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<p>FRUTICULTURA TROPICAL</p><p>AULA 2</p><p>Profª Francelize Chiarotti</p><p>2</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>Conhecer as características gerais que classificam as frutíferas em</p><p>tropicais proporciona ao profissional ter referências para tomadas de decisão,</p><p>independentemente da região onde esteja atuando, uma vez que ele poderá</p><p>avaliar quais tecnologias e manejos poderão ser realizados e/ou adaptados para</p><p>a frutífera em questão.</p><p>Há uma grande variedade de frutíferas para as diferentes classificações</p><p>segundo o clima, sendo exemplos do clima tropical: banana, maracujá, acerola,</p><p>manga, melão, melancia, abacaxi, mamão e coco.</p><p>TEMA 1 – FRUTÍFERAS DE CLIMA TROPICAL</p><p>As frutíferas de clima tropical apresentam como características gerais a</p><p>baixa tolerância a temperaturas baixas, temperaturas médias anuais entre 22° e</p><p>30°C, folhas persistentes e mais de um surto de crescimento no ano (mais de</p><p>uma safra no ano). Como exemplos, temos a bananeira, cajueiro, abacaxizeiro,</p><p>mamoeiro, mangueira, maracujazeiro, coqueiro-da-bahia, entre outras.</p><p>A seguir, serão descritas características e manejos gerais de algumas</p><p>frutíferas de clima tropical que possuem representatividade no setor em nível</p><p>nacional.</p><p>1.1 Abacaxi</p><p>O abacaxi (Ananas comosus) (Figura 1), nativo do sul da América do Sul,</p><p>pode ser cultivado em várias regiões do país e é a quinta fruta mais produzida</p><p>no Brasil, sendo o segundo produtor mundial, com 2,69 milhões de toneladas em</p><p>68,15 mil hectares. A abacaxicultura demanda mão de obra intensiva para</p><p>realizar seus manejos. Os produtores são de pequeno e médio porte, com áreas</p><p>médias de 10 a 20 hectares, tornando-se uma cultura com importância social e</p><p>econômica (Embrapa, 2022).</p><p>3</p><p>Figura 1 – Plantação de abacaxi</p><p>Créditos: Charles/Adobe Stock.</p><p>Segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2021 (Tabela 1), o cultivo de</p><p>abacaxi no país ocorre em 63.589 hectares, em 53.128 unidades de produção e</p><p>uma produtividade de 1.545.036 mil frutos, com rendimento médio de 24.297</p><p>frutos/ha, sendo o Estado do Pará o maior produtor Nacional.</p><p>Tabela 1 – Produção Nacional de abacaxi segundo IBGE 2021</p><p>Localidade R$ Mil</p><p>Pará 694.364</p><p>Paraíba 324.645</p><p>Minas Gerais 225.947</p><p>Tocantins 204.226</p><p>Rio de Janeiro 191.394</p><p>Alagoas 135.854</p><p>Rio Grande do Norte 115.599</p><p>São Paulo 107.779</p><p>Espírito Santo 91.565</p><p>Amazonas 87.480</p><p>Mato Grosso 72.351</p><p>Bahia 70.994</p><p>Goiás 61.738</p><p>Pernambuco 42.169</p><p>Sergipe 35.665</p><p>4</p><p>Rondônia 32.871</p><p>Paraná 24.810</p><p>Maranhão 24.586</p><p>Amapá 19.005</p><p>Acre 16.151</p><p>Mato Grosso do Sul 10.623</p><p>Rio Grande do Sul 8.676</p><p>Roraima 8.220</p><p>Santa Catarina 1.239</p><p>Distrito Federal 1.158</p><p>Ceará 916</p><p>Piauí 0</p><p>Fonte: Chiarotti, 2023.</p><p>1.2 Acerola</p><p>A acerola (Malpighia emarginata DC.) (Figura 2) tem origem na América</p><p>Central e no Norte da América do Sul. Tem fácil adaptação às regiões, sendo o</p><p>Nordeste responsável por 64% da produção nacional. É exportada para a</p><p>Europa, Estados Unidos e Japão como polpa congelada, suco integral ou ainda</p><p>como frutos. Além disso, com o aumento da busca por alimentos mais saudáveis,</p><p>a acerola vem ganhando espaço, uma vez que possui características</p><p>nutricionais, como alto teor de vitamina C (ácido ascórbico) que pode chegar a</p><p>5.000 mg/100g de polpa, dependendo da cultivar, sendo até cem vezes maior</p><p>que o da laranja ou ainda dez vezes o da goiaba. A produtividade é crescente,</p><p>sendo no segundo ano em torno de 6,5 ton/ha e a partir do quinto até o décimo</p><p>ano 40 ou mais toneladas por hectare. As variedades são classificadas em doces</p><p>(para consumo in natura) ou ácidas (mais ricas em vitamina C e indicadas para</p><p>a industrialização) (Silveira et al., 2022; Embrapa, 2022).</p><p>5</p><p>Figura 2 – Ramo com frutos de acerola</p><p>Créditos: somchai/Adobe Stock.</p><p>Segundo o Censo Agropecuário do IBGE de 2017 (Tabela 2), o cultivo de</p><p>acerola no país ocorre em 5.753 hectares, em 6.646 unidades de produção e</p><p>3.249 mil pés, sendo o Estado de Pernambuco o maior produtor nacional.</p><p>Tabela 2 – Produção Nacional de acerola segundo IBGE 2017</p><p>Localidade R$ Mil</p><p>Pernambuco 28.296</p><p>Piauí 13.054</p><p>Ceará 12.499</p><p>Sergipe 6.295</p><p>Paraíba 6.279</p><p>Pará 5.525</p><p>São Paulo 4.560</p><p>Paraná 4.439</p><p>Bahia 2.969</p><p>Espírito Santo 1.491</p><p>Maranhão 820</p><p>Rio Grande do Norte 819</p><p>Alagoas 735</p><p>Rondônia 611</p><p>Minas Gerais 539</p><p>Roraima 477</p><p>Amazonas 402</p><p>6</p><p>Amapá 374</p><p>Tocantins 245</p><p>Acre 174</p><p>Mato Grosso 157</p><p>Rio de Janeiro 119</p><p>Distrito Federal 64</p><p>Goiás 25</p><p>Santa Catarina 14</p><p>Rio Grande do Sul 10</p><p>Mato Grosso do Sul 2</p><p>Fonte: Chiarotti, 2023.</p><p>Nos últimos 20 anos, houve um grande crescimento na produção de</p><p>acerola orgânica, sendo que a maior fazenda de produção orgânica está no</p><p>Brasil, a Fazenda Amway Nutrilite em Ubajara, no Ceará. O objetivo da produção</p><p>é a exportação, e seguem um rigoroso padrão de qualidade internacional. São</p><p>1.300 hectares, com mais de 200 mil pés que produzem 10 mil toneladas. Para</p><p>a colheita, foram criadas máquinas que evitam desperdício, reduzem custos e</p><p>liberam a lavoura mais cedo para nova florada; até então, não havia colheita</p><p>mecanizada para acerola no Brasil (Maliszewski, 2021).</p><p>TEMA 2 – MANEJOS CULTURAIS</p><p>No geral, os preparos de solo para as diferentes frutíferas englobam a</p><p>limpeza da área, subsolagem, gradagem, abertura de sulcos ou berços, correção</p><p>de pH e adubação de acordo com a análise de solo e a frutífera a ser implantada.</p><p>Para as frutíferas de clima tropical, as podas utilizadas são a de formação</p><p>e a de limpeza e/ou manutenção, além de desbrotas e desfolhas para melhorar</p><p>a aeração entre ramos e aumentar a incidência de luz solar, o que vai afetar</p><p>diretamente a qualidade final do fruto. Além disso, cada cultura poderá demandar</p><p>manejos específicos. Desta forma, é de suma importância averiguar o que há de</p><p>mais atualizado no desenvolvimento de tecnologias para a cultura escolhida.</p><p>2.1 Abacaxi</p><p>Para obtenção das mudas, selecione as que apresentam as</p><p>características mais adequadas ao objetivo, descartando as doentes que</p><p>apresentem sinais de goma ou podridão. As mudas são comumente chamadas</p><p>de coroa, filhote, filhote-rebentão e rebentão. Cultivares sem espinhos nas folhas</p><p>podem ser plantadas com menores espaçamentos (Embrapa, 2022).</p><p>7</p><p>Quanto à escolha de cultivares, é importante verificar quais são as</p><p>recomendadas pela pesquisa e se há demanda na região. Dentre as cultivares</p><p>mais cultivadas estão a Pérola, Smooth Cayenne, Jupi, entre outras.</p><p>As mudas podem ser produzidas e adquiridas de diferentes formas; a</p><p>escolha será de acordo com a região e a oferta de mudas. Podemos dividir em</p><p>3 opções, que são produzir diretamente da lavoura (filhote e/ou rebentão), do</p><p>viveiro e de cultura de tecidos.</p><p>Diretamente da lavoura (tipo filhote e/ou rebentão), é necessário passar</p><p>por alguns processos, seleção, classificação, cura e tratamento.</p><p>Para a cultura de tecidos (Figura 3), é essencial que as mudas passem</p><p>por uma aclimatação antes de ser realizado o plantio.</p><p>a) Seleção: não retirar mudas de plantas doentes e com frutos</p><p>deformados; eliminar todas as mudas com sintomas de fusariose e/ou</p><p>de murcha causada pelo vírus transmitido pela cochonilha, ataque de</p><p>broca, danos mecânicos e morte da roseta foliar. As mudas devem ser</p><p>colhidas até no máximo três meses após a colheita dos frutos, sendo</p><p>classificadas de acordo com o seu tamanho e peso.</p><p>b) 1ª Cura: colocar as mudas em posição invertida sobre a planta mãe</p><p>durante cerca de uma semana; eliminar aquelas com sintomas de</p><p>fusariose e virose.</p><p>c) Tratamento: aplicar inseticidas e fungicidas registrados e de acordo</p><p>com as recomendações técnicas. Inseticidas: para o controle da</p><p>cochonilha. Fungicidas: imergir as mudas por três a cinco minutos na</p><p>calda. Os fungicidas podem ser misturados com inseticidas por ocasião</p><p>do tratamento.</p><p>d) 2ª Cura: espalhar as mudas em local sombreado por uma ou duas</p><p>semanas; efetuar uma seleção</p><p>rigorosa e eliminar aquelas com</p><p>sintomas de fusariose e virose. Em regiões onde ocorre a podridão-</p><p>negra (Chalara paradoxa), deve-se utilizar o fungicida recomendado</p><p>para a doença e região (Gomes et al., 2003).</p><p>Do Viveiro:</p><p>Produzidas a partir de seccionamento do caule do abacaxizeiro que já</p><p>produziu fruto, do rebentão ou mesmo da coroa.</p><p>a) Obtenção do caule: selecionar plantas sadias, vigorosas, que</p><p>produziram frutos de qualidade e sem deformações. Arrancá-las ou</p><p>cortá-las rente à superfície do solo, de preferência logo após a colheita</p><p>do fruto.</p><p>b) Eliminação de folhas e do sistema radicular: utilizar um instrumento</p><p>afiado e livre de contaminação.</p><p>c) Seccionamento do caule: empregar um instrumento afiado, de</p><p>maneira que as seções tenham: 4: 10; 4: 15 e 2: 10 (o primeiro número</p><p>corresponde às secções obtidas e o segundo ao comprimento dos</p><p>pedaços, em centímetros).</p><p>8</p><p>Inicialmente, efetuar cortes transversais do caule, eliminando-se o</p><p>restante da parte basal, geralmente coberta com algumas raízes, e o</p><p>pedúnculo. Em seguida, dividir em secções transversais (rodelas), que</p><p>são cortadas longitudinalmente em duas ou quatro partes. É a</p><p>operação mais importante da produção de mudas a partir do caule da</p><p>planta, pois permite o exame visual interno e a eliminação das secções</p><p>com sintomas de doença.</p><p>d) Tratamento: imergir as secções de caule em calda fungicida</p><p>inseticida semelhante à utilizada para o tratamento das mudas obtidas</p><p>diretamente da lavoura. Mantendo as mudas imersas na calda por três</p><p>a cinco minutos.</p><p>e) Plantio no viveiro: plantar as secções de caule em canteiros e na</p><p>posição horizontal, nos espaçamentos de 10cm x 10cm ou 15cm x</p><p>15cm. Duas semanas antes do plantio nos viveiros, aplicar nos</p><p>canteiros um herbicida pré-emergente e efetuar uma adubação</p><p>fosfatada com 20g de adubo/m2. Posteriormente, o controle de ervas</p><p>deve ser efetuado por catação manual. As mudas estarão adequadas</p><p>para o plantio definitivo quando apresentarem tamanho de 20-50cm e</p><p>peso variando de 150g (cultivar Pérola) a 200g (cultivar Smooth</p><p>Cayenne). (Gomes et al., 2003)</p><p>Figura 3 – Mudas de abacaxi a partir de cultura de tecidos</p><p>Créditos: AandNLittleFarm/Shutterstock.</p><p>O plantio, de preferência, deve ser realizado nas épocas mais chuvosas</p><p>para facilitar o pegamento, sendo possível realizá-lo durante todo o ano, porém,</p><p>se as condições forem favoráveis, como umidade do solo, disponibilidade das</p><p>9</p><p>mudas e época da colheita desejável. Pode ser realizado em covas, sulcos ou</p><p>fendas e enterradas de 1/4 a 1/3 do seu comprimento (tomando cuidado para</p><p>não entrar solo na roseta foliar, pois pode ocasionar sua morte), em filas simples</p><p>ou duplas, nas quais uma fileira não deverá ficar na mesma direção das mudas</p><p>da outra fileira. O espaçamento vai variar de acordo com a cultivar, em canteiros</p><p>com mulching (Figura 4), nível de mecanização e destino da produção. A época</p><p>de plantio vai variar de acordo com a muda e a região (Gomes et al., 2003;</p><p>Embrapa, 2022).</p><p>Figura 4 – Plantio em canteiros com mulching</p><p>Créditos: gilles vallée/Adobe Stock.</p><p>O preparo do solo, assim como sua adubação, deve ser realizado de</p><p>acordo com as características do local e as recomendações da cultivar escolhida,</p><p>sendo a adubação para o abacaxizeiro realizada a partir da análise de solo e na</p><p>fase vegetativa.</p><p>Um fator muito importante no manejo do abacaxi está relacionado à</p><p>floração natural (Figura 5), que quando ocorre precocemente torna o manejo</p><p>mais difícil, encarecendo o custo de produção. Esse florescimento está</p><p>10</p><p>relacionado com as condições climáticas; portanto, é essencial averiguar as</p><p>características da região onde a cultura for implantada para que não ocorra</p><p>maiores prejuízos para o produtor (Embrapa, 2022). Para sanar essa questão, é</p><p>realizada a indução floral quando as plantas apresentam entre 10 e 14 meses de</p><p>idade, utilizando-se os seguintes indutores: carbureto de cálcio na dose de</p><p>1g/planta/aplicação, em duas aplicações nas horas mais frescas do dia, sendo a</p><p>segunda dois dias após a primeira. A roseta foliar deverá conter água em seu</p><p>interior. Ethrel a 0,1 do i.a., na dose de aproximadamente 30ml/planta para a</p><p>cultivar Pérola e de até 40 ml para a cultivar Smooth Cayenne. A adição de ureia</p><p>a 2% acarreta um aumento de eficiência na indução para aplicação da mesma</p><p>dose (Gomes et al., 2003).</p><p>Figura 5 – Floração do abacaxi</p><p>Créditos: Arthur C.C. Hsieh/Shutterstock.</p><p>2.2 Acerola</p><p>A aceroleira se desenvolve e produz satisfatoriamente em clima tropical e</p><p>também no subtropical, sendo resistente a temperaturas próximas a 0°C e se</p><p>desenvolvendo entre as temperaturas de 15°C a 32°C. Produz bem em regiões</p><p>11</p><p>com precipitação entre 1200 e 1600mm anuais distribuídos ao longo do ano. Não</p><p>tem preferências quanto ao tipo de solo, dependendo apenas de um bom preparo</p><p>a partir da análise de solo (Embrapa, 2022).</p><p>Sua propagação pode ser feita via sementes, estaquia ou enxertia. Sendo</p><p>que as duas últimas devem ser adquiridas em entidades ou produtores</p><p>credenciados e idôneos. O plantio deve ser realizado quando as mudas atingem</p><p>altura de 30 a 40cm e devem ser regadas diariamente para que se desenvolvam</p><p>adequadamente. Os espaçamentos podem variar de 5,0 x 5,0m a 6,0 x 6,0m, ou</p><p>ainda mais adensado com 4,0 x 4,0m, e a decisão será de acordo com as</p><p>características edafoclimáticas e objetivo da produção. Ressaltando que em uma</p><p>área com irrigação é possível obter maiores produtividades, chegando até a</p><p>100kg de frutas por planta/ano (Franzão e Melo, 2023; Embrapa, 2022).</p><p>O fruto tem coloração que varia de alaranjado ao vermelho quando</p><p>maduro, a polpa é carnosa e suculenta (Figura 6), o tamanho pode variar de 3 a</p><p>6 centímetros de diâmetro e peso de 3 a 16g. Da floração até a maturação leva-</p><p>se aproximadamente 22 dias. Quanto às características químicas, é rica em</p><p>açúcares e a acidez relativamente elevada, que podem variar de acordo com a</p><p>genética, manejos e número de frutos por gemas. No potencial vitamínico, os</p><p>frutos fornecem mais de 1.000 mg de ácido ascórbico, mais conhecido como</p><p>vitamina C, por 100g de suco (Franzão e Melo, 2023; Embrapa, 2022).</p><p>Figura 6 – Acerola no ponto de colheita</p><p>Créditos: Cacio Murilo/Adobe Stock.</p><p>12</p><p>Pode-se realizar a prática de consórcio de plantas, sendo recomendado</p><p>como plantas a serem cultivadas nas entrelinhas o feijão, milho, tomate</p><p>industrial, melancia e melão. A restrição é quanto à irrigação, que deve estar</p><p>presente para suprir a necessidade de todas as culturas, e caso não seja a</p><p>realidade do produtor, pode-se esperar para realizar os consórcios em períodos</p><p>mais chuvosos (Embrapa, 2022).</p><p>Comercialmente, no Paraná, é produzida em cerca de 30 municípios,</p><p>sendo os principais Cruzeiro do Oeste, Japurá, Marilena, Nova Tebas e Pérola,</p><p>com a produção focada no processamento de polpa e em menor quantidade para</p><p>o mercado de vitamina C. Dentre as vantagens da produção de aceroleira estão</p><p>a baixa suscetibilidade a doenças e pragas e o tamanho das plantas que facilitam</p><p>a colheita. Além destas vantagens, as cultivares lançadas pelo Instituto de</p><p>Desenvolvimento Rural do Paraná (Iapar) têm a característica de baixa presença</p><p>de pelos nas folhas, o que causa coceira e irritação na pele, fazendo com que</p><p>ocorra maior rendimento do trabalho. O que deve ser levado em consideração é</p><p>a não ocorrência de geadas frequentes e severas no local onde for implantada a</p><p>cultura (Stenzel, 2020).</p><p>Dentre as cultivares lançadas estão:</p><p>IPR Bruna tem elevado potencial produtivo — cerca de 56 toneladas</p><p>por hectare —, e é destinada ao mercado de fruta fresca, polpa e</p><p>vitamina C. Os frutos são carnosos, suculentos, de sabor</p><p>delicadamente ácido, tamanho que varia de médio a grande e têm alto</p><p>rendimento de polpa. No manejo, demanda podas de formação para o</p><p>bom desenvolvimento dos ramos, para adequar a altura da copa e de</p><p>limpeza periódica.</p><p>IPR Letícia é indicada para processamento da polpa e extração de</p><p>vitamina C. O potencial produtivo gira ao redor de 60 toneladas por</p><p>hectare. Produz frutos com tamanho de médio a grande e alto</p><p>rendimento de polpa. Exige podas de formação, para adequação de</p><p>altura da planta e de limpeza.</p><p>IPR Stella foi desenvolvida para o mercado de fruta fresca e de polpa.</p><p>Sua produção pode chegar a 60 toneladas por hectare. Os frutos são</p><p>grandes, firmes, carnosos, de acidez delicada e apresentam ótimo</p><p>rendimento de polpa. Demanda poda de formação e de limpeza, mas</p><p>sem necessidade de ajustar a altura da copa.</p><p>IPR Stephanie é dirigida à produção de polpa e extração de vitamina</p><p>C, com potencial produtivo de 57 toneladas por hectare. Os frutos têm</p><p>tamanho médio e alto rendimento de polpa. Também demanda podas</p><p>para formação e limpeza, mas não exige ajustes na altura da copa.</p><p>(Stenzel, 2020)</p><p>Outra cultivar utilizada com foco na produção orgânica é a BRS 366</p><p>(Jaburu), lançada em 2013 pela Embrapa Agroindústria Tropical, em</p><p>13</p><p>Fortaleza/CE. É caracterizada pela precocidade de produção e ciclos produtivos</p><p>quase o ano todo e vem se destacando na exportação de vitamina C (Embrapa,</p><p>2013).</p><p>TEMA 3 – DOENÇAS</p><p>3.1 Abacaxi</p><p>As principais doenças que ocorrem na cultura do abacaxizeiro são:</p><p>Fusariose (Fusarium guttiforme), a podridão-do-olho (Phytophthora nicotianae</p><p>var. parasitica), a mancha-negra-do-fruto (Penicillium funiculosum e/ou Fusarium</p><p>moniliforme), a podridão-negra (Chalara paradoxa), a podridão aquosa do fruto</p><p>(Erwinia ananas) e a murcha (Closterovirus/Badnavirus) associada à cochonilha</p><p>D. brevipes.</p><p>Fusariose ou Gomose</p><p>É causada pelo fungo Fusarium subglutinans f. sp. ananas, cuja</p><p>presença é um dos maiores perigos para a cultura. As mudas são</p><p>infectadas geralmente na fase inicial de desenvolvimento,</p><p>principalmente aquelas do tipo filhote na cultivar Pérola, quando estão</p><p>aderidas à planta-mãe que apresenta frutos doentes. A maior</p><p>incidência ocorre nos frutos colhidos entre agosto e outubro, cuja</p><p>inflorescência apareceu de março a maio, normalmente com</p><p>temperaturas entre 23 e 30ºC e umidade relativa do ar elevada, e</p><p>frequência de precipitações pluviométricas.</p><p>Sintomas: O mais evidente é a exsudação de goma que pode se</p><p>manifestar em todos os estádios de desenvolvimento da planta,</p><p>especialmente nos frutos.</p><p>Medidas de controle: O pousio durante quatro a doze meses contribui</p><p>para a redução do inóculo presente nos restos culturais que são</p><p>deixados no campo após a colheita, apesar de não existirem</p><p>evidências de que diminua a severidade da doença nos frutos. Esta</p><p>prática não é economicamente justificável para produtores que não</p><p>dispõem de novas áreas para plantio.</p><p>O tratamento das mudas infectadas, com fungicidas, antes do plantio,</p><p>deve ser cuidadosamente avaliado porque apenas elimina o inóculo</p><p>externo, ou seja, não tem ação curativa mesmo em altas doses e</p><p>independente do tempo de tratamento.</p><p>Cultural: Remover, enterrar ou destruir os restos culturais de plantio</p><p>anterior. Eliminar todas as mudas que apresentarem um</p><p>apodrecimento na parte basal, mesmo que não ocorra exsudação de</p><p>goma. Retirar da lavoura todos os abacaxizeiros que estiverem com os</p><p>sintomas da doença tanto na parte aérea quanto nos frutos.</p><p>Controle químico: Proteger as inflorescências com aplicação de</p><p>fungicidas da indução floral até o final da antese. As injúrias causadas</p><p>por insetos, principalmente a broca-do-fruto (Strymon basilides), são</p><p>importantes portas de entrada de fungos. Em regiões onde esta praga</p><p>14</p><p>é problema, adicionar um inseticida à calda fungicida. Ocorre</p><p>principalmente em plantios em solos sujeitos ao encharcamento.</p><p>(Gomes et al., 2003; Matos et al., 2017)</p><p>Podridão-do-olho</p><p>Causada por Phytophthora nicotianae Breda de Haan var. parasitica</p><p>(Dastur) G.M. Waterhouse, é uma doença disseminada na maioria das</p><p>regiões produtoras de abacaxi do mundo, causando perdas</p><p>acentuadas na produção, principalmente quando a infecção ocorre</p><p>após o tratamento de indução floral. Perdas econômicas também</p><p>ocorrem logo após o plantio, em consequência da morte das plantas</p><p>nos primeiros meses de desenvolvimento, especialmente em plantios</p><p>instalados em solos sujeitos ao encharcamento ou com histórico de</p><p>ocorrência da doença. Mostra, inicialmente, alterações na coloração</p><p>das folhas mais novas que passa de verde para amarelo-fosco e cinza.</p><p>Na parte basal aclorofilada das folhas infectadas surgem lesões que</p><p>expandem rapidamente. Uma faixa marrom separa o tecido infectado</p><p>do sadio, bloqueando o avanço do patógeno. Com o progresso da</p><p>doença P. nicotianae var. parasitica alcança o caule e, em estádio mais</p><p>avançado, as folhas do olho da planta podem ser removidas como um</p><p>todo, evidenciando uma podridão com odor fétido. O controle da</p><p>podridão-do-olho do abacaxizeiro deve ser praticado rotineiramente</p><p>durante o desenvolvimento da cultura, com especial atenção para os</p><p>períodos imediatamente após o plantio e após a indução floral. Em</p><p>regiões produtoras de abacaxi onde a podridão-do-olho ocorre em altas</p><p>incidências, deve-se adotar o controle químico mediante pulverizações</p><p>sobre as mudas, duas semanas antes de remoção da planta-mãe,</p><p>utilizando-se fungicidas registrados para uso na cultura do</p><p>abacaxizeiro. (Gomes et al., 2003; Matos et al., 2017)</p><p>Mancha-negra-do-fruto</p><p>A mancha-negra-do-fruto do abacaxizeiro, causada pelos fungos</p><p>Penicillium funiculosum Thom e/ou Fusarium moniliforme Sheldon,</p><p>está presente em todas as regiões produtoras de abacaxi do mundo,</p><p>inclusive no Brasil. Uma característica interessante dessa doença é</p><p>sua associação com o ácaro do fruto do abacaxizeiro,</p><p>Steneotarsonemus ananas Tyron que atua como vetor do patógeno.</p><p>Frutos de Smooth Cayenne e de Pérola infectados pelo agente causal</p><p>da mancha-negra-do-fruto geralmente não expressam sintomas</p><p>externos da doença. Após a remoção da casca para o consumo in</p><p>natura, ou para o processamento industrial, é que os sintomas são</p><p>detectados na forma de podridão, com coloração marrom-escura no</p><p>frutilho atacado. Por outro lado, frutos das cultivares Perola e Queen</p><p>evidenciam coloração amarelo-alaranjada nos frutilhos infectados, que</p><p>também se apresentam em nível inferior em relação aos sadios que os</p><p>circundam. Nas principais regiões produtoras de abacaxi do mundo o</p><p>controle da mancha negra-do-fruto do abacaxizeiro fundamenta-se na</p><p>aplicação de agrotóxicos, visando reduzir a população do ácaro</p><p>presente na inflorescência. A implementação de medidas de controle</p><p>integrado pode aumentar a eficiência dessa prática. (Gomes et al.,</p><p>2003; Matos et al., 2017)</p><p>Podridão-da-base-das-mudas ou podridão-negra-das-mudas</p><p>Causada pelo fungo Chalara paradoxa, o mesmo agente etiológico da</p><p>podridão-negra-dos-frutos e da mancha-branca-das-folhas, cuja</p><p>severidade depende da quantidade de inóculo e dos ferimentos</p><p>causados nas mudas durante a colheita e o transporte. Pode ocorrer</p><p>quando as mudas são armazenadas em condições inadequadas e</p><p>provoca apodrecimento da sua parte basal.</p><p>15</p><p>Sintomas: A base das mudas infectadas apresenta uma podridão mole,</p><p>de cor inicialmente marrom-intensa, que se torna enegrecida com o</p><p>tempo e evolui para a base das folhas. Em fase mais avançada, os</p><p>tecidos desintegram-se, ficando intactas apenas as fibras da parte</p><p>interna do caule, ocorrendo a morte da muda. No campo, as plantas</p><p>doentes paralisam o crescimento e apresentam as folhas com aspecto</p><p>de murcha, quebrando-se facilmente ao nível do solo. A infecção tem</p><p>início principalmente por meio de ferimentos originados durante a</p><p>retirada das mudas da planta-mãe, ocorrendo muitas vezes antes do</p><p>plantio e durante o período de “ceva”, principalmente quando a colheita</p><p>e o transporte são inadequados e as condições climáticas favoráveis à</p><p>infecção. É mais frequente nas coroas do que nos outros tipos de</p><p>mudas, principalmente quando as condições são favoráveis, com dias</p><p>quentes e chuvosos.</p><p>Controle: A doença</p><p>está muito relacionada ao manejo da cultura, e para</p><p>ser controlada, necessita da integração de medidas culturais e</p><p>químicas, principalmente antes da colheita das mudas. Evitar que as</p><p>mudas sejam amontoadas após sua retirada da planta mãe. Promover</p><p>a cura das mudas com as bases voltadas para cima, a fim de</p><p>intensificar o processo de cicatrização dos ferimentos. Remover</p><p>cuidadosamente os fragmentos da polpa do fruto aderidos à base das</p><p>mudas do tipo coroa. Imergir as mudas numa calda fungicida antes do</p><p>plantio, especialmente em períodos quentes e chuvosos. (Gomes et</p><p>al., 2003; Matos et al., 2017)</p><p>Podridão-das-raízes</p><p>Diversos patógenos podem causar podridões de raízes em plantas de</p><p>abacaxi, porém Phytophthora cinnamomi Rands é o mais</p><p>frequentemente encontrado em associação com essa doença. Entre os</p><p>demais patógenos associados à podridão-de-raízes do abacaxizeiro</p><p>destacam-se P. nicotianae var. parasitica, Pythium arrenomanes</p><p>Drechsler, Pythium graminicola Subraman., Pythium splendens Hans</p><p>Braun, Pythium tolurosum Coker & P. Patt., e Pythium irregulare</p><p>Bruisman. Destes, P. arrenomanes é o que apresenta maior</p><p>patogenicidade ao abacaxizeiro. A infecção das raízes do abacaxizeiro</p><p>por P. cinnamomi provoca alterações na coloração das folhas que se</p><p>tornam amareladas. Com o progresso da doença as folhas perdem a</p><p>turgescência, os bordos enrolam para fora e as extremidades</p><p>encurvam para baixo, lembrando os sintomas incitados pela murcha</p><p>associada à cochonilha. Uma planta com esses sintomas pode ser</p><p>facilmente removida do solo, uma vez que seu sistema radicular</p><p>encontra-se completamente apodrecido. A partir das raízes o</p><p>patógeno, eventualmente, pode atingir o caule, progredindo em direção</p><p>ao ápice e incitar podridão-do-olho, resultando na morte da planta.</p><p>Sendo P. cinnamomi um habitante do solo, as ações de controle</p><p>integrado iniciam com a escolha e preparo do solo e continuam por</p><p>todo o ciclo da cultura. (Gomes et al., 2003; Matos et al., 2017)</p><p>Murcha do abacaxizeiro</p><p>É causada pelo vírus Pineapple closterovirus (PCV) e está associada</p><p>à cochonilha. Apesar de sua ampla disseminação e importância</p><p>econômica para a abacaxicultura, a doença tem a etiologia pouco</p><p>esclarecida. A doença é disseminada para novas áreas, porque a</p><p>propagação do abacaxi é vegetativa, e por vezes plantas doentes não</p><p>manifestam sintomas, pois são classificadas em sadias ou doentes</p><p>com base apenas na avaliação visual dos sintomas.</p><p>Sintomas: As raízes paralisam seu crescimento e apodrecem, as folhas</p><p>apresentam uma coloração avermelhada e os bordos curvam-se para</p><p>16</p><p>dentro, até murcharem totalmente. Com a evolução da doença, as</p><p>folhas perdem a turgescência e secam na região apical.</p><p>O PCV é transmitido por cochonilhas das espécies Dysmicocus</p><p>brevipes e D. neobrevipes. Sua associação simbiótica com as</p><p>formigas-doceiras é importante na disseminação da murcha, porque,</p><p>juntamente com as formigas-lava-pés, são responsáveis pela</p><p>movimentação das cochonilhas para as plantas vizinhas, favorecendo</p><p>o aparecimento da doença em reboleiras. As cochonilhas também</p><p>podem sobreviver em outras plantas hospedeiras, principalmente</p><p>gramíneas como o capim-colonião e a cana-de-açúcar.</p><p>Controle: Tratar as mudas antes do plantio e controlar as formigas e a</p><p>cochonilha durante o ciclo vegetativo da cultura, utilizando-se</p><p>preferencialmente inseticidas sistêmicos, embora os de contato</p><p>também apresentem eficiência.</p><p>Pulverizar de maneira preventiva nos segundo, quinto e oitavo meses</p><p>após o plantio em caso de alta infestação por cochonilhas durante o</p><p>ciclo vegetativo. (Gomes et al., 2003; Matos et al., 2017)</p><p>3.2 Acerola</p><p>Dentre as doenças que atacam a acerola, está a cercosporiose como</p><p>principal praga e, eventualmente, a antracnose e verrugose, principalmente se</p><p>estiverem em consórcio com maracujá e mamão, logo não é recomendada essa</p><p>consorciação.</p><p>A cercosporiose (Cercospora bunchosiae) (Figura 7) caracteriza-se pela</p><p>presença de tecido morto como pontuações medindo de 1 a 5mm de diâmetro,</p><p>arredondadas e, às vezes, irregulares, nas duas faces das folhas, que</p><p>amarelecem e caem, podendo chegar a total desfolha da planta. Os produtos</p><p>químicos à base de cobre controlam a doença (Franzão e Melo, 2023; Embrapa,</p><p>2022).</p><p>17</p><p>Figura 7 – Exemplo de manchas de cercosporiose na folha</p><p>Créditos: Pics Man24/Adobe Stock.</p><p>A antracnose (Colletotrichum gloeosporioides) é uma a doença que pode</p><p>afetar tanto mudas quanto plantas adultas, os sintomas são manchas</p><p>esbranquiçadas, com estreito marrom circundando a área necrosada (Figura 8).</p><p>Nos frutos, infectam e causam manchas pequenas, enegrecidas, as quais</p><p>podem coalescer aumentando a área necrosada. Os frutos atacados não se</p><p>prestam para a exportação, resultando em prejuízos aos produtores. No Brasil,</p><p>não existem defensivos agrícolas para a acerola, mas pesquisas em</p><p>desenvolvimento pela Embrapa/CNPAT mostram que o fungo pode ser</p><p>controlado através de pulverizações preventivas com oxicloreto de cobre e</p><p>pulverizações curativas com benomil ou tiofanato metílico + chlorotalonil</p><p>(Franzão e Melo, 2023; Embrapa, 2022).</p><p>18</p><p>Figura 8 – Exemplo de manchas de antracnose na folha</p><p>Créditos: Paveena/Adobe Stock.</p><p>A verrugose (Sphaceloma sp.) se caracteriza por rugosidade nas folhas,</p><p>principalmente na superfície superior, às vezes com nervura das folhas. Em</p><p>infecções severas, as folhas apresentam limbo retorcido. Os prejuízos mais</p><p>notórios são notados nos frutos. A rugosidade decorrente da infecção afeta o</p><p>desenvolvimento normal dos frutos, provocando distorções e atrofiamento,</p><p>podendo não atingir a maturidade ou terem aspectos externos comprometidos.</p><p>Desconhecem-se, até o presente, medidas eficientes para o controle do</p><p>patógeno sobre a acerola. A doença foi inicialmente encontrada no Havaí</p><p>(Franzão e Melo, 2023; Embrapa, 2022).</p><p>TEMA 4 – PRAGAS</p><p>4.1 Abacaxi</p><p>Dentre as pragas que atacam o abacaxizeiro estão: broca do fruto</p><p>(Strymon megarus); broca do talo (Castnia invaria volitans); a cochonilha</p><p>(Dysmicoccus brevipes); o ácaro alaranjado (Dolichotetranychus floridanus) e o</p><p>percevejo do abacaxizeiro (Fazolin, 2001; Gomes et al., 2001).</p><p>19</p><p>A broca do fruto é uma das pragas mais importantes do abacaxi e muito</p><p>frequente na região do sudeste paraense. É uma borboleta</p><p>denominada Strymon megarus e sua larva penetra na inflorescência e</p><p>se alimenta da polpa do fruto, tornando-o imprestável para a</p><p>comercialização. SINTOMA: externamente ocorre a exsudação de</p><p>goma a partir do local onde a larva penetrou, geralmente entre frutilhos.</p><p>Aplicar inseticidas desde o aparecimento da inflorescência e finalizar</p><p>após o fechamento das flores. O intervalo de aplicação depende do</p><p>produto que será usado. Para locais onde a praga não é frequente,</p><p>quando observado 1 ovo no monitoramento ou uma borboleta voando,</p><p>é recomendada a pulverização.</p><p>A broca do talo (Castnia invaria volitans) é conhecida vulgarmente</p><p>como: broca do olho, broca do caule, broca gigante ou lepidobroca. O</p><p>adulto é uma mariposa de hábito diurno. As posturas são realizadas na</p><p>base das folhas mais externas da planta. A lagarta, após a eclosão,</p><p>penetra nas folhas em direção ao interior da roseta foliar, iniciando a</p><p>abertura de galerias e destruição dos tecidos. Plantas atacadas</p><p>apresentam folhas seccionadas na região basal, com o “olho morto” e</p><p>presença de resina misturada a dejetos na base das folhas. (Fazolin,</p><p>2001; Gomes et al., 2001)</p><p>A cochonilha do abacaxi (Dysmicoccus brevipes) (Figura 9) localiza-se</p><p>nas raízes e nas axilas das folhas e pode ser encontrada, também, nos</p><p>frutos e rebentos. Atua como vetora da doença viral conhecida como</p><p>murcha do abacaxi que pode levar a planta à morte antes da</p><p>frutificação ou impedir a frutificação normal. Com a infecção pelo vírus</p><p>o crescimento das raízes é afetado, entretanto, os primeiros sintomas</p><p>foliares aparecem após dois ou três meses da infecção. Ocorre o</p><p>avermelhamento</p><p>das folhas com o enrolamento dos bordos para a face</p><p>inferior. Com a evolução da doença, as folhas perdem a turgescência,</p><p>ocorrendo o secamento das pontas, que se dobram em direção ao solo.</p><p>A planta definha, podendo chegar à morte. (Fazolin, 2001; Gomes et</p><p>al., 2001)</p><p>20</p><p>Figura 9 – Cochonilha do abacaxi (Dysmicoccus brevipes)</p><p>Créditos: Alexey Protasov/Adobe Stock.</p><p>O ácaro alaranjado do abacaxi (Dolichotetranychus floridanus) é</p><p>encontrado na base das folhas, na porção aclorofilada, causando</p><p>lesões aparentemente superficiais, com áreas necrosadas na base das</p><p>folhas. Essas áreas podem variar em tamanho, formato e número, sem</p><p>registro de danos econômicos, já que as lesões não impedem a</p><p>circulação de seiva no interior das folhas. Podem ser vistos a olho nu</p><p>devido à sua coloração alaranjada. A ocorrência é verificada</p><p>principalmente em períodos secos e quentes. Em condições</p><p>favoráveis, pode ocorrer infestação do ácaro nas folhas da coroa do</p><p>fruto. É uma praga de distribuição restrita à região Amazônica. Adultos</p><p>e ninfas atacam os frutos e o pedúnculo da infrutescência (talo). O nível</p><p>de dano econômico encontra-se entre 12 e 15 ninfas e/ou adultos por</p><p>planta. O manejo consiste no controle preventivo, com eliminação dos</p><p>restos culturais; para o controle químico (12 a 15 ninfas e/ou adultos</p><p>por planta), os mesmos produtos utilizados para a broca do fruto</p><p>controlam o percevejo. (Fazolin, 2001; Gomes et al., 2003)</p><p>Percevejo do abacaxi (Thlastocoris laetus Mayr) é uma praga de</p><p>distribuição restrita à região Amazônica. Adultos e ninfas atacam os</p><p>frutos e o pedúnculo da infrutescência (talo). O nível de dano</p><p>econômico encontra-se entre 12 e 15 ninfas e/ou adultos por planta.</p><p>4.2 Acerola</p><p>Pragas que atacam a acerola: pulgões, bicudo, nematoides (gênero</p><p>Meloidogyne); ácaros, cochonilhas e cigarrinhas, mosca-das-frutas (Ceratitis</p><p>capitata) (Embrapa, 2022).</p><p>21</p><p>O pulgão (Aphis spiraecola) destaca-se na estação seca. Atacam</p><p>geralmente a extremidade tenra dos ramos, a sua preferida, após um surto de</p><p>crescimento. Os pulgões podem causar sérios prejuízos à planta. Ao sugarem a</p><p>parte final dos ramos, provocam seu murchamento e morte, o que força a planta</p><p>a gerar brotos laterais. É comum o pulgão atacar flores e frutos em formação,</p><p>prejudicando a produtividade geral da cultura (Franzão e Melo, 2023; Embrapa,</p><p>2022).</p><p>Figura 10 – Pulgões nos ramos</p><p>Créditos: vladk213/Adobe Stock.</p><p>O bicudo (Anthonomus flavus Boheman) é um inseto que faz a sua</p><p>oviposição no ovário das flores e nos frutos em desenvolvimento, que serve</p><p>como alimento para eles. Quase sempre os frutos atacados pelo bicudo se</p><p>deformam. Pulverizar com paration na época do florescimento, repetindo dez</p><p>dias após. Recolher e enterrar todos os frutos caídos no chão. Eliminar as outras</p><p>espécies do gênero Malpighia existentes próximas ao pomar (Franzão e Melo,</p><p>2023; Embrapa, 2022).</p><p>De todas as pragas que atacam a aceroleira, o nematoide é a de maior</p><p>importância econômica. Muito sensível ao ataque dessa praga, principalmente</p><p>os do gênero Meloidogyne (Figura 11). Atacam as raízes, induzindo-as à</p><p>formação de galhas, as plantas ficam enfraquecidas e se desenvolvem menos</p><p>22</p><p>na parte aérea e nas raízes que encurtam e engrossam. A infecção das raízes</p><p>atrapalha na absorção da água e nutrientes do solo, e isso se reflete no</p><p>crescimento da copa da planta. Recomendações: Mudas sadias, utilizar</p><p>leguminosas como Crotalaria spectabilis e Crotalaria paulinea para posterior</p><p>incorporação no solo (Franzão e Melo, 2023; Embrapa, 2022).</p><p>Figura 11 – Imagem microscópica de nematoide gênero Meloidogyne</p><p>Créditos: Phoebe/Adobe Stock.</p><p>Outras pragas: poderá ocorrer o ataque de ácaros, cochonilhas e</p><p>cigarrinhas não identificados, mas de controle simples, com pulverizações para</p><p>o seu combate. Em algumas épocas do ano, a mosca-da-fruta, Ceratitis capitata</p><p>(Figura 12), causa prejuízos aos frutos da acerola. Pode-se utilizar paration ou</p><p>óleo mineral para o controle das cochonilhas, enxofre para os ácaros, e produtos</p><p>à base de fenthion como isca ou pulverização contra a mosca-das-frutas, além</p><p>de armadilhas de monitoramento e controle massal (figuras 13 e 14) (Franzão e</p><p>Melo, 2023; Embrapa, 2022).</p><p>23</p><p>Figura 12 – Mosca-das-frutas (Ceratitis capitata)</p><p>Créditos: Tomasz/Adobe Stock.</p><p>Figura 13 – Exemplo de armadilha de monitoramento e controle massal de</p><p>mosca-das-frutas</p><p>Créditos: Laura Primo/Adobe Stock.</p><p>24</p><p>Figura 14 – Exemplo de armadilha de monitoramento e controle massal de</p><p>mosca-das-frutas feita com garrafa pet</p><p>Créditos: Laura Primo/Adobe Stock.</p><p>A mosca-das-frutas é uma das principais pragas na fruticultura mundial.</p><p>No Brasil, as mais importantes compreendem várias espécies do gênero</p><p>Anastrepha e a Ceratitis capitata. Esta última foi encontrada pela primeira vez no</p><p>Brasil, em 1905, e é a mais nociva. Causam danos diretos na produção de frutos,</p><p>já que as larvas se alimentam da polpa, deixando-os inviáveis tanto para o</p><p>consumo in natura quanto para a industrialização, e danos indiretos através de</p><p>barreiras quarentenárias impostas por países importadores de frutos frescos</p><p>(Embrapa, 2022).</p><p>25</p><p>É de suma importância verificar as legislações da região onde está sendo</p><p>realizada a produção e adequar o uso de controle químico, biológico e/ou massal</p><p>de acordo com as condições apresentadas, tanto do produtor como da região.</p><p>TEMA 5 – COLHEITA E PÓS-COLHEITA</p><p>Para determinar o ponto de colheita, deve-se levar em consideração a</p><p>distância e a que mercado se destina a fruta. Considera-se de maneira</p><p>generalizada que os frutos devam ser colhidos mais imaturos quanto mais</p><p>distante estiver o mercado consumidor, mas, de preferência, após atingir a</p><p>maturidade fisiológica. Por sua vez, é a comercialização o canal que em seus</p><p>vários níveis levará o produto até o consumidor, e esse produto terá o seu valor</p><p>baseado no Estado em que se encontrar, quanto ao aspecto e à qualidade.</p><p>Devido às condições precárias de colheita, transporte e embalagens das</p><p>bananas, a produção nacional sofre pesadas perdas.</p><p>5.1 Abacaxi</p><p>Como em qualquer cultura, a colheita deve ser realizada no momento</p><p>certo de maturação da fruta, assim como se atentar às condições climáticas, mão</p><p>de obra, armazenamento e transporte, para que a qualidade seja garantida.</p><p>O ponto de colheita é quando a cor da casca estiver mudando de verde-</p><p>escuro para bronzeado-amarelo e os frutilhos se tornarem achatados. Então,</p><p>manualmente, corta-se cerca de 3 a 5cm abaixo do fruto com auxílio de um facão</p><p>(Figura 15) ou realiza-se a quebra do pedúnculo logo abaixo do fruto quando</p><p>destinados ao mercado interno ou agroindústria. Caso sejam destinados à</p><p>exportação após a colheita com facão, realizar tratamento fitossanitário com</p><p>fungicida recomendado para a região (Embrapa, 2022).</p><p>26</p><p>Figura 15 – Colheita do abacaxi</p><p>Créditos: Kristina Ismulyani/Shutterstock.</p><p>Para o transporte dos frutos, é importante estar atento para não danificá-</p><p>los. Logo, pode ser realizado a granel usando capim para separar os frutos ou</p><p>ainda acondicionados em caixas de papelão durante a viagem (Matos et al.,</p><p>2017).</p><p>5.2 Acerola</p><p>A colheita dos frutos da aceroleira destinados ao consumo in natura ou ao</p><p>processamento do suco para fins de exportação deve ser feita de maneira</p><p>bastante criteriosa. Os colhedores devem ser adequadamente treinados para o</p><p>trabalho de colheita. As acerolas destinadas a mercados consumidores distantes</p><p>devem ser colhidas “de vez”. Durante o processo de colheita, seleção e</p><p>embalagem, é preciso evitar que os frutos sofram pancadas ou ferimentos, o que</p><p>acelera sua deterioração. Os frutos, principalmente os maduros, devem ser</p><p>acondicionados nas caixas de colheita em poucas camadas, pois o peso das</p><p>camadas superiores pode provocar o rompimento da casca dos frutos das</p><p>camadas de baixo (Franzão</p><p>e Melo, 2023; Embrapa, 2022).</p><p>O fator determinante do ponto de colheita é o destino que se pretende dar</p><p>aos frutos. No caso de congelamento ou processamento, os frutos deverão ser</p><p>colhidos com coloração vermelho intensa, mas ainda firmes para suportar o</p><p>manuseio. Neste estádio, o fruto apresenta elevado teor de açúcar, baixa acidez</p><p>27</p><p>e menos teor de vitamina C, entretanto, ainda supera cerca de 20 a 30 vezes os</p><p>frutos cítricos tidos como ricos em vitamina C. Já para a fabricação de produtos</p><p>em pó (Figura 16), cápsulas (Figura 17), a colheita deve ser realizada de 2 a 3</p><p>vezes por semana ou ainda diariamente, e devem ser colhidos quando estão</p><p>com coloração verde, verde-amarelado ou iniciando a pigmentação vermelha</p><p>(Franzão e Melo, 2023; Embrapa, 2022).</p><p>Figura 16 – Acerola em pó</p><p>Créditos: NIKCOA/Adobe Stock.</p><p>Figura 17 – Exemplo de acerola comercializada em cápsulas entre outros</p><p>medicamentos</p><p>Créditos: Tomasz/Adobe Stock.</p><p>28</p><p>Por demandar maior cuidado e delicadeza, a colheita torna-se uma ação</p><p>que demanda mais custos. No auge da safra, uma pessoa pode colher em torno</p><p>de 40 a 50 kg/fruta/dia. Em seguida, é realizada a lavagem dos frutos com água</p><p>fria. Feita a seleção e lavagem, os frutos podem ser acondicionados em câmara</p><p>fria ou túnel de congelamento em recipientes que permitem a passagem de ar</p><p>frio entre os frutos. Essa ação deve ser realizada o mais rápido possível. Com a</p><p>redução da temperatura e o próprio congelamento dos frutos, é possível alcançar</p><p>mercados mais distantes, permitindo a exportação para outros países, uma vez</p><p>que o tempo de conservação é prolongado (Franzão e Melo, 2023; Embrapa,</p><p>2022).</p><p>FINALIZANDO</p><p>Dada a importância dessas frutíferas, cabe ao profissional da área da</p><p>fruticultura qualificar-se na implantação, manejo e comercialização dos frutos</p><p>obtidos do cultivo delas.</p><p>É importante ressaltar que os pomares devem ser formados a partir de</p><p>variedades bem definidas, portadoras de características agronômicas e</p><p>tecnológicas adequadas à finalidade a que se destinam.</p><p>29</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Cultivo da</p><p>Acerola. Brasília-DF. Disponível em: . Acesso em: 25 set. 2023.</p><p>_____. Cultivo do Abacaxi. Brasília-DF. Disponível em:</p><p>. Acesso</p><p>em: 25 set. 2023.</p><p>_____. Prosa Rural – Acerola BRS 366: produção orgânica na agricultura</p><p>familiar. Agricultura familiar Agroecologia e agricultura orgânica. 01 abr. 2013.</p><p>Disponível em: . Acesso em: 25 set. 2023.</p><p>FAZOLIN, M. Reconhecimento e Manejo Integrado das Principais pragas da</p><p>Cultura do abacaxi no estado do Acre. Rio Branco – Embrapa: Acre. 2001.</p><p>26p. il. Documentos n. 62. Disponível em:</p><p>.</p><p>Acesso em: 25 set. 2023.</p><p>FRANZÃO, A. A.; MELO, B. A cultura da Aceroleira. Material on-line.</p><p>Universidade Federal de Uberlândia, 2023. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 25 set. 2023.</p><p>GOMES, J. A. et al. Recomendações técnicas para a cultura do abacaxizeiro.</p><p>Vitória: INCAPER, 2003, (Documentos, 122) ISSN 1519-2059. Disponível em :</p><p>. Acesso em: 25 set.</p><p>2023.</p><p>IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Produção de Acerola.</p><p>2017. Disponível em: . Acesso em: 25 set. 2023.</p><p>_____. Produção de Abacaxi. 2021. Disponível em:</p><p>. Acesso</p><p>em: 25 set. 2023.</p><p>30</p><p>MALISZEWSKI, E. Maior fazenda orgânica de acerola do mundo fica no Brasil.</p><p>Agrolink, 19 set. 2021. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 25 set. 2023.</p><p>MATOS, A. P. et al. Instruções Práticas para o Cultivo do Abacaxi em Conceição</p><p>do Araguaia – Pará. Guia do Produtor. 2017. Instituto Federal do Pará.</p><p>Disponível em:</p><p>. Acesso em: 25 set. 2023.</p><p>SILVEIRA, G. C. D.; ROSSI, M. F. M.; PECHE, P. M. Acerola: detalhes do cultivo</p><p>no Brasil. Revista Campo e Negócios Online, 09 dez. 2022. Disponível em:</p><p>.</p><p>Acesso em: 25 set. 2023.</p><p>STENZEL, N. Instituto lança cultivares de acerola no Show Rural. Secretaria</p><p>da Agricultura e Abastecimento. O Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná</p><p>Iapar-Emater. fev. 2020. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 25 set. 2023.</p><p>CONVERSA INICIAL</p><p>TEMA 1 – FRUTÍFERAS DE CLIMA TROPICAL</p><p>1.1 Abacaxi</p><p>1.2 Acerola</p><p>TEMA 2 – MANEJOS CULTURAIS</p><p>2.1 Abacaxi</p><p>2.2 Acerola</p><p>TEMA 3 – DOENÇAS</p><p>3.1 Abacaxi</p><p>3.2 Acerola</p><p>TEMA 4 – PRAGAS</p><p>4.1 Abacaxi</p><p>4.2 Acerola</p><p>TEMA 5 – COLHEITA E PÓS-COLHEITA</p><p>5.1 Abacaxi</p><p>5.2 Acerola</p><p>FINALIZANDO</p><p>REFERÊNCIAS</p>

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