Prévia do material em texto
<p>A SEGUNDA PESSOA DA TRINDADE - JESUS CRISTO - Parte 1</p><p>E em Jesus Cristo, seu Único Filho, Nosso Senhor</p><p>→ Jesus Cristo é o Filho de Deus: Jesus é o próprio Deus, Filho do Pai.</p><p>→ Jesus Cristo é Nosso Senhor: O nome de Deus (Eu sou Aquele que sou) para os judeus é tão sagrado que</p><p>eles não O pronunciam, com receio de profaná-lo. O chamam de Senhor. Quando chamamos a Cristo de</p><p>Senhor (assim como Isabel e São Pedro), reconhecemos sua divindade.</p><p>→ Jesus é verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem ao mesmo tempo.</p><p>Que foi concebido pelo poder do Espírito Santo, nasceu da Virgem Maria</p><p>➔Desde toda a eternidade Jesus vive na glória do Pai, veio ao mundo e tornou-se semelhante a nós (com</p><p>exceção do pecado): manifestação encarnada do amor do Pai. “E a Palavra se fez carne (homem) e veio</p><p>morar entre nós!” (João 1, 14).</p><p>➔O Filho de Deus vem ao mundo: Deus vem ao mundo para ser nosso irmão. Nasceu de uma virgem, pelo</p><p>poder do Espírito Santo. O anjo Gabriel foi enviado por Deus à Virgem Maria, em Nazaré: “Ave, cheia de</p><p>Graça! O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com tua sombra!”</p><p>➔A concepção de Jesus em Maria se deu pelo Espírito Santo, cumprindo assim as profecias, e Ela</p><p>permaneceu Virgem por toda a vida. Essa afirmação do Credo traz também como implicações os dogmas</p><p>marianos, assunto que será tratado.</p><p>Padeceu sob Pôncio Pilatos, foi crucificado, morto e sepultado</p><p>“Jesus de Nazaré foi um homem credenciado por Deus junto de vós, pelos milagres, prodígios e sinais que Deus realizou</p><p>entre vós por meio dele, como bem o sabeis. Deus, em seu desígnio e previsão, determinou que Jesus fosse entregue</p><p>pelas mãos dos ímpios, e vós matastes, pregando-O numa cruz”. (Atos 2, 22-23)</p><p>➔Neste ponto manifestamos nossa crença em Jesus Cristo como a Segunda Pessoa da Trindade, que</p><p>inicialmente era o Verbo de Deus, o “Agir” de Deus, através do qual foi criado tudo o que a Divina</p><p>Vontade desejou.</p><p>➔ Junto a isto, declaramos crer que este mesmo Verbo de Deus foi quem se encarnou, unindo-se à natureza</p><p>humana. Da mesma forma, ao verdadeiramente morrer, Cristo demonstra sua natureza humana.</p><p>➔A morte de Jesus pertence ao mistério de Deus que “amou tanto o mundo, dando seu Filho único”, para</p><p>que o mundo se salve. Salvação, a partir da Morte e Ressurreição de Jesus. Ele caminhou livremente para a</p><p>sua morte, ao mesmo tempo que anuncia o Reino de Deus.</p><p>➔A Nova Aliança: No domingo de Ramos, Jesus chega em Jerusalém para celebrar a Páscoa. Entra montado</p><p>em um jumento, como Rei da Paz. As pessoas o aclamam como “Filho de Davi” (Messias). Judas o entrega</p><p>às autoridades. Na Quinta Santa, Ele celebra o Banquete Pascal com seus apóstolos. Faz desta refeição, o</p><p>memorial de sua oferta ao Pai em favor da humanidade (Eucaristia). Dá um sentido novo à Páscoa: Ele</p><p>mesmo se oferece pela salvação do mundo, livremente. Jesus é preso no Jardim do Getsêmani, após a</p><p>celebração Pascal e na sexta, é crucificado ao lado de dois ladrões. Às 15h, dá um grande grito e entrega o</p><p>Espírito.</p><p>➔Na cruz, Cristo tomou sobre Si todo o peso do mal e tirou “o pecado do mundo” (Jo 1, 29), do qual a</p><p>doença não é mais que uma consequência. Pela sua paixão e morte na cruz, Cristo deu novo sentido ao</p><p>sofrimento: desde então este pode configurar-nos com Ele e unir-nos à sua paixão redentora. Todo o</p><p>processo doloroso da Paixão de Cristo representado na via sacra nos revela o sofrimento não merecido de</p><p>Jesus a fim de nos salvar: recebeu uma coroa de espinhos, carregou a cruz pesada até o calvário após ser</p><p>chicoteado, foi pregado na cruz com os braços estendidos, vê sua mãe sofrendo e nos dá ela como mãe de</p><p>toda a humanidade (Jo 19, 25-27), e por fim ainda diz palavras de perdão (Lu 23,34).</p><p>➔ Pedro nos reforça esse caráter salvador do sofrimento em seus escritos: "Carregou os nossos pecados em</p><p>seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por</p><p>suas chagas fomos curados" (1Pd 2,24). Jesus cumpre a profecia do Antigo Testamento, como podemos</p><p>ver em Isaías 53, 1-12 (Ler).</p><p>➔ Foi Sepultado: Pilatos concede autorização à José de Arimatéia (discípulo de Jesus às escondidas) de tirar</p><p>Jesus da cruz e sepultá-lo</p><p>Desceu à mansão dos mortos; ressuscitou ao terceiro dia</p><p>“O Cristo morto, em sua alma unida à sua pessoa divina, desceu à morada dos mortos. Abriu as portas do Céu aos</p><p>justos que o haviam precedido”. (CIC 637).</p><p>➔ Jesus, sendo Filho de Deus e Deus feito homem, ao morrer na Cruz Ele nos abre as portas do céu,</p><p>separando os justos dos injustos no mundo espiritual, o que até então não tinha acontecido (obs.: mansão</p><p>dos mortos). Nos dá a chance de, mesmo pecando, nos redimir de nossos pecados e irmos viver com Ele</p><p>no Paraíso, como bem representado em: "Um dos malfeitores, ali crucificados, blasfemava contra ele: “Se</p><p>és o Cristo, salva-te a ti mesmo e salva-nos a nós!”. Mas o outro o repreendeu: “Nem sequer temes a Deus,</p><p>tu que sofres no mesmo suplício? Para nós isto é justo: recebemos o que mereceram os nossos crimes, mas</p><p>este não fez mal algum.” E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando tiveres entrado no teu Reino!”.</p><p>Jesus respondeu-lhe: “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no paraíso" ”(Lc 23, 39-43).</p><p>➔ Existe um duplo aspecto no mistério pascal: pela sua morte, Cristo liberta-nos do pecado; pela sua</p><p>ressurreição, abre-nos o acesso a uma nova vida.</p><p>➔Antes de ressuscitar, Jesus esteve na “morada dos mortos”. Justamente por não existir a possibilidade de</p><p>Salvação antes da vinda de Cristo, todos os espíritos, bons ou maus, iam para a mansão dos mortos e lá</p><p>estavam privados da visão de Deus. Jesus então vai para lá proclamando a salvação das almas dos justos</p><p>que o precederam e estavam ali aprisionados, enquanto os condenados permaneceram no inferno</p><p>privados da visão de Deus.</p><p>➔ Jesus está Vivo: No primeiro dia depois do Sábado, algumas mulheres vão ao túmulo e o encontram</p><p>vazio. Jesus, que estava morto, venceu a morte e ressuscitou como tinha anunciado. Apareceu Vivo e</p><p>Ressuscitado a Pedro, aos doze, aos quinhentos, a Tiago e a todos.</p><p>➔Ao ressuscitar, Jesus nos abre as portas de uma nova vida, que consiste na vitória sobre a morte do pecado</p><p>e na nova participação na graça dos céus.</p><p>Jesus Ressuscitado estabeleceu com os seus discípulos relações diretas, através do contacto físico e da participação na refeição.</p><p>Desse modo, convida-os a reconhecer que não é um espírito, e sobretudo a verificar que o corpo ressuscitado, com o qual se lhes</p><p>apresenta, é o mesmo que foi torturado e crucificado, pois traz ainda os vestígios da paixão. No entanto, este corpo autêntico e</p><p>real possui, ao mesmo tempo, as propriedades novas dum corpo glorioso: não está situado no espaço e no tempo, mas pode,</p><p>livremente, tornar-se presente onde e quando quer, porque a sua humanidade já não pode ser retida sobre a terra e já pertence</p><p>exclusivamente ao domínio divino do Pai. Também por este motivo, Jesus Ressuscitado é soberanamente livre de aparecer como</p><p>quer: sob a aparência dum jardineiro ou “com um aspecto diferente” (Mc 16, 12) daquele que era familiar aos discípulos; e isso,</p><p>precisamente, para lhes despertar a fé (571). (CIC 645).</p><p>2</p>