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<p>Professor Wagner Damazio</p><p>1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo (Resolvidas e Comentadas)</p><p>1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>1255</p><p>1436</p><p>Há de se atentar, no entanto, que o titular de uso privativo pode propor ação possessória contra</p><p>terceiros; não cabe contra a Administração quando esta usa legitimamente seu poder de extinguir</p><p>o uso privativo por razões de interesse público. (grifos não constantes do original)</p><p>c) Incorreta. A autorização de uso admite a estipulação de prazo, nos termos dos ensinamentos</p><p>Maria Sylvia de Pietro (p.868, 2018),</p><p>A autorização pode ser simples (sem prazo) e qualificada (com prazo).</p><p>O legislador brasileiro tem previsto a possibilidade de fixação de prazo, como ocorre com a</p><p>derivação de águas, no interesse do particular, com fundamento no artigo 43 do Código de Águas,</p><p>devendo a autorização ser dada por tempo não inferior a 30 anos.</p><p>No Município de São Paulo, a Lei Orgânica de 4-4-1990, no artigo 114, § 5º, apesar de imprimir</p><p>natureza transitória à autorização, permite a fixação de prazo, até o máximo de 90 dias.</p><p>A fixação de prazo tira à autorização o caráter de precariedade, conferindo ao uso privativo certo</p><p>grau de estabilidade; vincula a Administração à obediência do prazo e cria, para o particular, direito</p><p>público subjetivo ao exercício da utilização até o termo final previamente fixado; em conseqüência,</p><p>se razões de interesse público obrigarem à revogação extemporânea, ficará o poder público na</p><p>contingência de ter de pagar indenização ao particular, para compensar o sacrifício de seu direito.</p><p>Manifesta é a inconveniência de estipulação de prazo nas autorizações. (grifos não constantes do</p><p>original)</p><p>d) Incorreta. Não é para fins comerciais e sim para fins de moradia, nos termos do seu art. 1º, in</p><p>verbis:</p><p>Art. 1o Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco anos,</p><p>ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de imóvel público</p><p>situado em área com características e finalidade urbanas, e que o utilize para sua moradia ou</p><p>de sua família, tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação ao bem</p><p>objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro</p><p>imóvel urbano ou rural. (Redação dada pela lei nº 13.465, de 2017) (grifos não constantes do</p><p>original)</p><p>e) Incorreto. Em algumas hipóteses, a licitação para a permissão de uso é obrigatória.</p><p>Para Maria Sylvia de Pietro (p. 870, 2018):</p><p>Quanto à licitação, não é, em regra, necessária, a não ser que leis específicas sobre determinadas</p><p>matérias o exijam, como ocorre no caso da permissão para instalação de bancas nas feiras livres.</p><p>É verdade que a Lei nº 8.666, no artigo 2º, inclui a permissão entre os ajustes que, quando</p><p>contratados com terceiros, serão necessariamente precedidos de licitação. Tem-se, no entanto, que</p><p>entender a norma em seus devidos termos. Em primeiro lugar, deve-se atentar para o fato de que</p><p>a Constituição Federal, no artigo 175, parágrafo único, I, refere-se a permissão de serviço público</p><p>como contrato; talvez por isso se justifique a norma do artigo 2º da Lei nº 8.666. Em segundo</p><p>lugar, deve-se considerar também que este dispositivo, ao mencionar os vários tipos de ajustes em</p><p>que a licitação é obrigatória, acrescenta a expressão “quando contratados com terceiros”, o que</p><p>faz supor a existência de um contrato. Além disso, a permissão de uso, embora seja ato unilateral,</p><p>portanto excluído da abrangência do artigo 2º, às vezes assume a forma contratual, com</p><p>características iguais ou semelhantes à concessão de uso; é o que ocorre na permissão qualificada,</p><p>com prazo estabelecido. Neste caso, a licitação torna-se obrigatória. A Lei nº 8.666 parece ter em</p><p>vista precisamente essa situação quando, no artigo 2º, parágrafo único, define o contrato como</p><p>http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art77</p>