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<p>Direito e Legislação</p><p>Nova Lei de Licitações:</p><p>Planejamento e</p><p>Governança</p><p>Enap, 2022</p><p>Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Diretoria de Desenvolvimento Profissional</p><p>SAIS - Área 2-A - 70610-900 — Brasília, DF</p><p>Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Diretoria de Desenvolvimento Profissional</p><p>Conteudista/s</p><p>Paulo Bernardes Honório de Mendonça (Conteudista)</p><p>Curso desenvolvido no âmbito da Diretoria de Desenvolvimento Profissional – DDPRO</p><p>Sumário</p><p>Módulo 1 - Lei Federal nº 14.133: contextualizando as mudanças trazidas pela</p><p>nova Lei</p><p>Unidade 1 – Principais informações da nova Lei de Licitações e Contratos .5</p><p>Unidade 2 – Aperfeiçoamentos trazidos pela nova lei ....................................8</p><p>Módulo 2. Introdução ao planejamento e governança das contratações</p><p>Unidade 1 – Importância do planejamento para a contratação pública ....11</p><p>Unidade 2 – Visão geral do planejamento das contratações ........................14</p><p>Unidade 3 – Responsáveis pelo planejamento da contratação ...................16</p><p>Unidade 4 – Contexto geral da Governança Pública no País ........................19</p><p>Módulo 3. Processo de elaboração de Estudos Técnicos Preliminares - ETPs</p><p>Unidade 1 – Estudo Técnico Preliminar - ETP .................................................22</p><p>Unidade 2 – Os estudos e a metodologia de cálculo utilizados para definir a</p><p>quantidade e a qualidade da aquisição ..........................................................26</p><p>Unidade 3 – Estudo de caso com serviço e aquisição ....................................30</p><p>Módulo 4. Processo de elaboração de Termos de Referência - TRs</p><p>Unidade 1 – Diferença básica entre Projeto Básico e Termo de Referência: o</p><p>‘DNA’ da contratação .........................................................................................32</p><p>Unidade 2 – Estruturação do Termo de Referência: descrição do objeto ...36</p><p>Unidade 3 – Exigência de qualificação técnica e Exigência de Amostra ou de</p><p>Prova de Conceito e vistoria técnica ................................................................43</p><p>Unidade 4 – Estudo de caso com serviço e aquisição ....................................53</p><p>4Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 5</p><p>Módulo</p><p>Lei Federal nº 14.133: contextualizando</p><p>as mudanças trazidas pela nova lei1</p><p>Unidade 1 – Principais informações da nova Lei de Licitações</p><p>e Contratos</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de identificar os objetivos e reconhecer</p><p>a vigência, a aplicabilidade e o período de transição da nova Lei de Licitações e</p><p>Contratos, bem como as principais inovações trazidas ao ordenamento jurídico</p><p>vigente.</p><p>1. Objetivos (o que a lei estabelece)</p><p>A Nova Lei de Licitações e Contratos (NLLC) é um novo sistema de contratações</p><p>públicas cuja operacionalização demandará o amadurecimento institucional da</p><p>Administração Pública.</p><p>Trata-se de uma elevada curva de aprendizado a ser percorrida, exigindo, entre</p><p>outros meios, iniciativas voltadas à capacitação e ao aperfeiçoamento dos servidores</p><p>quanto à condução dos procedimentos licitatórios e a correta fiscalização e gestão</p><p>contratual. Por isso, houve efetiva preocupação do legislador com a formação dos</p><p>agentes públicos que desempenharão funções essenciais na NLLC.</p><p>Os objetivos da nova lei ficam claros desde a sua concepção. Uma leitura atenta</p><p>dos primeiros artigos nos mostra de maneira clara os objetivos da nova lei. Vamos</p><p>começar.</p><p>inserir link de vídeo inserir link de vídeo inserir link de vídeo</p><p>inserir link de vídeo</p><p>6Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>2. Vigência (prazo de vigência e revogação dos prazos anteriores)</p><p>A Nova Lei de Licitações e Contratos trouxe o prazo de vigência necessário para sua</p><p>entrada em vigor. Para tanto, algumas regulamentações e providências específicas</p><p>precisavam ser tomadas.</p><p>Após um longo período de tramitação no Congresso Nacional, a NLLC, estabelece</p><p>normas gerais de licitação e contratação para as Administrações Públicas diretas,</p><p>autárquicas e fundacionais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios</p><p>pretendendo substituir, por meio de um único diploma, a Lei Geral de Licitações e</p><p>Contratos (Lei nº 8.666/1993), a Lei do Pregão (Lei nº 10.520/2002) e a Lei do Regime</p><p>Diferenciado de Contratações Públicas (artigos 1º a 47 da Lei nº 12.462/2011).</p><p>O intento de unificar e consolidar em uma só peça as principais normas da legislação</p><p>brasileira de compras públicas resta claro no exame do rol das modalidades de</p><p>licitação segundo a NLLC.</p><p>A Nova Lei de Licitações revoga a Lei n. 8.666/93, a Lei n. 10.520/2002</p><p>e Lei n. 12.462/2011, após o decurso de 02 anos (Art. 193). Entrou</p><p>em vigor na data da publicação (Art. 194), ou seja, em 01/04/2021.</p><p>Até o decurso de prazo de dois anos, foi estabelecido um período de transição, onde</p><p>o Poder Público poderá optar por seguir a Lei n. 8.666/93, a Lei n. 10.520/2002 e Lei</p><p>n. 12.462/2011 OU A NOVA LEI DE LICITAÇÕES, SENDO VEDADA A UTILIZAÇÃO DE</p><p>UM REGIME MISTO (Art. 191).</p><p>A própria Nova Lei de Licitações afasta qualquer possibilidade de sua aplicação</p><p>subsidiária, no que diz respeito aos certames e contratos firmados pelas Estatais,</p><p>trazendo expressa previsão no art. 1º , parágrafo primeiro, de que somente se</p><p>aplicam as disposições referentes aos crimes previstos no art. 178.</p><p>Isso também acontecia com a Lei nº 8.666/93, muito embora o TCU insistisse na</p><p>fundamentação dos seus julgados na antiga lei de Licitações para os casos referentes</p><p>às estatais.</p><p>Quanto ao uso por estados e municípios a permissividade diverge: muitos entes</p><p>autorizaram o uso e muitos vetaram o uso. Exemplo de entes favoráveis ao uso:</p><p>Acre, Município de Salvador, Paraíba, São Paulo, Distrito Federal, etc. Exemplo de</p><p>entes contrários ao uso: Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco,</p><p>Paraná, Espírito Santo.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 7</p><p>Referências</p><p>A APLICABILIDADE da Lei de Licitações e Contratos. Tocantins, 16 SET 2021. Disponível</p><p>em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/228101. Acesso em: 05 out 2021.</p><p>BRASIL. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos</p><p>Administrativos. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, Seção 1,</p><p>01 abr. 2021, p. 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-</p><p>2022/2021/lei/L14133.htm. Acesso em: 05 out 2021.</p><p>BRASIL. Advocacia - Geral da União PARECER n. 00002/2021/CNMLC/CGU/AGU -</p><p>CAMARA NACIONAL DE MODELOS DE LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS</p><p>- CNMLC/DECOR/CGU. Brasília, 14djun 2021. Disponível em: https://www.conjur.</p><p>com.br/dl/parecer-agu-aplicabilidade-lei-1413321.pdf. Acesso em: 05 out 2021.</p><p>Entenda a Nova Lei de Licitações (Lei nº 14.133/2021): quando passam a valer as</p><p>novas regras?. SCHIEFLER ADVOCACIA. São Paulo, 18 maio de 2021. Disponível</p><p>em: https://schiefler.adv.br/entenda-a-nova-lei-de-licitacoes-lei-no-14-133-2021-</p><p>quando-passam-a-valer-as-novas-regras/. Acesso em: 05 out 2021.</p><p>Gustavo Schiefler assina artigo em nova coluna do CONJUR: É recomendável aplicar</p><p>a nova Lei de Licitações na pendência do PNPC?. SCHIEFLER ADVOCACIA. São Paulo,</p><p>18 maio de 2021. Disponível em: https://schiefler.adv.br/gustavo-schiefler-assina-</p><p>artigo-em-nova-coluna-do-conjur-e-recomendavel-aplicar-a-nova-lei-de-licitacoes-</p><p>na-pendencia-do-pnpc/. Acesso em: 05 out 2021.</p><p>SABER Direito. Direito Administrativo: Nova Lei de Licitações e Contrato. Tv</p><p>Justiça. 2021. (56m51s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v</p><p>=CGMzQXhdSMk&list=PLVwNANcUXyA8UCF5BWI3lwIHnuO8pII8W&index=6.</p><p>Acesso em 05 out.2021.</p><p>8Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Unidade 2 – Aperfeiçoamentos trazidos pela nova lei</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de Reconhecer as principais alterações</p><p>trazidas pela Nova Lei de Licitações e Contratos</p><p>2.1 O que permanece com a nova Lei de Licitações</p><p>Nas licitações e contratações que envolvam recursos provenientes de empréstimo</p><p>atestados de responsabilidade técnica de profissionais</p><p>que, na forma de regulamento, tenham dado causa à aplicação das sanções</p><p>previstas nos incisos III e IV do caput do art. 156 desta Lei em decorrência de</p><p>orientação proposta, de prescrição técnica ou de qualquer ato profissional de</p><p>sua responsabilidade.</p><p>Nos artigos 17 e 41 sobre amostras e provas de conceito:</p><p>Art. 17. O processo de licitação observará as seguintes fases, em sequência:</p><p>I - preparatória;</p><p>II - de divulgação do edital de licitação;</p><p>III - de apresentação de propostas e lances, quando for o caso;</p><p>IV - de julgamento;</p><p>V - de habilitação;</p><p>VI - recursal;</p><p>VII - de homologação.</p><p>§ 1º A fase referida no inciso V do caput deste artigo poderá, mediante</p><p>ato motivado com explicitação dos benefícios decorrentes, anteceder as fases</p><p>referidas nos incisos III e IV do caput deste artigo, desde que expressamente</p><p>previsto no edital de licitação.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 47</p><p>§ 2º As licitações serão realizadas preferencialmente sob a forma</p><p>eletrônica, admitida a utilização da forma presencial, desde que motivada,</p><p>devendo a sessão pública ser registrada em ata e gravada em áudio e vídeo.</p><p>§ 3º Desde que previsto no edital, na fase a que se refere o inciso IV do</p><p>caput deste artigo, o órgão ou entidade licitante poderá, em relação ao licitante</p><p>provisoriamente vencedor, realizar análise e avaliação da conformidade da</p><p>proposta, mediante homologação de amostras, exame de conformidade e</p><p>prova de conceito, entre outros testes de interesse da Administração, de modo</p><p>a comprovar sua aderência às especificações definidas no termo de referência</p><p>ou no projeto básico.</p><p>Art. 41. No caso de licitação que envolva o fornecimento de bens, a</p><p>Administração poderá excepcionalmente:</p><p>I - indicar uma ou mais marcas ou modelos, desde que formalmente</p><p>justificado, nas seguintes hipóteses:</p><p>a) em decorrência da necessidade de padronização do objeto;</p><p>b) em decorrência da necessidade de manter a compatibilidade com</p><p>plataformas e padrões já adotados pela Administração;</p><p>c) quando determinada marca ou modelo comercializados por mais</p><p>de um fornecedor forem os únicos capazes de atender às necessidades do</p><p>contratante;</p><p>d) quando a descrição do objeto a ser licitado puder ser mais bem</p><p>compreendida pela identificação de determinada marca ou determinado</p><p>modelo aptos a servir apenas como referência;</p><p>II - exigir amostra ou prova de conceito do bem no procedimento de</p><p>pré-qualificação permanente, na fase de julgamento das propostas ou de</p><p>lances, ou no período de vigência do contrato ou da ata de registro de preços,</p><p>desde que previsto no edital da licitação e justificada a necessidade de sua</p><p>apresentação;</p><p>A exigência de vistoria prévia no art. 63:</p><p>Art. 63. Na fase de habilitação das licitações serão observadas as seguintes</p><p>disposições:</p><p>I - poderá ser exigida dos licitantes a declaração de que atendem aos</p><p>requisitos de habilitação, e o declarante responderá pela veracidade das</p><p>informações prestadas, na forma da lei;</p><p>II - será exigida a apresentação dos documentos de habilitação apenas</p><p>pelo licitante vencedor, exceto quando a fase de habilitação anteceder a de</p><p>julgamento;</p><p>48Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>III - serão exigidos os documentos relativos à regularidade fiscal, em</p><p>qualquer caso, somente em momento posterior ao julgamento das propostas,</p><p>e apenas do licitante mais bem classificado;</p><p>IV - será exigida do licitante declaração de que cumpre as exigências de</p><p>reserva de cargos para pessoa com deficiência e para reabilitado da Previdência</p><p>Social, previstas em lei e em outras normas específicas.</p><p>§ 1º Constará do edital de licitação cláusula que exija dos licitantes, sob</p><p>pena de desclassificação, declaração de que suas propostas econômicas</p><p>compreendem a integralidade dos custos para atendimento dos direitos</p><p>trabalhistas assegurados na Constituição Federal, nas leis trabalhistas, nas</p><p>normas infralegais, nas convenções coletivas de trabalho e nos termos de</p><p>ajustamento de conduta vigentes na data de entrega das propostas.</p><p>§ 2º Quando a avaliação prévia do local de execução for imprescindível</p><p>para o conhecimento pleno das condições e peculiaridades do objeto a ser</p><p>contratado, o edital de licitação poderá prever, sob pena de inabilitação,</p><p>a necessidade de o licitante atestar que conhece o local e as condições de</p><p>realização da obra ou serviço, assegurado a ele o direito de realização de</p><p>vistoria prévia.</p><p>§ 3º Para os fins previstos no § 2º deste artigo, o edital de licitação sempre</p><p>deverá prever a possibilidade de substituição da vistoria por declaração formal</p><p>assinada pelo responsável técnico do licitante acerca do conhecimento pleno</p><p>das condições e peculiaridades da contratação.</p><p>§ 4º Para os fins previstos no § 2º deste artigo, se os licitantes optarem por</p><p>realizar vistoria prévia, a Administração deverá disponibilizar data e horário</p><p>diferentes para os eventuais interessados.</p><p>A exigência do comparecimento” no local, ao invés da declaração, é medida</p><p>excepcional, a ser estabelecida somente se imprescindível, e não for possível</p><p>substituí-la pela divulgação de fotos, plantas etc,, presumivelmente para o fim de</p><p>verificação e ajuste das providencias e prazos necessárias ao início do contrato.</p><p>Por fim, não se deve confundir essa exigência excepcional, de comparecimento</p><p>do “licitante” para a contratação, com a exigência de vistoria para a própria</p><p>licitação. Trata-se de medida ainda mais excepcional, posto que mais restritiva à</p><p>competitividade, e só deve ser adotada com justificativa técnica rigorosa.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 49</p><p>A exigência de vistoria obrigatória representa um ônus desnecessário para os</p><p>licitantes, configurando restrição à competitividade do certame. Para evitar tal</p><p>quadro, o TCU recomenda que se exija não a visita, mas sim a declaração do licitante</p><p>de que está ciente das condições de execução dos serviços, nos termos do art. 30,</p><p>III, da Lei n° 8.666/93 (por exemplo, Acórdãos n° 2.150/2008, n° 1.599/2010, n°</p><p>2.266/2011, n° 2.776/2011 e n° 110/2012, todos do Plenário).</p><p>Esse quadro tornou-se mais crítico com o Acórdão 170/2018 – Plenário (Informativo</p><p>339), que chega a considerar a vistoria como um Direito do Licitante, e não uma</p><p>obrigação imposta pela Administração. O objetivo é evitar que exigências de vistoria</p><p>sem o embasamento técnico adequado sejam motivo de frustração do certame.</p><p>A previsão de vistoria traz um risco considerável para a licitação, mesmo que exista</p><p>justificativa técnica, com motivação mencionada de forma resumida no edital. Por</p><p>essa razão, a divulgação de ‘fotografias, plantas, desenhos técnicos e congêneres’</p><p>torna-se ainda mais importante, para a correta dimensão do custo da execução e,</p><p>consequentemente, para a maior isonomia entre os licitantes</p><p>Por fim, como já ressaltado, não se deve confundir essa previsão de vistoria para</p><p>a licitação com a exigência de declaração de pleno conhecimento das condições</p><p>necessárias para a prestação dos serviços.</p><p>Também, nao é possível exigir que a vistoria técnica seja realizada, necessariamente,</p><p>pelo engenheiro responsável pela obra (responsável técnico) ou em data única (TCU,</p><p>Acórdão nº 3.040/2011-Plenário).</p><p>Capacidade técnica. Comprovação de capacitação técnico-operacional mediante: (i)</p><p>certidões/atestados emitidos pelo conselho profissional competente, quando for o</p><p>caso; ou (ii) documentos emitidos na forma do art. 88, §3º, da Lei nº 14.133/2021,</p><p>que trata dos registros mantidos pela Administração acerca do desempenho dos</p><p>seus contratados (art. 67, II, da NLLC).</p><p>Sob a Lei nº 8.666/1993, a comprovação de capacidade técnico-operacional dava-se</p><p>por atestados emitidos pelos próprios tomadores de obras ou serviços anteriormente</p><p>executados pelas licitantes, ao passo que a capacidade técnico-profissional ficava</p><p>restrita ao registro ou inscrição na entidade profissional competente.</p><p>A literalidade da Lei nº 14.133/2021, além de alterar esse quadro,</p><p>tende à revisão</p><p>da atual jurisprudência do TCU (e.g. Acórdão nº 7.620/2016 da Segunda Turma),</p><p>que reputa ilegal a exigência de registro de atestados de capacitação técnico-</p><p>operacional no conselho profissional competente, restringindo-a à capacitação</p><p>técnico-profissional.</p><p>50Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Parcelas elegíveis para exigência de atestados. Restrição da exigência de atestados</p><p>de capacidade técnica às parcelas de maior relevância ou valor significativo do objeto</p><p>licitado, assim consideradas as com valor individual igual ou superior a 4% (quatro</p><p>por cento) do valor estimado da contratação (arts. 18, IX, e 67, §1º, da NLLC).</p><p>A Lei nº 14.133/2021 estabelece um critério para a definição das parcelas que</p><p>autorizam a exigência de atestados de capacitação técnica, suprindo lacuna existente</p><p>na Lei nº. 8.666/1993.</p><p>Difere-se, ainda, do marco legal precedente ao aludir a parcelas de maior relevância</p><p>“ou” valor significativo do objeto licitado e não a parcelas de maior relevância “e”</p><p>valor significativo da contratação (art. 30, §§1º e 2º, da LLC).</p><p>A alteração pode dar base à revisão da atual jurisprudência do TCU (e.g. Acórdão</p><p>nº 2.282/2011 do Plenário) que aponta para a necessidade de os atestados de</p><p>capacitação técnica se referirem a parcelas, simultaneamente, de maior relevância</p><p>e de valor significativo da contratação. Logo, a adoção da expressão “ou” em</p><p>substituição ao termo “e” parece sugerir a possibilidade da exigência de atestados</p><p>de capacitação técnica em relação a parcelas do objeto licitado que, embora não</p><p>atendam ao critério legal do valor individual, sejam de maior relevância para a</p><p>contratação.</p><p>Possibilidade de exigência de atestados de capacitação técnica com quantitativos</p><p>mínimos limitados a 50% (cinquenta por cento) das parcelas do objeto licitado a que</p><p>se referem (art. 67, §2º, da NLLC).</p><p>Suprindo lacuna existente na Lei nº 8.666/1993, a Lei nº 14.133/2021 estabelece um</p><p>critério máximo de quantitativos mínimos exigíveis em atestados de capacitação</p><p>técnica.</p><p>A norma também inova na medida em que equipara capacitação técnico-operacional e</p><p>técnico-profissional, para efeito da exigência de quantitativos mínimos em atestados.</p><p>Possibilidade de ser admitida a substituição dos atestados ou certidões de</p><p>capacitação técnico-operacional e técnico-profissional por provas alternativas, a</p><p>critério da Administração, nos termos de regulamento, exceto na contratação de</p><p>obras e serviços de engenharia (art. 67, §3º, da NLLC).</p><p>Possibilidade de exigência de comprovação de experiência anterior na execução</p><p>de serviços similares ao objeto licitado, em períodos sucessivos ou não, por prazo</p><p>mínimo não superior a 3 (três) anos, em licitações destinadas à contratação de</p><p>serviços contínuos (art. 67, §5º, da NLLC).</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 51</p><p>A Lei nº 14.133/2021 encerra controvérsia existente no âmbito do TCU acerca da</p><p>compatibilidade destas estipulações com a vedação à exigência de comprovação de</p><p>capacitação técnica com limitações de tempo (art. 30, §5º, da LLC e art. 67, §2º, da</p><p>NLLC).</p><p>De todo modo, cabe ressaltar que, mesmo nos julgados em que admitida, o</p><p>entendimento adotado pelo TCU (e.g. Acórdão nº 14.951/2018 da Primeira Câmara)</p><p>foi de que a exigência de comprovação de experiência anterior por prazo mínimo</p><p>deve ser adstrita ao prazo inicial de vigência dos contratos de serviços contínuos a</p><p>que se referem, o que tende a ser mantido, a despeito da previsão legal relativa ao</p><p>limite trienal.</p><p>Disciplina específica da comprovação de capacitação técnica mediante a apresentação</p><p>de atestado ou certidão emitida em favor de consórcio, sem a identificação da</p><p>atividade desempenhada por cada consorciado individualmente (art. 67, §§10 e 11,</p><p>da NLLC);</p><p>Impossibilidade de aceitação de atestados de capacitação técnico-profissional</p><p>emitidos em nome de profissionais que tenham dado causa à aplicação das sanções</p><p>de impedimento ou declaração de inidoneidade para licitar e contratar, conforme o</p><p>disposto em regulamento (art. 67, §12, da NLLC);</p><p>Possibilidade de exigência, como condição de aceitação do pessoal técnico, das</p><p>instalações e do aparelhamento indicados pelas licitantes para a comprovação de</p><p>qualificação técnica, de certificação por organização independente acreditada pelo</p><p>Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (“Inmetro”) (art. 17, §6º, III,</p><p>da NLLC).</p><p>A inovação introduzida pela Lei nº 14.133/2021 tende à revisão do atual entendimento</p><p>do TCU (e.g. Acórdão nº 545/2014 do Plenário).</p><p>Possibilidade de ser admitida a comprovação de capacidade técnica referente a</p><p>aspectos específicos do objeto licitado, no limite de 25% (vinte e cinco por cento)</p><p>do valor estimado da contratação, por meio de atestados relativos a potencial</p><p>subcontratado, o qual poderá ser indicado por mais de uma licitante (art. 67, §9º, da</p><p>NLLC).</p><p>A Lei nº 14.133/2021 positivou o instituto da subcontratação qualificada, que já era</p><p>admitido pelo TCU (e.g. Acórdão nº 2.992/2011 do Plenário) como forma de assegurar</p><p>a competitividade dos certames, nas hipóteses em que, excepcionalmente, faz-se</p><p>necessária a exigência de demonstração de capacidade técnica relativa a tipologias</p><p>específicas de obras ou serviços pertinentes ao objeto licitado.</p><p>52Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Referências</p><p>AMOSTRAS apenas do licitante provisoriamente classificado em primeiro lugar.</p><p>Acórdão 3269/2012- Plenário. Professora Antonieta cursos e capacitações. Disponível</p><p>em: . Acesso em</p><p>05 out.2021.</p><p>JÚNIOR, Antonio Daud; BRAGA, Carlos Renato Araujo. Avaliação de amostras em</p><p>pregão para contratação de objetos de TI. Revista Zênite – Informativo de Licitações</p><p>e Contratos (ILC), Curitiba: Zênite, n. 224, p. 1020-1030, out. 2012. Disponível em:</p><p>. Acesso em</p><p>05 out.2021.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 53</p><p>Unidade 4 – Estudo de caso com serviço e aquisição</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de realizar estudos de caso de</p><p>contratação pública</p><p>Vejamos um caso hipotético:</p><p>Chega na sua área de Licitações um Documento de Formalização da Demanda</p><p>- DFD, para aquisição de serviços de locação de veículos para o Ministro e para o</p><p>Secretário-Executivo. Você terá que elaborar o ETP e o Termo de Referência. Para</p><p>tanto, atentar para: a) Unidade de medida (diária, distância percorrida, unidade -</p><p>km livre, etc); b) Locação com motorista e c) Contratação de serviço de locação +</p><p>Contratação de serviço de Motorista é imprescindível. Para sua melhor visualização,</p><p>trazemos um quadro abaixo que foi obtido no site www.gov.br/compras.</p><p>A partir dessas informações responda:</p><p>1) Quais as modelagens possíveis?</p><p>2) Qual a modelagem mais vantajosa? Justifique.</p><p>Cabe destacar que o órgão não possui motoristas em seu quadro</p><p>e tanto o Ministro como o Secretário-Executivo são legalmente</p><p>autorizados a não utilizar o serviço de transporte comum, como</p><p>o TaxiGov.</p><p>54Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Referências</p><p>MODERNIZAÇÃO do Pregão Eletrônico. Repositório Institucional - UFSC.</p><p>Santa Catarina, 01 OUT. 2021. Disponível em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>AGU delimita requisitos para dispensa de análise jurídica em contratações públicas.</p><p>Repositório Institucional - UFSC. Santa Catarina, 28 set. 2021. Disponível em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>O PROCESSAMENTO da licitação segundo a Lei 14.133/2021. Webinar -</p><p>FGV Conhecimento. Youtube. Disponível em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>ou doação oriundos de agência oficial de cooperação estrangeira ou de organismo</p><p>financeiro de que o Brasil seja parte, podem ser admitidas condições peculiares à</p><p>seleção e à contratação constantes de normas e procedimentos das agências ou dos</p><p>organismos DESDE QUE sejam exigidas para a obtenção do empréstimo ou doação</p><p>e NÃO CONFLITEM com a Constituição Federal (Art. 1º , Parágrafo Terceiro).</p><p>A Nova Lei de Licitação buscou enfatizar a necessidade de atendimento aos Princípios</p><p>do Planejamento, Transparência, Segregação de Funções e disposições da LINDB</p><p>(Art. 5º), o que já era previsto na Jurisprudência dos Tribunais de Contas.</p><p>2.2. Alterações legais e infralegais sobre licitações e contratos</p><p>As principais inovações, dentre muitas, podem ser listadas abaixo:</p><p>Regulamento federal - Estados, Distrito Federal e os Municípios poderão aplicar os</p><p>regulamentos editados pela União para execução da nova lei.</p><p>Diretrizes - Passam a constar, expressamente, no texto legal, as diretrizes da</p><p>segregação de funções e do planejamento.</p><p>Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro - Na aplicação da nova lei deverão</p><p>ser observadas as disposições do Decreto-Lei nº 4.657/1942, alterado pela Lei nº</p><p>13.655/2018.</p><p>Modalidades licitatórias - Pregão; concorrência; concurso; leilão; e diálogo</p><p>competitivo.</p><p>Procedimentos auxiliares - Credenciamento; pré-qualificação; procedimento de</p><p>manifestação de interesse; sistema de registro de preços; e registro cadastral.</p><p>Critérios de julgamento - Menor preço; maior desconto; melhor técnica ou conteúdo</p><p>artístico; técnica e preço; maior lance, no caso de leilão; e maior retorno econômico.</p><p>Modos de disputa - (a) aberto, hipótese em que os licitantes apresentarão suas</p><p>propostas por meio de lances públicos e sucessivos, crescentes ou decrescentes; (b)</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 9</p><p>fechado, hipótese em que as propostas permanecerão em sigilo até a data e hora</p><p>designadas para sua divulgação.</p><p>Grande vulto - Obras, serviços, locações e fornecimentos de grande vulto são</p><p>aqueles cujo valor estimado supere R$ 200.000.000,00 (duzentos milhões de reais).</p><p>Estudo técnico preliminar - Instrumento obrigatório, o qual deverá evidenciar o</p><p>problema a ser resolvido e a sua melhor solução, de modo a permitir a avaliação</p><p>da viabilidade técnica e econômica da contratação, servindo de supedâneo para a</p><p>elaboração do anteprojeto, do projeto básico e do termo de referência.</p><p>Exequibilidade da proposta - No caso de obras e serviços de engenharia, serão</p><p>consideradas inexequíveis as propostas cujos valores forem inferiores a 75% (setenta</p><p>e cinco por cento) do valor orçado pela administração</p><p>Diálogo competitivo - Modalidade de licitação para a contratação de obras,</p><p>serviços e compras em que a administração pública realiza diálogos com licitantes</p><p>previamente selecionados mediante critérios objetivos, com o intuito de desenvolver</p><p>uma ou mais alternativas capazes de atender às suas necessidades, devendo os</p><p>licitantes apresentar proposta final após o encerramento dos diálogos. É restrita a</p><p>contratações em que a Administração vise contratar objeto que envolva as seguintes</p><p>condições: a) inovação tecnológica ou técnica; b) impossibilidade de o órgão ou</p><p>entidade ter sua necessidade satisfeita sem a adaptação de soluções disponíveis</p><p>no mercado; e c) impossibilidade de as especificações técnicas serem definidas com</p><p>precisão suficiente pela administração.</p><p>Agente de contratação, comissão de contratação e pregoeiro - São os</p><p>responsáveis pela condução do procedimento licitatório, definindo, o novo marco</p><p>legal, as situações em que cada um atua; as regras relativas à atuação desses</p><p>agentes serão estabelecidas em regulamento, devendo ser prevista a possibilidade</p><p>de contarem com o apoio dos órgãos de assessoramento jurídico e de controle</p><p>interno para o desempenho das funções essenciais à execução do novo marco legal.</p><p>10Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Referências</p><p>BRASIL. Lei nº 14.133, de 1º de abril de 2021. Lei de Licitações e Contratos</p><p>Administrativos. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, Seção 1,</p><p>01 abr. 2021, p. 1. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-</p><p>2022/2021/lei/L14133.htm. Acesso em: 05 out 2021.</p><p>BRASIL. Ministério da Economia. Webinar - presente e futuro: a nova lei de licitações.</p><p>Youtube. Disponível em: - Nova Lei de Licitações:</p><p>Presente e Futuro. Youtube, 06 abr. 2021.</p><p>BRASIL. Ministério da Economia. Webinar - 2 meses: nova Lei de Licitações. Youtube.</p><p>Disponível em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>SABER Direito. Direito Administrativo: Nova Lei de Licitações e Contrato. Tv</p><p>Justiça. 2021. (56m51s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v</p><p>=CGMzQXhdSMk&list=PLVwNANcUXyA8UCF5BWI3lwIHnuO8pII8W&index=6.</p><p>Acesso em 05 out.2021.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 11</p><p>Módulo</p><p>Introdução ao planejamento e</p><p>governança das contratações2</p><p>Unidade 1 – Importância do planejamento para a</p><p>contratação pública</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de Reconhecer a importância do</p><p>planejamento para a contratação pública e as implicações da Nova Lei de</p><p>Licitações e Contratos no planejamento</p><p>1.1 O planejamento na nova lei</p><p>Muito embora previsto desde o DL 200/67, o planejamento foi, agora de maneira</p><p>explícita, alçado à condição de princípio (art. 5º) na NLLC, evidenciando a relevância</p><p>dada pelo legislador a essa importante ferramenta administrativa nas contratações</p><p>públicas.</p><p>A Nova Lei de Licitação buscou enfatizar a necessidade de atendimento aos Princípios</p><p>do Planejamento, Transparência, Segregação de Funções e disposições da LINDB</p><p>(Art. 5º), o que já era previsto na Jurisprudência dos Tribunais de Contas.</p><p>Compatibilizar as necessidades da Administração com o seu</p><p>planejamento estratégico e orçamentário e buscar o melhor</p><p>modo de atendê-las, levando em consideração todo o ciclo de vida</p><p>do objeto da contratação, inclusive quanto a aspectos ambientais</p><p>e de sustentabilidade, valendo-se, sempre que possível, de</p><p>mecanismos de centralização de contratações e de padronização</p><p>de procedimentos, documentos, bens, serviços e obras.</p><p>A Nova Lei de Licitações apresentou um foco claro na governança e fase preparatória,</p><p>de modo a evitar os problemas decorrentes de contratações mal planejadas ou</p><p>geridas de forma equivocada. A partir de documentos de formalização de demandas,</p><p>os órgãos responsáveis pelo planejamento de cada ente federativo poderão, na</p><p>forma de regulamento, elaborar plano de contratações anual , com o objetivo de</p><p>12Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>racionalizar as contratações dos órgãos e entidades sob sua competência, garantir</p><p>o alinhamento com o seu planejamento estratégico e subsidiar a elaboração das</p><p>respectivas leis orçamentárias.</p><p>O plano deverá ser divulgado e mantido à disposição do público em sítio eletrônico</p><p>oficial e será observado pelo ente federativo na realização de licitações e na execução</p><p>dos contratos (Art. 12).</p><p>Os principais instrumentos de Planejamento são o PAC-Plano Anual de Aquisições,</p><p>o Estudo (técnico) Preliminar e o Termo de Referência.</p><p>A fase preparatória do processo licitatório é aquela caracterizada pelo planejamento</p><p>e deve compatibilizar-se com o plano de contratações (Art. 18).</p><p>Portanto, o estudo técnico preliminar deverá evidenciar o problema a ser resolvido</p><p>e a sua melhor solução, de modo a permitir a avaliação da viabilidade técnica e</p><p>econômica da contratação, e conterá a demonstração da previsão da contratação</p><p>no plano de contratação anual, sempre que elaborado, de modo a indicar o seu</p><p>alinhamento com o planejamento da Administração.</p><p>O art. 11, por sua vez, focou, de igual modo, na gestão, ao estabelecer que a alta</p><p>administração do órgão ou entidade passa a ser responsável pela governança</p><p>das contratações e deve implementar processos e estruturas, inclusive de gestão</p><p>de riscos e controles internos,</p><p>para avaliar, direcionar e monitorar os processos</p><p>licitatórios e os respectivos contratos , com o intuito de promover um ambiente</p><p>íntegro e confiável, assegurar o alinhamento das contratações ao planejamento</p><p>estratégico e às leis orçamentárias e promover eficiência, efetividade e eficácia em</p><p>suas contratações.</p><p>Tal disposição deverá atrair a responsabilização dos gestores públicos por</p><p>contratações que resultem em má utilização de recursos públicos, seja por vícios</p><p>na licitação ou por eventuais falhas que não decorram diretamente da sua conduta.</p><p>Além disso, foi criada a fase do anteprojeto , cujos elementos aparecem detalhados</p><p>no art. 6º , XXIV.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 13</p><p>Referências</p><p>ÀVILA. Humberto. Teoria dos princípios : da definição à aplicação dos princípios</p><p>jurídicos. 19. ed. rev e atual. - São Paulo : Malheiros, 2019. 240 p. ; 21 cm.</p><p>MINISTÉRIO da Economia. Webinar - 2 meses: nova Lei de Licitações. Youtube.</p><p>Disponível em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>SABER Direito. Direito Administrativo: Nova Lei de Licitações e Contrato. Tv</p><p>Justiça. 2021. (56m51s). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v</p><p>=CGMzQXhdSMk&list=PLVwNANcUXyA8UCF5BWI3lwIHnuO8pII8W&index=6.</p><p>Acesso em 05 out.2021.</p><p>14Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Unidade 2 – Visão geral do planejamento das contratações</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de Descrever o processo licitatório e as</p><p>fases do planejamento</p><p>2.1. Visão geral do processo licitatório</p><p>No processo licitatório as etapas são organizadas conforme a concretização do</p><p>Planejado. Neste sentido há a formalização da demanda, a elaboração dos Estudos</p><p>Preliminares - ETP, formação do Projeto Básico ou Termo de Referência, elaboração</p><p>das Minutas de Edital e do termo contratual, gerenciamento de riscos, autorização</p><p>conforme a instância de governança, emissão de pareceres e publicação do edital.</p><p>O ETP é tido pela nova lei como documento estrutural do</p><p>planejamento da contratação. É por seu intermédio que se</p><p>definirá como melhor atender a necessidade apontada pela</p><p>Administração, analisando e comparando as soluções passíveis</p><p>de serem implementadas, podendo, inclusive, concluir ao final</p><p>dos estudos que a contratação é inviável.</p><p>A elaboração do ETP é, em regra, obrigatória, admitindo-se, mediante justificativa,</p><p>a elaboração de estudo simplificado com, apenas, os elementos referidos nos</p><p>incisos I, IV, VI, VIII e XIII do § 1º do artigo 18, sendo sua elaboração facultativa nas</p><p>contratações diretas. Tal conclusão é extraída da leitura conjugada dos artigos 6º,</p><p>XX, 18, § 2º, e 72, inciso I, da NLLC.</p><p>A Administração poderá convocar, com antecedência mínima de 8 (oito) dias úteis,</p><p>audiência pública, presencial ou a distância, na forma eletrônica, sobre licitação que</p><p>pretenda realizar, com disponibilização prévia de informações pertinentes, inclusive</p><p>de estudo técnico preliminar e elementos do edital de licitação , e com possibilidade</p><p>de manifestação de todos os interessados.</p><p>A Administração também poderá submeter a licitação a prévia consulta pública,</p><p>mediante a disponibilização de seus elementos a todos os interessados, que poderão</p><p>formular sugestões no prazo fixado. (Art. 21)</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 15</p><p>Referências</p><p>ASPECTOS relevantes sobre a aplicabilidade do PAC: Nas rotinas administrativas</p><p>dos órgãos públicos. Solicita. Disponível em: . Acesso</p><p>em 05 out. 2021.</p><p>ÀVILA. Humberto. Teoria dos princípios: da definição à aplicação dos princípios</p><p>jurídicos. 19. ed. rev e atual. - São Paulo : Malheiros, 2019. 240 p. ; 21 cm.</p><p>BRITO, Isabella. Governança em contratações públicas: a transformação passa pelos</p><p>meios. Disponível em: . Acesso em dez/2020.</p><p>CHIAVENATO, I.; SAPIRO A. Planejamento estratégico - Fundamentos e Aplicações.</p><p>Rio de Janeiro: Elsevier, 2003.</p><p>FENILI, Renato Ribeiro. Governança em logística pública no enfrentamento à COID-</p><p>19: arcabouço legal em visão sistêmica e aplicada. Belo Horizonte, Fórum, 2020.</p><p>MINISTÉRIO da Economia. Webinar - presente e futuro: a nova lei de licitações.</p><p>Youtube. Disponível em: - Nova Lei de Licitações:</p><p>Presente e Futuro. Youtube, 06 abr. 2021.</p><p>MINISTÉRIO da Economia. Webinar - 2 meses: nova Lei de Licitações. Youtube.</p><p>Disponível em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>16Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Unidade 3 – Responsáveis pelo planejamento da contratação</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de Identificar os responsáveis</p><p>pelo planejamento da contratação e reconhecer a visão do TCU sobre a</p><p>responsabilização dos planejadores.</p><p>3.1. Responsáveis pelo planejamento da contratação</p><p>A NLLC trouxe renovada preocupação com os agentes públicos que atuam no</p><p>processo de contratação pública.</p><p>A Nova Lei de Licitações trouxe uma diferenciação entre agente público e autoridade,</p><p>conceituando o primeiro como ¨indivíduo que, em virtude de eleição, nomeação,</p><p>designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, exerce</p><p>mandato, cargo, emprego ou função em pessoa jurídica integrante da Administração</p><p>Pública¨; e o segundo como o ¨agente público dotado de poder de decisão¨ (Art. 6º)</p><p>Comissão de contratação: conjunto de agentes públicos indicados</p><p>pela Administração, em caráter permanente ou especial, com a</p><p>função de receber, examinar e julgar documentos relativos às</p><p>licitações e aos procedimentos auxiliares;</p><p>Agente de contratação: pessoa designada pela autoridade</p><p>competente, entre servidores efetivos ou empregados públicos</p><p>dos quadros permanentes da Administração Pública, para tomar</p><p>decisões, acompanhar o trâmite da licitação, dar impulso ao</p><p>procedimento licitatório e executar quaisquer outras atividades</p><p>necessárias ao bom andamento do certame até a homologação</p><p>(Art. 6º).</p><p>O art. 7º da NLLC estabelece requisitos básicos para atuação de agentes públicos em</p><p>processos de contratação pública.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 17</p><p>A lei exige que a designação venha a recair preferencialmente sobre servidores</p><p>efetivos ou empregados públicos do quadro permanente (inciso I), que recebam</p><p>prévia capacitação adequada (inciso II) e não tenham vínculos de parentesco ou de</p><p>natureza técnica, comercial, econômica, ou financeira com licitantes ou contratados</p><p>habituais da Administração (inciso III).</p><p>A NLLC exige a designação de servidor efetivo ou empregado público dos quadros</p><p>permanentes da Administração (art. 6º, LX e 8º, NLLC).</p><p>Segundo Marçal Justen Filho, ao exigir a “ausência de precariedade</p><p>na posição” como requisito, a nova lei presume que agentes</p><p>públicos que não gozem de estabilidade ou estejam sujeitos à</p><p>demissibilidade ad nutum podem sofrer pressões mais intensas no</p><p>sentido de condutas irregulares.</p><p>Em regra, cabe ao agente de contratação conduzir o procedimento administrativo,</p><p>tomando decisões de relevo e praticando, com o auxílio da sua equipe de apoio, os</p><p>atos principais do processo de contratação pública.</p><p>Mas a NLLC também prevê a atuação de comissões de contratação, bancas, leiloeiros</p><p>oficiais e pregoeiros, com funções distintas conforme a modalidade de licitação.</p><p>18Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Referências</p><p>ACÓRDÃO 1637/2021 - Plenário. Disponível em: .</p><p>Acesso em dez. 2020.</p><p>LEONEZ, Angelins Souza. Etapas do Plano Anual de Contratações – PAC. Disponível</p><p>em: . Acesso em dez. 2020.</p><p>PLANEJAMENTO da contratação. Ementário Ementário de Gestão Pública nº</p><p>2.343. Disponível em:</p><p>IUpJV3xFzmG0&doing_wp_cron=1633707722.5437290668487548828125>. Acesso</p><p>em dez. 2020.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 19</p><p>Unidade 4 – Contexto geral da Governança Pública no País</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de Conceituar governança pública e</p><p>governança de contratações e Reconhecer a governança (estruturas, tarefas e</p><p>inovações) na Nova Lei de Licitações e Contratos</p><p>4.1 Governança de contratações</p><p>Na NLL, apesar de haver apenas duas menções a “governança”, há previsão</p><p>de diversos mecanismos de liderança, estratégia e controle para avaliação,</p><p>direcionamento e monitoramento dos processos licitatórios.</p><p>A primeira menção consta do parágrafo único do art. 11 e já</p><p>a segunda menção está no inciso I do art. 169, que estabelece</p><p>que a primeira linha de defesa das contratações públicas será</p><p>integrada por servidores e empregados públicos, agentes de</p><p>licitação e autoridades que atuam na estrutura de governança</p><p>do órgão ou entidade.</p><p>Segundo o art. 169 da NLLC, no que concerne ao controle das contratações:</p><p>A primeira linha de defesa: É integrada por servidores e empregados públicos,</p><p>agentes de licitação e autoridades que atuam na estrutura de governança do órgão</p><p>ou entidade.</p><p>A segunda linha de defesa: É composta pelas unidades de assessoramento jurídico</p><p>e de controle interno do próprio órgão ou entidade. Já a terceira linha de defesa é</p><p>formada pelo órgão central de controle interno da Administração e pelo tribunal de</p><p>contas.</p><p>O art. 7º da nova lei impõe à autoridade máxima de cada órgão o dever de observar</p><p>a gestão de competências e observar a aptidão dos servidores antes de designá-los</p><p>para atuação nos processos de contratação. Ou seja, os bons resultados esperados</p><p>passam pela responsabilidade do gestor superior.</p><p>20Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>A aplicação da NLL exigirá a criação e o fortalecimento das estruturas de governança</p><p>em todas as áreas da administração pública. A grande participação foi a do</p><p>planejamento na aplicação da Lei e a obrigatoriedade do PAC para racionalização</p><p>e o alinhamento institucional com o planejamento estratégico e com as leis</p><p>orçamentárias.</p><p>A fase preparatória deverá conter, ainda, a Matriz de Riscos , que poderá constar</p><p>também no edital de modo a estabelecer a alocação de riscos entre o contratante</p><p>e o contratado , hipótese em que o cálculo do valor estimado da contratação</p><p>poderá considerar taxa de risco compatível com o objeto da licitação e com os</p><p>riscos atribuídos ao contratado, de acordo com metodologia predefinida pelo ente</p><p>federativo (Art. 22).</p><p>Quando a contratação se referir a obras e serviços de grande vulto ou forem adotados</p><p>os regimes de contratação integrada e semi-integrada, o edital obrigatoriamente</p><p>contemplará matriz de alocação de riscos entre o contratante e o contratado. (§ 3º)</p><p>Nas contratações integradas ou semi-integradas, os riscos decorrentes de fatos</p><p>supervenientes à contratação associados à escolha da solução de projeto básico</p><p>pelo contratado deverão ser alocados como de sua responsabilidade na matriz de</p><p>riscos. (§ 4º )</p><p>As condições do contrato e da matriz de alocação de riscos serão consideradas</p><p>para fins de equilíbrio econômico-financeiro, renunciando as partes aos pedidos de</p><p>restabelecimento do equilíbrio relacionados aos riscos assumidos.</p><p>Exceções:</p><p>1. às alterações unilaterais determinadas pela Administração, nas hipóteses do</p><p>inciso I do caput do art. 124 da Lei n. 14.333/2021;</p><p>2. ao aumento ou à redução, por legislação superveniente, dos tributos</p><p>diretamente pagos pelo contratado em decorrência do contrato. (Art. 103, § 5º)</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 21</p><p>Referências</p><p>JUSTEN NETO, Marçal. Governança, gestão e planejamento de licitações na Lei</p><p>14.133/2021. Informativo Justen, Pereira, Oliveira e Talamini. Curitiba, n. 171, maio</p><p>de 2021. Disponível em: > www.justen.com.br>. Acesso em 05 out. 2021.</p><p>1º FÓRUM de Governança das Contratações - Dia 2. Repositório Institucional da</p><p>UFSC. Santa Catarina, 28 set. 2021. Disponível em: . Acesso em 05 out.2021.</p><p>CARVALHO, Guilherme. O mito do planejamento exorbitante na Lei nº 14.133/2021.</p><p>Santa Catarina, 01 out. 2021. Disponível em: > https://repositorio.ufsc.br/</p><p>bitstream/handle/123456789/228633/ConJur%20-%20O%20mito%20do%20</p><p>planejamento%20exorbitante%20na%20Lei%20n%c2%ba%2014.133_2021.</p><p>pdf?sequence=1&isAllowed=y>. Acesso em 05 out. 2021.</p><p>LIMA, Jonas. Lei nº 14.133/2021: Licitações, regulação e normas técnicas. Disponível</p><p>em: . Revista Consultor Jurídico. 24 set.2021. Acesso em</p><p>05 out.2021.</p><p>22Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Módulo</p><p>Processo de elaboração de Estudo</p><p>Técnico Preliminar - ETP3</p><p>Unidade 1 – Estudo Técnico Preliminar - ETP</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de conceituar Estudo Técnico</p><p>Preliminar - ETP e enumerar seus objetivos e requisitos mínimos, identificando</p><p>os requisitos para a estruturação do Estudo Técnico Preliminar - ETP</p><p>1.1 Conceito</p><p>O ETP é tido pela nova lei como documento estrutural do planejamento da contratação.</p><p>É por seu intermédio que se definirá como melhor atender a necessidade apontada</p><p>pela Administração, analisando e comparando as soluções passíveis de serem</p><p>implementadas, podendo, inclusive, concluir ao final dos estudos que a contratação</p><p>é inviável.</p><p>A elaboração do ETP é, em regra, obrigatória, admitindo-se, mediante justificativa,</p><p>a elaboração de estudo simplificado com, apenas, os elementos referidos nos</p><p>incisos I, IV, VI, VIII e XIII do § 1º do artigo 18, sendo sua elaboração facultativa nas</p><p>contratações diretas. Tal conclusão é extraída da leitura conjugada dos artigos 6º,</p><p>XX, 18, § 2º, e 72, inciso I, da NLLC.</p><p>O Estudo Técnico Preliminar - ETP é parte fundamental do processo de planejamento</p><p>de qualquer contratação na administração pública federal, tendo em vista a</p><p>necessidade recorrente de demonstração da viabilidade técnica e do adequado</p><p>tratamento do impacto ambiental da proposta de contratação, bem como do</p><p>embasamento para o termo de referência. A fase interna do processo de licitação</p><p>é caracterizada pelo planejamento detalhado, cuja finalidade é evidenciar a</p><p>necessidade da administração pública que será suprida com a contratação de um</p><p>serviço ou compra de material. A ausência de planejamento submete os órgãos,</p><p>instituições e agentes públicos ao risco de cometer atos antieconômicos, ineficientes,</p><p>ineficazes, sem efetividade, ilegais e/ou imorais.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 23</p><p>O planejamento das contratações pela administração pública federal, assim como</p><p>a necessidade de estudo técnico preliminar e a confecção do termo de referência</p><p>têm sua justificativa também nas orientações do Tribunal de Contas da União-TCU</p><p>(acórdão 1.233/2012-Plenário, acórdão 310/2013-TCU-Plenario), além de outros</p><p>normativos e orientações dos órgãos de controle interno das entidades públicas.</p><p>1.2 Requisitos mínimos de um ETP</p><p>Pela IN 40/2020, os itens que devem constar no ETP digital são os seguintes:</p><p>I - descrição da necessidade da contratação, considerado o problema a</p><p>ser resolvido sob a perspectiva do interesse público;</p><p>II - descrição dos requisitos necessários e suficientes à escolha da solução,</p><p>prevendo critérios e práticas de sustentabilidade;</p><p>III - levantamento de mercado, que consiste na prospecção e análise das</p><p>alternativas possíveis de soluções, podendo, entre outras opções:</p><p>a) ser consideradas contratações similares feitas por outros órgãos e</p><p>entidades, com objetivo de identificar a existência de novas metodologias,</p><p>tecnologias ou inovações que melhor atendam às necessidades da</p><p>administração; e</p><p>b) ser realizada consulta, audiência</p><p>pública ou diálogo transparente com</p><p>potenciais contratadas, para coleta de contribuições.</p><p>IV - descrição da solução como um todo, inclusive das exigências</p><p>relacionadas à manutenção e à assistência técnica, quando for o caso,</p><p>acompanhada das justificativas técnica e econômica da escolha do tipo de</p><p>solução;</p><p>V - estimativa das quantidades a serem contratadas, acompanhada das</p><p>memórias de cálculo e dos documentos que lhe dão suporte, considerando a</p><p>interdependência com outras contratações, de modo a possibilitar economia</p><p>de escala;</p><p>VI - estimativa do valor da contratação, acompanhada dos preços unitários</p><p>referenciais, das memórias de cálculo e dos documentos que lhe dão suporte,</p><p>que poderão constar de anexo classificado, se a administração optar por</p><p>preservar o seu sigilo até a conclusão da licitação;</p><p>VII - justificativas para o parcelamento ou não da solução, se aplicável;</p><p>VIII - contratações correlatas e/ou interdependentes;</p><p>IX - demonstração do alinhamento entre a contratação e o planejamento</p><p>do órgão ou entidade, identificando a previsão no Plano Anual de Contratações</p><p>ou, se for o caso, justificando a ausência de previsão;</p><p>24Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>X - resultados pretendidos, em termos de efetividade e de desenvolvimento</p><p>nacional sustentável;</p><p>XI - providências a serem adotadas pela administração previamente à</p><p>celebração do contrato, inclusive quanto à capacitação de servidores ou de</p><p>empregados para fiscalização e gestão contratual ou adequação do ambiente</p><p>da organização;</p><p>XII - possíveis impactos ambientais e respectivas medidas de tratamento; e</p><p>XIII - posicionamento conclusivo sobre a viabilidade e razoabilidade da</p><p>contratação.</p><p>Existem itens obrigatórios e facultativos que fazem parte da</p><p>elaboração do ETP, como mostra na imagem a seguir.</p><p>Necessidade da</p><p>contratação</p><p>Contratações</p><p>correlatas</p><p>e/ou</p><p>interdependentes</p><p>Alinhamento entre</p><p>as contratação e</p><p>o planejamento</p><p>Requisitos da</p><p>contratação</p><p>Justificativas para</p><p>o parcelamento ou</p><p>não da solução</p><p>Resultados</p><p>pretendidos</p><p>Levantamento</p><p>de mercado</p><p>Estimativa do</p><p>valor da</p><p>contratação</p><p>Providencias a</p><p>serem adotadas</p><p>pela administração</p><p>Descrição da</p><p>solução como</p><p>um todo</p><p>Estimativa das</p><p>quantidades</p><p>Impactos</p><p>ambientais e</p><p>medidas de</p><p>tratamento</p><p>Viabilidade e</p><p>razoabilidade da</p><p>contratação</p><p>Elementos obrigatórios Elementos facultativos</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 25</p><p>Referências</p><p>ACÓRDÃO Nº 1233/2012 – TCU – Plenário. Tribunal de Contas da União. Disponível</p><p>em: . Acesso em 05</p><p>out. 2021.</p><p>ACORDÃO 3630/2013 - Plenário. Pesquisa Integrada do TCU. Disponível em: . Acesso</p><p>em 05 out. 2021.</p><p>BRASIL. Ministério da Economia. WEBINAR - Estudo Técnico Preliminar. Youtube.</p><p>Disponível em: . Acesso em 05</p><p>out. 2021.</p><p>26Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Unidade 2 – Os estudos e a metodologia de cálculo utilizados</p><p>para definir a quantidade e a qualidade da aquisição</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de Analisar o objeto e a adequação do</p><p>ambiente à Nova Lei de Licitações e Contratos</p><p>2.1. Descrição detalhada do objeto</p><p>A ampla pesquisa de preços praticados pelo mercado no ramo do objeto da licitação</p><p>que se pretende fazer, com base na IN nº 73/2020 da Secretário de Gestão da</p><p>Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da</p><p>Economia, é um fator importante para o sucesso da pesquisa de preços.</p><p>A Validade das propostas comerciais tem que ser compatível com a duração do</p><p>planejamento dos documentos e dentro dos prazos previsto na legislação vigente.</p><p>O painel de preços é uma ferramenta que disponibiliza de forma</p><p>clara e ampla as informações das compras públicas homologadas</p><p>pelo sistema de compras do governo federal. Seu uso alem</p><p>de ser recomendável é extremamente importante. Assim, o</p><p>procedimento administrativo proposto pela IN nº 73/20 possui</p><p>alinhamento não somente com a Lei nº 8.666/93 mas também</p><p>com a Lei nº 13.303/2016, o que nos autoriza a concluir pela</p><p>possibilidade de sua utilização também pelas empresas estatais</p><p>e pela legitimidade de fruição das suas disciplinas e princípios.</p><p>Então, depreende-se que o alcance da referida norma é não apenas horizontal, mas</p><p>também vertical. Insta dizer que não somente União, Estados e Municípios, mas</p><p>também a Administração Indireta está acampada.</p><p>O grande marco substantivo que a Instrução traz é a sua não aplicabilidade às</p><p>contratações de obras e serviços de engenharia de que trata o Decreto nº 7.983,</p><p>de 8 de abril de 2013, que são serviços que, por sua alta heterogeneidade ou</p><p>complexidade técnica, não podem ser considerados serviços comuns e necessitam</p><p>da participação e do acompanhamento de profissional engenheiro habilitado, nos</p><p>termos do disposto na Lei nº 5.194, de 24 de dezembro de 1966.</p><p>O Superior Tribunal de Justiça – STJ, em seu manual, avalia as diversas funções da</p><p>Pesquisa de Preços, explicitando a necessidade de sua existência e a sua fundamental</p><p>dimensão conquanto determinante para decisões do gestor público:</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 27</p><p>a. informar o preço justo de referência que a Administração está disposta a contratar;</p><p>b. verificar a existência de recursos suficientes para cobrir as despesas decorrentes</p><p>de contratação pública;</p><p>c. definir a modalidade licitatória;</p><p>d. auxiliar a justificativa de preços na contratação direta;</p><p>e. identificar sobrepreços em itens de planilhas de custos;</p><p>f. identificar jogos de planilhas; g. identificar proposta inexequível;</p><p>h. impedir a contratação acima do preço de mercado;</p><p>i. garantir a seleção da proposta mais vantajosa para a Administração;</p><p>j. auxiliar o gestor a identificar a necessidade de negociação com os fornecedores,</p><p>sobre os preços registrados em ata, em virtude da exigência de pesquisa periódica;</p><p>k. servir de parâmetro para eventuais alterações contratuais; e</p><p>l. subsidiar decisão do pregoeiro para desclassificar as propostas apresentadas que</p><p>não estejam em conformidade com os requisitos estabelecidos no edital.</p><p>Com efeito, considerando os itens acima carreados, e os estreitos limites da via,</p><p>não se vê possibilidade de prosseguimento de um processo licitatório que afaste a</p><p>devida pesquisa de preços.</p><p>No tocante à temática, a nova Lei traz no artigo 23 novas tessituras sobre o tema.</p><p>O primeiro ponto importante remonta à necessária compatibilidade de preços entre</p><p>o valor estimado e o valor praticado pelo mercado, desde que levados em conta:</p><p>a) os preços constantes de bancos de dados públicos e as quantidades a serem</p><p>contratadas;</p><p>b) a potencial economia de escala; e,</p><p>c) as peculiaridades do local de execução do objeto.</p><p>Tal orientação, perfilada aos mais recentes entendimentos do TCU, torna a</p><p>possibilidade de vendas para a Administração mais atrativa, com preços praticados</p><p>no mercado.</p><p>Cumpre observar que a intenção do legislador não foi atrair o preço para um patamar</p><p>inexequível para o fornecedor e, consequentemente oneroso para a Administração.</p><p>Sustenta a lei, também, por lado outro, que o valor estimado será definido com base</p><p>no melhor preço. Tal expressão reflete o subjetivismo inerente ao próprio termo.</p><p>Navegação não exauriente nos julgados do TCU leva a concluir</p><p>que o melhor preço nem sempre será o menor. Tal qual seria</p><p>a melhor escolha de viagem. Não causa espanto que o melhor</p><p>destino não seja o mais barato. Os critérios de análise são muitos</p><p>para definir-se qual seria o melhor destino ou a melhor viagem.</p><p>28Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Desde que justificado, o orçamento estimado da contratação poderá ter caráter</p><p>sigiloso , sem prejuízo da divulgação do detalhamento dos quantitativos</p><p>e das</p><p>demais informações necessárias para a elaboração das propostas, e, nesse caso, o</p><p>sigilo não prevalecerá para os órgãos de controle interno e externo. (Art. 24).</p><p>Na hipótese de licitação em que for adotado o critério de julgamento por maior</p><p>desconto, o preço estimado ou o máximo aceitável constará do edital da licitação.</p><p>A questão já tinha previsão na Lei das Estatais, mas ainda gerava uma certa</p><p>divergência na doutrina e jurisprudência pátria, quanto às licitações fundadas na</p><p>Lei n. 8.666/93.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 29</p><p>Referências</p><p>FORTINI, Cristiana; BRAGAGNOLI, Renila. Acordão 1875/21 do TCU e os parâmetros</p><p>para pesquisas de preços na Lei 14.133/21. Consultor Jurídico. 30 set. 2021.</p><p>Disponível em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>SUPERIOR Tribunal de Justiça. Manual de orientação: pesquisa de preços. Disponível</p><p>em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>30Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Unidade 3 – Estudo de caso com serviço e aquisição</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de Analisar estudos de caso com</p><p>serviço de aquisição</p><p>3.1. Análise de estudo de caso</p><p>Vejamos um caso hipotético. DFD -</p><p>•ÓRGÃO ALFA</p><p>Chega na sua área de Licitações um Documento de Formalização da Demanda -</p><p>DFD, para aquisição de 2000 garrafas de álcool 70% marca ABC e 30000 máscaras</p><p>da marca XYZ, decorrentes da pandemia para proteção dos servidores. Valor total</p><p>do grupo: 145.000,00. Conforme mostra o quadro a seguir.</p><p>Item Quantidade marca V. UNIT V. TOTAL</p><p>GRUPO</p><p>1</p><p>ÁLCOOL 20000 ABC 50.000,00 100.000,00</p><p>MÁSCARA 30000 XYZ 15.000,00 45.000,00</p><p>Valor total 145.000,00</p><p>A partir desses dados é possível formar grupos de itens? Justifique sua resposta.</p><p>Dica: Analise a questão da economia do órgão e da possibilidade da aquisição dos</p><p>itens serem atendidos pelo mesmo fornecedor.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 31</p><p>Referências</p><p>MODERNIZAÇÃO do Pregão Eletrônico. Repositório Institucional - UFSC.</p><p>Santa Catarina, 01 OUT. 2021. Disponível em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>AGU delimita requisitos para dispensa de análise jurídica em contratações públicas.</p><p>Repositório Institucional - UFSC. Santa Catarina, 28 set. 2021. Disponível em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>O PROCESSAMENTO da licitação segundo a Lei 14.133/2021. Webinar -</p><p>FGV Conhecimento. Youtube. Disponível em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>32Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Módulo</p><p>Processo de elaboração de TRs4</p><p>Unidade 1 – Diferença básica entre Projeto Básico e Termo</p><p>de Referência: o ‘DNA’ da contratação</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de conceituar Projeto Básico e Termo</p><p>de Referência e identificar seus objetivos e requisitos mínimos</p><p>1.1 Conceito</p><p>A Lei nº 8.666/93 adota a terminologia Projeto Básico. Já toda a legislação do pregão</p><p>fala em Termo de Referência. Observando-se suas definições e conteúdo, conclui-se</p><p>que se trata do mesmo documento.</p><p>O ETP não se confunde com o anteprojeto, termo de referência</p><p>ou projeto básico, sendo, na realidade, o documento que</p><p>sustentará a elaboração desses, caso se conclua pela viabilidade</p><p>da contratação.</p><p>O ETP é o documento que dá suporte à elaboração do anteprojeto, do termo de</p><p>referência e do projeto básico, e é natural que haja sobreposição entre os elementos</p><p>constantes dessas peças, como se verifica facilmente da leitura dos artigos 6º, incisos</p><p>XXIII, XXIV e XXV, e 18, § 1º, da NLLC.</p><p>1.2 Objetivos e Requisitos mínimos</p><p>inserir link do video inserir link do video inserir link do video</p><p>inserir link do video inserir link do video</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 33</p><p>Como exemplo de justaposição, podemos citar a estimativa do valor da contratação,</p><p>que é um dos requisitos mínimos do ETP e, também, do termo de referência e do</p><p>projeto básico. A NLLC não aponta diferenças entre as estimativas do valor da</p><p>contratação que devem compor o ETP, o termo de referência ou o projeto básico.</p><p>Termo de referência na NLLC:</p><p>XXIII - termo de referência: documento necessário para a contratação de bens e</p><p>serviços, que deve conter os seguintes parâmetros e elementos descritivos:</p><p>a) definição do objeto, incluídos sua natureza, os quantitativos, o prazo do contrato</p><p>e, se for o caso, a possibilidade de sua prorrogação;</p><p>b) fundamentação da contratação, que consiste na referência aos estudos técnicos</p><p>preliminares correspondentes ou, quando não for possível divulgar esses estudos,</p><p>no extrato das partes que não contiverem informações sigilosas;</p><p>c) descrição da solução como um todo, considerado todo o ciclo de vida do objeto;</p><p>d) requisitos da contratação;</p><p>e) modelo de execução do objeto, que consiste na definição de como o contrato</p><p>deverá produzir os resultados pretendidos desde o seu início até o seu encerramento;</p><p>f) modelo de gestão do contrato, que descreve como a execução do objeto será</p><p>acompanhada e fiscalizada pelo órgão ou entidade;</p><p>g) critérios de medição e de pagamento;</p><p>h) forma e critérios de seleção do fornecedor;</p><p>i) estimativas do valor da contratação, acompanhadas dos preços unitários</p><p>referenciais, das memórias de cálculo e dos documentos que lhe dão suporte, com</p><p>os parâmetros utilizados para a obtenção dos preços e para os respectivos cálculos,</p><p>que devem constar de documento separado e classificado;</p><p>j) adequação orçamentária;</p><p>Projeto Básico na NLLC:</p><p>XXV - projeto básico: conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de</p><p>precisão adequado para definir e dimensionar a obra ou o serviço, ou o complexo</p><p>de obras ou de serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos</p><p>34Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>estudos técnicos preliminares, que assegure a viabilidade técnica e o adequado</p><p>tratamento do impacto ambiental do empreendimento e que possibilite a avaliação</p><p>do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução, devendo conter</p><p>os seguintes elementos:</p><p>a) levantamentos topográficos e cadastrais, sondagens e ensaios geotécnicos, ensaios</p><p>e análises laboratoriais, estudos socioambientais e demais dados e levantamentos</p><p>necessários para execução da solução escolhida;</p><p>b) soluções técnicas globais e localizadas, suficientemente detalhadas, de forma a</p><p>evitar, por ocasião da elaboração do projeto executivo e da realização das obras e</p><p>montagem, a necessidade de reformulações ou variantes quanto à qualidade, ao</p><p>preço e ao prazo inicialmente definidos;</p><p>c) identificação dos tipos de serviços a executar e dos materiais e equipamentos</p><p>a incorporar à obra, bem como das suas especificações, de modo a assegurar os</p><p>melhores resultados para o empreendimento e a segurança executiva na utilização</p><p>do objeto, para os fins a que se destina, considerados os riscos e os perigos</p><p>identificáveis, sem frustrar o caráter competitivo para a sua execução;</p><p>d) informações que possibilitem o estudo e a definição de métodos construtivos, de</p><p>instalações provisórias e de condições organizacionais para a obra, sem frustrar o</p><p>caráter competitivo para a sua execução;</p><p>e) subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra, compreendidos</p><p>a sua programação, a estratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros</p><p>dados necessários em cada caso;</p><p>f) orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em quantitativos</p><p>de</p><p>serviços e fornecimentos propriamente avaliados, obrigatório exclusivamente para</p><p>os regimes de execução previstos nos incisos I, II, III, IV e VII do caput do art. 46 desta</p><p>Lei;</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 35</p><p>Referências</p><p>NOVA Lei das Licitações Ep 5: Estudo Técnico Preliminar e Termo de Referência.</p><p>TCMSP. Youtube. Disponível em: .</p><p>Acesso em 05 out. 2021.</p><p>NOVA Lei de licitações e contratos administrativos: Lei Nº 14.133/2021. Tribunal de</p><p>Justiça. São Paulo: 2ª edição. Disponível em: . Acesso em 05</p><p>out. 2021-</p><p>O PROCESSAMENTO da licitação segundo a Lei 14.133/2021. Webinar -</p><p>FGV Conhecimento. Youtube. Disponível em: . Acesso em 05 out. 2021.</p><p>UTILIZAÇÃO do nome “Termo de Referência" ou “Projeto Básico. Acórdão 5865/2010</p><p>– Primeira Câmara. Professora Antonieta cursos e capacitações. Disponível em:</p><p>. Acesso em 05 out. 2021.</p><p>36Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Unidade 2 – Estruturação do Termo de Referência: descrição</p><p>do objeto</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de Descrever os requisitos mínimos do</p><p>Termo de Referência para contratações</p><p>2.1 Termo de referência</p><p>O Termo de Referência deveria ser utilizado somente para licitações na modalidade</p><p>Pregão, e para as modalidades clássicas da Lei 8.666/93, o instrumento adequado</p><p>é o Projeto Básico. Contudo a prática disseminou o uso do Termo de Referência</p><p>também para as modalidades prescritas na Lei 8.666/93, e, por conterem ambos os</p><p>instrumentos a mesma estrutura e objetivo, a nomenclatura, ainda que tecnicamente</p><p>muitas vezes errada, não ocasionou prejuízos transformando o TR no instrumento</p><p>mais utilizado pelos órgãos públicos.</p><p>Na Nova Lei de Licitações o Termo de Referência será utilizado</p><p>para aquisição de bens e para serviços e a grande inovação é</p><p>que para a realização de serviços comuns de engenharia o órgão</p><p>poderá optar pela sua formalização ou pela adoção do Projeto</p><p>Básico.</p><p>O Projeto Básico na nova lei de licitações é a regra para obras executadas sob</p><p>qualquer regime, será utilizado para obras e serviços de engenharia (especiais ou</p><p>comuns) e a exemplo do TR deverá ser elaborado com base nas indicações dos</p><p>estudos técnicos preliminares.</p><p>Na NLLC, temos:</p><p>Termo de referência, na NLLC:</p><p>XXIII - termo de referência: documento necessário para a contratação de bens e</p><p>serviços, que deve conter os seguintes parâmetros e elementos descritivos:</p><p>a) definição do objeto, incluídos sua natureza, os quantitativos, o prazo do</p><p>contrato e, se for o caso, a possibilidade de sua prorrogação;</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 37</p><p>É um dos itens mais importantes. Versa sobre a identificação da demanda e a</p><p>definição da necessidade.</p><p>Neste item deverá ser observado se será por Sistema de Registro de Preços ou</p><p>não. Caberá ao órgão gerenciador, então, compilar as demandas envolvidas, os</p><p>quantitativos mínimos por requisição e os máximos, os locais de entrega e prazos,</p><p>entre outras informações, para sistematizar e harmonizar as disposições do Edital e</p><p>Termo de Referência, e dispor os itens do objeto licitatório da forma mais adequada</p><p>para a obtenção da melhor proposta para a Administração Pública. Isso pressupõe</p><p>uma análise técnica, que considere o funcionamento daquele mercado específico,</p><p>entre outros aspectos, para então se deliberar sobre algumas questões envolvidas,</p><p>tais como: objetos com descrição semelhante podem ser convertidos em um mesmo</p><p>objeto, para ganho de economia de escala? Objetos idênticos para locais de entrega</p><p>próximos devem ser somados num mesmo item licitatório, ou divididos em itens</p><p>distintos? E objetos idênticos para locais de entrega afastados? Há alteração na</p><p>requisição mínima de algum item, por conta de demanda menor de algum órgão</p><p>participante?</p><p>Deverá também o órgão definir a aplicação da Lei Complementar 123/06. A</p><p>Administração deverá estabelecer, em certames para aquisição de bens de natureza</p><p>divisível, cota de até 25% (vinte e cinco por cento) do objeto para a contratação</p><p>de microempresas e empresas de pequeno porte. Por essa razão, parcela de até</p><p>25% (vinte e cinco por cento) dos quantitativos divisíveis deverão ser destinados</p><p>exclusivamente a ME/EPP/COOP beneficiadas pela LC n. 123/2006. Essas “cotas</p><p>reservadas” deverão ser definidas em função de cada item separadamente ou, nas</p><p>licitações por preço global, em função do valor estimado para o grupo ou o lote da</p><p>licitação que deve ser considerado como um único item (art. 9º, inciso I do Decreto</p><p>n. 8.538, de 2015). O Termo de Referência deverá identificar as cotas reservadas</p><p>para ME/EPP, assim como os respectivos itens/grupos de origem, de onde foram</p><p>desmembradas.</p><p>A fixação das cotas reservadas poderá ser justificadamente excepcionada</p><p>nas hipóteses do art. 10, incisos I, II e IV do Decreto nº 8.538, de 2015, a saber:</p><p>I - não houver o mínimo de três fornecedores competitivos enquadrados como</p><p>microempresas [...] capazes de cumprir as exigências estabelecidas no instrumento</p><p>convocatório; II - o tratamento diferenciado e simplificado para as microempresas</p><p>e as empresas de pequeno porte não for vantajoso para a administração pública</p><p>ou representar prejuízo ao conjunto ou complexo do objeto a ser contratado,</p><p>justificadamente; (...) IV - o tratamento diferenciado e simplificado não for capaz de</p><p>alcançar, justificadamente, pelo menos um dos objetivos previstos no art. 1º.</p><p>A indicação das cotas reservadas, nos termos do inciso III do art. 48, da LC n. 123,</p><p>de 2006, não é aplicável para os itens e grupos alcançados pela exclusividade de</p><p>38Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>que trata o inciso I do mesmo dispositivo para licitações com valor igual ou inferior</p><p>a R$80.000,00.</p><p>A cota de 25% de contratações reservada a microempresas e empresas de pequeno</p><p>porte prevista no inciso III do art. 48 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro</p><p>de 2006, não está limitada ao valor de R$80.000,00 previsto no inciso I do mesmo</p><p>artigo, pois são direitos independentes um do outro.</p><p>Deverá o órgão falar neste item sobre entregas parceladas, parcelamento do objeto,</p><p>agrupamento de itens, Margem de preferência, padronização, marca, similaridade</p><p>e vigência da contratação.</p><p>A vigência do contrato poderá ultrapassar o exercício financeiro, desde que as</p><p>despesas referentes à contratação sejam integralmente empenhadas até 31 de</p><p>dezembro, para fins de inscrição em restos a pagar, conforme Orientação Normativa</p><p>AGU n° 39, de 13/12/2011.</p><p>b) fundamentação da contratação, que consiste na referência aos estudos</p><p>técnicos preliminares correspondentes ou, quando não for possível divulgar</p><p>esses estudos, no extrato das partes que não contiverem informações sigilosas;</p><p>Conforme previsto na Súmula 177 do TCU, a justificativa há de ser clara, precisa</p><p>e suficiente, sendo vedadas justificativas genéricas, incapazes de demonstrar de</p><p>forma cabal a necessidade da Administração.</p><p>A Administração deverá observar o disposto no Art. 15, §7º, II, da Lei nº 8.666/93,</p><p>justificando as quantidades a serem adquiridas em função do consumo do órgão e</p><p>provável utilização, devendo a estimativa ser obtida, a partir de fatos concretos (Ex:</p><p>consumo do exercício anterior, necessidade de substituição dos bens atualmente</p><p>disponíveis, implantação de setor, acréscimo de atividades, etc). Portanto, deve</p><p>contemplar:</p><p>a) a razão da necessidade da aquisição;</p><p>b) as especificações técnicas dos bens; e</p><p>c) o quantitativo de serviço demandado.</p><p>A justificativa, em regra, deve ser apresentada pelo setor requisitante. Quando o</p><p>objeto possuir características técnicas especializadas, deve o órgão requisitante</p><p>solicitar à unidade técnica competente a definição das suas especificações, e, se for</p><p>o caso, do quantitativo a ser adquirido.</p><p>Enap Fundação</p><p>Escola Nacional de Administração Pública 39</p><p>c) descrição da solução como um todo, considerado todo o ciclo de vida do objeto;</p><p>A descrição da solução já deverá ter sido trabalhada no Estudo Preliminar. Caso</p><p>haja a necessidade de modificação da descrição em relação à originalmente feita</p><p>nos estudos técnicos preliminares, deverá haver justificativa aqui. Registre-se</p><p>que o objeto deve ser descrito de forma detalhada, com todas as especificações</p><p>necessárias e suficientes para garantir a qualidade da contração, cuidando-se para</p><p>que não sejam admitidas, previstas ou incluídas condições que comprometam,</p><p>restrinjam ou frustrem o caráter competitivo da licitação ou, ainda, impertinentes</p><p>ou irrelevantes para o específico objeto do contrato. Deve-se levar em consideração</p><p>as normas técnicas eventualmente existentes, elaboradas pela Associação Brasileira</p><p>de Normas Técnicas – ABNT, quanto aos requisitos mínimos de qualidade, utilidade,</p><p>resistência e segurança, nos termos da Lei n° 4.150, de 1962.</p><p>d) requisitos da contratação;</p><p>Aqui deverão ser abordados os critérios de sustentabilidade, caso incidam.</p><p>e) modelo de execução do objeto, que consiste na definição de como o contrato</p><p>deverá produzir os resultados pretendidos desde o seu início até o seu</p><p>encerramento;</p><p>Devem-se descrever, em tópicos, as etapas da execução do serviço a ser contratado.</p><p>São exemplos de etapas: assinatura de contrato, pagamento, comprovação de</p><p>capacidade técnica, limpeza, montagem de móveis etc.</p><p>f) modelo de gestão do contrato, que descreve como a execução do objeto será</p><p>acompanhada e fiscalizada pelo órgão ou entidade;</p><p>g) critérios de medição e de pagamento;</p><p>Caso não se aplique ao que se deseja contratar, isto é, não sendo o caso de gestão</p><p>contratual na contratação, o item deve ser apagado e mencionada sua supressão no</p><p>documento de justificativa.</p><p>Aplicando-se, serão incluídos aqui itens como:</p><p>• Servidores e demais envolvidos na gestão do contrato;</p><p>• Quais os critérios de medição para efeito de pagamento (exemplos quantitativos:</p><p>quantidade de redução de insetos, percentual de redução de mofo após dedetização</p><p>ou remoção de áreas afetadas; quantidade de exemplares impressos, em serviços</p><p>de impressão; metros quadrados contemplados, em serviços de colocação de</p><p>carpetes) (exemplos qualitativos: melhoria no escoamento de água, em serviços de</p><p>reparação no escoamento; melhoria na acessibilidade, após reparos em rampas;</p><p>funcionamento correto de software após sua contratação).</p><p>• Em caso de rescisão contratual: sanções, glosas e condições para sua realização.</p><p>40Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>• Produtividade de referência (isto é: “Qual produtividade seria aceitável para</p><p>execução deste serviço?”)</p><p>Atentar, neste item, para o ACÓRDÃO Nº 17183/2021 – TCU – 1ª Câmara:</p><p>INSTRUMENTO DE MEDIÇÃO DE RESULTADOS. ACÓRDÃO Nº 17183/2021 – TCU –</p><p>1ª Câmara.</p><p>1.7.1. determinar (…), que, no prazo de 30 dias, adote providências quanto aos</p><p>itens abaixo, e informe ao TCU os encaminhamentos realizados: (…)</p><p>1.7.1.1.3. inadequação do Instrumento de Medição de Resultados, (…), por prever</p><p>somente indicadores de meios, com foco predominantemente na gestão de</p><p>pessoal da contratada, e não de resultados, em desconformidade com o Acórdão</p><p>Plenário 947/2010, relator Ministro Valmir Campelo.</p><p>h) forma e critérios de seleção do fornecedor;</p><p>Neste tópico, é importante abordar os prazos de entrega dos bens e o endereço da</p><p>entrega.</p><p>Importante, igualmente, destacar o recebimento provisório e definitivo e o prazo</p><p>em dias para a verificação pela administração da conformidade dos itens recebidos.</p><p>Inclusive sobre a subcontratação. Não se admite a exigência de subcontratação para</p><p>o fornecimento de bens, exceto quando estiver vinculado à prestação de serviços</p><p>acessórios. Observe-se, ainda, que é vedada a subcontratação completa ou da</p><p>parcela principal da obrigação.</p><p>A subcontratação parcial é permitida e deverá ser analisada pela Administração</p><p>com base nas informações dos estudos preliminares, em cada caso concreto. Caso</p><p>admitida, o edital deve estabelecer com detalhamento seus limites e condições,</p><p>inclusive especificando quais parcelas do objeto poderão ser subcontratadas. É</p><p>importante verificar que são vedadas (i) a exigência no instrumento convocatório</p><p>de subcontratação de itens ou parcelas determinadas ou de empresas específicas;</p><p>(ii) a subcontratação das parcelas de maior relevância técnica, assim definidas no</p><p>instrumento convocatório; (iii) a subcontratação de microempresas e empresas de</p><p>pequeno porte que estejam participando da licitação; e (iv) a subcontratação de</p><p>microempresas ou empresas de pequeno porte que tenham um ou mais sócios em</p><p>comum com a empresa contratante.</p><p>i) estimativas do valor da contratação, acompanhadas dos preços unitários</p><p>referenciais, das memórias de cálculo e dos documentos que lhe dão suporte,</p><p>com os parâmetros utilizados para a obtenção dos preços e para os respectivos</p><p>cálculos, que devem constar de documento separado e classificado;</p><p>Este tópico informa o custo estimado da contratação/aquisição.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 41</p><p>j) adequação orçamentária;</p><p>A soma de todas as despesas com aquisição de equipamentos/materiais de</p><p>consumo/contratação de serviço, realizadas e a realizar, deve ser compatibilizada</p><p>com o orçamento aprovado em suas respectivas Programáticas, de modo a não</p><p>ultrapassar os limites estabelecidos para o exercício de cada ano.</p><p>Em outras palavras: há uma programática por ano, isto é, um preenchimento de</p><p>dotação orçamentária a cada exercício, conforme o objeto: a cada ano, haverá um</p><p>preenchimento deste item para material de consumo, um preenchimento para</p><p>equipamentos, um preenchimento para contratação de serviços e um preenchimento</p><p>para serviços comuns de engenharia.</p><p>Caso um mesmo setor preencha 2 (dois) TRs diferentes no mesmo exercício, por</p><p>exemplo, ambos solicitando materiais de consumo, o preenchimento no campo</p><p>adequação orçamentária será o mesmo</p><p>O item que versa sobre recursos orçamentários apenas NÃO será preenchido caso</p><p>a aquisição/contratação seja pelo Sistema de Registro de Preços (SRP).</p><p>Caso se esteja diante de uma situação de SRP, o requisitante tem duas opções: a)</p><p>Preencher o item com a redação: “Não é necessário Indicar a dotação orçamentária</p><p>da aquisição, por se tratar de sistema de registro de preços”; b) Apagar o item e</p><p>relatar no documento de justificativa, que este foi apagado devido à qualidade de</p><p>sistema de registro de preços, que dispensa informação da dotação orçamentária.</p><p>42Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>Referências</p><p>FERNANDES, Edilson. Recebimento provisório e definitivo - IN 05/2017. Youtube.</p><p>Disponível em: . Acesso em</p><p>05 out.2021.</p><p>GARCIA, Flávio Amaral; MOREIRA, Egon Bockman. A futura nova lei de licitações</p><p>brasileira: seus principais desafios analisados individualmente. Revista de Direito</p><p>Público e Economia – RDPE, Belo Horizonte, ano 18, n 69, P. 39-73, jan/mar 2020.</p><p>KIRBY, Mark. O Diálogo Concorrencial. I. GONÇALVES, Pedro Costa [Org.]. Estudos de</p><p>Contratação Pública. Coimbra: Coimbra. Ed. 2008, v.1, p. 278-279.</p><p>OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. A nova Lei de Licitações: um museu de novidades?</p><p>Disponível em: . Acesso em 24</p><p>mar. 2021.</p><p>RIBEIRO, Maurício Portugal. A proposta de usar “performance bond” como critério</p><p>de seleção em licitações de obras públicas. Disponível em: . Acesso em 24 mar. 2021.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 43</p><p>Unidade 3 – Exigência de qualificação técnica e Exigência</p><p>de Amostra ou de Prova de Conceito e vistoria técnica</p><p>Ao final desta unidade, você será capaz de identificar princípios, modelos e</p><p>regras do TCU que regem as exigências de qualificação técnica, de amostra ou</p><p>de prova de Conceito e de vistoria técnica</p><p>3.1 Princípios, modelos e regras do TCU</p><p>As exigências aqui tratadas estão na NLLC também. Nos arts. 18 e 67 sobre a</p><p>qualificação técnica a ser exigida dos licitantes:</p><p>Art. 18. A fase preparatória do processo licitatório é caracterizada pelo planejamento</p><p>e deve compatibilizar-se com o plano de contratações anual de que trata o inciso VII</p><p>do caput do art. 12 desta Lei, sempre que elaborado, e com as leis orçamentárias,</p><p>bem como abordar todas as considerações técnicas, mercadológicas e de gestão</p><p>que podem interferir na contratação, compreendidos:</p><p>I - a descrição da necessidade da contratação fundamentada em estudo</p><p>técnico preliminar que caracterize o interesse público envolvido;</p><p>II - a definição do objeto para o atendimento da necessidade, por meio</p><p>de termo de referência, anteprojeto, projeto básico ou projeto executivo,</p><p>conforme o caso;</p><p>III - a definição das condições de execução e pagamento, das garantias</p><p>exigidas e ofertadas e das condições de recebimento;</p><p>IV - o orçamento estimado, com as composições dos preços utilizados</p><p>para sua formação;</p><p>V - a elaboração do edital de licitação;</p><p>VI - a elaboração de minuta de contrato, quando necessária, que constará</p><p>obrigatoriamente como anexo do edital de licitação;</p><p>VII - o regime de fornecimento de bens, de prestação de serviços ou de</p><p>execução de obras e serviços de engenharia, observados os potenciais de</p><p>economia de escala;</p><p>VIII - a modalidade de licitação, o critério de julgamento, o modo de disputa</p><p>e a adequação e eficiência da forma de combinação desses parâmetros, para</p><p>os fins de seleção da proposta apta a gerar o resultado de contratação mais</p><p>44Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>vantajoso para a Administração Pública, considerado todo o ciclo de vida do</p><p>objeto;</p><p>IX - a motivação circunstanciada das condições do edital, tais como</p><p>justificativa de exigências de qualificação técnica, mediante indicação das</p><p>parcelas de maior relevância técnica ou valor significativo do objeto, e de</p><p>qualificação econômico-financeira, justificativa dos critérios de pontuação</p><p>e julgamento das propostas técnicas, nas licitações com julgamento por</p><p>melhor técnica ou técnica e preço, e justificativa das regras pertinentes à</p><p>participação de empresas em consórcio;</p><p>X - a análise dos riscos que possam comprometer o sucesso da licitação e</p><p>a boa execução contratual;</p><p>XI - a motivação sobre o momento da divulgação do orçamento da licitação,</p><p>observado o art. 24 desta Lei.</p><p>Art. 67. A documentação relativa à qualificação técnico-profissional e técnico-</p><p>operacional será restrita a:</p><p>I - apresentação de profissional, devidamente registrado no conselho</p><p>profissional competente, quando for o caso, detentor de atestado de</p><p>responsabilidade técnica por execução de obra ou serviço de características</p><p>semelhantes, para fins de contratação;</p><p>II - certidões ou atestados, regularmente emitidos pelo conselho</p><p>profissional competente, quando for o caso, que demonstrem capacidade</p><p>operacional na execução de serviços similares de complexidade tecnológica e</p><p>operacional equivalente ou superior, bem como documentos comprobatórios</p><p>emitidos na forma do § 3º do art. 88 desta Lei;</p><p>III - indicação do pessoal técnico, das instalações e do aparelhamento</p><p>adequados e disponíveis para a realização do objeto da licitação, bem como da</p><p>qualificação de cada membro da equipe técnica que se responsabilizará pelos</p><p>trabalhos;</p><p>IV - prova do atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando</p><p>for o caso;</p><p>V - registro ou inscrição na entidade profissional competente, quando for</p><p>o caso;</p><p>VI - declaração de que o licitante tomou conhecimento de todas as</p><p>informações e das condições locais para o cumprimento das obrigações objeto</p><p>da licitação.</p><p>Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública 45</p><p>§ 1º A exigência de atestados será restrita às parcelas de maior relevância</p><p>ou valor significativo do objeto da licitação, assim consideradas as que tenham</p><p>valor individual igual ou superior a 4% (quatro por cento) do valor total estimado</p><p>da contratação.</p><p>§ 2º Observado o disposto no caput e no § 1º deste artigo, será admitida</p><p>a exigência de atestados com quantidades mínimas de até 50% (cinquenta por</p><p>cento) das parcelas de que trata o referido parágrafo, vedadas limitações de</p><p>tempo e de locais específicos relativas aos atestados.</p><p>§ 3º Salvo na contratação de obras e serviços de engenharia, as exigências a</p><p>que se referem os incisos I e II do caput deste artigo, a critério da Administração,</p><p>poderão ser substituídas por outra prova de que o profissional ou a empresa</p><p>possui conhecimento técnico e experiência prática na execução de serviço de</p><p>características semelhantes, hipótese em que as provas alternativas aceitáveis</p><p>deverão ser previstas em regulamento.</p><p>§ 4º Serão aceitos atestados ou outros documentos hábeis emitidos por</p><p>entidades estrangeiras quando acompanhados de tradução para o português,</p><p>salvo se comprovada a inidoneidade da entidade emissora.</p><p>§ 5º Em se tratando de serviços contínuos, o edital poderá exigir certidão</p><p>ou atestado que demonstre que o licitante tenha executado serviços similares</p><p>ao objeto da licitação, em períodos sucessivos ou não, por um prazo mínimo,</p><p>que não poderá ser superior a 3 (três) anos.</p><p>§ 6º Os profissionais indicados pelo licitante na forma dos incisos I e III do</p><p>caput deste artigo deverão participar da obra ou serviço objeto da licitação, e</p><p>será admitida a sua substituição por profissionais de experiência equivalente</p><p>ou superior, desde que aprovada pela Administração.</p><p>§ 7º Sociedades empresárias estrangeiras atenderão à exigência prevista</p><p>no inciso V do caput deste artigo por meio da apresentação, no momento da</p><p>assinatura do contrato, da solicitação de registro perante a entidade profissional</p><p>competente no Brasil.</p><p>§ 8º Será admitida a exigência da relação dos compromissos assumidos</p><p>pelo licitante que importem em diminuição da disponibilidade do pessoal</p><p>técnico referido nos incisos I e III do caput deste artigo.</p><p>§ 9º O edital poderá prever, para aspectos técnicos específicos, que a</p><p>qualificação técnica seja demonstrada por meio de atestados relativos a</p><p>potencial subcontratado, limitado a 25% (vinte e cinco por cento) do objeto</p><p>a ser licitado, hipótese em que mais de um licitante poderá apresentar</p><p>atestado relativo ao mesmo potencial subcontratado.</p><p>§ 10. Em caso de apresentação por licitante de atestado de desempenho</p><p>anterior emitido em favor de consórcio do qual tenha feito parte, se o</p><p>atestado ou o contrato de constituição do consórcio não identificar a</p><p>46Enap Fundação Escola Nacional de Administração Pública</p><p>atividade desempenhada por cada consorciado individualmente, serão</p><p>adotados os seguintes critérios na avaliação de sua qualificação técnica:</p><p>I - caso o atestado tenha sido emitido em favor de consórcio homogêneo,</p><p>as experiências atestadas deverão ser reconhecidas para cada empresa</p><p>consorciada na proporção quantitativa de sua participação no consórcio,</p><p>salvo nas licitações para contratação de serviços técnicos especializados</p><p>de natureza predominantemente intelectual, em que todas as experiências</p><p>atestadas deverão ser reconhecidas para cada uma das empresas</p><p>consorciadas;</p><p>II - caso o atestado tenha sido emitido em favor de consórcio</p><p>heterogêneo, as experiências atestadas deverão ser reconhecidas para cada</p><p>consorciado de acordo com os respectivos campos de atuação, inclusive nas</p><p>licitações para contratação de serviços técnicos especializados de natureza</p><p>predominantemente intelectual.</p><p>§ 11. Na hipótese do § 10 deste artigo, para fins de comprovação do</p><p>percentual de participação do consorciado, caso este não conste expressamente</p><p>do atestado ou da certidão, deverá ser juntada ao atestado ou à certidão cópia</p><p>do instrumento de constituição do consórcio.</p><p>§ 12. Na documentação de que trata o inciso I do caput deste artigo,</p><p>não serão admitidos</p>

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