Prévia do material em texto
<p>Professor Wagner Damazio</p><p>1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo (Resolvidas e Comentadas)</p><p>1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>854</p><p>1436</p><p>concessionária, tendo um de seus veículos, durante a prestação do serviço de transporte,</p><p>colidido com automóvel particular, provocando danos materiais e o falecimento de um dos</p><p>ocupantes do carro. De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal,</p><p>a) a concessionária de rodovia estadual será objetivamente responsabilizada pelos danos</p><p>provocados em razão do acidente, em decorrência da aplicação da teoria da faute du service.</p><p>b) o Estado titular dos serviços públicos de transporte coletivo de passageiros e da rodovia em</p><p>que ocorrido o acidente será objetivamente responsável pelos danos causados, ainda que se</p><p>comprove culpa concorrente da vítima que conduzia o automóvel particular.</p><p>c) a permissionária do serviço público de transporte coletivo de passageiros poderá ser</p><p>responsabilizada pelos danos provocados em razão do acidente, desde que comprovada</p><p>ocorrência de dolo ou culpa do motorista do veículo coletivo, porque as vítimas não são</p><p>usuárias do serviço público por ela prestado.</p><p>d) a concessionária de rodovia estadual será objetivamente responsabilizada pelos danos</p><p>provocados pelo acidente, em decorrência da aplicação da teoria do risco administrativo.</p><p>e) a permissionária do serviço público de transporte coletivo de passageiros poderá ser</p><p>objetivamente responsabilizada pelos danos provocados em razão do acidente, ainda que as</p><p>vítimas não sejam usuárias do serviço por ela prestado.</p><p>Comentários</p><p>a) incorreto. Segundo a doutrina majoritária, para que ocorra a responsabilidade civil é necessário o</p><p>cumprimento de três requisitos: ocorrência do dano, conduta de agente público ou daquele que se</p><p>aproveite da qualidade de agente público e nexo de causalidade.</p><p>No caso em análise, a concessionária de serviços públicos não teve nenhuma interferência na</p><p>ocorrência do dano.</p><p>b) incorreto. O Estado realizou a delegação dos serviços públicos para a referida empresa de</p><p>transporte coletivo de passageiros e para a concessionária de rodovia estadual. Dessa forma, estas</p><p>respondem objetivamente pelos atos praticados por seus agentes, como prevê o art. 37, §6º da</p><p>CF/88, in verbis:</p><p>Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,</p><p>do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,</p><p>moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 19, de 1998)</p><p>(...)</p><p>§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos</p><p>responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o</p><p>direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. (grifos não constantes do</p><p>original)</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Emendas/Emc/emc19.htm#art3</p>