pelo</p><p>empilhamento de retículo endoplasmático e grânulos de glicogênio. São encontrados na maturação</p><p>acelerada do neutrófilo em infecções, inflamação, queimaduras, síndromes mielodisplásicas e tratamento</p><p>com drogas citotóxicas.</p><p>Letra B: errada. A leucocitose em crianças também pode ser devida a uma resposta fisiológica a uma</p><p>infecção, quadro conhecido como reação leucemoide benigna.</p><p>Letra C: correta. A neutrofilia é um achado comum nas reações leucemoides benignas, ao contrário da</p><p>eosinofilia, basofilia e trombocitose. Este é o nosso gabarito.</p><p>Letra D: errada. Nas leucemias crônicas há um predomínio de células mais maduras (como neutrófilos e</p><p>mielócitos) em comparação com as células mais imaturas (como promielócitos e blastos). É o chamado</p><p>desvio à esquerda escalonado.</p><p>Ana Cristina dos Santos Lopes</p><p>Aula 10</p><p>Análises Clínicas p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>33</p><p>74</p><p>Coagulopatias e trombose</p><p>As coagulopatias (ou distúrbios hemorrágicos) são distúrbios da coagulação sanguínea, ou seja,</p><p>transtornos nos quais a capacidade do sangue de coagular está prejudicada. Essas condições podem causar</p><p>uma tendência a sangramento prolongado ou excessivo (hemorragia), que pode ocorrer espontaneamente</p><p>ou após uma lesão. Por outro lado, a trombofilia é uma predisposição para a formação de coágulos</p><p>(trombos), podendo causar trombose.</p><p>Na coagulação normal, as plaquetas se unem e formam um tampão no local de um vaso sanguíneo</p><p>lesionado. Os fatores de coagulação interagem</p>