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<p>LUDOTERAPIA</p><p>A Ludoterapia é o processo psicoterapêutico em que a escuta e a fala, mediadas e vividas pelo brincar, possibilitam à criança lidar com o seu sofrimento.</p><p>O brinquedo é o que justifica a prática da Ludoterapia. Por meio da brincadeira a criança expressa seus sentimentos, organiza seus pensamentos, inicia e resolve conflitos.</p><p>A psicoterapia feita com adultos, é mediada pela fala, e o que se tem é o enfrentamento da questão de forma mais direta, verbalizada. A Ludoterapia, ao contrário da psicoterapia de adultos, lida com o enfrentamento da demanda de forma lúdica, por meio da brincadeira.</p><p>A psicoterapia está relacionada a 4 princípios:</p><p>1. A permissividade para a criança expressar seus sentimentos;</p><p>2. O terapeuta deve identificar os sentimentos expressos pela criança, e refleti-los;</p><p>3. O terapeuta deve respeitar a capacidade da criança de resolver seus problemas, e propiciar oportunidades para isso;</p><p>4. É a criança quem deve dirigir os diálogos;</p><p>As Características da Ludoterapia:</p><p>· A relação criança-terapeuta;</p><p>· O sigilo profissional;</p><p>· A permissividade, a liberdade experiencial e o potencial de escolha.</p><p>A Liberdade Experiencial é a oportunidade dada à criança de elaborar suas experiências e sentimentos, assim como entende-los.</p><p>Liberdade de escolha: se a criança se expressa através do brinquedo, entende-se que ao escolher o que quer brincar a criança estará escolhendo o que quer expressar. É a consciência deste poder de decisão que dá autonomia à criança. A hora lúdica pertence a criança, e não aos pais ou psicólogo.</p><p>A permissividade se refere a um ambiente terapêutico que proporcione à criança a oportunidade de expressar os sentimentos que quiser. A escolha de brincadeiras, comumente se refere a coisas que criança não realiza em seu cotidiano, seja por não ter condições de comprar o brinquedo ou porque a brincadeira não é aceita socialmente (por exemplo, quando a criança está com raiva dos pais e decide brincar de machucá-los).</p><p>O terapeuta deve estabelecer a sensação de permissividade para que a criança se sinta livre para expressar seus sentimentos. A livre expressão dos sentimentos é o elemento que produz mudança no comportamento e promove a ressignificação dos eventos traumáticos. Entretanto, essa permissividade deve ser vivenciada respeitando-se os limites mínimos necessários para que a criança seja consciente da sua responsabilidade nas relações com o outro (por exemplo, não pode machucar o psicólogo) e para que ela não perca o contato com a sua realidade (por exemplo, não pode se machucar deliberadamente).</p><p>Compreendendo os sentimentos expressos pela criança, é possível ajuda-la. A permissividade que é oferecida no setting terapêutico, ao contrário do espanto que causa aos que não participam do processo, apresenta-se como um importante recurso, reconhecido pelas crianças, no desenvolvimento da Ludoterapia.</p><p>É dever do psicólogo aceitar a criança como ela é, isso significa acolher qualquer sentimento, pensamento ou informação que forem trazidos durante a sessão, sem oferecer julgamento ou resistência.</p><p>A psicoterapia infantil considera que esta aceitação da singularidade de cada criança deve ser percebida por cada paciente que inicia um processo terapêutico e, consequentemente, torna-se condição fundamental para que a criança manifeste livremente seus sentimentos.</p><p>É possível que, mesmo havendo aceitação por parte dos psicólogos, as crianças não estejam plenamente conscientes do que lhe está sendo ofertado. Considerando o lugar social que elas ocupam em nossa sociedade, com alto grau de exigências no cotidiano, não é comum que encontrem espaços em que não seja preciso agradar alguém para serem aceitas, o que poderia dificultar a vivência de ser aceito incondicionalmente.</p><p>A importância do brincar na Psicoterapia:</p><p>É importante que a criança perceba a terapia como algo prazeroso, e não como um fardo, ou uma obrigação, ou ainda um “agrado aos pais”. Ao gostarem de participar da hora lúdica, suas atitudes no setting podem ser mais autênticas, mais congruentes e, consequentemente, mais propiciadoras de mudanças.</p><p>Em relação aos brinquedos, o recomendado substituí-los apenas em caso de danos. Tem a possibilidade da criança “enjoar” do material disponível (principalmente aquelas que estão há muito tempo em terapia). Para algumas crianças, o desinteresse pelos brinquedos da sala pode significar que estes passaram a representar simplesmente os objetos em si, não investidos de simbolismo. Para outras, a falta de criatividade, significa que está sendo exigido da criança uma grande diversidade para a expressão simbólica, e os significados simbólicos só poderão ser compreendidos a partir da vivência de cada criança.</p><p>A brincadeira possibilita a criança revivenciar de forma elaborativa as angústias do seu cotidiano que são oprimidas lhe causando sofrimento. Para a criança o brincar é uma atividade real, pois é através da brincadeira que se liberta um trauma. O brincar é uma forma de comunicação, de expressar sentimentos e libertar comportamentos.</p><p>A Ludoterapia:</p><p>A Ludoterapia se baseia na premissa de que o jogo ou a brincadeira é um meio natural da criança se expressar. O método utilizado pelo terapeuta pode ser diretivo (o terapeuta direciona) ou não diretivo (a criança que conduz a terapia).</p><p>A técnica não diretiva presume que a criança possui dentro de si a capacidade para resolver seus próprios problemas, sendo assim, o sujeito pode ser ele mesmo, se expressando sem nenhum tipo de imposição. Na ludoterapia a criança é a pessoa mais importante, ela se autogerencia e se aceita do jeito que ela é. O terapeuta apenas reforça seus sentimentos de segurança, e assim a criança ganha autonomia sobre seus atos.</p><p>O primeiro contato da criança com o terapeuta deve indicar calor, amizade e acolhimento. A criança deve se sentir protegida e acolhida da forma como ela é, sem nenhum julgamento ou discriminação. O acolhimento é caracterizado pela aceitação, compreensão e a capacidade de comunicação.</p><p>Para que haja compreensão é necessário que o terapeuta se coloque no lugar da criança, tentando entender ao máximo como o sofrimento a afeta. A comunicação deverá ser feita através da reflexão do conteúdo emocional ao invés dos fatos. E a reflexão com clareza do conteúdo emocional, promove na criança uma percepção objetiva de suas emoções, o que ajuda a compreender melhor seu sofrimento.</p>

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