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<p>Como direito humano básico, envolve a garantia de acesso permanente e</p><p>regular à prática alimentar adequada ou apropriada, descrita pela PNAN, além de</p><p>atender aos princípios de variedade, equilíbrio, moderação e prazer, os quais não são</p><p>citados na definição da referida política. Como direito humano básico, envolve a</p><p>garantia de acesso permanente e regular à prática alimentar adequada ou apropriada,</p><p>descrita pela PNAN, além de atender aos princípios de variedade, equilíbrio,</p><p>moderação e prazer, os quais não são citados na definição da referida política.</p><p>1</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 2</p><p>2 CONCEITOS ............................................................................................... 3</p><p>3 CARACTERIZAÇÃO DA NUTRIÇÃO E SEUS ASPECTOS HISTÓRICOS 5</p><p>4 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO ................................................................... 6</p><p>5 CONCEITO DE IDOSO............................................................................... 9</p><p>6 NECESSIDADES NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS DOS IDOSOS ........... 11</p><p>6.1 Recomendações alimentares no idoso............................................... 13</p><p>6.2 Adaptações na alimentação do idoso ................................................. 14</p><p>6.3 Alterações fisiológicas ligadas ao envelhecimento ............................. 14</p><p>7 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM IDOSOS ............................................... 16</p><p>8 ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DO IDOSO ........... 19</p><p>9 USO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS .............................................. 21</p><p>9.1 Relação dos fármacos com a absorção de nutrientes ........................ 24</p><p>10 DÉFICIT VITAMÍNICO NOS IDOSOS ................................................... 27</p><p>10.1 Deficiência de Vitamina B12 ........................................................... 27</p><p>10.2 Hipovitaminose D ............................................................................ 28</p><p>10.3 Vitamina D e Cálcio: aspectos fisiológicos relacionados ao</p><p>envelhecimento ...................................................................................................... 29</p><p>11 FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DE NUTRIENTES NOS</p><p>IDOSOS ................................................................................................................33</p><p>11.1 Fatores fisiológicos ......................................................................... 33</p><p>11.2 Uso de medicamentos e interferência na sensibilidade gustativa ... 36</p><p>12 REFERÊRNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................... 38</p><p>2</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>Prezado (a) aluno (a)!</p><p>O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante</p><p>ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um</p><p>aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma</p><p>pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é</p><p>que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a</p><p>resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas</p><p>poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em</p><p>tempo hábil.</p><p>Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa</p><p>disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das</p><p>avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora</p><p>que lhe convier para isso.</p><p>A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser</p><p>seguida e prazos definidos para as atividades.</p><p>Bons estudos!</p><p>3</p><p>2 CONCEITOS</p><p>Nutrição – Refere-se aos nutrimentos ou nutrientes e ao conjunto de processos</p><p>que vão desde a ingestão dos alimentos até sua total assimilação pelas células que</p><p>compõem o organismo.</p><p>Nutrientes – são os elementos que compõem os alimentos. Dentre muitas</p><p>finalidades, estes nutrientes efetuam o fornecimento de energia para podermos</p><p>realizar as atividades do nosso cotidiano, como também, são responsáveis pelo</p><p>sustento e o desenvolvimento dos organismos. São eles: as vitaminas, os sais</p><p>minerais, os hidratos de carbono e as proteínas.</p><p>Alimentos – São substâncias compostas de nutrientes (líquida, pastosa, sólida</p><p>ou gasosa) introduzidas no organismo via oral ou parenteral. Segundo Duarte (1978),</p><p>os nutrientes preenchem a função de nutrição, destinados a fornecer ao organismo os</p><p>elementos necessários ao crescimento, à reparação dos tecidos, ao equilíbrio das</p><p>funções do corpo e a produção de energia.</p><p>A segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, publicada</p><p>em 2014, dedica-se em grande medida a classificar os alimentos, prioritariamente</p><p>de acordo com o tipo de processamento ao qual são submetidos, estabelecendo</p><p>quatro categorias de alimentos (BRASIL, 2014):</p><p>- Alimentos in natura: são aqueles obtidos diretamente de plantas ou</p><p>de animais (como folhas e frutos ou ovos e leite) e adquiridos para consumo sem</p><p>que tenham sofrido qualquer alteração após deixarem a natureza;</p><p>- Alimentos minimamente processados: são alimentos in natura que, antes</p><p>de sua aquisição, foram submetidos a alterações mínimas, como grãos secos,</p><p>polidos e empacotados ou moídos da forma de farinhas, raízes e tubérculos</p><p>lavados, cortes de carne resfriados ou congelados e leite pasteurizado. Estes fazem</p><p>parte da mesma categoria dos alimentos in natura;</p><p>Ingredientes culinários (óleos, gorduras, sal e açúcar): produtos extraídos de</p><p>alimentos in natura ou da natureza por prensagem, moagem, trituração,</p><p>pulverização e refino. São usados para temperar e cozinhar alimentos e para criar</p><p>preparações culinárias variadas;</p><p>- Alimentos processados: fabricados pela indústria com a adição de sal ou</p><p>4</p><p>açúcar ou outra substância de uso culinário para torna-los duráveis e mais</p><p>agradáveis ao paladar. São produtos derivados diretamente de alimentos e são</p><p>reconhecidos como versões dos alimentos originais;</p><p>- Alimentos ultraprocessados: são formulações industriais feitas</p><p>inteiramente ou majoritariamente de substâncias extraídas de alimentos, derivadas</p><p>de constituintes de alimentos ou sintetizadas em laboratório com base em matérias</p><p>orgânicas como petróleo e carvão (aditivos em geral). Técnicas de manufatura</p><p>incluem extrusão, moldagem, e pré-processamento por fritura ou cozimento.</p><p>Alimentação – É a ingestão de alimentos e todo o processo físico-químico da</p><p>digestão e absorção, que têm como finalidade introduzir no organismo um complexo</p><p>de substâncias nutricionais, que são: as proteínas, os carboidratos, as vitaminas e os</p><p>minerais que tem uma sua devida e distinta função no organismo.</p><p>Calorias – Hoje se fala muito em calorias, mas o que são essas calorias?</p><p>Caloria é a energia que adquirimos através dos alimentos que ingerimos. A medida</p><p>da energia é o que chamamos de calorias. Essa caloria é vital para nossa vida, pois,</p><p>ela é essencial para que aconteça o metabolismo em nosso corpo. Em geral, para um</p><p>adulto com trabalho não muito pesado, a quota diária é de 2400 Kcal, lembrando que</p><p>esta cota varia de acordo com a atividade física de cada um.</p><p>Metabolismo – É o conjunto de todas as etapas que o alimento atravessa</p><p>depois de ingerido, são elas: digestão, transformação, absorção e excreção do que</p><p>não foi utilizado. Esse metabolismo pode ser mais acelerado ou mais lento. Ex: as</p><p>crianças têm o metabolismo mais acelerado do que um adulto, devido à necessidade</p><p>de grande quantidade dos nutrientes para ter uma boa formação física.</p><p>Absorção – Ocorre quando os nutrientes que são provenientes dos alimentos</p><p>que ingerimos passam através das paredes do intestino, chegando à circulação</p><p>sanguínea e então levados a todas as células do corpo, com a finalidade de nutrir e</p><p>proporcionar mais energia ao organismo.</p><p>Excreção</p><p>os idosos têm maior probabilidade de</p><p>apresentar disfagia no mecanismo de deglutição, que pode ser causada por</p><p>diminuição da sensibilidade orofacial, diminuição da movimentação oral, perda</p><p>dentária e uso de próteses (ACOSTA et al., 2012). Alterações fisiológicas</p><p>causadas pelo envelhecimento da deglutição são um grande risco de disfagia</p><p>(YOSHIDA et al., 2015).</p><p>Fonte: unimed.coop.br</p><p>A disfagia pode ser causada por doenças que causam estreitamento do</p><p>esôfago, secreção insuficiente de saliva e fraqueza na estrutura muscular que</p><p>impulsiona o bolo alimentar (PORTH, 2011). Ainda de acordo com Mourão et al.</p><p>(2016), a deglutição pode ser alterada por perda dentária, uso de dentaduras</p><p>potencialmente inadequadas, aumento do tecido conjuntivo e gorduroso na língua</p><p>e alterações do sistema sensorial que levam à diminuição do paladar. Essa</p><p>mudança resultou em uma diminuição na força de mastigação e na preparação de</p><p>36</p><p>comprimidos. Portanto, pode ocorrer por razões funcionais ou estruturais,</p><p>podendo ou não ser acompanhada de dor (MARCOLINO et al., 2009).</p><p>Quando a deglutição é dolorosa denomina-se odinofagia (PORTH, 2011).</p><p>Para Figueiredo et al., (2016) as estases, penetração e aspiração são sinais de</p><p>disfagia. Pessoas mais velhas podem relatá-lo como: sensação de parar de comer,</p><p>necessidade de líquido para engolir alimentos, tosse, engasgo ou pigarro antes ou</p><p>depois das refeições. Segundo Porth (2011), as queixas mais comuns são</p><p>engasgo, tosse ou sensação de comida presa na garganta ao engolir.</p><p>11.2 Uso de medicamentos e interferência na sensibilidade gustativa</p><p>Para Lopez et al. (2015), devido às alterações fisiológicas do envelhecimento,</p><p>os idosos têm maior probabilidade de aumentar o consumo de medicamentos.</p><p>Oliveira et al. (2016) apontaram que o alto consumo de medicamentos dessa</p><p>população pode estar relacionado a alguns fatores, como a baixa demanda por</p><p>tratamentos não medicamentosos para doenças crônicas ou outros problemas de</p><p>saúde.</p><p>A característica da polifarmácia é o uso de cinco ou mais medicamentos ao</p><p>mesmo tempo (DUARTE et al., 2012). Isso se deve ao aumento das doenças</p><p>crônicas não transmissíveis (DCNT), comuns em idosos (OLIVEIRA et al., 2016).</p><p>Um dos efeitos colaterais mais comuns em idosos que usam vários medicamentos</p><p>são as alterações do paladar, pois geralmente eles desconhecem ou não são</p><p>informados das interações existentes. O paladar e o olfato do idoso podem ser</p><p>alterados pelo uso de determinados medicamentos, e esses defeitos sensoriais</p><p>podem levar a mudanças na vida da população e levar ao declínio da função (LOPES</p><p>et al., 2015).</p><p>Rosa et al. (2016; SILVA et al., 2017) apontaram que a combinação de</p><p>medicamentos pode ser a causa de deficiências nutricionais em idosos. Os</p><p>medicamentos podem levar a um estado nutricional insuficiente, levando à anorexia,</p><p>problemas gastrointestinais, alterações na função corporal e interações</p><p>medicamentosas-nutrientes (ALMEIDA et al., 2014).</p><p>37</p><p>Para compensar as alterações no paladar causadas pelo uso de</p><p>medicamentos, os idosos costumam adicionar mais sal e açúcar à alimentação, o</p><p>que pode levar a doenças como diabetes e hipertensão. O uso de medicamentos</p><p>também pode prejudicar o estado nutricional do idoso, pois interfere na ingestão</p><p>alimentar, na digestão, na absorção e no uso de diversos nutrientes, prejudicando</p><p>sua saúde e necessidades nutricionais (ALBUQUERQUE et al., 2018).</p><p>38</p><p>12 REFERÊRNCIAS BIBLIOGRÁFICAS</p><p>ABREU, W. C.; SILVA, M. M. S.; PEREIRA, C. 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Formaram-se os primeiros dietistas</p><p>em cursos de nível técnico e, aos poucos, foram sendo ampliados para cursos de</p><p>Nutrição de nível superior, ainda nas décadas de 40 e 50, em outras regiões do Brasil,</p><p>como Rio de Janeiro e Bahia. A formação e o campo de prática estavam pré-definidos</p><p>pelos ideais da problemática alimentar da América Latina. No Brasil, a atuação prática</p><p>do nutricionista-dietista acontecia na área clínica para assistência hospitalar sob</p><p>influência da disciplina “Higiene Alimentar” nos cursos da saúde e, também se fez</p><p>presente nos desdobramentos da ciência da Nutrição (COSTA, 1999;</p><p>VASCONCELOS, 2002).</p><p>Assim, os cursos reforçavam a perspectiva biológica referente às ações da</p><p>alimentação sobre o organismo humano (BOSI, 1988). Os aspectos sociais e</p><p>econômicos determinantes do estado nutricional da população e da fome, como</p><p>denunciava J. de Castro, eram relegados ao segundo plano. O aparecimento do</p><p>campo da Nutrição como disciplina, política social e/ou profissão está relacionado ao</p><p>contexto histórico-político-econômico-social do nosso país, dos anos 30-40, primeiro</p><p>governo de Getúlio Vargas, valorizando a alimentação como coadjuvante para mais</p><p>produtividade e renda (VASCONCELOS; BATISTA FILHO, 2011; YPIRANGA, 1991).</p><p>6</p><p>O objeto de trabalho dos nutricionistas estava se consolidando no âmbito da</p><p>saúde humana, na abordagem sobre o homem e o alimento. Além dos hospitais, aos</p><p>poucos os órgãos públicos de fornecimento de refeições a trabalhadores foram sendo</p><p>administrados por nutricionistas, valorizando a alimentação oferecida às coletividades</p><p>sadias, sob a ótica política e econômica da época (BOSI, 1996; VASCONCELOS,</p><p>2002).</p><p>Em âmbito mundial, o período inicial da formação de nutricionista coincidiu com</p><p>momento da valorização do capital e de produtividade laboral, influenciando a</p><p>profissionalização e a divisão técnica no âmbito trabalhista, repercutindo no campo da</p><p>saúde. O modelo econômico dominante fomentava que saúde poderia ser mercadoria</p><p>e, a profissão de nutricionista exercida inicialmente em ambiente hospitalar, voltada</p><p>aos cuidados dietéticos dos enfermos, corroborava com esse modelo social (COSTA,</p><p>1999).</p><p>O avanço de cursos de Nutrição e o estímulo ao maior número de profissionais</p><p>eram justificados pela demanda na esfera governamental, no campo da alimentação</p><p>e nutrição, como pela importância biossocioeconômica do nutricionista em hospitais,</p><p>indústrias e comércio (MODESTO, 1980). Na evolução da profissão, os campos de</p><p>nutrição clínica (dietoterapia) centrada no alimento como agente de tratamento, e o</p><p>de nutrição básica e experimental para estudos com os alimentos, foram</p><p>acompanhados da nutrição social, visando a estudos dietético-nutricionais da</p><p>população. Essa última, segundo Vasconcelos (2002), originou a nutrição em saúde</p><p>pública e o campo da alimentação institucionalizada ou alimentação coletiva, para a</p><p>organização de alimentação a grupos de pessoas sadias e enfermas.</p><p>4 ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO</p><p>De acordo com a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN), “a</p><p>alimentação e nutrição constituem-se em requisitos básicos para a promoção e a</p><p>proteção da saúde, possibilitando a afirmação plena do potencial de crescimento e</p><p>desenvolvimento humano, com qualidade de vida e cidadania” (BRASIL, 2013).</p><p>Fica claro, portanto, que a alimentação apresenta implicações diretas na</p><p>saúde e na qualidade de vida, mas essas podem se configurar como positivas ou</p><p>7</p><p>negativas, dependendo de como se caracteriza a alimentação de indivíduos e</p><p>coletividades (BRASIL, 2013). Para garantir que o impacto da alimentação sobre</p><p>a saúde seja predominantemente positivo, é preciso que a mesma seja</p><p>caracterizada como adequada e saudável.</p><p>Fonte: aprender.buzzero.com</p><p>A Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) entende por</p><p>alimentação adequada e saudável (BRASIL, 2013):</p><p>A prática alimentar apropriada aos aspectos biológicos e socioculturais dos</p><p>indivíduos, bem como ao uso sustentável do meio ambiente. Ou seja, deve</p><p>estar em acordo com as necessidades de cada fase do Sabemos que o</p><p>envelhecimento leva à diminuição da massa corporal magra e</p><p>à diminuição da taxa metabólica basal. Desta forma, a energia</p><p>necessária para sobreviver todos os dias também será reduzida</p><p>em quantidade e qualidade; baseada em práticas produtivas adequadas e</p><p>sustentáveis com quantidades mínimas de contaminantes físicos, químicos e</p><p>biológicos.</p><p>O Guia Alimentar para a População Brasileira acrescenta, ainda, que a</p><p>alimentação adequada e saudável, como direito humano básico, envolve a garantia</p><p>de acesso permanente e regular à prática alimentar adequada ou apropriada, descrita</p><p>pela PNAN, além de atender aos princípios de variedade, equilíbrio, moderação e</p><p>prazer, os quais não são citados na definição da referida política (BRASIL, 2014).</p><p>A Promoção da Alimentação Adequada e Saudável (PAAS) configura-se como</p><p>uma das vertentes de Promoção à Saúde, e compreende “um conjunto de estratégias</p><p>8</p><p>que proporcionem aos indivíduos e coletividades a realização de práticas alimentares</p><p>apropriadas aos seus aspectos biológicos e socioculturais, bem como ao uso</p><p>sustentável do meio ambiente”. A proposta da PAAS, em seu conjunto de estratégias</p><p>e ações, é superar o modelo biomédico, previamente explorado neste texto, além de</p><p>outros desafios fortemente presentes hoje em nossa sociedade, a saber: a abordagem</p><p>limitada à produção e à oferta de informações técnico- científicas; a frágil integração</p><p>do conhecimento científico ao popular; e a insuficiente apropriação das dimensões</p><p>cultural e social como determinantes dos hábitos alimentares (BRASIL, 2013).</p><p>Dentre as diversas estratégias direcionadas à PAAS encontra-se a Educação</p><p>Alimentar e Nutricional (EAN), bem como estratégias de regulação de alimentos, e</p><p>incentivo à promoção da alimentação adequada e saudável nos diferentes ambientes</p><p>ocupados pela população em todos os seus estratos etários e sociais (BRASIL, 2013).</p><p>A Educação Alimentar e Nutricional está inserida no contexto da realização do</p><p>Direito Humano à Alimentação Adequada (DHHA) e da garantia de Segurança</p><p>Alimentar e Nutricional (SAN), e pode ser definida como (BRASIL, 2012).:</p><p>Um campo de conhecimento e de prática contínua e permanente,</p><p>transdisciplinar, intersetorial e multiprofissional que visa promover a prática</p><p>autônoma e voluntária de hábitos alimentares saudáveis. A prática da EAN</p><p>deve fazer uso de abordagens e recursos educacionais problematizadores e</p><p>ativos que favoreçam o diálogo junto a indivíduos e grupos populacionais,</p><p>considerando todas as fases do curso da vida, etapas do sistema alimentar e</p><p>as interações e significados que compõem o comportamento alimentar.</p><p>A promoção da autonomia e do autocuidado constitui um dos princípios para</p><p>as ações de EAN, e seu exercício pode favorecer a adesão dos indivíduos às</p><p>mudanças necessárias em seu modo de vida que possibilitem alcançar uma</p><p>alimentação adequada e saudável. Para tanto, é fundamental que os indivíduos se</p><p>empoderem em relação à sua própria saúde, em todos os seus aspectos, o que</p><p>somente é possível por meio de sua instrumentação com conhecimentos e habilidades</p><p>que lhes permitam conhecer e identificar seu contexto de vida (BRASIL, 2012).</p><p>Em EAN, emprega-se o termo educação, mas não no sentido de condução, e</p><p>sim compondo abordagens que privilegiem “os processos ativos, que incorporem os</p><p>conhecimentos e práticas populares, contextualizados</p><p>nas realidades dos indivíduos,</p><p>suas famílias e grupos e que possibilitem a integração permanente entre a teoria e a</p><p>9</p><p>prática”, ampliando o grau de autonomia para as tomadas de decisões (BRASIL,</p><p>2012), justamente como propõem Lefevre e Lefevre (2012).</p><p>Portanto, a despeito do desacordo terminológico, em se tratando de Promoção</p><p>da Saúde, o aspecto central é o empoderamento, que visa não somente o aumento da</p><p>capacidade de interpretação e a análise do sujeito sobre si e sobre o mundo, como</p><p>também, e consequentemente, da capacidade de fazer escolhas, governar,</p><p>transformar e produzir a própria vida (LEFEVRE E LEFEVRE, 2012).</p><p>Para alcançar esse objetivo, é fundamental que a EAN se baseie no</p><p>desenvolvimento de senso crítico pelos indivíduos para que, uma vez estando frente</p><p>às inúmeras possibilidades de consumo, ou sujeitos às regras de condutas dietéticas,</p><p>os mesmos sejam capazes de reconhecer as possibilidades, experimentar, decidir,</p><p>reorientar, num processo de tomada de decisão ativa e informada a respeito de todos</p><p>os aspectos envolvidos no comportamento alimentar (MINISTÉRIO DO</p><p>DESENVOLVIMENTO SOCIAL E COMBATE À FOME, 2012; BRASIL, 2013).</p><p>5 CONCEITO DE IDOSO</p><p>Fonte: goias.gov.br</p><p>Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60</p><p>anos ou mais. O mesmo entendimento está presente na Política Nacional do Idoso</p><p>(instituída pela lei federal 8.842), de 1994, e no Estatuto do Idoso (lei 10.741), de 2003.</p><p>A primeira tem como objetivo assegurar os direitos sociais do idoso, entre eles à</p><p>10</p><p>saúde, ao trabalho, à assistência social, à educação, à cultura, ao esporte, à habitação</p><p>e aos meios de transportes, criando condições para promover sua autonomia,</p><p>integração e participação efetiva na sociedade. A segunda vem regular todos esses</p><p>direitos, concedendo a quem tem 60 anos ou mais, por exemplo, atendimento</p><p>preferencial em estabelecimentos públicos e privados e prioridade na formulação e na</p><p>execução de políticas sociais públicas específicas (MACHADO, 2019).</p><p>Segundo Mendonça (2012), a expectativa de vida dos brasileiros aumentou</p><p>consideravelmente nos últimos anos, graças aos avanços da medicina e da</p><p>tecnologia. Por outro lado, esse avanço também ocasionou uma diminuição do</p><p>número de nascimentos. Trouxe certo controle de natalidade a partir do momento em</p><p>que o desejo dos jovens em serem pais começa a ser adiado para que obtenham</p><p>maior sucesso em suas carreiras profissionais. Nosso país vem se tornando cada vez</p><p>menos um país de jovens, está envelhecendo, a melhor qualidade de vida está</p><p>fazendo com que o número de idosos cresça cada vez mais.</p><p>Explica Sordi (2015) que,</p><p>[...]o número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil, segundo o Relatório</p><p>Mundial de Saúde e Envelhecimento, deverá crescer muito mais rápido do</p><p>que a média internacional. A quantidade de idosos no Brasil quase triplicará</p><p>até o fim de 2050, enquanto que no mundo irá duplicar. A porcentagem de</p><p>idosos no Brasil, atualmente, é de 12,5%, e até a metade do século deve</p><p>chegar aos 30%. Portanto, em um futuro bem próximo, seremos considerados</p><p>uma nação envelhecida, classificação essa dada aos países com mais de</p><p>14% da população idosa (como, por exemplo, a Inglaterra, a França e o</p><p>Canadá são considerados atualmente), segundo a OMS; sendo</p><p>extremamente necessária uma definição de quem são os idosos para a</p><p>legislação brasileira, já que o número desse grupo aumenta a cada dia.</p><p>Segundo Moura (2016), a Constituição Federal de 1988, tem como um de seus</p><p>objetivos fundamentais da República promover o bem de todos, sem preconceito ou</p><p>discriminação em detrimento da idade do cidadão (bem como de origem, raça, sexo,</p><p>cor e quaisquer outras formas de discriminação, conforme o art. 3°, inciso IV da CF).</p><p>A Magna Carta registra certa preocupação com o idoso em seus artigos 229 e 230,</p><p>prevendo que os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na “velhice”</p><p>(a palavra velhice deriva do latim, da expressão vetulus, como sendo um diminutivo</p><p>de vetus, significando: remoto, antigo, idoso, antiquado, gasto pelo uso).</p><p>11</p><p>6 NECESSIDADES NUTRICIONAIS ESPECÍFICAS DOS IDOSOS</p><p>A relação entre nutrição, processo de envelhecimento e patologias do sujeito</p><p>idoso é hoje indiscutível. A nutrição, nesses casos, começa a ser encarada a dois</p><p>níveis de prevenção: primária, com foco nos hábitos cotidianos do indivíduo e</p><p>secundária, no tratamento de doenças já instaladas (FERREIRA, 2012). A qualidade</p><p>do envelhecimento é resultado do estilo de vida pelo qual o indivíduo optou, sendo a</p><p>alimentação responsável por grande parcela.</p><p>Sabemos que o envelhecimento leva à diminuição da massa corporal magra</p><p>e à diminuição da taxa metabólica basal. Desta forma, a energia necessária para</p><p>sobreviver todos os dias também será reduzida. Portanto, é lógico supor que a</p><p>quantidade de nutrientes também deve ser reduzida. No entanto, estudos têm</p><p>mostrado que o oposto é verdadeiro para certos nutrientes (MARTINELLI, 2018).</p><p>12</p><p>Fonte: vilavida.com.br</p><p>A desnutrição em idosos pode aumentar significativamente a deficiência</p><p>física, a morbidade e a mortalidade, afetando sua qualidade de vida. A desnutrição</p><p>no idoso pode ser confundida com os sinais do envelhecimento, por isso é importante</p><p>detectá-la precocemente para que possa ser corrigida antecipadamente. Os fatores</p><p>que afetam o estado nutricional são (FERNANDES, 2021):</p><p> Fatores ambientais: Moradia insuficiente, falta de métodos de preparo das</p><p>refeições e dificuldade de obtenção de alimentos;</p><p> Fatores neuropsicológicos: Doenças do sistema nervoso, declínio</p><p>cognitivo, depressão, alterações no estado emocional.</p><p> Fatores socioeconómicos e culturais: Baixo nível de educação, baixa</p><p>renda, acesso limitado aos cuidados de saúde, falta de conhecimento sobre</p><p>alimentação / nutrição, institucionalização, crenças, altos gastos com saúde.</p><p> Fatores fisiológicos: Saúde bucal, imobilidade, diminuição da massa</p><p>muscular, diminuição da densidade óssea, função imunológica, pH gástrico.</p><p>As necessidades nutricionais dos idosos podem ser maiores:</p><p>Cálcio e vitamina D: Há evidências de que os idosos precisam de mais cálcio</p><p>e vitamina D para manter a saúde óssea. A vitamina D é uma molécula solúvel em</p><p>gordura, necessária para que o corpo absorva adequadamente o carbonato de cálcio</p><p>e o fosfato na dieta. Quando tomamos banho de sol, nosso corpo produz vitamina</p><p>D. Mas também existem suplementos vendidos nas farmácias</p><p>Fibras: Uma das consequências conhecidas do envelhecimento é a redução</p><p>da motilidade intestinal. Portanto, os idosos estão mais sujeitos à constipação. A</p><p>fibra é um nutriente que pode ajudar a regular a função intestinal. Além disso,</p><p>existem estudos que associam uma dieta rica em fibras (por meio da ingestão de</p><p>frutas e outros vegetais) com menor risco de doenças cardíacas, controle de peso e</p><p>menor risco de diabetes tipo II.</p><p>Além disso, recomenda-se que o idoso preste atenção à ingestão de</p><p>proteínas, vitamina B12, açúcar, sal e potássio.</p><p>Por várias razões, os idosos preferem cada vez mais alimentos mais macios</p><p>e doces. Dessa forma, eles correm o risco de consumir muito açúcar, menos</p><p>http://162.214.104.137/~wwidos/os-beneficios-das-fibras/</p><p>13</p><p>proteínas e vitamina B12. Como mencionado anteriormente, uma dieta baixa em</p><p>proteínas pode causar sérios problemas nutricionais. A falta de vitamina B12 pode</p><p>causar problemas no sistema nervoso e anemia megaloblástica (MARTINELLI,</p><p>2018).</p><p>6.1 Recomendações alimentares no idoso</p><p>A alimentação do idoso deve ser completa, equilibrada, variada. Os idosos</p><p>devem guiar-se pelas porções intermédias de cada grupo alimentar. É recomendado</p><p>que façam entre 5 a 6 refeições diárias: café da manhã, lanche da manhã, almoço,</p><p>lanche da tarde, jantar e ceia.</p><p>O café da manhã e lanches ideais devem incluir uma fonte de proteína (leite,</p><p>iogurte, queijo), uma fonte de carboidratos</p><p>(pão, aveia, biscoitos) e um pedaço de</p><p>fruta. O almoço e o jantar devem incluir sopas de vegetais, pratos compostos por</p><p>fontes de carboidratos (arroz, macarrão, batata, batata doce), fontes de proteína</p><p>(carne, peixe, ovos), vegetais e feijão. Para sobremesa optar por uma peça de fruta</p><p>e ocasionalmente por uma sobremesa com pouco açúcar. A ceia deve ser uma</p><p>refeição leve como por exemplo um chá e umas bolachas (FERNANDES, 2021).</p><p>A ingestão de água deve ser reforçada, 1.5L/dia, pois os idosos podem</p><p>apresentar alto risco de desidratação devido à perda de líquidos e pouca sede.</p><p>Recomendações que podem ser seguidas:</p><p> Não saltar refeições;</p><p> As refeições devem ser pouco volumosas e facilmente digeríveis;</p><p> Ingerir fruta e hortícolas;</p><p> Adaptar a consistência dos cozinhados quando existirem dificuldades na</p><p>mastigação, deglutição e digestibilidade;</p><p> Preparar as refeições com diferentes cores, sabores, formas, texturas e</p><p>aromas;</p><p> Fazer as refeições com companhia, sempre que possível, e num ambiente</p><p>calmo e agradável;</p><p> Utilizar ervas aromáticas, especiarias e sumo de limão para temperar os</p><p>cozinhados (evitando o excesso de sal);</p><p> Beber água regularmente;</p><p> Moderar o consumo de açúcar, sal, gorduras e bebidas alcoólicas;</p><p> Preparar mais quantidade das refeições e congelar as porções em</p><p>recipientes individuais para outras ocasiões;</p><p> Confeccionar bem os alimentos (ovos, carnes, peixe e marisco), para evitar</p><p>toxiinfeções alimentares;</p><p> Fazer uma caminhada antes das refeições para estimular o apetite;</p><p>14</p><p> Estar atento às alterações do apetite;</p><p> Incentivar o consumo de pratos tradicionais portugueses adequados do</p><p>ponto de vista nutricional que incluam leguminosas e hortícolas;</p><p> Estar atento às modificações involuntárias do apetite ou de peso;</p><p> Ser fisicamente ativo, de acordo com as capacidades individuais</p><p>(FERNANDES, 2021).</p><p>6.2 Adaptações na alimentação do idoso</p><p>A alimentação do idoso deve se adaptar às suas dificuldades de mastigação,</p><p>deglutição e digestão, por isso, muitas vezes, é necessário alterar a consistência da</p><p>alimentação.</p><p>Alimentos à base de cereais, como arroz, macarrão, aveia, pão, batata, devem</p><p>ser cozidos e amassados (no caso das batatas) ou misturados com líquidos como</p><p>leite, chá ou água, em sopas e caldos. As frutas devem ser mais maduras, cozidas</p><p>ou assadas, os vegetais devem ser cozidos, colocados na sopa ou misturados com</p><p>outros alimentos. Alimentos ricos em proteínas, como carnes / peixes / ovos, são</p><p>cozidos, cortados em pequenos pedaços e misturados, como em sopas ou caldos,</p><p>pois nessa fase os idosos podem rejeitar esses alimentos. O feijão também é uma</p><p>fonte de proteína e esmagá-lo é a melhor escolha para melhorar a digestibilidade.</p><p>No consumo de laticínios, opte pelos magros, moderado em gordura comestível e</p><p>produtos industrializados (FERNANDES, 2021).</p><p>6.3 Alterações fisiológicas ligadas ao envelhecimento</p><p>Na velhice, ocorrem alterações fisiológicas nos ossos, nas articulações, nos</p><p>músculos e nos sistemas respiratório, cardíaco e digestório que comprometem o</p><p>condicionamento físico e a composição corporal dos idosos. Somadas a fatores de</p><p>risco como tabagismo, sedentarismo, alcoolismo e maus hábitos alimentares, podem</p><p>levar ao aparecimento das doenças crônicas, a complicações nas atividades de vida</p><p>diárias, ao aumento das quedas e à sarcopenia na população idosa (FREITAS; PY,</p><p>2016).</p><p>A avaliação do estado nutricional tem importantes implicações, já que o controle</p><p>de muitas doenças recorrentes nos idosos e a prevenção de complicações advindas</p><p>das mesmas dependem dela (TOMASI et al., 2014). Esta demonstra o grau no qual</p><p>15</p><p>as necessidades fisiológicas por nutrientes estão sendo atingidas, para manutenção</p><p>da composição e funções adequadas do organismo. A alimentação e o estado</p><p>nutricional adequados estão associados ao envelhecimento saudável (TAVARES, et</p><p>al., 2015).</p><p>Com o avançar da idade, o peso propende a reduzir de forma considerável nos</p><p>idosos. Isso ocorre pela diminuição de massa óssea e muscular, e pela queda</p><p>fisiológica do apetite, que limita a força e função do geronte. Além disso, tal condição</p><p>também corrobora para a maior chance de desidratação nos idosos, tendo em vista</p><p>que ela contribui na redução da quantidade de liquido circulante no corpo (SANTOS;</p><p>MACHADO; LEITE, 2010).</p><p>O processo de envelhecimento traz consigo modificações fisiológicas,</p><p>tais como alterações no paladar, alterações digestivas, endócrinas, metabólicas e</p><p>disfagia que ocasiona redução da ingestão alimentar, fatores estes que contribuem</p><p>consequentemente para um estado nutricional de desnutrição (OLIVEIRA et al., 2014).</p><p>A disfagia ou dificuldade no processo de deglutição pode acontecer pela entrada de</p><p>alimento na via aérea no momento da deglutição, resultando em tosse,</p><p>sufocação/asfixia, problemas pulmonares e aspiração.</p><p>Segundo o raciocínio de Malta, Papini e Corrente (2013, p. 02) na terceira</p><p>idade, seguindo um processo natural da vida, ocorrem várias alterações no</p><p>organismo, com repercussões importantes na saúde e nutrição do idoso, passando</p><p>por um processo evolutivo, ocasionando o déficit na capacidade funcional. A junção</p><p>destas alterações ao uso de medicamentos, muitas vezes necessário nesta fase,</p><p>desenvolve a carência de alguns nutrientes, e consequentemente o aparecimento de</p><p>muitas doenças que podem prejudicar todo o processo de ingestão, digestão,</p><p>absorção e utilização dos nutrientes ou aumentar a necessidade dos mesmos,</p><p>comprometendo ainda mais o estado de saúde e as necessidades nutricionais</p><p>do indivíduo idoso. Contudo as condições socioeconômicas também podem ser o</p><p>ponto chave para o estado nutricional, sendo uma barreira para o acesso à</p><p>alimentação. Por isso a importância do idoso ter uma alimentação rica e variada,</p><p>para evitar desequilíbrios nutricionais, propulsionando uma maior longevidade</p><p>com melhor qualidade de vida.</p><p>16</p><p>Também gera déficits nutricionais, desidratação com resultado em perda de</p><p>peso, pneumonia e morte, sendo que a desnutrição proteico-calórica contribui</p><p>para o aumento da mortalidade e susceptibilidade às infecções e a redução da</p><p>qualidade de vida com agravos ainda mais importantes quando se trata de idosos</p><p>(PADOVANI et al., 2012). Portanto, é necessário que o idoso aumente a ingestão de</p><p>vitaminas e minerais para diminuir os efeitos do envelhecimento físico (FERREIRA</p><p>et al., 2020).</p><p>Dentre as alterações naturais causadas pelo envelhecimento, fazem parte</p><p>delas as alterações no funcionamento do sistema oral e mandibular. Ocorrem</p><p>alterações bioquímicas que prejudicam o processo de digestão e afetam ainda mais</p><p>a saúde bucal e as funções de mastigação e deglutição, pois a cavidade oral também</p><p>sofrerá (LOPES, 2019).</p><p>A utilização de diversos medicamentos de uso contínuo também pode acarretar</p><p>prejuízo na absorção de nutrientes, aumentando o risco de desnutrição em idosos</p><p>(PEIXOTO et al., 2012). Ademais, foi encontrada alta prevalência de sarcopenia em</p><p>idosos, associada ao baixo índice de massa corporal, a níveis baixos de vitamina D e</p><p>à inatividade física (FREITAS et al., 2015). A avaliação nutricional age para evitar as</p><p>possíveis consequências desses riscos.</p><p>7 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL EM IDOSOS</p><p>Segundo Freitas (2016), a avaliação do estado nutricional do idoso deve</p><p>envolver as alterações fisiológicas, os processos patológicos crônicos e as situações</p><p>individuais que ocorrem com o envelhecimento, que necessitam ser investigadas</p><p>detalhadamente para se obter um diagnóstico nutricional acurado e uma intervenção</p><p>nutricional adequada. Tramontino et al., (2009) afirma que as necessidades</p><p>nutricionais do idoso devem ser particularizadas para cada caso, visto que dependem</p><p>do estado geral de saúde, dos níveis de atividade física, da</p><p>eficiência metabólica, das</p><p>alterações fisiológicas próprias do envelhecimento, do estado emocional e da</p><p>biodisponibilidade dos nutrientes de cada idoso.</p><p>A Avaliação Nutricional é de extrema importância para a prevenção primária e</p><p>secundária e terciária no contexto do envelhecimento. Estudos de Fisberg et al.,</p><p>17</p><p>(2013) mostram que idosos brasileiros apresentam elevada inadequação da ingestão</p><p>de nutrientes, reconhecidos como protetores contra doenças crônicas.</p><p>Quanto aos métodos de avaliação nutricional, de acordo com Santos, Machado,</p><p>Leite, 2010, nenhum método é considerado padrão-ouro. A mensuração do risco</p><p>nutricional na terceira idade requer a análise conjunta dos diversos métodos</p><p>existentes, a fim de obter diagnóstico global e análise acurada do estado nutricional</p><p>do idoso. Najas; Yamato, (2014), afirmam que a avaliação nutricional do idoso é parte</p><p>integrante da Avaliação Geriátrica Ampla por ser uma ferramenta sensível de</p><p>detecção dos fatores de risco associados à desnutrição. Envolve métodos que utilizam</p><p>questões simples e rápidas que permitem destacar sinais de alerta do estado</p><p>nutricional e direcionam as intervenções que devem ser realizadas pelos profissionais</p><p>da área da saúde.</p><p>Em casos de institucionalização, Félix; Souza, (2009), confirmam que uma</p><p>maioria significativa de idosos apresenta risco nutricional, a julgar pelos indicadores</p><p>antropométricos utilizados ou pela Mini Avaliação Nutricional. As avaliações</p><p>nutricionais são recomendadas por múltiplas agências e envolvem questões</p><p>subjetivas e objetivas aos pacientes, além de aspectos antropométricos (SOUSA et</p><p>al., 2015). Essa avaliação busca identificar a desnutrição ou o risco nutricional nos</p><p>idosos e pode ser usada em domicílios, ambulatórios ou hospitais (ARAÚJO et al.,</p><p>2020).</p><p>Najas; Yamato, (2014), detalham essa avalição: ela é dividida, além da triagem,</p><p>em quatro partes: antropométrica (IMC, circunferência do braço, circunferência da</p><p>panturrilha e perda de peso); global (perguntas relacionadas com o modo de vida,</p><p>medicação, mobilidade e problemas psicológicos); dietética (perguntas relativas ao</p><p>número de refeições, ingestão de alimentos e líquidos e autonomia na alimentação);</p><p>e autoavaliação (a autopercepção da saúde e da condição nutricional). A sensibilidade</p><p>e a especificidade da escala são altas e ela permite diagnosticar a subnutrição.</p><p>De acordo com Rossi; Caruso; Poli, (2009), a antropometria é uma maneira</p><p>simples, rápida e de baixo custo de avaliar a nutrição dos idosos e de predizer doenças</p><p>futuras, mortalidade e incapacidade funcional. O critério prioritário para essa avaliação</p><p>é o índice de massa corporal (IMC), que deve ser avaliado considerando os pontos de</p><p>corte. Félix; Souza, (2009) afirmam que, em idosos, seu emprego apresenta</p><p>18</p><p>controvérsias em função do decréscimo de estatura, acúmulo de tecido adiposo,</p><p>redução da massa corporal magra e diminuição da quantidade de água no organismo</p><p>que podem gerar resultados com baixa especificidade.</p><p>A medida do perímetro da panturrilha é um bom parâmetro de avaliação da</p><p>massa muscular no idoso. Medidas menores que 31 cm são indicativas de sarcopenia</p><p>e estão associadas a maior risco de quedas, diminuição da força muscular e</p><p>dependência funcional. Medidas menores que 34 cm podem significar uma redução</p><p>da massa muscular (BRASIL, 2014). Além disso, Araújo, (2015) induz que a</p><p>antropometria pode avaliar peso; altura; combinações de altura e peso; medidas de</p><p>dobras ou pregas cutâneas; circunferências do braço, da cintura e da panturrilha;</p><p>comprimento de segmentos, largura óssea, entre outros.</p><p>Os dados antropométricos dos idosos são diferentes da maioria da população.</p><p>Devido ao envelhecimento, ocorre a diminuição da massa corporal e da estatura, além</p><p>da redução da massa livre de gordura e modificação nos compartimentos de gordura</p><p>corporal. Nesse sentido, o tecido adiposo periférico tende a diminuir e o central, ou</p><p>omental, a aumentar, por isso, a circunferência abdominal deles é maior que a maioria</p><p>da população, precisando ser por faixa etária. A relação cintura quadril também pode</p><p>indicar “risco moderado” para homens e “risco alto” para mulheres, de complicações</p><p>metabólicas, em comparação com o restante da sociedade (FERREIRA et al., 2020).</p><p>A Avaliação Nutricional Subjetiva, descrita por Carvalho, (2016), também tem</p><p>sua importância, já que considera não apenas alterações da composição corporal,</p><p>mas também alterações funcionais do paciente. É método simples, de baixo custo e</p><p>não-invasivo, podendo ser realizado à beira do leito.</p><p>Segundo Dias et al., (2011), ela é realizada para diagnosticar e classificar a</p><p>desnutrição, com enfoque em questões relacionadas à desnutrição crônica ou já</p><p>instalada e é o único método que valoriza alterações funcionais que possam estar</p><p>presentes. Tem-se também o método bioquímico que, no ponto de vista de Santos;</p><p>Machado; Leite, (2010), apresenta resultados mais objetivos e confiáveis, como</p><p>resultados de testes sanguíneos.</p><p>São investigadas, principalmente a albumina, o colesterol total e frações, a</p><p>transferrina, o hematócrito, a hemoglobina e a contagem de linfócitos. Contudo,</p><p>Sampaio et al, (2012), aponta que esses indicadores têm baixa especificidade para os</p><p>19</p><p>problemas nutricionais e altos níveis de interação droga/nutriente, o que gera efeitos</p><p>de confusão em idosos. Assim, recomenda-se não utilizar, isoladamente, os</p><p>indicadores bioquímicos para estabelecer o diagnóstico nutricional.</p><p>8 ESTADO NUTRICIONAL E CONSUMO ALIMENTAR DO IDOSO</p><p>A manutenção de um estado nutricional adequado e uma alimentação saudável</p><p>no idoso é bastante difícil e um dos principais fatores relacionados ao 20</p><p>envelhecimento sadio (AZEVEDO et al., 2015). O desequilíbrio nutricional no idoso</p><p>está relacionado ao aumento da morbimortalidade, à susceptibilidade a infecções e à</p><p>redução da qualidade de vida. Nos últimos anos, os estudos mostraram alta</p><p>prevalência de idosos desnutridos, especialmente os institucionalizados. Os valores</p><p>oscilam de 15 a 60%, dependendo do local onde o idoso vive (em casa, ILPI ou</p><p>hospital) e da técnica utilizada para o diagnóstico de desnutrição (SILVA et al., 2015).</p><p>Fonte: encrypted-tbn0.gstatic.com</p><p>Além disso, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) têm dimensões</p><p>epidêmicas. O número de idosos que possui alguma DCNT cresce em progressão</p><p>gradual e com indicações preocupantes, devido à alta capacidade de afetar e reduzir</p><p>a autonomia e independência deste público (MACHADO et al., 2017). Entre as DCNT</p><p>mais comuns na velhice destacam-se a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) e o</p><p>Diabetes mellitus (DM), que representam os principais fatores de risco para o</p><p>20</p><p>desenvolvimento de complicações renais, doenças cardíacas e cerebrovasculares</p><p>(DUNCAN et al., 2012)</p><p>Acerca do consumo de macronutrientes, uma ingestão adequada de proteínas</p><p>pode estar associada à prevenção da perda de massa magra, importante fator de risco</p><p>para fragilidade dos idosos. Elevadas ingestões de gordura total, saturada e trans</p><p>estão envolvidas na etiologia da dislipidemia, obesidade, diabetes e como fatores de</p><p>risco para doenças cardiovasculares – doenças que muitas vezes também se</p><p>associam ao alto consumo de carboidratos (PREVIDELLI et al., 2017).</p><p>Diferentes estudos demonstraram que entre idosos há elevado consumo de</p><p>alimentos fontes de gordura e açúcares e menor consumo de frutas e verduras. Dados</p><p>do Vigitel (2010) evidenciaram que, no Brasil, a ingestão de frutas e hortaliças é</p><p>inferior ao mínimo recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) de 400</p><p>g/dia, tanto em idosos quanto na população em geral (ISER et al., 2012). Baixas</p><p>ingestões de alimentos fonte de vitaminas e minerais ou adoção de dietas monótonas</p><p>pelos idosos podem resultar em depleção de nutrientes essenciais para a manutenção</p><p>da saúde e controle das doenças. Dessa</p><p>forma, um consumo alimentar balanceado,</p><p>com frutas, verduras, legumes e baixo consumo de frituras e gorduras, minimiza o</p><p>desenvolvimento de doenças cardiovasculares pelos idosos (SOUZA et al., 2016).</p><p>Em relação ao consumo de micronutrientes dos idosos, no Inquérito Nacional</p><p>de Alimentação 2008-2009 foram observadas elevadas prevalências de inadequação</p><p>para as vitaminas E, D, A, cálcio, magnésio e piridoxina; 100% de inadequação de</p><p>vitamina E; percentuais de inadequação de vitamina D próximos de 100% em todas</p><p>as regiões, exceto para a região Norte; e prevalências de inadequação de vitamina A</p><p>superiores a 70% nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste. Dessa forma, foi</p><p>evidenciado que os idosos brasileiros apresentaram elevada inadequação da ingestão</p><p>de nutrientes reconhecidos como protetores contra doenças crônicas (FISBERG et al.,</p><p>2013).</p><p>Os aspectos relativos à alimentação consumida pelos idosos nas ILPI são</p><p>essenciais, devido ao grande impacto dos hábitos alimentares do idoso no seu estado</p><p>de saúde. A deficiência de energia, vitaminas e minerais em pessoas acima de 60</p><p>anos, que residem em ILPI ou domicílios, tem sido relatada em vários estudos,</p><p>21</p><p>estando relacionada com fatores socioeconômicos, enfermidades e alterações no</p><p>modo de vida e nos hábitos alimentares (VENTURINI et al., 2015).</p><p>O consumo alimentar na cidade de Natal/RN foi caracterizado pela baixa</p><p>ingestão de energia, elevadas prevalências de inadequação de micronutrientes e</p><p>desequilíbrio na contribuição dos macronutrientes, com consumo excessivo de</p><p>carboidratos e insuficiente de gordura total (CABRAL, 2014).</p><p>As recomendações do Ministério da Saúde indicam que a orientação nutricional</p><p>deve ser um dos componentes da atenção à saúde da pessoa idosa, uma vez que a</p><p>alimentação saudável contribui para promoção da saúde e prevenção de doenças.</p><p>Deve estar pautada na Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), baseando-se em</p><p>práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural, sendo</p><p>social, econômica e ambientalmente sustentáveis e garantindo o direito de todos ao</p><p>acesso a alimentos de qualidade e quantidade suficientes (FAZZIO, 2012).</p><p>Sabe-se que o mundo vive o momento de transição demográfica,</p><p>epidemiológica e nutricional, caracterizada pelo aumento da expectativa de vida e</p><p>consequentemente da prevalência das doenças crônicas não-transmissíveis. Assim,</p><p>a qualidade dos alimentos consumidos tem papel fundamental no aumento ou</p><p>diminuição do risco para tais doenças, uma vez que a alimentação é um fator</p><p>primordial na promoção e manutenção da saúde no decorrer da vida. Dessa forma,</p><p>cada vez mais cresce a busca por aprofundar o conhecimento acerca dessa temática</p><p>(PREVIDELLI et al., 2017).</p><p>9 USO DE MEDICAMENTOS POR IDOSOS</p><p>O progressivo aumento no número de idosos é diretamente proporcional o</p><p>consumo de medicamentos por eles. Isto porque, muitas das doenças dos idosos são</p><p>crônicas e múltiplas, exigindo acompanhamento e cuidados constantes, medicação</p><p>contínua e exames periódicos. O gasto médio mensal com medicamentos chega a</p><p>comprometer aproximadamente um quarto da renda de pelo menos metade da</p><p>população idosa. Logo, especula-se que os idosos são o grupo etário mais</p><p>medicalizado na sociedade (LOBO, 2015).</p><p>22</p><p>Percebe-se que os medicamentos representam um dos elementos mais</p><p>importantes da atenção à saúde do idoso. Ainda que as causas de adoecimento e</p><p>morte neste grupo sejam multifatoriais e funcionais, há forte associação da</p><p>morbimortalidade de idosos com a imensa variedade e disponibilidade de</p><p>especialidades farmacêuticas e associações de fármacos sem racionalidade</p><p>terapêutica (ZULIANI; JANINI; BIANCHIN, 2010).</p><p>Fonte: guiadafarmacia.com.br</p><p>Nas prescrições médicas de idosos, erros corriqueiros como dosagens</p><p>inadequadas, interações medicamentosas, associações e redundância, bem como</p><p>medicamentos sem valor terapêutico são frequentes e demonstram o quanto a</p><p>prescrição de medicamentos para essa faixa etária é extremamente complexa.</p><p>Portanto, é possível aferir que, mais do que em qualquer outro grupo etário, os</p><p>medicamentos são prescritos para os idosos sem haver clara correspondência entre</p><p>a doença e a ação farmacológica (ARRUDA et al., 2015).</p><p>É importante destacar que existem também problemas relacionados ao uso de</p><p>medicamentos sem prescrição, automedicação, um hábito comum no Brasil, sendo</p><p>uma prática arriscada devido ao fato de a maioria da população possuir escasso</p><p>conhecimento e informação com relação ao uso correto de medicamentos. Assim,</p><p>percebe-se a princípio que a utilização de medicamentos é um processo social que</p><p>deve estar sob o controle dos profissionais da saúde objetivando a diminuição de</p><p>agravos à saúde (GERLACK et al., 2015).</p><p>23</p><p>No Brasil, a utilização de grande número de medicamentos é amplamente</p><p>observada entre indivíduos com 60 anos ou mais. Estima-se que 23% da população</p><p>brasileira consomem 60% da produção nacional de medicamentos, principalmente na</p><p>faixa etária citada. Esse padrão elevado no consumo de medicamentos entre os</p><p>idosos tem sido descrito em outros estudos no Brasil (CUENTRO et al., 2014).</p><p>Os idosos chegam a constituir 50% dos multiusuários de medicamentos. Este</p><p>fato ocorre devido à maior prevalência de doenças crônico-degenerativas nesta faixa</p><p>etária, tais como: doenças cardiovasculares, respiratórias, neoplasias, diabetes</p><p>mellitus (DM), distúrbios no trato gastrintestinal (TGI), perturbações psicológicas, entre</p><p>outras o que, consequentemente, aumenta a demanda pelo uso de diferentes</p><p>medicações (COSTA, 2014).</p><p>Gasparotto, Falsarella e Coimbra (2014) encontram, em seu levantamento, que</p><p>a prevalência de quedas tem sido associada com idade avançada, sedentarismo,</p><p>autopercepção de saúde como ruim e maior consumo de medicações variadas de uso</p><p>contínuo. Entre as quedas recorrentes, verificou-se a predominância maior em</p><p>mulheres, idosos viúvos, solteiros e desquitados, idosos com história prévia de fratura,</p><p>com algum grau de comprometimento nas atividades de vida diária e entre os que não</p><p>referem leitura como atividade de lazer.</p><p>Sobre a contribuição dos medicamentos em tal realidade, Fernandes et al.,</p><p>(2015) alertam para a um vínculo cada vez mais evidente entre a utilização de</p><p>psicotrópicos e a ocorrência de quedas, em especial nos idosos institucionalizados. O</p><p>psicofármaco leva o idoso a cair por causar hipotensão postural, sedação excessiva</p><p>e diminuição no tempo de reação, dificuldades no equilíbrio e no caminhar, arritmias</p><p>e danos a um estado de alerta cognitivo. Logo, o risco de fraturas severas acaba</p><p>também sendo associado a essas drogas. Portanto, a fim de que sejam evitadas</p><p>complicações e sequelas, doenças crônicas não transmissíveis e incapacitantes</p><p>precisam ser devidamente acompanhadas e tratadas, evitando se comprometer a</p><p>autonomia do idoso.</p><p>Contudo, ao assistir o idoso, a abordagem médica tradicional voltada a queixa</p><p>principal, além do hábito de reunir sinais e sintomas em um único diagnóstico, deve</p><p>ser abandonada. A própria OMS define que a atenção ao idoso não pode ser</p><p>simplificada ao mero assistencialismo, havendo a necessidade de políticas que</p><p>24</p><p>assegurem o envelhecimento saudável através de uma avaliação multidimensional</p><p>(SCHERER et al., 2013).</p><p>Ao se considerar a assistência à saúde do idoso, é fundamental preservar não</p><p>só seu bem-estar físico e mental, mas também sua capacidade funcional. Doenças</p><p>crônicas tornam se cada vez mais importantes, na medida em que comprometem a</p><p>independência do idoso, como acontece na osteoartrose, demências, catarata ou</p><p>sequelas do acidente vascular encefálico (CHAIMOWICZ, 2013).</p><p>9.1 Relação dos fármacos com a absorção de nutrientes</p><p>As interações medicamentosas ocorrem devido à interferência de uma</p><p>substância nos efeitos farmacológicos, podendo ter efeitos benéficos ou prejudiciais.</p><p>A ocorrência</p><p>de interações fármaco-nutriente se deve à absorção dos nutrientes</p><p>ingeridos pelo fármaco e aos efeitos dos nutrientes na ação e eficácia do fármaco</p><p>(DANTAS et al., 2018). Devido à persistência da subestimação, negligência e</p><p>ignorância das interações nutricionais, a relevância das interações medicamentosas-</p><p>nutrição é significativa dentro e fora do ambiente hospitalar. Portanto, é muito</p><p>importante para a equipe do hospital compreender a interação entre medicamentos</p><p>e alimentos como um todo, abrangendo todas as áreas do local, e orientar os</p><p>pacientes e seus familiares para o alcance dos resultados desejados (LEAL &</p><p>JÚNIOR, 2018).</p><p>Quando administrados, os medicamentos interagem com o corpo de duas</p><p>maneiras: farmacodinâmica e farmacocinética. A farmacodinâmica inclui os efeitos</p><p>das drogas no corpo, e a farmacocinética inclui os vários estágios do processamento</p><p>da droga no corpo, a saber: absorção, distribuição, metabolismo e excreção. É</p><p>sabido que a ingestão ou a falta de certos alimentos pode alterar essas etapas, e o</p><p>uso de medicamentos pode alterar a absorção de certos nutrientes. Portanto,</p><p>observou-se que a combinação errada de fármaco-nutriente pode prejudicar o</p><p>desempenho clínico do paciente. (MACEDO et al., 2020).</p><p>Nos últimos anos, a análise das interações fármaco-nutriente mostrou um</p><p>aumento significativo. Publicações nacionais e internacionais indicam que a</p><p>interação mais importante ocorre quando o medicamento entra no sistema</p><p>25</p><p>circulatório pela superfície de administração do medicamento, é afetado por muitos</p><p>fatores, incluindo: alterações no valor do pH do conteúdo do trato gastrointestinal,</p><p>velocidade de esvaziamento gástrico, O aumento da velocidade de passagem do</p><p>alimento durante o processo de digestão, a disputa pelo local de absorção e a</p><p>conexão direta do medicamento a um componente do alimento (ANTUNES &</p><p>PRETE, 2014; KOZIOLEK et al., 2019).</p><p>Fonte: cmqv.org/wp-content</p><p>Apesar dos inúmeros anúncios na mídia e das fortes advertências médicas</p><p>sobre a automedicação, pode-se observar um grande aumento nas interações entre</p><p>medicamentos e nutrientes. Por exemplo, pode-se citar a ivermectina, que é um</p><p>antiparasitário que se destaca na atual situação de pandemia global de COVID-19.</p><p>Este medicamento é usado de forma abusiva e, muitas vezes, não há orientação</p><p>médica; quando tomado durante ou próximo a uma refeição, sua absorção é</p><p>prejudicada, produzindo um efeito subterapêutico (DANTAS et al., 2018).</p><p>Existem vários outros estudos relacionados à ocorrência de interações</p><p>medicamentosas, como as características dos elementos, a dosagem, o tempo de</p><p>administração do medicamento e da dieta, o quadro clínico e as propriedades</p><p>multifármacos. Essa interação requer mais atenção no caso de pacientes suscetíveis</p><p>e hospitalizados, principalmente ao usar medicamentos com faixa de segurança</p><p>estreita ou que necessitem de ajuste de dose, pois pequenas alterações na</p><p>26</p><p>farmacocinética podem afetar a eficácia e a segurança do tratamento e causam</p><p>interferência significativa (LOMBARDO e ESERIAN, 2014)</p><p>De acordo com um estudo de Reis et al. (2014), a absorção de hidralazina e</p><p>fenitoína durante a administração de nutrição enteral resultou em diminuição da</p><p>concentração plasmática, o que pode significar ausência de efeitos anti-</p><p>hipertensivos e anticonvulsivantes, respectivamente. As fórmulas contendo soja</p><p>aumentam a excreção fecal de levotiroxina, levando ao hipotireoidismo,</p><p>especialmente se o tempo de administração ultrapassar 7 dias. Estudos mostraram</p><p>que mesmo em formulações com baixo teor de vitamina K, a varfarina irá interagir,</p><p>mas o mecanismo não é totalmente compreendido. A fim de reduzir o impacto de</p><p>potenciais interações fármaco-nutriente, é necessário organizar esquemas de</p><p>dosagem de fármacos de acordo com a frequência e o tipo de dieta.</p><p>O café é uma bebida mundial. Devido à presença da cafeína, pode aumentar</p><p>drasticamente a pressão arterial. Esse efeito está relacionado à redução da eficácia</p><p>dos medicamentos anti-hipertensivos. Dada a combinação de cafeína e felodipina,</p><p>uma possível explicação é que a vasoconstrição mediada pela cafeína altera o efeito</p><p>vasodilatador da felodipina. O felodipino na dose máxima recomendada de 10 mg</p><p>não eliminou o aumento do estresse causado pelo café. Além disso, a ingestão de</p><p>cafeína antes de ir ao médico pode alterar a hemodinâmica do organismo, levando</p><p>a um diagnóstico equivocado de hipertensão arterial. (BAILEY et al., 2016).</p><p>Os produtos naturais são usados há muito tempo para pacientes com doenças</p><p>cardiovasculares e são usados em combinação com medicamentos. No entanto,</p><p>essas combinações precisam ser avaliadas por um médico antes de se provarem de</p><p>alto risco. Um exemplo é o uso do chá verde, é considerada a bebida mais</p><p>consumida no mundo. É composta por polifenóis e possui uma variedade de efeitos</p><p>protetores na saúde cardiovascular. No entanto, ao inibir certos transportadores, ao</p><p>ser usada com certos medicamentos na terapia cardiovascular, torna-se prejudicial.</p><p>(ZHA, 2017).</p><p>Estudos recentes demonstraram que os fitoquímicos podem influenciar na</p><p>eficácia terapêutica de medicamentos. Por exemplo, o suco de toranja aumenta a</p><p>biodisponibilidade oral da felodipina, nifedipina, saquinavir e sildenafil pela inibição da</p><p>CYP3A4, isso ajuda o metabolismo dessas drogas. Além disso, algumas áreas têm</p><p>27</p><p>o hábito de tomar remédios e, ao mesmo tempo, a maioria das pessoas continua</p><p>usando pelo menos um remédio. Portanto, é necessário expor a situação ao</p><p>paciente, pois remédios e ervas só podem ser usados juntos, desde que não</p><p>interajam e sejam prejudiciais à saúde. O fracasso dos médicos em gerenciar a</p><p>interação entre alimentos e medicamentos pode levar a consequências graves. É</p><p>preciso conhecer os mecanismos e otimizar a terapia (AMADI & MGBAHURIKE,</p><p>2017).</p><p>10 DÉFICIT VITAMÍNICO NOS IDOSOS</p><p>10.1 Deficiência de Vitamina B12</p><p>A vitamina B12, também denominada cianocobalamina, é um micronutriente</p><p>essencial cuja maior fonte são as proteínas animais. Sua deficiência pode</p><p>ocasionar alterações no Sistema Nervoso Central (SNC), como neuropatia</p><p>periférica, depressão, degeneração cognitiva e, consequentemente, demências</p><p>(BRAUN et al., 2017).</p><p>Essa relação com o SNC pode ser explicada pelo papel da vitamina B12 como</p><p>cofator essencial para duas enzimas que estão envolvidas no metabolismo da</p><p>homocisteína (Hcy): a L-metilmalonilCoa mutase e a metionina sintase. A metionina</p><p>sintase convertea Hcy em metionina, formando ao final a S-adenosilmetionina (SAM),</p><p>que é essencial para reações de manutenção da mielina. Dessa forma, indivíduos</p><p>com deficiência de vitamina B12, poderão apresentar redução da SAM e aumento</p><p>da Hcy, com consequentes efeitos desmielinizantes no SNC. A L-metilmalonilCoa</p><p>mutase tem papel importante na eliminação da Hcy e consequente metionina,</p><p>cujo excesso é crucial nos danos neurológicos causados pela deficiência de vitamina</p><p>B12 (BRAUNNM et al., 2017; BECKWO, 2018).</p><p>A deficiência de vitamina B12 é comum em idosos e tende a aumentar com a</p><p>idade. Entre as suas causas podemos citar a redução do fator intrínseco e da</p><p>capacidade absortiva, ingesta inadequada, interação com múltiplos fármacos e o</p><p>uso de álcool (MARTINSJT et al., 2017; FRANÇAVF et al., 2016). Além das</p><p>alterações no SNC, essa deficiência pode ocasionar alterações hematopoéticas,</p><p>28</p><p>alterações da mucosa e do trato digestivo. A literatura considera os valores</p><p>inferiores a 200pg/ml como baixos, sendo necessário o tratamento com</p><p>administração deste nutriente (BRAUN et al., 2017).</p><p>Diante da sua gravidade e associação com outras doenças, é fundamental o</p><p>diagnóstico precoce da deficiência de vitamina B12, com a finalidade de prevenir</p><p>maiores danos e extensão da doença</p><p>(BRAUNNM et al., 2017).</p><p>10.2 Hipovitaminose D</p><p>A vitamina D é sintetizada pela pele por meio da exposição à luz solar e</p><p>uma pequena porção vem de fontes dietéticas. Poucos alimentos apresentam</p><p>quantidades significativas dessa vitamina, como o salmão, atum, sardinha, cogumelos</p><p>e ovo. A vitamina D pode ser encontrada nas formas de ergocalciferol (vitamina D2) e</p><p>de colecalciferol (vitamina D3). Elas são semelhantes, pois são sintetizadas na pele</p><p>através de seus precursores, utilizando a radiação solar. Após serem ingeridas,</p><p>seguem a mesma via de metabolismo no fígado para dar origem a 25-</p><p>hidroxivitamina-D. Alguns fatores de risco para hipovitaminose D estão</p><p>relacionados a pouca exposição solar, pele negra, uso de protetor solar, má</p><p>absorção alimentar, idade avançada e outros. A vitamina D atua na regulação</p><p>fisiológica osteomineral, especialmente do fósforo e cálcio, além de participar da</p><p>modulação imunológica, síntese de interleucinasinflamatórias, multiplicação e</p><p>diferenciação celular e outros processos (JORGE et al., 2018).</p><p>Estudos sugerem a capacidade dos alimentos na modificação do risco, atraso</p><p>da ocorrência e progressão da demência, estando os baixos níveis de vitamina</p><p>D associados a doenças cerebrovasculares e a maior risco de demências</p><p>(CARDOSO e PAIVA , 2017).</p><p>A vitamina D é importante no desenvolvimento do cérebro e maturação</p><p>dos receptores de vitamina D (VDRs) que estão presentes em várias áreas do cérebro,</p><p>incluindo as relacionadas à aprendizagem e memória (SANTOS et al., 2020). Essa</p><p>vitamina possui ação neuroprotetora, como efeitos antioxidantes e antiinflamatórios,</p><p>evitando a excitotoxicidade do cálcio, eliminação de Aβe a indução da expressão</p><p>gênica de neurotransmissores (OLIVEIRA et al., 2018). Sendo a vitamina D um fator</p><p>29</p><p>modificável, deve-se abrir as perspectivas para políticas de saúde pública, visto que</p><p>é passível de intervenção, especialmente a comportamentos saudáveis. Além</p><p>disso, deve ser investigada a associação entre baixos níveis de vitamina D em</p><p>pacientes com o declínio cognitivo (SANTOS et al., 2020).</p><p>10.3 Vitamina D e Cálcio: aspectos fisiológicos relacionados ao envelhecimento</p><p>A vitamina D e o cálcio são nutrientes subconsumidos e muito importantes. A</p><p>ingestão insuficiente desses nutrientes é um importante fator de risco para a</p><p>osteoporose. A vitamina D está relacionada a mudanças fisiológicas e possível</p><p>patologia do envelhecimento (CHRISTAKOS e DELUCA, 2011; HOLICK, 2011).</p><p>A vitamina D desempenha um papel importante na absorção do cálcio no</p><p>intestino, participando do processo fisiológico e do equilíbrio do tecido muscular</p><p>periférico. Há evidências de que a vitamina D desempenha um papel fundamental</p><p>no controle do metabolismo ósseo, na homeostase do cálcio, na função muscular e</p><p>das células ósseas e na regulação da secreção do hormônio da paratireóide (PTH)</p><p>(MAEDA et al., 2014; MOLINA et al., 2017).</p><p>O metabolismo anormal do cálcio e do fósforo pode ser causado pela</p><p>deficiência de vitamina D. Especificamente, a falta dessa vitamina levará a uma</p><p>diminuição na eficiência de absorção do cálcio intestinal e na eficiência de absorção</p><p>do fósforo da dieta, resultando em um aumento contínuo do fósforo na dieta. No</p><p>hiperparatireoidismo secundário, o cálcio sérico é mantido dentro da faixa normal</p><p>por meio da utilização do cálcio ósseo e do aumento da perda renal de fósforo. Esse</p><p>processo leva a uma diminuição geral da densidade mineral óssea, o que leva à</p><p>osteopenia e à osteoporose (FORMIGA, 2020).</p><p>A deficiência e a insuficiência de vitamina D são muito comuns entre homens</p><p>e mulheres no Brasil, especialmente entre os idosos, mesmo em áreas</p><p>ensolaradas. (ELOI et al., 2016). Os fatores que levam a uma diminuição na</p><p>concentração de vitamina D incluem: idade, sexo, latitude, altitude, estação, raça,</p><p>pigmentação da pele, estado nutricional e fatores culturais, como roupas, uso de</p><p>fatores de proteção solar e tempo e exposição à luz solar ou raramente participa</p><p>de atividades ao ar livre (estilo de vida) (ARANTES et al., 2013; MAEDA et al.,</p><p>30</p><p>2013). Devido à baixa incidência de radiação solar, outono e inverno são as</p><p>estações com maior incidência de deficiência de vitamina D do ano. Em</p><p>concordância, Oliveira et al. (2014), também apontaram que quanto maior a</p><p>latitude, menor a taxa de absorção da vitamina D, pois os raios solares devem</p><p>passar por uma área maior para atingir a superfície da Terra.</p><p>Os motivos que parecem favorecer a existência de concentrações séricas</p><p>mais elevadas em nossa população são: idade mais jovem, vida em comunidade,</p><p>exercícios físicos ao ar livre, suplementos orais de vitamina D, estações</p><p>(primavera e verão), morar em cidades costeiras e ensolaradas e áreas de</p><p>latitudes baixas (MAEDA et al., 2014).</p><p>Vale ressaltar também que além das alterações fisiológicas causadas pelo</p><p>envelhecimento, existem também fatores socioculturais e econômicos que levam</p><p>à falta de alimentos e suplementos derivados da vitamina D, como pobreza,</p><p>isolamento social, falta de um cônjuge e depressão (SCHALKA et al., 2014;</p><p>CORREA, 2015; MELINA et al., 2016).</p><p>A vitamina D pode ser produzida pela pele através da exposição aos raios</p><p>UVB ou obtida na dieta. Os raios UVB convertem o 7-desidrocolesterol em pré-</p><p>vitamina D3 na pele e, em seguida, em vitamina D3 (colecalciferol). Por outro lado,</p><p>a vitamina D2 (ergocalciferol) é obtida inteiramente da dieta. A vitamina D (ou seja,</p><p>as vitaminas D2 e D3) é metabolizada no fígado e sofre a primeira hidroxilação no</p><p>fígado para formar 25 (OH) D, que é comumente usado como um biomarcador. A</p><p>exposição à luz solar é a base para a produção de vitamina D3, que é responsável</p><p>por 80% - 90% da formação de vitamina D, enquanto a ingestão de nutrientes</p><p>(peixes inteiros, ovos, leite fortificado e vegetais) é responsável por apenas 10% -</p><p>20% (HAMILTON, 2010).</p><p>A deficiência de vitamina D é uma doença subdiagnosticada que tem</p><p>recebido atenção crescente em todo o mundo (MAEDA et al., 2014). Os idosos</p><p>estão particularmente sob risco de complicações clínicas associadas à redução</p><p>das concentrações séricas de 25 (OH) D. Porém, o mais importante é que a pele</p><p>produza vitamina D após a exposição à radiação solar ultravioleta-B (UVB). Devido</p><p>às alterações na pele atrófica e à diminuição da quantidade de seu precursor 7-</p><p>31</p><p>desidrocolesterol (7-DHC), a produção de vitamina D diminuirá com a idade</p><p>(GODAR, 2012).</p><p>Em relação aos alimentos que mantêm um teor adequado de vitamina D e</p><p>cálcio, é sabido que as principais fontes dietéticas de vitamina D são o óleo de</p><p>fígado de bacalhau e peixes gordurosos como salmão e atum (MAEDA et al.,</p><p>2014). Por outro lado, a fonte de cálcio é encontrada principalmente no leite e</p><p>produtos lácteos, bem como cereais, legumes e produtos de origem animal.</p><p>(BRINGEL et al., 2014).</p><p>Estudos mostram que cerca de 38% das pessoas que dependem apenas</p><p>de vitaminas e minerais têm cálcio suficiente. No entanto, cerca de 93% das</p><p>pessoas têm ingestão insuficiente de vitamina D (USDHHS, 2015; NIH</p><p>OSTEOPOROSIS AND RELATED BONE DISEASES, 2016; BLUMBERG, 2017).</p><p>Acredita-se que a contribuição da dieta como fonte de vitamina D. Por isso,</p><p>em muitos casos, os suplementos tornaram-se um método alternativo para</p><p>prevenir ou mesmo tratar a osteoporose. O baixo número e variedade de alimentos</p><p>que são fontes de vitamina D na dieta podem interferir na concentração sérica de</p><p>25 (OH) D (CHESNEY, 2012), assim como na redução da ação intestinal de 1,25</p><p>(OH)2 D (PREMAOR e FURLANETTO, 2006). No entanto, a alimentação por si só</p><p>não é suficiente para garantir a concentração sérica de 25 (OH) D suficiente</p><p>(SILVA et al., 2017).</p><p>Quanto ao cálcio, sabe-se que o leite e seus derivados são a principal fonte</p><p>desse micronutriente, pois fornecem</p><p>mais de 40% da ingestão de cálcio dos</p><p>adultos, seguidos dos cereais e derivados, que respondem por 30%. (SCHUILING,</p><p>2011). Segundo Deon et al. (2015),</p><p>[...]o leite e derivados são alimentos essenciais para o desenvolvimento</p><p>humano, pois são fontes de proteínas, gorduras e carboidratos (fontes de</p><p>energia eficazes para idosos), vitaminas A e D, magnésio, cálcio, potássio e</p><p>água. Estudos realizados em diferentes países relataram hábitos alimentares</p><p>relacionados à ingestão de alimentos ricos em vitamina D e cálcio.</p><p>Pesquisa de Silva et al. (2016) com idosos mostrou que 75% dos</p><p>participantes consumiam leite e derivados todos os dias. Em pesquisa realizada</p><p>em Perez, Argentina, a frequência do consumo de alimentos é maior da seguinte</p><p>forma: leite e iogurte por dia, ovos uma ou duas vezes por semana e peixes uma</p><p>32</p><p>vez por semana. Lamas et al. (2016) mostraram que, em sua amostra, o consumo</p><p>médio de alimentos fontes de vitamina D e cálcio foi de 11,8 ± 6,9 alimentos por</p><p>semana, o que os autores classificaram como baixo consumo.</p><p>No Brasil, dados do VIGITEL mostram que a frequência habitual de</p><p>consumo de leite integral é de 54,8%, sendo maior para os homens (59% vs.</p><p>51,2% para as mulheres). O consumo de leite integral diminui com a idade. Nas</p><p>mulheres, esse declínio só ocorre a partir dos 45 anos. Entre ambos os sexos,</p><p>pessoas com ensino superior (12 anos ou mais) consomem leite integral com</p><p>menor frequência (BRASIL, 2017).</p><p>A literatura mostra que os principais alimentos consumidos pelos brasileiros</p><p>são insuficientes em vitamina D e cálcio. Em estudo, foi encontrada uma relação</p><p>entre a ingestão frequente de queijo e iogurte e a concentração sérica adequada</p><p>de 25 (OH) D, bem como uma relação entre a baixa ingestão de iogurte e a</p><p>probabilidade de fratura. Portanto, faz-se necessário promover e orientar ações</p><p>que permitam às pessoas uma alimentação adequada com maior frequência para</p><p>reduzir a chance de deficiência de vitamina D e prevenir osteoporose e fraturas,</p><p>principalmente em idosos. (ALTHOFF et al., 2009).</p><p>Outra forma de minimizar o impacto negativo da deficiência de vitamina D</p><p>na população brasileira é adicionar vitamina D aos alimentos. Estudos recentes na</p><p>Grécia e na Índia mostram que o uso de alimentos ricos em vitamina D3 (tais como</p><p>queijo, leite, margarina e outros laticínios) é eficaz no aumento da 25 (OH) D</p><p>(MANIOS et al., 2017; JAN et al., 2019). No Brasil, ainda não há evidências de que</p><p>a vitamina D seja necessária para a fortificação de alimentos, o que é diferente de</p><p>países com invernos rigorosos (como a Dinamarca). No entanto, uma pesquisa</p><p>revelou que 37 dos 76 produtos lácteos fortificados contêm vitamina D. A</p><p>fortificação de alimentos é uma estratégia importante para solucionar o problema</p><p>das deficiências nutricionais, mas considerando a possibilidade de danos à saúde,</p><p>deve ser considerada com cautela.</p><p>33</p><p>11 FATORES QUE AFETAM O CONSUMO DE NUTRIENTES NOS IDOSOS</p><p>Embora seja um processo natural, o envelhecimento acarreta algumas</p><p>alterações anatômicas e funcionais no organismo, com repercussões na saúde e no</p><p>estado nutricional dos idosos. Além das condições específicas do próprio</p><p>envelhecimento, existem outros fatores que podem interferir no estado nutricional</p><p>dessa população, tais como: estado social (pobreza, isolamento social), alterações</p><p>psicológicas (demência, depressão), estado de saúde (doença crônica), disfagia,</p><p>vários medicamentos, alterações na mastigação, perda de capacidade funcional e</p><p>autonomia), etc. (BOSTROM et al., 2011; SILVA et al., 2014). Do ponto de vista</p><p>nutricional, torna o idoso vulnerável, pois os fatores acima podem estar relacionados</p><p>ao menor consumo alimentar.</p><p>Catão et al. (2011), ressalta que é possível perceber e reconhecer as</p><p>principais mudanças que acompanham o processo de envelhecimento e</p><p>compreender as consequências dessas mudanças na alimentação dos pacientes</p><p>idosos. Alguns fatores afetam a qualidade de vida dos idosos, dentre os quais os</p><p>fatores que interferem na ingestão alimentar são considerados os contribuintes para</p><p>a ocorrência de desnutrição em idosos. (BASTOS, 2015; SILVA et al., 2017).</p><p>11.1 Fatores fisiológicos</p><p>A função do sistema gastrointestinal é digerir os alimentos e absorver</p><p>nutrientes para o sangue, funções essas que são completadas por meio dos</p><p>processos de exercício, secreção, digestão e absorção. O envelhecimento do</p><p>sistema digestivo é severamente danificado e suas mudanças reduzirão os</p><p>processos mecânicos e químicos de ingestão, digestão e absorção, levando a</p><p>problemas de absorção, saciedade precoce, hipocloridria, absorção insuficiente de</p><p>macro e micronutrientes e constipação intestinal (ABREU et al., 2014; SILVA et al.,</p><p>2017).</p><p>Alterações na função do sistema digestivo, diminuição da sensibilidade dos</p><p>órgãos sensoriais, alterações na capacidade de mastigação, fluxo de saliva e</p><p>integridade da mucosa oral também são fatores que afetam a dieta dos idosos. Para</p><p>34</p><p>Borrego et al. (2014), fatores fisiológicos irão limitar a ingestão de alimentos, levando</p><p>a deficiências de vitaminas e minerais e até desnutrição em longo prazo. A falta de</p><p>compreensão dos efeitos da ingestão de alimentos causados por alterações</p><p>fisiológicas pode levar à desnutrição, que pode levar à patologia, redução da</p><p>qualidade de vida e desenvolvimento de desnutrição (MOTTA et al., 2013).</p><p>Como todas as estruturas do corpo, a cavidade oral envelhece com o passar</p><p>dos anos, levando a uma série de alterações funcionais que interferem no processo</p><p>de mastigação e posterior deglutição. Por volta dos 50-60 anos, as unidades motoras</p><p>funcionais começam a declinar, atrofia muscular, atrofia do tecido oral, membranas</p><p>mucosas perdem elasticidade, camadas inferiores e tecidos de suporte. Com a</p><p>idade, os músculos mastigatórios atrofiam, em comparação com os jovens, a força</p><p>de mordida diminuiu em 50% (QUINTALE et al., 2002 apud CATÃO et al., 2011).</p><p>Segundo Cardoso; Bujes (2010), no processo de envelhecimento ocorrerá</p><p>perda do tônus muscular, diminuição da capacidade funcional, retardo psicomotor e</p><p>declínio recente da memória, que afeta os órgãos articulares fonológicos e causa</p><p>problemas de fala, mastigação e deglutição.</p><p>Cardoso e Bujes (2010) mencionam que os problemas dentários são os que</p><p>mais impactam o sistema oral e mandibular. E para uma boa mastigação é</p><p>necessária a presença dos dentes e o número de contatos oclusais possíveis,</p><p>portanto, a perda dos dentes afetará o dano neste processo. Edentulismo é a perda</p><p>total ou parcial dos dentes permanentes causada por eventos que ocorrem ao longo</p><p>da vida, como extrações dentárias subsequentes, cárie dentária e problemas</p><p>periodontais (OLIVEIRA, 2013).</p><p>Esse tipo de perda dentária tem grande impacto na população idosa, afetando</p><p>a qualidade de vida e a autoestima, além da capacidade de mastigação. A</p><p>capacidade mastigatória do idoso está relacionada à doença periodontal, ao</p><p>aparecimento de cáries dentárias, à inadequação de próteses totais ou parciais e à</p><p>perda dentária, que interfere na primeira fase do processo digestivo</p><p>enzimaticamente e mecanicamente (CATÃO et al., 2011)</p><p>As modificações anatômicas e funcionais inerentes do processo de</p><p>envelhecimento podem afetar o sistema estomatognático, alterando tanto sua</p><p>estrutura como suas funções, respiração, mastigação, deglutição entre</p><p>outros, sendo as alterações de deglutição mais frequentes e significativas</p><p>(CARDOSO et al., 2014).</p><p>35</p><p>O sistema inclui as estruturas do rosto, cabeça e pescoço. Uma dessas</p><p>alterações é a disfagia senil, que ocorre devido à deterioração fisiológica do</p><p>mecanismo da deglutição devido ao envelhecimento saudável das fibras nervosas</p><p>musculares. É considerado um processo natural em que o próprio corpo se ajusta</p><p>gradativamente às funções requeridas para a função de deglutição (ACOSTA et al.,</p><p>2012).</p><p>Devido ao envelhecimento,</p>

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