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<p>Princípio da Moralidade no Direito Brasileiro</p><p>O preceito moral é um dos alicerces da gestão pública, conforme estabelecido</p><p>no artigo 37, caput, da Constituição Federal de 1988. Ele requer que os</p><p>funcionários públicos atuem com probidade, ética e boa-fé. Isso significa que,</p><p>além de cumprir a lei, suas ações devem seguir altos padrões éticos, priorizando</p><p>o bem comum e não o próprio benefício.</p><p>Este preceito ultrapassa a legalidade, pois nem tudo que é legal pode ser</p><p>classificado como moral. Portanto, o princípio da moralidade exige que o gestor</p><p>público atue de maneira íntegra, equitativa e clara, sempre com respeito à</p><p>comunidade e ao bem coletivo. A infringência deste preceito pode resultar na</p><p>anulação de atos administrativos e na responsabilização do funcionário público,</p><p>conforme estabelecido pela Lei de Improbidade Administrativa (Lei no</p><p>8.429/1992).</p><p>A moralidade também desempenha um papel crucial no controle social e judicial</p><p>das ações administrativas, possibilitando que os cidadãos e as entidades</p><p>fiscalizadoras monitorem as atividades do governo.</p><p>Pergunta 1: O que exige o princípio da moralidade na administração</p><p>pública?</p><p>A) Que os atos públicos sejam realizados de acordo com as leis, sem levar</p><p>em conta a ética.</p><p>B) Que os agentes públicos ajam de forma ética, honesta e com respeito ao</p><p>interesse público.</p><p>C) Que os atos da administração pública sejam sempre sigilosos.</p><p>D) Que o administrador público atue sempre visando seus próprios</p><p>interesses.</p><p>Resposta correta: B) Que os agentes públicos ajam de forma ética, honesta e</p><p>com respeito ao interesse público.</p><p>Justificativa:</p><p>O princípio da moralidade transcende o simples cumprimento da lei (legalidade),</p><p>requerendo que os funcionários públicos ajam com probidade, ética e boa-fé,</p><p>sempre com o objetivo de atender ao interesse público. Embora uma ação seja</p><p>tecnicamente legal, pode ser vista como imoral se não estiver em conformidade</p><p>com os padrões éticos esperados.</p><p>O funcionário público deve atuar de forma clara e neutra, evitando qualquer ação</p><p>que possa comprometer o bem coletivo ou favorecer interesses individuais.</p><p>Portanto, a moralidade na administração é um alicerce da governança pública,</p><p>assegurando a confiança da sociedade nas instituições governamentais.</p><p>Pergunta 2: Qual é a consequência da violação do princípio da moralidade</p><p>por um agente público?</p><p>A) O agente público pode ser promovido.</p><p>B) O ato pode ser anulado, e o agente público pode ser responsabilizado por</p><p>improbidade administrativa.</p><p>C) O ato continua válido, sem nenhuma consequência.</p><p>D) O agente público pode apenas ser advertido, sem outras sanções.</p><p>Resposta correta: B) O ato pode ser anulado, e o agente público pode ser</p><p>responsabilizado por improbidade administrativa.</p><p>Justificativa:</p><p>A transgressão ao princípio da moralidade pode levar à anulação do ato</p><p>administrativo realizado em desrespeito aos princípios éticos e morais. Ademais,</p><p>o funcionário público que age em desacordo com a moralidade pode ser</p><p>penalizado de acordo com a Lei de Improbidade Administrativa (Lei no</p><p>8.429/1992), que estabelece penalidades como a perda do cargo, a suspensão</p><p>dos direitos políticos, multas e ressarcimento ao erário.</p><p>Isso acontece porque a moralidade é um requisito constitucional para a gestão</p><p>pública, e a sua violação resulta em desvio de propósito e utilização imprópria</p><p>de autoridade ou recursos públicos.</p>