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<p>1www.grancursosonline.com.br</p><p>Tutelas Provisórias</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>TUTELAS PROVISÓRIAS</p><p>De acordo com o Art. 294, a tutela provisória pode fundamentar-se em urgência ou</p><p>evidência. A tutela provisória de urgência, cautelar (preventiva) ou antecipada (satisfa-</p><p>tiva), pode ser concedida em caráter antecedente ou incidental. A tutela de evidência,</p><p>no entanto, somente pode ser de natureza incidental.</p><p>Comumente, o termo “incidental” remete a um pedido feito com o processo em</p><p>curso. No entanto, o Código, quando apresenta o que seriam as antecedentes, estabe-</p><p>lece um procedimento específico para tanto: o de promover uma forma em que haja</p><p>uma simplificação procedimental, com sumarização do rito.</p><p>No caso de uma tutela cautelar antecedente, quando ainda não se formula o pedido</p><p>principal, dando entrada na petição antes, para que primeiro resolva a questão cautelar,</p><p>e posteriormente formular o pedido principal.</p><p>A tutela cautelar antecedente e a tutela antecipada antecedente não são dinâmicas</p><p>de um mesmo objetivo. Enquanto a tutela cautelar antecedente é um procedimento</p><p>prévio à formulação do pedido principal, a tutela antecipada antecedente é um procedi-</p><p>mento prévio à formulação de um pedido de tutela final, com a possibilidade de o pro-</p><p>cesso se encerrar com a concessão da medida sem resistência do réu.</p><p>Não se deve associar, portanto, a tutela antecipada antecedente àquele pedido feito na</p><p>petição inicial. Pode-se ter tutela antecipada incidental, sendo pedida na petição inicial ou</p><p>durante o curso do processo, visto que somente será tutela antecipada antecedente aquela</p><p>em que, nos termos do Art. 303, tenha uma sumarização incidental.</p><p>Dispõe o Art. 295, a tutela provisória requerida em caráter incidental independe do</p><p>pagamento de custas.</p><p>CARACTERÍSTICAS DAS TUTELAS PROVISÓRIAS</p><p>As tutelas provisórias, à luz dos estudos do Professor Luiz Guilherme Marinoni, se</p><p>distinguem das chamadas tutelas finais ou definitivas. As tutelas provisórias são aque-</p><p>las concedidas e analisadas, via de regra, com cognição sumária. As tutelas finais, a con-</p><p>trário senso, são concedidas com cognição exauriente.</p><p>As tutelas provisórias podem ser modificadas, revogadas e alteradas a qualquer</p><p>momento, e isso as faz, geralmente, precárias, visto que aquilo que está gerando de</p><p>efeito pode ser modificado a qualquer momento.</p><p>5m</p><p>2www.grancursosonline.com.br</p><p>Tutelas Provisórias</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>A tutela provisória conserva sua eficácia na pendência do processo, mas pode, a qual-</p><p>quer tempo, ser revogada ou modificada, conforme texto legal do Art. 296.</p><p>Salvo decisão judicial em contrário, a tutela provisória conservará a eficácia durante</p><p>o período de suspensão do processo.</p><p>Por serem dadas com base em cognição sumária, o juízo, com mais informações, ele-</p><p>mentos e instrução probatória, pode chegar à conclusão de que eventual decisão de</p><p>tutela provisória possa estar incoerente, revogando-a. Justamente por isso são consi-</p><p>deradas precárias.</p><p>Por fim, as tutelas provisórias dependem de requerimento, salvo quando a Lei expres-</p><p>samente autorizar sua concessão de ofício.</p><p>Ao se conceder uma tutela provisória com cognição sumária, essa medida, uma vez</p><p>efetivada, pode gerar prejuízos para a parte contrária. Sendo modificada, aquele réu</p><p>não deveria ter sofrido a constrição, restrição ou prejuízo que a efetivação da medida o</p><p>causou. Logo, deverá ser indenizado por quem deu causa à respectiva efetivação – o autor</p><p>da demanda, conforme Código Civil, se o processo for extinto ou julgado improcedente.</p><p>Então, há uma responsabilidade objetiva que a efetivação da tutela provisória causa</p><p>a quem está se beneficiando dela, qual seja, se essa medida por modificada, deixa-se de</p><p>receber aquilo que ela está gerando, devendo ser indenizada pela parte contrária, pelos</p><p>prejuízos que essa efetivação de sua medida causou a ela.</p><p>Tutelas cautelares têm previsões dentro do poder geral de cautela do magistrado,</p><p>por exemplo, em uma ação de inventário e partilha. Havendo uma eventual petição de</p><p>suposto herdeiro fora da relação matrimonial, não havendo aceite do espólio, dentro da</p><p>ação de inventário, existe um dispositivo que permite ao magistrado reservar um qui-</p><p>nhão desse suposto herdeiro, submetendo a pessoa que o solicitou ao ingresso como</p><p>herdeiro que vá para as vias ordinárias para investigação de paternidade, garantindo a</p><p>ela, se for reconhecida a filiação, a disponibilização do quinhão da legítima já disponível.</p><p>Essa medida acautelatória, conforme previsão legal do Código de Processo Civil, pode</p><p>ser concedida pelo juiz, de ofício.</p><p>Outros exemplos são o arresto, a pré-penhora do Art. 830 – quando o Oficial de Jus-</p><p>tiça, antevendo uma ação premeditada do executado, indisponibiliza os bens para garan-</p><p>tir uma futura penhora.</p><p>As tutelas podem ser concedidas com cognição exauriente, dentro da sentença.</p><p>Quando uma sentença (tutela final) não confirma uma tutela provisória concedida ante-</p><p>riormente, essa sentença não produz efeitos a partir da publicação.</p><p>No entanto, quando essa tutela final confirma uma tutela anteriormente concedida,</p><p>neste capítulo, onde houve a confirmação da sentença provisória, efeitos são produzidos.</p><p>10m</p><p>15m</p><p>20m</p><p>3www.grancursosonline.com.br</p><p>Tutelas Provisórias</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Conceder tutela provisória como capítulo da sentença, para que a decisão produza</p><p>efeitos imediatamente, é uma técnica bastante utilizada, e retira, deste capítulo, um</p><p>eventual efeito suspensivo que seria gerado pela interpelação, dando efetividade à</p><p>ordem judicial, redistribuindo o ônus do tempo.</p><p>De acordo com o Art. 1.012, a apelação terá efeito suspensivo, e além de outras hipó-</p><p>teses previstas em lei, começa a produzir efeitos imediatamente após a sua publicação a</p><p>sentença que confirma, concede ou revoga tutela provisória (§ 1º, Inciso V).</p><p>De acordo com o Art. 297, o juiz poderá determinar as medidas que considerar ade-</p><p>quadas para efetivação da tutela provisória (poder geral de cautela). A efetivação da</p><p>tutela provisória observará as normas referentes ao cumprimento provisório da sen-</p><p>tença, no que couber (vide Arts. 520 a 522).</p><p>Na decisão que conceder, negar, modificar ou revogar a tutela provisória, o juiz moti-</p><p>vará seu convencimento de modo claro e preciso, à luz do Art. 298, vide Art. 489, § 1º</p><p>(dever de fundamentação adequada).</p><p>De acordo com Enunciado n. 141 do FPPC, o disposto no Art. 298, CPC, aplica-se</p><p>igualmente á decisão monocrática ou colegiada do Tribunal.</p><p>A tutela provisória será requerida, à luz do Art. 299, ao juízo da causa e, quando ante-</p><p>cedente, ao juízo competente para conhecer do pedido principal. Ressalvada disposição</p><p>especial, na ação de competência originária de tribunal e nos recursos, a tutela provi-</p><p>sória será requerida ao órgão jurisdicional competente para apreciar o mérito (pará-</p><p>grafo único).</p><p>De acordo com o Enunciado n. 448 do FPPC, as tutelas provisórias de urgência e evi-</p><p>dência são admissíveis no sistema dos Juizados Especiais.</p><p>Os recursos não impedem a eficácia da decisão, salvo disposição legal ou decisão judi-</p><p>cial em sentido diverso. A eficácia da decisão recorrida poderá ser suspensa por decisão</p><p>do relator, se da imediata produção de seus efeitos houver risco de dano grave, de difícil</p><p>ou impossível reparação, e ficar demonstrada a probabilidade de provimento do recurso.</p><p>Importante ressaltar que o pedido de efeito suspensivo de um recurso é um requeri-</p><p>mento tutelar cautelar incidental.</p><p>Incumbe ao relator, à luz do Art. 932, apreciar o pedido de tutela provisória nos recur-</p><p>sos e nos processos de competência originária do tribunal.</p><p>TUTELAS DE URGÊNCIA</p><p>As tutelas de urgência podem ser antecipadas (satisfativas) ou cautelares</p><p>(preventivas).</p><p>As medidas satisfativas são aquelas entregues para a parte, aquilo que ela só teria</p><p>com uma cognição exauriente.</p><p>25m</p><p>30m</p><p>4www.grancursosonline.com.br</p><p>Tutelas Provisórias</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>Ao contrário, as medidas</p><p>preventivas não satisfazem, mas previnem o resultado</p><p>último do processo ao final, acautelando o direito do credor. A tutela cautelar previne</p><p>a própria eficiência do processo em si, e não apenas pensando no direito essencial-</p><p>mente da parte.</p><p>De acordo com disposição do Art. 305, parágrafo único, existe fungibilidade entre as</p><p>tutelas de urgência. Caso entenda que o pedido a que se reforce o caput tem natureza</p><p>antecipada, o juiz observará o disposto no Art. 303 (tutela antecipada antecedente).</p><p>Na vigência do CPC/1973, eram comuns as expressões Fumus boni iuris e periculum in</p><p>mora para se tratar de tutela cautelar. Para tutela antecipada, o Art. 273 do CPC/1973</p><p>utiliza expressões próprias, tais como prova inequívoca, verossimilhança da alegação,</p><p>fundado risco de dano irreparável ou de reparado difícil e incerta reparação.</p><p>O Código Civil simplificou, com base no Art. 300, que dispõe que os requisitos são os</p><p>mesmos para os pedidos de tutela antecipada ou cautelar.</p><p>Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos de evi-</p><p>denciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil</p><p>do processo.</p><p>Como na tutela antecipada, de fato a medida é satisfativa, existe o risco de uma</p><p>medida não ter sido deferida, pelo fato de as medidas serem precárias, e o juiz revogar a</p><p>decisão. Se o juiz revoga, o réu foi prejudicado, restabelecendo o status quo anti, ou seja,</p><p>a mesma situação em que o réu se encontrava antes de conceder a medida.</p><p>Nos casos em que a medida se demonstra irreversível, o Art. 300, § 3º, estabelece um</p><p>requisito a mais para uma tutela antecipada, qual seja, que o provimento seja reversível.</p><p>Deve-se observar, portanto, os casos de irreversibilidade recíproca, em que será obser-</p><p>vado o princípio da proporcionalidade e da razoabilidade.</p><p>§ 3º A tutela de urgência de natureza antecipada não será concedida quando houver</p><p>perigo de irreversibilidade dos efeitos da decisão.</p><p>Para a concessão de tutela de urgência, o juiz pode, conforme o caso, exigir caução</p><p>real ou fidejussória idônea (contracautela) para ressarcir os danos que a outra parte</p><p>possa vir a sofrer, podendo a caução ser dispensada se a parte economicamente hipos-</p><p>suficiente não puder oferecê-la.</p><p>De acordo com Art. 302, independentemente da reparação por dano processual,</p><p>a parte responde objetivamente pelo prejuízo que a efetivação da tutela de urgência</p><p>causar à parte adversa, se:</p><p>35m</p><p>5www.grancursosonline.com.br</p><p>Tutelas Provisórias</p><p>DIREITO PROCESSUAL CIVIL</p><p>I – A sentença lhe for desfavorável;</p><p>II – Obtida liminarmente a tutela em caráter antecedente, não fornecer os meios ne-</p><p>cessários para a citação do requerido no prazo de 5 (cinco) dias;</p><p>III – Ocorrer a cassação da eficácia da medida em qualquer hipótese legal;</p><p>IV – O juiz acolher a alegação de decadência ou prescrição da pretensão do autor.</p><p>A indenização será liquidada nos autos em que a medida tiver sido concedida, sempre</p><p>que possível, conforme disposição do parágrafo único do Art. 302.</p><p>Lembre-se de que essas medidas podem ser proferidas inaudita altera pars, ou seja,</p><p>sem oitiva da outra parte, por conta do risco a outra parte do processo, sendo concedida</p><p>liminarmente.</p><p>Conforme Informativo n. 789, de 3 de outubro de 2023, embora a previsão da aver-</p><p>bação premonitória seja ordinariamente reservada à execução, pode o magistrado, com</p><p>base no poder geral de cautela e observados os requisitos previstos no Art. 300 do CPC,</p><p>deferir tutela provisória de urgência de natureza cautelar no processo de conhecimento,</p><p>com idêntico conteúdo à medida prevista para a demanda executiva (Art. 829 do CPC).</p><p>40m</p><p>� Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula</p><p>preparada e ministrada pelo professor Mozart Borba.</p><p>A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-</p><p>teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-</p><p>tura exclusiva deste material.</p>

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