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<p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>Autor:</p><p>Rafaela Gomes</p><p>17 de Abril de 2023</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>Apresentação da aula ............................................................................................................. 4</p><p>Farmacologia e Farmacoterapia do Diabetes Mellitus ........................................................... 6</p><p>Diabetes .............................................................................................................................. 6</p><p>Insulinoterapia ................................................................................................................... 11</p><p>Classificação das Insulinas (Katzung) ............................................................................. 12</p><p>Insulinas ultrarrápidas .................................................................................................... 12</p><p>Insulina rápida ................................................................................................................ 13</p><p>Insulina intermediária ..................................................................................................... 13</p><p>Insulinas de longa duração ............................................................................................ 14</p><p>Classificação das Insulinas (Goodman) .......................................................................... 16</p><p>Hipoglicemiantes orais e injetáveis ................................................................................... 16</p><p>Sulfonilureias .................................................................................................................. 17</p><p>Não sulfonilureias .......................................................................................................... 19</p><p>Biguanidas ..................................................................................................................... 20</p><p>Tiazolidinedionas ........................................................................................................... 22</p><p>Inibidores da alfa-glicosidase ........................................................................................ 24</p><p>Agonistas do receptor de GLP-1 ................................................................................... 26</p><p>Inibidores da DPP-4 ....................................................................................................... 27</p><p>Inibidores do SGLT2 ...................................................................................................... 28</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2</p><p>Análogos da amilina ...................................................................................................... 29</p><p>Sequestradores de ácidos biliares ................................................................................. 29</p><p>Agonistas da dopamina ................................................................................................. 30</p><p>Tireoide e Fármacos antitireoidianos ................................................................................... 33</p><p>Tireoide ............................................................................................................................. 33</p><p>Síntese dos hormônios tireoidianos .............................................................................. 34</p><p>Metabolismo e Transporte ............................................................................................ 36</p><p>Efeitos dos hormônios tireoidianos ............................................................................... 36</p><p>Distúrbios da Tireoide ................................................................................................... 37</p><p>Principais fármacos empregados nos distúrbios da tireoide ............................................ 40</p><p>Tratamento do Hipotireoidismo .................................................................................... 40</p><p>Tratamento do Hipertireoidismo ................................................................................... 42</p><p>Farmacologia e Farmacoterapia da Homeostasia do Mineral Ósseo .................................. 48</p><p>Homeostasia do Mineral Ósseo ........................................................................................ 48</p><p>Remodelagem óssea ..................................................................................................... 48</p><p>Paratormônio (PTH) ....................................................................................................... 50</p><p>Vitamina D (PTH) ............................................................................................................ 51</p><p>Fator de Crescimento dos Fibroblastos 23 (FGF23) ...................................................... 52</p><p>Distúrbios da Homeostasia do Mineral Ósseo .............................................................. 53</p><p>Principais Fármacos que atuam na Homeostasia do Mineral Ósseo ................................ 55</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3</p><p>Bifosfonatos ................................................................................................................... 55</p><p>Moduladores Seletivos dos Receptores de Estrogênio ................................................. 57</p><p>Hormônios ..................................................................................................................... 57</p><p>Anticorpo monoclonal/Inibidor do ligante RANK (RANKL) ........................................... 58</p><p>Calcimiméticos .............................................................................................................. 58</p><p>Considerações Finais ........................................................................................................ 61</p><p>Lista de Questões ................................................................................................................. 62</p><p>GABARITO ............................................................................................................................ 73</p><p>Questões Comentadas ......................................................................................................... 74</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4</p><p>APRESENTAÇÃO DA AULA</p><p>Olá caros alunos!</p><p>Chegamos a mais uma aula do nosso curso e espero que todos tenham gostado do</p><p>conteúdo preparado com carinho para vocês. Vamos em frente!</p><p>Na presente aula, iremos abordar os temas de Farmacologia Sistema Endócrino.</p><p>Prezados, nesta aula iremos abordar temas que figuram dentro do contexto do Sistema</p><p>Endócrino na maioria dos livros de Farmacologia. Este conteúdo é não extensamente</p><p>cobrado em provas de concursos públicos e quando são cobrados, em geral, as questões</p><p>abordam a insulinoterapia ou hipoglicemiantes orais. Contudo, também trouxe o conteúdo</p><p>de Farmacologia e Farmacoterapia da Tireoide e da Homeostasia do Mineral Ósseo. Estes</p><p>últimos temas encontrei número reduzido de questões.</p><p>A ideia é começarmos cada subitem relembrando alguns conceitos básicos da</p><p>matéria, trabalhando com imagens e esquemas que nos ajudarão a compreender melhor o</p><p>conteúdo aqui abordado. Vale ressaltar, que o conteúdo é muito extenso, assim como nas</p><p>demais aulas de Farmacologia. Entretanto, não precisa ficar preocupado pois trouxe o que</p><p>pode ser cobrado na sua prova de forma objetiva e simples.</p><p>Nas aulas dos blocos de Farmacologia, iremos abordar muitos conceitos, classes de</p><p>fármacos que, por vezes, vão requerer memorização. Uma primeira dica que dou para vocês</p><p>é: leiam com atenção e na segunda leitura façam a marcação dos pontos mais importantes</p><p>de cada</p><p>Os principais sintomas do hipertireoidismo são:</p><p>§ Perda de peso</p><p>§ Aumento da frequência cardíaca</p><p>§ Insônia</p><p>§ Intolerância ao calor ou sudorese excessiva</p><p>§ Diarreia</p><p>§ Hiperatividade</p><p>§ Irritabilidade</p><p>§ Olhos inchados – “saltados”</p><p>Principais fármacos empregados nos distúrbios da tireoide</p><p>Tratamento do Hipotireoidismo</p><p>O tratamento do hipotireoidismo baseia-se na terapia com preparações dos</p><p>hormônios tireoidianos. Dentre os diferentes tipos de hipotireoidismo, a única exceção cujo</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>41</p><p>tratamento não é realizado com hormônio é o hipotireoidismo induzido por fármacos. Neste</p><p>caso, a terapia se baseia na retirada do fármaco.</p><p>O fármaco empregado é a levotiroxina, hormônio sintético estruturalmente idêntico</p><p>a tiroxina endógena. Mas professora, porque escolher a tiroxina (T4) em vez do T3 que</p><p>apresenta maior atividade? Além da T4 apresenta maior tempo de meia-vida, fato que</p><p>permite a administração única diária da levotiroxina, a maior parte do hormônio tireoidiano</p><p>no organismo está presente na forma de T4 que pode ser convertido a T3. Portanto, como</p><p>o objetivo da terapia é normalizar a função tireoidiana, a tiroxina é a melhor escolha para o</p><p>tratamento.</p><p>Como dito anteriormente a levotiroxina é administrada uma única vez ao dia, o</p><p>recomendado é que seja utilizada em jejum pela manhã, cerca de uma hora antes da</p><p>primeira refeição. Esta recomendação visa evitar qualquer tipo de interação com alimento,</p><p>pois a interação da levotiroxina com alimentos pode comprometer sua absorção.</p><p>Vale ressaltar que a levotiroxina interage também com diversos fármacos que</p><p>podem alterar sua absorção, metabolismo e depuração. Sendo assim, os níveis e TSH, T4 e</p><p>T3 devem ser monitorados com certa periodicidade para garantir o sucesso da terapia.</p><p>Não esqueçam que a tireoide armazena o hormônio pronto, portanto, após o início</p><p>do tratamento com a levotiroxina deve-se esperar cerca e 6 a 8 semanas para avaliar se os</p><p>níveis séricos dos hormônios tireoidianos alcançaram o estado de equilíbrio. O ajuste da</p><p>dose é complexo e deve ser realizado de forma lenta, pois depende de fatores individuais</p><p>(peso, metabolismo e outros).</p><p>A dose deve ser ajustada com cautela em pacientes idosos e também em indivíduos</p><p>com problemas cardíacos. O tecido cardíaco é muito sensível aos níveis de tiroxina</p><p>circulante, podendo gerar arritmias e angina de peito. Neste caso, a recomendação é</p><p>interromper o uso ou alterar de forma imediata a dose.</p><p>Outra condição que pode requerer ajuste de dose de levotiroxina é a gravidez.</p><p>Durante a gestação, ocorre aumento da TBG, possivelmente esta alteração é responsável</p><p>pela necessidade do aumento de dose da levotiroxina em grávidas com hipotireoidismo.</p><p>As interações medicamentosas da levotiroxina podem gerar alterações nos níveis</p><p>de TSH apesar do uso adequado do tratamento. Vamos avaliar as principais interações, pois</p><p>se aparecer na prova, estaremos preparados ;)</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>42</p><p>As principais interações são:</p><p>§ Interações que comprometem a absorção intestinal da levotiroxina – antiácidos,</p><p>resinas de colestiramina, sucralfato, hidróxido de alumínio e suplementos de ferro</p><p>e cálcio.</p><p>§ Interações que comprometem o metabolismo da levotiroxina – indutores</p><p>hepáticos como a fenitoína, rifampicina, e carbamazepina aumentam o</p><p>metabolismo da levotiroxina. Neste caso, pode ser necessário aumento de dose</p><p>da levotiroxina.</p><p>§ levotiroxina + digoxina – a levotiroxina pode aumentar os níveis da digoxina,</p><p>podendo gerar intoxicação digitálica.</p><p>§ levotiroxina + hipoglicemiantes orais – a levotiroxina pode diminuir os efeitos dos</p><p>hipoglicemiantes orais.</p><p>§ levotiroxina + anticoagulantes – a levotiroxina potencializa os efeitos dos</p><p>anticoagulantes. Tal efeito parece estar relacionado ao aumento do metabolismo</p><p>de fatores de coagulação dependentes de vitamina K. Sendo assim, pacientes em</p><p>uso de anticoagulantes necessitam de monitorização cautelosas dos parâmetros</p><p>durante o início da terapia com a levotiroxina para evitar o risco de sangramento.</p><p>§ levotiroxina + contraceptivos orais (contendo estrogênios) – os estrogênios geram</p><p>aumento dos níveis de TBG (proteína de ligação de tireoglobulina), reduzindo os</p><p>níveis de hormônio livre. Portanto, pode ser necessário ajuste de dose.</p><p>Tratamento do Hipertireoidismo</p><p>Tioamidas</p><p>As tioamidas são os principais fármacos empregados no tratamento do</p><p>hipertireoidismo. Os fármacos atuam diretamente sobre a produção dos hormônios</p><p>tireoidianos. Os principais representantes da classe das tioamidas são o metimazol e</p><p>propiltiouracila.</p><p>O mecanismo de ação da classe se baseia principalmente em bloquear a síntese dos</p><p>hormônios tireoidianos, através do bloqueio das reações mediadas pela TPO</p><p>(tireoperoxidase), inibindo o processo de organificação do iodo. Além disso, as tioamidas</p><p>também impedem as reações de acoplamento entre iodotironinas.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>43</p><p>As tioamidas competem com a tireoglobulina pela forma reativa do iodeto. A etapa</p><p>da organificação é essencial no processo de acoplamento dos precursores dos hormônios</p><p>tireoidianos.</p><p>Lembrem-se que a tireoide armazena os hormônios na forma de coloide. Portanto,</p><p>como as tioamidas só interferem no processo de síntese, mas não na liberação dos</p><p>hormônios, os efeitos dos fármacos só serão observados cerca de 6 semanas após o início</p><p>do tratamento.</p><p>O tratamento pode acarretar no aparecimento de bócio, inclusive alguns autores</p><p>consideram as tioamidas como fármacos bociógenos. Tal efeito é consequência da redução</p><p>dos níveis de hormônios causada pelos fármacos. A partir da redução dos hormônios, o</p><p>sistema de retroalimentação que envolve o eixo hipotálamo-hipófise vai aumentar a</p><p>secreção de TSH com objetivo de restabelecer a homeostasia tireoidiana.</p><p>Contudo, os altos níveis de TSH não aumentam a produção de hormônios</p><p>tireoidianos. Sendo assim, ocorre hipertrofia da glândula em função da hiperestimulação do</p><p>TSH, formando o bócio.</p><p>O metimazol é rapidamente absorvido, acumulando-se na tireoide. O metimazol</p><p>pode ser administrado em dose única diária. Em geral, o metimazol é o fármaco de escolha</p><p>para o tratamento da tireotoxicose. Entretanto, em algumas situações específicas que citarei</p><p>a seguir, a melhor escolha é propiltiouracila.</p><p>Em caso de tempestade tireoidiana, onde ocorre liberação muito exacerbada dos</p><p>hormônios tireoidianos, o fármaco indicado é a propiltiouracila, pois possui capacidade</p><p>adicional de bloquear a conversão periférica.</p><p>Além disso, a propiltiouracila é o fármaco de escolha na gravidez, pois parece ser</p><p>mais seguro. As tioamidas tem capacidade de atravessar a barreira placentária,</p><p>concentrando-se na tireoide do feto. Tal fato pode gerar hipertireoidismo fetal, entretanto,</p><p>a propiltiouracila tem menor facilidade em atravessar a barreira. Portanto, é mais indicada</p><p>para uso durante a gestação.</p><p>A propiltiouracila é o protótipo da classe com capacidade adicional de inibir a</p><p>conversão periférica de T3 em T4. Vale destacar que o metimazol atua apenas através dos</p><p>demais mecanismos de ação explicitados anteriormente. A propiltiouracila por apresentar</p><p>tempo de meia-vida mais curta deve ser administrada três vezes ao dia.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>44</p><p>A propiltiouracila pode gerar redução dos níveis de protrombina, gerando</p><p>hipotrombinemia e aumentando o risco de sangramento. Em geral, as tioamidas são bem</p><p>toleradas, mas podem apresentar efeitos adversos como:</p><p>§ Exantema pruriginoso – geralmente no início do tratamento,</p><p>pode ocorrer</p><p>remissão espontânea;</p><p>§ Artralgias – famosa “dor nas juntas”, motivo comum para interrupção do</p><p>tratamento;</p><p>§ Agranulocitose – raro</p><p>§ Hepatoxicidade – raro</p><p>As tioamidas são efetivas no tratamento do hipertireoidismo, grande parte dos</p><p>pacientes alcançam o equilíbrio tireoidiano em até 1 ano de tratamento. O equilíbrio é</p><p>mantido mesmo após a suspenção do medicamento. Os indivíduos que não obtém sucesso</p><p>terapêutico com as tioamidas, desenvolvendo hipertireoidismo resistente, podem ter que</p><p>recorrer a outras alternativas como iodeto radioativo ou intervenção cirúrgica.</p><p>As principais interações das tioamidas são:</p><p>§ tioamidas + teofilina – aumentam o metabolismo da teofilina, pode ser necessário</p><p>ajuste de dose.</p><p>§ metimazol + eritromicina – inibe o metabolismo da eritromicina, aumentando seu</p><p>efeito.</p><p>§ carbimazol – é hepatotóxico, seu uso em combinação com outros fármacos</p><p>hepatotóxicos deve ser evitado.</p><p>§ metimazol + corticosteroides – aumenta o metabolismo dos corticosteroides,</p><p>pode ser necessário aumento da dose.</p><p>§ carbimazol + digoxina – reduz os níveis de digoxina.</p><p>Inibidores Aniônicos</p><p>Os inibidores aniônicos são ânions monovalentes que podem ser empregados para</p><p>inibir a captação de iodeto pela glândula. Os íons empregados são: perclorato (CIO4</p><p>-),</p><p>pertecnetato (TcO4</p><p>-) e o tiocianato (SCN-). O uso do perclorato na clínica é muito raro.</p><p>Os inibidores aniônicos bloqueiam a captação do iodeto de forma competitiva.</p><p>Sendo assim, o aumento dos níveis de iodeto pode reverter seu efeito. Portanto, seu efeito</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>45</p><p>é limitado nos tipos de hipertireoidismo associados à altos níveis de iodeto, como no caso</p><p>do hipertireoidismo causado por amiodarona.</p><p>Iodetos</p><p>Os iodetos eram amplamente empregados no tratamento tireotoxicose antes do</p><p>surgimento das tioamidas. Atualmente, não são tão empregados. Na prática clínica, o iodeto</p><p>é captado pela glândula e em altas doses exerce o efeito de reduzir a produção dos</p><p>hormônios.</p><p>Os iodetos também inibem a organificação e reduzem a vascularidade da tireoide,</p><p>podendo ser empregado como terapia adjuvante antes do processo cirúrgico de retirada</p><p>parcial ou total da glândula. Vale destacar, que fora o emprego citado, não apresenta</p><p>utilidade no tratamento do hipertireoidismo a longo prazo.</p><p>Iodo radioativo</p><p>Na prática clínica podem ser empregados dois isótopos radioativos (I311 e I123). O</p><p>iodo radioativo é captado pela glândula e em função da sua capacidade de emitir células ß</p><p>tóxicas gera destruição da glândula. O uso deve ser cauteloso para não gerar</p><p>hipotireoidismo e destruição total da tireoide.</p><p>O uso pode ser indicado em caso de hipertireoidismo no qual se deseja evitar a</p><p>abordagem cirúrgica. Contudo, como dito anteriormente o efeito é imprevisível e deve ser</p><p>empregado com cautela.</p><p>Terapia Adjuvante</p><p>Alguns fármacos podem ser empregados como terapia adjuvante para o tratamento</p><p>dos sintomas gerados pela tireotoxicose. Neste caso, podemos citar os fármacos</p><p>betabloqueadores que atuam bloqueando os efeitos simpaticomiméticos como taquicardia,</p><p>palpitações e tremores. Os betabloqueadores geralmente empregados são: propranolol e</p><p>atenolol. Vale destacar que o propranolol parece inibir a conversão periférica de T4 em T3.</p><p>Outro exemplo de fármacos que podem ser empregados são os bloqueadores de</p><p>canal de cálcio (diltiazem e verapamil) que controlam a taquicardia e podem ser utilizados</p><p>como alternativa aos betabloqueadores.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>46</p><p>(GSA CONCURSOS – Prefeitura de Abelardo Luz-SC - 2020) Considerando os fármacos</p><p>utilizados em doenças da tireoide, marque V para verdadeiro e F para falso, e em seguida</p><p>assinale a alternativa correta:</p><p>( ) A tiroxina (levotiroxina sódica) é o hormônio de escolha para a terapia de reposição com</p><p>hormônios tireoidianos, em virtude da potência uniforme e da duração de ação prolongada.</p><p>( ) A absorção oral da levotiroxina é variável e incompleta, com absorção de 50 a 80% da</p><p>dose. A absorção aumenta ligeiramente quando o hormônio é ingerido estando o</p><p>estômago vazio.</p><p>( ) Betabloqueadores são empregados paliativamente no tratamento de hipertireoidismo,</p><p>visando melhorar mais rapidamente, sintomas adrenérgicos, como taquicardia, tremor e</p><p>ansiedade.</p><p>( ) Fármacos antitireoidianos são empregados no tratamento de hiperfunção da tireoide</p><p>(hipertireoidismo). Pertencem ao grupo das tionamidas, sendo o propiltiouracil o único</p><p>representante em uso clínico atualmente.</p><p>( ) Devido a meia-vida prolongada da levotiroxina (7 dias), a reavaliação com determinação</p><p>das concentrações séricas de TSH após ajuste da dosagem prescrita não deve se efetuada</p><p>a intervalos menores de 6 a 8 semanas.</p><p>a) V, V, F, F, V.</p><p>b) V, V, F, F, F.</p><p>c) V, F, V, V, V.</p><p>d) V, V, V, F, V</p><p>e) F, V, F, V, F.</p><p>Comentários:</p><p>A primeira afirmativa é verdadeira. A levotiroxina é o fármaco de escolha para o tratamento</p><p>do hipotireoidismo, no qual é necessário realizar terapia de reposição hormonal. Neste caso,</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>47</p><p>apesar de apresentar menor potência que T3, a levotiroxina (T4) é escolhida, pois tem</p><p>potência uniforme e maior tempo de meia-vida. Sendo assim, tem maior duração e também</p><p>pode ser convertida em T3, através do processo de conversão periférica.</p><p>A segunda afirmativa é verdadeira. A absorção da levotiroxina é variável podendo variar</p><p>entre 50 a 80 %. Além disso, é recomendado que seja administrada em jejum para evitar</p><p>interação com alimento que possa prejudicar sua absorção.</p><p>A terceira afirmativa é verdadeira. Os fármacos betabloqueadores podem ser empregados</p><p>como terapia adjuvante no tratamento do hipertireoidismo para tratar os efeitos simpáticos</p><p>como taquicardia, tremor e ansiedade.</p><p>A quarta afirmativa é falsa. O grupo das tioamidas ou tionamidas pode ser empregado no</p><p>tratamento do hipertireoidismo. A classe de fármaco bloqueia a síntese dos hormônios</p><p>tireoidianos, impedindo o processo da organificação que discutimos na aula. Contudo a</p><p>propiltiouracila não é o único representante da classe e inclusive este só empregado em</p><p>alguns casos particulares. O metimazol é outro representante da classe.</p><p>A quinta afirmativa é verdadeira. A reavaliação dos hormônios tireoidianos deve ser</p><p>realizada cerca de 6 a 8 semanas após o início do tratamento com a levotiroxina, devido ao</p><p>longo tempo de meia-vida.</p><p>Portanto, a alternativa correta é a letra D.</p><p>(Prefeitura de Rio de Janeiro-RJ - 2019) São dados laboratoriais obtidos em amostras de</p><p>pessoas com hipotireoidismo: _____ aumentado(a) e _____ reduzido(a) no sangue. Assinale</p><p>a alternativa que completa correta e respectivamente as lacunas.</p><p>a) Hormônio estimulador da tireoide / tiroxina</p><p>b) Hormônio estimulador da tireoide / triiodotironina</p><p>c) Tetraiodotironina / triiodotironina</p><p>d) Triiodotironina / tiroxina</p><p>e) Tiroxina / hormônio estimulador da tireoide</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa correta é A. Bom pessoal, no hipotireoidismo temos aumento do hormônio</p><p>estimulante da tireoide em função dos baixo níveis séricos de hormônios tireoidianos (</p><p>triiodotironina e tetraiodotironina – tiroxina).</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>48</p><p>FARMACOLOGIA E FARMACOTERAPIA DA</p><p>HOMEOSTASIA DO MINERAL ÓSSEO</p><p>Homeostasia do Mineral Ósseo</p><p>Os ossos do corpo humano desempenham diversas funções, não apenas fornecem</p><p>a sustentação estrutural do corpo, como também proteção aos órgãos internos. Além disso,</p><p>proporcionam espaço para hematopoese (ou hematopoiese – processo de</p><p>formação/maturação</p><p>das células sanguíneas a partir das células tronco armazenadas na</p><p>medula óssea) e armazenam minerais. O osso é constituído por componentes orgânicos,</p><p>como os osteoblastos e osteoclastos, e por componentes inorgânicos que são minerais.</p><p>O cálcio e o fosfato são os principais minerais que constituem o osso. Vale ressaltar</p><p>que estes componentes também desempenham outras funções no organismo, portanto,</p><p>existem mecanismos para manter a homeostasia do cálcio e do fosfato. Neste contexto,</p><p>destaco a importância de fatores que atuam como reguladores da homeostasia mineral</p><p>óssea (cálcio e fosfato) e consequentemente tem efeito sobre a remodelagem óssea.</p><p>O esqueleto humano (ossos) sofre processo contínuo de remodelagem ao</p><p>longo dos anos, trata-se de equilíbrio entre a reabsorção óssea e a formação</p><p>óssea. O desequilíbrio deste processo pode acarretar em distúrbios da</p><p>homeostasia do mineral ósseo como a osteoporose.</p><p>Remodelagem óssea</p><p>O processo de remodelagem óssea engloba a reabsorção e a formação óssea, ambos</p><p>processos se encontram em equilíbrio pela ação de diversos fatores e pela interação entre</p><p>os compostos orgânicos (osteoblastos e osteoclastos). Os fatores como PTH e fator</p><p>transformador de crescimento ß (TGF- ß) estimulam os precursores de osteoblastos a</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>49</p><p>expressarem o ligante do receptor para ativação do fator nuclear kß (RANKL). O RANKL,</p><p>por sua vez, interage com receptor RANK expresso na superfície dos precursores de</p><p>osteoclastos. Tal interação combinada com o fator de estimulação de colônia de</p><p>macrófagos (MCSF) estimulam a diferenciação dos precursores de osteoclastos em</p><p>osteoclastos maduros.</p><p>Os osteoclastos maduros são responsáveis por reabsorver a matriz óssea e liberam</p><p>fatores como TGF- ß e citocinas. Estes fatores quando liberados induzem a diferenciação</p><p>de precursores de osteoblastos em osteoblastos maduros que são responsáveis pela</p><p>formação óssea, preenchem as cavidades produzidas pelos osteoclastos.</p><p>Figura 5: Processo de remodelagem óssea - interação entre osteoblastos e osteoclastos. Adaptado de</p><p>Golan, 2014.</p><p>Dentre os principais fatores envolvidos na homeostasia do cálcio e do fosfato</p><p>podemos citar: o paratormônio (PTH), vitamina D e o fator de crescimento de fibroblastos</p><p>23 (FGF23). Vamos abordá-los para facilitar a compreensão do processo de remodelagem</p><p>óssea e compreender o mecanismo de ação dos fármacos.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>50</p><p>Paratormônio (PTH)</p><p>O paratormônio (PTH) é produzido pelas glândulas paratireoides. Neste caso, o</p><p>mecanismo de secreção é regulado pela concentração sanguínea de cálcio. Sendo assim,</p><p>altos níveis plasmáticos de cálcio reduzem a produção e liberação de PTH pelas glândulas.</p><p>Tal regulação envolve a interação do cálcio extracelular com receptores sensores de cálcio</p><p>(CaSR) presentes na membrana das células da paratireoide, que por sua vez, aumentam os</p><p>níveis de cálcio intracelular reduzindo a secreção de PTH.</p><p>O PTH atua sobre três órgão principais: rim, osso e intestino. O efeito global gerado</p><p>é de aumento da concentração plasmática do cálcio. Nos rins, o PTH reduz a excreção de</p><p>cálcio e aumenta a excreção do fosfato. Além disso, também estimula a produção do</p><p>calcitriol, através da conversão enzimática de 25-hidroxivitamina D3 em 1,25 di-</p><p>hidroxivitamina D3 (calcitriol). O calcitriol, por sua vez, aumenta a absorção intestinal de</p><p>cálcio e fosfato.</p><p>A absorção do cálcio da dieta ocorre no intestino através de transporte</p><p>facilitado ao longo do intestino delgado e também por transporte ativo</p><p>(duodeno). O transporte ativo é dependente de calcitriol, que sintetiza a</p><p>proteína ligante de cálcio envolvida no mecanismo de transporte ativo.</p><p>O PTH em níveis fisiológicos atua nos ossos aumentando o processo de reabsorção</p><p>óssea e, por conseguinte, aumenta os níveis séricos de cálcio (liberado no processo de</p><p>reabsorção óssea). O hormônio atua diretamente sobre os osteoblastos estimulando a a</p><p>expressão de RANKL pelos precursores de osteoblastos. O RANKL funciona como fator que</p><p>estimula a diferenciação dos osteoclastos que são responsáveis pela reabsorção óssea</p><p>(efeito indireto do PTH).</p><p>Por último, destaco que a administração intermitente de PTH pode gerar ação</p><p>anabólica sobre o osso, aumentando a formação óssea. Tal efeito está relacionado ao</p><p>estímulo da diferenciação de precursores de osteoblastos em osteoblastos maduros e no</p><p>aumento da sobrevida dos osteoblastos.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>51</p><p>Vitamina D</p><p>A vitamina D é obtida na pele através de reação não enzimática, dependente da luz</p><p>ultravioleta, a partir do 7-desidrocolesterol. Vale ressaltar que a denominação Vitamina D</p><p>está relacionada tanto a Vitamina D3 (colecalciferol) quanto a Vitamina D2 (ergocalciferol),</p><p>forma derivada de vegetais), ambas presentes em alimentos e suplementos.</p><p>A vitamina D é importante, pois atua em diversa funções no organismo. Os</p><p>níveis de vitamina D comumente são investigados nos exames de sangue.</p><p>A sua produção depende do indivíduo “pegar sol” com regularidade, pois</p><p>a reação de formação da vitamina D depende da luz ultravioleta. Em caso</p><p>de deficiência ou insuficiência é necessária suplementação.</p><p>A vitamina D é inicialmente metabolizada no fígado gerando a 25-hidroxivitamina</p><p>D3 (calcifediol). Contudo, pode ser convertida a 1,25 di-hidroxivitamina D3 (calcitriol) no rim</p><p>e em outros diversos metabólitos biologicamente ativos em outros tecidos. Lembrem-se que</p><p>o PTH estimula justamente a produção do calcitriol, que aumenta a absorção intestinal do</p><p>cálcio e do fosfato.</p><p>O calcitriol atua nos rins, reduzindo a excreção de cálcio e fosfato. Por outro lado,</p><p>estimula a atividade dos osteoclastos e aumentam a quantidade destas células. Desta forma,</p><p>contribui para o aumento da reabsorção óssea. Contudo, destaco que altas concentrações</p><p>plasmática de calcitriol associadas à baixos níveis séricos de outros metabólitos da vitamina</p><p>D podem aumentar o processo de formação óssea.</p><p>Ademais, o calcitriol e seus análogos também exercem feito sobre o sistema imune.</p><p>Tal atividade justifica seu emprego no tratamento de doenças autoimunes como a psoríase.</p><p>Neste caso, a ação parece estar relacionada a supressão local das células imunes</p><p>adaptativas.</p><p>Em resumo, a vitamina D aumenta as concentrações plasmáticas de cálcio e fosfato.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>52</p><p>Fator de Crescimento dos Fibroblastos 23 (FGF23)</p><p>O fator de crescimento dos fibroblastos 23 (FGF23) é uma proteína que bloqueia o</p><p>co-transportador de sódio-fosfato presentes nos túbulos renais, aumentando excreção de</p><p>fosfato. Além disso, o FGF23 inibe a enzima 25-hidroxivitamina D 1alfa-hidroxilase que é</p><p>responsável pela produção do calcitriol. Desta forma, ocorre redução da absorção intestinal</p><p>de cálcio e de fosfato.</p><p>O aumento da depuração renal gera baixos níveis séricos de fosfato que associados</p><p>às baixas concentração de calcitriol diminuem a mineralização da matriz óssea. Em resumo,</p><p>o FGF23 gera redução dos níveis plasmáticos de fosfato e mineralização deficiente da</p><p>Órgão PTH Vitamina D FGF23</p><p>Intestino</p><p>Aumento da absorção de</p><p>cálcio e fosfato (mediado</p><p>pelo aumento da produção</p><p>de calcitriol)</p><p>Aumento da absorção</p><p>de cálcio e fosfato</p><p>(mediado pelo aumento</p><p>da produção de</p><p>calcitriol)</p><p>Redução da absorção de</p><p>cálcio e fosfato (mediado</p><p>pela redução da</p><p>produção de calcitriol)</p><p>Rins</p><p>Redução da excreção de</p><p>cálcio, aumento da excreção</p><p>de fosfato e aumento da</p><p>produção de calcitriol</p><p>Redução da excreção</p><p>de</p><p>cálcio e de fosfato</p><p>Aumento da excreção de</p><p>fosfato e redução da</p><p>produção de calcitriol</p><p>Ossos</p><p>Doses altas – aumento da</p><p>reabsorção óssea; Doses</p><p>intermitentes (doses baixas –</p><p>aumento da formação óssea)</p><p>Aumento da reabsorção</p><p>óssea/Aumento da</p><p>formação óssea</p><p>Mineralização deficiente</p><p>em função dos baixos</p><p>níveis de calcitriol e da</p><p>hipofosfatemia</p><p>Efeito</p><p>Global</p><p>Aumento dos níveis</p><p>plasmáticos de cálcio e</p><p>redução dos níveis</p><p>plasmáticos de fosfato</p><p>Aumento dos níveis</p><p>plasmáticos de cálcio e</p><p>de fosfato</p><p>Redução dos níveis</p><p>plasmáticos de fosfato</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>53</p><p>matriz óssea. Vale destacar que mutações que envolvem o FGF23 podem gerar distúrbios</p><p>de hipofosfatemia.</p><p>Vale destacar que outros fatores atuam como reguladores da homeostasia do</p><p>mineral ósseo dentre estes temos:</p><p>Ø Calcitonina – a calcitonina é produzida pelas células C parafoliculares presentes na</p><p>tireoide. Este hormônio, em geral, é produzido em resposta a hipercalcemia (aumento</p><p>dos níveis plasmáticos de cálcio). A calcitonina tem a capacidade de inibir a reabsorção</p><p>óssea, através da ligação em receptores presentes nos osteoclastos. Desta forma, gera a</p><p>redução dos níveis séricos de cálcio. Entretanto, seu efeito sobre a concentração</p><p>plasmática do cálcio não é tão significativo, por isso que distúrbios que acometem a</p><p>tireoide não geram alterações expressivas dos níveis de cálcio.</p><p>Ø Glicorticoides – os glicorticoides atuam reduzindo a absorção de cálcio mediada pelo</p><p>calcitriol, aumentando a excreção renal de cálcio e inibindo o processo de formação</p><p>óssea. O uso prolongado de glicorticoides pode aumentar o risco de ocorrência de</p><p>fraturas, perda óssea e osteoporose. A ação do glicorticoides parece envolver a</p><p>promoção da apoptose de osteoblastos, bloqueando sua maturação e atividade.</p><p>Ø Estrogênios – os estrogênios podem retardar a perda óssea, existem várias teorias que</p><p>explicam através de qual mecanismo ocorre o bloqueio da perda óssea acelerada.</p><p>Alguns autores sugerem que os estrogênios exercem efeito apoptótico sobre os</p><p>osteoclastos, além de reduzir a síntese de citocinas que ativam os osteoclastos.</p><p>Ø Hormônio da tireoide – altos níveis de hormônios tireoidiano pode alterar o processo de</p><p>remodelagem óssea, estimulando a reabsorção. Desta forma, o hipertireoidismo pode</p><p>resultar em perda de massa óssea.</p><p>Distúrbios da Homeostasia do Mineral Ósseo</p><p>Osteoporose</p><p>A osteoporose é um distúrbio caracterizada pela redução anormal da massa óssea,</p><p>aumentando o risco de ocorrência de fraturas nos indivíduos acometidos após traumatismo</p><p>mínimo. A osteoporose acomete principalmente mulheres no período pós-menopausa, no</p><p>qual ocorre redução dos níveis de estrogênio gerando aumento da atividade dos</p><p>osteoclastos, por conseguinte, maior reabsorção óssea.</p><p>A osteoporose pode ser consequência de diversas condições como: tireotoxicose</p><p>(aumento exacerbado da secreção de hormônios da tireoide), uso contínuo de</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>54</p><p>glicorticoides, hiperparatireoidismo (aumento exacerbado da secreção de PTH), síndrome</p><p>de má absorção de minerais, dentre outras. Além disso, pode ser idiopática quando não se</p><p>tem causa óbvia.</p><p>Vale destacar que a osteoporose pós-menopausa pode ser estar associada à baixas</p><p>concentrações de calcitriol e à menor absorção intestinal de cálcio. Neste caso, o tratamento</p><p>empregando a reposição hormonal pode ser uma alternativa. Entretanto, é necessário</p><p>avaliar o custo benefício da terapêutica, pois o estrogênio aumenta o risco de ocorrência de</p><p>câncer e pode desenvolver problemas cardíacos.</p><p>Doença Renal Crônica</p><p>A doença renal crônica pode provocar diversas sequelas que alteram a homeostasia</p><p>do mineral ósseo. Dentre as principais sequelas podemos citar: hiperparatireoidismo</p><p>secundário, osteomalacia e osteíte fibrosa.</p><p>O hiperparatireoidismo secundário está associado a redução da produção de</p><p>calcitriol, retenção de fosfato (hiperfosfatemia) e redução dos níveis séricos de cálcio</p><p>(hipocalcemia). Sendo assim, com a redução do calcitriol, temos a diminuição da absorção</p><p>intestinal de cálcio. Contudo, os níveis séricos baixos de cálcio estimulam a secreção de PTH</p><p>pelas glândulas paratireoides. Em condições fisiológicas, o PTH deveria aumentar as</p><p>concentrações plasmáticas de cálcio até o ponto de equilíbrio sem gerar hipercalcemia ou</p><p>secreção excessiva de PTH.</p><p>Neste caso, os altos níveis de cálcio atuariam sobre os sensores de cálcio presentes</p><p>na membrana das células da paratireoide para reduzir o PHT. Contudo, em alguns distúrbios</p><p>pode ocorrer redução dos receptores de cálcio alterando a regulação do PTH através dos</p><p>sensores de cálcio. Neste caso, podem ser empregados fármacos calcimiméticos que</p><p>regulam a sensibilidade dos receptores de cálcio presentes nas células da paratireoide.</p><p>Hiperparatireoidismo primário/Hipoparatireoidismo</p><p>O hiperparatireoidismo primário é um distúrbio provocado pelo aumento</p><p>exacerbado da produção de PTH que comumente está relacionada aos baixos níveis séricos</p><p>de calcitriol. Neste caso, pode ser necessária cirúrgia de retirada da glândula.</p><p>Por outro lado, o hipoparatireoidismo é caracterizado pela deficiência de PTH,</p><p>podendo ser idiopático (sem causa óbvia) ou cirúrgico (retirada parcial ou total da tireoide).</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>55</p><p>Além disso, existe o pseudo-hipoparatireoidismo, quadro clínico caracterizado por resposta</p><p>anormal dos tecidos ao PTH.</p><p>Raquitismo/Osteomalacia</p><p>O raquitismo é a doença caracterizada pela deficiência nutricional de vitamina D que</p><p>gera mineralização óssea deficiente, provocando retardo no crescimento, enfraquecimento</p><p>dos ossos e pernas arqueadas em crianças. A deficiência pode ser resultado de dieta pobre</p><p>em vitamina D ou pela ausência e exposição solar, essencial para o metabolismo da vitamina</p><p>D. A osteomalacia é condição de mineralização óssea deficiente em adultos.</p><p>Doença de Paget</p><p>A doença de Paget é uma doença óssea caracterizada pela alteração da</p><p>remodelagem óssea. Neste caso, ocorre aumento exacerbado do processo de reabsorção</p><p>óssea, enquanto, a formação óssea ocorre de forma errônea. O mecanismo relacionado ao</p><p>desenvolvimento da doença ainda não está completamente esclarecido. O distúrbio é</p><p>relativamente comum, mas nem todos os pacientes manifestam os sintomas da doença.</p><p>Principais Fármacos que atuam na Homeostasia do Mineral</p><p>Ósseo</p><p>Bifosfonatos</p><p>Os bifosfonatos são análogos do pirofosfato, tais fármacos sofreram modificação</p><p>estrutural para serem resistentes ao metabolismo enzimático (reação de hidrólise). Os</p><p>bifosfonatos podem ser subdividos em: primeira geração (compostos simples) e segunda</p><p>geração (aminobifosfonatos – mais potentes).</p><p>Os fármacos exercem diversos efeitos sobre a homeostasia do mineral ósseo. Os</p><p>compostos se depositam no osso e podem ficar retidos durante meses ou até anos. Desta</p><p>forma, são lentamente liberados a partir do processo de reabsorção óssea, inibindo esta</p><p>etapa da remodelagem através de ação direta sobre os osteoclastos.</p><p>Vale ressaltar que os aminobifosfonatos parecem interferir na via do mevalonato que</p><p>é uma etapa crítica da sobrevida dos osteoclastos. Sendo assim, contribuem de forma</p><p>secundária para formação óssea e previnem a reabsorção óssea. A maior potência do</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>56</p><p>subgrupo dos aminobifosfonatos pode estar relacionado a este mecanismo de ação que é</p><p>exclusivo dos fármacos de segunda geração.</p><p>Dentre os compostos simples podemos citar:</p><p>§ Etidronato – administrado</p><p>pela via oral e empregado no tratamento da osteoporose.</p><p>§ Clodronato</p><p>Dentre os aminobifosfonatos podemos citar:</p><p>§ Alendronato – administrado pela via oral e empregado no tratamento da</p><p>osteoporose. Em geral, a administração ocorre semanalmente e pode ser associada</p><p>ao uso de cálcio e vitamina D3.</p><p>§ Pamidronato</p><p>§ Risedronato – administrado pela via oral e empregado no tratamento da</p><p>osteoporose.</p><p>§ Ibandronato – administrado pelas vias oral e intravenosa, empregado no tratamento</p><p>da osteoporose. Além disso, também pode ser utilizado no câncer metastático ósseo.</p><p>§ Zoledronato – administrado pela via intravenosa no tratamento de doença de Paget</p><p>e outras distúrbios malignos ósseos.</p><p>§ Tiludronato</p><p>A absorção oral destes fármacos é baixa, apenas cerca de 10 % do fármaco</p><p>administrado é absorvido pelo intestino. Além disso, a administração com alimento pode</p><p>prejudicar a etapa da absorção. Sendo assim, é recomendado que estes compostos sejam</p><p>administrados em jejum (antes do café da manhã) com grande quantidade água e que o</p><p>paciente permaneça por 30 minutos na posição sentado ou em pé para evitar complicações</p><p>gastrointestinais graves como úlceras esofágicas. Vale destacar que cerca de metade da</p><p>quantidade absorvida do fármaco fica depositada no osso e a fração livre é excretada pela</p><p>via renal na sua forma inalterada.</p><p>Os principais efeitos adversos associados à classe são os distúrbios gastrointestinais,</p><p>incluindo irritação gástrica e esofágica. Portanto, seu uso é contra indicado em pacientes</p><p>com problemas gastrointestinais graves. Esta limitação pode ser contornada com o</p><p>emprego de preparações administradas pela via intravenosa. Desta forma, também é</p><p>possível reduzir a frequência de administração dos fármacos, pois os níveis plasmáticos</p><p>alcançados são maiores.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>57</p><p>Ademais, existe a possibilidade de ocorrência de osteonecrose mandibular (necrose</p><p>dos ossos da mandíbula). Esta complicação é rara e normalmente relacionada à altas doses</p><p>intravenosas de zoledronato em distúrbios malignos. Outra complicação rara é o aumento</p><p>do risco de fraturas atípicas no fêmur em pacientes com uso prolongado dos bifosfonatos.</p><p>Sendo assim, é recomendado acompanhamento e suspensão transitória do tratamento após</p><p>cinco anos de uso.</p><p>Moduladores Seletivos dos Receptores de Estrogênio</p><p>Como já abordamos anteriormente, o estrogênio tem papel importante em retardar</p><p>a perda óssea. No período pós-menopausa, o declínio do hormônio está relacionado ao</p><p>quadro clínico de osteoporose pós-menopausa. A terapia de reposição hormonal é uma</p><p>alternativa terapêutica que pode ser empregada na profilaxia e no tratamento da</p><p>osteoporose pós menopausa. Contudo, seus diversos efeitos adversos tornam seu uso</p><p>complexo e, por vezes, controverso.</p><p>Neste caso, podem ser empregados os moduladores seletivos dos receptores de</p><p>estrogênio (MSRE), que atuam como agonistas em alguns tecidos e antagonistas em outros,</p><p>interagindo de forma seletivas com receptores de estrogênio presentes no organismo.</p><p>Sendo assim, evita-se a o risco aumentado de surgimento de hiperplasia no tecido mamário</p><p>e endometrial.</p><p>O raloxifeno é um exemplo de MSRE que atua como antagonista na mama e no útero,</p><p>evitando os efeitos deletérios nestes tecidos. O fármaco inibe a reabsorção óssea através</p><p>da inibição dos osteoclastos. O raloxifeno é indicado como alternativa no tratamento da</p><p>osteoporose em pacientes que não toleram os bifosfonatos e também como profilaxia.</p><p>Os efeitos adversos do raloxifeno englobam ondas de calor, cãimbras nos membros</p><p>inferiores e aumento o risco de ocorrência de tromboembolismo venoso. Portanto, o custo</p><p>beneficio para o paciente deve ser avaliado antes da utilização do raloxifeno como</p><p>alternativa de terapia secundária.</p><p>Hormônios</p><p>Neste contexto dos hormônios destaco dois principais exemplos: a teriparatida e</p><p>calcitonina.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>58</p><p>A teriparatida é uma forma recombinante do PTH e pode ser empregado no</p><p>tratamento da osteoporose, inclusive na osteoporose causada por uso contínuo de</p><p>glicorticoides. O mecanismo de ação está relacionado ao estímulo da renovação óssea,</p><p>aumentando a massa óssea. O hormônio pode ser administrado pela via subcutânea, uma</p><p>única vez ao dia. Os principais efeitos adversos incluem: hipercalciúria e hipercalcemia.</p><p>A calcitonina, por sua vez, pode ser empregada no tratamento da osteoporose pós</p><p>menopausa e no quadro de hipercalcemia (níveis séricos exacerbados de cálcio que podem</p><p>levar a comprometimento do SNC). Entretanto, não é tão eficaz quanto a teriparatida. O</p><p>mecanismo de ação envolve a inibição do processo de reabsorção óssea.</p><p>Anticorpo monoclonal/Inibidor do ligante RANK (RANKL)</p><p>O denosumabe é o anticorpo monoclonal que se liga no ligante RANK (RANKL)</p><p>impedindo a interação deste com o receptor RANK presente nos precursores de</p><p>osteoclastos. Desta forma, age inibindo a formação dos osteoclastos maduros e sua</p><p>atividade de reabsorção óssea.</p><p>Vale lembrar que o RANKL é expresso na superfície dos osteoblastos, mas também</p><p>em outras células inclusive do sistema imune. Sendo assim, uma das complicações</p><p>associadas ao uso do anticorpo é o aumento do risco de surgimento de infeções.</p><p>O denosumabe é indicado para o tratamento da osteoporose pós-menopausa e</p><p>alguns tipos de câncer. Os efeitos adversos raros incluem a ocorrência de osteonecrose</p><p>mandibular e hipocalemia transitória. O fármaco é administrado pela via subcutânea num</p><p>intervalo de seis meses.</p><p>Calcimiméticos</p><p>O representante desta classe é o fármaco cinacalcete que atua como agonista dos</p><p>receptores sensor de cálcio (CaSR) presentes nas glândulas paratireoides. Este fármaco</p><p>pode ser empregado no tratamento do hiperparatireoidismo em função da sua capacidade</p><p>inibir a secreção de PTH. O principal efeito adverso relacionado é a náusea.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>59</p><p>(COMPERVE - SESAP-RN - 2018) A biodisponibilidade indica a velocidade e a extensão de</p><p>absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva</p><p>concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina. Alendronato sódico,</p><p>amplamente empregado no tratamento da osteoporose, apresenta uma biodisponibilidade</p><p>inferior a 1% quando administrado pela via oral. Não é metabolizado de forma significativa</p><p>no organismo, apresenta taxa de ligação a proteínas plasmáticas elevada (≈ 80%) e é</p><p>excretado pela via urinária. Destaca-se um elevado tempo de meia-vida de eliminação,</p><p>aproximadamente 10 anos. A baixa biodisponibilidade oral do alendronato se deve à</p><p>a) afinidade pela matriz óssea elevada.</p><p>b) absorção gastrointestinal ineficaz.</p><p>c) metabolização hepática deficiente.</p><p>d) ligação à albumina sérica eficaz.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa B está correta. A absorção gastrointestinal do alendronato, assim como, de</p><p>outros representantes da classe dos bifosfonatos é ineficaz. Apenas cerca de 10% dos</p><p>fármacos administrados pela via oral são absorvidos. Em função disto, a recomendação é</p><p>que a administração seja feita em jejum, pois a presença do alimento pode prejudicar mais</p><p>ainda a absorção.</p><p>Vale destacar que como o enunciado mencionava baixa biodisponibilidade e este é um</p><p>parâmetro farmacocinético relacionado à etapa da absorção, portanto, já poderíamos</p><p>descartar as demais alternativas.</p><p>A alternativa A está incorreta. De fato, os bifosfonatos apresentam alta afinidade pela matriz</p><p>óssea e permanecem depositados nos ossos por meses e até anos. Contudo, o acúmulo</p><p>ocorre após a absorção e não interfere na biodisponibilidade.</p><p>A alternativa C está incorreta. A metabolização é</p><p>a etapa da biotransformação dos fármacos</p><p>que também não interfere na absorção, é uma etapa posterior.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>60</p><p>A alternativa D está incorreta. O alendronato possui alta afinidade de ligação com a</p><p>albumina sérica, entretanto, a ligação às proteínas plasmáticas interfere na distribuição dos</p><p>fármacos e não na absorção.</p><p>(Prefeitura de Rio de Janeiro-RJ - 2019) Uma orientação que deve ser feita para mulheres</p><p>na pós-menopausa, em tratamento da osteoporose, que irão utilizar o alendronato de</p><p>sódio, é ingerir o comprimido com um copo cheio de água e permanecer em posição ereta</p><p>por, no mínimo, 30 minutos após a ingestão. Essa recomendação visa a:</p><p>a) aumentar a biodisponibilidade</p><p>b) diminuir a ocorrência de hipotensão ortostática</p><p>c) diminuir a ocorrência de esofagite</p><p>d) aumentar a absorção</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa correta é C. Bom pessoal, como vimos os principais efeitos adversos dos</p><p>bifosfonatos, inclusive do alendronato, são gastrointestinais. Portanto, para evitar irritação</p><p>esofágica (esofagite), o comprimido deve se ingerido com copo cheio de água e o paciente</p><p>deve permanecer em posição ereta por, no mínimo, 30 minutos após sua ingestão. Perceba</p><p>que se o enunciado tivesse citado a recomendação de administração em jejum longe das</p><p>refeições para evitar interação com alimentos, a reposta deveria estar relacionada a</p><p>absorção. Neste caso, a recomendação visa evitar interação fármaco-alimento que</p><p>prejudique a absorção do fármaco.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>61</p><p>Considerações Finais</p><p>Turma, com isso finalizamos a nossa aula! Preparem-se para fazer as questões</p><p>propostas que irão auxiliar na fixação do conteúdo estudado na aula de hoje. Sugiro que</p><p>vocês façam as questões e anotem seus erros. Após revisão do conteúdo, refaçam as</p><p>questões, pois praticar nunca é demais e também auxilia na fixação para que você esteja</p><p>preparado. Aproveitei para adicionar algumas questões que trazem aprofundamento dos</p><p>temas abordados. Além disso, também adicionei algumas questões que vão nos auxiliar a</p><p>revisar o conteúdo. Para os que tem dificuldade com a farmacologia, sugiro que façam</p><p>muitas questões e revisem sempre as aulas pois são muitos detalhes relevantes. ;)</p><p>Aguardo vocês na próxima aula. Até lá!</p><p>Rafaela Gomes.</p><p>E-mail: profrafaelagomes@gmail.com</p><p>Instagram: @profrafaelagomes</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>62</p><p>LISTA DE QUESTÕES</p><p>1. (CONTEMAX - Prefeitura de Passira-PE - 2020) Antidiabéticos orais são substâncias que,</p><p>quando ingeridas, têm a finalidade de baixar a glicemia e mantê-la normal (jejum</p><p>Uma das doenças mais</p><p>conhecidas e que é caracterizada pelo achado clínico citado é a diabetes. Vários são os</p><p>fármacos utilizados para o controle glicêmico de pacientes diabéticos. Os que agem</p><p>aumentando a meia-vida das incretinas são:</p><p>a) as biguanidas.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>65</p><p>b) as sulfonilureias.</p><p>c) os inibidores de transportadores de glicose 4.</p><p>d) os inibidores da dipeptidil-petidade-4.</p><p>8. (FUNDEP - Prefeitura de Ervália-MG – 2019) Sobre a farmacoterapia do Diabetes tipo 2,</p><p>assinale a alternativa incorreta.</p><p>a) A pioglitazona é uma tiazolidinediona capaz de induzir insuficiência cardíaca.</p><p>b) A insulina glargina é empregada na terapia basal e apresenta ação prolongada.</p><p>c) A metformina é uma biguanida e é a primeira opção terapêutica em diabéticos tipo 2 com</p><p>sobrepeso ou obesidade.</p><p>d) A gliclazida é uma sulfonilureia associada a maior risco de hipoglicemia, sobretudo em</p><p>idosos.</p><p>9. (GSA - Prefeitura de Abelardo Luz-SC – 2020) Sobre os medicamentos utilizados no</p><p>tratamento de Diabetes melito, assinale a alternativa incorreta:</p><p>a) Sulfonilureias, como glibenclamida e glimepirida, atuam como secretagogos de insulina,</p><p>ligando-se a receptores (subunidade SUR1 do canal de potássio) em células β-pancreáticas.</p><p>b) Os fármacos da classe das glinidas, tais como a repaglinida e a nateglinida, apresentam</p><p>menores taxas de hipoglicemia e ganho de peso em comparação às sulfonilureias.</p><p>c) A acarbose é um agente inibidor da α-glicosidase intestinal, inibindo o último passo da</p><p>digestão dos carboidratos, retardando sua absorção, com consequente redução da glicemia</p><p>de jejum.</p><p>d) No tratamento de Diabetes melito tipo 2, sulfonilureias reduzem glicemia similarmente à</p><p>metformina, tendo rápido início de ação, custo-benefício favorável e boa tolerabilidade.</p><p>e) Metformina, única biguanida disponível, não se associa a hipoglicemia, pois não aumenta</p><p>a secreção de insulina. É a primeira escolha no tratamento medicamentoso do Diabete</p><p>melito tipo 2.</p><p>10. (IBFC - EBSERH - 2017) O diabetes melito é um grupo de síndromes que se caracterizam</p><p>por hiperglicemia, alteração do metabolismo dos lipídios, carboidratos e proteínas, e maior</p><p>risco de complicações por doença vascular. Para o seu tratamento podem ser utilizadas</p><p>várias classes de medicamentos; assinale a alternativa que apresenta a classe de</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>66</p><p>medicamentos utilizados para o tratamento do diabetes melito é feita somente através de</p><p>administração parenteral:</p><p>a) Biguanidas</p><p>b) Sulfonilureias</p><p>c) Metiglinidas</p><p>d) Agonistas do receptor GLP-1 (glucagon-símile-1)</p><p>e) Inibidores da α-glicosidase</p><p>11. (Prefeitura de Arapiraca - Prefeitura de Arapiraca-AL – 2019) Diabetes Mellitus é uma</p><p>doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia), podendo ser do</p><p>tipo 1 ou do tipo 2. Todas as pessoas com diabetes Tipo 1 e muitas com Tipo 2 precisam</p><p>de insulina para controlar a glicose no sangue. Existem, hoje, vários tipos de insulina</p><p>disponíveis para o tratamento de diabetes e elas se diferenciam pelo tempo em que ficam</p><p>ativas no corpo, pelo tempo que levam para começar a agir e de acordo com a situação do</p><p>dia em que elas são mais eficientes. Quanto ao tempo necessário para início de ação elas</p><p>podem ser ultrarrápidas, rápidas, intermediárias ou de longa duração. Marque a alternativa</p><p>que exemplifica um análogo ultrarrápido da insulina.</p><p>a) Regular</p><p>b) NPH</p><p>c) Glulisina</p><p>d) Glargina</p><p>e) Detemir</p><p>12. (FUNDEP - Prefeitura de Itatiaiuçu-MG – 2018) No tratamento do Diabetes Mellitus são</p><p>empregadas as insulinas. A insulina que é de ação prolongada é a:</p><p>a) aspart.</p><p>b) glargina.</p><p>c) glulisina.</p><p>d) lispro.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>67</p><p>13. (CESPE - HUB - 2018) A respeito do tratamento medicamentoso do diabetes melito</p><p>(DM), julgue o próximo item. “A gliclazida é considerada um sensibilizador da insulina e age</p><p>em PPAR-γ”.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>14. (CESPE - FUB - 2018) A respeito do tratamento medicamentoso do diabetes melito</p><p>(DM), julgue o próximo item. “A metformina é reconhecidamente segura devido ao baixo</p><p>risco de causar hipoglicemia ou acidose láctica.”</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>15. (CESPE - FUB - 2018) A insulinoterapia é indicada como opção secundária de tratamento</p><p>para pacientes com DM tipo 1 se o controle com a medicação oral se mostrar inadequado.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>16. (UNIFIL - Prefeitura de Jardim Alegre-PR – 2019) Entre os vários tipos de insulinas</p><p>disponíveis para o tratamento de diabetes, assinale a alternativa que descreve</p><p>corretamente o melhor horário para a administração de uma insulina do tipo rápida (insulina</p><p>humana regular).</p><p>a) Deve ser injetada imediatamente antes das refeições</p><p>b) Deve ser injetada entre 30 e 45 minutos antes do início das refeições.</p><p>c) Deve ser injetada de 0 a 15 minutos antes do início das refeições.</p><p>d) Não há especificação de horário</p><p>17. (PRÓ-MUNICÍPIO - Prefeitura de Massapê-CE – 2019) A diabetes é uma síndrome</p><p>caracterizada pela hiperglicemia devida a uma falta absoluta ou relativa de insulina e/ou</p><p>resistência à insulina. As sulfonilureias é uma classe de medicamentos que tem como</p><p>principal função:</p><p>a) Retardar a absorção de carboidratos;</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>68</p><p>b) Reduzir a produção excessiva de glicose no fígado;</p><p>c) Reduzir a resistência periférica à insulina;</p><p>d) Estimular a secreção de insulina.</p><p>18. (FUNDEP – Prefeitura de Lagoa Santa-MG – 2018) Considerando que as insulinas</p><p>apresentam características farmacocinéticas que determinam a duração da ação, relacione</p><p>a COLUNA II com a COLUNA I, associando a insulina à sua classificação, tendo em vista a</p><p>duração de ação.</p><p>COLUNA I</p><p>1. Longa duração</p><p>2. Intermediária</p><p>3. Ultrarrápida</p><p>COLUNA II</p><p>( ) Degludec</p><p>( ) Glargina</p><p>( ) Glulisina</p><p>( ) Lispro</p><p>( ) NPH</p><p>Assinale a sequência correta.</p><p>a) 1 1 3 3 2</p><p>b) 1 2 2 3 2</p><p>c) 2 2 1 3 3</p><p>d) 2 3 1 1 3</p><p>19. (IBFC – IBFC – 2019) Na atualidade, há diversos tipos de insulinas destinadas a terapia</p><p>do diabetes. Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).</p><p>( ) As insulinas de ação rápida apresentam início de ação de 5 (cinco) a 15 (quinze) minutos</p><p>após a administração. Além disso, apresentam coloração transparente.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>69</p><p>( ) As insulinas de ação intermediária possuem o pico de ação de 5 (cinco) a 8 (oito) horas</p><p>após a administração. Este tipo de insulina possui aspecto leitoso e turvo.</p><p>( ) A insulina glargina possui longa duração, uma vez que, o seu efeito pode durar até 24</p><p>(vinte e quatro) horas após a administração. Apresenta-se coloração transparente.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima pra baixo.</p><p>a) V, V, V</p><p>b) F, V, V</p><p>c) F, V, F</p><p>d) V, F, F</p><p>20. (EXCELÊNCIA – Prefeitura de Catanduvas-PR – 2019) Sobre os tipos de insulinas e sua</p><p>duração de ação, assinale a alternativa CORRETA.</p><p>a) A insulina do tipo aspart é de longa duração e não apresenta pico de ação.</p><p>b) A insulina do tipo regular é de ação rápida e tem início de ação entre 30 minutos a 1 hora.</p><p>c) A insulina do tipo glargina tem ação ultrarrápida e duração de efeito em torno de 3 a 5</p><p>horas.</p><p>d) Nenhuma das alternativas.</p><p>21. (FEPESE – Prefeitura de Florianópolis-SC – 2019) A insulina é degradada no trato</p><p>gastrointestinal e habitualmente administrada por injeção subcutânea, mas também por via</p><p>intravenosa ou intramuscular em situações de</p><p>emergência. Considerando essas</p><p>informações, os tipos de insulina presentes na REMUME de Florianópolis e o papel do</p><p>farmacêutico nesse contexto, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Uma vez absorvida, a insulina possui meia-vida de eliminação de aproximadamente 50</p><p>minutos. É inativada enzimaticamente no fígado e no rim.</p><p>b) A insulina NPH é considerada de tempo de ação intermediário e a insulina regular é</p><p>considerada de tempo de ação rápido e ambas estão presentes na REMUME de</p><p>Florianópolis.</p><p>c) Um dos principais problemas no uso da insulina regular, de ação prolongada, são as</p><p>amplas flutuações observadas nas concentrações plasmáticas.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>70</p><p>d) A insulina glargina, presente na REMUME de Florianópolis, é um análogo de insulina</p><p>modificada para propiciar um aporte basal constante de insulina.</p><p>e) Por ser um hormônio endógeno, as insulinas não possuem potencial de causar efeitos</p><p>adversos graves.</p><p>22. (FUNDATEC – Prefeitura de São Borja/RS – 2019) Qual o mecanismo de ação da</p><p>Metformina?</p><p>a) Aumenta a secreção insulínica.</p><p>b) Retarda a absorção de carboidratos.</p><p>c) Aumenta a sensibilidade à insulina em músculo.</p><p>d) Reduz a produção hepática de glicose com menor ação sensibilizadora da ação insulínica.</p><p>e) Aumenta o nível de GLP-1, com aumento da síntese e secreção de insulina.</p><p>23. (GUALIMP – Prefeitura de Laje de Muriaé-RJ – 2019) Pode-se afirmar sobre metformina,</p><p>EXCETO:</p><p>a) O efeito colateral mais sério é a acidose láctica, particularmente se os rins não estiverem</p><p>funcionando normalmente.</p><p>b) O fármaco é metabolizado pelo fígado, sendo excretado como composto inativo pela</p><p>urina.</p><p>c) Quando utilizada no tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos, a posologia é de,</p><p>usualmente, 1.000 a 1.500 mg por dia (2 ou 3 comprimidos de 500 mg) divididos em 2 ou 3</p><p>tomadas.</p><p>d) As biguanidas têm sua principal indicação em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 com</p><p>índice de massa corporal aumentado ou obesos.</p><p>24. (GUALIMP – Prefeitura de Laje de Muriaé-RJ – 2019) Com relação à Metformina</p><p>considere a alternativa INCORRETA:</p><p>a) A metformina melhora a ação da insulina no fígado, diminuindo a produção hepática da</p><p>glicose em 10 a 30%.</p><p>b) A metformina melhora a ação da insulina no músculo, aumentando a captação de glicose</p><p>em 15 a 40% e estimulando a glicogênese.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>71</p><p>c) No adipócito, a metformina estimula a lipólise e a disponibilidade de ácidos graxos livres</p><p>(FFA).</p><p>d) A nível celular foi demonstrado que a metformina aumenta a atividade da tirosinaquinase</p><p>do receptor da insulina, estimulando a translocação do GLUT4 e a atividade da glicogênio-</p><p>sintetase.</p><p>25. (GUALIMP – Prefeitura de Laje de Muriaé-RJ – 2019) Sobre os hipoglicemiantes orais,</p><p>são inibidores competitivos da alfa-glicosidase, EXCETO:</p><p>a) Acarbose.</p><p>b) Miglitol.</p><p>c) Voglibose.</p><p>d) Troglitazona.</p><p>26. (GUALIMP – Prefeitura de Laje de Muriaé-RJ – 2019) Qual das sulfonilureias</p><p>apresentadas a seguir é descrita como de primeira geração?</p><p>a) Gliclazida.</p><p>b) Glipizida.</p><p>c) Clorpropamida.</p><p>d) Glibenclamida.</p><p>27. (INSTITUTO AOCP – EBSERH – 2017) No screening neonatal, para detectar o</p><p>hipotireoidismo congênito, conhecido por “teste do pezinho”, e também no</p><p>hipotireoidismo do adulto, um dos exames de primeira linha a ser realizado para esse fim é</p><p>a dosagem sérica de</p><p>a) T3.</p><p>b) Tireoglobulina.</p><p>c) TSH.</p><p>d) LH.</p><p>e) Iodina.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>72</p><p>28. (INSTITUTO AOCP – EBSERH – 2015) A tireoide é uma glândula responsável pelo</p><p>metabolismo basal no corpo humano. Sobre o metabolismo dos hormônios tireoidianos,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>a) A concentração plasmática de iodo não interfere no metabolismo da tireoide.</p><p>b) A captação e a concentração de iodo pela tireoide independem da concentração</p><p>plasmática do TSH.</p><p>c) Em indivíduos com o metabolismo normal, a concentração plasmática do T3 é 40 vezes</p><p>maior que a concentração plasmática do T4.</p><p>d) Valores plasmáticos de TSH maiores que 5 um/L são indicativos de hipertireoidismo.</p><p>29. (GSA CONCURSOS – Prefeitura de Abelardo Luz-SC – 2020) Sobre os fármacos</p><p>utilizados no tratamento da osteoporose, é correto afirmar:</p><p>I) Calcitonina inibe a atividade osteoclástica, diminuindo a ressorção óssea e regulando</p><p>níveis plasmáticos e cálcio, com ação geralmente oposta à de PTH (paratormônio). A</p><p>calcitonina exógena tem origem humana ou de salmão, essa última para uso como aerossol.</p><p>II) O raloxifeno é um modulador seletivo do receptor de estrógeno aprovado para</p><p>tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Esse medicamento aumenta</p><p>o risco de eventos tromboembólicos e não deve ser usado concomitantemente com</p><p>estrógenos sistêmicos.</p><p>III) A biodisponibilidade oral dos bifosfonatos fica entre 1 e 3% da dose ingerida, a qual é</p><p>diminuída pela ingestão com alimentos, cálcio, ferro, café ́, chá ́ e suco de laranja.</p><p>Recomenda-se a ingestão desses fármacos em jejum, com um copo de água, não devendo</p><p>o paciente deitar ou fazer desjejum nos próximos 60 minutos.</p><p>a) Somente I está correta.</p><p>b) Somente II está correta.</p><p>c) Somente III está correta.</p><p>d) Somente I e II estão corretas.</p><p>e) Somente II e III estão corretas.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>73</p><p>GABARITO</p><p>1. A 11. C 21. B</p><p>2. C 12. B 22. D</p><p>3. E 13. Errado 23. B</p><p>4. A 14. Certo 24. C</p><p>5. A 15. Errado 25. D</p><p>6. D 16. B 26. C</p><p>7. D 17. D 27. C</p><p>8. D 18 A 28. E</p><p>9. D 19. B 29. D</p><p>10. D 20. B</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>74</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>1. (CONTEMAX - Prefeitura de Passira-PE - 2020) Antidiabéticos orais são substâncias que,</p><p>quando ingeridas, têm a finalidade de baixar a glicemia e mantê-la normal (jejum</p><p>como principal efeito adversos a hipoglicemia justamente por</p><p>possuírem como mecanismo de ação a capacidade de estimularem a secreção da insulina e</p><p>por consequência alteram o metabolismo de lipídios, carboidratos e proteínas com aumento</p><p>significativo do peso corporal.</p><p>A alternativa D está incorreta. O desconforto e alterações do trato gastrointestinal são mais</p><p>comuns e específicas das biguanidas.</p><p>A alternativa E está incorreta. As tiazolidinediona como a rosiglitazona possuem como</p><p>principal efeito o edema bem como implicação em insuficiência cardíaca.</p><p>3. (NOSSO RUMO - Prefeitura de Itapeva-MG - 2021) A absorção da insulina é diferente</p><p>em cada sítio de aplicação e pode ser afetada por inúmeras razões. Sendo assim, a</p><p>velocidade de absorção é maior:</p><p>a) nas coxas, seguidas das nádegas, do abdome e dos braços.</p><p>b) no abdome, seguido das nádegas, coxas e dos braços.</p><p>c) nas nádegas, seguidas das coxas, dos braços e do abdome.</p><p>d) nos braços, seguidos do abdome, das coxas e nádegas.</p><p>e) no abdome, seguido dos braços, das coxas e nádegas.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa E está correta. A principal via utilizada para a aplicação diária de insulina é a</p><p>subcutânea, a extensa rede de capilares possibilita a absorção gradativa da insulina. A via</p><p>intramuscular é utilizada em alguns casos em pronto-socorro e a via intravenosa em unidade</p><p>de terapia intensiva, onde o paciente permanece devidamente monitorado. A insulina de</p><p>ação rápida, é a única opção para ser utilizada pela via intramuscular e intravenosa.</p><p>4. (CPCON - Prefeitura de Guarabira-PB - 2019) Várias classes de medicamentos</p><p>(antidiabéticos orais) são utilizadas para o tratamento de diabetes do tipo 2. Cada uma</p><p>delas apresenta um mecanismo de ação específico e a sua escolha depende das</p><p>características dessa doença em cada paciente.</p><p>Associe as duas colunas, relacionando os antidiabéticos orais a seu mecanismo de ação.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>76</p><p>1. Dapagliflozina</p><p>2. Metformina</p><p>3. Acarbose</p><p>4. Pioglitazona</p><p>( ) Redução da produção hepática de glicose com menor ação sensibilizadora da ação</p><p>insulínica.</p><p>( ) Retardo da absorção de carboidratos.</p><p>( ) Inibidor de receptor SGLT2. Prevenção da reabsorção de glicose no túbulo proximal renal.</p><p>Promoção de glicosúria.</p><p>( ) Aumento da sensibilidade à insulina em músculo, adipócito e hepatócito (sensibilizadores</p><p>da insulina).</p><p>A sequência CORRETA dessa associação é:</p><p>a) 2, 3, 1, 4.</p><p>b) 2, 3, 4, 1.</p><p>c) 3, 2, 4, 1.</p><p>d) 4, 2, 1, 3.</p><p>e) 4, 1, 2, 3.</p><p>Comentários:</p><p>1 - dapagliflozina inibe o receptor SGLT2 e impede a reabsorção de glicose nos túbulos</p><p>renais.</p><p>2 - metformina gera redução da produção hepática de glicose com menor ação</p><p>sensibilizadora da ação insulínica.</p><p>3 - arcabose inibe as alfa-glicosidades intestinais, o que reduz a quebra e absorção de</p><p>carboidratos.</p><p>4 - pioglitazona atuam sobre os receptores PPAR-Y promovendo a diferenciação dos</p><p>adipócitos, aumento da captação de ácidos graxos circulantes, desloca os resíduos de</p><p>lipídios aos tecidos adiposos e consequentemente aumenta a sensibilidade a insulina e a</p><p>captação de glicose.</p><p>A sequência correta é 2, 3, 1, 4. Portanto, a alternativa A está correta.</p><p>5. (FUNDEP - Prefeitura de Catas Altas-MG - 2020) Para a abordagem farmacoterápica do</p><p>diabetes, há uma variedade de classes terapêuticas. Em relação aos fármacos empregados</p><p>na farmacoterapia do diabetes, é correto afirmar:</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>77</p><p>a) A glibenclamida aumenta a secreção pancreática de insulina.</p><p>b) A acarbose diminui a reabsorção da glicose no túbulo renal proximal.</p><p>c) A dapagliflozina inibe a degradação de polissacarídeos em monossacarídeos na luz</p><p>intestinal.</p><p>d) A pioglitazona aumenta a secreção renal de insulina e a excreção de glicose na urina.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está correta. A glibenclamida é uma sulfonilureia que atua nos receptores</p><p>de K+ sensíveis a ATP e que consequentemente estimula a secreção de insulina pelas células</p><p>beta pancreáticas.</p><p>A alternativa B está incorreta. A arcabose é um inibidor das alfa-glicosidades intestinais que</p><p>consequentemente reduze a absorção de carboidrato no intestino.</p><p>A alternativa C está incorreta. A dapagliflozina é um inibidor da SGLT2 que impede a</p><p>reabsorção de glicose nos túbulos renais.</p><p>A alternativa D está incorreta. A pioglitazona atua sobre os receptores PPAR-Y promovendo</p><p>a diferenciação dos adipócitos, aumento da captação de ácidos graxos circulantes, desloca</p><p>os resíduos de lipídios aos tecidos adiposos e consequentemente aumenta a sensibilidade</p><p>a insulina e a captação de glicose.</p><p>6. (GUALIMP - Prefeitura de Laje do Muriaé-RJ – 2019) Além de representar uma importante</p><p>carga financeira para indivíduos portadores e suas famílias, em razão dos gastos com</p><p>insulina, antidiabéticos orais e outros medicamentos essenciais, o diabetes também tem um</p><p>relevante impacto econômico nos países e nos sistemas de saúde. Isso decorre de maior</p><p>utilização dos serviços de saúde, perda de produtividade e cuidados prolongados</p><p>requeridos para tratar suas complicações crônicas, como insuficiência renal, cegueira,</p><p>problemas cardíacos e pé diabético. Sobre a escolha do tratamento farmacológico a ser</p><p>utilizado após o momento do diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), é INCORRETO</p><p>afirmar que:</p><p>a) As sulfonilureias e as glinidas (ou metiglinidas) são secretagogos de insulina. As primeiras</p><p>desenvolvem uma ação hipoglicemiante mais prolongada durante todo o dia</p><p>(clorpropamida, glibenclamida, gliclazida, glipizida e glimepirida) e promovem queda de 1,5</p><p>a 2% na HbA1c.</p><p>b) A metformina tem efeito antihiperglicemiante, reduzindo a produção hepática de glicose,</p><p>além de ação sensibilizadora periférica mais discreta. A apresentação de liberação</p><p>prolongada (extended release, XR) causa menor incidência de efeitos gastrintestinais.</p><p>c) Os inibidores da DPP-4 (dipeptidil peptidase), conhecidos como gliptinas, constituem uma</p><p>nova classe de antidiabéticos orais, cujo principal mecanismo de ação é, essencialmente, a</p><p>estabilização do GLP-1 endógeno pela inibição da enzima que o degrada, a DPP-4.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>78</p><p>d) Sinais de insulinopenia, tais como hiperglicemia e perda de peso, denotam um estágio</p><p>mais avançado ou mais descompensado da doença. Nessa circunstância, os medicamentos</p><p>secretagogos (sulfonilureias e glinidas) não são mais indicados.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa D está correta. No caso de insulinopenia o quadro sugestivo do paciente seria</p><p>diabetes mellitus tipo 1. Neste caso, como estamos diante de um indivíduo com diabetes</p><p>mellitus tipo 2, os secretagogos como sulfonilureia e glinidas poderiam auxiliar no aumento</p><p>da taxa de produção de insulina e poderiam ser associados a uma biguanida como a</p><p>metformina, visto a presença de resistência insulínica.</p><p>7. (Prefeitura de Fortaleza - Prefeitura de Fortaleza-CE – 2018) A hiperglicemia é uma</p><p>condição que pode levar o indivíduo a várias complicações. Uma das doenças mais</p><p>conhecidas e que é caracterizada pelo achado clínico citado é a diabetes. Vários são os</p><p>fármacos utilizados para o controle glicêmico de pacientes diabéticos. Os que agem</p><p>aumentando a meia-vida das incretinas são:</p><p>a) as biguanidas.</p><p>b) as sulfonilureias.</p><p>c) os inibidores de transportadores de glicose 4.</p><p>d) os inibidores da dipeptidil-petidade-4.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. As biguanidas, como a metformina, possuem ação de</p><p>estimular a ativação da AMPK.</p><p>A alternativa B está incorreta. As sulfonilureias, como a glibenclamida, se ligam ao receptor</p><p>sulfonilureia e aumentam a secreção de insulina.</p><p>A alternativa C está incorreta.</p><p>Os inibidores da SLGT2, sendo o SLGT2 co-transportador de</p><p>sódio e glicose, como dapagliflozina, empagliflozina e canagliflozina vão atuar inibindo a</p><p>reabsorção de glicose nos túbulos renais.</p><p>A alternativa D está correta. Os inibidores da DPP-4, como a sitagliptina e linagliptina,</p><p>inibem a enzima DPP-4 e impedem a degradação das incretinas como o GLP-1 e GIP.</p><p>8. (FUNDEP - Prefeitura de Ervália-MG – 2019) Sobre a farmacoterapia do Diabetes tipo 2,</p><p>assinale a alternativa incorreta.</p><p>a) A pioglitazona é uma tiazolidinediona capaz de induzir insuficiência cardíaca.</p><p>b) A insulina glargina é empregada na terapia basal e apresenta ação prolongada.</p><p>c) A metformina é uma biguanida e é a primeira opção terapêutica em diabéticos tipo 2 com</p><p>sobrepeso ou obesidade.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>79</p><p>d) A gliclazida é uma sulfonilureia associada a maior risco de hipoglicemia, sobretudo em</p><p>idosos.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa D está correta. A gliclazida é uma sulfonilureia de 2ª geração que é a primeira</p><p>escolha, juntamente com a glimepirida para o tratamento o tratamento da Diabetes Mellitus</p><p>tipo 2 em pacientes idosos justamente porque apresentam menor chance de induzir a</p><p>hipoglicemia em comparação, por exemplo, com a glibenclamida.</p><p>9. (GSA - Prefeitura de Abelardo Luz-SC – 2020) Sobre os medicamentos utilizados no</p><p>tratamento de Diabetes melito, assinale a alternativa incorreta:</p><p>a) Sulfonilureias, como glibenclamida e glimepirida, atuam como secretagogos de insulina,</p><p>ligando-se a receptores (subunidade SUR1 do canal de potássio) em células β-pancreáticas.</p><p>b) Os fármacos da classe das glinidas, tais como a repaglinida e a nateglinida, apresentam</p><p>menores taxas de hipoglicemia e ganho de peso em comparação às sulfonilureias.</p><p>c) A acarbose é um agente inibidor da α-glicosidase intestinal, inibindo o último passo da</p><p>digestão dos carboidratos, retardando sua absorção, com consequente redução da glicemia</p><p>de jejum.</p><p>d) No tratamento de Diabetes melito tipo 2, sulfonilureias reduzem glicemia similarmente à</p><p>metformina, tendo rápido início de ação, custo-benefício favorável e boa tolerabilidade.</p><p>e) Metformina, única biguanida disponível, não se associa a hipoglicemia, pois não aumenta</p><p>a secreção de insulina. É a primeira escolha no tratamento medicamentoso do Diabete</p><p>melito tipo 2.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa D está correta. As sulfonilureias atuam como secretagogos de insulina, pois</p><p>estimulam sua liberação. A metformina aumenta a atividade da AMPK. Tal aumento ocorre</p><p>através de fosforilação que permite o estímulo da oxidação de ácidos graxos, bem como a</p><p>captação de glicose e redução de lipogênese e gliconeogênese. Vale ressaltar que as</p><p>sulfonilureias possuem a capacidade de provocar hipoglicemia enquanto a metformina não</p><p>gera este quadro.</p><p>10. (IBFC - EBSERH - 2017) O diabetes melito é um grupo de síndromes que se caracterizam</p><p>por hiperglicemia, alteração do metabolismo dos lipídios, carboidratos e proteínas, e maior</p><p>risco de complicações por doença vascular. Para o seu tratamento podem ser utilizadas</p><p>várias classes de medicamentos; assinale a alternativa que apresenta a classe de</p><p>medicamentos utilizados para o tratamento do diabetes melito é feita somente através de</p><p>administração parenteral:</p><p>a) Biguanidas</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>80</p><p>b) Sulfonilureias</p><p>c) Metiglinidas</p><p>d) Agonistas do receptor GLP-1 (glucagon-símile-1)</p><p>e) Inibidores da α-glicosidase</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. As biguanidas, como a metformina, são hipoglicemiantes orais</p><p>utilizadas no tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2.</p><p>A alternativa B está incorreta. As sulfonilureias como a glibenclamida e a gliclazida são</p><p>hipoglicemiantes orais utilizadas no tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2.</p><p>A alternativa C está incorreta. As metiglinidas também classificadas como não sulfonilureias</p><p>como a repaglinida e nateglinida são hipoglicemiantes orais utilizadas no tratamento da</p><p>Diabetes Mellitus tipo 2.</p><p>A alternativa D está correta. Os agonistas do GLP-1, como a exenatida e a liraglutida, são</p><p>de administração parenteral (via subcutânea).</p><p>A alternativa E está incorreta. Os inibidores da alfa-glicosidase, como arcabose e miglitol,</p><p>são administrados por via oral.</p><p>11. (Prefeitura de Arapiraca - Prefeitura de Arapiraca-AL – 2019) Diabetes Mellitus é uma</p><p>doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia), podendo ser do</p><p>tipo 1 ou do tipo 2. Todas as pessoas com diabetes Tipo 1 e muitas com Tipo 2 precisam</p><p>de insulina para controlar a glicose no sangue. Existem, hoje, vários tipos de insulina</p><p>disponíveis para o tratamento de diabetes e elas se diferenciam pelo tempo em que ficam</p><p>ativas no corpo, pelo tempo que levam para começar a agir e de acordo com a situação do</p><p>dia em que elas são mais eficientes. Quanto ao tempo necessário para início de ação elas</p><p>podem ser ultrarrápidas, rápidas, intermediárias ou de longa duração. Marque a alternativa</p><p>que exemplifica um análogo ultrarrápido da insulina.</p><p>a) Regular</p><p>b) NPH</p><p>c) Glulisina</p><p>d) Glargina</p><p>e) Detemir</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A insulina regular é uma insulina de ação curta e rápida.</p><p>A alternativa B está incorreta. A insulina NPH é uma insulina de ação intermediária.</p><p>A alternativa C está correta. A insulina glulisina é uma insulina ultrarrápida de ação curta.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>81</p><p>A alternativa D está incorreta. A glargina é uma insulina de longa duração (24 horas).</p><p>A alternativa E está incorreta. A insulina detemir é uma insulina de longa duração (24 horas).</p><p>12. (FUNDEP - Prefeitura de Itatiaiuçu-MG – 2018) No tratamento do Diabetes Mellitus são</p><p>empregadas as insulinas. A insulina que é de ação prolongada é a:</p><p>a) aspart.</p><p>b) glargina.</p><p>c) glulisina.</p><p>d) lispro.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A insulina aspart é uma insulina de ação ultrarrápida.</p><p>A alternativa B está correta. A insulina glargina é caracterizada com uma insulina de ação</p><p>longa, que não apresenta pico de ação e a mesma pode se estender por até 24 horas.</p><p>A alternativa C está incorreta. A insulina glulisina é definida como uma insulina de ação</p><p>ultrarrápida.</p><p>A alternativa D está incorreta. A insulina lispro é definida como uma insulina de ação</p><p>ultrarrápida.</p><p>13. (CESPE - HUB - 2018) A respeito do tratamento medicamentoso do diabetes melito</p><p>(DM), julgue o próximo item. “A gliclazida é considerada um sensibilizador da insulina e age</p><p>em PPAR-γ”.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentários:</p><p>O item está errado. A gliclazida é classificada como sulfonilureia de 2ª geração que se liga</p><p>no sítio de ligação dos canais de K+ sensíveis a ATP. Desta forma, promove a despolarização</p><p>da membrana e posterior abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem, o que</p><p>faz com que aumente a concentração do mesmo no interior da célula. O aumento dos níveis</p><p>de cálcio intracelular estimula as vesículas que armazenam a insulina, estimulando assim sua</p><p>liberação pelas células beta pancreática.</p><p>14. (CESPE - FUB - 2018) A respeito do tratamento medicamentoso do diabetes melito</p><p>(DM), julgue o próximo item. “A metformina é reconhecidamente segura devido ao baixo</p><p>risco de causar hipoglicemia ou acidose láctica.”</p><p>( ) Certo</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>82</p><p>( ) Errado</p><p>Comentários:</p><p>O item está certo. A metformina é a primeira escolha para pacientes que apresentam</p><p>Diabetes Mellitus tipo 2 principalmente, pois pode ser indicada para pacientes que</p><p>apresentam sobrepeso e/ou obesidade. Além disso, o fato de não estimular a secreção de</p><p>insulina,</p><p>subitem. Vale lembrar que fazer questões é uma excelente alternativa para testar</p><p>seu conhecimento e nortear sua revisão para os pontos que necessitam de reforço.</p><p>Para a elaboração da aula foram utilizadas duas obras principais na área de Farmacologia:</p><p>§ Farmacologia Básica e Clínica de Katzung:</p><p>Katzung, B.G. Farmacologia Básica e Clínica. 13ª ed. Editora Artmed. Porto Alegre. 2017.</p><p>§ As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman e Gilman:</p><p>Brunton, L.L.; Chabner, B.A.; Knollmann, B.C. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de</p><p>Goodman e Gilman. 13ª ed. Editora AMGH. Porto Alegre. 2018.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5</p><p>Vamos caminhar juntos com explicações e comentários importantes que irão nos</p><p>auxiliar a compreender melhor cada subitem da nossa aula de hoje. Por último, com auxílio</p><p>das questões, vamos compreender como tais assuntos são cobrados pelas bancas</p><p>organizadoras, revisando o conteúdo estudado e percebendo quais pontos precisamos</p><p>revisar.</p><p>Vamos juntos?</p><p>Hoje é um lindo dia para estudar Farmacologia ;)</p><p>Boa aula.</p><p>Prof. Rafaela Gomes.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6</p><p>FARMACOLOGIA E FARMACOTERAPIA DO DIABETES</p><p>MELLITUS</p><p>Diabetes</p><p>O Diabetes Mellitus é caracterizado por um espectro de distúrbios metabólicos que</p><p>tem como consequência o aumento da glicemia (hiperglicemia). O quadro do diabetes é</p><p>definido por altos níveis glicêmicos relacionados a liberação inadequada de insulina ou total</p><p>ausência da produção de insulina.</p><p>O diabetes está relacionado a diferentes fatores como os genéticos e ambientais e</p><p>apresenta consequências e complicações como: retinopatia, nefropatia, neuropatia</p><p>periférica e doenças cardiovasculares.</p><p>A neuropatia periférica (ou neuropatia diabética) é uma das complicações</p><p>crônicas mais comuns diabetes. Tal condição está relacionada ao</p><p>comprometimento dos nervos periféricos que geram dormência e perda de</p><p>sensibilidade que começa nos pés e mãos e podem acometer braços e</p><p>pernas.</p><p>Em função da perda de sensibilidade nas extremidades, os pacientes com</p><p>neuropatia periférica podem demorar para notar feridas nos pés. Além</p><p>disso, os pacientes diabéticos também apresentam processo de cicatrização</p><p>inadequado ou prolongado. Desta forma, podem surgir feridas recorrentes</p><p>que demoram para cicatrizar gerando o pé diabético.</p><p>De acordo com Organização Mundial de Saúde (OMS), o pé diabético é o</p><p>pé de um indivíduo diabético com infeção, ulceração (úlcera) ou destruição</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7</p><p>do pé provocada por alterações dos nervos ou dos vasos (artérias). O</p><p>agravamento desta condição pode gerar amputação.</p><p>O diagnóstico do diabetes pode ser classificado em diferentes categorias, as mais</p><p>prevalentes são: Diabetes Mellitus tipo 1, Diabetes Mellitus tipo 2 e o Diabetes Mellitus</p><p>Gestacional.</p><p>De acordo com a Federação Internacional de Diabetes, em 2019, o número de</p><p>indivíduos a nível global com diabetes mellitus tipo 1 (DMT1) e diabetes mellitus tipo</p><p>2 (DMT2) diagnosticados e não diagnosticados chegou à 463 milhões de adultos entre</p><p>20-79 anos, predominantemente em homens. As projeções apontam que em 2030</p><p>esse número pode ser de 578,4 milhões. A Federação aponta que o Brasil é o 3º país</p><p>com maior presença de novos casos e ocupa a 5ª colocação entre os países com maior</p><p>incidência da doença, somente atrás de China, Índia, Estados Unidos e Paquistão.</p><p>O controle efetivo da glicemia depende do funcionamento adequado das células</p><p>β-pancreáticas. As células β-pancreáticas são constituídas de ilhotas de Langherans, as quais</p><p>se apresentam como pequenos agrupamentos de células endócrinas situadas no interior do</p><p>pâncreas. Tais ilhotas são compostas por diferentes tipos celulares que geram diferentes</p><p>produtos secretores:</p><p>Ä Células alfa - glucagon</p><p>Ä Células beta - insulina</p><p>Ä Células delta - somatostatina</p><p>Ä Células PP - polipeptídio pancreático</p><p>Ä Células G - gastrina</p><p>Em nossa aula vamos focar no estudo das β-pancreáticas, pois apresentam papel</p><p>crucial na produção de insulina. Desta forma, o estímulo da produção deste hormônio</p><p>acarretará na inibição da síntese de glicose pelas células hepáticas, resultando no</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>8</p><p>controle glicêmico. Portanto, a produção de insulina tem com finalidade estabelecer</p><p>níveis estáveis de glicose no sangue em jejum e durante a ingestão de alimentos.</p><p>Vamos recapitular os diferentes fatores que podem estimular a secreção de</p><p>insulina:</p><p>§ Ingestão de alimentos</p><p>§ Absorção de nutrientes</p><p>§ Aumento de glicose no sangue</p><p>§ Alta concentração de aminoácidos</p><p>§ Presença de ácidos graxos</p><p>§ Presença de corpos cetônicos</p><p>Alguns medicamentos podem aumentar ou diminuir o nível de glicose no</p><p>sangue indiretamente, implicando assim na secreção de insulina.</p><p>Dentre os que promovem aumento da glicemia temos os corticoides,</p><p>antipsicóticos atípicos e diazóxido. Por outro lado, alguns medicamentos</p><p>podem reduzir a concentração de glicose. Dentre estes podemos citar os</p><p>IECA, bromocriptina e os β-bloqueadores.</p><p>A insulina é formada a partir da pró-insulina que ao ser transportada e sofrer reações</p><p>no retículo endoplasmático e no complexo de golgi gera produtos como a insulina e o</p><p>peptídeo C. Após secretada a insulina possuiu meia vida de 5-6 minutos, sendo eliminada</p><p>do sangue pelos rins e fígado.</p><p>A figura a seguir mostra de forma mais detalhada a fisiologia de produção e</p><p>secreção da insulina pelas células β-pancreáticas.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>9</p><p>Figura 1. Liberação de Insulina pelas células β pancreáticas. Adaptada de Katzung 13ª edição.</p><p>A secreção da insulina ocorre em diferentes etapas que estão interligadas entre si.</p><p>De início ocorre captação da glicose nas células β a partir do transportador GLUT-2. Com a</p><p>presença e aumento da glicose no meio intracelular, a mesma sofre fosforilação com</p><p>aumento dos níveis de ATP. O ATP em alta concentração se liga aos canais de K+ sensíveis</p><p>a ATP bloqueando-os. Os canais de K+ bloqueados estimulam a despolarização da</p><p>membrana e a abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem. Assim, promove-se</p><p>o aumento do cálcio no meio intracelular fazendo com que as vesículas de armazenamento</p><p>(onde estão as insulinas) secretem insulina para o meio extracelular.</p><p>A insulina liberada poderá se ligar em receptores específicos no fígado, músculo</p><p>esquelético e tecido adiposo. Entretanto, tal mecanismo ocorre em organismo em equilíbrio</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>10</p><p>fisiológico. Em caso de alteração fisiológica, pode haver comprometimento da produção</p><p>e/ou ação da insulina.</p><p>Os receptores de insulina estão majoritariamente presentes no músculo</p><p>esquelético, fígado e tecido adiposo e como exemplo temos o IGF-I, IGF-</p><p>II, pertencendo à grande classe dos receptores tirosina quinase.</p><p>O indivíduo com Diabetes Mellitus tipo 1 possui evidente destruição das células β,</p><p>gerando total ou quase total ausência na produção de insulina. Tal fato tem prevalência em</p><p>situações autoimunes, mas também pode ocorrer de forma idiopática. Em geral, o Diabetes</p><p>Mellitus tipo 1 acomete mais crianças do que adultos, mas nota-se também a ocorrência em</p><p>jovens adultos. O tratamento para este tipo de diabetes consiste predominantemente em</p><p>reposição de insulina ou insulinoterapia.</p><p>Por outro</p><p>reduz a capacidade de causar hipoglicemia. O efeito farmacológico ocorre através</p><p>da ativação da AMPk com aumento da captação de glicose e redução da lipogênese e</p><p>gliconeogênese.</p><p>15. (CESPE - FUB - 2018) A insulinoterapia é indicada como opção secundária de tratamento</p><p>para pacientes com DM tipo 1 se o controle com a medicação oral se mostrar inadequado.</p><p>( ) Certo</p><p>( ) Errado</p><p>Comentários:</p><p>O item está errado. A insulinoterapia é majoritariamente indicada para pacientes que</p><p>apresentam Diabetes Mellitus tipo 1 e em casos específicos de pacientes com Diabetes</p><p>Mellitus tipos 2 não controlados com hipoglicemiantes orais ou injetáveis.</p><p>16. (UNIFIL - Prefeitura de Jardim Alegre-PR – 2019) Entre os vários tipos de insulinas</p><p>disponíveis para o tratamento de diabetes, assinale a alternativa que descreve</p><p>corretamente o melhor horário para a administração de uma insulina do tipo rápida (insulina</p><p>humana regular).</p><p>a) Deve ser injetada imediatamente antes das refeições</p><p>b) Deve ser injetada entre 30 e 45 minutos antes do início das refeições.</p><p>c) Deve ser injetada de 0 a 15 minutos antes do início das refeições.</p><p>d) Não há especificação de horário</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A insulina de ação rápida e curta como a insulina regular deve</p><p>ser administrada cerca de 30-45 minutos antes das refeições a fim de impedir hipoglicemia</p><p>pós prandial.</p><p>A alternativa B está correta. A insulina de ação rápida e curta, como a insulina regular, deve</p><p>ser administrada cerca de 30-45 minutos antes das refeições a fim de impedir hipoglicemia</p><p>pós prandial.</p><p>A alternativa C está incorreta. As insulinas ultrarrápidas como lispro, aspart e glulisina que</p><p>podem ser administradas de 15-30 minutos antes das refeições.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>83</p><p>A alternativa D está incorreta. Todos os tipos de insulina, sejam elas de ação ultrarrápida,</p><p>rápida, intermediária e de ação longa apresentam especificação quanto ao horário para</p><p>administração.</p><p>17. (PRÓ-MUNICÍPIO - Prefeitura de Massapê-CE – 2019) A diabetes é uma síndrome</p><p>caracterizada pela hiperglicemia devida a uma falta absoluta ou relativa de insulina e/ou</p><p>resistência à insulina. As sulfonilureias é uma classe de medicamentos que tem como</p><p>principal função:</p><p>a) Retardar a absorção de carboidratos;</p><p>b) Reduzir a produção excessiva de glicose no fígado;</p><p>c) Reduzir a resistência periférica à insulina;</p><p>d) Estimular a secreção de insulina.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa D está correta. As sulfonilureias, a exemplo da gliclazida, se ligam nos sítios de</p><p>ligação dos canais de K+ sensíveis a ATP. Sendo assim, promovem despolarização da</p><p>membrana e posterior abertura dos canais de cálcio dependentes de voltagem, o que</p><p>aumenta a concentração do mesmo no interior da célula. O aumento do cálcio intracelular</p><p>vai estimular as vesículas onde estão armazenadas a insulina, estimulando assim sua</p><p>liberação pelas células beta pancreática.</p><p>18. (FUNDEP – Prefeitura de Lagoa Santa-MG – 2018) Considerando que as insulinas</p><p>apresentam características farmacocinéticas que determinam a duração da ação, relacione</p><p>a COLUNA II com a COLUNA I, associando a insulina à sua classificação, tendo em vista a</p><p>duração de ação.</p><p>COLUNA I</p><p>1. Longa duração</p><p>2. Intermediária</p><p>3. Ultrarrápida</p><p>COLUNA II</p><p>( ) Degludec</p><p>( ) Glargina</p><p>( ) Glulisina</p><p>( ) Lispro</p><p>( ) NPH</p><p>Assinale a sequência correta.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>84</p><p>a) 1 1 3 3 2</p><p>b) 1 2 2 3 2</p><p>c) 2 2 1 3 3</p><p>d) 2 3 1 1 3</p><p>Comentários:</p><p>As insulinas de longa duração são degludec e glargina. Tem início entre 2-5 horas, não</p><p>apresentam pico de ação e sua ação pode-se estender por até 24 horas.</p><p>A insulina de ação intermediária NPH apresenta pico de ação entre 4-8 horas após</p><p>administração e sua duração máximo pode se estender em até 16 horas.</p><p>As insulinas ultrarrápidas de ação curta são a glulisina e lispro, com início de duração de 15-</p><p>30 minutos após administração e possui pico de ação entre 1-2 horas.</p><p>A sequência correta é 1 1 3 3 2. Portanto, a alternativa A está correta.</p><p>19. (IBFC – IBFC – 2019) Na atualidade, há diversos tipos de insulinas destinadas a terapia</p><p>do diabetes. Analise as afirmativas abaixo, dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).</p><p>( ) As insulinas de ação rápida apresentam início de ação de 5 (cinco) a 15 (quinze) minutos</p><p>após a administração. Além disso, apresentam coloração transparente.</p><p>( ) As insulinas de ação intermediária possuem o pico de ação de 5 (cinco) a 8 (oito) horas</p><p>após a administração. Este tipo de insulina possui aspecto leitoso e turvo.</p><p>( ) A insulina glargina possui longa duração, uma vez que, o seu efeito pode durar até 24</p><p>(vinte e quatro) horas após a administração. Apresenta-se coloração transparente.</p><p>Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima pra baixo.</p><p>a) V, V, V</p><p>b) F, V, V</p><p>c) F, V, F</p><p>d) V, F, F</p><p>Comentários:</p><p>A afirmativa I é fala. A insulina de ação rápida e curta, caracterizada com insulina regular</p><p>apresenta um início de ação de 30-60 minutos após administração.</p><p>A afirmativa II é verdadeira. A insulina de ação intermediária NPH apresenta pico de ação</p><p>entre 4-8 horas após administração. Sendo que como se apresenta uma protamina neutra</p><p>complexada com zinco seu aspecto pode ser turvo devido à presença desses componentes.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>85</p><p>A afirmativa III é verdadeira. A glargina é uma insulina de longa duração, até 24 horas, sendo</p><p>que não apresenta pico de ação e se estabelece como um análogo de insulina com</p><p>coloração transparente.</p><p>Com isso, a alternativa B está correta.</p><p>20. (EXCELÊNCIA – Prefeitura de Catanduvas-PR – 2019) Sobre os tipos de insulinas e sua</p><p>duração de ação, assinale a alternativa CORRETA.</p><p>a) A insulina do tipo aspart é de longa duração e não apresenta pico de ação.</p><p>b) A insulina do tipo regular é de ação rápida e tem início de ação entre 30 minutos a 1 hora.</p><p>c) A insulina do tipo glargina tem ação ultrarrápida e duração de efeito em torno de 3 a 5</p><p>horas.</p><p>d) Nenhuma das alternativas.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A insulina aspart é uma insulina ultrarrápida que apresenta</p><p>pico de ação entre 1-2 horas após sua administração.</p><p>A alternativa B está correta. A insulina regular é uma insulina de ação curta é rápida que tem</p><p>seu início entre 30-60 minutos e apresenta pico de ação entre 2-3 horas após administração.</p><p>A alternativa C está incorreta. A glargina é uma insulina de longa duração e não apresenta</p><p>pico de ação. Sua duração de efeito se estende em até 24 horas.</p><p>A alternativa D está incorreta. A alternativa B está correta.</p><p>21. (FEPESE – Prefeitura de Florianópolis-SC – 2019) A insulina é degradada no trato</p><p>gastrointestinal e habitualmente administrada por injeção subcutânea, mas também por via</p><p>intravenosa ou intramuscular em situações de emergência. Considerando essas</p><p>informações, os tipos de insulina presentes na REMUME de Florianópolis e o papel do</p><p>farmacêutico nesse contexto, assinale a alternativa correta.</p><p>a) Uma vez absorvida, a insulina possui meia-vida de eliminação de aproximadamente 50</p><p>minutos. É inativada enzimaticamente no fígado e no rim.</p><p>b) A insulina NPH é considerada de tempo de ação intermediário e a insulina regular é</p><p>considerada de tempo de ação rápido e ambas estão presentes na REMUME de</p><p>Florianópolis.</p><p>c) Um dos principais problemas no uso da insulina regular, de ação prolongada, são as</p><p>amplas flutuações observadas nas concentrações plasmáticas.</p><p>d) A insulina glargina, presente na REMUME de Florianópolis, é um análogo de insulina</p><p>modificada para propiciar um aporte basal constante de insulina.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>86</p><p>e) Por ser um hormônio endógeno, as insulinas não possuem potencial de causar efeitos</p><p>adversos graves.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A insulina apresenta tempo de meia vida entre 5-6 minutos.</p><p>A alternativa B está correta. A insulina NPH é uma protamina neutra complexada com zinco,</p><p>o que a torna a absorção um pouco mais lenta. A insulina regular é uma insulina de ação</p><p>curta e rápida, a partir de uma solução aquosa, com pH neutro e administração de 30-45</p><p>minutos antes das refeições.</p><p>A alternativa C está incorreta. A insulina regular é caracterizada como de ação rápida e curta.</p><p>A alternativa D está incorreta. A glargina é um análogo de insulina humana de longa</p><p>duração.</p><p>A alternativa E está incorreta. A insulina possui como efeitos adversos hipoglicemia,</p><p>lipodistrofia, alergia e resistência insulínica em alguns casos.</p><p>22. (FUNDATEC – Prefeitura de São Borja/RS – 2019) Qual o mecanismo de ação da</p><p>Metformina?</p><p>a) Aumenta a secreção insulínica.</p><p>b) Retarda a absorção de carboidratos.</p><p>c) Aumenta a sensibilidade à insulina em músculo.</p><p>d) Reduz a produção hepática de glicose com menor ação sensibilizadora da ação insulínica.</p><p>e) Aumenta o nível de GLP-1, com aumento da síntese e secreção de insulina.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa D está correta. A metformina é uma biguanida que vai atuar aumentando a</p><p>atividade da AMPK, sendo está ativada através de sua fosforilação. A ativação estimula a</p><p>oxidação de ácidos graxos, bem como a captação de glicose e a redução de lipogênese e</p><p>gliconeogênese.</p><p>23. (GUALIMP – Prefeitura de Laje de Muriaé-RJ – 2019) Pode-se afirmar sobre metformina,</p><p>EXCETO:</p><p>a) O efeito colateral mais sério é a acidose láctica, particularmente se os rins não estiverem</p><p>funcionando normalmente.</p><p>b) O fármaco é metabolizado pelo fígado, sendo excretado como composto inativo pela</p><p>urina.</p><p>c) Quando utilizada no tratamento da Síndrome dos Ovários Policísticos, a posologia é de,</p><p>usualmente, 1.000 a 1.500 mg por dia (2 ou 3 comprimidos de 500 mg) divididos em 2 ou 3</p><p>tomadas.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>87</p><p>d) As biguanidas têm sua principal indicação em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 com</p><p>índice de massa corporal aumentado ou obesos.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A metformina apresenta tem como principais efeitos adversos</p><p>os efeitos gastrointestinais e o aumento de ácido láctico.</p><p>A alternativa B está correta. A metformina é excretada na urina sob forma inalterada e não</p><p>em composto inativo.</p><p>A alternativa C está incorreta. A posologia é de, usualmente, 1.000 a 1.500 mg por dia (2</p><p>ou 3 comprimidos de 500 mg) divididos em 2 ou 3 tomadas. Aconselha-se iniciar o</p><p>tratamento com dose baixa (1 comprimido de 500 mg/dia) e aumentar gradualmente a dose</p><p>(1 comprimido de 500 mg a cada semana) até atingir a posologia desejada. Em alguns casos,</p><p>pode ser necessário o uso de 1 comprimido de 850 mg 2 a 3 vezes ao dia (1.700 a 2.250</p><p>mg/dia). Para a apresentação de 1g, recomenda-se o uso de 1 a 2 comprimidos ao dia.</p><p>A alternativa D está incorreta. A metformina sendo uma biguanida é o tratamento de 1ª</p><p>escolha para o diabetes mellitus tipo 2 em pacientes que apresentam sobrepeso e/ou</p><p>obesidade e por sua capacidade de não promover hipoglicemia.</p><p>24. (GUALIMP – Prefeitura de Laje de Muriaé-RJ – 2019) Com relação à Metformina</p><p>considere a alternativa INCORRETA:</p><p>a) A metformina melhora a ação da insulina no fígado, diminuindo a produção hepática da</p><p>glicose em 10 a 30%.</p><p>b) A metformina melhora a ação da insulina no músculo, aumentando a captação de glicose</p><p>em 15 a 40% e estimulando a glicogênese.</p><p>c) No adipócito, a metformina estimula a lipólise e a disponibilidade de ácidos graxos livres</p><p>(FFA).</p><p>d) A nível celular foi demonstrado que a metformina aumenta a atividade da tirosinaquinase</p><p>do receptor da insulina, estimulando a translocação do GLUT4 e a atividade da glicogênio-</p><p>sintetase.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A metformina tem como uma das funções estimular a</p><p>captação de glicose, bem como reduzir a estimulação da lipogênese e da gliconeogênese.</p><p>A alternativa B está incorreta. A metformina promove melhor captação de glicose a nível</p><p>hepático e não muscular. A captação muscular é menor evidenciada.</p><p>A alternativa C está correta. A metformina atua aumentando a atividade da AMPK pois ativa</p><p>sua fosforilação. Com isso, induz a oxidação de ácidos graxos, bem como estímulo de</p><p>lipólise.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>88</p><p>A alternativa D está incorreta. A metformina é capaz de aumentar o transporte de todos os</p><p>tipos de transportadores de glicose de membrana (GLUTs) conhecidos até hoje.</p><p>25. (GUALIMP – Prefeitura de Laje de Muriaé-RJ – 2019) Sobre os hipoglicemiantes orais,</p><p>são inibidores competitivos da alfa-glicosidase, EXCETO:</p><p>a) Acarbose.</p><p>b) Miglitol.</p><p>c) Voglibose.</p><p>d) Troglitazona.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa D está correta. A troglitazona é um hipoglicemiante oral da classe dos</p><p>tiazolidinediona, assim como a pioglitazona e rosiglitazona, atuam se ligando ao receptor</p><p>PPAR-Y o que estimular a diferenciação dos adipócitos, captação de ácidos graxos</p><p>circulantes, desloca os reservas de lipídios para os tecidos adiposos. Com isso, aumenta a</p><p>sensibilidade de insulina e a captação de glicose.</p><p>26. (GUALIMP – Prefeitura de Laje de Muriaé-RJ – 2019) Qual das sulfonilureias</p><p>apresentadas a seguir é descrita como de primeira geração?</p><p>a) Gliclazida.</p><p>b) Glipizida.</p><p>c) Clorpropamida.</p><p>d) Glibenclamida.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A gliclazida é um hipoglicemiante oral da classe das</p><p>sulfonilureias de segunda geração sendo de 100 a 200 x mais potentes que os de 1ª geração.</p><p>A alternativa B está incorreta. A glipizida é um hipoglicemiante oral da classe das</p><p>sulfonilureias de segunda geração sendo de 100 a 200 x mais potentes que os de 1ª geração.</p><p>A alternativa C está correta. A clorpropamida é um hipoglicemiante oral de primeira geração</p><p>bem como a tolbutamida que possuem afinidade baixa com os canais de K+ sensíveis a ATP.</p><p>A alternativa D está incorreta. A glibenclamida é um hipoglicemiante oral da classe das</p><p>sulfonilureias de segunda geração sendo de 100 a 200 x mais potentes que os de 1ª geração.</p><p>27. (INSTITUTO AOCP – EBSERH – 2017) No screening neonatal, para detectar o</p><p>hipotireoidismo congênito, conhecido por “teste do pezinho”, e também no</p><p>hipotireoidismo do adulto, um dos exames de primeira linha a ser realizado para esse fim é</p><p>a dosagem sérica de</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>89</p><p>a) T3.</p><p>b) Tireoglobulina.</p><p>c) TSH.</p><p>d) LH.</p><p>e) Iodina.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A dosagem sérica de T3 geralmente é solicitada para casos</p><p>suspeitos de hipertireoidismo e também para acompanhamento do tratamento de hiper e</p><p>hipotireoidismo. Em geral, é solicitada juntamente com a dosagem sérica de T4 livre.</p><p>A alternativa B está incorreta. A tireoglobulina serve como um marcador tumoral de câncer</p><p>da tireoide. Outro parâmetro relacionado à tireoglobulina que pode ser solicitado para</p><p>diagnóstico de tireoidite de Hashimoto é o anticorpo anti tireoglobulina (Anti-TGO), que</p><p>quando aumentado pode indicar presença do distúrbio.</p><p>A alternativa C está correta. O hormônio tireoestimulante (TSH) é o marcado empregado</p><p>no diagnóstico de hipotireoidismo, pois este hormônio é muito sensível as variações dos</p><p>hormônios tireoidianos. Portanto, pode estar alterado antes mesmo da alteração</p><p>significativa de T3 e T4.</p><p>A alternativa D está incorreta. O LH é o hormônio luteinizante, produzido pela</p><p>adenohipófise e relacionado, por exemplo, ao ciclo ovulatório feminino.</p><p>A alternativa</p><p>E está incorreta. A dosagem sérica pode auxiliar na detecção de deficiência</p><p>de iodo</p><p>28. (INSTITUTO AOCP – EBSERH – 2015) A tireoide é uma glândula responsável pelo</p><p>metabolismo basal no corpo humano. Sobre o metabolismo dos hormônios tireoidianos,</p><p>assinale a alternativa correta.</p><p>a) A concentração plasmática de iodo não interfere no metabolismo da tireoide.</p><p>b) A captação e a concentração de iodo pela tireoide independem da concentração</p><p>plasmática do TSH.</p><p>c) Em indivíduos com o metabolismo normal, a concentração plasmática do T3 é 40 vezes</p><p>maior que a concentração plasmática do T4.</p><p>d) Valores plasmáticos de TSH maiores que 5 um/L são indicativos de hipertireoidismo.</p><p>e) O TSH regula a liberação dos hormônios tireoidianos pela tireoide.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa A está incorreta. A concentração plasmática de iodo interfere no metabolismo</p><p>da tireoide, pois o processo de biossíntese dos hormônios tireoidianos depende de iodo.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>90</p><p>Desta forma, em caso de deficiência de iodo na dieta, pode ocorrer o desenvolvimento de</p><p>quadro de hipotireoidismo.</p><p>A alternativa B está incorreta. O hormônio tireoestimulante (TSH) é responsável por</p><p>estimular a glândula da tireoide a produzir os hormônios tireoidianos, portanto, interfere na</p><p>captação de iodo pela glândula.</p><p>A alternativa C está incorreta. Em indivíduos com o metabolismo normal, a concentração</p><p>plasmática do T4 é maior que a concentração plasmática do T3.</p><p>A alternativa D está incorreta. Atualmente o intervalo de referência do TSH é de 0,40 a 4,30</p><p>µUI/mL</p><p>A alternativa E está correta. O TSH é responsável pela regulação da liberação dos hormônios</p><p>tireoidianos através do mecanismo de retroalimentação negativa. O aumento dos níveis de</p><p>hormônios tireoidianos atua na hipófise reduzindo a liberação de TSH. Por outro lado, a</p><p>redução dos níveis de hormônios tireoidianos aumenta a liberação de TSH.</p><p>29. (GSA CONCURSOS – Prefeitura de Abelardo Luz-SC – 2020) Sobre os fármacos</p><p>utilizados no tratamento da osteoporose, é correto afirmar:</p><p>I) Calcitonina inibe a atividade osteoclástica, diminuindo a ressorção óssea e regulando</p><p>níveis plasmáticos e cálcio, com ação geralmente oposta à de PTH (paratormônio). A</p><p>calcitonina exógena tem origem humana ou de salmão, essa última para uso como aerossol.</p><p>II) O raloxifeno é um modulador seletivo do receptor de estrógeno aprovado para</p><p>tratamento da osteoporose em mulheres na pós-menopausa. Esse medicamento aumenta</p><p>o risco de eventos tromboembólicos e não deve ser usado concomitantemente com</p><p>estrógenos sistêmicos.</p><p>III) A biodisponibilidade oral dos bifosfonatos fica entre 1 e 3% da dose ingerida, a qual é</p><p>diminuída pela ingestão com alimentos, cálcio, ferro, café ́, chá ́ e suco de laranja.</p><p>Recomenda-se a ingestão desses fármacos em jejum, com um copo de água, não devendo</p><p>o paciente deitar ou fazer desjejum nos próximos 60 minutos.</p><p>a) Somente I está correta.</p><p>b) Somente II está correta.</p><p>c) Somente III está correta.</p><p>d) Somente I e II estão corretas.</p><p>e) Somente II e III estão corretas.</p><p>Comentários:</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>91</p><p>A afirmativa I está correta. A calcitonina pode ser empregada como alternativa terapêutica</p><p>para o tratamento de alguns distúrbios da homeostasia do mineral ósseo. A calcitonina age</p><p>reduzindo a reabsorção óssea.</p><p>A alternativa II está correta. O raloxifeno é MSRE indicado como alternativa terapêutica no</p><p>tratamento da osteoporose pós-menopausa. Dentre os efeitos adversos temos o aumento</p><p>o aumento do risco de tromboembolismo e como age nos receptores de estrogênio não</p><p>deve ser associado a estrógenos</p><p>A alternativa III está incorreta. A biodisponibilidade oral dos bifosfonatos fica em torno de</p><p>10 % da dose ingerida, a qual é diminuída pela ingestão com alimentos. A recomendação é</p><p>que a ingestão desses fármacos seja realizada em jejum, com um copo de água, não</p><p>devendo o paciente deitar ou fazer desjejum por cerca de 30 minutos após o uso.</p><p>Portanto, a alternativa correta é letra D.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>92</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>lado, os indivíduos com Diabetes Mellitus tipo 2 possuem</p><p>comprometimento na ação/sensibilidade e também na secreção da insulina. Desta forma,</p><p>temos a resistência insulínica. Em geral, acomete mais indivíduos adultos, também sendo</p><p>evidenciados em crianças. O tratamento é constituído por hipoglicemiantes orais e</p><p>injetáveis, porém em alguns casos não controlados também pode haver a necessidade de</p><p>insulinoterapia.</p><p>Por fim, a Diabetes Mellitus Gestacional é caracterizada por gestantes que</p><p>apresenta elevação dos índices de glicose (só evidenciada durante a gravidez), mas não</p><p>alcançando os níveis estabelecidos para Diabetes Mellitus tipo 2. Este distúrbio está</p><p>relacionado com a presença de hormônios placentários que induzem ao quadro de</p><p>resistência a insulina. Festa forma o tratamento também é pautado em insulinoterapia.</p><p>Mas a partir do momento que qualquer desses tipos de diabetes não se encontra</p><p>controlada, pode-se gerar diferentes complicações, como:</p><p>§ Cetoacidose metabólica</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>11</p><p>§ Estado hiperosmolar hiperglicêmico</p><p>§ Complicações micro e macrovasculares: retinopatia, neuropatia, nefropatia, infarto,</p><p>derrame cerebral, além do pé diabético.</p><p>O manejo e tratamento deve ser pautado em 3 vertentes</p><p>Ø Controle da glicemia – dieta/mudança do estilo de vida; prática de exercícios e</p><p>tratamento farmacológico (insulinoterapia, hipoglicemiantes orais e injetáveis);</p><p>Ø Tratamento das condições associadas – doenças cardiovasculares, obesidade e</p><p>dislipidemias</p><p>Ø Tratamento das complicações – neuropatia, nefropatia, retinopatia e outras.</p><p>Insulinoterapia</p><p>A insulinoterapia é recomendada para casos de Diabetes Mellitus tipo 1 e em casos</p><p>de Diabetes Mellitus tipo 2 não controlada. A insulinoterapia pode ser administrada pela via</p><p>intravenosa, intramuscular e via subcutânea (mais empregada).</p><p>A insulina se apresenta sob diferentes tipos de preparações comerciais e sua</p><p>atuação vai depender do tempo de início e duração da ação.</p><p>A classificação das insulinas pode variar em função do autor. Portanto,</p><p>iremos abordar as classificações das duas principais referências</p><p>bibliográficas em Farmacologia.</p><p>Classificação das Insulinas - Katzung</p><p>Classificação das Insulinas - Goodman</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>12</p><p>Classificação das Insulinas (Katzung)</p><p>O livro do Katzung classifica as insulinas de acordo com a duração de ação das</p><p>preparações, estabelecendo quatro tipos principais.</p><p>Ø Insulinas ultrarrápidas ou de ação rápida – com início de ação muito rápido e curta</p><p>duração.</p><p>Ø Insulinas rápidas ou de ação curta – com início de ação rápida e curta duração.</p><p>Ø Insulinas intermediárias – com ação intermediária.</p><p>Ø Insulinas de longa duração – com início de ação lento e longa duração.</p><p>O gráfico apresentado abaixo demonstra a extensão e duração da ação dos</p><p>diversos tipos de insulina.</p><p>Figura 1. Adaptada de Katzung 12ª edição.</p><p>Insulinas ultrarrápidas</p><p>Dentre as insulinas ultrarrápidas três análogos humanos específicos: insulina lispro,</p><p>insulina asparte e insulina glulisina.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>13</p><p>A insulina lispro possui estrutura praticamente idêntica a insulina humana ressalvada</p><p>a inversão de aminoácidos nas posições B28 e B29, fato que confere a insulina lispro</p><p>capacidade de dissociar em monômero logo após a administração. Sendo assim, possui</p><p>ação mais curta e rápida em relação a insulina humana. A validade da preparação lispro é</p><p>estendida devido ao emprego do conservante cresol.</p><p>A insulina asparte, por sua vez, possui estrutura semelhante a insulina humana com</p><p>a substituição da prolina (posição B28) pelo ácido aspártico. Enquanto a insulina glulisina é</p><p>obtida a partir da substituição da lisina por ácido glutâmico (posição B29) e da troca da</p><p>asparagina pela lisina na posição B23.</p><p>As insulinas ultrarrápidas permitem melhor reposição pré-prandial da insulina em</p><p>virtude de seu rápido início de ação. Vale ressaltar que devem ser administradas de 15 a 30</p><p>minutos antes das refeições, apresentando pico de ação entre 1 a 2 horas com duração de</p><p>3-5 horas.</p><p>Insulina rápida</p><p>A insulina rápida disponível para comercialização é a insulina regular (humana),</p><p>obtida a partir de técnicas de DNA recombinante. A insulina regular se apresenta como</p><p>solução transparente em pH neutro e possui pequenas quantidades de zinco para melhorar</p><p>a estabilidade. Após administração subcutânea ocorre depósito de hexâmeros de insulina</p><p>(agregados) que são gradualmente diluídos formando monômeros que serão absorvidos. A</p><p>formação do depósito de insulina prolonga a ação da insulina regular.</p><p>Ademais, é administrada de forma subcutânea 30 a 60 minutos antes das refeições,</p><p>seu pico de ação ocorre em 2 a 3 horas, com duração média de 4 a 6 horas podendo se</p><p>estender de 6 a 8 horas de duração máxima.</p><p>Insulina intermediária</p><p>A insulina NPH, também denominada proteína neutra de Hagedorn (ou isófana),</p><p>possui sua absorção lenta devido a combinação da insulina com a protamina complexada.</p><p>Após a administração, as enzimas teciduais serão responsáveis pela degradação da</p><p>protamina, possibilitando a absorção da insulina. A insulina NPH deve ser administrada de</p><p>2 a 4 horas antes das refeições e possui um pico de ação entre 4 a 5 horas com duração de</p><p>8 a 12 horas. A duração máxima, por sua vez, pode ser evidenciada em 14 a 16 horas.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>14</p><p>No geral, a insulina NPH pode ser combinada com insulinas de ação ultrarrápidas</p><p>(lispro, aspart, glulisina) para controle da glicemia pós prandial. Contudo, sua aplicação</p><p>clínica uso está reduzida em função da variabilidade farmacocinética. A absorção da insulina</p><p>NPH pode variar em cerca de 50 %.</p><p>Insulinas de longa duração</p><p>As principais insulinas de longa duração são: glargina, detemir e degludec. A</p><p>glargina e o detemir são insulinas solúveis e transparentes. Vale destacar que as insulinas</p><p>de longa duração não apresentam pico de ação, ou seja, exibem um platô de concentração</p><p>plasmática.</p><p>Ø Glargina – insulina desenvolvida para estabelecer produção de insulina basal,</p><p>reprodutível e conveniente. A glargina é solúvel em pH ácido (pH = 4), porém em pH neutro</p><p>ocorre precipitação. O precipitado cristalino libera lentamente a insulina proporcionado</p><p>concentrações constantes de insulina. A glargina não pode ser misturada na mesma seringa</p><p>com outro tipo de insulina, pois a associação pode alterar o pH da formulação tornando-a</p><p>instável e susceptível a precipitação. A administração deve ocorrer cerca de 4 a 5 horas</p><p>antes das refeições e deve ser administrada 1 vez ao dia. A glargina apresenta maior</p><p>afinidade pelo receptor do fator de crescimento semelhante à insulina 1 (IGF-1) quando</p><p>comparada a insulina humana.</p><p>Ø Detemir – análogo de insulina de longa duração que deve ser administrada 1 a 2</p><p>horas antes das refeições. A insulina detemir deve ser administrada duas vezes ao dia para</p><p>obter o nível basal uniforme de insulina. A insulina detemir também não deve ser misturada</p><p>com outros tipos de insulina na mesma seringa.</p><p>Ø Degludec – solução límpida, incolor e neutra. A degludec não apresenta pico de ação</p><p>e sua duração máxima se estende em 24 horas. A administração subcutânea deve ser</p><p>realizada uma vez por dia, a qualquer hora do dia, preferencialmente no mesmo horário</p><p>todos os dias.</p><p>As insulinas devem ser armazenadas em temperatura de 2°C a 8°C (sob</p><p>refrigeração), mas não devem ser congeladas. Vale destacar que antes da administração, o</p><p>profissional deve conferir o prazo de validade e o aspecto</p><p>da preparação. Após a aberta</p><p>para consumo, a insulina deve ser utilizada em até 28 a 30 dias de acordo com as</p><p>especificações do fabricante.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>15</p><p>No que diz respeito a administração, o modo padrão é a injeção subcutânea com</p><p>agulhas e seringas descartáveis convencionais. Contudo, também podem ser administradas</p><p>por injetores portáteis do tipo caneta e dispositivos de infusão subcutânea contínua, como</p><p>as bombas de infusão.</p><p>A insulinoterapia, em geral, é realizada com associação de diferentes tipos de</p><p>insulinas. As insulinas de ação rápida são utilizadas para controle da glicemia pós prandial e</p><p>as de ação intermediária/ longa controlam atuam na manutenção da glicemia basal.</p><p>A insulinoterapia também pode ser empregada no tratamento de quadros</p><p>específico como na cetoacidose diabética.</p><p>A cetoacidose diabética é uma condição clínica que pode ser fatal,</p><p>caracterizada pela produção ou reposição inadequada de insulina. Em</p><p>função dos níveis insuficientes de insulina, ocorre acúmulo excessivo de</p><p>cetonas.</p><p>Os sintomas da cetoacidose diabética incluem: confusão mental, náuseas,</p><p>vômitos, dor abdominal, hálito cetônico (odor forte), fraqueza e micção</p><p>frequente.</p><p>O tratamento desta emergência metabólica consiste em hidratação</p><p>vigorosa e reposição de eletrólitos associadas a insulinoterapia.</p><p>A cetoacidose diabética pode ocorrer em indivíduos que apresentam</p><p>Diabetes Mellitus tipo 1 recém diagnosticada e em alguns casos Diabetes</p><p>Mellitus tipo 2 não controlada.</p><p>Os principais efeitos adversos associados as insulinas são:</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>16</p><p>§ Hipoglicemia – é recomendável que pacientes em tratamento com insulinoterapia</p><p>tenham sempre alimento rico em açúcar disponível para uso imediato diante da</p><p>ocorrência dos sinais de hipoglicemia.</p><p>§ Alergia – reação de hipersensibilidade caracterizada por urticária</p><p>§ Resistência à insulina</p><p>§ Lipodistrofia – caracterizada pela atrofia do tecido adiposo no local de aplicação em</p><p>função disso deve-se variar o local de aplicação.</p><p>§ Risco aumentado de câncer</p><p>Classificação das Insulinas (Goodman)</p><p>O livro do Goodman classifica as insulinas de acordo com a duração de ação das</p><p>preparações, estabelecendo dois tipos principais:</p><p>Ø Preparação de ação curta – asparte, glulisina, lispro e regular</p><p>Ø Preparações de ação longa – detemir, glargina e NPH</p><p>Hipoglicemiantes orais e injetáveis</p><p>Os hipoglicemiantes orais e injetáveis são majoritariamente administrados em</p><p>indivíduos que apresentam Diabetes Mellitus tipo 2, mas em alguns casos também em</p><p>pacientes com Diabetes Mellitus tipo 1. Dentre os fármacos hipoglicemiantes orais</p><p>(Goodman) ou antidiabéticos orais (Katzung) podemos destacar as seguintes classes:</p><p>Ø Sulfonilureias</p><p>Ø Não sulfonilureias</p><p>Ø Biguanidas</p><p>Ø Tiazolidinedionas</p><p>Ø Inibidores da alfa-glicosidase</p><p>Ø Agonistas dos receptores GLP-1</p><p>Ø Inibidores da DPP-4</p><p>Ø Inibidores do SGLT2</p><p>Ø Análogos da amilina</p><p>Ø Sequestradores de ácidos biliares</p><p>Ø Agonistas de dopamina</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>17</p><p>Sulfonilureias</p><p>As sulfonilureias podem ser classificadas como fármacos secretagogos de insulina</p><p>(Goodman) ou como fármacos que estimulam a insulina através de ligação ao receptor de</p><p>sulfonilureias (Katzung). Além disso, a classe é incluída no grupo dos moduladores dos</p><p>canais de canais de K+ sensíveis ao ATP (KATP) pelo Goodman.</p><p>O mecanismo de ação das sulfonilureias envolve o aumento da liberação de insulina,</p><p>o fármaco se liga ao receptor de sulfonilureia (SUR) presente em sítio específico dos canais</p><p>de K+ sensíveis ao ATP (KATP) presentes nas células β-pancreáticas.</p><p>O fármaco se liga nos canais de K+ sensíveis ao ATP, impedindo o efluxo de íons K+,</p><p>gerando despolarização da membrana. A despolarização causa abertura dos canais de Ca2+</p><p>regulados por voltagem (ou voltagem dependentes), aumentando os níveis de cálcio no</p><p>meio intracelular, fato que estimula a secreção de insulina armazenada nas vesículas das</p><p>células β-pancreáticas.</p><p>Os fármacos representantes da classe são arilsulfonilureias substituídas que se</p><p>subdividem em duas gerações: sulfonilureias de 1ª geração e sulfonilureias de 2ª geração.</p><p>Vale ressaltar que os fármacos de 2ª geração são de cerca 100 a 200 vezes mais potentes</p><p>que os de 1ª geração por possuírem maior afinidade com o receptor SUR.</p><p>Os fármacos de primeira geração são: tolbutamida, clorpropamida, tolazamida e</p><p>acetoexamida. Enquanto, os fármacos de 2ª geração são: glibenclamida, glimepirida,</p><p>gliclazida e glipizida. Os representantes da 1ª geração são raramente empregados na prática</p><p>clínica, pois apresentam maior risco de ocorrência de hipoglicemia devido a ação mais</p><p>longa.</p><p>A absorção das sulfonilureias ocorre principalmente no trato gastrointestinal (TGI),</p><p>podendo ser reduzida na presença de alimento. O metabolismo dos fármacos ocorre no</p><p>fígado, originando metabólitos inativos ou com baixa atividade. Tais metabólitos, por sua</p><p>vez, são excretados pelos rins. Contudo, alguns fármacos de 2ª geração são parcialmente</p><p>eliminados na bile.</p><p>Em função do metabolismo hepático e da excreção renal, a administração em</p><p>paciente com comprometimento da função hepática ou renal deve ser realizada com</p><p>cautela. O uso das sulfonilureias é contraindicado para gestantes, lactantes e pacientes</p><p>com diabetes melito tipo 1.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>18</p><p>Vamos abordar os principais fármacos da classe das sulfonilureias:</p><p>§ Tolbutamida – é uma sulfonilureia de primeira geração, com tempo de meia-vida</p><p>relativamente curto. Portanto, pode ser utilizada em pacientes idosos ou com</p><p>comprometimento renal. Devido a meia-vida curta pode ser necessária administração</p><p>duas vezes ao dia. A ocorrência de hipoglicemia é rara, mas pode ser aumentada quando</p><p>empregado em associação com fenilbutazona e sulfisoxazol. Tais fármacos inibem o</p><p>metabolismo hepático da tolbutamida, aumentando os níveis do fármaco (interação</p><p>medicamentosa).</p><p>§ Clorpropamida – meia-vida longa, por isso apresenta maior risco de gerar reações</p><p>hipoglicêmicas. Portanto, sua utilização é contraindicada em paciente idosos. A</p><p>clorpropamida está associada a outros efeitos adversos como o rubor (gerado a partir do</p><p>uso combinado com álcool) e hiponatremia.</p><p>§ Tolazamida</p><p>§ Acetoexamida</p><p>§ Glibenclamida – é o principal representante da classe (inclusive muito cobrado em</p><p>concurso). A glibenclamida, em geral, é administrada em dose única diária. Ademais,</p><p>apresenta poucos efeitos adversos além da hipoglicemia.</p><p>§ Glipizida – fármaco com a meia-vida mais curta dentre os representantes da 2ª geração.</p><p>Em função da ação mais curta e da menor potência quando comparada a glibenclamida,</p><p>pode ser uma alternativa terapêutica para os idosos.</p><p>§ Glimepirida</p><p>§ Gliclazida</p><p>Os principais efeitos adversos das sulfonilureias são:</p><p>§ Hipoglicemia</p><p>§ Aumento do peso corporal</p><p>§ Náusea</p><p>§ Vômito</p><p>§ Reações de hipersensibilidade</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>19</p><p>§ Reações dermatológicas</p><p>§ Rubor – quando empregada em associação ao álcool, rubor semelhante ao causado pelo</p><p>dissulfiram</p><p>Por último, destaco algumas possíveis interações medicamentosas. As sulfonilureias</p><p>apresentam alta taxa de ligação as proteínas plasmáticas, principalmente a albumina. Sendo</p><p>assim, quando empregadas em associação com fármacos (exemplos: salicilatos,</p><p>sulfonamidas e clofibrato) com alta afinidade pelas proteínas podem ser deslocadas,</p><p>acarretando no aumento dos níveis (fração livre) na circulação sanguínea.</p><p>Ademais, fármacos que atuam como indutores do metabolismo das sulfonilureias</p><p>podem reduzir o efeito hipoglicemiantes.</p><p>Não sulfonilureias</p><p>A classe pode ser denominada não sulfonilureias (moduladores dos canais KATP).</p><p>(Goodman)</p><p>Os fármacos da classe das não sulfonilureias também são classificados como</p><p>secretagogos por estimularem a liberação de insulina. A denominação da classe está</p><p>relacionada à característica molecular de não apresentarem o grupamento sulfa em sua</p><p>estrutura, diferindo assim das sulfonilureias. Podem ser caracterizadas como análogos</p><p>meglitinidas, repaglinida e mitiglinida, e como derivados de D-fenilalanina, nateglinida.</p><p>(Katzung)</p><p>O mecanismo de ação da classe é semelhante as sulfonilureias, portanto, se ligam</p><p>no receptor SUR. O mecanismo de ação também ocorre a partir da ligação nos canais de K+</p><p>sensíveis ao ATP, fechando o canal e gerando despolarização da membrana. Sendo assim,</p><p>ocorre abertura dos canais de cálcio regulados por voltagem, aumentando os níveis de</p><p>cálcio no meio intracelular. Desta forma, estimula a secreção de insulina pelas vesículas de</p><p>armazenamento das células β-pancreáticas.</p><p>A repaglinida é um derivado do ácido benzoico, sendo o primeiro representante da</p><p>classe dos análogos da meglitinida. O fármaco é absorvido pelo TGI e metabolizado pela</p><p>CYP3A4. A repaglinida é indicada no controle do aumento da glicose pós prandial (após a</p><p>refeição). O fármaco pode ser empregado em pacientes idosos ou com insuficiência renal.</p><p>Em geral, é utilizada em monoterapia ou em associação com as biguanidas.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>20</p><p>A repaglinida, assim como as sulfonilureias, apresenta alta afinidade pelas proteínas</p><p>plasmáticas. Sendo assim, fármacos como as sulfonamidas e os salicilatos podem deslocar</p><p>a repaglinida da proteína, potencializando seu efeito. Ademais, indutores e inibidores</p><p>hepáticos que atuam sobre a CYP3A4 podem alterar o metabolismo do fármaco,</p><p>aumentando ou reduzindo sua ação farmacológica.</p><p>No que diz respeito aos efeitos adversos, a repaglinida não oferece risco de reação</p><p>de hipersensibilidade (alergia), pois não apresenta enxofre em sua estrutura molecular.</p><p>Sendo assim, pode ser empregada como alternativa terapêutica para pacientes que</p><p>apresentaram reação com as sulfonilureias.</p><p>A mitiglinida é um derivado do ácido benzilsuccínio, com ação semelhante a</p><p>repaglinida.</p><p>A nateglinida é administrada antes das refeições e sua absorção é rápida. A</p><p>nateglinida pode ser empregada como monoterapia ou em associação com as biguanidas</p><p>e também pode ser empregada no tratamento de pacientes idosos e com</p><p>comprometimento renal.</p><p>Vale ressaltar que principal efeito adverso é a hipoglicemia.</p><p>Biguanidas</p><p>A classe das biguanidas engloba alguns fármacos, mas iremos focar no principal</p><p>representante da classe que é a metformina. A fenformina, outro membro da classe, foi</p><p>retirada do mercado devido ao aumento de acidose láctica (efeito adverso), bem como a</p><p>falta de comprovação e benefício a longo prazo.</p><p>A metformina é classificada como fármaco ativador da AMPK. (Goodman) Por outro</p><p>lado, se enquadra no grupo dos fármacos que reduzem principalmente os níveis de glicose</p><p>por meio de suas ações sobre o fígado, o músculo e o tecido adiposo. (Katzung)</p><p>O mecanismo de ação das biguanidas se baseia na ativação da enzima</p><p>proteinocinase dependente de AMP (AMPK). A ativação ocorre através de fosforilação da</p><p>enzima e desencadeia eventos como: oxidação de ácidos graxos, aumento da captação de</p><p>glicose, aumento da transformação da glicose em lactato pelos enterócitos e redução da</p><p>lipogênese e gliconeogênese.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>21</p><p>Mas como os eventos citados influenciam no tratamento da diabetes? Tais eventos</p><p>geram efeitos como: redução da produção hepática de glicose, redução dos níveis de</p><p>glicemia, aumento da sensibilidade à insulina e aumento do armazenamento de glicogênio</p><p>no músculo.</p><p>A metformina é absorvida predominantemente no intestino delgado e não sofre</p><p>metabolismo. O fármaco é excretado pela via renal na sua forma inalterada. Portanto,</p><p>pacientes em uso de metformina devem ter sua função renal monitorada. O fármaco é</p><p>contraindicado para indivíduos com insuficiência renal, pois apresentam maior risco de</p><p>ocorrência de acidose láctica.</p><p>A acidose láctica é um quadro clínico raro potencialmente fatal que pode</p><p>estar relacionado ao uso de metformina. A condição se caracteriza pelo</p><p>aumento dos níveis de acido lático no sangue, gerando sintomas como: dor</p><p>de cabeça, confusão mental, cansaço e fraqueza.</p><p>O comprometimento do metabolismo de ácido láctico está associado ao</p><p>bloqueio da gliconeogênese gerado pela metformina.</p><p>Vale destacar que eliminação renal da metformina é mediada por transportadores</p><p>catiônicos orgânicos, logo, fármacos catiônicos (exemplos: furosemida, cimetidina e</p><p>nifedipina) apresentam potencial para competir por estes transportadores no processo da</p><p>secreção tubular ativa. Sendo assim, quando empregados em associação com metformina,</p><p>o uso deve ser monitorado para detecção de possível interação medicamentosa.</p><p>A metformina é o principal fármaco de escolha para o tratamento da Diabetes</p><p>Mellitus tipo 2, principalmente devido à baixa evidência de hipoglicemia e ausência de</p><p>ganho de peso aparente (efeito adverso associado a outros fármacos hipoglicemiantes). O</p><p>seu uso também pode ser indicado para a prevenção da diabetes em pacientes obesos com</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>22</p><p>quadro de hiperglicemia em jejum ou com comprometimento da intolerância a glicose.</p><p>Ademais, é amplamente empregado em associação com outros fármacos hipoglicemiantes.</p><p>Os principais efeitos adversos da metformina são:</p><p>§ Alterações no trato gastrointestinal – os principais efeitos adversos da metformina são</p><p>os distúrbios gastrointestinais, que normalmente ocorrem no início do tratamento. Em</p><p>geral, esses efeitos cessam com o tempo de uso. A terapia pode ser iniciada com doses</p><p>que são gradualmente aumentadas na tentativa de minimizar a ocorrência destes efeitos.</p><p>§ Diarreia</p><p>§ Anorexia</p><p>§ Náusea</p><p>§ Vômito</p><p>§ Aumento da acidose láctica</p><p>§ Deficiência de vitamina B12 – o uso crônico da metformina está associado à deficiência</p><p>da vitamina B12, pois o fármaco interfere na sua absorção dependente de cálcio. A</p><p>deficiência pode gerar sintomas como: anemia, fraqueza, cansaço, formigamento e</p><p>problemas de memória.</p><p>Tiazolidinedionas</p><p>A classe das tiazolidinedionas atuam estimulando a redução da resistência à insulina.</p><p>Segundo Goodman, os representantes da classe atuam como sensibilizantes de insulina,</p><p>aumentando a captação de glicose. Dentre os representantes da classe destaco a</p><p>rosiglitazona e a pioglitazona.</p><p>Os fármacos podem ser classificados como ativadores do receptor gama ativado</p><p>por proliferação peroxissomal. (Goodman) Enquanto se enquadram no grupo dos fármacos</p><p>que reduzem principalmente os níveis de glicose por meio de suas ações sobre o fígado, o</p><p>músculo e o tecido adiposo. (Katzung)</p><p>O mecanismo de ação da classe se baseia na ativação de receptores gama ativados</p><p>por proliferados peroxissômico (PPAR-Y) presentes no músculo esquelético, no fígado e no</p><p>tecido adiposo. Este receptor está envolvido na regulação e modulação da expressão de</p><p>genes envolvidos no metabolismo de lipídios e da glicose e na transdução de sinais de</p><p>insulina e na diferenciação de adipócitos.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>23</p><p>Mas como os eventos citados influenciam</p><p>no tratamento da diabetes? As</p><p>tiazolidinedionas aumentam a expressão de receptores de glicose (GLUT1 e GLUT4),</p><p>reduzem os níveis de ácidos graxos livres e reduzem o débito hepático de glicose. Vale</p><p>destacar que as tiazolidinedionas aumentam ação da insulina no fígado, músculo e tecido</p><p>adiposo. Desta forma produz controle glicêmico adequado, porém dependente de insulina,</p><p>não sendo indicado para o tratamento diabetes mellitus do tipo 1.</p><p>A absorção da pioglitazona é rápida e pode ser alterada na presença de</p><p>sequestradores de ácidos biliares, contudo sua biodisponibilidade não é alterada na</p><p>presença de alimento. O fármaco é metabolizado pela CYP2C8 e CYP3A4. Sendo assim, seu</p><p>uso pode alterar o metabolismo de outros fármacos inclusive dos contraceptivos orais</p><p>contendo estrogênio. Neste caso é aconselhável a utilização de outros métodos</p><p>contraceptivos.</p><p>Vale ressaltar que a pioglitazona gera redução significativa dos triglicerídeos e</p><p>aumento de HDL, porém não altera LDL e nem o colesterol total. A pioglitazona pode ser</p><p>utilizada como monoterapia ou em associação às biguanidas.</p><p>A rosiglitazona também sofre rápida absorção, porém comparado com a</p><p>pioglitazona evidencia-se maior risco de evento cardiovascular. A rosiglitazona é</p><p>metabolizado pela CYP2C8 e CYP2C9 e pode ser empregada como monoterapia ou em</p><p>associação com sulfonilureias e/ou biguanidas. O fármaco, por sua vez, aumenta os níveis</p><p>de HDL, LDL e colesterol total. Entretanto, não tem efeito significativo sobre os níveis de</p><p>triglicerídeos.</p><p>Em relação as interações medicamentosas, destaco que o uso em associação com</p><p>a rifampicina (indutor hepático) pode reduzir os níveis plasmáticos das tiazolidinedionas. Por</p><p>outro lado, a atualização combinada com a genfibrozila pode dobrar os níveis plasmáticos,</p><p>devido a inibição enzimática.</p><p>Vale destacar que tanto a pioglitazona quanto a rosiglitazona são euglicemiantes,</p><p>portanto, não geram quadros de hipoglicemia.</p><p>Os principais efeitos adversos das tiazolidinedionas são:</p><p>§ Retenção hídrica</p><p>§ Anemia</p><p>§ Edema periférico</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>24</p><p>§ Aumento de risco de insuficiência cardíaca</p><p>Inibidores da alfa-glicosidase</p><p>Os inibidores da alfa-glicosidase podem ser classificados como fármacos que</p><p>afetam a absorção de glicose (Katzung) ou como outros fármacos hipoglicemiantes</p><p>(Goodman). Os principais representantes da classe são: a acarbose e o miglitol.</p><p>O mecanismo de ação da classe se baseia na inibição competitiva das enzimas alfa-</p><p>glicosidases intestinais. Sendo assim, retardam a absorção de carboidratos, amido e</p><p>dissacarídeos e reduzem a elevação da glicemia pós-prandial (pós refeição).</p><p>Além disso, os fármacos também atuam sobre o GLP-1, hormônio regulador da</p><p>glicose, aumentando sua secreção. A ação sobre o hormônio parece contribuir para a ação</p><p>hipoglicemiante dos inibidores da alfa-glicosidase.</p><p>O uso desses medicamentos pode ocorrer por monoterapia e como adjuvante da</p><p>dieta equilibrada e exercícios físicos. Contudo, também pode ser empregada em associação</p><p>com sulfonilureias. Os fármacos são capazes de reduzir os níveis de hemoglobina glicada e</p><p>a glicose em jejum.</p><p>A hemoglobina glicada ou Hb1Ac serve como parâmetro para avaliar os</p><p>níveis de glicose de um indivíduo nos últimos três meses. A formação da</p><p>hemoglobina glicada ocorre a partir de reação não enzimática entre a</p><p>hemoglobina a glicose.</p><p>A hemoglobina dura cerca de 120 dias, por isso pode fornecer resultado</p><p>mais confiável que o exame de glicemia em jejum. O exame da</p><p>hemoglobina glicada pode ser utilizado para detectar condição pré-</p><p>diabética ou mesmo para acompanhar os resultados da terapia</p><p>farmacológica.</p><p>A absorção da acarbose é pequena e do miglitol pode variar entre 50 a 100 %,</p><p>ambos os fármacos são excretados pela via renal.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>25</p><p>No que diz respeito as interações medicamentosas, a acarbose pode reduzir a</p><p>absorção da digoxina e o miglitol, por sua vez, pode reduzir a absorção ranitidina e do</p><p>propranolol.</p><p>Os principais efeitos adversos da classe dos inibidores da alfa glicosidase são:</p><p>§ Flatulência</p><p>§ Dor abdominal</p><p>§ Diarreia</p><p>§ Hipoglicemia – como monoterapia não apresentar risco de hipoglicemia, pois não atuam</p><p>sobre a liberação da insulina. Entretanto, quando administrado concomitantemente com</p><p>sulfonilureias pode gerar quadro hipoglicêmico.</p><p>Antes de iniciarmos nosso estudo acerca das classes de fármacos que envolve a ação</p><p>das incretinas, vamos compreender qual é o papel das incretinas na liberação da glicose.</p><p>As incretinas são hormônios intestinais que são liberados a partir da ingesta de</p><p>glicose (após as refeições). Dentre as incretinas, podemos destacar as principais que são:</p><p>GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon-1) e o peptídeo insulinotrópico dependente de</p><p>glicose (GIP). Vale destacar que o GLP-1 é capaz de induzir a liberação de insulina e reduzir</p><p>os níveis glicêmicos.</p><p>O GLP-1 exerce outros efeitos como: inibe a liberação de glucagon, retarda o</p><p>esvaziamento gástrico, reduz a ingestão de alimento e regulariza a liberação de insulina</p><p>tanto pós-prandial como em jejum. Contudo, a sua ação insulinotrópica depende dos níveis</p><p>altos de glicose. Caso administrado em organismo com níveis glicêmicos normais, o GLP-1</p><p>não gera aumento significativo da liberação de insulina.</p><p>Então ficou claro professora, basta apenas utilizar o GLP-1 em pacientes diabéticos</p><p>que o controle da glicemia está resolvido. Neste caso não é viável o emprego do GLP-1,</p><p>pois este é rapidamente degradado pela enzima dipeptidil peptidase-4 (DPP-4). O tempo</p><p>de meia-vida do GLP-1 é de cerca de dois minutos.</p><p>Sendo assim, as terapias farmacológicas que envolvem o GLP-1 são baseadas em</p><p>duas principais abordagens:</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>26</p><p>Ä Uso de fármacos análogos do GLP-1 ou derivados do hormônio que apresentem</p><p>estabilidade metabólica. Atuam como agonistas dos receptores de GLP-1.</p><p>Ä Uso de fármacos que inibem a enzima responsável pela degradação, prolongando</p><p>efeito do GLP-1 endógeno no organismo.</p><p>Vamos estudar essas classes?</p><p>Agonistas do receptor de GLP-1</p><p>A classe dos agonistas do receptor de GLP-1 tem dois principias representantes a</p><p>exenatida e a liraglutida (análogos semelhantes ao peptídeo do glucagon) que estão</p><p>disponíveis para a comercialização. Outros exemplos da classe são: albiglutida e dulaglutida.</p><p>O mecanismo de ação se baseia na ligação ao receptor GLP-1, potencializando a</p><p>secreção de insulina mediada pela glicose, reduzindo os níveis de glucagon, além de atrasar</p><p>o esvaziamento gástrico e induzir a perda do apetite.</p><p>A exenatida é um peptídeo naturalmente produzido por alguns repteis, com</p><p>estrutura semelhante ao GLP-1, porém não é degrado pela DPP-4. O fármaco é</p><p>administrado pela via subcutânea cerca de 60 minutos antes das refeições. A exenatida é</p><p>indicada como monoterapia, terapia adjuvante ou utilizada em associação com as</p><p>sulfonilureias/biguanidas no tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2.</p><p>A liraglutida também é administrada pela via subcutânea. O fármaco é indicado</p><p>como terapia adjuvante no tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2 ou em associação com</p><p>outras classes (biguanidas, sulfonilureias e tiazolidinedionas). Vale ressaltar que seu uso</p><p>combinado a insulinoterapia não é recomendado. A liraglutida é empregada como</p><p>antidiabético em pacientes que necessitam perder peso, pois inibe o apetite.</p><p>Vale destacar que o uso da exenatida é contraindicado para pacientes com</p><p>insuficiência renal grave, pois o fármaco sofre depuração renal. A exenatida parece estar</p><p>relacionada com aumento do risco de ocorrência pancreatite.</p><p>Ademais, os agonistas do</p><p>receptor GLP-1 podem alterar os parâmetros farmacocinéticos de fármacos que necessitam</p><p>de rápida absorção (exemplos: contraceptivos orais e alguns antibióticos), pois retardam o</p><p>esvaziamento gástrico.</p><p>Os principais efeitos adversos da classe dos agonistas do receptor de GLP-1 são:</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>27</p><p>§ Náusea</p><p>§ Vômito</p><p>§ Diarreia</p><p>§ Cefaleia</p><p>§ Hipoglicemia - quando associado às sulfonilureias</p><p>Inibidores da DPP-4</p><p>A classe dos inibidores da DPP-4 atua através da inibição da enzima que degrada</p><p>as incretinas (GLP-1 e GIP). Dentre os principais representantes da classe temos: sitagliptina,</p><p>saxagliptina e linagliptina.</p><p>O mecanismo de ação se baseia na em inibição da DPP-4 que é a enzima</p><p>responsável por degradar as incretinas - GLP1 e GIP. Desta forma, aumenta-se a</p><p>concentração dessas incretinas, o que possibilita aumento da liberação de insulina e</p><p>redução da concentração de glucagon que contribuem para redução dos níveis glicêmicos.</p><p>A sitagliptina posso ser empregada como monoterapia ou em associação com</p><p>biguanidas, sulfonilureias e tiazolidinedionas no tratamento da Diabetes Mellitus tipo 2.</p><p>A saxagliptina sofre biotransformação e produz metabólito ativo que prolonga seu</p><p>tempo de meia-vida. As enzimas envolvidas no metabolismo da saxagliptina são a CYP3A4</p><p>e a CYP3A5, portanto, o uso em associação com fármacos indutores ou inibidores hepáticos</p><p>deve ser acompanhado. O fármaco pode ser empregado como monoterapia ou associado</p><p>às biguanidas, sulfonilureias e tiazolidinedionas.</p><p>A linagliptina é o fármaco mais recente desta classe, cujo uso foi aprovado como</p><p>monoterapia ou em associação às biguanidas (metformina), sulfonilureias (glimepirida) e a</p><p>pioglitazona.</p><p>Os principais efeitos adversos da classe são:</p><p>§ Infecção - trato respiratório e urinário</p><p>§ Cefaleia</p><p>§ Hipoglicemia - quando combinado com sulfonilureias</p><p>§ Reações de hipersensibilidade - edema fácil e urticária</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>28</p><p>Inibidores do SGLT2</p><p>Os inibidores do SGLT2 são fármacos mais recentes. O SGLT2 é um co-</p><p>transportador de sódio-glicose localizado nos túbulos proximais renais, que reabsorve cerca</p><p>de 90 % da glicose. A glicose sofre depuração renal, sendo filtrada na sua forma livre pelos</p><p>glomérulos e depois reabsorvida no túbulo.</p><p>Os inibidores desse co-transportador impedem a reabsorção renal de glicose</p><p>reduzindo níveis sanguíneos de glicose e gerando glicosúria (presença de glicose na urina).</p><p>Os principais representantes da classe são: dapagliflozina, empagliflozina e canagliflozina.</p><p>A dapagliflozina reduz os níveis de hemoglobina glicada e deve ter sua dose</p><p>ajustada para pacientes com comprometimento renal. Vale ressaltar que pode ser utilizada</p><p>em monoterapia, associada a outros medicamentos hipoglicemiantes orais ou em</p><p>combinação com a insulinoterapia. O uso parece estar relacionado à redução do peso</p><p>corporal.</p><p>A empagliflozina também possui capacidade de diminuir os níveis de hemoglobina</p><p>glicada. A sua utilização esta associada à redução de perda de peso, redução da pressão</p><p>arterial e aumento da diurese, possuindo melhor benefício para pacientes com insuficiência</p><p>cardíaca.</p><p>A canagliflozina pode ser utilizada em monoterapia, associada a outros</p><p>hipoglicemiantes orais ou insulina. Vale destacar como os demais representantes da classe,</p><p>canagliflozina e empagliflozina também geram perda de peso.</p><p>Os principais efeitos adversos da classe dos inibidores do SGLT2 são:</p><p>§ Infecções - genitais e trato urinário</p><p>§ Poliúria</p><p>§ Prurido</p><p>§ Sede excessiva</p><p>§ Diurese osmótica</p><p>§ Constipação</p><p>§ Aumento modesto dos níveis de LDL - canagliflozina e empagliflozina</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>29</p><p>Análogos da amilina</p><p>O principal representante da classe dos análogos da amilina é a pranlintida. A</p><p>pranlintida é um análogo sintético da amilina disponível em apresentação injetável</p><p>(administração subcutânea), que possui capacidade de modular os níveis pós-prandiais da</p><p>glicose.</p><p>A amilina é polipeptídeo produzido pelas células ß e liberado junto com a insulina.</p><p>O mecanismo de ação do análogo parece envolver a ligação do fármaco nos receptores de</p><p>amilina, gerando redução da liberação de glucagon, esvaziamento gástrico tardio e</p><p>saciedade.</p><p>A pranlintida é indicada para o tratamento do Diabetes Mellitus tipo 1 e Diabetes</p><p>Mellitus tipo 2. O fármaco pode ser empregado em associação com a insulinoterapia. Neste</p><p>caso de combinação das terapias farmacológicas, ocorre aumento do risco de hipoglicemia.</p><p>A administração deve ser realizada imediatamente antes das refeições e</p><p>preferencialmente no abdômen e nas coxas, pelo braço não se evidencia boa absorção. A</p><p>absorção da pranlintida é rápida e recomenda-se reduzir a dose de insulina ultrarrápida e</p><p>rápida em até 50% devido ao risco de hipoglicemia em caso de associação.</p><p>Os principais efeitos adversos da classe são:</p><p>§ Hipoglicemia</p><p>§ Náusea</p><p>§ Vômito</p><p>§ Anorexia</p><p>Sequestradores de ácidos biliares</p><p>O principal representante da classe dos sequestradores de ácidos biliares (Katzung)</p><p>ou resinas de ligação de ácidos biliares (Goodman) é o coleselevam.</p><p>O mecanismo de ação ainda não está completamente esclarecido, mas parece estar</p><p>relacionado a interrupção da circulação entero-hepática e redução da ativação do receptor</p><p>farsenoide X (FXR). O FXR é um receptor nuclear que exerce diversos efeitos sobre o</p><p>metabolismo do colesterol, da glicose e metabolismo de ácidos biliares.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>30</p><p>Vale destacar que os ácidos biliares são ligantes naturais do FXR, portanto, o</p><p>coleselevam atua “sequestrando” os ácidos biliares e impedindo sua ligação nos receptores.</p><p>Os principais efeitos adversos são:</p><p>§ Constipação</p><p>§ Indigestão</p><p>§ Flatulência</p><p>Agonistas da dopamina</p><p>A bromocriptina, que é um agonista de dopamina, pode ser utilizado para auxiliar</p><p>no controle da glicemia de modo mais específico em pacientes com Diabetes Mellitus tipo</p><p>2.</p><p>O mecanismo de ação não está completamente elucidado, mas parece que a ação</p><p>como agonistas dos receptores D2 pode levar a redução dos níveis de glicose no sangue.</p><p>A bromocriptina e o coleselevam apresentam baixa eficácia na redução dos</p><p>níveis de glicose, portanto, a utilização destes fármacos para controle dos</p><p>níveis de glicose é questionável.</p><p>Os principais efeitos adversos são:</p><p>§ Náusea</p><p>§ Fadiga</p><p>§ Tontura</p><p>§ Vômito</p><p>§ Dor de cabeça</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>31</p><p>(MÁXIMA - Prefeitura de Fronteira-MG - 2016) Dos medicamentos abaixo quais são usados</p><p>para o tratamento do diabetes mellitus:</p><p>I. Insulina glargina</p><p>II. Gliclazida</p><p>III. Benzoato de Alogliptina</p><p>IV. Maleato de Rosiglitazona</p><p>a) Apenas II;</p><p>b) Apenas I, II e IV;</p><p>c) Todos;</p><p>d) Apenas I e II.</p><p>Comentários:</p><p>A afirmativa I está correta, pois a insulina glargina pode ser utilizada em casos de diabetes</p><p>mellitus tipo 1 ou em casos de pacientes que apresentam diabetes mellitus tipo 2 não</p><p>controlados.</p><p>A afirmativa II está correta, pois a gliclazida é sulfonilureia de 2ª geração que pode atuar</p><p>como agente estimulante da secreção de insulina sendo utilizado em casos de pacientes</p><p>que apresentam diabetes mellitus tipo 2.</p><p>A afirmativa III está correta, pois a alogliptina é um hipoglicemiante oral utilizado em</p><p>pacientes que apresentam diabetes mellitus tipos 2 e sua ação se baseia na inativação da</p><p>enzima DDP4, aumentando assim a concentração</p><p>das incretinas (GLP1 e GIP).</p><p>A afirmativa IV está correta, pois a rosiglitazona é um hipoglicemiante oral classificado como</p><p>tiazolidinediona que atua se ligando ao receptor PPAR-Y.</p><p>Portanto, a alternativa C está correta.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>==1365fc==</p><p>32</p><p>(EXCELÊNCIA - Prefeitura de Novo Rio-MG - 2019) Assinale a alternativa CORRETA sobre</p><p>alguns efeitos adversos das Insulinas (NPH e regular):</p><p>a) Hipoglicemia, particularmente em idosos, distúrbios gastrintestinais, reações cutâneas,</p><p>distúrbios hepáticos.</p><p>b) Hipoglicemia, aumento de peso, edema, hipersensibilidade cutânea.</p><p>c)Hipoglicemia, particularmente em idosos, distúrbios gastrintestinais, cefaleia, reações</p><p>cutâneas, distúrbios hepáticos, alterações hematológicas, aumento de peso.</p><p>d) Nenhuma das alternativas.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa B está correta. Os principais efeito adversos que já mencionamos sobre as</p><p>insulinas são hipoglicemia, alergias e edemas. Além disso, também podemos considerar o</p><p>aumento de peso e a hipersensibilidade cutânea.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>33</p><p>TIREOIDE E FÁRMACOS ANTITIREOIDIANOS</p><p>Tireoide</p><p>A tireoide é uma glândula endócrina, localizada no pescoço, cuja principal função</p><p>consiste na produção e secreção dos hormônios tireoidianos (tri-iodotironina – T3 e tetra-</p><p>iodotironina ou tiroxina – T4). Vale destacar que os hormônios tireoidianos são fundamentais</p><p>para o crescimento e desenvolvimento, em especial do SNC.</p><p>A tireoide também é responsável pela produção da calcitonina, hormônio</p><p>tireoidiano que age sobre a homeostasia do mineral ósseo. Portanto, não vamos aborda-la</p><p>neste tópico.</p><p>A secreção dos hormônios tireoidianos é regulada pelo eixo hipotálamo-hipófise.</p><p>Como ocorre a regulação?</p><p>As células do hipotálamo são responsáveis por liberação do hormônio de liberação</p><p>de tireotropina (TRH) que é transportado até a adeno-hipófise. O TRH, por sua vez, estimula</p><p>a síntese e secreção do hormônio tireoestimulante (TSH) pela hipófise. Vale ressaltar que o</p><p>TSH é o principal regulador direto da função da tireoide.</p><p>O TSH atua diretamente sobre a glândula da tireoide, estimulando a síntese e</p><p>liberação dos hormônios tireoidianos (T3 e T4). Os hormônios tireoidianos atuam sobre o</p><p>crescimento, metabolismo e o gasto energético.</p><p>O aumento dos níveis de T3 e T4 inibem a produção e secreção do TSH e do TRH,</p><p>exercendo efeito de retroalimentação negativa (feedback negativo) sobre eixo hipotálamo-</p><p>hipófise. Esse mecanismo serve para regular a produção dos hormônios promovendo a</p><p>homeostasia. Além do mecanismo citado, a somatostatina (hormônio secretado pelo</p><p>hipotálamo) pode inibir a ação do TRH.</p><p>A figura que trouxe a seguir apresenta a regulação dos hormônios tireoidianos.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>34</p><p>Figura 3: Regulação dos hormônios tireoidianos (eixo hipotálamo-hipófise). Adaptado de Goodman 12ª</p><p>edição.</p><p>Agora vamos entender como funciona a biossíntese dos hormônios tireoidianos,</p><p>pois este processo está diretamente relacionado ao mecanismo de ação dos fármacos.</p><p>A tireoide, diferente de outras glândulas, armazena o hormônio sintetizado na forma</p><p>de material coloide. As cédulas foliculares da glândula que são responsáveis pela produção</p><p>e liberação do hormônio. Vale ressaltar que a síntese de T3 e T4 ocorre em diversas etapas.</p><p>Síntese dos hormônios tireoidianos</p><p>Inicialmente ocorre a captação do íon iodeto (proveniente da dieta) pela glândula,</p><p>através de um simportador de sódio-iodeto (NIS). O mecanismo de transporte ativo do</p><p>iodeto para meio intracelular das células foliculares permite que a concentração de iodeto</p><p>na glândula seja significativamente superior a concentração plasmática.</p><p>Após a captação, o iodeto sofre oxidação mediada pela enzima tireoide peroxidase</p><p>ou tireoperoxidase (TPO) originando sua forma ativa que se acopla aos resíduos de tirosina</p><p>presentes da superfície da tireoglobulina. Vale ressaltar que a TPO emprega o peróxido de</p><p>hidrogênio (H2O2) como oxidante.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>35</p><p>A tireoglobulina (Tg) é uma proteína sintetizada pelas células foliculares que</p><p>apresenta na sua superfície resíduos de tirosina. A partir da formação das espécies reativas</p><p>de iodo (forma ativa do iodeto), ocorre a iodação da tireoglobulina, processo que é</p><p>denominado de organificação.</p><p>A etapa anterior resulta na produção de tireoglobulina que contêm resíduos de</p><p>monoiodotirosina – MIT (ou monoiodotirosil) e diiodotirosina – DIT (ou diiodotirosil). Os</p><p>resíduos de MIT possuem um iodo acoplado de forma covalente e o os resíduos de DIT</p><p>possuem dois iodos acoplados de forma covalente.</p><p>Por último, através de reação também catalisada pela TPO, ocorre a síntese</p><p>hormonal, a partir do acoplamento dos resíduos (MIT e DIT). Destaco que a ligação de MIT</p><p>com DIT gera T3 e a reação de DIT com DIT gera T4. As moléculas de tireoglobulina contendo</p><p>T3 e T4 são armazenadas na luz do folículo na forma de coloide.</p><p>A partir do estímulo gerado pelo TSH, ocorre endocitose do coloide pelas células</p><p>foliculares. No meio intracelular, a tireoglobulina sofre proteólise liberando T3, T4, MIT e DIT.</p><p>Em seguida, os hormônios tireoidianos são secretados na circulação sanguínea. Enquanto,</p><p>o MIT e o DIT sofrem reação de desiodação (D) para que o iodo possa ser reutilizado para</p><p>síntese de novo hormônio tireoidiano. A figura a seguir demonstra as principais etapas da</p><p>biossíntese dos hormônios tireoidianos, conforme estudamos.</p><p>Figura 4: Biossíntese e liberação do hormônio tireoidiano. Adaptado de Goodman 12ª edição.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>36</p><p>Metabolismo e Transporte</p><p>A tiroxina (T4) é o hormônio predominante na circulação sanguínea, apesar do T3</p><p>possuir maior atividade sobre os tecidos alvos (cerca de quatro vezes maior). Vale destacar</p><p>que T4 pode sofrer conversão periférica produzindo T3 através de reações de desiodação.</p><p>A conversão periférica pode ocorre em diversos tecidos, mas ocorre principalmente no</p><p>fígado. Portanto, fármacos que atuam sobre a função enzimática podem interferir no</p><p>metabolismo dos hormônios.</p><p>A maior parte dos hormônios (T3 e T4) circulante não estão na forma livre, e sim</p><p>ligados a proteínas plasmáticas. Em função da alta taxa de afinidade cerca de 95 % (ou mais)</p><p>dos hormônios se encontram ligados a globulina de ligação de tiroxina (TBG). Não se</p><p>esqueçam que apenas a fração livre possui atividade metabólica.</p><p>Ademias, destaco que o tempo de meia-vida da tiroxina é de cerca de seis dias.</p><p>Enquanto, o tempo de meia-vida da T3 é de apenas 1 dia. Em função dessa diferença de</p><p>tempo de meia-vida e de outros fatores, a levotiroxina que é o fármaco de escolha no</p><p>tratamento do hipotireoidismo.</p><p>O metabolismo dos hormônios tireoidianos ocorre principalmente no fígado.</p><p>Conforme já mencionado, a principal de via metabolismo é a reação de desiodação de T4</p><p>em T3, também pode ocorrer a formação de T3 reversa (tri-iodotironina reversa). A T3</p><p>reversa é a forma biologicamente inativa do hormônio e constituiu apenas cerca de 1 % do</p><p>hormônio circulante.</p><p>Efeitos dos hormônios tireoidianos</p><p>Os hormônios tireoidianos atuam sobre diversas células do organismo. A fração livre</p><p>do hormônio penetra nas células através de difusão passiva ou transporte ativo e atua</p><p>diretamente sobre os receptores nucleares. A interação entre hormônio receptor ativa a</p><p>transcrição nuclear de vários genes, aumentando</p><p>a síntese de proteínas que produzem o</p><p>efeito hormonal.</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>37</p><p>Fiquem atentos, pois no estado de equilíbrio não ocorre aumento ou</p><p>redução dos efeitos exercido pelos hormônios tireoidianos. Neste caso, a</p><p>função da tireoide está normalizada.</p><p>Os hormônios tireoidianos geram os seguintes efeitos:</p><p>Ä Sistema cardiovascular – aumento da frequência cardíaca; aumento do débito cardíaco</p><p>(hipertireoidismo) e redução do débito cardíaco (hipotireoidismo); vasodilatação e</p><p>aumento do fluxo sanguíneo na maioria dos tecidos.</p><p>Ä Sistema gastrointestinal – aumento da motilidade intestinal e aumento do apetite.</p><p>Ä Sistema metabólico – aumento da concentração plasmática de ácidos graxos livres;</p><p>acelera a oxidação dos ácidos graxos livres pelas células; aumento da mobilização de</p><p>lipídeos do tecido adiposo; hiperglicemia.</p><p>Ä Sistema Nervoso Central – acentuam o estado de vigília, audição, percepção da fome,</p><p>memória e capacidade de aprendizagem; melhora dos reflexos nervosos periféricos em</p><p>função do aumento dos hormônios.</p><p>Ä Crescimento e maturação – promove o crescimento e desenvolvimento do SNC do feto</p><p>e durante os primeiros anos de vida do bebê (níveis baixos ou ausência do hormônio</p><p>tireoidiano durante a gestação e os primeiros meses de vida podem gerar retardo mental</p><p>irreversível – cretinismo. Essa complicação pode ser evitada pelo diagnóstico precoce);</p><p>crescimento ósseo, crescimento e maturação da epiderme, folículo pilosos e unhas.</p><p>Ä Redução das concentrações plasmáticas de colesterol, fosfolipídeos e triglicerídeos</p><p>Ä Peso corporal – redução de peso (hipertireoidismo) e ganho de peso (hipotireoidismo).</p><p>Ä Reprodução – os hormônios regulam a função reprodutora feminina, portanto distúrbio</p><p>podem influenciar na reprodução causando infertilidade.</p><p>Distúrbios da Tireoide</p><p>Hipotireoidismo</p><p>O hipotireoidismo é a síndrome caracterizada pela redução da secreção dos</p><p>hormônios da tireoide, resultando na deficiência dos mesmos no organismo. Em geral, o</p><p>diagnóstico do hipotireoidismo ocorre através da detecção de níveis elevados de TSH e</p><p>baixos dos hormônios (T4 total, T4 livre e T3 total).</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>38</p><p>Em função do processo de retroalimentação, os níveis de TSH podem variar mesmo</p><p>antes de baixa significativa dos hormônios. Neste caso, em resposta a redução dos níveis</p><p>dos hormônios, o organismo aumenta a liberação de TSH na tentativa de normalizar a</p><p>concentração dos hormônios.</p><p>O hipotireoidismo pode estar relacionado a diversas causas, dentre as principais</p><p>temos:</p><p>Ø Tireoidite de Hashimoto ou Doença de Hashimoto – doença autoimune, na qual</p><p>o organismo produz anticorpos contra a tireoide (níveis aumentados de anti- TPO</p><p>e/ou anti- TGO). Desta forma, ocorre comprometimento da função da glândula</p><p>que acarreta na redução da produção/liberação dos hormônios. Trata-se da</p><p>principal causa de hipotireoidismo em adultos. Os indivíduos acometidos</p><p>geralmente apresentam aumento da glândula (bócio) em função de da hipertrofia</p><p>difusa.</p><p>Ø Insuficiência de iodo na dieta – como estudamos na síntese dos hormônios, a</p><p>principal fonte de iodo é proveniente da dieta. Em caso de regiões com escassez</p><p>de alimentos ricos em iodo, os indivíduos podem apresentar bócio simples (altos</p><p>níveis de TSH são secretados na tentativa de aumentar a produção de hormônios</p><p>gerando bócio). O quadro pode evoluir para hipotireoidismo.</p><p>Ø Iodo radioativo – o iodo radioativo é uma das alternativas terapêuticas para o</p><p>tratamento do hipertireoidismo. Neste caso, pode ser empregado para redução</p><p>da capacidade de produção de hormônio ou em cirurgias de retirada parcial ou</p><p>total da glândula. A radiação emitida por aparelhos de raio-x em caso de</p><p>exposição excessiva também pode gerar hipotireoidismo.</p><p>Ø Distúrbios que afetam o eixo hipotálamo-hipófise – algumas condições podem</p><p>comprometer a secreção de TRH e TSH gerando deficiência na produção dos</p><p>hormônios tireoidianos.</p><p>Ø Hipotireoidismo congênito – deficiência a produção de hormônios tireoidianos</p><p>logo no nascimento, podendo ser detecta pelo teste do pezinho. O tratamento</p><p>adequado evita o cretinismo.</p><p>Ø Hipotireoidismo induzido por fármacos – o uso de alguns fármacos pode levar a</p><p>indução do hipotireoidismo. Alguns exemplos de fármacos são: iodeto, tioamidas,</p><p>lítio, inibidores de tirosina-cinase (imatinibe), dentre outros.</p><p>Os sintomas associados ao hipotireoidismo incluem alterações nas funções</p><p>reguladas pela tireoide. Em resumo, os processos corporais se tornam mais lento. Os</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>39</p><p>sintomas apresentados podem ser atribuídos a outros problemas de saúde, sendo</p><p>importante a dosagem sérica periódica dos hormônios.</p><p>Os principais sintomas do hipotireoidismo são:</p><p>§ Ganho de peso</p><p>§ Redução da frequência cardíaca</p><p>§ Sonolência</p><p>§ Intolerância ao frio</p><p>§ Constipação</p><p>§ Desânimo</p><p>§ Alterações menstruais</p><p>§ Bócio – depende da causa</p><p>Hipertireoidismo</p><p>O hipertireoidismo é a síndrome caracterizada pelo aumento excessivo da secreção</p><p>dos hormônios da tireoide, resultando em altos níveis de T3 e T4. O aumento acelera o</p><p>metabolismo a partir da exposição dos tecidos as concentrações hormonais elevadas. Em</p><p>geral, o diagnóstico do hipertireoidismo ocorre através da detecção de baixos níveis de TSH</p><p>e altos níveis dos hormônios tireoidianos (T4 total, T4 livre e T3 total).</p><p>O hipertireoidismo pode estar relacionado a diversas causas, dentre as principais</p><p>temos:</p><p>Ø Doença de Graves – doença autoimune, na qual o organismo produz anticorpos</p><p>contra os antígenos da tireoide. Neste caso, o anticorpo produzido atua sobre os</p><p>receptores de TSH presente na glândula e age de forma semelhante ao hormônio,</p><p>estimulando a tireoide. Desta forma, ocorre liberação exacerbada dos hormônios.</p><p>Trata-se da principal forma de hipertireoidismo. Os indivíduos acometidos</p><p>geralmente apresentam uma oftalmopatia específica de inchaço atrás dos olhos</p><p>que confere caraterística de “olhos saltados”. Por último, destaco que a doença</p><p>de graves parece ter um componente genético, sendo comum o acometimento</p><p>de vários membros da mesma família.</p><p>Ø Bócio unimodular tóxico e bócio multinodular tóxico – quadro clínico</p><p>caracterizado pela autonomia de crescimento e função de uma ou várias áreas da</p><p>tireoide com liberação excessivas dos hormônios. Desta forma, ocorre formação</p><p>de adenomas que acometem principalmente mulheres. Nesta condição, o nível</p><p>Rafaela Gomes</p><p>Aula 11</p><p>Farmácia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>40</p><p>de T4 se encontra um pouco alterado, enquanto T3 está muito acima dos</p><p>parâmetros normais.</p><p>Ø Tireoidite subaguda ou hipertireoidismo de resolução espontânea – quadro</p><p>infeccioso que acomete a tireoide gerando tireotoxicose transitória, ocorre</p><p>liberação inadequada dos hormônios armazenados, que depois cessa.</p><p>Ø Tempestade tireoidiana ou crise tireotóxica – condição que pode ser fatal,</p><p>caracterizada pela exacerbação súbita dos sintomas do hipertireoidismo.</p><p>Ø Tireotoxicose durante a gestação.</p><p>Ø Tireotoxicose induzida por amiodarona – a amiodarona é um antiarrítmico que</p><p>pode gerar hipertireoidismo através de dois mecanismos distintos. No primeiro</p><p>mecanismo, a carga excessiva de iodeto gerada pela amiodarona aumenta a</p><p>síntese e liberação dos hormônios tireoidianos. O segundo mecanismo envolve</p><p>tireoidite autoimune que gera quantidades excessivas dos hormônios. O</p><p>tratamento pode ser realizado com tioamidas em associação de corticosteroides.</p><p>Os sintomas associados ao hipertireoidismo incluem alterações nas funções</p><p>reguladas pela tireoide. Em resumo, as funções se exacerbam.</p>

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