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<p>Aula 05 - Profa. Ana</p><p>Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos -</p><p>Curso Regular</p><p>Autor:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits</p><p>de Oliveira</p><p>28 de Janeiro de 2023</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros – PNCRH ................................................................ 3</p><p>Raiva dos herbívoros....................................................................................................................................... 3</p><p>Instrução Normativa nº 5, de 1º de março de 2002 ...................................................................................... 7</p><p>Portaria SDA nº 168, 27 de setembro de 2005 .......................................................................................... 14</p><p>Questões Comentadas - Multibancas ................................................................................................................ 29</p><p>Questões Comentadas – Instituto AOCP ........................................................................................................... 39</p><p>Questões Comentadas – FGV ........................................................................................................................... 44</p><p>Referências ....................................................................................................................................................... 46</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2</p><p>APRESENTAÇÃO E CRONOGRAMA DO CURSO</p><p>Olá, amigos do Estratégia Concursos, tudo bem?</p><p>É com muita satisfação que iniciaremos nossa aula de Programa Nacional de Controle da Raiva em</p><p>Herbívoros.</p><p>Nosso curso será fundamentado em teoria e questões. Traremos questões de todos os níveis, inclusive</p><p>questões cobradas em concursos diversos dentro da medicina veterinária, para nos prepararmos em relação</p><p>às diferentes possibilidades de cobrança.</p><p>Além do material em PDF, também teremos videoaulas! Essas aulas destinam-se a complementar a</p><p>preparação. Nas videoaulas focaremos em abordar os pontos principais das matérias.</p><p>É importante ressaltar que, ao contrário do PDF, AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS QUE</p><p>VAMOS ANALISAR NOS PDFS, NOSSOS MANUAIS ELETRÔNICOS. Por vezes, haverá aulas com vários vídeos;</p><p>outras que terão videoaulas apenas em parte do conteúdo; e outras, ainda, que não conterão vídeos.</p><p>Nosso objetivo é, sempre, o estudo ativo!</p><p>Essas observações são importantes pois permitirão que possamos organizar o curso de maneira focada para</p><p>as questões e temas mais cobrados em prova. Esta é a nossa proposta! E aí, estão prontos para começar?</p><p>Em caso de dúvidas ou sugestões fiquem à vontade para me contatar e adicionar nas redes sociais. Estamos</p><p>juntos nessa caminhada e será um prazer orientá-los da melhor maneira possível! Vamos nessa!</p><p>Instagram: @ana.paula.salim</p><p>Telegram: t.me/profanapaulasalim</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3</p><p>PROGRAMA NACIONAL DE CONTROLE DA RAIVA DOS</p><p>HERBÍVOROS – PNCRH</p><p>Olá, alunos! Bem-vindos ao módulo de Controle da raiva dos herbívoros.</p><p>Raiva dos herbívoros</p><p>Situação epidemiológica no Brasil: doença presente no país.</p><p>Agente: Lyssavirus, da família Rhabdoviridae.</p><p>Sorotipos/Subtipos: RABV (clássico).</p><p>Espécies suscetíveis: Todos os mamíferos, inclusive os humanos. Os principais reservatórios são os membros</p><p>das ordens Carnivora e Chiroptera.</p><p>Sinais clínicos e lesões: o vírus é neurotrópico e provoca doença aguda do Sistema Nervoso Central (SNC)</p><p>caracterizada por encefalomielite fatal.</p><p>Não existem sinais clínicos ou lesões macroscópicas específicas. A doença geralmente se inicia com o</p><p>isolamento voluntário do animal, apatia, perda do apetite, podendo haver sensibilidade e prurido na região</p><p>da mordedura. Evolui com vocalização constante, tenesmo, hiperexcitabilidade, aumento da libido,</p><p>salivação abundante, dificuldade para engolir, movimentos desordenados da cabeça, ranger de dentes,</p><p>midríase com ausência de reflexo pupilar, incoordenação motora, andar cambaleante e contrações</p><p>musculares involuntárias. Após entrar em decúbito lateral, o animal não consegue mais se levantar e</p><p>apresenta movimentos de pedalagem, dificuldade respiratória, opistótono, asfixia e morte, que ocorre</p><p>geralmente entre 3 e 6 dias após o início dos sinais, podendo em alguns casos, ocorrer em até 15 dias.</p><p>Vigilância</p><p>Objetivos da vigilância:</p><p>- Descrição da frequência e distribuição da raiva dos herbívoros;</p><p>- Detecção, prevenção e controle da raiva dos herbívoros;</p><p>- Detecção de encefalopatias espongiformes transmissíveis (EEB e scrapie).</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4</p><p>População-alvo: bovinos, bubalinos, equinos, asininos, muares, suínos, ovinos, caprinos e morcegos</p><p>(reservatório).</p><p>Transmissão: no Brasil, a infecção dos herbívoros pelo RABV ocorre comumente com a inoculação do vírus</p><p>presente na saliva contaminada, durante a mordedura por morcegos infectados.</p><p>Reservatórios: morcegos e mamíferos silvestres terrestres.</p><p>Período de incubação: variável, dependendo de fatores como capacidade invasiva, patogenicidade, carga</p><p>viral inoculada, ponto de inoculação, extensão da mordedura, inervação local, idade, imunocompetência do</p><p>animal etc. Em herbívoros a campo, o PI mais frequente é de até 45 dias.</p><p>Critério de notificação: notificação imediata ao SVO de qualquer caso suspeito (Categoria 2 da IN nº</p><p>50/2013).</p><p>Diagnóstico diferencial: doenças que provocam sinais neurológicos, como infecções por arbovírus</p><p>(Encefalomielites equinas do leste e oeste e Febre do Nilo Ocidental), por outras doenças infecciosas</p><p>(Herpesvírus, meningite bacteriana, Doença de Aujeszky, Febre Catarral Maligna) ou doenças não infecciosas</p><p>(hipocalcemia, intoxicações e traumatismos).</p><p>Diagnóstico diferencial obrigatório:</p><p>- EEB: suspeitas em bovinos e bubalinos acima de 24 meses, que foram negativos para raiva.</p><p>- Scrapie: suspeitas em ovinos e caprinos acima de 12 meses, que foram negativos para raiva.</p><p>Diagnóstico diferencial optativo:</p><p>- Encefalomielites Equinas do Leste e do Oeste, Venezuelana e Febre do Nilo Ocidental: suspeitas em equinos,</p><p>que foram negativos para raiva.</p><p>Diagnóstico laboratorial: não existem sinais clínicos específicos, nem lesões macroscópicas patognomônicas,</p><p>por isso a confirmação de caso deve se basear em diagnóstico laboratorial.</p><p>As provas utilizadas no Brasil são:</p><p>- Identificação do antígeno viral por Imunofluorescência direta (IFD);</p><p>- Identificação do RNA viral pela reação em cadeia da polimerase em tempo real (RT-PCR);</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>==1365fc==</p><p>5</p><p>- Isolamento viral em cultivo celular ou por inoculação em camundongos (Prova Biológica).</p><p>Orientação para colheita de amostras para diagnóstico:</p><p>Colher amostras do SNC, incluindo cerebelo, medula espinhal e tronco encefálico, congeladas ou</p><p>refrigeradas à temperatura de 2° a 8°C e enviar para a rede laboratorial o mais rapidamente possível.</p><p>Identificação da amostra: Individual, um frasco por animal.</p><p>Definição de caso</p><p>Caso Suspeito: animal susceptível com sinais clínicos neurológicos compatíveis.</p><p>Caso Provável: caso suspeito com sinais clínicos neurológicos que evoluíram para a morte OU animal</p><p>susceptível encontrado morto, sem causa conhecida OU com vínculo epidemiológico</p><p>de</p><p>disfunção neurológica, adotando o decúbito permanente, e morrem entre 3 e 6 dias após o início dos sinais,</p><p>podendo se prolongar por até 10 dias, em alguns casos.</p><p>( ) Embora as manifestações clínicas se confundam com outras doenças que afetam o sistema nervoso</p><p>central, a presença de disfagia é uma característica tão marcante nessa enfermidade que na sua ausência</p><p>pode-se descartar a suspeita de raiva.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>33</p><p>( ) Carnes de animais com suspeitas de raiva devem ser desconsideradas para o consumo; partículas virais já</p><p>foram encontradas em coração, pulmão, rim, fígado, testículo, glândulas salivares e músculo esquelético de</p><p>animais que morreram com a doença.</p><p>( ) As amostras do sistema nervoso central coletadas de animais suspeitos devem ser conservadas por</p><p>refrigeração até a chegada ao laboratório credenciado para a confirmação do diagnóstico de raiva; caso o</p><p>período entre a coleta e o envio seja prolongado, recomenda-se a fixação em formol 10%.</p><p>Assinale a alternativa que contêm, de cima para baixo, a sequência correta.</p><p>a) V, V, F, V, F.</p><p>b) V, F, V, V, F.</p><p>c) V, F, F, F, V.</p><p>d) F, V, V, V, F.</p><p>Comentários</p><p>A afirmativa I é verdadeira. Os herbívoros são hospedeiros acidentais do vírus da raiva, pois, apesar de</p><p>participar da cadeia epidemiológica da raiva rural, somente contribuem como sentinelas à existência de</p><p>vírus. Sua participação nesse processo restringe-se ao óbito do animal, não havendo envolvimento no</p><p>processo de transmissão a outras espécies, salvo quando de forma acidental.</p><p>A afirmativa II é verdadeira. Os bovinos após entrar em decúbito, não consegue mais se levantar e ocorrem</p><p>movimentos de pedalagem, dificuldades respiratórias, opistótono, asfixia e finalmente a morte, que ocorre</p><p>geralmente entre 3 a 6 dias após o início dos sinais, podendo prolongar-se, em alguns casos, por até 10 dias.</p><p>A afirmativa III é falsa. A observação clínica permite levar somente à suspeição da raiva, pois os sinais da</p><p>doença não são característicos e podem variar de um animal a outro ou entre indivíduos da mesma espécie.</p><p>Não se deve concluir o diagnóstico de raiva somente com a observação clínica e epidemiológica, pois</p><p>existem várias outras doenças e distúrbios genéticos, nutricionais e tóxicos nos quais os sinais clínicos</p><p>compatíveis com a raiva podem estar presentes.</p><p>A afirmativa IV é verdadeira. Nunca se deve aproveitar para consumo a carne de animais com suspeita de</p><p>raiva. Partículas virais foram encontradas em níveis detectáveis no coração, pulmão, rim, fígado, testículo,</p><p>glândulas salivares, músculo esquelético, gordura marrom, etc. de diferentes animais domésticos e</p><p>silvestres.</p><p>A afirmativa V é falsa. Caso o período entre a colheita da amostra e o envio ao laboratório seja prolongado,</p><p>recomenda-se o congelamento da amostra destinada ao diagnóstico de raiva, depois de separadas as partes</p><p>destinadas ao diagnóstico diferencial.</p><p>A sequência correta é V - V - F - V - F e, portanto, a alternativa A está correta e é o gabarito da questão.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>34</p><p>7. (IBADE / Prefeitura de São Felipe D`Oeste - RO - 2019) O Programa Nacional de Raiva dos Herbívoros</p><p>(PNCRH) tem como objetivo manter sob controle a incidência da raiva na população de herbívoros</p><p>domésticos. Uma das estratégias desse programa é a vacinação de espécies susceptíveis. Em relação à</p><p>vacinação contra a raiva, é CORRETO afirmar:</p><p>a) animais primovacinados devem ser revacinados 45 dias após a primeira vacinação.</p><p>b) é realizada com vacina contendo vírus inativado, na dosagem de 2 mL por animal.</p><p>c) para efeito da revacinação, considera-se que a duração da imunidade conferida pela vacina é de, no</p><p>máximo, 5 anos.</p><p>d) a vacinação é compulsória quando da ocorrência de focos da doença, e deve ser adotada,</p><p>preferencialmente, em humanos.</p><p>e) a vacina deve ser mantida congelada nos estabelecimentos comerciais.</p><p>A alternativa A está incorreta. Os animais primovacinados deverão ser revacinados após 30 dias.</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Na profilaxia da raiva dos herbívoros (art. 7º), será</p><p>utilizada vacina inativada, na dosagem de 2 ml, administrada pelo proprietário, por via subcutânea ou</p><p>intramuscular.</p><p>A alternativa C está incorreta. A duração da imunidade das vacinas para uso em herbívoros (art. 10), para</p><p>efeito de revacinação, será de no máximo 12 meses.</p><p>A alternativa D está incorreta. Além disso, nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada</p><p>sistematicamente (art. 8º), em bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a 3 meses, sob a supervisão</p><p>do médico veterinário.</p><p>A alternativa E está incorreta. Desde a produção até seu uso, a vacina antirrábica deverá ser mantida em</p><p>temperatura entre 2ºC e 8ºC</p><p>8. (FUNDEP / Prefeitura de Uberlância – MG – 2019) O Programa Nacional de Controle da Raiva dos</p><p>Herbívoros elaborado pelo Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e</p><p>Abastecimento regulamentou normas para o controle da raiva nos herbívoros. Com relação a essas normas</p><p>para controle da raiva, assinale com V as afirmativas verdadeiras e com F as falsas:</p><p>( ) Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada somente vacina viva, na dosagem de 5 mL,</p><p>administrada pelo proprietário, por meio da via subcutânea ou intramuscular.</p><p>( ) Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos e equídeos</p><p>com idade igual ou superior a 8 meses, sob a supervisão do médico veterinário.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>35</p><p>( ) O proprietário do animal deverá notificar de imediato ao Serviço Veterinário Oficial a ocorrência ou a</p><p>suspeita de casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a</p><p>existência de abrigos de tal espécie.</p><p>( ) Cabe ao proprietário do animal tomar as providências necessárias ao atendimento dos animais e à coleta</p><p>de material para diagnóstico da raiva e de outras encefalites diferenciais.</p><p>Assinale a sequência correta.</p><p>a) F V F V</p><p>b) V F F F</p><p>c) V V V V</p><p>d) F F V F</p><p>Comentários</p><p>A questão requer do candidato o conhecimento da IN nº 5 de 1º de março de 2002.</p><p>Vamos analisar as afirmativas.</p><p>A afirmativa I está incorreta (F). Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada somente vacina</p><p>inativada, na dosagem de 2 mL, administrada pelo proprietário, por meio da via subcutânea ou</p><p>intramuscular.</p><p>A afirmativa II está incorreta (F). Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada</p><p>sistematicamente, em bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a 3 meses, sob a supervisão do</p><p>médico veterinário.</p><p>A afirmativa III está correta (V). O proprietário do animal deverá notificar de imediato ao Serviço Veterinário</p><p>Oficial a ocorrência ou a suspeita de casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por</p><p>morcegos hematófagos ou a existência de abrigos de tal espécie.</p><p>A afirmativa IV está incorreta (F). A coleta de material de animais suspeitos de raiva será orientada por</p><p>médico veterinário e efetuada por este ou por auxiliar que tenha recebido treinamento adequado e que</p><p>esteja devidamente imunizado.</p><p>A sequência das afirmativas é: F - F - V - F.</p><p>Portanto, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.</p><p>9. (FCC / SEGEP-MA-2018) O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros − PNCRH busca</p><p>reduzir a prevalência da doença na população de herbívoros domésticos tendo como estratégia de</p><p>atuação:</p><p>a) controle</p><p>da população de herbívoros; da vacinação dos herbívoros selvagens em situações gerais; da</p><p>vigilância de endemias; da educação em saúde humana.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>36</p><p>b) controle da população de transmissores; da vacinação dos herbívoros domésticos em situações</p><p>específicas; da vigilância epidemiológica; da educação em saúde animal.</p><p>c) descontrole da população de mamíferos; da vacinação dos herbívoros em situações de risco; da vigilância</p><p>sanitária; da educação em saúde mental.</p><p>d) ajuste da população de animais decompositores; da vacinação dos herbívoros aquáticos em situações</p><p>inespecíficas; da vigilância de incidência de doenças virais; da educação em saúde animal.</p><p>e) controle da população de transmissores; da vacinação dos herbívoros selvagens em situações gerais; da</p><p>educação em saúde animal.</p><p>Comentários</p><p>A questão requer do candidato o conhecimento da IN nº 5 de 1º de março de 2002.</p><p>O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros − PNCRH tem como objetivo baixar a prevalência</p><p>da doença na população de herbívoros domésticos. Para isso, a estratégia de atuação do Programa é baseada</p><p>na adoção da vacinação dos herbívoros domésticos, do controle de transmissores e de outros</p><p>procedimentos de defesa sanitária animal que visam à proteção da saúde pública e o desenvolvimento de</p><p>fundamentos de ações futuras para o controle dessa enfermidade.</p><p>Portanto, a alternativa B é a correta e gabarito da questão.</p><p>Vejamos as demais alternativas. As sentenças / palavras incorretas serão destacadas em vermelho.</p><p>A alternativa A está incorreta. Controle da população de herbívoros; da vacinação dos herbívoros selvagens</p><p>em situações gerais; da vigilância de endemias; da educação em saúde humana.</p><p>c) descontrole da população de mamíferos; da vacinação dos herbívoros em situações de risco; da vigilância</p><p>sanitária; da educação em saúde mental.</p><p>d) ajuste da população de animais decompositores; da vacinação dos herbívoros aquáticos em situações</p><p>inespecíficas; da vigilância de incidência de doenças virais; da educação em saúde animal.</p><p>e) controle da população de transmissores; da vacinação dos herbívoros selvagens em situações gerais; da</p><p>educação em saúde animal.</p><p>10. (INSTITUTO AOCP/ ADEPARÁ - 2018) Em relação ao determinado nas Normas Técnicas para o</p><p>controle da raiva dos herbívoros domésticos publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e</p><p>Abastecimento (MAPA) do Brasil, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O proprietário deverá notificar de imediato, ao Serviço Veterinário Oficial, a ocorrência ou a suspeita de</p><p>casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a existência de</p><p>abrigos de tal espécie. O Serviço Veterinário Oficial deverá registrar as notificações e atendê-las dentro do</p><p>prazo de 12 (doze) horas contadas a partir de sua apresentação.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>37</p><p>b) O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros tem como objetivo erradicar a doença na</p><p>população de herbívoros domésticos.</p><p>c) Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada vacina inativada na dosagem de 2 (dois) ml,</p><p>administrada pelo proprietário, através da via subcutânea ou intramuscular.</p><p>d) Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente em bovídeos e equídeos</p><p>com idade igual ou superior a 6 (seis) meses sob a supervisão do médico veterinário.</p><p>e) Animais primovacinados deverão ser revacinados após 15 (quinze) dias.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. O proprietário deverá notificar de imediato, ao Serviço Veterinário Oficial, a</p><p>ocorrência ou a suspeita de casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos</p><p>hematófagos ou a existência de abrigos de tal espécie. Art. 3º O Serviço Veterinário Oficial deverá registrar</p><p>as notificações e atendê-las dentro do prazo de 24 horas contadas a partir de sua apresentação.</p><p>A alternativa B está incorreta. O PNCRH tem como objetivo baixar a prevalência da doença na população</p><p>de herbívoros domésticos.</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada</p><p>vacina inativada na dosagem de 2 ml, administrada pelo proprietário, através da via subcutânea ou</p><p>intramuscular.</p><p>A alternativa D está incorreta. Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente,</p><p>em bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a 3 meses, sob a supervisão do médico veterinário.</p><p>A alternativa E está incorreta. Animais primovacinados deverão ser revacinados após 30 dias.</p><p>11. (CESPE / Polícia Científica – 2016) Em 9 de dezembro de 1997, a encefalopatia espongiforme bovina,</p><p>o scrapie e outras doenças nervosas de caráter progressivo foram incluídos no sistema de vigilância do</p><p>Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros e outras encefalopatias. A respeito do referido</p><p>programa, assinale a opção correta.</p><p>a) A estratégia de atuação contra a doença raiva nos herbívoros contempla a vacinação compulsória de</p><p>bovinos, bubalinos e equídeos em todo o território nacional.</p><p>b) A inclusão de ações de controle do scrapie no âmbito desse programa é motivada, principalmente, pelo</p><p>caráter zoonótico dessa doença.</p><p>c) No Brasil, a profilaxia da doença raiva em herbívoros é feita pela administração de vacinas vivas a</p><p>inativadas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>38</p><p>d) A proibição da utilização de cama de frango na alimentação de ruminantes é uma das medidas preventivas</p><p>em relação à encefalopatia espongiforme bovina.</p><p>e) Um dos principais objetivos do programa é reduzir a letalidade de herbívoros por raiva.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. A estratégia de atuação do PNCRH é baseada na adoção da vacinação dos</p><p>herbívoros domésticos, do controle de transmissores e de outros procedimentos de defesa sanitária animal.</p><p>Neste contexto, nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente, em bovídeos</p><p>e equídeos com idade igual ou superior a 3 (três) meses, sob a supervisão do médico veterinário.</p><p>A alternativa B está incorreta. Desde 1997 houve a incorporação das EET (EEB e scrapie) ao sistema de</p><p>vigilância da raiva dos herbívoros, pois entendeu-se que o sistema de vigilância já implantado para a raiva</p><p>seria aplicável à vigilância das EET, pela sensibilidade para detecção de doenças nervosas em geral e por sua</p><p>consolidação no sistema produtivo brasileiro.</p><p>A alternativa C está incorreta. Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada vacina inativada, na</p><p>dosagem de 2 ml.</p><p>A alternativa D é a correta e gabarito da questão. Dentre as medidas de prevenção da EEB, destaca-se o</p><p>cuidado na criação dos ruminantes, ressaltando-se não alimentar esses animais com resíduos de origem</p><p>animal, inclusive a cama de aviário, resíduos da exploração de suínos e farinhas de animais.</p><p>A alternativa E está incorreta. O PNCRH tem como objetivo baixar a prevalência da doença na população de</p><p>herbívoros domésticos.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>39</p><p>QUESTÕES COMENTADAS – INSTITUTO AOCP</p><p>1. (INSTITUTO AOCP / PC-ES Prova - 2019) O diagnóstico laboratorial definitivo da raiva, realizado por</p><p>meio da Imunofluorescência Direta (IFD), é imprescindível para realizar medidas de controle da doença.</p><p>Nos bovinos, o material que deve ser colhido e encaminhado</p><p>para exame, segundo o manual técnico do</p><p>Controle da Raiva dos Herbívoros, é</p><p>a) córtex cerebral e cerebelo.</p><p>b) medula toracolombar, córtex e tronco cerebral.</p><p>c) córtex, cerebelo e tronco cerebral.</p><p>d) tálamo, ponte e bulbo.</p><p>e) medula cervical, medula toracolombar, cerebelo, córtex e tálamo.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Fragmentos do hipocampo, tronco cerebral, tálamo,</p><p>córtex, cerebelo e medula oblongata são materiais de escolha para o diagnóstico laboratorial da raiva.</p><p>2. (INSTITUTO AOCP / ADAF - AM - 2018) Em relação às normas técnicas para o controle da raiva dos</p><p>herbívoros domésticos, assinale a alternativa correta</p><p>a) Nas áreas de ocorrência da raiva, a vacinação é facultativa.</p><p>b) O atestado de vacinação antirrábica será expedido pelo técnico em agropecuária local.</p><p>c) A aplicação de substâncias anticoagulantes, ao redor das lesões recentes provocadas por morcegos,</p><p>deverá ser feita pelo produtor, com supervisão do médico veterinário.</p><p>d) Do animal suspeito da raiva, deverão ser coletadas amostras do sistema gastrointestinal após o óbito.</p><p>e) Os exames dos materiais coletados serão processados por meio da técnica de cultura em ágar sangue.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente,</p><p>em bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a 3 meses, sob a supervisão do médico veterinário.</p><p>A alternativa B está incorreta. O atestado de vacinação antirrábica dos animais será emitido por médico</p><p>veterinário, sendo válido pelo período de proteção conferido pela vacina usada.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>40</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A aplicação das substâncias anticoagulantes em</p><p>morcegos hematófagos ou outra forma de eutanásia deverá ser realizada sob a supervisão de médico</p><p>veterinário (Redação alterada pela IN 41/20), ou ao redor das lesões recentes provocadas por morcegos</p><p>hematófagos em herbívoros. Neste caso, a aplicação deverá ser feita pelo produtor, sob orientação de</p><p>médico veterinário.</p><p>A alternativa D está incorreta. Ao laboratório devem ser remetidas amostras do sistema nervoso central do</p><p>animal suspeito e morcegos encontrados mortos ou caídos (Redação alterada pela IN 41 de 2020).</p><p>A alternativa E está incorreta. Os exames dos materiais coletados serão processados por meio da técnica de</p><p>imunofluorescência direta e prova biológica (inoculação em camundongos ou células).</p><p>3. (INSTITUTO AOCP / ADEPARÁ - 2018) Em relação ao determinado nas Normas Técnicas para o</p><p>controle da raiva dos herbívoros domésticos publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e</p><p>Abastecimento (MAPA) do Brasil, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O proprietário deverá notificar de imediato, ao Serviço Veterinário Oficial, a ocorrência ou a suspeita de</p><p>casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a existência de</p><p>abrigos de tal espécie. O Serviço Veterinário Oficial deverá registrar as notificações e atendê-las dentro do</p><p>prazo de 12 (doze) horas contadas a partir de sua apresentação.</p><p>b) O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros tem como objetivo erradicar a doença na</p><p>população de herbívoros domésticos.</p><p>c) Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada vacina inativada na dosagem de 2 (dois) ml,</p><p>administrada pelo proprietário, através da via subcutânea ou intramuscular.</p><p>d) Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente em bovídeos e equídeos</p><p>com idade igual ou superior a 6 (seis) meses sob a supervisão do médico veterinário.</p><p>e) c deverão ser revacinados após 15 (quinze) dias.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. Cabe ao proprietário notificar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial a</p><p>suspeita de casos de raiva em herbívoros, bem como a presença de animais apresentando mordeduras por</p><p>morcegos hematófagos, ou ainda informar a existência de abrigos desses morcegos. Sempre que o Serviço</p><p>Veterinário Oficial for notificado da suspeita de ocorrência da raiva em herbívoros, como também da</p><p>espoliação no rebanho por morcegos, deverá atender à notificação o mais rápido possível.</p><p>A alternativa B está incorreta. O Programa Nacional de Controle da Raiva em Herbívoros (PNCRH) tem como</p><p>objetivo manter sob controle a incidência da raiva na população de herbívoros domésticos. Para isso, o</p><p>PNCRH se utiliza das seguintes estratégias.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>41</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Na profilaxia da raiva dos herbívoros (art. 7º), será</p><p>utilizada vacina inativada, na dosagem de 2 ml, administrada pelo proprietário, por via subcutânea ou</p><p>intramuscular.</p><p>A alternativa D está incorreta. Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente</p><p>(art. 8º), em bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a 3 meses, sob a supervisão do médico</p><p>veterinário.</p><p>A alternativa E está incorreta. Os animais primovacinados deverão ser revacinados após 30 dias.</p><p>4. (INSTITUTO AOCP / ADEPARÁ - 2018 - ADAPTADA) Assinale a alternativa que está de acordo com o</p><p>recomendado nas Normas Técnicas para o controle da raiva dos herbívoros domésticos publicada pelo</p><p>Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do Brasil.</p><p>a) A aplicação de substâncias anticoagulantes, ao redor das lesões recentes provocadas por morcegos</p><p>hematófagos em herbívoros, deverá ser feita por médico veterinário ou por auxiliar que tenha recebido</p><p>treinamento adequado e que esteja devidamente imunizado.</p><p>b) A produção, o controle e a comercialização de todas as partidas de vacina obedecerão às normas do</p><p>Departamento de Defesa Animal, junto ao qual todas as vacinas deverão estar previamente licenciadas. Só</p><p>serão aprovadas vacinas com prazo de validade igual ou superior a 1 (um) ano.</p><p>c) Será considerada “área de ocorrência de raiva” aquela onde a doença tenha sido confirmada durante os 3</p><p>(três) anos precedentes.</p><p>d) A duração da imunidade das vacinas para uso em herbívoros, para efeito de revacinação, será de no</p><p>máximo 24 (vinte e quatro) meses.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. A aplicação das substâncias anticoagulantes ao redor das lesões recentes</p><p>deverá ser feita pelo produtor, sob orientação de médico veterinário.</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A produção e o controle de todas as partidas de vacina</p><p>obedecerão às normas do Departamento de Defesa Animal, junto ao qual todas as vacinas deverão estar</p><p>licenciadas. Só será aprovada vacina com prazo de validade igual ou superior a 1 (um) ano (art.12) e, desde</p><p>a produção até seu uso, a vacina antirrábica deverá ser mantida em temperatura entre 2ºC e 8ºC (art.13)</p><p>A alternativa C está incorreta. Será considerada área de ocorrência de raiva (art. 27) aquela onde a doença</p><p>tenha sido confirmada durante os 2 anos precedentes.</p><p>A alternativa D está incorreta. A duração da imunidade das vacinas para uso em herbívoros (art. 10), para</p><p>efeito de revacinação, será de no máximo 12 meses.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>42</p><p>5. (INSTITUTO AOCP / ADEPARÁ - 2018) Em relação à coleta de material e dos exames de laboratório,</p><p>educação sanitária e divulgação, e disposições gerais das Normas Técnicas para o controle da raiva dos</p><p>herbívoros domésticos publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) do</p><p>Brasil, assinale a alternativa correta.</p><p>a) A vigilância da encefalopatia</p><p>espongiforme bovina, da paraplexia enzoótica dos ovinos (scrapie) e de</p><p>outras doenças que apresentem sintomatologia nervosa de caráter progressivo deverá ser incorporada ao</p><p>sistema de vigilância da raiva dos herbívoros domésticos.</p><p>b) Ao laboratório, deverão ser remetidas amostras do sistema nervoso central do animal suspeito, bem como</p><p>20% (vinte por cento) dos morcegos hematófagos capturados.</p><p>c) Deverá ser evitada a incorporação de outras doenças que apresentem sintomatologia nervosa de caráter</p><p>progressivo ao sistema de vigilância da raiva dos herbívoros domésticos, deixando a cargo da SDA a criação</p><p>de Normas técnicas específicas para essas doenças</p><p>d) Ao laboratório, deverão ser remetidas amostras do sistema nervoso central do animal suspeito, bem como</p><p>5% (cinco por cento) dos morcegos hematófagos capturados.</p><p>e) As atividades de combate à raiva terão caráter estadual, mas deverão seguir rigorosamente a legislação</p><p>federal.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A IN 5/02 aprova as Normas Técnicas para o controle</p><p>da raiva dos herbívoros domésticos e incorpora a vigilância da encefalopatia espongiforme bovina, da</p><p>paraplexia enzoótica dos ovinos (scrapie) e de outras doenças que apresentem sintomatologia nervosa de</p><p>caráter progressivo, ao sistema de vigilância da raiva dos herbívoros domésticos (art. 41).</p><p>A alternativa B está incorreta. Ao laboratório devem ser remetidas amostras do sistema nervoso central do</p><p>animal suspeito e morcegos encontrados mortos ou caídos (Redação alterada pela IN 41 de 2020).</p><p>A alternativa C está incorreta. A IN 5/02 aprova as Normas Técnicas para o controle da raiva dos herbívoros</p><p>domésticos e incorpora a vigilância da encefalopatia espongiforme bovina, da paraplexia enzoótica dos</p><p>ovinos (scrapie) e de outras doenças que apresentem sintomatologia nervosa de caráter progressivo, ao</p><p>sistema de vigilância da raiva dos herbívoros domésticos.</p><p>A alternativa D está incorreta. Ao laboratório devem ser remetidas amostras do sistema nervoso central do</p><p>animal suspeito e morcegos encontrados mortos ou caídos (Redação alterada pela IN 41 de 2020).</p><p>A alternativa E está incorreta. As atividades de combate à raiva terão caráter nacional e as unidades da</p><p>federação deverão estabelecer legislação específica baseada na IN 5/02.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>43</p><p>6. (INSTITUTO AOCP/ ADEPARÁ - 2018) Em relação ao determinado nas Normas Técnicas para o</p><p>controle da raiva dos herbívoros domésticos publicada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e</p><p>Abastecimento (MAPA) do Brasil, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O proprietário deverá notificar de imediato, ao Serviço Veterinário Oficial, a ocorrência ou a suspeita de</p><p>casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a existência de</p><p>abrigos de tal espécie. O Serviço Veterinário Oficial deverá registrar as notificações e atendê-las dentro do</p><p>prazo de 12 (doze) horas contadas a partir de sua apresentação.</p><p>b) O Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros tem como objetivo erradicar a doença na</p><p>população de herbívoros domésticos.</p><p>c) Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada vacina inativada na dosagem de 2 (dois) ml,</p><p>administrada pelo proprietário, através da via subcutânea ou intramuscular.</p><p>d) Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente em bovídeos e equídeos</p><p>com idade igual ou superior a 6 (seis) meses sob a supervisão do médico veterinário.</p><p>e) Animais primovacinados deverão ser revacinados após 15 (quinze) dias.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. O proprietário deverá notificar de imediato, ao Serviço Veterinário Oficial, a</p><p>ocorrência ou a suspeita de casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos</p><p>hematófagos ou a existência de abrigos de tal espécie. Art. 3º O Serviço Veterinário Oficial deverá registrar</p><p>as notificações e atendê-las dentro do prazo de 24 horas contadas a partir de sua apresentação.</p><p>A alternativa B está incorreta. O PNCRH tem como objetivo baixar a prevalência da doença na população</p><p>de herbívoros domésticos.</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada</p><p>vacina inativada na dosagem de 2 ml, administrada pelo proprietário, através da via subcutânea ou</p><p>intramuscular.</p><p>A alternativa D está incorreta. Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente,</p><p>em bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a 3 meses, sob a supervisão do médico veterinário.</p><p>A alternativa E está incorreta. Animais primovacinados deverão ser revacinados após 30 dias.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>44</p><p>QUESTÕES COMENTADAS – FGV</p><p>1. (FGV / SEAD-AP - 2022) A raiva é uma doença de notificação obrigatória. A não notificação implica</p><p>em riscos à saúde dos animais e do próprio homem.</p><p>Sobre a notificação e vigilância da raiva, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) A notificação deve ser feita apenas por médicos veterinários.</p><p>b) O cidadão da zona rural deve notificar ao serviço veterinário oficial mordeduras de morcegos nos animais.</p><p>c) Na zona rural, a notificação da existência de abrigos de morcegos não é necessária.</p><p>d) As notificações devem ser feitas ao serviço veterinário oficial, não à secretaria municipal de saúde (SMS).</p><p>e) Após a notificação, a coleta de amostras é efetuada apenas por veterinários da Secretaria Municipal de</p><p>Saúde.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. A raiva é uma doença de notificação obrigatória que requer notificação</p><p>imediata de qualquer caso suspeito. Nesse sentido, todo proprietário, ou seja, aquele que seja possuidor,</p><p>depositário ou a qualquer título mantenha em seu poder animais susceptíveis à raiva devem notificar de</p><p>imediato, ao Serviço Veterinário Oficial, a ocorrência ou a suspeita de casos de raiva, assim como a presença</p><p>de animais atacados por morcegos hematófagos ou a existência de abrigos de tal espécie.</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Idem acima. Todo proprietário, ou seja, aquele que</p><p>seja possuidor, depositário ou a qualquer título mantenha em seu poder animais susceptíveis à raiva devem</p><p>notificar de imediato, ao Serviço Veterinário Oficial, a ocorrência ou a suspeita de casos de raiva, assim como</p><p>a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a existência de abrigos de tal espécie.</p><p>A alternativa C está incorreta. Idem alternativas A e B.</p><p>A alternativa D está incorreta. De acordo com a IN 5/02 As notificações devem ser feitas ao serviço</p><p>veterinário oficial.</p><p>A alternativa E está incorreta. A colheita das amostras de animais suspeitos de estar acometidos de raiva</p><p>deverá ser efetuada por médico veterinário ou por profissional habilitado por ele, que tenha recebido</p><p>treinamento adequado e que esteja devidamente imunizado. Porém a responsabilidade pela colheita e pelo</p><p>envio do material suspeito de raiva deve sempre ser exclusiva do médico veterinário (oficial ou autônomo).</p><p>2. (FGV / PC-AM - 2022) A respeito do programa nacional de controle da raiva dos herbívoros é correto</p><p>afirmar que:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>45</p><p>a) é atribuição exclusiva do médico veterinário a aplicação de substâncias anticoagulantes, ao redor das</p><p>lesões recentes provocadas por morcegos hematófagos em herbívoros.</p><p>b) os refúgios de morcegos hematófagos, notadamente os da espécie molossus rufus, notificados ao serviço</p><p>veterinário oficial,</p><p>deverão ser cadastrados e monitorados periodicamente.</p><p>c) a aplicação de substâncias anticoagulantes em morcegos hematófagos ou outra forma de eutanásia deve</p><p>ser realizada sob a supervisão de médico veterinário.</p><p>d) desde a produção até seu uso, a vacina antirrábica deverá ser mantida em temperatura entre dois e dez</p><p>graus centígrados.</p><p>e) na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada vacina inativada, na dosagem de 2 ml, administrada</p><p>exclusivamente por médico veterinário, através da via subcutânea ou intramuscular.</p><p>A alternativa A está incorreta. A aplicação das substâncias anticoagulantes em morcegos hematófagos (art.</p><p>19) ou outra forma de eutanásia deverá ser realizada sob a supervisão de médico veterinário (Redação</p><p>alterada pela IN 41/20), ou ao redor das lesões recentes (art. 20) provocadas por morcegos hematófagos</p><p>em herbívoros. Neste caso, a aplicação deverá ser feita pelo produtor, sob orientação de médico veterinário.</p><p>A alternativa B está incorreta. IN 41/2020 - Art. 23. Os refúgios de morcegos hematófagos, notadamente os</p><p>da espécie Desmodus rotundus notificados ao Serviço Veterinário Oficial, devem ser cadastrados e</p><p>monitorados periodicamente, visando manter uma base de dados confiável para as análises espaciais de</p><p>áreas de risco de raiva.</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. IN 41/2020 - Art. 19. A aplicação de substâncias</p><p>anticoagulantes em morcegos hematófagos ou outra forma de eutanásia deve ser realizada sob a</p><p>supervisão de médico veterinário.</p><p>A alternativa D está incorreta. Desde a produção até sua aplicação, a vacina antirrábica deverá ser mantida</p><p>sob refrigeração, em temperaturas variando entre 2ºC e 8ºC, evitando a incidência direta de raios solares.</p><p>A alternativa E está incorreta. Na profilaxia da raiva dos herbívoros (art. 7º), será utilizada vacina inativada,</p><p>na dosagem de 2 ml, administrada pelo proprietário, por via subcutânea ou intramuscular.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>46</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Brasil. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa nº 5, de 1º de março de</p><p>2002. Aprova as normas técnicas para o controle da raiva dos herbívoros.</p><p>Brasil. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Sistema Brasileiro de Prevenção e Vigilância da</p><p>Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB). 2015. Disponível em:</p><p>http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sanidade-animal-e-vegetal/saude-animal/programas-de-saude-</p><p>animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb/CartilhaEEBtcnica.pdf</p><p>Brasil. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Programa Nacional de Controle da Raiva dos</p><p>Herbívoros - PNCRH. 2020. Disponível em: http://www.agricultura.gov.br/assuntos/sanidade-animal-e-</p><p>vegetal/saude-animal/programas-de-saude-animal/raiva-dos-herbivoros-e-eeb.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>associado a um caso</p><p>confirmado de raiva.</p><p>Confirmado: caso provável com diagnóstico laboratorial de:</p><p>- Detecção de antígeno viral por Imunofluorescência direta (IFD); ou</p><p>- Isolamento viral em cultivo celular /inoculação em camundongos ou em células (prova biológica); ou</p><p>- Identificação do RNA viral por RT-PCR.</p><p>OBS: um novo caso provável dentro de um foco já confirmado pode ser considerado caso confirmado por</p><p>critério clínico-epidemiológico, independentemente do resultado laboratorial.</p><p>Caso Descartado: caso suspeito ou caso provável que não atendeu aos critérios definidos para confirmação</p><p>de caso.</p><p>Foco: unidade epidemiológica onde houve pelo menos um caso confirmado por diagnóstico laboratorial,</p><p>independentemente da espécie, do número de susceptíveis e da aplicação de medidas de controle. Ex:</p><p>qualquer caso confirmado em espécie silvestre (quirópteros, mamíferos etc.) é considerado foco.</p><p>Medidas a serem aplicadas</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6</p><p>Vigilância da raiva: notificação obrigatória e vigilância de doenças nervosas na população-alvo, investigação</p><p>de suspeitas, diagnóstico laboratorial adequado, atendimento a focos, investigação de vínculos</p><p>epidemiológicos, avaliação do índice de mordeduras por morcegos hematófagos. Vacinação preventiva em</p><p>herbívoros em áreas de risco, conforme orientações do PNCRH.</p><p>Controle da raiva: vacinação estratégica em resposta a focos, uso de pasta anticoagulante nos animais</p><p>agredidos, captura estratégica de Desmodus rotundus conforme orientações do PNCRH e comunicação em</p><p>saúde com notificação ao serviço de saúde pública local para orientação aos indivíduos expostos.</p><p>Para Brasil (2020), o Programa Nacional de Controle da Raiva em Herbívoros (PNCRH) tem como objetivo</p><p>manter sob controle a incidência da raiva na população de herbívoros domésticos. Para isso, o PNCRH se</p><p>utiliza das seguintes estratégias</p><p>1. Desenvolvimento de suas atividades em parceria com o Ministério da Saúde no diagnóstico da Raiva e na</p><p>proteção da saúde pública e do meio ambiente, respeitando as leis de proteção da fauna;</p><p>2. Vigilância ativa em áreas de maior risco de ocorrência de raiva;</p><p>3. Investigação epidemiológica e laboratorial de todos os casos suspeitos de raiva em herbívoros domésticos</p><p>e em morcegos;</p><p>4. Diagnóstico laboratorial acessível a todos os casos suspeitos;</p><p>5. Vacinação estratégica dos herbívoros domésticos;</p><p>6. Uso da pasta anticoagulante em animais espoliados por morcegos;</p><p>7. Monitoramento de morcegos hematófagos;</p><p>8. Comunicação de risco e gerenciamento da indignação, educação em saúde e orientação preventiva em</p><p>saúde nas demais.</p><p>Para isso, foram aprovadas as normas técnicas para o controle da raiva dos herbívoros por meio da</p><p>Instrução Normativa nº 5, de 1º de março de 2002, que será foco do nosso estudo neste módulo. Venham</p><p>comigo!</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7</p><p>Instrução Normativa nº 5, de 1º de março de 2002</p><p>Aprova as Normas Técnicas para o controle da raiva dos herbívoros domésticos</p><p>A IN 5/02 aprova as Normas Técnicas para o controle da raiva dos herbívoros domésticos e incorpora a</p><p>vigilância da encefalopatia espongiforme bovina, da paraplexia enzoótica dos ovinos (scrapie) e de outras</p><p>doenças que apresentem sintomatologia nervosa de caráter progressivo, ao sistema de vigilância da raiva</p><p>dos herbívoros domésticos (art. 41).</p><p>Mas, antes de começarmos, prestem atenção, aqui!</p><p>Em 2020, houve a publicação da Instrução Normativa nº 41, de 19 de junho de 2020, que atualiza os</p><p>procedimentos de controle e prevenção dispostos no Programa Nacional de Controle da Raiva dos</p><p>Herbívoros-PNCRH.</p><p>Dessa forma, a IN 2/02 passou a vigorar com a seguinte redação:</p><p>Art. 19. A aplicação de substâncias anticoagulantes em morcegos hematófagos ou outra</p><p>forma de eutanásia deve ser realizada sob a supervisão de médico veterinário.</p><p>Art. 23. Os refúgios de morcegos hematófagos, notadamente os da espécie Desmodus</p><p>rotundus notificados ao Serviço Veterinário Oficial, devem ser cadastrados e monitorados</p><p>periodicamente, visando manter uma base de dados confiável para as análises espaciais de</p><p>áreas de risco de raiva.</p><p>Art. 30. A vacinação antirrábica deve ser recomendada aos animais susceptíveis nos focos</p><p>e perifocos, conforme condições geográficas locais.</p><p>Art. 34. Ao laboratório devem ser remetidas amostras do sistema nervoso central do</p><p>animal suspeito e morcegos encontrados mortos ou caídos.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>8</p><p>Art. 2º Fica revogado o art. 22 do Anexo da Instrução Normativa nº 5, de 1º de março de</p><p>2002.</p><p>As respectivas alterações foram realizadas no decorrer do texto da aula. Fiquem ligados!</p><p>Continuando, a IN 5/02 também inclui a encefalopatia espongiforme bovina, a paraplexia enzoótica dos</p><p>ovinos (scrapie) e outras doenças com sintomatologia nervosa de caráter progressivo no sistema de</p><p>vigilância da raiva dos herbívoros domésticos.</p><p>A raiva é uma doença de notificação obrigatória que requer notificação imediata de qualquer caso suspeito</p><p>(Brasil, 2013).</p><p>Nesse sentido, todo proprietário, ou seja, aquele que seja possuidor, depositário ou a qualquer título</p><p>mantenha em seu poder animais susceptíveis à raiva devem notificar de imediato, ao Serviço Veterinário</p><p>Oficial, a ocorrência ou a suspeita de casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por</p><p>morcegos hematófagos ou a existência de abrigos de tal espécie.</p><p>Uma vez realizada a notificação, o Serviço Veterinário Oficial deverá registrar as notificações de que e</p><p>atendê-las dentro do prazo de 24 (vinte e quatro) horas contadas a partir de sua apresentação.</p><p>Os servidores que trabalham em laboratório ou em atividades de controle da doença devem estar</p><p>protegidos mediante imunização preventiva, segundo esquema recomendado pela Organização Mundial da</p><p>Saúde (art. 4º).</p><p>Quais são os objetivos e as estratégias no PNCRH?</p><p>O PNCRH tem como objetivo (art. 5º) baixar a prevalência da doença na população de herbívoros</p><p>domésticos.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>9</p><p>Para isso, a estratégia de atuação (art. 6º) do PNCRH é baseada na adoção da vacinação dos herbívoros</p><p>domésticos, do controle de transmissores e de outros procedimentos de defesa sanitária animal que visam</p><p>à proteção da saúde pública e o desenvolvimento de fundamentos de ações futuras para o controle dessa</p><p>enfermidade.</p><p>E aí, pessoal, tudo bem? Compreenderam os objetivos e as estratégias de controle da raiva, de acordo com</p><p>a IN 5/02? Comentaremos sobre cada uma dessas estratégias, individualmente. Vamos lá?</p><p>Na profilaxia da raiva dos herbívoros (art. 7º), será utilizada vacina inativada, na dosagem de 2 ml,</p><p>administrada pelo proprietário, por via subcutânea ou intramuscular. Além disso, nas áreas de ocorrência</p><p>de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente (art. 8º), em bovídeos e equídeos com idade igual ou</p><p>superior a 3 meses, sob a supervisão do médico veterinário.</p><p>§ 1° A vacinação de bovídeos e equídeos com idade inferior a 3 (três) meses e a de outras espécies poderá</p><p>ser realizada a critério do médico veterinário. § 2° Os animais primovacinados deverão ser revacinados após</p><p>30 dias.</p><p>Art. 9º Uma vez vacinados, o atestado de vacinação antirrábica dos animais será emitido por médico</p><p>veterinário,</p><p>sendo válido pelo período de proteção conferido pela vacina usada.</p><p>Além do atestado de vacinação, para complementar a comprovação da vacinação, poderá ser solicitado ao</p><p>proprietário dos animais:</p><p>I - A nota fiscal de aquisição da vacina, a qual deve constar o número da partida, a validade e o laboratório</p><p>produtor;</p><p>II - A anotação da data da vacinação, o número de animais vacinados por espécie e a respectiva identificação</p><p>dos animais.</p><p>A duração da imunidade das vacinas para uso em herbívoros (art. 10), para efeito de revacinação, será de</p><p>no máximo 12 meses.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>10</p><p>Como é realizado o controle da produção e a comercialização das vacinas?</p><p>De acordo com a IN 5/02 (art. 11) a produção e o controle de todas as partidas de vacina obedecerão às</p><p>normas do Departamento de Defesa Animal, junto ao qual todas as vacinas deverão estar licenciadas.</p><p>Só será aprovada vacina com prazo de validade igual ou superior a 1 (um) ano (art.12) e, desde a produção</p><p>até seu uso, a vacina antirrábica deverá ser mantida em temperatura entre 2ºC e 8ºC (art.13)</p><p>Sempre que exigido pelo Serviço Veterinário Oficial, o estabelecimento responsável pela comercialização da</p><p>vacina fica obrigado a comunicar a compra, a venda e o estoque de vacina (art. 14). Além disso, sempre que</p><p>necessário, também será procedida a coleta, para análise fiscal, de vacinas antirrábicas, visando à avaliação</p><p>da sua eficácia (art. 15).</p><p>Outra importante estratégia do PNCRH é o controle dos transmissores. O primeiro passo para esse controle</p><p>é a realização de inquéritos para determinação de outras espécies que não a dos morcegos, que possam</p><p>atuar como transmissores (art. 16).</p><p>A vigilância dos transmissores deverá ser constantemente mantida por meio da verificação do coeficiente de</p><p>mordeduras e da dinâmica de suas populações (art. 31).</p><p>O método escolhido para controle de transmissores dependerá da espécie animal, da topografia da região</p><p>e das possíveis restrições legais (art. 17). Atualmente, o método mais utilizado para o controle de morcegos</p><p>hematófagos baseia-se na utilização de substâncias anticoagulantes (art. 18).</p><p>E como deve ser realizada a aplicação dessas substâncias?</p><p>A aplicação das substâncias anticoagulantes em morcegos hematófagos (art. 19) ou outra forma de</p><p>eutanásia deverá ser realizada sob a supervisão de médico veterinário (Redação alterada pela IN 41/20),</p><p>ou ao redor das lesões recentes (art. 20) provocadas por morcegos hematófagos em herbívoros. Neste caso,</p><p>a aplicação deverá ser feita pelo produtor, sob orientação de médico veterinário.</p><p>As substâncias anticoagulantes e as redes de nylon utilizados no controle de morcegos hematófagos são</p><p>materiais de uso exclusivo do PNCRH (art.21).</p><p>Em refúgios, é recomendada a utilização de outros métodos de controle de morcegos hematófagos, desde</p><p>que os locais sejam de fácil acesso e apresentem condições para os trabalhos, a critério do médico</p><p>veterinário. (Revogado pela IN 41 de 2020)</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>11</p><p>Os refúgios de morcegos hematófagos, especialmente os da espécie Desmodus rotundus, notificados ao</p><p>Serviço Veterinário Oficial, devem ser cadastrados monitorados periodicamente, visando manter uma base</p><p>de dados confiável para as análises espaciais de áreas de risco de raiva (Redação alterada pela IN 41/20).</p><p>Na ocorrência de raiva em carnívoro silvestre, deverá ser realizado levantamento epidemiológico, a fim de</p><p>verificar a origem do caso e, na existência de um surto atingindo uma ou mais espécies, realizará o controle</p><p>dessa população, por meio de capturas sistemáticas, para determinar a atividade viral e a extensão do surto</p><p>(art. 24).</p><p>Na vigilância epidemiológica da raiva, será estabelecido um sistema de informações que compreenderá a</p><p>notificação obrigatória de casos e informações contínuas. Lembrando que, vigilância epidemiológica é a</p><p>investigação contínua de dados de saúde de uma população, a fim de caracterizar a ocorrência de doença</p><p>(art. 25).</p><p>No PNCRH será realizado um diagnóstico permanente da situação epidemiológica, bem como a análise dos</p><p>fatores condicionantes, a magnitude, a distribuição e a propagação da raiva (art. 26).</p><p>Será considerada área de ocorrência de raiva (art. 27) aquela onde a doença tenha sido confirmada durante</p><p>os 2 anos precedentes.</p><p>Já a zona ou área controlada (art. 28) é aquela na qual o controle da raiva tenha alcançado níveis</p><p>satisfatórios, com os bovídeos e equídeos devidamente vacinados e a população de transmissores reduzida.</p><p>Por fim, é considerada área de atuação imediata (art. 29) aquela na qual seja reconhecido estado endêmico</p><p>de raiva, bem como a que requeira pronta intervenção.</p><p>A realização de vacinações focais e perifocais compreenderá todas as propriedades existentes na área</p><p>infectada, abrangendo um raio de até 12 (doze) km, devendo ser procedida do mesmo modo com relação</p><p>ao combate aos transmissores.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>12</p><p>A vacinação antirrábica deve ser recomendada aos animais susceptíveis nos focos e perifocos, conforme</p><p>condições geográficas locais. (Redação alterada pela IN 41 de 2020).</p><p>Vistas as estratégias de profilaxia e controle dos transmissores, vamos comentar sobre os procedimentos de</p><p>coleta de material e exames laboratoriais para o diagnóstico da raiva. Fiquem atentos, pois esse tópico já foi</p><p>questão de prova!</p><p>A coleta de material de animais suspeitos de raiva será orientada por médico veterinário e efetuada por</p><p>este ou por auxiliar que tenha recebido treinamento adequado e que esteja devidamente imunizado (art.</p><p>32).</p><p>Que tipos de amostras devem ser coletadas?</p><p>Do animal suspeito de raiva deverão ser coletadas amostras do sistema nervoso central após o óbito, ou</p><p>quando sacrificado na fase adiantada da doença (fase paralítica), bem como 10% (dez por cento) dos</p><p>morcegos hematófagos capturados.</p><p>Ao laboratório devem ser remetidas amostras do sistema nervoso central do animal suspeito e morcegos</p><p>encontrados mortos ou caídos (Redação alterada pela IN 41 de 2020).</p><p>Quais as técnicas utilizadas para o diagnóstico?</p><p>Os exames dos materiais coletados serão processados por meio da técnica de imunofluorescência direta e</p><p>prova biológica (inoculação em camundongos ou células).</p><p>Por fim, na educação sanitária e divulgação, deverão ser utilizados todos os meios e informações</p><p>disponíveis, assim como representantes dos níveis políticos, eclesiásticos e educacionais, visando a atingir o</p><p>maior número possível de criadores e outros membros da comunidade rural (art. 36).</p><p>A organização dos diferentes atores sociais da comunidade em Conselhos Municipais ou Intermunicipais de</p><p>Sanidade Animal, integrados a um Conselho Estadual de Sanidade Animal, determina uma condição</p><p>fundamental para a efetiva solução do problema raiva dos herbívoros domésticos (art. 37).</p><p>O pessoal técnico e auxiliar encarregado do controle da raiva deverá receber treinamento especializado</p><p>contínuo nos setores de controle de vacina, epidemiologia, estatística, planejamento e administração de</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>13</p><p>campanhas sanitárias, diagnóstico de laboratório, bioecologia e controle de morcegos hematófagos, manejo</p><p>de não-hematófagos e educação sanitária (art. 38).</p><p>As atividades de combate à raiva terão caráter nacional e as unidades da federação deverão estabelecer</p><p>legislação específica baseada nas presentes Normas (art. 39).</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>14</p><p>Portaria SDA nº 168, 27 de setembro de 2005</p><p>Aprova o Manual Técnico para o Controle da Raiva dos Herbívoros.</p><p>A raiva é uma doença aguda do Sistema Nervoso Central (SNC) que pode acometer todos os mamíferos,</p><p>inclusive os seres humanos. É caracterizada por uma encefalomielite fatal causada por vírus do gênero</p><p>Lyssavirus.</p><p>Na ordem Mononegavirales estão agrupados os vírus constituídos por RNA de fita simples (ssRNA), não</p><p>segmentado e com polaridade negativa. Estão incluídas as famílias: Filoviridae, Paramyxoviridae,</p><p>Bornaviridae e Rhabdoviridae.</p><p>A família Rhabdoviridae está subdividida em dois subgrupos de vírus de plantas, um grupo de vírus de peixes</p><p>e três grupos de vírus de mamíferos, este último correspondendo aos gêneros: Vesiculovirus, relacionado</p><p>com doença vesicular em animais; Ephemerovirus, relacionado com a febre efêmera dos bovinos; Lyssavirus,</p><p>relacionado com encefalomielite fatal em mamíferos. Na atualidade, os vírus do gênero Lyssavirus estão</p><p>compreendidos em sete genótipos.</p><p>O vírus da raiva apresenta morfologia característica, em forma de bala de revólver,</p><p>diâmetro médio de 75nm e comprimento de 100nm a 300nm, variando de acordo com a</p><p>amostra considerada. O vírion é composto por um envoltório formado por uma dupla</p><p>membrana fosfolipídica da qual emergem espículas de aproximadamente 9nm, de</p><p>composição glicoprotéica. Este envoltório cobre o nucleocapsídeo de conformação</p><p>helicoidal, composto de um filamento único de RNA negativo e não segmentado.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>15</p><p>O vírus da raiva, usualmente de transmissão pelo contato direto, é pouco resistente aos agentes químicos</p><p>(éter, clorofórmio, sais minerais, ácidos e álcalis fortes), aos agentes físicos (calor, luz ultravioleta) e às</p><p>condições ambientais, como dessecação, luminosidade e temperatura excessiva.</p><p>No caso da desinfecção química de instrumentais cirúrgicos, vestuários ou do ambiente onde foi realizada</p><p>a necropsia de um animal raivoso, são indicados o hipoclorito a 2%, formol a 10%, glutaraldeído a 1-2%,</p><p>ácido sulfúrico a 2%, fenol e ácido clorídrico a 5%, creolina a 1%, entre outros.</p><p>Como medida de desinfecção de ambientes, as soluções de formalina entre 0,25% e 0,90% e de bicarbonato</p><p>de sódio a 1% e 2% inativam os vírus de forma rápida e eficiente. A perda de sua infecciosidade à</p><p>temperatura de 80ºC ocorre em 2 minutos e à luz solar, em 14 dias, a 30ºC.</p><p>Mesmo em condições ambientais adversas, o vírus da raiva pode manter sua infecciosidade por períodos</p><p>relativamente longos, sendo então inativado naturalmente pelo processo de autólise. A putrefação destrói</p><p>o vírus lentamente, em cerca de 14 dias.</p><p>• Caracterização de variantes isoladas no Brasil</p><p>No Brasil, desde 1996, puderam ser identificados seis perfis antigênicos:</p><p>- variante 2 – cão, também isolada de humanos e animais silvestres terrestres;</p><p>- variante 3 – Desmodus rotundus, também isolada de outras espécies de morcegos, animais de companhia,</p><p>domésticos, silvestres terrestres e humanos;</p><p>- variante 4 – Tadarida brasiliensis, também isolada de outras espécies não hematófogas e animais de</p><p>companhia;</p><p>- uma variante semelhante à variante 5 – também relacionada a isolamentos de morcegos hematófagos em</p><p>outros países, isolada de morcegos não hematófagos e em animais de companhia;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>16</p><p>- variante 6 – Lasiurus cinereus, isolada de morcego insetívoro e um perfil que mostra reações positivas a</p><p>todos as tipificações antigênicas com anticorpos monoclonais (Mabs) utilizados, observada em amostras de</p><p>morcego não hematófago, cão e humano.</p><p>• Transmissores</p><p>Em países onde a raiva canina é controlada e não existem morcegos hematófagos, os principais</p><p>transmissores são os animais silvestres terrestres, como as raposas (Vulpes vulpes), os coiotes (Canis</p><p>latrans), os lobos (Canis lupus), as raposas-do-ártico (Alopex lagopus), os raccoon-dogs (Nyctereutes</p><p>procyonoides), os guaxinins (Procyon lotor), os skunks (Mephitis mephitis), entre outros.</p><p>Por outro lado, onde a doença não é controlada, como ocorre na maioria dos países dos continentes</p><p>africano, asiático e latino-americano, o vírus é mantido por várias espécies de animais domésticos e</p><p>silvestres.</p><p>No Brasil, a principal espécie animal transmissora da raiva ao ser humano continua sendo o cão, embora os</p><p>morcegos estejam cada vez mais aumentando a sua participação, podendo ser os principais responsáveis</p><p>pela manutenção de vírus no ambiente silvestre. Identificações positivas de vírus da raiva já foram descritas</p><p>em animais silvestres da fauna brasileira, tais como as raposas (Dusicyon vetulus), jaritatacas (Conepatus</p><p>sp), guaxinins (Procyon cancrivorous), saguis (Callithrix jachus), cachorro-do-mato (Cerdocyon thous),</p><p>morcegos hematófagos e não hematófagos.</p><p>• Patogenia</p><p>A patogenia descreve o caminho percorrido pelos vírus, desde o seu ponto de inoculação (porta de entrada)</p><p>até a via de eliminação:</p><p>a) Porta de entrada: A inoculação das partículas de vírus da raiva no organismo de um animal suscetível</p><p>ocorre por lesões da pele provocadas, na maioria das vezes, pela mordedura de um animal infectado que</p><p>esteja eliminando vírus na saliva.</p><p>É possível, ainda, que a infecção ocorra por feridas ou por soluções de continuidade da pele, quando em</p><p>contato com saliva e órgãos de animais infectados.</p><p>A possibilidade de sangue, leite, urina ou fezes conter quantidade de vírus suficiente para desencadear a</p><p>raiva é remota.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>17</p><p>Incidentes sugestivos de infecção oral ou nasal foram relacionados com raiva humana transmitida por</p><p>aerossóis em laboratórios e em cavernas densamente habitadas por morcegos. No ser humano, a</p><p>transplantação da córnea e outros órgãos infectados foi relacionada com o desenvolvimento da raiva nos</p><p>pacientes receptores.</p><p>b) Período de incubação: a variabilidade do período de incubação depende de fatores como capacidade</p><p>invasiva, patogenicidade, carga viral do inóculo inicial, ponto de inoculação (quanto mais próximo do SNC,</p><p>menor será o período de incubação), idade, imunocompetência do animal, entre outros.</p><p>No ser humano, o período médio de incubação é de 20 a 60 dias, embora haja relatos de períodos</p><p>excepcionalmente longos. Por sua vez, a determinação do período de incubação da raiva natural em animais</p><p>é de difícil comprovação, dada a dificuldade em registrar o momento exato da inoculação do vírus.</p><p>Em cães, o período médio de incubação é de 3 a 8 semanas, com extremos variando de 10 dias a 6 meses.</p><p>• Aspectos clínicos da Raiva</p><p>Sinais clínicos nos herbívoros: Passado o período de incubação, podem surgir diferentes sinais da doença,</p><p>sendo a paralisia o mais comum, porém pode ocorrer a forma furiosa, levando o animal a atacar outros</p><p>animais ou seres humanos.</p><p>O sinal inicial é o isolamento do animal, que se afasta do rebanho, apresentando certa apatia e perda do</p><p>apetite, podendo apresentar-se de cabeça baixa e indiferente ao que se passa ao seu redor. Seguem-se</p><p>outros sinais, como aumento da sensibilidade e prurido na região da mordedura,</p><p>mugido constante,</p><p>tenesmo, hiperexcitabilidade, aumento da libido, salivação abundante e viscosa e dificuldade para engolir</p><p>(o que sugere que o animal esteja engasgado).</p><p>Com a evolução da doença, apresenta movimentos desordenados da cabeça, tremores musculares e ranger</p><p>de dentes, midríase com ausência de reflexo pupilar, incoordenação motora, andar cambaleante e</p><p>contrações musculares involuntárias. Após entrar em decúbito, não consegue mais se levantar e ocorrem</p><p>movimentos de pedalagem, dificuldades respiratórias, opistótono, asfixia e finalmente a morte, que ocorre</p><p>geralmente entre 3 a 6 dias após o início dos sinais, podendo prolongar-se, em alguns casos, por até 10 dias.</p><p>Uma vez iniciados os sinais clínicos da raiva, nada mais resta a fazer, a não ser isolar o animal e esperar sua</p><p>morte, ou sacrificá-lo na fase agônica. Como os sinais em bovinos e equinos podem ser confundidos com</p><p>outras doenças que apresentam encefalites, é importantíssimo que seja realizado o diagnóstico</p><p>laboratorial diferencial.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>18</p><p>Nunca se deve aproveitar para consumo a carne de animais com suspeita de raiva. Partículas virais foram</p><p>encontradas em níveis detectáveis no coração, pulmão, rim, fígado, testículo, glândulas salivares, músculo</p><p>esquelético, gordura marrom, etc. de diferentes animais domésticos e silvestres.</p><p>A manipulação da carcaça de um animal raivoso oferece risco elevado, especialmente para os profissionais</p><p>nos açougues, cozinheiros, ou funcionários da indústria de transformação de carnes.</p><p>Deve-se ter extrema cautela ao lidar com animais suspeitos, pois pode haver perigo quando pessoas não</p><p>preparadas manipulam a cabeça e o cérebro ou introduzem a mão na boca dos animais, na tentativa de</p><p>desengasgá-los. Caso isso ocorra, deve-se procurar imediatamente um Posto de Saúde para atendimento.</p><p>A título de informação, descrevem-se os sintomas no ser humano, que ocorrem em três estágios:</p><p>O primeiro estágio, o prodrômico, dura aproximadamente 2-10 dias, caracterizado por dor de cabeça, febre,</p><p>náusea, fadiga e anorexia.</p><p>No segundo estágio, ocorre a excitação sensorial ou a fase conhecida como “período neurológico agudo”,</p><p>que persiste por 2 a 7 dias. Ocorrem comportamentos bizarros, como extrema agressividade, ansiedade,</p><p>insônia, aumento da libido, formigamento, priapismo, hipersalivação, aerofobia, fotofobia, reação ao</p><p>barulho, contração muscular, convulsões, hidrofobia, tendência de morder e de mastigar.</p><p>O terceiro estágio é caracterizado por coma e paralisia, que pode durar de algumas horas a alguns dias,</p><p>marcado pelo estado de confusão mental, alucinações, paradas cardíacas e respiratórias e paralisia do</p><p>pescoço ou da região do ponto de inoculação. Entrando em coma, o paciente pode falecer em poucos dias.</p><p>Nos casos de raiva humana associados à transmissão por morcegos, tem sido observada principalmente a</p><p>sintomatologia paralítica da doença. Humanos que apresentarem sintomas semelhantes aos relatados</p><p>acima deverão SEMPRE ser encaminhados ao Serviço de Saúde mais próximo, devendo as autoridades de</p><p>saúde ser imediatamente notificadas.</p><p>• Período de transmissibilidade</p><p>Em cães e gatos, a excreção do vírus na saliva pode ser detectada de 2 a 4 dias antes do aparecimento dos</p><p>sinais clínicos, persistindo durante toda a evolução da doença, que leva ao óbito.</p><p>A morte do animal ocorre, em média, entre 5 a 7 dias após a apresentação dos sinais. Por isso, cães e gatos</p><p>suspeitos devem ser observados por 10 dias, a partir da data da agressão. Em relação aos animais silvestres,</p><p>há poucos estudos sobre o período de transmissão, sabendo-se que varia de espécie para espécie.</p><p>Há relato de eliminação de vírus da raiva na saliva, por um período de até 202 dias, em morcego Desmodus</p><p>rotundus, sem sinais aparentes da doença.</p><p>Não se sabe exatamente o período durante o qual os herbívoros podem transmitir a doença. Embora algumas</p><p>espécies de herbívoros não possuam uma dentição adequada que permita causar ferimentos profundos, há</p><p>relatos de raiva transmitida aos seres humanos por herbívoros. Assim, é recomendado que não se</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>19</p><p>introduzam as mãos na boca de qualquer espécie animal com sinais nervosos sem o uso de equipamentos</p><p>de proteção apropriados.</p><p>No Código Sanitário para os Animais Terrestre da OIE, o período de infecciosidade da raiva em carnívoros</p><p>domésticos começa 15 dias antes do aparecimento dos primeiros sinais clínicos e termina com a morte do</p><p>animal.</p><p>• Profilaxia</p><p>Consiste principalmente na imunização dos animais susceptíveis.</p><p>No caso dos herbívoros, deve-se seguir a orientação do Manual de Controle da Raiva dos Herbívoros e da</p><p>Instrução Normativa n° 5, considerando o controle populacional do Desmodus rotundus, como outras ações</p><p>profiláticas da raiva. No caso de cães e gatos, observar as normas estipuladas pelo Ministério da Saúde.</p><p>• Tratamento</p><p>Não há tratamento e a doença é invariavelmente fatal, uma vez iniciados os sinais clínicos. Somente para o</p><p>ser humano, as vacinas antirrábicas são indicadas para tratamento pós-exposição. Há também o recurso da</p><p>aplicação de soro antirrábico homólogo (HRIG) ou heterólogo. A imunidade passiva, conferida pela</p><p>imunoglobulina antirrábica, persiste, no máximo, por apenas 21 dias.</p><p>• Diagnóstico</p><p>Clínico: a observação clínica permite levar somente à suspeição da raiva, pois os sinais da doença não são</p><p>característicos e podem variar de um animal a outro ou entre indivíduos da mesma espécie. Não se deve</p><p>concluir o diagnóstico de raiva somente com a observação clínica e epidemiológica, pois existem várias</p><p>outras doenças e distúrbios genéticos, nutricionais e tóxicos nos quais os sinais clínicos compatíveis com a</p><p>raiva podem estar presentes.</p><p>Diagnóstico laboratorial: Não existe, até o momento, um teste diagnóstico laboratorial conclusivo antes</p><p>da morte do animal doente que expresse resultados absolutos. No entanto, existem procedimentos</p><p>laboratoriais padronizados internacionalmente, para amostras obtidas post mortem de animais ou</p><p>humanos suspeitos de raiva.</p><p>As técnicas laboratoriais são aplicadas preferencialmente nos tecidos removidos do SNC. Fragmentos do</p><p>hipocampo, tronco cerebral, tálamo, córtex, cerebelo e medula oblongata são tidos tradicionalmente como</p><p>materiais de escolha.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>20</p><p>Técnicas diagnósticas: O diagnóstico laboratorial pode ser realizado utilizando principalmente dois tipos de</p><p>procedimentos de rotina:</p><p>a) Identificação imunoquímica do antígeno viral:</p><p>a.1) Teste de imunofluorescência direta: O teste mais amplamente utilizado para o diagnóstico da raiva é</p><p>de imunofluorescência direta (IFD), recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela</p><p>Organização Mundial de Saúde Animal (OIE).</p><p>Este teste pode ser utilizado diretamente numa impressão de tecido feita em lâmina de microscopia, ou</p><p>ainda para confirmar a presença de antígeno de vírus da raiva em cultura celular.</p><p>O teste de IFD apresenta resultados confiáveis em poucas horas, quando realizados em amostras frescas,</p><p>em 95-99% dos casos. Para o diagnóstico direto, as impressões preparadas do hipocampo, cerebelo e medula</p><p>oblongata são coradas com um conjugado específico marcado com substância fluorescente (anticorpos</p><p>antirrábicos + isotiocianato de fluoresceína). No teste de IFD, os agregados específicos da nucleocapside são</p><p>identificados pela fluorescência observada. A IFD pode ser aplicada</p><p>em amostras conservadas em glicerina,</p><p>após repetidas operações de lavagem.</p><p>b) Isolamento viral: Este teste detecta a infecciosidade da amostra, por meio de inoculação da suspensão</p><p>de tecidos extraídos da amostra suspeita, em sistemas biológicos, permitindo o “isolamento” do agente. É</p><p>utilizado concomitantemente ao teste de IFD, conforme preconizado pela Organização Mundial de Saúde.</p><p>b.1) Teste de inoculação em camundongo: Um grupo de camundongos com idade entre 3 e 4 semanas ou</p><p>neonatos de 2 a 5 dias de idade são inoculados intracerebralmente.</p><p>Os camundongos adulto-jovens são observados por 30 dias e todo camundongo morto é examinado por</p><p>meio da IFD. Para apressar o resultado da inoculação de camundongos neonatos, recomenda-se o sacrifício</p><p>de um camundongo por vez, aos 5, 7, 9 e 11 dias pós-inoculação, seguidos da realização da IFD. O teste de</p><p>isolamento in vivo em camundongos é oneroso e deve ser substituído, sempre que possível, por isolamento</p><p>em cultivo celular.</p><p>b.2) Teste em cultura celular: A linhagem celular preconizada para esse tipo de teste é de células de</p><p>neuroblastoma murino (NA-C1300). A replicação do vírus é revelada pela IFD. O resultado do teste é obtido</p><p>18 horas pós-inoculação. Geralmente a incubação é continuada por 48 horas e, em alguns laboratórios, por</p><p>até 4 dias. Este teste é tão sensível quanto o teste de inoculação em camundongos.</p><p>Uma vez existindo a unidade de cultura celular no laboratório, este teste deve substituir o teste de inoculação</p><p>em camundongos, evitando assim o uso de animais, além do fato de ser menos oneroso e mais rápido.</p><p>• Situação atual da Raiva nos Herbívoros no Brasil</p><p>No Brasil a raiva dos herbívoros pode ser considerada endêmica e em graus diferenciados, de acordo com</p><p>a região.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>21</p><p>Os principais fatores que contribuem para que a raiva no Brasil se dissemine ainda de forma insidiosa e</p><p>preocupante nos herbívoros domésticos são:</p><p>- Aumento da oferta de alimento, representado pelo significativo crescimento dos rebanhos;</p><p>- Ocupação desordenada, caracterizada por macromodificações ambientais, como desmatamento,</p><p>construção de rodovias e de hidroelétricas, que alteraram o ambiente em que os morcegos viviam,</p><p>obrigando-os a procurar novas áreas e outras fontes de alimentação;</p><p>- Oferta de abrigos artificiais, representados pelas construções, como túneis, cisternas, casas abandonadas,</p><p>bueiros, fornos de carvão desativados e outros;</p><p>- Atuação insatisfatória, em alguns estados brasileiros, na execução do Programa Estadual de Controle da</p><p>Raiva dos Herbívoros.</p><p>• Notificação da ocorrência de Raiva</p><p>Cabe ao proprietário notificar imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial a suspeita de casos de raiva em</p><p>herbívoros, bem como a presença de animais apresentando mordeduras por morcegos hematófagos, ou</p><p>ainda informar a existência de abrigos desses morcegos.</p><p>A não-notificação coloca em risco a saúde dos rebanhos da região, podendo expor o próprio homem à</p><p>enfermidade.</p><p>Sendo a raiva uma enfermidade de notificação compulsória, caberá sanção legal ao</p><p>proprietário que não cumprir com esta obrigatoriedade.</p><p>Sempre que o Serviço Veterinário Oficial for notificado da suspeita de ocorrência da raiva em herbívoros,</p><p>como também da espoliação no rebanho por morcegos, deverá atender à notificação o mais rápido possível.</p><p>Quando necessário, deverá ser coletado material para diagnóstico laboratorial, como também deverá ser</p><p>promovido o controle da população de morcegos Desmodus rotundus na região e orientação sobre a</p><p>vacinação antirrábica no foco e perifoco.</p><p>Prioritariamente, o encaminhamento de material suspeito de raiva para os laboratórios é realizado por:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>22</p><p>- Médicos Veterinários do Serviço Oficial. O Serviço Estadual de Defesa Sanitária Animal deve priorizar</p><p>sempre a atuação desse profissional;</p><p>- Médicos Veterinários Autônomos. Esses profissionais devem ter conhecimento de que, sempre que houver</p><p>suspeita de raiva, deverão atuar rapidamente e comunicar à autoridade sanitária constituída na região.</p><p>Para que isso seja possível, recomenda-se que o Serviço Estadual de Defesa Sanitária Animal encaminhe um</p><p>ofício, por intermédio do CRMV, para todos os veterinários autônomos do estado, informando as ações em</p><p>execução do programa, bem como o endereço das unidades de atenção veterinária e os médicos veterinários</p><p>oficiais responsáveis pelo Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros (PECRH).</p><p>- Outros profissionais ou proprietários.</p><p>Considerando-se a grande extensão territorial do nosso país, o difícil acesso a muitas</p><p>propriedades e, em alguns estados, a ausência de um veterinário oficial ou autônomo no</p><p>município, algumas vezes as amostras são encaminhadas ao laboratório de diagnóstico</p><p>para raiva pelo proprietário ou outros profissionais.</p><p>Nessa situação é encaminhada ao laboratório a cabeça do animal suspeito ou animais silvestres de</p><p>pequeno porte. Porém, o encaminhamento por pessoas leigas deve ser evitado, devendo-se buscar um</p><p>profissional para realização desse procedimento, sempre que possível.</p><p>As amostras encaminhadas ao laboratório deverão sempre ser acompanhadas do formulário único de</p><p>requisição de exames para síndrome neurológica.</p><p>Todos os profissionais envolvidos diretamente nas atividades de controle da doença devem estar</p><p>protegidos mediante vacinação preventiva e comprovadamente imunizados por sorologia, conforme prevê</p><p>a OMS. O cumprimento dessa exigência será também objeto de auditoria por parte do PNCRH.</p><p>• Estratégia do Programa</p><p>A estratégia do programa é fundamentada principalmente:</p><p>• Na vigilância epidemiológica;</p><p>• Na orientação da vacinação dos herbívoros domésticos;</p><p>• No controle de morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus, sempre que houver</p><p>risco de transmissão da raiva aos herbívoros.</p><p>• Educação em Saúde</p><p>• Caracterização das áreas de risco</p><p>A epidemiologia da raiva bovina envolve fatores naturais, como o habitat favorável aos morcegos, a</p><p>presença de vírus da raiva no ciclo silvestre e fatores sociais que estabelecem a forma com que o homem</p><p>desempenha a atividade econômica na natureza.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>23</p><p>Desse modo, a epidemiologia da raiva bovina está diretamente influenciada por fatores de ordem</p><p>ambiental desencadeados pelos seres humanos; portanto, para conhecimento do modelo epidemiológico</p><p>da raiva bovina, deve-se necessariamente compreender a organização do espaço.</p><p>O conhecimento de determinantes econômico-sociais de ocorrência, manutenção e evolução da raiva bovina</p><p>é de fundamental importância, tanto para esclarecer seu comportamento epidêmico como para estabelecer</p><p>medidas mais eficazes para o seu controle nas regiões endêmicas.</p><p>O modelo epidemiológico proposto tem como principal objetivo identificar e monitorar a presença de vírus</p><p>da raiva na população de Desmodus rotundus.</p><p>Os herbívoros são hospedeiros acidentais do vírus da raiva, pois, apesar de participar da</p><p>cadeia epidemiológica da raiva rural, somente contribuem como sentinelas à existência de</p><p>vírus. Sua participação nesse processo restringe-se ao óbito do animal, não havendo</p><p>envolvimento no processo de transmissão a outras espécies, salvo quando de forma</p><p>acidental.</p><p>Essa afirmação é devida ao fato de que a raiva nos herbívoros tem baixa ou nula probabilidade de</p><p>transmissão a outros animais, apresentando principalmente a característica paralítica,</p><p>diferentemente da</p><p>sintomatologia “furiosa”, observada nos casos de raiva em carnívoros.</p><p>• Controle e Comercialização das Vacinas Antirrábicas e Produtos Vampiricidas</p><p>a) Vacinas Antirrábicas: no Brasil, todas as vacinas antirrábicas para herbívoros são produzidas em cultivo</p><p>celular e submetidas ao controle de qualidade (inocuidade, esterilidade, eficácia e potência) do Laboratório</p><p>Nacional Agropecuário do Mapa, sediado em Campinas, SP.</p><p>Após a aprovação, o lote de vacinas somente poderá ser comercializado quando receber um selo holográfico</p><p>garantindo sua qualidade. Desde a produção até sua aplicação, a vacina antirrábica deverá ser mantida sob</p><p>refrigeração, em temperaturas variando entre 2ºC e 8ºC, evitando a incidência direta de raios solares.</p><p>Nos estabelecimentos comerciais, os imunobiológicos deverão ser mantidos em refrigeradores de uso</p><p>exclusivo para tal, provido de dois termômetros de máxima e mínima. A vacina nunca deve ser congelada.</p><p>O congelamento altera os componentes da vacina, interferindo no seu poder imunogênico. O prazo de</p><p>validade da vacina, impresso no frasco, deverá ser rigorosamente respeitado.</p><p>Os Serviços Estaduais de Defesa Sanitária Animal deverão implementar o sistema de controle da</p><p>comercialização das vacinas antirrábicas para uso em herbívoros domésticos, ficando os estabelecimentos</p><p>comerciais obrigados a comunicar a compra, a venda e o estoque das vacinas, por partida e laboratório. Os</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>24</p><p>estabelecimentos comerciais somente poderão comercializar vacinas devidamente acondicionadas em</p><p>caixas isotérmicas com gelo, que assegurem a manutenção da temperatura exigida pela legislação.</p><p>b) Produtos Vampiricidas:</p><p>Os Serviços Estaduais de Defesa Sanitária Animal deverão ter um sistema de controle da comercialização</p><p>destes produtos, devendo os estabelecimentos comerciais comunicar a compra, a venda e o estoque, bem</p><p>como identificar o comprador, sua propriedade e município, informação que é facilmente conseguida na</p><p>nota fiscal.</p><p>O prazo de validade impresso na embalagem deverá ser rigorosamente respeitado. Os serviços veterinários</p><p>oficiais deverão realizar visitas periódicas aos pecuaristas que estão fazendo uso destes produtos, visando a</p><p>conhecer a real dimensão do problema, permitindo identificar o índice de espoliação por morcegos</p><p>hematófagos no rebanho da propriedade e região, como também possibilitando orientá-los sobre os</p><p>cuidados necessários na manipulação desses produtos.</p><p>Controle dos Transmissores</p><p>Os morcegos hematófagos são encontrados desde o norte do México até o norte da Argentina e em algumas</p><p>ilhas do Caribe, em regiões com altitude média abaixo de 2.000m. No mundo, apenas três espécies de</p><p>morcegos possuem hábito alimentar hematófago (Desmodus rotundus, Diphylla ecaudata e Diaemus</p><p>youngi), os quais são encontrados no Brasil.</p><p>O morcego Desmodus rotundus é o principal transmissor da raiva aos herbívoros, pois é a espécie de</p><p>morcego hematófago mais abundante e tem nos herbívoros a sua maior fonte de alimento. Os herbívoros</p><p>também podem, em raras situações, infectar-se pela agressão de cães, gatos e outros animais silvestres</p><p>raivosos.</p><p>O método escolhido para o controle de transmissores dependerá da espécie animal envolvida, da</p><p>topografia e de eventuais restrições legais (áreas de proteção ambiental, reservas indígenas e outras). O</p><p>método para o controle de morcegos hematófagos está baseado na utilização de substâncias</p><p>anticoagulantes, especificamente a warfarina.</p><p>Os métodos de controle devem ser seletivos e executados corretamente, de tal forma a atingir unicamente</p><p>morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus, não causando dano ou transtorno algum a outras</p><p>espécies, que desempenham papel importante na manutenção do equilíbrio ecológico na natureza.</p><p>O método seletivo pode ser direto ou indireto:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>25</p><p>No método seletivo direto, há necessidade da captura do morcego hematófago e aplicação tópica do</p><p>vampiricida em seu dorso. Ao ser ingerido pelo morcego que entrar em contato, o princípio ativo provocará</p><p>hemorragias internas, matando-o.</p><p>Para execução desse método, o morcego hematófago deverá ser capturado preferencialmente junto a sua</p><p>fonte de alimentação (captura junto ao curral). Os morcegos Desmodus rotundus poderão ser capturados</p><p>diretamente no seu abrigo, quando for artificial, e nas proximidades dos abrigos naturais (cavernas e furnas).</p><p>Excepcionalmente e mediante autorização do Ibama, poderá ser promovida captura no interior de abrigos</p><p>naturais.</p><p>O método seletivo direto somente deverá ser executado pelos serviços oficiais, por técnicos devidamente</p><p>capacitados e equipados para execução correta dessa atividade, devendo o profissional retornar à</p><p>propriedade para avaliação da efetividade das ações.</p><p>No método seletivo indireto, não há necessidade da captura dos morcegos hematófagos. Este método</p><p>consiste na aplicação tópica de dois gramas de pasta vampiricida ao redor das mordeduras recentes de</p><p>morcegos hematófagos. Outros produtos vampiricidas também poderão ser empregados, sendo de especial</p><p>utilidade na bovinocultura de corte.</p><p>Nesses sistemas de controle, são eliminados apenas os morcegos hematófagos agressores, considerando</p><p>que tendem a retornar em dias consecutivos ao mesmo ferimento para se alimentar. O uso tópico da pasta</p><p>na agressão deve ser repetido enquanto o animal estiver sendo espoliado.</p><p>Essa prática deverá ser realizada pelo proprietário do animal espoliado, sob orientação de médico</p><p>veterinário, devendo ser realizada preferencialmente no final da tarde, permanecendo o animal no mesmo</p><p>local onde se encontrava na noite anterior.</p><p>ESSA PRÁTICA DEVE SER ESTIMULADA PELOS PROFISSIONAIS DOS SERVIÇOS DE DEFESA SANITÁRIA</p><p>ANIMAL NOS ESTADOS.</p><p>É fundamental que os produtores sejam orientados a incorporar, no manejo sanitário dos rebanhos, o hábito</p><p>de monitorar em seus animais a presença de lesões provocadas por morcegos hematófagos.</p><p>Atuação em Focos</p><p>A condução das medidas sanitárias em uma área de foco é de responsabilidade do Serviço Oficial de Defesa</p><p>Sanitária Animal, executor do Programa Estadual de Controle da Raiva dos Herbívoros. No caso de suspeita</p><p>de raiva ou de qualquer outra síndrome nervosa, o veterinário do serviço oficial deverá preencher o</p><p>Formulário de Investigação de Doença-Inicial (Form-In).</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>26</p><p>Após a notificação da confirmação laboratorial do diagnóstico da raiva, uma equipe se deslocará para a</p><p>propriedade de origem do animal infectado e dará prosseguimento à investigação epidemiológica. Esta visita</p><p>deve ser feita em um prazo máximo de 24 horas após a notificação.</p><p>De acordo com a investigação epidemiológica realizada e as informações de localização e registro</p><p>cronológico das notificações, as ações de vacinação e controle de morcegos deverão ser executadas com</p><p>base em um dos dois modelos apresentados a seguir.</p><p>O modelo de círculos concêntricos é mais eficiente nos casos em que, em determinada região, os focos</p><p>ocorrem de uma forma dispersa, sem um sentido lógico, não podendo ser prevista a direção de progressão</p><p>de novos casos.</p><p>O segundo, modelo de bloqueio linear, deve ser utilizado quando os focos seguem uma direção específica.</p><p>Nesse caso, a disseminação da doença pode acompanhar um rio, uma cadeia montanhosa, as margens de</p><p>uma represa, de uma rodovia ou ferrovia.</p><p>Em qualquer circunstância, as ações de bloqueio</p><p>de progressão da virose devem ser realizadas da periferia</p><p>para o centro do foco. Isso porque o morcego infectado pode transmitir a virose para outras colônias, em</p><p>até doze quilômetros de distância à frente do foco inicial.</p><p>Deve-se estar atento a casos de raiva em animais introduzidos na propriedade, transferidos dentro do</p><p>período de incubação da doença. Nesse caso, após investigação epidemiológica, a propriedade de origem</p><p>poderá ser considerada “foco primário”</p><p>Figura 1. Modelo de Círculos Concêntricos para Atuação em Focos de Raiva</p><p>A critério do médico veterinário oficial, a vacinação focal e perifocal deverão ser adotadas, abrangendo</p><p>todos os herbívoros existentes nas propriedades em um raio de até 12 (doze) quilômetros, respeitando-se</p><p>a topografia local.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>27</p><p>O controle de transmissores deverá ser intensificado nas áreas de foco, considerando-se o raio de até 12</p><p>quilômetros, respeitando a topografia local.</p><p>Se outros animais vierem a óbito nessa área, caberá ao médico veterinário oficial necropsiá-los e coletar</p><p>materiais, que serão destinados ao exame laboratorial para a raiva e para outras enfermidades compatíveis</p><p>com os sinais clínicos, como outras encefalites, causadas por intoxicações, doença de Aujeszky, babesiose</p><p>cerebral, listeriose, encefalite eqüina, entre outros.</p><p>Tomadas as medidas sanitárias efetivas preconizadas para o controle do foco, a expectativa é de que não</p><p>ocorram novos casos de raiva, dentro de um prazo equivalente ao dobro da média do período de incubação</p><p>da doença, que é de 45 dias. Caso isso ocorra, a estratégia na área focal deverá ser reavaliada.</p><p>Um foco de raiva deverá ser encerrado 90 dias após o último óbito ocorrido na propriedade, com o</p><p>preenchimento do último Formulário de Investigação de Doenças-Complementar (Form-Com). As ações</p><p>permanentes a ser executadas nas regiões devem ser conduzidas de acordo com a classificação de risco das</p><p>áreas.</p><p>Os Formulários de Investigação de Doenças (Form-In e Form-Com) preenchidos para a vigilância de</p><p>síndromes neurológicas não necessitam ser encaminhados diretamente para o DSA, em Brasília, salvo se o</p><p>diagnóstico clínico presuntivo do veterinário oficial for de uma doença considerada exótica e/ou passível de</p><p>adoção de ação emergencial.</p><p>Colheita de Material e Exames de Laboratório</p><p>O diagnóstico laboratorial é essencial para a definição de foco, pois somente será considerada a ocorrência</p><p>de um foco de raiva quando houver um ou mais casos da doença confirmados mediante testes laboratoriais.</p><p>A colheita das amostras de animais suspeitos de estar acometidos de raiva deverá ser efetuada por médico</p><p>veterinário ou por profissional habilitado por ele, que tenha recebido treinamento adequado e que esteja</p><p>devidamente imunizado. Porém a responsabilidade pela colheita e pelo envio do material suspeito de raiva</p><p>deve sempre ser exclusiva do médico veterinário (oficial ou autônomo).</p><p>Do herbívoro suspeito de raiva deverão ser coletadas amostras do Sistema Nervoso Central (SNC). No caso</p><p>de ruminantes, o encéfalo (córtex, cerebelo e tronco cerebral), de acordo com o Manual de Procedimentos</p><p>para o Diagnóstico das Doenças do Sistema Nervoso Central de Bovinos. Já no caso dos equídeos, deve ser</p><p>coletado o encéfalo e a medula. Deverão ser coletadas e enviadas ao laboratório, para diagnóstico, amostras</p><p>de todos os animais mortos com sinais clínicos compatíveis com encefalites.</p><p>Morcegos capturados e destinados à pesquisa da presença de vírus da raiva deverão, quando possível, ter</p><p>pelo menos 1ml de sangue coletado, para posterior encaminhamento de 0,2ml a 0,5ml de soro sanguíneo</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>28</p><p>ao laboratório, juntamente com o espécime a ser pesquisado. Na impossibilidade do envio das amostras de</p><p>soro, os morcegos deverão ser anestesiados com o auxílio de éter anestésico e sacrificados seguindo os</p><p>procedimentos bioéticos recomendados. O exemplar inteiro deverá ser encaminhado, congelado ou</p><p>resfriado, para o exame laboratorial.</p><p>A amostra coletada deve ser acondicionada em frasco com tampa ou saco plástico duplo, hermeticamente</p><p>fechado, identificada e colocada dentro de uma caixa isotérmica, que deverá conter gelo reciclável para</p><p>manter a temperatura entre 2ºC a 4ºC. A amostra destinada a exames histopatológicos diferenciais para</p><p>outras encefalites deverá ser acondicionada em frasco com tampa ou saco plástico específico e fixada em</p><p>formol a 10%.</p><p>Caso o período entre a colheita da amostra e o envio ao laboratório seja prolongado, recomenda-se o</p><p>congelamento da amostra destinada ao diagnóstico de raiva, depois de separadas as partes destinadas ao</p><p>diagnóstico diferencial.</p><p>NUNCA CONGELAR AS AMOSTRAS DESTINADAS AO DIAGNÓSTICO DA ENCEFALOPATIA ESPONGIFORME</p><p>BOVINA (EEB).</p><p>O LABORATÓRIO DEVERÁ SER PREVIAMENTE INFORMADO DO ENVIO E HORÁRIO DE CHEGADA DA</p><p>AMOSTRA, EVITANDO-SE ENVIAR PRÓXIMO OU DURANTE O FINAL DE SEMANA SEM PRÉVIA</p><p>COMUNICAÇÃO.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>29</p><p>QUESTÕES COMENTADAS - MULTIBANCAS</p><p>1. (UNIOESTE / UNIOESTE - 2022) A colheita de amostras de animais suspeitos de estar acometidos de</p><p>raiva deverá ser efetuada por médico veterinário ou por profissional habilitado por ele, que tenha recebido</p><p>treinamento adequado e que esteja devidamente imunizado. Porém a responsabilidade pela colheita e</p><p>pelo envio do material suspeito de raiva deve sempre ser exclusiva do médico veterinário (oficial ou</p><p>autônomo). O material para diagnóstico laboratorial deverá seguir os seguintes critérios EXCETO:</p><p>a) Nunca congelar amostras destinadas ao diagnóstico da raiva dos animais.</p><p>b) No caso de ruminantes, o encéfalo (córtex, cerebelo e tronco cerebral) deverá ser encaminhado de acordo</p><p>com o Manual de Procedimentos para o Diagnóstico das Doenças do Sistema Nervoso Central de Bovinos.</p><p>c) No caso do herbívoro suspeito de raiva deverão ser coletadas amostras do Sistema Nervoso Central (SNC).</p><p>d) Morcegos capturados e destinados à pesquisa da presença de vírus da raiva deverão, quando possível, ter</p><p>pelo menos 1ml de sangue coletado, para posterior encaminhamento de 0,2ml a 0,5ml de soro sanguíneo</p><p>ao laboratório, juntamente com o espécime a ser pesquisado.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. As amostras do SNC, incluindo cerebelo, medula</p><p>espinhal e tronco encefálico devem ser enviadas congeladas ou refrigeradas à temperatura de 2° a 8°C e para</p><p>a rede laboratorial o mais rapidamente possível após a coleta.</p><p>2. (METRÓPOLE / Prefeitura de Pedra Branca do Amapari - AP - 2022) O principal transmissor da raiva</p><p>dos herbívoros é o morcego hematófago da espécie Desmodus rotundus. A Instrução Normativa nº 5, de</p><p>1° de março de 2002, preconiza que a vacinação dos herbívoros seja realizada com vacina contendo vírus</p><p>inativado, na dosagem de:</p><p>a) 2ml por animal, para animais acima de um ano, sendo aplicada por via subcutânea ou intramuscular.</p><p>b) 2ml por animal, independentemente da idade, sendo aplicada por via subcutânea ou intramuscular.</p><p>c) 3ml por animal, para animais até 02 anos da idade, sendo aplicada por via subcutânea ou intramuscular.</p><p>d) 3ml por animal, independentemente da idade, sendo aplicada por via subcutânea ou intramuscular.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>30</p><p>e) 5ml por</p><p>animal, independentemente da idade, sendo aplicada por via subcutânea ou intramuscular.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Na profilaxia da raiva dos herbívoros (art. 7º), será</p><p>utilizada vacina inativada, na dosagem de 2 ml, administrada pelo proprietário, por via subcutânea ou</p><p>intramuscular. Além disso, nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação será adotada sistematicamente (art.</p><p>8º), em bovídeos e equídeos com idade igual ou superior a 3 meses, sob a supervisão do médico veterinário.</p><p>3. (IBFC / INDEA-MT - 2022) A epidemiologia da raiva em herbívoros envolve fatores naturais, como</p><p>o habitat favorável aos morcegos, a presença de vírus da raiva no ciclo silvestre e fatores sociais que</p><p>estabelecem a forma com que o homem desempenha a atividade econômica na natureza. Sobre a Raiva</p><p>de Herbívoros, leia o texto a seguir.</p><p>“Os herbívoros são hospedeiros acidentais do vírus da raiva, pois, apesar de participar da cadeia</p><p>epidemiológica da raiva ____________, somente contribuem como sentinelas à existência de vírus. Sua</p><p>participação nesse processo restringe-se ao óbito do animal, não havendo envolvimento no processo de</p><p>transmissão a outras espécies, salvo quando de forma acidental. Essa afirmação é devida ao fato de que a</p><p>raiva nos herbívoros tem baixa ou nula probabilidade de transmissão a outros animais, apresentando</p><p>principalmente a característica ____________, diferentemente da sintomatologia ____________, observada</p><p>nos casos de raiva em carnívoros.” (Manual Técnico do Controle da Raiva dos Herbívoros, 2009 - Ministério</p><p>da Agricultura Pecuária e Abastecimento, com adaptações)</p><p>Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas.</p><p>a) urbana / furiosa / paralítica</p><p>b) rural / furiosa / paralítica</p><p>c) urbana / paralítica / furiosa</p><p>d) rural / paralítica / furiosa</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão.</p><p>Os herbívoros são hospedeiros acidentais do vírus da raiva, pois, apesar de participar da cadeia</p><p>epidemiológica da raiva rural, somente contribuem como sentinelas à existência de vírus. Sua participação</p><p>nesse processo restringe-se ao óbito do animal, não havendo envolvimento no processo de transmissão a</p><p>outras espécies, salvo quando de forma acidental. Essa afirmação é devida ao fato de que a raiva nos</p><p>herbívoros tem baixa ou nula probabilidade de transmissão a outros animais, apresentando principalmente</p><p>a característica paralítica, diferentemente da sintomatologia “furiosa”, observada nos casos de raiva em</p><p>carnívoros.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>31</p><p>4. (FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão: Prefeitura de Itapecerica da Serra - SP Prova: FUNDEP</p><p>(Gestão de Concursos) - 2021 - Prefeitura de Itapecerica da Serra - SP - Analista de Ensino Superior -</p><p>Veterinário</p><p>O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, por meio do seu manual de legislação estabelece um</p><p>programa nacional de controle da raiva dos herbívoros.</p><p>Com relação a essa normativa, assinale a alternativa incorreta.</p><p>a) Na profilaxia da raiva dos herbívoros, será utilizada vacina inativada, na dosagem de 2 mL, podendo ser</p><p>administrada somente pelo médico veterinário, por meio da via subcutânea ou intramuscular.</p><p>b) O proprietário deverá notificar de imediato, ao Serviço Veterinário Oficial, a ocorrência ou a suspeita de</p><p>casos de raiva, assim como a presença de animais atacados por morcegos hematófagos ou a existência de</p><p>abrigos de tal espécie.</p><p>c) Os servidores que trabalham em laboratório ou em atividades de controle da doença devem estar</p><p>protegidos mediante imunização preventiva, segundo esquema recomendado pela Organização Mundial da</p><p>Saúde.</p><p>d) Nas áreas de ocorrência de raiva, a vacinação deverá ser adotada sistematicamente, em bovídeos e</p><p>equídeos com idade igual ou superior a três meses, sob a supervisão do médico veterinário.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta e é o gabarito da questão. Na profilaxia da raiva dos herbívoros (art. 7º), será</p><p>utilizada vacina inativada, na dosagem de 2 ml, administrada pelo proprietário, por via subcutânea ou</p><p>intramuscular.</p><p>5. (CEV-URCA / Prefeitura de Crato - CE - 2021) A IN nº 5 de 01 de Março de 2002, Aprova as Normas</p><p>Técnicas para o controle da raiva dos herbívoros domésticos e dá outras providências. Sobre essa</p><p>normativa, assinale a alternativa INCORRETA:</p><p>a) Será considerada área de ocorrência de raiva aquela onde a doença tenha sido confirmada durante os 2</p><p>(dois) anos precedentes;</p><p>b) Será considerada área de atuação imediata aquela na qual seja reconhecido estado endêmico de raiva,</p><p>bem como a que requeira pronta intervenção;</p><p>c) Os refúgios de morcegos hematófagos, notadamente os da espécie Desmodus rotundus, notificados ao</p><p>Serviço Veterinário Oficial, deverão ser cadastrados e revisados periodicamente, visando a manter o efetivo</p><p>controle das populações de morcegos neles existentes;</p><p>d) O método escolhido para controle de transmissores será a aplicação de substâncias anticoagulantes nos</p><p>morcegos hematófagos;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 05 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>32</p><p>e) Em refúgios, recomenda-se a utilização de outros métodos de controle de morcegos hematófagos, desde</p><p>que os locais sejam de fácil acesso e apresentem condições para os trabalhos, a critério do médico</p><p>veterinário;</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta. Será considerada área de ocorrência de raiva (IN 5/02 - art. 27) aquela onde a</p><p>doença tenha sido confirmada durante os 2 anos precedentes.</p><p>A alternativa B está correta. É considerada área de atuação imediata (IN 5/02 - art. 29) aquela na qual seja</p><p>reconhecido estado endêmico de raiva, bem como a que requeira pronta intervenção.</p><p>A alternativa C está correta. Art. 23. Os refúgios de morcegos hematófagos, notadamente os da espécie</p><p>Desmodus rotundus notificados ao Serviço Veterinário Oficial, devem ser cadastrados e monitorados</p><p>periodicamente, visando manter uma base de dados confiável para as análises espaciais de áreas de risco de</p><p>raiva.</p><p>A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. O método escolhido para controle de transmissores</p><p>dependerá da espécie animal, da topografia da região e das possíveis restrições legais (art. 17). Atualmente,</p><p>o método mais utilizado para o controle de morcegos hematófagos baseia-se na utilização de substâncias</p><p>anticoagulantes (art. 18).</p><p>A alternativa E está incorreta. Em refúgios, é recomendada a utilização de outros métodos de controle de</p><p>morcegos hematófagos, desde que os locais sejam de fácil acesso e apresentem condições para os trabalhos,</p><p>a critério do médico veterinário. (Revogado pela IN 41 de 2020)</p><p>6. (CIESP / CIESP - 2021) O Manual Técnico para Controle da Raiva dos Herbívoros foi elaborado pelo</p><p>Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) do Ministério da Agricultura,</p><p>Pecuária e Abastecimento (MAPA) em 2005 (Portaria DAS nº 168, de 27 de setembro de 2005), para</p><p>nortear as ações dos agentes públicos envolvidos na execução do Programa Nacional de Controle da Raiva</p><p>dos Herbívoros (PNCRH) em todo o território nacional. O seu conteúdo traz diversas informações sobre a</p><p>enfermidade e sobre os procedimentos técnicos a serem adotados. Em relação à raiva dos herbívoros,</p><p>atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir:</p><p>( ) Os herbívoros são considerados hospedeiros acidentais do vírus da raiva; participam da cadeia</p><p>epidemiológica da raiva rural, contribuindo unicamente como sentinelas à existência do vírus, uma vez que,</p><p>geralmente, não transmitem a infecção a outras espécies.</p><p>( ) Bovinos e equinos infectados apresentam período de incubação variável, manifestam sinais diversos</p>