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<p>32 LINGUAGENS, CIÊNCIAS HUMANAS E REDAÇÃO</p><p>EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO</p><p>2023</p><p>1.o SIMULADO ENEM</p><p>70. A sociedade burguesa moderna, que brotou</p><p>das ruínas da sociedade feudal, não aboliu os</p><p>antagonismos de classes. Não fez senão substituir</p><p>velhas classes, velhas condições de opressão,</p><p>velhas formas de luta por outras novas. Entretanto,</p><p>a nossa época, a época da burguesia, caracteriza-</p><p>se por ter simplificado os antagonismos de classes.</p><p>MARX, K.; ENGELS, F. O manifesto comunista. São Paulo: Paz</p><p>e Terra, 1998.</p><p>Na perspectiva dos autores, os antagonismos entre</p><p>as classes sociais no capitalismo decorrem da</p><p>separação entre aqueles que detêm os meios de</p><p>produção e aqueles que</p><p>a) vendem a força de trabalho.</p><p>b) exercem a atividade comercial.</p><p>c) possuem os títulos de nobreza.</p><p>d) controlam a propriedade da terra.</p><p>e) monopolizam o mercado financeiro.</p><p>71. Ao mesmo tempo que as novas tecnologias</p><p>inseridas no universo do trabalho estão provocando</p><p>profundas transformações nos modos de produção,</p><p>tornam cada vez mais plausível a possibilidade</p><p>de liberação do homem do trabalho mecânico e</p><p>repetitivo.</p><p>JORGE, M. T. S. Será o ensino escolar supérfluo no mundo das</p><p>novas tecnologias?</p><p>Educação e Sociedade, v. 19, n. 65, dez. 1998 (adaptado).</p><p>O paradoxo da relação entre as novas tecnologias</p><p>e o mundo do trabalho, demonstrado no texto, pode</p><p>ser exemplificado pelo(a)</p><p>a) utilização das redes sociais como ferramenta de</p><p>recrutamento e seleção.</p><p>b) transferência de fábricas para locais onde estas</p><p>desfrutem de benefícios fiscais.</p><p>c) necessidade de trabalhadores flexíveis para se</p><p>adequarem ao mercado de trabalho.</p><p>d) fenômeno do desemprego que aflige milhões de</p><p>pessoas no mundo contemporâneo.</p><p>e) conflito entre trabalhadores e empresários por</p><p>conta da exigência de qualificação profissional</p><p>72. A sociologia ainda não ultrapassou a era das</p><p>construções e das sínteses filosóficas. Em vez</p><p>de assumir a tarefa de lançar luz sobre uma</p><p>parcela restrita do campo social, ela prefere</p><p>buscar as brilhantes generalidades em que todas</p><p>as questões são levantadas sem que nenhuma</p><p>seja expressamente tratada. Não é com exames</p><p>sumários e por meio de intuições rápidas que se</p><p>pode chegar a descobrir as leis de uma realidade</p><p>tão complexa. Sobretudo, generalizações às vezes</p><p>tão amplas e tão apressadas não são suscetíveis</p><p>de nenhum tipo de prova.</p><p>DURKHEIM, E. O suicídio: estudo de sociologia. São Paulo:</p><p>Martins Fontes, 2000.</p><p>O texto expressa o esforço de Émile Durkheim em</p><p>construir uma sociologia com base na</p><p>a) vinculação com a filosofia como saber unificado.</p><p>b) reunião de percepções intuitivas para demons-</p><p>tração.</p><p>c) formulação de hipóteses subjetivas sobre a vida</p><p>social.</p><p>d) adesão aos padrões de investigação típicos das</p><p>ciências naturais.</p><p>e) incorporação de um conhecimento alimentado</p><p>pelo engajamento político.</p>